Revista da Faculdade de Educação

A idéia de universidade: algumas anotações a propósito do ensino superior na Grã-Bretanha

A partir de textos a respeito do ensino superior na Grã-Bretanha, o artigo procura apreender a idéia de Universidade neles contida e as lições que podem ser trazidas para o aperfeiçoamento das instituições de ensino superior de nosso País.

Supported by texts about higher education in Great Britain, the article tries to aprehend their idea of University and lessons that can be brought for the improvement of Brazilian institutions of higher education.

Língua materna vs. Língua estrangeira: uma relação fundamental (porém menosprezada) no ensino/aprendizagem de línguas

O presente texto consiste numa reflexão crítica a respeito das abordagens e métodos de ensino de línguas estrangeiras, no tocante à relação que estabelecem entre língua materna/língua estrangeira durante o processo de ensino aprendizagem. E assim sendo, o trabalho articula-se da seguinte maneira: 1) analisa, diacronicamente, a simbiose e o divórcio a que L1 e L2 foram submetidos; 2) indica o fato de que o problema sempre figurou de modo inadequado nas abordagens e métodos de ensino de línguas, e 3) aponta a necessidade de novas pesquisas, lastreadas nos modelos de caráter psicolingüístico.

The author seeks to show, under a critical viewpoint, how language teaching approachs and methods have been looking upon relations between mother tongue and foreign language in the teaching grand learning process. So the texts is divided into three sections. In the first one, analyzes, under a diachronical outlook, symbiosis and with drawing between mother tongue and foreign language. In the second section, the author shows that language teaching approaches had always misunderstood any relation between mother tongue and foreign language. Finally, he points out researches must cast anchor in Psycholinguistics and its models, in order to build up any new approach.

La educación alemaña y su curriculum

Este ensayo presenta uma explicación Del por qué La educación alemana de fines del siglo XIX y princípios Del XX, no surgió La teoria curricular. Ya que se tuvieron los fundamentos filosóficos y científicos de esa época para lograrlo. La teoria curricular realmente surge em Norteamérica, em dondo tomo como principal modelo a La fábrica y SUS necessidades productivas para elaborar los planes de estúdio escolares. Como contraste y en esa misma época, La educación alemaña presentó outra propuesta para estructurar El plan de estúdio, tal es el caso de George Kerschensteiner que para diseñar el plan de estúdio de La matéria de dibujo, partió de lo que el niño siente, piensa y desea. La influencia de La educación estadounidense em La elaboración de planes de estúdio, há sido demasiado notória em los países latinoamericanos, ES por ello que, se deben de buscar otras perspectivas que den outro enfoque del diseño curricular.

This essay presents na explanation why the curriculum theory did not appear in the german education at the end of nineteenth century and beginings of twenties, since it already had the phislosophic and scientific foundation, on that time, to grasp it. The curriculum theory in deed emerged in North America becoming framework to industrial production and to the education of its employees. Contrasting to that panorama, german education forwarded a proposal, following the ideas of George Kerschensteiner and concerning to child feelings, thinking and necessities. Other wise the influence of American education about curriculum development on Latin American has been notorious, what suggests the searching of new curriculum design.

Ensino de literatura e vestibular

Este texto a partir de uma visão diacrônica da política que rege os exames vestibulares, apresenta uma análise das questões de literatura elaboradas pela FUVEST, em um período de oito anos, examinando a natureza do conhecimento literário avaliado e suas implicações no ensino de 2º grau. Por último, discute as expectativas dos alunos e de seus professores em relação ao vestibular, mostrando o quanto tais expectativas estão destinadas ao fracasso por injunções políticas e sociais.

This text is a diacronic point of view of the vestibular examinations policy. It presents an analysis of the literature questions of the FUVEST during an eight year period, evaluating the kind of knowledge requested and its implications in the secondary school. Finally, the text discusses about the expectation of the students and their teachers about vestibular, showing how much this expectation fails because of political and social injunctions.

Orientação e mobilidade na habilitação de deficientes visuais

Este artigo trata de uma pesquisa realizada com alunos da disciplina de Orientação e Mobilidade - Habilitação de Deficientes Visuais, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Os resultados mostraram que o treinamento de orientação e mobilidade para deficientes visuais foi eficiente para produzir mudanças de comportamento verbal e de ação nos sujeitos em Habilitação de Deficientes Visuais.

This research was done with students of Orientation and Mobility Course for blind and visually impairment people at the College of Education - São Paulo University. The results showed that training for Orientation and Mobility is efficient to determine changes in verbal behavior and attitudes.

Aspectos cognitivos do trabalho escolar

Este artigo resultou de uma palestra proferida pelos autores no Encontro da Educação O Eu e o Nós, realizados nos dias 15 e 16/09/89 no Externato N. SRA. DO MORUMBI, em comemoração aos seus 25 anos de existência. O nome do encontro - O Eu e o Nós - originou-se na postura filosófica que orienta a prática educacional desta escola, segundo a qual todo crescimento individual só se realiza no social, pelo confronto das descobertas, pela partilha das conclusões, pela conscientização da importância de cada um no todo e do todo em cada um.

A memória do ensino de didática e prática de ensino no Brasil

A memória abrange tanto que se vivenciou, quanto aquilo que se leu ou ouviu. Entre as duas fontes podem acontecer discrepâncias, sobretudo quando se trata de comparar as práticas pedagógicas às orientações que constam, em legislação ou normas. Recorrendo a lembranças do vivido e do sabido procurarei evitar as traições da memória, já que esta, longe de reproduzir fielmente o passado, dedica-se, freqüentemente, a reconstruir de modo seletivo os acontecimentos.

A evolução do ensino da didática

Presente trabalho procura, na primeira parte caracterizar o ensino de didática tomando como ponto de referência a evolução da Área de Métodos e Técnicas de Ensino do Programa de Pós-Graduação em Educação da PUC-RJ nos seus 20 anos de existência (1969-1989). Na segunda parte tenta identificar o movimento de busca de definição do objeto da didática que aparece ao longo dos quatro seminários A Didática em Questão. Finalmente apresenta algumas tendências e perspectivas do momento atual da didática.

Memórias da prática de ensino

No princípio era a Didática Especial. Uma Didática Especial muito mais sedimentada nos conhecimentos empíricos do professor que a ministrava do que baseada em um corpo de conhecimentos sobre o ensino do conteúdo específico. A Prática de Ensino nasceu quando o Conselho Federal de Educação, pelo Parecer 292/62, estabeleceu o currículo mínimo para os cursos de licenciatura, substituindo, então, a Didática Especial pela Prática de Ensino e introduzindo de forma obrigatória os Estágios Supervisionados (Castro, 1974).

O que é amor?

É necessário estarmos prevenidos para o fato de que no campo da linguagem ocorre um contínuo desgaste das palavras. Precisamente as grandes palavras que designam, ou deveriam designar algum aspecto grandioso da realidade humana, estão expostas a esse desgaste. E chega um momento em que simplesmente já não suportamos mais ouvi-las; causam-nos mesmo irritação. Quem, por exemplo, ao folhear uma revista ilustrada no barbeiro, já não sentiu o desejo irresistível de nunca mais pronunciar a grande palavra amor? Mas não se pode simplesmente calar e deixar de lado essa palavra básica, como também não se pode substituí-la por outras.

Teorias da cotidianidade: busca de sentido ou negação de sentido?

Na sociologia contemporânea do cotidiano encontramos contribuições teóricas que nos permitem ampliar o conceito de sentido para além do paradigma weberiano da racionalidade com relação a fins e articulá-lo de um modo mais complexo, considerando não só elementos do tipo cognitivo, mas também elementos do tipo ético. Neste ensaio proponho-me, pois, a mostrar a oportunidade de apontar os vários matizes do sentido que pode emergir na vida cotidiana. Na sua heterogeneidade, tais Matizes contribuem para a especificação de um quadro bem articulado daquilo que dá a compreessibilidade (elemento cognitivo) e significatividade do tipo moral prático (elemento ético) à ação humana e com isso, em última análise, ao ator social.

Reading in the middle school, de Gerald G. Duffy

Psicopedagogia: novas contribuições, de Jorge Visca

Democratização, educação e cidadania: caminho do Governo Arraes (1987-1990), por Silke Weber (org.)

Ensaio sobre o lugar do computador da educação, de Yves de La Taille

Vídeo na comunicação escolar: tecendo um futuro

Desde os anos oitenta, o vídeo vem se tornando uma prazerosa possibilidade de ensinar e aprender durante os cursos escolares em nosso país. Cada vez mais, a presença do vídeo em nossa vida contemporânea tem mobilizado a retomada das discussões sobre o trabalho educativo com essa e outras mídias na sala de aula. Nessa última década do século XX continuamos, então, a entrelaçar nossa prática e idéias a respeito de comunicação e meios de comunicação na escola, delineando um futuro em andamento. É preciso relembrar, também, que os modos como atualmente nos comunicamos e usamos mídias nas aulas já se configuraram como um futuro cujos entrelaçamentos foram se fazendo desde o passado. Estamos querendo assinalar que as maneiras de interligarmos os meios de comunicação - dentre eles o vídeo - no trabalho escolar, estarão desde já ajudando a tecer um futuro comunicacional nessa instituição educativa.

Parabéns - Discurso de patrono: formatura da turma de 1991 da FEUSP (10/03/91)