Scielo RSS <![CDATA[Childhood & Philosophy]]> http://educa.fcc.org.br/rss.php?pid=1984-598720240001&lang=pt vol. 20 num. lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://educa.fcc.org.br/img/en/fbpelogp.gif http://educa.fcc.org.br <![CDATA[Afeto e investigação filosófica com crianças]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872024000100100&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract Matthew Lipman’s Thinking in Education develops an approach to philosophical inquiry with children (PwC) that claims to develop critical, creative and caring thinking. With Lipman, these kinds of thinking are primarily tied to analytic-logical commitments, and as such, his approach concerns only one way to conceptualize thinking. To address this issue and create space for another understanding, I introduce the concept of affect based on the work of the French philosopher Gilles Deleuze. From a theoretical perspective, affect helps to deepen the relationship between thinking, the body and experience in PwC; in addition, from a practical standpoint, it expands and enriches facilitation practices and curriculum design. To explore affect, I first show why PwC would benefit from such a theoretical expansion while also looking at connections already present within the literature on PwC. After a brief overview of affect theory and some of its initial applications to education, I propose a reading of Deleuzian affect augmented by thinkers like Claire Colebrook and Brian Massumi. Finally, I explore philosophical inquiry through affect and suggest how facilitation practices and curriculum design can respond in lieu of this conceptualization. This response examines several areas: inquiry, concepts, the community and ethical-political engagement.<hr/>Resumo Thinking in Education, de Matthew Lipman, apresenta uma abordagem para a investigação filosófica com crianças (FcC) que busca desenvolver o pensamento crítico, criativo e cuidadoso. Para Lipman, esses tipos de pensamentos estão ligados principalmente a compromissos analítico-lógicos e, como tal, sua abordagem se preocupa apenas com um modo de conceitualizar o pensar. Para direcionar esse problema e criar espaço para outros entendimentos, apresento o conceito de afeto baseado na obra do filósofo francês Gilles Deleuze. A partir de uma perspectiva teórica, o afeto ajuda a aprofundar as relações entre o pensar, o corpo e a experiência na FcC; além disso, de um ponto de vista prático, ele expande e enriquece as práticas facilitadoras e a concepção curricular. Para explorar o afeto, primeiro mostro porque a FcC se beneficiaria de tal expansão teórica, enquanto examino as conexões já existentes na literatura sobre FcC. Após um breve resumo sobre a teoria do afeto e algumas de suas aplicações iniciais para a educação, proponho a leitura do afeto deleuziano ampliada por pensadores como Claire Colebrook e Brian Massumi. Por fim, exploro a investigação filosófica através do afeto e sugiro como as práticas facilitadoras e a concepção curricular podem responder no lugar dessa conceitualização. Essa resposta examina diversas áreas: a investigação, os conceitos, a comunidade e o compromisso ético-político.<hr/>Resumen Thinking in Education, de Matthew Lipman, desarrolla un enfoque de la investigación filosófica con niños (FcN) que pretende desarrollar un pensamiento crítico, creativo y cuidadoso. Para Lipman, estos tipos de pensamiento están ligados principalmente a compromisos analítico-lógicos y, como tales, su enfoque se refiere sólo a una forma de conceptualizar el pensamiento. Para abordar esta cuestión y crear espacio para otra comprensión, introduzco el concepto de afecto basado en la obra del filósofo francés Gilles Deleuze. Desde una perspectiva teórica, el afecto ayuda a profundizar en la relación entre el pensamiento, el cuerpo y la experiencia en FcN; además, desde un punto de vista práctico, amplía y enriquece las prácticas de facilitación y el diseño curricular. Para explorar el afecto, primero muestro por qué FcN se beneficiaría de dicha expansión teórica, al tiempo que examino las conexiones ya presentes en la literatura sobre FcN. Tras un breve repaso de la teoría del afecto y algunas de sus aplicaciones iniciales a la educación, propongo una lectura del afecto deleuziano ampliada por pensadores como Claire Colebrook y Brian Massumi. Por último, exploro la indagación filosófica a través del afecto y sugiero cómo las prácticas de facilitación y el diseño curricular pueden responder en lugar de esta conceptualización. Esta respuesta examina varias áreas: la investigación, los conceptos, la comunidad y el compromiso ético-político. <![CDATA[“Educar crianças para a sabedoria”: reflexão sobre a abordagem de comunidade de investigação da filosofia para crianças a partir da alegoria da caverna de platão]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872024000100101&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract There is a widespread belief in Philosophy for Children that Plato, the famed Greek thinker who introduced philosophizing to the world as a form of dialogue, was averse to teaching philosophy to young children. Decades of the implementation of P4C program’s inquiry pedagogy have shown conclusively that children are not, in fact, incapable of receiving philosophical training and education. But was Plato wrong? Or has he been largely misunderstood? Does his theory of education show the value of cultivating virtues in the young? This paper attempts to answer these questions by reading the Republic, specifically Plato’s theory of education and the allegory of the cave, as an education manual that can strengthen one’s understanding of the pedagogical approach of P4C and the importance of educating children in wisdom and other intellectual virtues. It demonstrates that the Platonic conception of education is consistent with P4C’s theoretical position of education being transformative, facilitative, and virtue-based. By unpacking the symbolisms and meanings of the cave metaphor, it also discusses effective facilitation, teacher capacity building, and sharing of responsibility in education. Ultimately, drawing from Plato’s theory of education can recalibrate and improve the way one sees the role of education in building caring communities that empower learners and educators for democracy, higher learning, and achievement.<hr/>Resumen Existe una creencia generalizada en Filosofía para Niños de que Platón, el afamado pensador griego que introdujo el filosofar en el mundo como una forma de diálogo, era reacio a enseñar filosofía a los niños pequeños. Décadas de implementación de la pedagogía de la indagación del programa FpN han demostrado de forma concluyente que, de hecho, niños y niñas no son incapaces de recibir formación y educación filosóficas. Pero, ¿estaba Platón equivocado? ¿O se le ha mayormente malinterpretado? ¿Muestra su teoría de la educación el valor de cultivar virtudes en los jóvenes? Este artículo intenta responder a estas preguntas leyendo la República, concretamente la teoría de la educación de Platón y la alegoría de la caverna, como un manual de educación que puede fortalecer la comprensión del enfoque pedagógico de la FpN y la importancia de educar a los niños en la sabiduría y otras virtudes intelectuales. Demuestra que la concepción platónica de la educación es coherente con la postura teórica de la FpN según la cual la educación es transformadora, facilitadora y basada en virtudes. Al desentrañar los simbolismos y significados de la metáfora de la caverna, también se analiza la facilitación eficiente, el desarrollo de capacidades del profesorado y el compartir responsabilidades en educación. En última instancia, inspirarse en la teoría de la educación de Platón puede recalibrar y mejorar el modo en que se concibe el papel de la educación en la construcción de comunidades solidarias [caring] que capaciten a alumnos y educadores para la democracia, el aprendizaje superior y el logro.<hr/>Resumo Existe uma crença difundida na Filosofia para Crianças (FpC) de que Platão, o famoso pensador grego que introduziu a filosofia no mundo em forma de diálogo, era contra ensinar filosofia para crianças pequenas. Décadas de implementação da pedagogia de investigação do programa de Filosofia para Crianças mostram conclusivamente que as crianças não são, na verdade, incapazes de receber treinamento e educação filosófica. Mas será que Platão estava errado? Ou será que ele foi amplamente incompreendido? Sua teoria da educação mostra o valor de cultivar virtudes nos jovens? Este artigo busca responder a essas questões através da leitura da República, especificamente a teoria da educação de Platão e a alegoria da caverna, como um manual de educação que pode fortalecer a compreensão da abordagem pedagógica da Filosofia para Crianças e a importância de educar crianças para a sabedoria e para outras virtudes intelectuais. Mostra-se que a concepção platônica de educação é coerente com a posição teórica da FpC de uma educação transformadora, facilitadora e baseada em virtudes. Ao destrinchar os simbolismos e significados da metáfora da caverna, também se discute a facilitação eficaz, a capacitação docente e a partilha de responsabilidades na educação. Por fim, partir da teoria da educação de Platão pode recalibrar e melhorar a forma como se vê o papel da educação na construção de comunidades solidárias que capacitem estudantes e educadores para a democracia, a aprendizagem superior e o sucesso. <![CDATA[Filosofia para crianças: semente ético-política para uma cultura de paz a partir de um pensamento polivalente]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872024000100102&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt resumen Después de enseñar la asignatura de Ética, y de aplicar unas normas familiares escolares tradicionales, los estudiantes no se apropian de elementos éticos por varias causas: no les ven utilidad, no comprenden el contexto, o simplemente no les afecta, anulando cualquier interés al respecto. Esto impide que su obrar en la cotidianidad sea tolerante en su ambiente escolar, generando dificultades en el docente para mediar comportamientos opuestos a una cultura de paz. Ante esto, se propone la Filosofía para Niños (FpN) como apuesta ético-política que permita robustecer el pensamiento crítico, creativo y cuidadoso para mirar hacia una cultura de paz. Diego Pineda, el fundador de FpN en Colombia, sostiene que es necesario desarrollar en los estudiantes habilidades de pensamiento que, adicionales a conocimientos éticos-ciudadanos, los lleve a tomar decisiones acertadas en el abordaje pacífico del conflicto. El desarrollo paulatino del pensamiento, la cercanía a las comunidades de indagación, la incursión en habilidades cognitivas y éticas producto de las herramientas pedagógicas propias del programa de FpN, constituyen una preparación para asumir posiciones argumentadas frente a dilemas que acontecen dentro de los conflictos escolares, ello facilitará al estudiante estructurarse y lograr tomar decisiones iluminadas por la razón.<hr/>abstract After teaching the subject of ethics in a formal way, and in applying traditional school family rules to daily life, students typically do not appropriate ethical principles, for several reasons: they do not see them as useful, they do not understand the context in which they are applied, or they simply do not affect them, thus nullifying any interest in exploring them. This prevents them from developing a peace culture in their school environment, and makes it difficult for the teacher to introduce and mediate behaviors embodying such a culture. Given this situation, Philosophy for Children (PfC) curriculum and pedagogy represent an ethical-political dispositif that allows for strengthening critical, creative and caring thinking, thus preparing the ground for a peace culture. Diego Pineda, the founder of PfC in Colombia, argues that it is necessary to develop thinking skills in students that, in addition to a knowledge of civics, lead them to make ethically sound judgments in the process of resolving conflict. The gradual development of dialogical thinking follows on the closeness among the members of the inquiring community, and the steady acquisition of cognitive and ethical skills, enhanced by the PfC facilitator’s use of the pedagogical tools of the program. As such, the practice of PfC acts to prepare students to assume reasonably argued positions as they face the inevitable conflicts that occur in a school setting, thereby enabling them to formulate arguments and to reach judgements enlightened by the inherent values of a functioning culture of peace.<hr/>resumo Depois de ensinar a disciplina de Ética e aplicar as regras tradicionais da família escolar, os alunos não se apropriam de elementos éticos por vários motivos: não os consideram úteis, não entendem o contexto ou simplesmente não os afetam, anulando qualquer interesse por eles. Isso os impede de agir de forma tolerante no ambiente escolar, dificultando a mediação dos professores em relação a comportamentos que se opõem a uma cultura de paz. Diante disso, a Filosofia para Crianças (FpC) é proposta como uma aposta ético-política que permite fortalecer o pensamento crítico, criativo e cuidadoso, a fim de buscar uma cultura de paz. Diego Pineda, fundador da FpC na Colômbia, defende que é preciso desenvolver nos alunos habilidades de pensamento que, além do conhecimento ético-cidadão, os levem a tomar decisões acertadas na abordagem pacífica do conflito. O desenvolvimento gradual do pensamento, a proximidade com as comunidades de investigação, a incursão em habilidades cognitivas e éticas, produto das ferramentas pedagógicas do programa FpC, constituem uma preparação para assumir posições argumentativas diante de dilemas que ocorrem no interior dos conflitos escolares, o que ajudará o aluno a se estruturar e a alcançar decisões iluminadas pela razão. <![CDATA[Malditas invasões curriculares!]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872024000100103&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt resumo O artigo dialoga sobre imagens curriculares utópicas que, expressas na escola, representam os feitos ideais de condutas, comportamentos almejados para exaustão da vida nos currículos que insistem no enquadramento. Logo, o objetivo é questionar a lógica quase imperial de veiculação de imagens das práticas curriculares. O processo de captura imagética das práticas curriculares lança professoras e professores nesse meio de produtores-consumidores da sociedade do hiperespetáculo, de facilitadores da sociedade da transparência, propondo uma falsa eliminação das assimetrias das forças e tornando tudo uma espécie de entretenimento que visa a incessante renovação dos prazeres e das emoções. Para tanto, são fabuladas cenas de escola que brincam com a lógica das estabilidades curriculares. Se a escola e a professora se veem, nesse contexto, obrigadas a registrar os currículos em imagens quase midiáticas, interessa-nos produzir imagens no limite do aceitável. Afinal, o que se entende por currículos? Quais sentidos são produzidos a partir dessas invasões imagéticas? Uma escola que prolifera as imagens-perfeitas de sala de aula, de aluno, de professora etc. mais enlutam a vida que realmente a produzem. Na contramão, como produzir imagens para além do governo da vida? É possível afirmar a escola como uma potência do infinito?<hr/>abstract This paper explores the proliferation of utopian curricular images present in schools, which portray ideal behaviors aimed at conforming to pre-framed educational agendas. It seeks to challenge the imperial logic behind the dissemination of these images of curricular practices. The act of participating in the regime of such images places teachers in a paradoxical role as both creators and consumers within a society dominated by the spectacle, fostering an illusion of transparency while failing to address underlying power imbalances. Instead, it transforms education into a form of entertainment, perpetuating the cycle of pleasure and emotion without addressing substantive issues. In response, this essay suggests the creation of fictionalized school scenes that subvert the notion of curriculum stability. When schools and teachers are compelled to document their curricula through media-like imagery, it becomes crucial to question the underlying meanings and implications of such representations. Rather than mourning the loss of genuine life experiences, the focus should be on producing images that transcend conventional norms and challenge the status quo. This prompts a deeper inquiry into the essence of curricula and the transformative potential of alternative visual narratives. Can education evolve beyond the confines of societal norms and governmental biopower and affirm itself as a source of infinite empowerment? These are the fundamental questions raised by this essay, which urges a reevaluation of the role of images in shaping educational paradigms.<hr/>resumen: El artículo dialoga sobre las imágenes curriculares utópicas que, expresadas en la escuela, representan los logros ideales de conducta, comportamientos destinados a agotar la vida en unos planes de estudios que insisten en el encuadre. El objetivo es, pues, cuestionar la lógica casi imperial de transmisión de imágenes de las prácticas curriculares. El proceso de captura de imágenes de las prácticas curriculares lanza a profesoras y profesores a este medio de productores-consumidores de la sociedad del hiperespectáculo, de facilitadores de la sociedad de la transparencia, proponiendo una falsa eliminación de las asimetrías de fuerzas y convirtiéndolo todo en una especie de entretenimiento destinado a la renovación incesante de placeres y emociones. Para ello, son fabuladas escenas escolares que juegan con la lógica de las estabilidades curriculares. Si, en este contexto, la escuela y la profesora se ven obligadas a registrar los currículos en imágenes casi mediáticas, nos interesa producir imágenes en el límite de lo aceptable. Después de todo, ¿qué se entiende por currículos? ¿Qué sentidos son producidos a partir de estas invasiones de imágenes? Una escuela que propaga imágenes perfectas de la clase, de alumno, de profesora, etc. pero llora la vida más de lo que realmente la produce. Por otro lado, ¿cómo podemos producir imágenes más allá del gobierno de la vida? ¿Es posible afirmar la escuela como una potencia del infinito? <![CDATA[a pergunta criança: dissonâncias entre a ordem explicativa e a afirmação vital]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872024000100104&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt resumen Este trabajo surge de un diálogo interdisciplinario entre dos tesis doctorales, una de educación y otra de filosofía, que comparten un interés sobre formas emancipadoras y democráticas de pensar con otros y otras en la escuela pública latinoamericana. Desde una perspectiva crítica propia de la filosofía de la educación latinoamericana realizamos un análisis epistemológico sobre las distintas formas de habitar la pregunta dentro de una práctica filosófica con niños y niñas. Tomamos como objeto de estudio una experiencia específica de comunidad de indagación realizada en 2022 en el sur de Mendoza, Argentina. Entramamos herramientas teóricas de Walter Kohan, Paulo Freire y Jacques Rancière con la intención de visibilizar diversas formas de habitar la producción de saberes dentro de dicha comunidad. Proponemos dos nudos problemáticos: por un lado, el orden explicador/embrutecedor a partir de Rancière y, por el otro,la pregunta como afirmación vital a partir de Kohan y Freire. Trabajamos una serie de disonancias en torno a la circulación y a la potencia de la pregunta en la escuela y la educación pública. Finalmente proponemos una síntesis de estas problemáticas en la postulación de una “pregunta niña” como potencia epistémica emancipadora que supone una intimidad con los otros y otras, con las cosas y el mundo abierta desde una igualdad política e intelectual radical.<hr/>abstract This work emerges from an interdisciplinary dialogue between the authors of two PhD theses-one in Education and one in Philosophy-both sharing an interest in fostering free and democratic thinking within the Latin American public school system. Grounded in the critical perspective inherent to Latin American philosophy of education, we conducted an epistemological analysis of the various approaches to inquiry taken within philosophy sessions for children. Our focus is on a specific community of inquiry experience conducted in 2022 in the southern region of the province of Mendoza, Argentina. We interweave theoretical frameworks from Walter Kohan, Paulo Freire, and Jacques Rancière to illuminate the diverse modes of knowledge cultivation within this community of inquiry.We introduce two key problematic constructs: the explicative and stultifying order, drawing from Rancière's insights, and inquiry as an affirmation of life, influenced by the perspectives of Kohan and Freire. Our examination revolves around discordances concerning the dynamics and influence of inquiry within both school settings and public education at large. Ultimately, we propose a synthesis of these complexities through the concept of "infant inquiry" as an emancipatory epistemic force. This notion entails fostering intimacy with others, with objects, and with the world at large, emanating from a foundation of radical political and intellectual equality.<hr/>resumo Este trabalho surge de um diálogo interdisciplinar entre duas teses de doutorado, uma em Educação e outra em Filosofia, que compartilham um interesse sobre as formas emancipatórias e democráticas de pensar com os outros nas escolas públicas latino-americanas. A partir de uma perspectiva crítica própria da filosofia da educação latino-americana, realizamos uma análise epistemológica das diferentes formas de habitar a pergunta dentro de uma prática de filosofia com crianças. Temos como objeto de estudo uma experiência específica de comunidade de investigação realizada em 2022 no sul de Mendoza, Argentina. Entrelaçamos ferramentas teóricas de Walter Kohan, Paulo Freire e Jacques Rancière com a intenção de tornar visíveis diversas formas de habitar a produção de saberes dentro dessa comunidade. Propomos duas problemáticas: a ordem explicativa/embrutecedora de Rancière e a pergunta como afirmação vital de Kohan e Freire. Trabalhamos em uma série de dissonâncias em torno da circulação e da potência da pergunta na escola e na educação pública. Por fim, propomos uma síntese dessas questões na postulação de uma "pergunta criança", como potência epistêmica emancipatória que supõe uma intimidade com o outro/a, com as coisas e com o mundo, aberta a partir de uma igualdade política e intelectual radical. <![CDATA[infâncias, juventudes e sexualidades na escola em tempos de neoconservadorismo e pós-fascismo]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872024000100105&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt resumo Este trabalho busca analisar os desdobramentos da relação entre infâncias, juventudes e sexualidades que se apresentam nas escolas em tempos de cerceamentos e perseguições presentes na última década à escola. Falar de infância é discorrer sobre corpos e, justamente por isso, é indissociável da sexualidade. As relações interpessoais que ocorrem nos espaços escolares são imprescindíveis para socializações com vidas outras. No entanto, após a censura da temática de gênero e sexualidades nos planos educacionais recentes, bem como na Base Nacional Comum Curricular, e frente às sistemáticas perseguições aos professores interessados em sua discussão, nosso intuito é indagar o lugar do corpo e da sexualidade na escola, sobretudo em tempos de neoconservadorismo e pós-fascismo. Enquanto definição, entendemos por neoconservadorismo os novos agenciamentos que a matiz conservadora se utilizou para a sua consolidação na população brasileira; e, por pós-fascismo, as novas esferas de sociabilidades a partir de pragmatismos à identificação de valores comum na sociedade na promoção do pânico moral. Para sustentarmos nossa análise, utilizaremos três cenas escolares de educação para a sexualidade, entendidas aqui como práticas de resistências. Estas, muito embora recentemente vistas na sociedade como responsáveis pela destruição da família tradicional brasileira (de base heteronormativa), são valorizadas para a promoção de infâncias seguras.<hr/>abstract This paper seeks to analyze various developments in the relationship between childhoods, youth and sexualities that have appeared in public schools in the era of restriction and persecution that has characterized sex education over the course of the last decade in Brazil. To speak about childhood is to speak about bodies and as such, to speak about sexuality, and the interpersonal relationships that occur in school spaces, which are primary, essential sites of sex and gender socialization. As such, in the face of the censorship imposed on these themes in recent educational plans and policies, as well as in the National Common Curricular Base, and in the face of the systematic persecution of teachers interested in exploring these issues, our intention in this paper is to investigate the place of the body and sexuality in school settings, especially in times of neoconservatism and post-fascism. By the former, we understand those new agencies that promote and propagandize a set of reactionary values among the Brazilian population; by the latter, we mean those spheres of sociability and collective action and reaction that function in an atmosphere of moral panic, and promote an ideology saturated by both implicit and explicit violence and repression. To support our analysis, we explore three school settings whose practice of sexuality education acts to resist neoconservative and post-fascist norms. These three cases, vilified as they are in the right wing mainstream as being responsible for the destruction of the traditional heteronormative Brazilian family, should, we argue, be valued as educational practices that promote safe childhoods and positive social reconstruction.<hr/>resumen El presente trabajo busca analizar los desarrollos en la relación entre infancias, jóvenes y sexualidades que aparecen en las escuelas en tiempos de restricciones y persecuciones presentes en la última década en la escuela. Hablar de infancia es hablar de cuerpos y, precisamente por eso, es inseparable de la sexualidad. Las relaciones interpersonales que se dan en los espacios escolares son fundamentales para la socialización con otras vidas. Sin embargo, luego de la censura del tema de género y sexualidades en los recientes planes educativos, así como en la Base Curricular Común Nacional, y ante la persecución sistemática de docentes interesados ​​en su discusión, nuestra intención es investigar el lugar de la Cuerpo y sexualidad en la escuela, especialmente en tiempos de neoconservadurismo y posfascismo. En cuanto a las definiciones, entendemos por neoconservadurismo los nuevos agenciamientos de los que el tono conservador se sirvió para consolidarse en la población brasileña y, por posfascismo, las nuevas esferas de sociabilidad basadas en el pragmatismo y en la identificación de valores comunes en la sociedad para promover el pánico moral. Para sustentar nuestro análisis, utilizaremos tres escenas escolares de educación sexual, entendidas aquí como prácticas de resistencia. Éstas, aunque recientemente vistas en la sociedad como responsables de la destrucción de la familia tradicional brasileña (basada en la heteronormatividad), son valoradas por promover infancias seguras. <![CDATA[olhando os dentes de um cavalo de Tróia: problematizando a esperança de reforma social da filosofia com/para crianças através da história da raça e da educação nos eua]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872024000100106&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt abstract Many P4/WC practitioners and theorists privilege the school as a space for thinking and practicing philosophy for/with children. Despite its coercive nature, thinkers such as Jana Mohr Lone, David Kennedy, and Nancy Vansieleghem argue that P4C is a Trojan horse intended to reform the education system from within. I argue, however, that the Trojan horse argument requires us to internalize an incomplete and historically decontextualized understanding of public schools that in turn can reify histories of white supremacy within our CPIs - a consequence that can be particularly harmful when practicing P4C with minority youth. To accurately adjudicate the value of public school classrooms for P4C - especially for those CPIs whose members are primarily Black, Latinx, Indigenous, or other youth of color - I contextualize the Trojan horse argument in the history of race and education in the United States. Through this historical analysis, I conclude that the reformist position becomes increasingly more untenable and that the material history of race and education in fact supports a pessimistic understanding of P4C in education. I end by reflecting on P4C’s need to rethink its privileging of schools as a primary site for philosophical inquiry and caution practitioners against using “social progress” as a justification for how and where they practice their craft. Instead, I encourage them to rethink how and where they practice P4C, based on the local historical and material conditions of the participants.<hr/>resumo Muitos praticantes e teóricos da Fp/cC privilegiam a escola como um espaço para pensar e praticar filosofia para/com crianças. Apesar de sua natureza coercitiva, pensadores como Jana Mohr Lone, David Kennedy e Nancy Vansieleghem argumentam que a Filosofia para Crianças é um cavalo de Troia que pretende reformar o sistema educacional de dentro para fora. Acredito, no entanto, que argumento do cavalo de Troia exige que internalizemos um entendimento incompleto e historicamente descontextualizado das escolas públicas que, por sua vez, pode reafirmar histórias de supremacia branca nas nossas Comunidades de Investigação Filosóficas - uma consequência que pode ser particularmente nociva quando praticamos FPC com jovens minorias. Para definir com exatidão a importância das salas de aula das escolas públicas para a FPC - especialmente para as CIFs cujos membros são majoritariamente negros, latinos, indígenas ou outros jovens de cor - contextualizo o argumento do cavalo de Troia na história da raça e da educação nos Estados Unidos. Através dessa análise histórica, concluo que a posição reformista se torna cada vez mais insustentável e que a história material da raça e da educação sustenta, de fato, um entendimento pessimista sobre a FPC na educação. Encerro refletindo a necessidade da FPC repensar o privilégio que dá às escolas como lugar primário de investigação filosófica e alertar os seus praticantes contra o uso do "progresso social" como justificativa para como e onde eles praticam seus trabalhos. Em vez disso, os encorajo a repensar como e onde praticam a FPC, baseado nas condições históricas, locais e materiais dos participantes.<hr/>resumen Muchxs profesionales y teóricxs de la Fp/cN privilegian la escuela como espacio para pensar y practicar la filosofía para/con niñxs. A pesar de su naturaleza coercitiva, pensadorxs como Jana Mohr Lone, David Kennedy y Nancy Vansieleghem sostienen que la FpN es un caballo de Troya cuya intención es reformar el sistema educativo desde dentro. Yo sostengo, sin embargo, que el argumento del caballo de Troya nos exige interiorizar una comprensión incompleta e históricamente descontextualizada de las escuelas públicas que, a su vez, puede reificar historias de supremacía blanca dentro de nuestras CIF, una consecuencia que puede ser especialmente nociva cuando se practica la FpN con jóvenes pertenecientes a minorías. Para juzgar con precisión el valor de las aulas de escuelas públicas para la FpN -especialmente para aquellas CIF cuyos miembros son principalmente negrxs, latinxs, indígenas u otros gurpos de jóvenes de color- contextualizo el argumento del caballo de Troya en la historia de la raza y la educación en Estados Unidos. A través de este análisis histórico, concluyo que la posición reformista se hace cada vez más insostenible y que la historia material de la raza y la educación apoya de hecho una consideración pesimista de la FpN en la educación. Finalizo reflexionando sobre la necesidad de que la FpN se replantee su privilegiar la escuela como lugar primario para la investigación filosófica y advierto a lxs profesionales que no utilicen el "progreso social" para justificar cómo y dónde ejercen su oficio. En cambio, les animo a repensar cómo y dónde practican la FpN, basándose en las condiciones históricas y materiales locales de lxs participantes. <![CDATA[interrogações sobre as materialidades e objetivos político-pedagógicos do escolar, nascidas na prática do filosofar com crianças]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872024000100107&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt resumen Las prácticas educativas escolarizadas se desarrollan sobre la base de una serie de directrices que fueron consolidando el formato escolar como lo conocemos hoy. Las materialidades que utilizamos para desplegar las actividades escolares y los fines o metas pedagógico-políticas con los que las orientamos forman parte de las mencionadas directrices. En este trabajo, tomando base en las experiencias cultivadas en escuelas en Ronda de Palabras (Argentina), una formación basada en Filosofía con Niños, queremos plantear una discusión con esos dos grandes supuestos educativos que parecen ser inamovibles cuando pensamos en la escolaridad más convencional. En una primera parte, presentaremos un análisis crítico de las novelas filosóficas escritas por Matthew Lipman para la implementación de su proyecto de Filosofía para Niños (FpN). Si bien esta es una discusión específica del campo de la enseñanza de la filosofía, creemos que algunos de sus puntos pueden ser generalizados para pensar las relaciones pedagógicas que construimos con las materialidades sobre las que basamos nuestras prácticas educativas, y sus implicancias políticas. En la segunda parte, analizaremos algunos aportes que hacen las lecturas más críticas de la FpN de Lipman para pensar acerca de las metas pedagógico-políticas implícitas en ella, y en qué medida ponen en jaque, o bien aceptan tácitamente, las supuestas en la escolaridad convencional. Nuestro objetivo general es poner en tensión aquellas ideas que orientan y organizan las intervenciones pedagógicas en un determinado sentido, atendiendo a las ineludibles relaciones que tejen política y educación juntas.<hr/>abstract School-based educational practices take place on the basis of some guidelines that gradually consolidated the school format as we know it today. The materialities we use to deploy school activities and the pedagogical-political aims or goals with which we orientate them are part of the aforementioned guidelines. In this paper, in the light of the experiences cultivated in Ronda de Palabras (Argentina), we want to propose a discussion with these two major educational assumptions that seem to be inflexible when we think about the more conventional schooling. In the first part, we will present a critical analysis of the philosophical novels written by Matthew Lipman for the implementation of his Philosophy for Children (P4C) project. Although this is a discussion specific to the field of philosophy teaching, we believe that some of its elements can be generalized to think about the pedagogical relationships we build with the materialities on which we base our educational practices, and their political implications. In the second part, we will analyze some contributions made by the more critical appraisals of Lipman's P4C in order to think about what we call pedagogical-political goals in the title of this paper. That is, we will try to put in tension those ideas that orient and organize pedagogical interventions in a determinate way. With this, we invite to think about the relationships that politics and education weave together.<hr/>resumo As práticas educacionais escolarizadas são desenvolvidas com base em uma série de diretrizes que consolidaram o formato escolar como o conhecemos hoje. As materialidades que utilizamos para implementar as atividades escolares e os fins ou objetivos político-pedagógicos com os quais as orientamos fazem parte das diretrizes mencionadas. Neste artigo, com base nas experiências cultivadas em escolas em Ronda de Palabras (Argentina), uma formação baseada na Filosofia com Crianças, queremos propor uma discussão com esses dois grandes pressupostos educacionais que parecem inflexíveis quando pensamos na escolarização convencional. Na primeira parte, apresentaremos uma análise crítica dos romances filosóficos escritos por Matthew Lipman para a implementação de seu projeto Filosofia para Crianças (FpC). Embora essa seja uma discussão específica do campo do ensino da filosofia, acreditamos que alguns de seus pontos podem ser generalizados para pensarmos nas relações pedagógicas que construímos com as materialidades nas quais baseamos nossas práticas educacionais, e as suas implicações políticas. Na segunda parte, analisaremos algumas das contribuições feitas pelas leituras mais críticas da FpC de Lipman para pensar os objetivos político-pedagógicos nela implícitos e em que medida desafiam, ou aceitam tacitamente, os pressupostos da escolarização convencional. O nosso objetivo geral é colocar em tensão as ideias que orientam e organizam as intervenções pedagógicas em um determinado sentido, atentando para as relações inescapáveis que entrelaçam política e educação. <![CDATA[pode a escola se tornar uma instituição não-adultista?]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872024000100208&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt abstract To answer the question of whether school can become a non-adultist institution, this article examines the unequal adult-child (teacher-pupil) power relations that characterize school under the framework of bourgeois-capitalist society and that are upheld by certain functions, methods, norms and knowledge standards. Under the influence of the anti-authoritarian youth protest movements from the 1960s onwards, overt power in school (e.g. by means of corporal punishment) has been criticized and, in most countries, abolished. However, power imbalances between teachers and pupils have not disappeared, but rather developed towards a more subtle, covert power, e.g. by framing certain expectations. The hierarchical top-down and one-way learning principles of school institutions are mostly left uncontested. This article does not content itself with simply stating that schools repeatedly reproduce adultism under these societal conditions, but also discusses possible strategies and interventions that could shift unequal power relations and ultimately overturn them. It looks at various concepts and alternative forms of education critical of adultism that have emerged since the beginning of the 20th century both within and outside the state school system. It further explores the contradictions that should be expected to arise in their implementation within the framework of existing educational institutions. Particular attention is paid to the respective possibilities for action on the part of teachers and pupils. We offer a decisive challenge to teachers to rethink how they deal with their power, which is always derived and fragile, and how they can contribute to pupils empowering themselves and significantly influence learning and decision-making processes at school.<hr/>resumen Para responder a la pregunta de si la escuela puede volverse una institución no adultista, este artículo examina las desiguales relaciones de poder entre adultos y niños (profesores-alumnos) que caracterizan a la escuela en el marco de la sociedad burguesa-capitalista y que se sustentan en ciertas funciones, métodos, normas y parámetros de conocimiento. Bajo la influencia de los movimientos de protesta juvenil antiautoritarios a partir de los años 60, el poder manifiesto en la escuela (por ejemplo, mediante castigos corporales) ha sido criticado y, en la mayoría de los países, abolido. Sin embargo, los desequilibrios de poder entre profesores y alumnos no han desaparecido, sino que han evolucionado hacia un poder más sutil y encubierto, por ejemplo, mediante la formulación de determinadas expectativas. Los principios jerárquicos de aprendizaje descendente y unidireccional de las instituciones escolares se mantienen mayormente sin discusión. Este artículo no se contenta con simplemente afirmar que las escuelas reproducen repetidamente el adultismo en estas condiciones sociales, sino que también examina posibles estrategias e intervenciones que podrían cambiar las relaciones de poder desiguales y, en última instancia, revocarlas. Examina diversos conceptos y formas alternativas de educación crítica hacia el adultismo que han surgido desde principios del siglo XX tanto dentro como fuera del sistema escolar estatal. Además, explora las contradicciones que cabe esperar que surjan en su implementación en el marco de las instituciones educativas existentes. Se presta especial atención a las respectivas posibilidades de acción por parte de profesores y alumnos. Desafiamos decisivamente a los profesores para que se replanteen cómo manejan su poder, que siempre es derivado y frágil, y cómo pueden contribuir a que los alumnos se empoderen e influyan significativamente en los procesos de aprendizaje y toma de decisiones en la escuela.<hr/>zusammenfassung Zur Beantwortung der Frage, ob die Schule zu einer nicht-adultistischen Institution werden kann, untersucht der Artikel die ungleichen Machtverhältnisse zwischen Erwachsenen und Kindern (Lehrer*innen und Schüler*innen), die die Schule im Rahmen der bürgerlich-kapitalistischen Gesellschaft kennzeichnen und die mit der Aufrechterhaltung bestimmter Funktionen, Methoden, Normen und Wissensstandards verbunden sind. Unter dem Einfluss der antiautoritären Jugendprotestbewegungen ab den 1960er Jahren wurde die offene Macht in der Schule (z.B. durch körperliche Züchtigung) kritisiert und in den meisten Ländern abgeschafft. Die Machtungleichgewichte zwischen Lehrer*innen und Schüler*innen sind jedoch nicht verschwunden, sondern haben sich zu einer subtileren, verdeckten Macht entwickelt, z. B. durch die Formulierung bestimmter Erwartungen. Die hierarchischen, von oben nach unten gerichteten und eingleisigen Lernprinzipien der Schulinstitutionen bleiben weitgehend unangetastet. Dieser Artikel begnügt sich nicht mit der Feststellung, dass Schule unter diesen gesellschaftlichen Bedingungen immer wieder Adultismus reproduziert, sondern diskutiert mögliche Strategien und Interventionen, die ungleiche Machtverhältnisse verschieben und letztlich außer Kraft setzen könnten. Er nimmt verschiedene Konzepte und alternative, adultismuskritische Bildungsformen unter die Lupe, die seit Beginn des 20. Jahrhunderts innerhalb und außerhalb des staatlichen Schulsystems entstanden sind. Des Weiteren werden die Widersprüche, die bei ihrer Umsetzung im Rahmen der bestehenden Bildungsinstitutionen entstehen und zu erwarten sind, untersucht. Besonderes Augenmerk wird dabei auf die jeweiligen Handlungsmöglichkeiten von Lehrer*innen und Schüler*innen gelegt. Eine entscheidende Herausforderung wird darin gesehen, wie Lehrer*innen ihre Macht, die immer eine abgeleitete und fragile Macht ist, überdenken und wie sie dazu beitragen können, dass Schüler*innen sich selbst ermächtigen und die Lern- und Entscheidungsprozesse in der Schule maßgeblich beeinflussen können.<hr/>resumo Para responder a questão sobre a possibilidade da escola se tornar uma instituição não adultista, o artigo examina as relações de poder desiguais entre adultos e crianças (professor-aluno) que caracterizam a escola no contexto de uma sociedade burguesa-capitalista e que são sustentadas por certas funções, métodos, normas e padrões de conhecimento. Sob a influência dos movimentos de protestos juvenis anti-autoritários a partir de 1960, o poder evidente nas escolas (no sentido de castigos físicos) foi criticado e, na maioria dos países, abolido. No entanto, o desequilíbrio de poder entre professores e alunos não desapareceu, mas evoluiu para um poder mais sutil e velado, como por exemplo, mediante a formulação de determinadas expectativas. Os princípios de aprendizagem hierárquica, de cima para baixo e unidirecionais das instituições escolares são, na sua maioria, mantidos sem questionamentos. Este artigo não se limita a afirmar que as escolas reproduzem repetidamente o adultismo nessas condições sociais, mas também discute as possíveis estratégias e intervenções que poderiam alterar as relações de poder desiguais e, em última análise, anulá-las. São discutidos vários conceitos e formas alternativas de educação crítica ao adultismo que têm surgido desde o começo do século 20, dentro e fora do sistema escolar público. Além disso, são exploradas as contradições que surgem e que devem ser esperadas na sua implementação no âmbito das instituições educacionais existentes. É dada especial atenção às respectivas possibilidades de ação por parte dos professores e dos alunos. Um desafio decisivo é a forma como os professores repensam seu poder, que é sempre um poder derivado e frágil, e como podem contribuir para que os alunos se empoderem e influenciem significativamente os processos de aprendizagem e de tomada de decisões na escola. <![CDATA[colonialidade da educação infantil: análise crítica das práticas pedagógicas em uma instituição em contexto periférico]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872024000100209&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt resumo Busca-se neste artigo problematizar a manifestação da colonialidade nas práticas pedagógicas de uma instituição de educação infantil situada em contexto periférico a partir da percepção de professoras e famílias. A argumentação e análise teórica adotada partem dos estudos da infância e teoria decolonial/contracolonial. Serão analisadas as conversas estabelecidas com adultos participantes da pesquisa, sendo quatro entrevistas realizadas com professoras e mães de crianças de uma instituição de educação infantil de contexto periférico e negro, localizada no município de Betim - MG. A partir dos sujeitos da pesquisa são apresentadas denúncias que configuram o que chamamos de colonialidade da educação infantil. A alimentação das crianças foi destacada, pelas professoras e mães, como um dos momentos da rotina pedagógica que gerava grande incômodo devido a práticas de violência com as crianças. Esta violência compõe o que se denomina como adultocentrismo, que existe para posicionar as crianças às margens do projeto civilizatório ocidental, sendo que nestes termos o adultocentrismo pode ser também compreendido como a peste branca produzida pela matriz eurocêntrica e colonial. Atuar contra a colonialidade e contra o adultocentrismo é defender uma experiência concreta e histórica para a educação infantil e não apenas teórica. Cada vez mais é preciso avançar na formação das professoras de forma conscientizadora quanto a emergência da contracolonização da educação infantil em articulação com o projeto de sociedade emancipatória para todos e todas.<hr/>abstract This article aims to critically examine the presence of colonial influences within the pedagogical practices of an early childhood education institution situated in a culturally peripheral area of Brazil. Our examination is based on insights gathered from both educators and families involved in the institution. The argumentation and theoretical framework utilized draw from childhood studies as well as decolonial and counter-colonial theories. The data analyzed in the article stems from conversations held with adults who participated in the research. Specifically, four interviews were conducted with teachers and mothers of children attending the early childhood education institution in Betim - MG, a city characterized by its peripheral and predominantly black population. Through these interviews, the article sheds light on the grievances expressed by participants, which collectively delineate what the authors define as the coloniality of early childhood education. One significant aspect highlighted by both teachers and mothers is the discomfort generated during meal times, a routine occurrence within the pedagogical setting. This discomfort is attributed to acts of violence perpetrated against children during these moments. Such violence is construed as an embodiment of adultcentrism, a concept denoting the relegation of children to the periphery of the Western civilizational narrative. Adultcentrism is further characterized as a product of the Eurocentric and colonial paradigm, akin to a pervasive affliction affecting educational practices. The authors advocate for concerted efforts to combat coloniality and adultcentrism within early childhood education, emphasizing the necessity of grounding this endeavor in practical experiences rather than purely theoretical frameworks. They underscore the imperative of enhancing teacher training programs to foster awareness regarding the need for counter-colonial approaches within early childhood education. Ultimately, the article posits the pursuit of an emancipatory society as contingent upon the simultaneous advancement of counter-colonial initiatives within the realm of early childhood education<hr/>resumen Este artículo busca problematizar la manifestación de la colonialidad en las prácticas pedagógicas de una institución de educación infantil ubicada en un contexto periférico a partir de la percepción de profesoras y familias. La argumentación y el análisis teórico adoptados se basan en los estudios sobre la infancia y en la teoría descolonial/contracolonial. Serán analizadas las conversaciones establecidas con adultos participantes de la investigación, siendo cuatro entrevistas realizadas a profesoras y madres de niños y niñas de una institución de educación infantil de contexto periférico y negro, ubicada en la ciudad de Betim - MG. Desde los sujetos de investigación se presentan denuncias que configuran lo que llamamos la colonialidad de la educación infantil. La alimentación de los niños y niñas fue destacada por las profesoras y madres como uno de los momentos de la rutina pedagógica que generaba gran malestar debido a prácticas de violencia contra los niños y niñas. Esta violencia constituye lo que se llama adultcentrismo, que existe para colocar a los niños al margen del proyecto de civilización occidental, y en estos términos el adultcentrismo también puede entenderse como la plaga blanca producida por la matriz eurocéntrica y colonial. Actuar contra la colonialidad y el adultocentrismo consiste en defender una experiencia concreta e histórica para la educación infantil y no sólo teórica. Es cada vez más necesario avanzar en la formación de docentes para que se tome conciencia del surgimiento de la contra-colonización de la educación infantil en articulación con el proyecto de una sociedad emancipadora para todos y todas. <![CDATA[Escola desinteressada: poesia como um caminho libertador e transformador na escola pública]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872024000100300&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt resumo Este texto oferece uma reflexão nascida de uma experiência com literatura, poesia e também filosofia na escola, com turmas do ensino fundamental nos anos iniciais. A experiência foi iniciada em 2011 e deu origem a um projeto de pesquisa, ensino e extensão, hoje em curso em escolas públicas. O projeto tem como fundamentação teórico-metodológica pensamentos críticos à escola voltada para a formação compreendida como utilitarista. Concepção esta que segue dominante, a despeito das inúmeras mudanças na base curricular, ao longo do tempo. Não parece razoável que a preocupação que promove as mudanças na organização curricular tome por base aspectos como o baixo rendimento na aprendizagem refletido em reprovações e “fracassos” ou no próprio abandono e evasão precoce da escola, sem que se questione as razões inerentes à experiência escolar. Diante desse fato, a reflexão aponta para a defesa de uma escola que possa ser compreendida como desinteressada na perspectiva de Gramsci e recorre à literatura e poesia como dispositivos para impulsionar o fazer pedagógico transformador. O estudo da literatura sobre poesia, assim como os resultados obtidos pela experiência em questão, permitem pensar uma concepção de escola revolucionária no sentido gramsciano e libertadora como propugnava Paulo Freire. Nesse sentido, propõe conexões com a felicidade, que conjuga o propósito da escola desinteressada com a filosofia de Epicuro. Na pesquisa, a poesia é compreendida como um caminho para se contemplar a valorização do lúdico, que é um aspecto dos mais relevantes para a aprendizagem nas infâncias.<hr/>abstract This article offers a reflection that arose as a result of an experience with literature, poetry, and philosophy in school, specifically in early-grade primary school classes, starting in 2011. This experience led to a research, teaching, and professional development project that is now in progress in public schools. The project’s critical-methodological basis is a critique of schooling that is directed toward utilitarian ends. This approach has remained dominant, despite innumerable changes to the curriculum over the years. It is unfortunate that the concern that motivates curricular changes tends to be based on factors such as poor learning outcomes as reflected in students who fail grades, skip school, or drop out, without considering how these trends might be the product of their experience of school itself. In light of this, this article advocates for the type of schooling that Gramsci described as disinterested and proposes literature and poetry as tools to advance the transformative pedagogical project. A study of the scholarship on poetry, along with the insights gained from the experience in question, enables us to develop a conception of revolutionary schooling in the Gramscian and emancipatory sense as proposed by Paulo Freire. The article therefore proposes connections to happiness, which combines the objective of the disinterested school with Epicurean philosophy. Poetry is understood as a path through which to envisage the valorization of the ludic, which is among the most important aspects of childhood learning.<hr/>resumen Este texto ofrece una reflexión nacida de una experiencia con la literatura, la poesía y también la filosofía en la escuela, con clases en los primeros años de la escuela primaria. La experiencia comenzó en 2011 y dio origen a un proyecto de investigación, enseñanza y extensión, actualmente en marcha en escuelas públicas. El proyecto tiene como fundamentación teórico-metodológica reflexiones críticas sobre la escuela que se vuelca a la formación entendiéndola como utilitaria. Concepción ésta que sigue siendo dominante, a pesar de los numerosos cambios en la base curricular a lo largo del tiempo. No parece razonable que la preocupación que promueve los cambios en la organización curricular se base en aspectos como el bajo rendimiento en el aprendizaje reflejado en reprobaciones y “fracasos” o en el abandono y deserción escolar precoces, sin que se cuestionen las razones inherentes a la experiencia escolar. Frente a este hecho, la reflexión apunta a la defensa de una escuela que pueda entenderse como desinteresada desde la perspectiva de Gramsci y recurre a la literatura y a la poesía como dispositivos para impulsar una práctica pedagógica transformadora. El estudio de la literatura sobre poesía, así como los resultados obtenidos a partir de la experiencia en cuestión, permiten pensar una concepción de escuela revolucionaria en el sentido gramsciano y liberadora como propugna Paulo Freire. En este sentido, propone conexiones con la felicidad, que combina el propósito de la escuela desinteresada con la filosofía de Epicuro. En la investigación se entiende la poesía como un camino para contemplarse la valorización de lo lúdico, que es un aspecto de los más relevantes para el aprendizaje en las infancias.