Scielo RSS <![CDATA[Revista da Faculdade de Educação]]> http://educa.fcc.org.br/rss.php?pid=0102-255519930001&lang=es vol. 19 num. 1 lang. es <![CDATA[SciELO Logo]]> http://educa.fcc.org.br/img/en/fbpelogp.gif http://educa.fcc.org.br <![CDATA[Para que ler Ortega? (Uma introdução a El Quijote em La escuela).]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-25551993000100001&lng=es&nrm=iso&tlng=es Poderíamos caracterizar o filósofo como aquele que faz questão daquilo que faz. Como uma criança nas fases dos porquês, dos para quês e dos comos, vive instalado num enorme ponto de interrogação. Ortega y Gasset, quem sabe devido à dupla interrogação no espanhol, tenha vivido radicalmente esta condição. De fato, iniciava muitas de suas atividades indagando qual a razão de estarem “gastando” aquele tempo - que na vida é sempre tempo único e insubstituível - naquela aula de metafísica, naquela palestra de bi-centenário, ou naquele estudo de certa personalidade. Ortega não aceitava a divinização da cultura; e, por essa razão, investiu boa parte de sua vida em luta contra o classicismo - contra o que gostava de chamar a “beataria” da cultura. Não aceitava que a vida fosse subordinada à cultura, mas que, pelo contrário, esta é que haveria de se justificar perante a vida. <![CDATA[El Qujote em la escuela]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-25551993000100002&lng=es&nrm=iso&tlng=es A propósito de la Real Orden que impone La lectura Del Quijote em todas lãs escuelas primarias, escribe em La Libertad Antonio Zozaya: “El Quijote no es lectura para párvulos ni para adolescentes... Em La esculea no hacen falta Don Quijote ni Hamlet”. Desde que aprecio La Real Orden mencionada esperaba yo que alguien se resolviese a decir primero, com El fin de apresurarme a repetirlo yo el segundo. La razón por La cual esperaba Cortés a que alguien se me adelantase no importa mucho, aunque podría em poças palabras expresarse aí: los que están condenados a pensar en muchas cosas de distinta suerte que sus convencinos, a ser de outra opinión, a ser heterodoxos, deben economizar cuanto puedan esta su heterodoxia, para que no se tache de afán lo que es más bien uma desdicha. Es seguro que la Real Orden quijotesca parecerá excelente a casi todo El mundo. Como a mi me parece em muchos sentidos um desatino, me complace cargar La responsabilidad de esta opinión sobre los ombros respetables de Antonio Zozaya, escritor tan mesurado y reflexivo, de quien lãs ideas suelen presentarse avanzando noblemente sobre um fondo de elevada filosofia. <![CDATA[O falar divino e o falar humano em Tomás de Aquino]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-25551993000100003&lng=es&nrm=iso&tlng=es O artigo discute decisivos conceitos de Tomás de Aquino relativos à fala. Em Tomás, tais realidades transcendem o plano meramente acústico, para lançar-nos no âmago de discussões sobre a realidade como um todo: o ser, o conhecimento, a educação. Apresenta o opúsculo de Tomás: Sobre a diferença entre a palavra divina e a humana.<hr/>The article shows the importance of language in the philosophy of Thomas Aquinas. A translation of Aquinas’ booklet: On difference between the word of God and human word is presented. <![CDATA[Sobre a diferença entre a palavra divina e a humana]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-25551993000100004&lng=es&nrm=iso&tlng=es 1. Para entender o vocábulo “palavra”, é preciso saber que, como diz Aristóteles, aquilo que é expresso com a voz é signo do que há nas potências da alma. 2. Ora, é usual que na Sagrada Escritura se atribuam os nomes dos signos às realidades significadas, e, reciprocamente, como quando se diz: “A pedra, porém, era Cristo” (I Cor 10, 4). 3. Segue-se, pois, necessariamente, que se chame também “palavra” àquilo que está presente interiormente na nossa alma e que exteriormente é significado pela voz mediante a palavra. 4. Não tem a menor importância para esta nossa discussão se o nome “palavra” é mais adequado à realidade exterior, proferida pela voz, ou ao próprio conceito interior da alma. É, no entanto, evidente que o conceito interior na alma precede a palavra proferida vocalmente e é como que sua causa. 5. Se, pois, quisermos saber o que é essa “palavra interior” (o conceito) em nossa alma, examinemos o que significa a palavra proferida exteriormente pela voz. <![CDATA[Sobre a definição]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-25551993000100005&lng=es&nrm=iso&tlng=es O problema da definição lexicográfica é abordado e é comentada a influência que sobre o assunto exerceu uma concepção de análise do significado desenvolvida pelos filósofos de Port-Royal. O tema é discutido a partir das idéias de Wittgenstein, inicialmente no Tractatus Logico-Philosophicus, onde se sustenta uma forma de análise do significado, de modo que uma definição precisa e exaustiva é possível. Sua posição muda nas Investigações Filosóficas e o significado não é necessariamente precioso, mas é determinado pela “forma de vida”. As considerações feitas são usadas para examinar os experimentos de Luria sob nova luz. Discutem-se também as descobertas de E. Rosch sobre conceitos e o pensamento complexivo de Vygotsky.<hr/>The problem of lexicographic definition is introduced and the influence that a conception of meaning analysis developed by the Port-Royal philosophers had on it is discussed. Then the theme is dealt with from the point of view of Wittgenstein’s ideas, first in the Tractatus Logico-Philosophicus, where a form of meaning analysis is sustained such that a precise and exhaustive definition is possible. His positions change in Philosophical Investigations and there meaning is not necessarily precise but is determined by the “form of life”. Those conceptions are used for an examination of Luria’s experiments under a new light. Other considerations are made on E. Rosch’s discoveries on concepts and Vygotsky’s view on complexive thought. <![CDATA[Algumas noções sobre a fenomenologia para o pesquisador em Educação]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-25551993000100006&lng=es&nrm=iso&tlng=es O artigo destaca alguns pontos do enfoque fenomenológico, particularmente importantes para o pesquisador em Educação, na medida em que permitem uma melhor compreensão do ser humano.<hr/>The purpose of his article is to introduce to the investigator of Education some points of the phenomenological approach as a way of understanding the human being. <![CDATA[Práticas eugênicas, medicina social e família no Brasil republicano]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-25551993000100007&lng=es&nrm=iso&tlng=es Nos inícios do século XX, o desenvolvimento urbano-industrial e a chegada de grandes levas de imigrantes transformaram a vida dos habitantes de cidades como Rio de Janeiro e São Paulo. Para sanitaristas e eugenistas era preciso lutar contra os chamados “venenos sociais” trazidos com a desorganização do espaço urbano e, para tanto, iniciaram um verdadeira “cruzada eugênica”. Inscritas nos quadros da medicina social, essa campanha ganha amplitude a partir de 1930 e seu sentido deve ser compreendido no âmbito da elaboração de uma política familiar pelo governo de Getúlio Vargas. Uma das medidas de “eugenização” da sociedade brasileira seria o estabelecimento do exame pré-nupcial obrigatório, para garantir a formação da família com prole sadia. A Igreja Católica opunha-se a estas e outras medidas, como o controle dos nascimentos, por entenderem que se constituíam em impedimentos à evolução natural das famílias. Para os eugenistas, as escolas seriam espaços essenciais para o desenvolvimento de uma “mentalidade eugênica”. O exército, outra instância do poder, se auto-considerava fator preponderante ma “eugenização” do organismo social, porque tratava da saúde, da forma física e incutia bons hábitos de higiene nos seus soldados.<hr/>In the beginnings of 20th century, the urban-industrial development and the arrival of great masses of immigrants transformed the life of the inhabitants of cities such as Rio de Janeiro and São Paulo. Hygienists, alienists and eugenists thought it necessary to fight against the so-called “social poisons” which had been brought by the disorganization of urban space; to achieve this goal, they began a true “eugenical crusade”. Etched on the Social Medicine, this compaign widens from the 30’s on and its meaning must be understood in the light of the elaboration of a family policy during the Getúlio Vargas government. One of the measures of “eugenization” of Brazilian society would be the settlement of the obligatory pre marital exam, to ensure the formation of a family with healthy offspring. The Catholic Church was opposed to this and to other measures, such as the childbirth control, because they thought these measures were hindrance to the natural evolution of families. To eugenists, schools should be essential spaces for the development of an “eugenical mentality”. The Army, another instance of power, considered itself the most important factor in the “eugenization” of social organism, because it look care of health, fitness and infused good hygienic habits among its soldiers. <![CDATA[Sobre o ensino de filosofia]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-25551993000100008&lng=es&nrm=iso&tlng=es O artigo discute o ensino de Filosofia e seus valores específicos no currículo, voltados para o desenvolvimento das “condições de inteligibilidade” mais do que para “programas”.<hr/>The article discusses the teaching of Philosophy and its specific values: development of “conditions of inteligibility” rather than contents or programming. <![CDATA[A natureza do trabalho pedagógico]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-25551993000100009&lng=es&nrm=iso&tlng=es A consideração a respeito do trabalho pedagógico precisa ter presente, preliminarmente, o próprio conceito de trabalho humano “em geral”. Se, como faz Marx, consideramos o trabalho como “uma atividade adequada a um fim”, estamos supondo o trabalho como característica essencialmente humana, como o que identifica o homem e o diferencia do restante da natureza. Isto porque só ele é capaz de estabelecer objetivos, calcados em valores, e buscar sua concretização. Neste sentido, é também o trabalho que empresta ao homem sua característica histórica. O meramente natural não tem história. Quando consideramos uma espécie animal, por exemplo, no período de cem anos, constatamos não ter havido mudança. O animal é o mesmo no decorrer do tempo porque está preso a sua necessidade (ou “necessariedade”) natural. Isto porque conceituamos o animal em sua finitude natural. <![CDATA[Crítica e compreensão da vida cotidiana]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-25551993000100010&lng=es&nrm=iso&tlng=es A vida cotidiana tem sido objeto de um número considerável de pesquisas desde o início do século XX. Não é possível oferecer aqui uma recensão das obras, mesmo se exemplares, que têm explorado um campo por definição inesgotável. As distinções estabelecidas entre disciplinas científicas não são de molde a permitir uma ordenação desta diversidade de trabalhos. Mais do que as especializações universitárias, são as maneiras de se escrever a cotidianidade, de refletir a partir dela, que especificam a natureza dos trabalhos. Não há grandes obras do pensamento que não se tenham ocupado das questões cotidianas da existência e podemos considerá-las muito legitimamente, quanto à sua envergadura sociológica, na medida em que percorrem os comportamentos do ser social nos limites de seu destino coletivo. <![CDATA[A didática nos cursos de formação de professores: nota introdutória]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-25551993000100011&lng=es&nrm=iso&tlng=es Os trabalhos aqui reunidos foram elaborados por professores da área de Didática da FEUSP, com o propósito de oferecer uma contribuição ao debate em torno da especificidade da disciplina e seu papel na formação de professores, a partir da atuação que têm nos cursos de Graduação - Pedagogia e Licenciatura - e de Pós-graduação. <![CDATA[Questões de teorias de ensino: uma perspectiva para a didática no curso de pedagogia]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-25551993000100012&lng=es&nrm=iso&tlng=es O texto aqui apresentado expõe uma perspectiva para o tratamento da disciplina Didática, traduzida na nova organização curricular do curso de Pedagogia da Faculdade de Educação da USP. Além disso, explicita algumas das razões que sustentam a alternativa de desdobramento da Didática na direção da análise das produções sobre ensino. A prática pedagógica envolve inúmeras dimensões que não são redutíveis a análises de caráter particularizado, influenciadas seja pela ótica da filosofia, sociologia ou psicologia por mais fecundas que essas contribuições possam ser. Essa multidimensionalidade está a exigir um trabalho abrangente de esclarecimento e conceituação. <![CDATA[A didática na licenciatura]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-25551993000100013&lng=es&nrm=iso&tlng=es Neste texto pretendemos colocar ao debate algumas de nossas reflexões sobre a Didática nos cursos de Licenciatura, que temos desenvolvido na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Iniciamos com algumas considerações sobre a Licenciatura enquanto curso de formação de professores. Em seguida, para situar a didática na Licenciatura, examinamos brevemente o que denominamos de Variantes da Didática na Licenciatura da FE-USP (Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo). É nossa expectativa, neste debate, colhermos contribuições para o desenvolvimento de nossa reflexão e de nosso trabalho. <![CDATA[Didática e a formação de professor de 3º grau]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-25551993000100014&lng=es&nrm=iso&tlng=es O ensino superior no Brasil destina-se à formação de profissionais nas diversas áreas de conhecimento: médicos, advogados, cientistas, sociólogos, economistas, pedagogos, psicólogos, assistentes sociais, administradores, professores de 1º e 2º graus, fonoaudiólogos, etc. Esta formação se realiza através dos cursos de graduação e pós-graduação, de pesquisa gerando novo conhecimento e de difusão do mesmo para a comunidade maior através principalmente da prestação de serviço profissional competente. Tal trabalho de formação exige do professor nele engajado conhecimentos, habilidades e atitudes específicas para ensinar. <![CDATA[A invenção de Hélio Oiticica, de Celso Fernando Favaretto]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-25551993000100015&lng=es&nrm=iso&tlng=es O ensino superior no Brasil destina-se à formação de profissionais nas diversas áreas de conhecimento: médicos, advogados, cientistas, sociólogos, economistas, pedagogos, psicólogos, assistentes sociais, administradores, professores de 1º e 2º graus, fonoaudiólogos, etc. Esta formação se realiza através dos cursos de graduação e pós-graduação, de pesquisa gerando novo conhecimento e de difusão do mesmo para a comunidade maior através principalmente da prestação de serviço profissional competente. Tal trabalho de formação exige do professor nele engajado conhecimentos, habilidades e atitudes específicas para ensinar. <![CDATA[O desafio educacional, de Florestan Fernandes]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-25551993000100016&lng=es&nrm=iso&tlng=es O ensino superior no Brasil destina-se à formação de profissionais nas diversas áreas de conhecimento: médicos, advogados, cientistas, sociólogos, economistas, pedagogos, psicólogos, assistentes sociais, administradores, professores de 1º e 2º graus, fonoaudiólogos, etc. Esta formação se realiza através dos cursos de graduação e pós-graduação, de pesquisa gerando novo conhecimento e de difusão do mesmo para a comunidade maior através principalmente da prestação de serviço profissional competente. Tal trabalho de formação exige do professor nele engajado conhecimentos, habilidades e atitudes específicas para ensinar. <![CDATA[Resumo das dissertações de mestrado e das teses de doutorado e livre-docência defendidas na FEUSP - 1992]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-25551993000100017&lng=es&nrm=iso&tlng=es O ensino superior no Brasil destina-se à formação de profissionais nas diversas áreas de conhecimento: médicos, advogados, cientistas, sociólogos, economistas, pedagogos, psicólogos, assistentes sociais, administradores, professores de 1º e 2º graus, fonoaudiólogos, etc. Esta formação se realiza através dos cursos de graduação e pós-graduação, de pesquisa gerando novo conhecimento e de difusão do mesmo para a comunidade maior através principalmente da prestação de serviço profissional competente. Tal trabalho de formação exige do professor nele engajado conhecimentos, habilidades e atitudes específicas para ensinar.