Scielo RSS <![CDATA[Childhood & Philosophy]]> http://educa.fcc.org.br/rss.php?pid=1984-598720240001&lang=pt vol. 20 num. lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://educa.fcc.org.br/img/en/fbpelogp.gif http://educa.fcc.org.br <![CDATA[Afeto e investigação filosófica com crianças]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872024000100100&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract Matthew Lipman’s Thinking in Education develops an approach to philosophical inquiry with children (PwC) that claims to develop critical, creative and caring thinking. With Lipman, these kinds of thinking are primarily tied to analytic-logical commitments, and as such, his approach concerns only one way to conceptualize thinking. To address this issue and create space for another understanding, I introduce the concept of affect based on the work of the French philosopher Gilles Deleuze. From a theoretical perspective, affect helps to deepen the relationship between thinking, the body and experience in PwC; in addition, from a practical standpoint, it expands and enriches facilitation practices and curriculum design. To explore affect, I first show why PwC would benefit from such a theoretical expansion while also looking at connections already present within the literature on PwC. After a brief overview of affect theory and some of its initial applications to education, I propose a reading of Deleuzian affect augmented by thinkers like Claire Colebrook and Brian Massumi. Finally, I explore philosophical inquiry through affect and suggest how facilitation practices and curriculum design can respond in lieu of this conceptualization. This response examines several areas: inquiry, concepts, the community and ethical-political engagement.<hr/>Resumo Thinking in Education, de Matthew Lipman, apresenta uma abordagem para a investigação filosófica com crianças (FcC) que busca desenvolver o pensamento crítico, criativo e cuidadoso. Para Lipman, esses tipos de pensamentos estão ligados principalmente a compromissos analítico-lógicos e, como tal, sua abordagem se preocupa apenas com um modo de conceitualizar o pensar. Para direcionar esse problema e criar espaço para outros entendimentos, apresento o conceito de afeto baseado na obra do filósofo francês Gilles Deleuze. A partir de uma perspectiva teórica, o afeto ajuda a aprofundar as relações entre o pensar, o corpo e a experiência na FcC; além disso, de um ponto de vista prático, ele expande e enriquece as práticas facilitadoras e a concepção curricular. Para explorar o afeto, primeiro mostro porque a FcC se beneficiaria de tal expansão teórica, enquanto examino as conexões já existentes na literatura sobre FcC. Após um breve resumo sobre a teoria do afeto e algumas de suas aplicações iniciais para a educação, proponho a leitura do afeto deleuziano ampliada por pensadores como Claire Colebrook e Brian Massumi. Por fim, exploro a investigação filosófica através do afeto e sugiro como as práticas facilitadoras e a concepção curricular podem responder no lugar dessa conceitualização. Essa resposta examina diversas áreas: a investigação, os conceitos, a comunidade e o compromisso ético-político.<hr/>Resumen Thinking in Education, de Matthew Lipman, desarrolla un enfoque de la investigación filosófica con niños (FcN) que pretende desarrollar un pensamiento crítico, creativo y cuidadoso. Para Lipman, estos tipos de pensamiento están ligados principalmente a compromisos analítico-lógicos y, como tales, su enfoque se refiere sólo a una forma de conceptualizar el pensamiento. Para abordar esta cuestión y crear espacio para otra comprensión, introduzco el concepto de afecto basado en la obra del filósofo francés Gilles Deleuze. Desde una perspectiva teórica, el afecto ayuda a profundizar en la relación entre el pensamiento, el cuerpo y la experiencia en FcN; además, desde un punto de vista práctico, amplía y enriquece las prácticas de facilitación y el diseño curricular. Para explorar el afecto, primero muestro por qué FcN se beneficiaría de dicha expansión teórica, al tiempo que examino las conexiones ya presentes en la literatura sobre FcN. Tras un breve repaso de la teoría del afecto y algunas de sus aplicaciones iniciales a la educación, propongo una lectura del afecto deleuziano ampliada por pensadores como Claire Colebrook y Brian Massumi. Por último, exploro la indagación filosófica a través del afecto y sugiero cómo las prácticas de facilitación y el diseño curricular pueden responder en lugar de esta conceptualización. Esta respuesta examina varias áreas: la investigación, los conceptos, la comunidad y el compromiso ético-político. <![CDATA[“Educar crianças para a sabedoria”: reflexão sobre a abordagem de comunidade de investigação da filosofia para crianças a partir da alegoria da caverna de platão]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872024000100101&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract There is a widespread belief in Philosophy for Children that Plato, the famed Greek thinker who introduced philosophizing to the world as a form of dialogue, was averse to teaching philosophy to young children. Decades of the implementation of P4C program’s inquiry pedagogy have shown conclusively that children are not, in fact, incapable of receiving philosophical training and education. But was Plato wrong? Or has he been largely misunderstood? Does his theory of education show the value of cultivating virtues in the young? This paper attempts to answer these questions by reading the Republic, specifically Plato’s theory of education and the allegory of the cave, as an education manual that can strengthen one’s understanding of the pedagogical approach of P4C and the importance of educating children in wisdom and other intellectual virtues. It demonstrates that the Platonic conception of education is consistent with P4C’s theoretical position of education being transformative, facilitative, and virtue-based. By unpacking the symbolisms and meanings of the cave metaphor, it also discusses effective facilitation, teacher capacity building, and sharing of responsibility in education. Ultimately, drawing from Plato’s theory of education can recalibrate and improve the way one sees the role of education in building caring communities that empower learners and educators for democracy, higher learning, and achievement.<hr/>Resumen Existe una creencia generalizada en Filosofía para Niños de que Platón, el afamado pensador griego que introdujo el filosofar en el mundo como una forma de diálogo, era reacio a enseñar filosofía a los niños pequeños. Décadas de implementación de la pedagogía de la indagación del programa FpN han demostrado de forma concluyente que, de hecho, niños y niñas no son incapaces de recibir formación y educación filosóficas. Pero, ¿estaba Platón equivocado? ¿O se le ha mayormente malinterpretado? ¿Muestra su teoría de la educación el valor de cultivar virtudes en los jóvenes? Este artículo intenta responder a estas preguntas leyendo la República, concretamente la teoría de la educación de Platón y la alegoría de la caverna, como un manual de educación que puede fortalecer la comprensión del enfoque pedagógico de la FpN y la importancia de educar a los niños en la sabiduría y otras virtudes intelectuales. Demuestra que la concepción platónica de la educación es coherente con la postura teórica de la FpN según la cual la educación es transformadora, facilitadora y basada en virtudes. Al desentrañar los simbolismos y significados de la metáfora de la caverna, también se analiza la facilitación eficiente, el desarrollo de capacidades del profesorado y el compartir responsabilidades en educación. En última instancia, inspirarse en la teoría de la educación de Platón puede recalibrar y mejorar el modo en que se concibe el papel de la educación en la construcción de comunidades solidarias [caring] que capaciten a alumnos y educadores para la democracia, el aprendizaje superior y el logro.<hr/>Resumo Existe uma crença difundida na Filosofia para Crianças (FpC) de que Platão, o famoso pensador grego que introduziu a filosofia no mundo em forma de diálogo, era contra ensinar filosofia para crianças pequenas. Décadas de implementação da pedagogia de investigação do programa de Filosofia para Crianças mostram conclusivamente que as crianças não são, na verdade, incapazes de receber treinamento e educação filosófica. Mas será que Platão estava errado? Ou será que ele foi amplamente incompreendido? Sua teoria da educação mostra o valor de cultivar virtudes nos jovens? Este artigo busca responder a essas questões através da leitura da República, especificamente a teoria da educação de Platão e a alegoria da caverna, como um manual de educação que pode fortalecer a compreensão da abordagem pedagógica da Filosofia para Crianças e a importância de educar crianças para a sabedoria e para outras virtudes intelectuais. Mostra-se que a concepção platônica de educação é coerente com a posição teórica da FpC de uma educação transformadora, facilitadora e baseada em virtudes. Ao destrinchar os simbolismos e significados da metáfora da caverna, também se discute a facilitação eficaz, a capacitação docente e a partilha de responsabilidades na educação. Por fim, partir da teoria da educação de Platão pode recalibrar e melhorar a forma como se vê o papel da educação na construção de comunidades solidárias que capacitem estudantes e educadores para a democracia, a aprendizagem superior e o sucesso. <![CDATA[Filosofia para crianças: semente ético-política para uma cultura de paz a partir de um pensamento polivalente]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872024000100102&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt resumen Después de enseñar la asignatura de Ética, y de aplicar unas normas familiares escolares tradicionales, los estudiantes no se apropian de elementos éticos por varias causas: no les ven utilidad, no comprenden el contexto, o simplemente no les afecta, anulando cualquier interés al respecto. Esto impide que su obrar en la cotidianidad sea tolerante en su ambiente escolar, generando dificultades en el docente para mediar comportamientos opuestos a una cultura de paz. Ante esto, se propone la Filosofía para Niños (FpN) como apuesta ético-política que permita robustecer el pensamiento crítico, creativo y cuidadoso para mirar hacia una cultura de paz. Diego Pineda, el fundador de FpN en Colombia, sostiene que es necesario desarrollar en los estudiantes habilidades de pensamiento que, adicionales a conocimientos éticos-ciudadanos, los lleve a tomar decisiones acertadas en el abordaje pacífico del conflicto. El desarrollo paulatino del pensamiento, la cercanía a las comunidades de indagación, la incursión en habilidades cognitivas y éticas producto de las herramientas pedagógicas propias del programa de FpN, constituyen una preparación para asumir posiciones argumentadas frente a dilemas que acontecen dentro de los conflictos escolares, ello facilitará al estudiante estructurarse y lograr tomar decisiones iluminadas por la razón.<hr/>abstract After teaching the subject of ethics in a formal way, and in applying traditional school family rules to daily life, students typically do not appropriate ethical principles, for several reasons: they do not see them as useful, they do not understand the context in which they are applied, or they simply do not affect them, thus nullifying any interest in exploring them. This prevents them from developing a peace culture in their school environment, and makes it difficult for the teacher to introduce and mediate behaviors embodying such a culture. Given this situation, Philosophy for Children (PfC) curriculum and pedagogy represent an ethical-political dispositif that allows for strengthening critical, creative and caring thinking, thus preparing the ground for a peace culture. Diego Pineda, the founder of PfC in Colombia, argues that it is necessary to develop thinking skills in students that, in addition to a knowledge of civics, lead them to make ethically sound judgments in the process of resolving conflict. The gradual development of dialogical thinking follows on the closeness among the members of the inquiring community, and the steady acquisition of cognitive and ethical skills, enhanced by the PfC facilitator’s use of the pedagogical tools of the program. As such, the practice of PfC acts to prepare students to assume reasonably argued positions as they face the inevitable conflicts that occur in a school setting, thereby enabling them to formulate arguments and to reach judgements enlightened by the inherent values of a functioning culture of peace.<hr/>resumo Depois de ensinar a disciplina de Ética e aplicar as regras tradicionais da família escolar, os alunos não se apropriam de elementos éticos por vários motivos: não os consideram úteis, não entendem o contexto ou simplesmente não os afetam, anulando qualquer interesse por eles. Isso os impede de agir de forma tolerante no ambiente escolar, dificultando a mediação dos professores em relação a comportamentos que se opõem a uma cultura de paz. Diante disso, a Filosofia para Crianças (FpC) é proposta como uma aposta ético-política que permite fortalecer o pensamento crítico, criativo e cuidadoso, a fim de buscar uma cultura de paz. Diego Pineda, fundador da FpC na Colômbia, defende que é preciso desenvolver nos alunos habilidades de pensamento que, além do conhecimento ético-cidadão, os levem a tomar decisões acertadas na abordagem pacífica do conflito. O desenvolvimento gradual do pensamento, a proximidade com as comunidades de investigação, a incursão em habilidades cognitivas e éticas, produto das ferramentas pedagógicas do programa FpC, constituem uma preparação para assumir posições argumentativas diante de dilemas que ocorrem no interior dos conflitos escolares, o que ajudará o aluno a se estruturar e a alcançar decisões iluminadas pela razão. <![CDATA[Malditas invasões curriculares!]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872024000100103&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt resumo O artigo dialoga sobre imagens curriculares utópicas que, expressas na escola, representam os feitos ideais de condutas, comportamentos almejados para exaustão da vida nos currículos que insistem no enquadramento. Logo, o objetivo é questionar a lógica quase imperial de veiculação de imagens das práticas curriculares. O processo de captura imagética das práticas curriculares lança professoras e professores nesse meio de produtores-consumidores da sociedade do hiperespetáculo, de facilitadores da sociedade da transparência, propondo uma falsa eliminação das assimetrias das forças e tornando tudo uma espécie de entretenimento que visa a incessante renovação dos prazeres e das emoções. Para tanto, são fabuladas cenas de escola que brincam com a lógica das estabilidades curriculares. Se a escola e a professora se veem, nesse contexto, obrigadas a registrar os currículos em imagens quase midiáticas, interessa-nos produzir imagens no limite do aceitável. Afinal, o que se entende por currículos? Quais sentidos são produzidos a partir dessas invasões imagéticas? Uma escola que prolifera as imagens-perfeitas de sala de aula, de aluno, de professora etc. mais enlutam a vida que realmente a produzem. Na contramão, como produzir imagens para além do governo da vida? É possível afirmar a escola como uma potência do infinito?<hr/>abstract This paper explores the proliferation of utopian curricular images present in schools, which portray ideal behaviors aimed at conforming to pre-framed educational agendas. It seeks to challenge the imperial logic behind the dissemination of these images of curricular practices. The act of participating in the regime of such images places teachers in a paradoxical role as both creators and consumers within a society dominated by the spectacle, fostering an illusion of transparency while failing to address underlying power imbalances. Instead, it transforms education into a form of entertainment, perpetuating the cycle of pleasure and emotion without addressing substantive issues. In response, this essay suggests the creation of fictionalized school scenes that subvert the notion of curriculum stability. When schools and teachers are compelled to document their curricula through media-like imagery, it becomes crucial to question the underlying meanings and implications of such representations. Rather than mourning the loss of genuine life experiences, the focus should be on producing images that transcend conventional norms and challenge the status quo. This prompts a deeper inquiry into the essence of curricula and the transformative potential of alternative visual narratives. Can education evolve beyond the confines of societal norms and governmental biopower and affirm itself as a source of infinite empowerment? These are the fundamental questions raised by this essay, which urges a reevaluation of the role of images in shaping educational paradigms.<hr/>resumen: El artículo dialoga sobre las imágenes curriculares utópicas que, expresadas en la escuela, representan los logros ideales de conducta, comportamientos destinados a agotar la vida en unos planes de estudios que insisten en el encuadre. El objetivo es, pues, cuestionar la lógica casi imperial de transmisión de imágenes de las prácticas curriculares. El proceso de captura de imágenes de las prácticas curriculares lanza a profesoras y profesores a este medio de productores-consumidores de la sociedad del hiperespectáculo, de facilitadores de la sociedad de la transparencia, proponiendo una falsa eliminación de las asimetrías de fuerzas y convirtiéndolo todo en una especie de entretenimiento destinado a la renovación incesante de placeres y emociones. Para ello, son fabuladas escenas escolares que juegan con la lógica de las estabilidades curriculares. Si, en este contexto, la escuela y la profesora se ven obligadas a registrar los currículos en imágenes casi mediáticas, nos interesa producir imágenes en el límite de lo aceptable. Después de todo, ¿qué se entiende por currículos? ¿Qué sentidos son producidos a partir de estas invasiones de imágenes? Una escuela que propaga imágenes perfectas de la clase, de alumno, de profesora, etc. pero llora la vida más de lo que realmente la produce. Por otro lado, ¿cómo podemos producir imágenes más allá del gobierno de la vida? ¿Es posible afirmar la escuela como una potencia del infinito? <![CDATA[a pergunta criança: dissonâncias entre a ordem explicativa e a afirmação vital]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872024000100104&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt resumen Este trabajo surge de un diálogo interdisciplinario entre dos tesis doctorales, una de educación y otra de filosofía, que comparten un interés sobre formas emancipadoras y democráticas de pensar con otros y otras en la escuela pública latinoamericana. Desde una perspectiva crítica propia de la filosofía de la educación latinoamericana realizamos un análisis epistemológico sobre las distintas formas de habitar la pregunta dentro de una práctica filosófica con niños y niñas. Tomamos como objeto de estudio una experiencia específica de comunidad de indagación realizada en 2022 en el sur de Mendoza, Argentina. Entramamos herramientas teóricas de Walter Kohan, Paulo Freire y Jacques Rancière con la intención de visibilizar diversas formas de habitar la producción de saberes dentro de dicha comunidad. Proponemos dos nudos problemáticos: por un lado, el orden explicador/embrutecedor a partir de Rancière y, por el otro,la pregunta como afirmación vital a partir de Kohan y Freire. Trabajamos una serie de disonancias en torno a la circulación y a la potencia de la pregunta en la escuela y la educación pública. Finalmente proponemos una síntesis de estas problemáticas en la postulación de una “pregunta niña” como potencia epistémica emancipadora que supone una intimidad con los otros y otras, con las cosas y el mundo abierta desde una igualdad política e intelectual radical.<hr/>abstract This work emerges from an interdisciplinary dialogue between the authors of two PhD theses-one in Education and one in Philosophy-both sharing an interest in fostering free and democratic thinking within the Latin American public school system. Grounded in the critical perspective inherent to Latin American philosophy of education, we conducted an epistemological analysis of the various approaches to inquiry taken within philosophy sessions for children. Our focus is on a specific community of inquiry experience conducted in 2022 in the southern region of the province of Mendoza, Argentina. We interweave theoretical frameworks from Walter Kohan, Paulo Freire, and Jacques Rancière to illuminate the diverse modes of knowledge cultivation within this community of inquiry.We introduce two key problematic constructs: the explicative and stultifying order, drawing from Rancière's insights, and inquiry as an affirmation of life, influenced by the perspectives of Kohan and Freire. Our examination revolves around discordances concerning the dynamics and influence of inquiry within both school settings and public education at large. Ultimately, we propose a synthesis of these complexities through the concept of "infant inquiry" as an emancipatory epistemic force. This notion entails fostering intimacy with others, with objects, and with the world at large, emanating from a foundation of radical political and intellectual equality.<hr/>resumo Este trabalho surge de um diálogo interdisciplinar entre duas teses de doutorado, uma em Educação e outra em Filosofia, que compartilham um interesse sobre as formas emancipatórias e democráticas de pensar com os outros nas escolas públicas latino-americanas. A partir de uma perspectiva crítica própria da filosofia da educação latino-americana, realizamos uma análise epistemológica das diferentes formas de habitar a pergunta dentro de uma prática de filosofia com crianças. Temos como objeto de estudo uma experiência específica de comunidade de investigação realizada em 2022 no sul de Mendoza, Argentina. Entrelaçamos ferramentas teóricas de Walter Kohan, Paulo Freire e Jacques Rancière com a intenção de tornar visíveis diversas formas de habitar a produção de saberes dentro dessa comunidade. Propomos duas problemáticas: a ordem explicativa/embrutecedora de Rancière e a pergunta como afirmação vital de Kohan e Freire. Trabalhamos em uma série de dissonâncias em torno da circulação e da potência da pergunta na escola e na educação pública. Por fim, propomos uma síntese dessas questões na postulação de uma "pergunta criança", como potência epistêmica emancipatória que supõe uma intimidade com o outro/a, com as coisas e com o mundo, aberta a partir de uma igualdade política e intelectual radical. <![CDATA[infâncias, juventudes e sexualidades na escola em tempos de neoconservadorismo e pós-fascismo]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872024000100105&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt resumo Este trabalho busca analisar os desdobramentos da relação entre infâncias, juventudes e sexualidades que se apresentam nas escolas em tempos de cerceamentos e perseguições presentes na última década à escola. Falar de infância é discorrer sobre corpos e, justamente por isso, é indissociável da sexualidade. As relações interpessoais que ocorrem nos espaços escolares são imprescindíveis para socializações com vidas outras. No entanto, após a censura da temática de gênero e sexualidades nos planos educacionais recentes, bem como na Base Nacional Comum Curricular, e frente às sistemáticas perseguições aos professores interessados em sua discussão, nosso intuito é indagar o lugar do corpo e da sexualidade na escola, sobretudo em tempos de neoconservadorismo e pós-fascismo. Enquanto definição, entendemos por neoconservadorismo os novos agenciamentos que a matiz conservadora se utilizou para a sua consolidação na população brasileira; e, por pós-fascismo, as novas esferas de sociabilidades a partir de pragmatismos à identificação de valores comum na sociedade na promoção do pânico moral. Para sustentarmos nossa análise, utilizaremos três cenas escolares de educação para a sexualidade, entendidas aqui como práticas de resistências. Estas, muito embora recentemente vistas na sociedade como responsáveis pela destruição da família tradicional brasileira (de base heteronormativa), são valorizadas para a promoção de infâncias seguras.<hr/>abstract This paper seeks to analyze various developments in the relationship between childhoods, youth and sexualities that have appeared in public schools in the era of restriction and persecution that has characterized sex education over the course of the last decade in Brazil. To speak about childhood is to speak about bodies and as such, to speak about sexuality, and the interpersonal relationships that occur in school spaces, which are primary, essential sites of sex and gender socialization. As such, in the face of the censorship imposed on these themes in recent educational plans and policies, as well as in the National Common Curricular Base, and in the face of the systematic persecution of teachers interested in exploring these issues, our intention in this paper is to investigate the place of the body and sexuality in school settings, especially in times of neoconservatism and post-fascism. By the former, we understand those new agencies that promote and propagandize a set of reactionary values among the Brazilian population; by the latter, we mean those spheres of sociability and collective action and reaction that function in an atmosphere of moral panic, and promote an ideology saturated by both implicit and explicit violence and repression. To support our analysis, we explore three school settings whose practice of sexuality education acts to resist neoconservative and post-fascist norms. These three cases, vilified as they are in the right wing mainstream as being responsible for the destruction of the traditional heteronormative Brazilian family, should, we argue, be valued as educational practices that promote safe childhoods and positive social reconstruction.<hr/>resumen El presente trabajo busca analizar los desarrollos en la relación entre infancias, jóvenes y sexualidades que aparecen en las escuelas en tiempos de restricciones y persecuciones presentes en la última década en la escuela. Hablar de infancia es hablar de cuerpos y, precisamente por eso, es inseparable de la sexualidad. Las relaciones interpersonales que se dan en los espacios escolares son fundamentales para la socialización con otras vidas. Sin embargo, luego de la censura del tema de género y sexualidades en los recientes planes educativos, así como en la Base Curricular Común Nacional, y ante la persecución sistemática de docentes interesados ​​en su discusión, nuestra intención es investigar el lugar de la Cuerpo y sexualidad en la escuela, especialmente en tiempos de neoconservadurismo y posfascismo. En cuanto a las definiciones, entendemos por neoconservadurismo los nuevos agenciamientos de los que el tono conservador se sirvió para consolidarse en la población brasileña y, por posfascismo, las nuevas esferas de sociabilidad basadas en el pragmatismo y en la identificación de valores comunes en la sociedad para promover el pánico moral. Para sustentar nuestro análisis, utilizaremos tres escenas escolares de educación sexual, entendidas aquí como prácticas de resistencia. Éstas, aunque recientemente vistas en la sociedad como responsables de la destrucción de la familia tradicional brasileña (basada en la heteronormatividad), son valoradas por promover infancias seguras. <![CDATA[olhando os dentes de um cavalo de Tróia: problematizando a esperança de reforma social da filosofia com/para crianças através da história da raça e da educação nos eua]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872024000100106&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt abstract Many P4/WC practitioners and theorists privilege the school as a space for thinking and practicing philosophy for/with children. Despite its coercive nature, thinkers such as Jana Mohr Lone, David Kennedy, and Nancy Vansieleghem argue that P4C is a Trojan horse intended to reform the education system from within. I argue, however, that the Trojan horse argument requires us to internalize an incomplete and historically decontextualized understanding of public schools that in turn can reify histories of white supremacy within our CPIs - a consequence that can be particularly harmful when practicing P4C with minority youth. To accurately adjudicate the value of public school classrooms for P4C - especially for those CPIs whose members are primarily Black, Latinx, Indigenous, or other youth of color - I contextualize the Trojan horse argument in the history of race and education in the United States. Through this historical analysis, I conclude that the reformist position becomes increasingly more untenable and that the material history of race and education in fact supports a pessimistic understanding of P4C in education. I end by reflecting on P4C’s need to rethink its privileging of schools as a primary site for philosophical inquiry and caution practitioners against using “social progress” as a justification for how and where they practice their craft. Instead, I encourage them to rethink how and where they practice P4C, based on the local historical and material conditions of the participants.<hr/>resumo Muitos praticantes e teóricos da Fp/cC privilegiam a escola como um espaço para pensar e praticar filosofia para/com crianças. Apesar de sua natureza coercitiva, pensadores como Jana Mohr Lone, David Kennedy e Nancy Vansieleghem argumentam que a Filosofia para Crianças é um cavalo de Troia que pretende reformar o sistema educacional de dentro para fora. Acredito, no entanto, que argumento do cavalo de Troia exige que internalizemos um entendimento incompleto e historicamente descontextualizado das escolas públicas que, por sua vez, pode reafirmar histórias de supremacia branca nas nossas Comunidades de Investigação Filosóficas - uma consequência que pode ser particularmente nociva quando praticamos FPC com jovens minorias. Para definir com exatidão a importância das salas de aula das escolas públicas para a FPC - especialmente para as CIFs cujos membros são majoritariamente negros, latinos, indígenas ou outros jovens de cor - contextualizo o argumento do cavalo de Troia na história da raça e da educação nos Estados Unidos. Através dessa análise histórica, concluo que a posição reformista se torna cada vez mais insustentável e que a história material da raça e da educação sustenta, de fato, um entendimento pessimista sobre a FPC na educação. Encerro refletindo a necessidade da FPC repensar o privilégio que dá às escolas como lugar primário de investigação filosófica e alertar os seus praticantes contra o uso do "progresso social" como justificativa para como e onde eles praticam seus trabalhos. Em vez disso, os encorajo a repensar como e onde praticam a FPC, baseado nas condições históricas, locais e materiais dos participantes.<hr/>resumen Muchxs profesionales y teóricxs de la Fp/cN privilegian la escuela como espacio para pensar y practicar la filosofía para/con niñxs. A pesar de su naturaleza coercitiva, pensadorxs como Jana Mohr Lone, David Kennedy y Nancy Vansieleghem sostienen que la FpN es un caballo de Troya cuya intención es reformar el sistema educativo desde dentro. Yo sostengo, sin embargo, que el argumento del caballo de Troya nos exige interiorizar una comprensión incompleta e históricamente descontextualizada de las escuelas públicas que, a su vez, puede reificar historias de supremacía blanca dentro de nuestras CIF, una consecuencia que puede ser especialmente nociva cuando se practica la FpN con jóvenes pertenecientes a minorías. Para juzgar con precisión el valor de las aulas de escuelas públicas para la FpN -especialmente para aquellas CIF cuyos miembros son principalmente negrxs, latinxs, indígenas u otros gurpos de jóvenes de color- contextualizo el argumento del caballo de Troya en la historia de la raza y la educación en Estados Unidos. A través de este análisis histórico, concluyo que la posición reformista se hace cada vez más insostenible y que la historia material de la raza y la educación apoya de hecho una consideración pesimista de la FpN en la educación. Finalizo reflexionando sobre la necesidad de que la FpN se replantee su privilegiar la escuela como lugar primario para la investigación filosófica y advierto a lxs profesionales que no utilicen el "progreso social" para justificar cómo y dónde ejercen su oficio. En cambio, les animo a repensar cómo y dónde practican la FpN, basándose en las condiciones históricas y materiales locales de lxs participantes. <![CDATA[interrogações sobre as materialidades e objetivos político-pedagógicos do escolar, nascidas na prática do filosofar com crianças]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872024000100107&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt resumen Las prácticas educativas escolarizadas se desarrollan sobre la base de una serie de directrices que fueron consolidando el formato escolar como lo conocemos hoy. Las materialidades que utilizamos para desplegar las actividades escolares y los fines o metas pedagógico-políticas con los que las orientamos forman parte de las mencionadas directrices. En este trabajo, tomando base en las experiencias cultivadas en escuelas en Ronda de Palabras (Argentina), una formación basada en Filosofía con Niños, queremos plantear una discusión con esos dos grandes supuestos educativos que parecen ser inamovibles cuando pensamos en la escolaridad más convencional. En una primera parte, presentaremos un análisis crítico de las novelas filosóficas escritas por Matthew Lipman para la implementación de su proyecto de Filosofía para Niños (FpN). Si bien esta es una discusión específica del campo de la enseñanza de la filosofía, creemos que algunos de sus puntos pueden ser generalizados para pensar las relaciones pedagógicas que construimos con las materialidades sobre las que basamos nuestras prácticas educativas, y sus implicancias políticas. En la segunda parte, analizaremos algunos aportes que hacen las lecturas más críticas de la FpN de Lipman para pensar acerca de las metas pedagógico-políticas implícitas en ella, y en qué medida ponen en jaque, o bien aceptan tácitamente, las supuestas en la escolaridad convencional. Nuestro objetivo general es poner en tensión aquellas ideas que orientan y organizan las intervenciones pedagógicas en un determinado sentido, atendiendo a las ineludibles relaciones que tejen política y educación juntas.<hr/>abstract School-based educational practices take place on the basis of some guidelines that gradually consolidated the school format as we know it today. The materialities we use to deploy school activities and the pedagogical-political aims or goals with which we orientate them are part of the aforementioned guidelines. In this paper, in the light of the experiences cultivated in Ronda de Palabras (Argentina), we want to propose a discussion with these two major educational assumptions that seem to be inflexible when we think about the more conventional schooling. In the first part, we will present a critical analysis of the philosophical novels written by Matthew Lipman for the implementation of his Philosophy for Children (P4C) project. Although this is a discussion specific to the field of philosophy teaching, we believe that some of its elements can be generalized to think about the pedagogical relationships we build with the materialities on which we base our educational practices, and their political implications. In the second part, we will analyze some contributions made by the more critical appraisals of Lipman's P4C in order to think about what we call pedagogical-political goals in the title of this paper. That is, we will try to put in tension those ideas that orient and organize pedagogical interventions in a determinate way. With this, we invite to think about the relationships that politics and education weave together.<hr/>resumo As práticas educacionais escolarizadas são desenvolvidas com base em uma série de diretrizes que consolidaram o formato escolar como o conhecemos hoje. As materialidades que utilizamos para implementar as atividades escolares e os fins ou objetivos político-pedagógicos com os quais as orientamos fazem parte das diretrizes mencionadas. Neste artigo, com base nas experiências cultivadas em escolas em Ronda de Palabras (Argentina), uma formação baseada na Filosofia com Crianças, queremos propor uma discussão com esses dois grandes pressupostos educacionais que parecem inflexíveis quando pensamos na escolarização convencional. Na primeira parte, apresentaremos uma análise crítica dos romances filosóficos escritos por Matthew Lipman para a implementação de seu projeto Filosofia para Crianças (FpC). Embora essa seja uma discussão específica do campo do ensino da filosofia, acreditamos que alguns de seus pontos podem ser generalizados para pensarmos nas relações pedagógicas que construímos com as materialidades nas quais baseamos nossas práticas educacionais, e as suas implicações políticas. Na segunda parte, analisaremos algumas das contribuições feitas pelas leituras mais críticas da FpC de Lipman para pensar os objetivos político-pedagógicos nela implícitos e em que medida desafiam, ou aceitam tacitamente, os pressupostos da escolarização convencional. O nosso objetivo geral é colocar em tensão as ideias que orientam e organizam as intervenções pedagógicas em um determinado sentido, atentando para as relações inescapáveis que entrelaçam política e educação. <![CDATA[infâncias, identidades digitais e escola: da inclusão de tecnologias à colocá-las sobre a mesa]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872024000100108&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt resumen La idea social de infancia, y la propia experiencia de ser niño o niña está interpelada en nuestros días por las mediaciones digitales en las relaciones. Es usual referirse a las nuevas generaciones como “digitales”, o particularmente como nativos digitales. Se habla de nuevas infancias en virtud del modo en que manejan las tecnologías y se plantea la idea de que la diferencia entre las generaciones adultas y jóvenes está epocalmente trastocada o invertida en una época definida como “era digital”. El mandato pedagógico es, a nivel discursivo, “incluir” o “incorporar” tecnologías en la enseñanza. En este artículo nos interesa explorar la relación entre infancias y tecnologías más allá del territorio demarcado por estos discursos instrumentalistas y de cierto determinismo tecnológico, que nos proponemos poner en cuestión a partir de los avances iniciales de una investigación en curso. Nos planteamos como preguntas orientadoras: ¿cómo se re-configura la experiencia de ser niño o niña en una cultura atravesada por las tecnologías y medios digitales? ¿Cómo puede pensarse el lugar de la escuela en el marco de estas transformaciones? Se concluye subrayando algunas formas de resistencia ante los aspectos alienantes de la cultura digital que pueden pensarse como uno de los desafíos pedagógicos y políticos que se abren ante la escuela en nuestros días.<hr/>abstract In today's society, the social concept of childhood and the actual experience of being a child are influenced by digital media in interpersonal relationships. It's common to refer to the new generations as “digital natives”, highlighting how they engage with technology. This leads to the notion of “new childhood” suggesting a shift in the dynamics between adult and young generations, particularly in what’s referred to as the “digital age”. Pedagogical discourse emphasizes the need to “include” or “incorporate” technology in education. However, this article aims to delve into the relationship between childhood and technology beyond the borders of instrumentalist discourses and technological determinism. We challenge these notions based on preliminary findings from an ongoing study. Our guiding questions are: how does the experience of being a child change in a culture heavily influenced by digital technologies? And, how should the role of schools be conceived within these transformations? It is concluded by highlighting some forms of resistance to the alienating aspects of digital culture that can be seen as one of the pedagogical and political challenges that are opening up to schools nowadays.<hr/>resumo A ideia social de infância e a própria experiência de ser criança são interpeladas nos dias de hoje pelas mediações digitais nas relações. É comum referir-se às novas gerações como “nativos digitais”, destacando como elas lidam com a tecnologia. Isso leva à noção de “novas infâncias”, sugerindo uma mudança na dinâmica entre as gerações adulta e jovem, particularmente na chamada “era digital”. O discurso pedagógico enfatiza a necessidade de “incluir” ou “incorporar” tecnologia na educação. No entanto, este artigo tem como objetivo aprofundar a relação entre infância e tecnologia para além dos limites dos discursos instrumentalistas e do determinismo tecnológico. Desafiamos essas noções com base em resultados preliminares de um estudo em andamento. Nossas perguntas orientadoras são: como a experiência de ser criança muda em uma cultura fortemente influenciada pelas tecnologias digitais? Como deve ser concebido o papel das escolas dentro dessas transformações? Concluímos destacando algumas formas de resistência aos aspectos alienantes da cultura digital, que podem ser considerados como um dos desafios pedagógicos e políticos que se apresentam para a escola nos dias atuais. <![CDATA[medindo a qualidade do diálogo filosófico: um instrumento de avaliação de alta inferência para a pesquisa e a formação de professores]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872024000100109&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt abstract Various studies have shown that philosophizing with children at school can have a positive effect on cognitive, language and social skills. However, previous studies have not considered how the quality of the dialogue influences these outcomes. Addressing this gap, our article introduces a high-inference rating instrument to assess the quality of philosophical dialogue. This instrument features four quality dimensions: Philosophical Richness, Co-construction, Focus, and Restrained Facilitation. It was applied to evaluate 63 class dialogues from a Swiss study involving secondary-school students. The article presents the instrument using excerpts from the study, along with initial validation information, showing its reliability in measuring philosophical dialogue quality. The significance of this research lies in its focus on the quality of philosophical dialogue, an aspect often overlooked in educational settings. By providing a tool to assess this quality, we open up new pathways for analyzing the effectiveness of philosophical dialogues in schools. This is especially relevant as educational systems increasingly recognize the importance of developing students' critical thinking and discussion skills. The findings highlight the potential of high-quality philosophical dialogues to enrich students' educational experiences and offer insights for educators and researchers into enhancing these interactions. This study contributes to a deeper understanding of how philosophical dialogue can be used as a powerful educational tool, not just for engaging students but for fostering meaningful and impactful learning.<hr/>resumen Varios estudios han demostrado que filosofar con niños y niñas en la escuela puede tener un efecto positivo en las habilidades cognitivas, lingüísticas y sociales. Sin embargo, estudios anteriores no han considerado cómo la calidad del diálogo influye en estos resultados. Abordando esta brecha, nuestro artículo introduce un instrumento de evaluación de alta inferencia para valorar la calidad del diálogo filosófico. Este instrumento presenta cuatro dimensiones de calidad: Riqueza Filosófica, Co-construcción, Enfoque y Facilitación Restringida. Se aplicó para evaluar 63 diálogos de clase de un estudio suizo con estudiantes de secundaria. El artículo presenta el instrumento utilizando extractos de ese análisis, junto con información inicial de validación, mostrando su fiabilidad en la medición de la calidad del diálogo filosófico. La importancia de esta investigación radica en su enfoque en la calidad del diálogo filosófico, un aspecto a menudo pasado por alto en los entornos educativos. Al proporcionar una herramienta para evaluar esta calidad, abrimos nuevos caminos para analizar la eficacia de los diálogos filosóficos en las escuelas. Esto es especialmente relevante ya que los sistemas educativos reconocen cada vez más la importancia de desarrollar habilidades de pensamiento crítico y discusión en los estudiantes. Los hallazgos destacan el potencial de los diálogos filosóficos de alta calidad para enriquecer las experiencias educativas de los estudiantes y ofrecer perspectivas para educadores e investigadores sobre cómo mejorar estas interacciones. Este estudio contribuye a una comprensión más profunda de cómo el diálogo filosófico puede utilizarse como una herramienta educativa poderosa, no solo para involucrar a los estudiantes, sino para fomentar un aprendizaje significativo e impactante.<hr/>resumo: Diversos estudos têm demonstrado que filosofar com crianças nas escolas pode ter um efeito positivo nas habilidades cognitivas, linguísticas e sociais. No entanto, estudos anteriores não consideraram como a qualidade do diálogo influencia esses resultados. Abordando essa lacuna, nosso artigo introduz um instrumento de avaliação de alta inferência para averiguar a qualidade do diálogo filosófico. Esse instrumento apresenta quatro dimensões de qualidade: Riqueza Filosófica, Co-construção, Enfoque e Facilitação Restringida. Ele foi aplicado na avaliação de 63 diálogos de classe de um estudo suíço realizado com estudantes do ensino médio. O artigo apresenta o instrumento utilizando extratos desse estudo, junto com informações de validação inicial, mostrando sua confiabilidade na medição da qualidade do diálogo filosófico. A importância dessa pesquisa reside em seu foco na qualidade do diálogo filosófico, um aspecto frequentemente negligenciado nos ambientes educacionais. Ao oferecer uma ferramenta para avaliar essa qualidade, abrimos novos caminhos para a análise da efetividade dos diálogos filosóficos nas escolas. Isso é especialmente relevante à medida que os sistemas educacionais reconhecem cada vez mais a importância de desenvolver o pensamento crítico e as habilidades de discussão dos alunos. Os resultados destacam o potencial que os diálogos filosóficos de alta qualidade têm de enriquecer as experiências educacionais dos estudantes e oferecer novas ideias e percepções aos professores e pesquisadores sobre como melhorar essas interações. Este estudo contribui para uma compreensão mais profunda de como o diálogo filosófico pode ser utilizado como uma ferramenta educativa poderosa, não apenas para engajar os estudantes, mas também para promover um aprendizado significativo e impactante. <![CDATA[os currículos da educação infantil e o problema da participação]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872024000100110&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt resumo: O artigo trata da relação entre o processo de produção dos currículos na educação infantil e o problema acerca de como e por que a infância pode/deve participar ativamente de tal processo. Desenvolve-se mostrando a potência de se pensar a referida relação problemática desde um conceito de participação comprometido política e afirmativamente com a força da diferença, imanente aos encontros que o corpo infante traça com o mundo. Força esta que, de modo habitual, se desdobra nas experiências brincantes por meio das quais o ser da infância se concebe enquanto modo singular de subjetivação, no fluxo do fazer educador, inclusive. Utilizando-se da abordagem teórico-prática da Filosofia da Diferença, o ensaio produz um estudo acerca da necessidade de se promover exercitações curriculares de natureza qualitativamente diferencial para os processos de educação da infância; evidenciando, como resultado, possibilidades de se pensar o problema da participação para além da abordagem corriqueira/tradicional sugerida pela Base Nacional Comum Curricular (2018). Conclui que a ação de participar se configura como um artifício conceitual fundamental, uma vez que permite tecer movimentos curriculares mais potentes e efetivos ao acolher o próprio ser da infância, isto é, sua potência de diferenciação, como motor de propulsão no desenvolvimento do ato de educar.<hr/>abstract: The article presents the relationship between the process of curriculum production in early childhood education and the problem of how and why childhood can/should actively participate in such a process. It is developed by showing the power of thinking about this problematic relationship from a concept of participation that is politically and affirmatively committed to the force of difference, immanent to the encounters that the infant body traces with the world. This force usually unfolds in the playing experiences through which the being of childhood is conceived as a singular mode of subjectivation, in the flow of educational practice, inclusive. Using the theoretical-practical approach of the Philosophy of Difference, the essay presents the need to promote curricular exercises of a qualitatively differential nature for the processes of childhood education; evidencing, as a result, possibilities of thinking about the problem of participation beyond the commonplace/traditional approach suggested by the National Common Curricular Base (2018). It concludes that the action of participating is configured as a fundamental conceptual artifice, since it increases the weaving of powerful and effective curricular movements by welcoming the very being of childhood, that is, its power of differentiation, as a motor of propulsion in the development of the act of educating.<hr/>resumen: El artículo aborda la relación entre el proceso de producción curricular en la educación infantil y el problema de cómo y por qué la infancia puede/debe participar activamente en dicho proceso. Su desarrollo muestra el poder de pensar esta relación problemática desde un concepto de participación que se compromete política y afirmativamente con la fuerza de la diferencia, inmanente a los encuentros que el cuerpo infantil traza con el mundo. Esta fuerza suele desplegarse en las experiencias lúdicas a través de las cuales se concibe el ser de la infancia como un modo singular de subjetivación, en el fluir de la práctica educativa, inclusiva. Utilizando el enfoque teórico-práctico de la Filosofía de la Diferencia, el ensayo produce un estudio sobre la necesidad de promover ejercicios curriculares de carácter cualitativamente diferencial para los procesos de educación infantil; evidenciando como resultado posibilidades de pensar el problema de la participación más allá del enfoque común/tradicional sugerido por la Base Curricular Común Nacional (2018). Se concluye que la acción de participar se configura como un artificio conceptual fundamental, ya que permite tejer movimientos curriculares más potentes y efectivos al acoger el ser mismo de la infancia, es decir, su poder de diferenciación, como motor de propulsión en el desarrollo del acto de educar. <![CDATA[conceitualizando a pedagogia do pensamento crítico na formação de professores]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872024000100111&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt abstract Higher education institutions play a pivotal role in knowledge creation and distribution. Teacher education is at the forefront of this engagement. The role of teacher educators is significant in engaging teacher knowledge for shaping and informing ways of being and doing in the world. In recent years higher education has undergone considerable transformation. In South Africa there is a call for real-world transformation in pedagogical practices to address academic, socio-economic, and cultural inclusion and emancipation. As a human right for enabling student voices, a key issue for engaging relevant and fair pedagogical practices is critical thinking. Critical thinking is a rich concept and an attribute of consciousness required in all human activity. It is exercised through sound reasoning and dialogue. Critical thinking is also associated with understanding and engaging deep issues of socio-cultural and political domains of power and justice. However, engaging and enabling critical thinking pedagogy in education is complex and contradictory in nature. Conceptualizing critical thinking is expedient as an initial stage. The objective of this article, part of a larger study, is to provide a conceptualisation of critical thinking pedagogy toward addressing: In what ways is critical thinking pedagogy engaged in South African teacher education? Here, this article aims to address the question: what is critical thinking and critical thinking pedagogy? Methodologically, an interdisciplinary psycho-social philosophic educational documentary design is employed based on a selection of key critical thinking proponents. It further presents a conceptualisation of critical thinking pedagogy underpinned in critical theory especially those of Freire and Foucault. This article aims to spotlight the need for engaging critical thinking through a conceptualisation of critical thinking pedagogy in teacher education required for addressing new ways of teaching today.<hr/>resumen Las instituciones de enseñanza superior desempeñan un papel fundamental en la creación y distribución del conocimiento. La formación del profesorado está atravesada por este compromiso. El papel de los formadores de profesores es significativo a la hora de comprometer el conocimiento docente para dar forma e informar sobre las maneras de ser y hacer en el mundo. En los últimos años, la enseñanza superior ha experimentado una transformación considerable. En Sudáfrica se reclama una transformación real de las prácticas pedagógicas para abordar la inclusión y la emancipación académicas, socioeconómicas y culturales. El pensamiento crítico es un derecho humano que permite que los estudiantes hagan oír su voz, y una cuestión clave para que las prácticas pedagógicas sean pertinentes y justas. El pensamiento crítico es un concepto rico y un atributo de la conciencia necesario en toda actividad humana. Se ejerce mediante el razonamiento sólido y el diálogo. El pensamiento crítico también se asocia a la comprensión y el compromiso con cuestiones profundas de los ámbitos sociocultural y político del poder y la justicia. Sin embargo, la pedagogía del pensamiento crítico en la educación es compleja y contradictoria por naturaleza. Conceptualizar el pensamiento crítico es conveniente como etapa inicial. El objetivo de este artículo, que forma parte de un estudio más amplio, es proporcionar una conceptualización de la pedagogía del pensamiento crítico para abordar: ¿De qué manera se aplica la pedagogía del pensamiento crítico en la formación de profesores sudafricanos? Este artículo pretende responder a la pregunta: ¿qué es el pensamiento crítico y la pedagogía del pensamiento crítico? Metodológicamente, se emplea un diseño documental educativo filosófico psicosocial interdisciplinario basado en una selección de proponentes clave del pensamiento crítico. Además, se presenta una conceptualización de la pedagogía del pensamiento crítico sustentada en la teoría crítica, especialmente la de Freire y Foucault. Este artículo pretende poner de relieve la necesidad de involucrar el pensamiento crítico a través de una conceptualización de la pedagogía del pensamiento crítico en la formación del profesorado necesaria para abordar las nuevas formas de enseñanza de hoy.<hr/>resumo As instituições de ensino superior desempenham um papel fundamental na criação e distribuição do conhecimento. A formação de professores está na linha de frente desse trabalho. O papel da formação de professores é significativo no que diz respeito à mobilização do conhecimento dos professores para moldar e informar as formas de estar e atuar no mundo. Nos últimos anos, o ensino superior sofreu uma transformação considerável. Na África do Sul, há um apelo para uma transformação real das práticas pedagógicas, a fim de abordar a inclusão e a emancipação acadêmica, socioeconômica e cultural. Sendo um direito humano que dá voz aos estudantes, o pensamento crítico é uma condição essencial para a adoção de práticas pedagógicas relevantes e justas. O pensamento crítico é um conceito rico e um atributo de consciência necessário em todas as atividades humanas. Ele é exercido através do raciocínio sólido e do diálogo. O pensamento crítico está também associado à compreensão e ao envolvimento em questões profundas relacionadas a domínios socioculturais e políticos de poder e justiça. No entanto, mobilizar e possibilitar a pedagogia do pensamento crítico na educação é complexo e contraditório por natureza. É conveniente, num primeiro momento, conceitualizar o pensamento crítico. O objetivo deste artigo, parte de um estudo maior, é conceitualizar a pedagogia do pensamento crítico para abordar: de que forma a pedagogia do pensamento crítico está envolvida na formação de professores na África do Sul? Então, este artigo pretende responder a questão: o que é pensamento crítico e pedagogia do pensamento crítico? Metodologicamente, foi usado um desenho documental educacional-filosófico-psicossocial interdisciplinar baseado em uma seleção dos principais proponentes do pensamento crítico. Além disso, é apresentada uma conceitualização da pedagogia do pensamento crítico baseada na teoria crítica, especialmente a de Freire e Foucault. Este artigo tem como objetivo destacar a necessidade de mobilização do pensamento crítico por meio da conceitualização da pedagogia do pensamento crítico na formação de professores, necessária para pensar novos modos de ensinar nos dias de hoje. <![CDATA[a escrita e a oralidade na escola como potência na formação humana: conversações entre kopenawa, sêneca e filosofia com crianças]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872024000100112&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt resumo Este texto trata de uma experimentação na formação de professoras da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental de uma escola pública da região metropolitana de Porto Alegre (RS), por meio de práticas de leitura, escrita e conversação, as quais se desdobram em experimentações com as crianças. Tal processo é pensado nas companhias de Sêneca (2018), com seu conceito de leitura e escrita, de Kopenawa (Kopenawa; Albert, 2015), a partir do conceito de palavra, e de Foucault (2004, 2011), considerando-se o conceito de subjetivação. Tal experimentação, que se deu no encontro entre a escrita e a oralidade, foi tomada para pensar nas contribuições para os estudos que compõem a filosofia com crianças. Nesse sentido, a leitura, a escrita e a contação de histórias teriam menos a ver com informações, e mais com o que estamos nos tornando, com a agilidade do nosso pensamento, com nossa sabedoria. Desse modo, conceitos da antiguidade greco-romana e das comunidades ameríndias brasileiras são tomados como ferramentas potentes para pensar a escola contemporânea como possibilidade, ainda, de formação humana. Para tanto, defende-se a conversação entre os vivos e os mortos via texto na escola, espaço público e coletivo, o que poderia ser tomado como uma perspectiva de subjetivação para um pensamento e uma vida mais afirmativos em tempos de tanta pobreza narrativa.<hr/>abstract This text addresses an experiment involving reading, writing, and speaking practices during the training of teachers of early childhood and early grades at a public school in the metropolitan region of Porto Alegre (RS), which were extended as well to children. This process was thought along with the concept of reading and writing of Seneca (2018), with the concept of word of Kopenawa (Kopenawa; Albert, 2015), and considering the concept of subjectivation of Foucault (2004, 2011). The experimentation, which was enabled by approaching writing and orality, was a starting point to think about contributions to studies on philosophy with children. In this sense, reading, writing, and telling stories would have less to do with information, and more with what we are becoming, with the agility of our thinking, with our wisdom. Concepts from Greco-Roman antiquity and Brazilian Amerindian communities were taken as powerful tools to think about human education in a contemporary school as a possibility. To this end, the conversation between the living and the dead was emphasized, considering the use of texts in the public and collective spaces of the schools as a perspective of subjectivation for more assertive thinking and lives in times of poor narratives.<hr/>resumen Este texto trata sobre un experimento en la formación de profesoras de educación infantil y de los primeros años de la enseñanza básica de una escuela pública de la región metropolitana de Porto Alegre (RS), a través de prácticas de lectura, escritura y conversación, las cuales se desplegaron también en una propuesta con los niños. Tal proceso se elaboró en compañía de Séneca (2018), con su concepto de lectura y escritura; de Kopenawa (Kopenawa; Albert, 2015), a partir del concepto de palabra; y de Foucault (2004, 2011), considerando el concepto de subjetivación. Este experimento, que ocurrió en el encuentro entre la escritura y la oralidad, se tomó para reflexionar sobre posibles contribuciones a los estudios que componen la filosofía con niños. En este sentido, leer, escribir y contar historias tendrían menos que ver con información, y más con lo que nos estamos transformando, con la agilidad de nuestro pensamiento, con nuestra sabiduría.De este modo, conceptos de la antigüedad greco-romana y de las comunidades amerindias brasileñas se toman como herramientas potentes para pensar la escuela contemporánea como una posibilidad, aún, de formación humana. Para ello, se defiende la conversación entre los vivos y los muertos a través del texto en la escuela, espacio público y colectivo, lo que podría tomarse como una perspectiva de subjetivación para un pensamiento y una vida más afirmativos en tiempos de tanta pobreza narrativa. <![CDATA[pode a escola se tornar uma instituição não-adultista?]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872024000100208&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt abstract To answer the question of whether school can become a non-adultist institution, this article examines the unequal adult-child (teacher-pupil) power relations that characterize school under the framework of bourgeois-capitalist society and that are upheld by certain functions, methods, norms and knowledge standards. Under the influence of the anti-authoritarian youth protest movements from the 1960s onwards, overt power in school (e.g. by means of corporal punishment) has been criticized and, in most countries, abolished. However, power imbalances between teachers and pupils have not disappeared, but rather developed towards a more subtle, covert power, e.g. by framing certain expectations. The hierarchical top-down and one-way learning principles of school institutions are mostly left uncontested. This article does not content itself with simply stating that schools repeatedly reproduce adultism under these societal conditions, but also discusses possible strategies and interventions that could shift unequal power relations and ultimately overturn them. It looks at various concepts and alternative forms of education critical of adultism that have emerged since the beginning of the 20th century both within and outside the state school system. It further explores the contradictions that should be expected to arise in their implementation within the framework of existing educational institutions. Particular attention is paid to the respective possibilities for action on the part of teachers and pupils. We offer a decisive challenge to teachers to rethink how they deal with their power, which is always derived and fragile, and how they can contribute to pupils empowering themselves and significantly influence learning and decision-making processes at school.<hr/>resumen Para responder a la pregunta de si la escuela puede volverse una institución no adultista, este artículo examina las desiguales relaciones de poder entre adultos y niños (profesores-alumnos) que caracterizan a la escuela en el marco de la sociedad burguesa-capitalista y que se sustentan en ciertas funciones, métodos, normas y parámetros de conocimiento. Bajo la influencia de los movimientos de protesta juvenil antiautoritarios a partir de los años 60, el poder manifiesto en la escuela (por ejemplo, mediante castigos corporales) ha sido criticado y, en la mayoría de los países, abolido. Sin embargo, los desequilibrios de poder entre profesores y alumnos no han desaparecido, sino que han evolucionado hacia un poder más sutil y encubierto, por ejemplo, mediante la formulación de determinadas expectativas. Los principios jerárquicos de aprendizaje descendente y unidireccional de las instituciones escolares se mantienen mayormente sin discusión. Este artículo no se contenta con simplemente afirmar que las escuelas reproducen repetidamente el adultismo en estas condiciones sociales, sino que también examina posibles estrategias e intervenciones que podrían cambiar las relaciones de poder desiguales y, en última instancia, revocarlas. Examina diversos conceptos y formas alternativas de educación crítica hacia el adultismo que han surgido desde principios del siglo XX tanto dentro como fuera del sistema escolar estatal. Además, explora las contradicciones que cabe esperar que surjan en su implementación en el marco de las instituciones educativas existentes. Se presta especial atención a las respectivas posibilidades de acción por parte de profesores y alumnos. Desafiamos decisivamente a los profesores para que se replanteen cómo manejan su poder, que siempre es derivado y frágil, y cómo pueden contribuir a que los alumnos se empoderen e influyan significativamente en los procesos de aprendizaje y toma de decisiones en la escuela.<hr/>zusammenfassung Zur Beantwortung der Frage, ob die Schule zu einer nicht-adultistischen Institution werden kann, untersucht der Artikel die ungleichen Machtverhältnisse zwischen Erwachsenen und Kindern (Lehrer*innen und Schüler*innen), die die Schule im Rahmen der bürgerlich-kapitalistischen Gesellschaft kennzeichnen und die mit der Aufrechterhaltung bestimmter Funktionen, Methoden, Normen und Wissensstandards verbunden sind. Unter dem Einfluss der antiautoritären Jugendprotestbewegungen ab den 1960er Jahren wurde die offene Macht in der Schule (z.B. durch körperliche Züchtigung) kritisiert und in den meisten Ländern abgeschafft. Die Machtungleichgewichte zwischen Lehrer*innen und Schüler*innen sind jedoch nicht verschwunden, sondern haben sich zu einer subtileren, verdeckten Macht entwickelt, z. B. durch die Formulierung bestimmter Erwartungen. Die hierarchischen, von oben nach unten gerichteten und eingleisigen Lernprinzipien der Schulinstitutionen bleiben weitgehend unangetastet. Dieser Artikel begnügt sich nicht mit der Feststellung, dass Schule unter diesen gesellschaftlichen Bedingungen immer wieder Adultismus reproduziert, sondern diskutiert mögliche Strategien und Interventionen, die ungleiche Machtverhältnisse verschieben und letztlich außer Kraft setzen könnten. Er nimmt verschiedene Konzepte und alternative, adultismuskritische Bildungsformen unter die Lupe, die seit Beginn des 20. Jahrhunderts innerhalb und außerhalb des staatlichen Schulsystems entstanden sind. Des Weiteren werden die Widersprüche, die bei ihrer Umsetzung im Rahmen der bestehenden Bildungsinstitutionen entstehen und zu erwarten sind, untersucht. Besonderes Augenmerk wird dabei auf die jeweiligen Handlungsmöglichkeiten von Lehrer*innen und Schüler*innen gelegt. Eine entscheidende Herausforderung wird darin gesehen, wie Lehrer*innen ihre Macht, die immer eine abgeleitete und fragile Macht ist, überdenken und wie sie dazu beitragen können, dass Schüler*innen sich selbst ermächtigen und die Lern- und Entscheidungsprozesse in der Schule maßgeblich beeinflussen können.<hr/>resumo Para responder a questão sobre a possibilidade da escola se tornar uma instituição não adultista, o artigo examina as relações de poder desiguais entre adultos e crianças (professor-aluno) que caracterizam a escola no contexto de uma sociedade burguesa-capitalista e que são sustentadas por certas funções, métodos, normas e padrões de conhecimento. Sob a influência dos movimentos de protestos juvenis anti-autoritários a partir de 1960, o poder evidente nas escolas (no sentido de castigos físicos) foi criticado e, na maioria dos países, abolido. No entanto, o desequilíbrio de poder entre professores e alunos não desapareceu, mas evoluiu para um poder mais sutil e velado, como por exemplo, mediante a formulação de determinadas expectativas. Os princípios de aprendizagem hierárquica, de cima para baixo e unidirecionais das instituições escolares são, na sua maioria, mantidos sem questionamentos. Este artigo não se limita a afirmar que as escolas reproduzem repetidamente o adultismo nessas condições sociais, mas também discute as possíveis estratégias e intervenções que poderiam alterar as relações de poder desiguais e, em última análise, anulá-las. São discutidos vários conceitos e formas alternativas de educação crítica ao adultismo que têm surgido desde o começo do século 20, dentro e fora do sistema escolar público. Além disso, são exploradas as contradições que surgem e que devem ser esperadas na sua implementação no âmbito das instituições educacionais existentes. É dada especial atenção às respectivas possibilidades de ação por parte dos professores e dos alunos. Um desafio decisivo é a forma como os professores repensam seu poder, que é sempre um poder derivado e frágil, e como podem contribuir para que os alunos se empoderem e influenciem significativamente os processos de aprendizagem e de tomada de decisões na escola. <![CDATA[colonialidade da educação infantil: análise crítica das práticas pedagógicas em uma instituição em contexto periférico]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872024000100209&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt resumo Busca-se neste artigo problematizar a manifestação da colonialidade nas práticas pedagógicas de uma instituição de educação infantil situada em contexto periférico a partir da percepção de professoras e famílias. A argumentação e análise teórica adotada partem dos estudos da infância e teoria decolonial/contracolonial. Serão analisadas as conversas estabelecidas com adultos participantes da pesquisa, sendo quatro entrevistas realizadas com professoras e mães de crianças de uma instituição de educação infantil de contexto periférico e negro, localizada no município de Betim - MG. A partir dos sujeitos da pesquisa são apresentadas denúncias que configuram o que chamamos de colonialidade da educação infantil. A alimentação das crianças foi destacada, pelas professoras e mães, como um dos momentos da rotina pedagógica que gerava grande incômodo devido a práticas de violência com as crianças. Esta violência compõe o que se denomina como adultocentrismo, que existe para posicionar as crianças às margens do projeto civilizatório ocidental, sendo que nestes termos o adultocentrismo pode ser também compreendido como a peste branca produzida pela matriz eurocêntrica e colonial. Atuar contra a colonialidade e contra o adultocentrismo é defender uma experiência concreta e histórica para a educação infantil e não apenas teórica. Cada vez mais é preciso avançar na formação das professoras de forma conscientizadora quanto a emergência da contracolonização da educação infantil em articulação com o projeto de sociedade emancipatória para todos e todas.<hr/>abstract This article aims to critically examine the presence of colonial influences within the pedagogical practices of an early childhood education institution situated in a culturally peripheral area of Brazil. Our examination is based on insights gathered from both educators and families involved in the institution. The argumentation and theoretical framework utilized draw from childhood studies as well as decolonial and counter-colonial theories. The data analyzed in the article stems from conversations held with adults who participated in the research. Specifically, four interviews were conducted with teachers and mothers of children attending the early childhood education institution in Betim - MG, a city characterized by its peripheral and predominantly black population. Through these interviews, the article sheds light on the grievances expressed by participants, which collectively delineate what the authors define as the coloniality of early childhood education. One significant aspect highlighted by both teachers and mothers is the discomfort generated during meal times, a routine occurrence within the pedagogical setting. This discomfort is attributed to acts of violence perpetrated against children during these moments. Such violence is construed as an embodiment of adultcentrism, a concept denoting the relegation of children to the periphery of the Western civilizational narrative. Adultcentrism is further characterized as a product of the Eurocentric and colonial paradigm, akin to a pervasive affliction affecting educational practices. The authors advocate for concerted efforts to combat coloniality and adultcentrism within early childhood education, emphasizing the necessity of grounding this endeavor in practical experiences rather than purely theoretical frameworks. They underscore the imperative of enhancing teacher training programs to foster awareness regarding the need for counter-colonial approaches within early childhood education. Ultimately, the article posits the pursuit of an emancipatory society as contingent upon the simultaneous advancement of counter-colonial initiatives within the realm of early childhood education<hr/>resumen Este artículo busca problematizar la manifestación de la colonialidad en las prácticas pedagógicas de una institución de educación infantil ubicada en un contexto periférico a partir de la percepción de profesoras y familias. La argumentación y el análisis teórico adoptados se basan en los estudios sobre la infancia y en la teoría descolonial/contracolonial. Serán analizadas las conversaciones establecidas con adultos participantes de la investigación, siendo cuatro entrevistas realizadas a profesoras y madres de niños y niñas de una institución de educación infantil de contexto periférico y negro, ubicada en la ciudad de Betim - MG. Desde los sujetos de investigación se presentan denuncias que configuran lo que llamamos la colonialidad de la educación infantil. La alimentación de los niños y niñas fue destacada por las profesoras y madres como uno de los momentos de la rutina pedagógica que generaba gran malestar debido a prácticas de violencia contra los niños y niñas. Esta violencia constituye lo que se llama adultcentrismo, que existe para colocar a los niños al margen del proyecto de civilización occidental, y en estos términos el adultcentrismo también puede entenderse como la plaga blanca producida por la matriz eurocéntrica y colonial. Actuar contra la colonialidad y el adultocentrismo consiste en defender una experiencia concreta e histórica para la educación infantil y no sólo teórica. Es cada vez más necesario avanzar en la formación de docentes para que se tome conciencia del surgimiento de la contra-colonización de la educación infantil en articulación con el proyecto de una sociedad emancipadora para todos y todas. <![CDATA[o lugar dos bebês no confronto com o adultocentrismo: possibilidades a partir da cartografia e da filosofia da diferença]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872024000100210&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt resumo Este artigo constitui-se como um ensaio para pensar práticas pedagógicas com bebês a partir de uma filosofia da infância que não esteja moldada por discursos adultocêntricos. O debate em torno do enfrentamento do adultocentrismo tem historicamente se concentrado mais sobre as crianças do que sobre os bebês. O presente artigo busca lançar questões a respeito de se pensar os bebês não a partir da visibilidade dos seus rótulos, marcados por uma visão cronológica, mas a partir de uma concepção que permita perceber as suas ações e os seus desenvolvimentos desde a sua diferença imanente. Subdividido em seções que envolvem a perspectiva do devir-criança de Gilles Deleuze e a concepção de cartografia de Gabriela Tebet, também nos permite imaginar outros cenários para a infância e uma possibilidade de perceber os bebês como protagonistas. Buscamos, assim, a compreensão de novas percepções com os bebês, buscando repensar a relação que travamos com eles. Pensar os bebês a partir de um discurso devir-criança é estudar as redes que constituem a infância a fim de compreender os movimentos entre os planos de imanência e de organização dos bebês. Não é estudar o indivíduo, assim como não é estudar nenhuma verdade objetiva dada a priori. Desse modo, o pesquisador processa os novos espaços e percorre caminhos em busca de conhecer quem são esses sujeitos que surgem como forma de ruptura. Propomos colocar em questão as ideias que envolvem a infância explorando os ideais pedagógicos modernos que a marcaram, na busca de vivenciar a infância e na compreensão de uma prática pedagógica com bebês capaz de ser um tempo de alegria e de intensidade da vida.<hr/>abstract This article is an essay to think about pedagogical practices with babies from a philosophy of childhood that is not shaped by adult-centric discourses. The debate around coping with adultcentrism has historically focused more on children than on babies. This article seeks to raise questions about thinking this age not from the visible labels, marked by a chronological view, but from a conception that allows one to perceive their actions and their developments from their imminent difference. Subdivided into sections that involve the perspective of the child-becoming of Gilles Deleuze and the conception of cartography of Gabriela Tebet, this article allows us to imagine other scenarios for childhood and a possibility of perceiving babies as protagonists. Thus, we seek to understand new perceptions with babies, seeking to rethink the relationship we have with them. Thinking babies from a becoming-child discourse is to study the networks that constitute them in order to understand the movements between the immanence and organizational plans of babies. It is not to study the individual, as it is not just to study any objective truth given a priori. Thus, the researcher processes the new spaces and walks paths in search of knowing who these subjects are that arise as a form of rupture. We propose to question the ideas that involve childhood exploring the modern pedagogical ideals that marked it, in the pursuit of experiencing childhood and in the understanding of a pedagogical practice with babies capable of being a time of joy and intensity of life.<hr/>resumen Este artículo se constituye como un ensayo para pensar prácticas pedagógicas con bebés a partir de una filosofía de la infancia que no esté enmarcada por discursos adulto-céntricos. El debate en torno al enfrentamiento del adultocentrismo se ha concentrado históricamente más en los niños que en los bebés. El presente artículo busca pensar a los bebés no a partir de la visibilidad de sus etiquetas, marcados por una visión cronológica, sino a partir de una concepción que permita percibir sus acciones y su desarrollo desde su diferencia inmanente. Subdividido en secciones que envuelven la perspectiva del devenir-niño de Gilles Deleuze y la concepción de cartografía de Gabriela Tebet, este artículo nos permite imaginar otros escenarios para la infancia y una posibilidad de percibir a los bebés como protagonistas. Buscamos, así, la comprensión de nuevas percepciones con los bebés, repensando la relación con la que trabajamos con ellos. Pensar los bebés a partir de un discurso devir-niño es estudiar las redes que constituyen la infancia a fin de comprender los movimientos entre los planos de inmanencia y de organización de los bebés. No es estudiar al individuo, así como no es estudiar ninguna verdad objetiva dada a priori. De ese modo, el investigador procesa los nuevos espacios y recorre caminos en busca de conocer quiénes son esos sujetos que surgen como forma de ruptura. Proponiendo poner en cuestión las ideas que envuelven la infancia, explorando los ideales pedagógicos modernos que la marcaron, en la búsqueda de vivenciar la infancia y en la comprensión de una práctica pedagógica con bebés capaz de ser un tiempo de alegría y de intensidad de la vida. <![CDATA[quem está cansado de michel foucault? pensando a relação entre a produção da infância e a decolonialidade a partir da perspectiva foucaultiana]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872024000100211&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt résumé Cet article prend pour point de départ les généalogies de l’enfance de Michel Foucault disséminées dans son œuvre et complexifiées par les études foucaldiennes contemporaines, en particulier les recherches féministes de Silvia Federici (et ses généalogies des femmes) et les études postcoloniales d’Ann Laura Stoler (et ses généalogies des colonisés). Foucault passant sous silences l’histoire des femmes et des colonies, ce détour par des généalogies féministes et postcoloniales nous permettra de nous inscrire dans les débats sur l’intersectionnalité. En effet, depuis les années 1990, cette perspective méthodologique a été pensée de multiples manières (comme articulation, matrice, assemblage etc.), il s’agira donc de voir comment penser l’intersectionnalité en référence aux cadres d’analyse foucaldiens et à leurs critiques. Plus précisément, en réunissant ces auteurs et leurs généalogies, cet article tentera de se situer dans les débats contemporains sur l’intersection du Childism et du mouvement décolonial. Alors que certains auteurs considèrent que la production de l’enfance/de l’âge précède la production de la colonialité/de la race, d’autres voient le contraire. Pour entrer dans ces débats, nous reprendrons à Bacchetta (2015) l’idée de coformations et de coproductions des rapports coloniaux et âgistes dans l’histoire longue des métropoles et des colonies. Ce faisant, nous tenterons de décrire et d’analyser les relations d’assujettissement (de genre, de classe, de race ou d’âge), d’une part comme un effet de multiplicité selon des conjonctures spécifiques, et d’autre part comme la cristallisation de relations de pouvoir qui s’étendent sur de larges espace-temps.<hr/>resumo Esse artigo tem como ponto de partida as genealogias da infância de Michel Foucault, disseminadas em sua obra e complexificadas pelos estudos foucaultianos contemporâneos, em particular os estudos feministas de Silvia Federici (e suas genealogias das mulheres) e os estudos pós-coloniais de Ann Laura Stoler (e suas genealogias dos colonizados). Visto que Foucault não menciona a história das mulheres e das colônias, esse desvio pelas genealogias feministas e pós-coloniais nos permitirá participar dos debates sobre a interseccionalidade. De fato, desde os anos 1990, essa perspectiva metodológica tem sido pensada de muitas formas (como articulação, matriz, montagem etc.), então a questão será ver como pensar a interseccionalidade em referência ao quadro de análise foucaultiano e suas críticas. Mais precisamente, ao reunir esses autores e suas genealogias, este artigo buscará se situar nos debates contemporâneos sobre a intersecção entre o infantilismo e o movimento decolonial. Enquanto alguns autores consideram a produção da infância/idade como precedente à produção de colonialidade/raça, outros veem o contrário. Para entrar nesse debate, recorreremos à ideia de Bacchetta (2015) de co-formações e co-produções das relações coloniais e etaristas na longa história das metrópoles e das colônias. Ao fazê-lo, buscaremos descrever e analisar as relações de subjugação (de gênero, classe, raça ou idade), por um lado, como um efeito de multiplicidade segundo conjunturas específicas, e, por outro lado, como a cristalização de relações de poder que se estendem ao longo de grandes espaços-tempos.<hr/>abstract The starting point of this article is Michel Foucault's genealogies of childhood, which are scattered throughout his work and was reinterpreted by contemporary Foucauldian studies, in particular the feminist research of Silvia Federici (and her genealogies of women) and the postcolonial studies of Ann Laura Stoler (and her genealogies of the colonized). Since Foucault did not mention the history of women and the colonies, these diversions through feminist and postcolonial genealogies will allow us to take part in the debates on intersectionality. Indeed, since the 1990s, this methodological perspective has been conceived in multiple ways (as articulation, matrix, assemblage etc.), so it will be a question of seeing how to think about intersectionality in reference to Foucauldian analytical frameworks and their critiques. More specifically, by bringing together these authors and their genealogies, this article will attempt to situate itself within contemporary debates on the intersection of “Childism” and the decolonial movement. While some authors consider the production of childhood/age as preceding the production of coloniality/race, others see the opposite. To enter into these debates, we will take up Bacchetta's (2015) idea of co-formations and co-productions of colonial and ageist relations in the long history of metropolises and colonies. In doing so, we will attempt to describe and analyze relations of subjugation (of gender, class, race or age) on the one hand, as an effect of multiplicity according to specific conjunctures; and on the other hand as the crystallization relations of power that extend over large space-time.<hr/>resumen Este artículo toma como punto de partida las genealogías de la infancia de Michel Foucault, diseminadas en su obra y complejizadas por los estudios foucaultianos contemporáneos, en particular las investigaciones feministas de Silvia Federici (y sus genealogías de las mujeres) y los estudios postcoloniales de Ann Laura Stoler (y sus genealogías de los colonizados). Dado que Foucault no trabajó sobre la historia de las mujeres y de las colonias, este desvío por las genealogías feministas y postcoloniales nos permitirá inscribirnos en los debates sobre la interseccionalidad. De hecho, desde los años 1990, esta perspectiva metodológica ha sido pensada de múltiples maneras (como articulación, matriz, ensamblaje etc.), por lo que se trata de cómo pensar la interseccionalidad en referencia a los marcos de análisis foucaultianos y sus críticas. Más específicamente, reuniendo a estos autores y sus genealogías, este artículo intentará situarse en los debates contemporáneos sobre la intersección entre el “Childism” y el movimiento decolonial. Mientras que algunos autores consideran que la producción de la infancia/edad precede a la producción de la colonialidad/raza, otros ven lo contrario. Para entrar en estos debates retomaremos de Bacchetta (2015) la idea de co-formaciones y co-producciones de las relaciones coloniales y ageístas en la larga historia de las metrópolis y las colonias. Al hacerlo, intentaremos describir y analizar las relaciones de subyugación (de género, raza o edad) por un lado, como un efecto de multiplicidad según conjeturas específicas, y por otro lado, como la cristalización de relaciones de poder que se extienden a lo largo de amplios espacio-tiempos. <![CDATA[“com amor”: o legado colonial da pornografia pedófila racializada no mundo atlântico]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872024000100212&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt resumo Este trabalho apresenta uma análise dos cartões postais norte-americanos do início do século XX, com foco na representação de crianças negras e brancas como uma ferramenta estética de supremacia branca e dos prazeres pedófilos racistas. Essas representações visuais não apenas refletiam, como também perpetuavam ideologias coloniais e estereótipos raciais, influenciando diretamente as práticas e políticas educacionais e contribuindo para uma sociedade onde a discriminação e a sexualização de crianças eram normalizadas. O artigo começa com o forte contraste na representação de crianças brancas e negras, revelando um padrão no qual crianças brancas eram normalmente fetichizadas como personificações de inocência e pureza, enquanto crianças negras eram submetidas a retratos pornográficos que reforçavam estereótipos negativos e buscavam garantir a contínua subjugação intergeracional dos povos afro-americanos na vida após a escravidão. Um aspecto significativo dessa análise é o papel do zeloso defensor da pureza Anthony Comstock (1844-1915) na formação de visões sociais sobre a inocência e a obscenidade da infância durante a Era Progressista. Como inspetor postal dos EUA, Comstock exerceu uma influência significativa sobre o discurso e as políticas públicas, principalmente por meio de suas campanhas contra a distribuição do que ele considerava representações de mídia moralmente questionáveis. Essa investigação abrange as implicações raciais das ações adultocêntricas de Comstock, explorando como elas contribuíram para o tratamento diferenciado de crianças negras e brancas, tanto nas representações de mídia quanto em contextos sociais mais amplos. Argumento que essas imagens não eram apenas reflexos passivos de crenças sociais; na verdade, eram ferramentas ativas usadas para moldar e influenciar os processos de educação e socialização das crianças, e contribuíram para a perpetuação da violência de Jim Crow, manifestada através de agressão sexual, castração e linchamento de jovens negros. Além disso, este artigo investiga o amplo contexto sócio-histórico no qual as imagens racistas e pedófilas foram produzidas e divulgadas. Esses cartões-postais ainda são traficados hoje em dia, sob a falsa designação de “Memorabilia Negra”, atingindo preços significativos como ítens vintage de colecionador; mas estou redefinindo-os como um gênero de pornografia infantil explícita. Essa perspectiva decolonial desafia criticamente as narrativas vigentes que podem higienizar ou minimizar a natureza exploratória e violenta dessas imagens de crianças negras. Este trabalho pede uma reconsideração do significado histórico desses itens de consumo como instrumentos intrinsecamente cúmplices na manutenção de estruturas coloniais e ideologias acerca da inocência infantil na América do Norte. Dentro dessa estrutura analítica, a desumanização de crianças negras por meio da pornografia pedófila reflete uma longa herança de violência contra crianças nas tradições ocidentais e a estratégia colonial de explorar crianças de cor como um mecanismo vantajoso de lucro e prazer libidinal.<hr/>abstract This essay provides a critical analysis of early-20th-century American postcards, focusing on the portrayal of black and white children as an aesthetic tool of white supremacy and pedophilic racist pleasures. These visual representations not only reflected but also perpetuated colonial ideologies and racial stereotypes, directly influencing educational practices and policies, and contributing to a social environment where discrimination and sexualization of children was normalized. The article begins with the stark contrast in the depiction of white and black children, revealing a pattern in which white children were often fetishized as embodiments of innocence and purity, while black children were subjected to pornified portrayals that reinforced negative stereotypes and sought to ensure the continued intergenerational subjugation of African Americans in the afterlife of slavery. A significant aspect of this analysis delves into the role of the zealous purity crusader Anthony Comstock (1844-1915) in shaping societal views on childhood innocence and obscenity during the Progressive Era. As a U.S. postal inspector, Comstock wielded substantial influence over public discourse and policy, particularly through his campaigns against the distribution of what he considered morally objectionable media representations. This examination extends to the racial implications of Comstock’s adult-centric actions, exploring how they contributed to the differential treatment of black and white children in both media representations and broader societal contexts. The article argues that these images were not merely passive reflections of societal beliefs; rather, they were active tools used to shape and influence the educational and socialization processes of children, and they contributed to the perpetuation of Jim Crow violence, which was manifested through the sexual assault, castration, and lynching of black youth. Furthermore, this essay examines the broader socio-historical context in which racist and pedophilic images were produced and circulated. These postcards are still trafficked today under the false designation of ‘Black Memorabilia,’ reaching significant prices as vintage collector’s items, but the article reframes them as a genre of explicit child pornography. This decolonial perspective critically challenges prevailing narratives that may sanitize or downplay the exploitative and violent nature of these images of black children. This essay urges a reconsideration of these consumer items’ historical significance as instruments intricately complicit in sustaining colonial structures and ideologies surrounding childhood innocence in North America. Within this analytical framework, the dehumanization of black children through pedophilic pornography reflects a long heritage of anti-child violence in Western traditions and the colonial strategy of exploiting children of color as a lucrative mechanism for profit and libidinal pleasure.<hr/>resumen está disponible en el texto completo <![CDATA[exercer, exercitar e reparar: a filosofia com infâncias como prática extramuros, como direito, como exercício espiritual, como crítica ao adultocentrismo e ao androcentrismo]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872024000100213&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt resumen En este artículo recuperamos algunos sentidos del filosofar y de la filosofía que consideramos fecundos para la comprensión de la práctica de la filosofía con infancias (FcI). Sostenemos la necesidad de revisitar la pregunta por la filosofía misma, así como algo de la historia de esta disciplina que nos ayude a identificar cuáles versiones de ella se ponen, o podrían poner, en juego en la práctica de la FcI. Así, apareció la necesidad de dar cuenta de la propuesta de filosofía extramuros (Ferraro, 2018), por lo que ensayaremos una vinculación con una idea de Jacques Derrida sobre el derecho humano a la filosofía o al filosofar. Luego, recuperaremos la hipótesis foucaultiana del “momento cartesiano” como bifurcación entre el camino de la filosofía y el de la espiritualidad (Foucault, 2006) y se complementará con el estudio realizado por Pierre Hadot (2006) sobre los ejercicios espirituales de las escuelas filosóficas de la Antigüedad grecolatina. En tercer lugar, problematizaremos el carácter androcéntrico de la disciplina filosófica (Alvarado, 2017) en relación con el adultocentrismo de la misma. Desde la mirada de los feminismos, se lucha por visibilizar el sesgo androcéntrico del discurso académico. La filosofía como disciplina no es la excepción, ya que, a medida que se ha ido afianzando como disciplina académica, ha generado -como contracara- otredades y exclusiones. Sumado a esto, podríamos intentar advertir el sesgo adultocéntrico que ha tenido nuestra disciplina desde sus comienzos y contra el que se podría decir que la FcI se inscribe. Teniendo en cuenta estos enfoques teóricos, intentaremos pensar si la FcI puede ser un espacio-tiempo extramuros reparador de las exclusiones generadas desde la disciplina filosófica.<hr/>resumo Neste artigo recuperamos alguns sentidos de filosofar e de filosofia que consideramos frutíferos para a compreensão da prática da filosofia com infâncias (FcI). Defendemos a necessidade de revisitar a questão da própria filosofia, bem como retomar a história desta disciplina para nos ajudar a identificar quais versões dela são, ou poderão ser, postas em jogo na prática da FcI. Assim, surgiu a necessidade de dar conta da proposta de filosofia extramuros (Ferraro, 2018), a qual tentaremos conectar com uma ideia de Jacques Derrida sobre o direito humano à filosofia ou ao filosofar. Em seguida, recuperaremos a hipótese foucaultiana do “momento cartesiano” como uma bifurcação entre o caminho da filosofia e o da espiritualidade (Foucault, 2006) e a complementaremos com o estudo realizado por Pierre Hadot (2006) sobre os exercícios espirituais das escolas filosóficas da antiguidade greco-latina. Em terceiro lugar, problematizaremos o caráter androcêntrico da disciplina filosófica (Alvarado, 2017) em relação ao seu adultocentrismo. De uma perspetiva feminista, a luta consiste em tornar visível o preconceito androcêntrico do discurso acadêmico. A Filosofia como disciplina não é exceção, uma vez que, à medida que se foi estabelecendo como disciplina acadêmica, gerou - como contrapartida - alteridade e exclusão. Para além disso, poderíamos tentar perceber o preconceito adultocêntrico que a nossa disciplina tem tido desde os seus primórdios e contra o qual se poderia dizer que a FcI se inscreve. Tendo em conta estas abordagens teóricas, tentaremos pensar se o FcI pode ser um espaço-tempo extramuros que repare as exclusões geradas pela disciplina filosófica.<hr/>abstract In this article we recover some meanings of philosophizing and philosophy that we consider relevant for the understanding of the practice of philosophy with children (PwC). We argue the need to revisit the question of philosophy itself, as well as some of the history of this discipline to help us identify which versions of it are, or could be, included in the practice of FcI. Consequently, the need to take into consideration the proposal of extramural philosophy (Ferraro, 2018), linked to the idea of Jacques Derrida on the human right to philosophy or philosophizing. Furthermore, we will recover the Foucauldian hypothesis of the "Cartesian moment" as a bifurcation between the path of philosophy and that of spirituality (Foucault, 2006) and will be complemented by the study conducted by Pierre Hadot (2006) on the spiritual exercises of the philosophical schools of Greco-Latin Antiquity. Lastly, we will problematize the androcentric character of the philosophical discipline (Alvarado, 2017) in relation to its adultcentrism. From a feminist perspective, the critical point is to make visible the androcentric bias of academic discourse. Philosophy as a discipline is no exception, since, as it has been consolidated as an academic discipline, it has generated -as a counterpart- otherness and exclusions. In addition to this, we will try to notice the adult-centric bias that our discipline has had since its beginnings and against which it could be said that the FcI is inscribed. Taking into account these theoretical approaches, we will try to think if the FcI can be an extramural space-time that repairs the exclusions generated by the philosophical discipline. <![CDATA[Escola desinteressada: poesia como um caminho libertador e transformador na escola pública]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872024000100300&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt resumo Este texto oferece uma reflexão nascida de uma experiência com literatura, poesia e também filosofia na escola, com turmas do ensino fundamental nos anos iniciais. A experiência foi iniciada em 2011 e deu origem a um projeto de pesquisa, ensino e extensão, hoje em curso em escolas públicas. O projeto tem como fundamentação teórico-metodológica pensamentos críticos à escola voltada para a formação compreendida como utilitarista. Concepção esta que segue dominante, a despeito das inúmeras mudanças na base curricular, ao longo do tempo. Não parece razoável que a preocupação que promove as mudanças na organização curricular tome por base aspectos como o baixo rendimento na aprendizagem refletido em reprovações e “fracassos” ou no próprio abandono e evasão precoce da escola, sem que se questione as razões inerentes à experiência escolar. Diante desse fato, a reflexão aponta para a defesa de uma escola que possa ser compreendida como desinteressada na perspectiva de Gramsci e recorre à literatura e poesia como dispositivos para impulsionar o fazer pedagógico transformador. O estudo da literatura sobre poesia, assim como os resultados obtidos pela experiência em questão, permitem pensar uma concepção de escola revolucionária no sentido gramsciano e libertadora como propugnava Paulo Freire. Nesse sentido, propõe conexões com a felicidade, que conjuga o propósito da escola desinteressada com a filosofia de Epicuro. Na pesquisa, a poesia é compreendida como um caminho para se contemplar a valorização do lúdico, que é um aspecto dos mais relevantes para a aprendizagem nas infâncias.<hr/>abstract This article offers a reflection that arose as a result of an experience with literature, poetry, and philosophy in school, specifically in early-grade primary school classes, starting in 2011. This experience led to a research, teaching, and professional development project that is now in progress in public schools. The project’s critical-methodological basis is a critique of schooling that is directed toward utilitarian ends. This approach has remained dominant, despite innumerable changes to the curriculum over the years. It is unfortunate that the concern that motivates curricular changes tends to be based on factors such as poor learning outcomes as reflected in students who fail grades, skip school, or drop out, without considering how these trends might be the product of their experience of school itself. In light of this, this article advocates for the type of schooling that Gramsci described as disinterested and proposes literature and poetry as tools to advance the transformative pedagogical project. A study of the scholarship on poetry, along with the insights gained from the experience in question, enables us to develop a conception of revolutionary schooling in the Gramscian and emancipatory sense as proposed by Paulo Freire. The article therefore proposes connections to happiness, which combines the objective of the disinterested school with Epicurean philosophy. Poetry is understood as a path through which to envisage the valorization of the ludic, which is among the most important aspects of childhood learning.<hr/>resumen Este texto ofrece una reflexión nacida de una experiencia con la literatura, la poesía y también la filosofía en la escuela, con clases en los primeros años de la escuela primaria. La experiencia comenzó en 2011 y dio origen a un proyecto de investigación, enseñanza y extensión, actualmente en marcha en escuelas públicas. El proyecto tiene como fundamentación teórico-metodológica reflexiones críticas sobre la escuela que se vuelca a la formación entendiéndola como utilitaria. Concepción ésta que sigue siendo dominante, a pesar de los numerosos cambios en la base curricular a lo largo del tiempo. No parece razonable que la preocupación que promueve los cambios en la organización curricular se base en aspectos como el bajo rendimiento en el aprendizaje reflejado en reprobaciones y “fracasos” o en el abandono y deserción escolar precoces, sin que se cuestionen las razones inherentes a la experiencia escolar. Frente a este hecho, la reflexión apunta a la defensa de una escuela que pueda entenderse como desinteresada desde la perspectiva de Gramsci y recurre a la literatura y a la poesía como dispositivos para impulsar una práctica pedagógica transformadora. El estudio de la literatura sobre poesía, así como los resultados obtenidos a partir de la experiencia en cuestión, permiten pensar una concepción de escuela revolucionaria en el sentido gramsciano y liberadora como propugna Paulo Freire. En este sentido, propone conexiones con la felicidad, que combina el propósito de la escuela desinteresada con la filosofía de Epicuro. En la investigación se entiende la poesía como un camino para contemplarse la valorización de lo lúdico, que es un aspecto de los más relevantes para el aprendizaje en las infancias. <![CDATA[<em>Devir-mundos</em> em uma viagem pelas perguntas: Resenha do livro KOHAN, Walter Omar. <em>A viagem dos sonhos impossíveis</em>. Autêntica Editora: Belo Horizonte, 2022.]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872024000100400&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt resumo Este texto oferece uma reflexão nascida de uma experiência com literatura, poesia e também filosofia na escola, com turmas do ensino fundamental nos anos iniciais. A experiência foi iniciada em 2011 e deu origem a um projeto de pesquisa, ensino e extensão, hoje em curso em escolas públicas. O projeto tem como fundamentação teórico-metodológica pensamentos críticos à escola voltada para a formação compreendida como utilitarista. Concepção esta que segue dominante, a despeito das inúmeras mudanças na base curricular, ao longo do tempo. Não parece razoável que a preocupação que promove as mudanças na organização curricular tome por base aspectos como o baixo rendimento na aprendizagem refletido em reprovações e “fracassos” ou no próprio abandono e evasão precoce da escola, sem que se questione as razões inerentes à experiência escolar. Diante desse fato, a reflexão aponta para a defesa de uma escola que possa ser compreendida como desinteressada na perspectiva de Gramsci e recorre à literatura e poesia como dispositivos para impulsionar o fazer pedagógico transformador. O estudo da literatura sobre poesia, assim como os resultados obtidos pela experiência em questão, permitem pensar uma concepção de escola revolucionária no sentido gramsciano e libertadora como propugnava Paulo Freire. Nesse sentido, propõe conexões com a felicidade, que conjuga o propósito da escola desinteressada com a filosofia de Epicuro. Na pesquisa, a poesia é compreendida como um caminho para se contemplar a valorização do lúdico, que é um aspecto dos mais relevantes para a aprendizagem nas infâncias.<hr/>abstract This article offers a reflection that arose as a result of an experience with literature, poetry, and philosophy in school, specifically in early-grade primary school classes, starting in 2011. This experience led to a research, teaching, and professional development project that is now in progress in public schools. The project’s critical-methodological basis is a critique of schooling that is directed toward utilitarian ends. This approach has remained dominant, despite innumerable changes to the curriculum over the years. It is unfortunate that the concern that motivates curricular changes tends to be based on factors such as poor learning outcomes as reflected in students who fail grades, skip school, or drop out, without considering how these trends might be the product of their experience of school itself. In light of this, this article advocates for the type of schooling that Gramsci described as disinterested and proposes literature and poetry as tools to advance the transformative pedagogical project. A study of the scholarship on poetry, along with the insights gained from the experience in question, enables us to develop a conception of revolutionary schooling in the Gramscian and emancipatory sense as proposed by Paulo Freire. The article therefore proposes connections to happiness, which combines the objective of the disinterested school with Epicurean philosophy. Poetry is understood as a path through which to envisage the valorization of the ludic, which is among the most important aspects of childhood learning.<hr/>resumen Este texto ofrece una reflexión nacida de una experiencia con la literatura, la poesía y también la filosofía en la escuela, con clases en los primeros años de la escuela primaria. La experiencia comenzó en 2011 y dio origen a un proyecto de investigación, enseñanza y extensión, actualmente en marcha en escuelas públicas. El proyecto tiene como fundamentación teórico-metodológica reflexiones críticas sobre la escuela que se vuelca a la formación entendiéndola como utilitaria. Concepción ésta que sigue siendo dominante, a pesar de los numerosos cambios en la base curricular a lo largo del tiempo. No parece razonable que la preocupación que promueve los cambios en la organización curricular se base en aspectos como el bajo rendimiento en el aprendizaje reflejado en reprobaciones y “fracasos” o en el abandono y deserción escolar precoces, sin que se cuestionen las razones inherentes a la experiencia escolar. Frente a este hecho, la reflexión apunta a la defensa de una escuela que pueda entenderse como desinteresada desde la perspectiva de Gramsci y recurre a la literatura y a la poesía como dispositivos para impulsar una práctica pedagógica transformadora. El estudio de la literatura sobre poesía, así como los resultados obtenidos a partir de la experiencia en cuestión, permiten pensar una concepción de escuela revolucionaria en el sentido gramsciano y liberadora como propugna Paulo Freire. En este sentido, propone conexiones con la felicidad, que combina el propósito de la escuela desinteresada con la filosofía de Epicuro. En la investigación se entiende la poesía como un camino para contemplarse la valorización de lo lúdico, que es un aspecto de los más relevantes para el aprendizaje en las infancias.