Scielo RSS <![CDATA[Perspectiva]]> http://educa.fcc.org.br/rss.php?pid=0102-547320070001&lang=pt vol. 25 num. 01 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://educa.fcc.org.br/img/en/fbpelogp.gif http://educa.fcc.org.br <link>http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-54732007000100001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt</link> <description/> </item> <item> <title><![CDATA[Repensando os estudos sociais de história da infância no Brasil]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-54732007000100002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Os Estudos Sociais e de História da Infância no Brasil tiveram um promissor impulso inicial em fins dos anos de 1980. Passados mais de quinze anos, esses estudos aparentam perda do ímpeto inaugural, apresentando reduzido crescimento, bem como certa homogeneidade conceitual e analítica. Com base em revisão bibliográfica nacional e internacional, este artigo examina alguns desafios a serem enfrentados pelos aportes de História da Infância no Brasil que implicam, por um lado, o exame de extensa e diversificada literatura internacional, destacadamente dos chamados new social studies of childhood com vistas ao alargamento dos horizontes conceituais; por outro, implicam superação de preconceitos que bloqueiam diálogos necessários com as Ciências Biológicas e Psicológicas.<hr/>The social studies and history of childhood in Brazil had a promising initial impulse at the end of the 1980’s. More than 15 years later, these studies appear to have lost their initial impetus, have grown more slowly and have displayed a conceptual and analytical homogeneity. Based on the review of Brazilian and international bibliographies, this article examines some challenges to be confronted by the contributions of the history of childhood in Brazil. On one hand this involves the examination of the extensive and diversified international literature, particularly those called new social studies of childhood with the goal of broadening the conceptual horizons. On the other hand, it implies overcoming the prejudice that blocks the necessary dialog with the biological and psychological sciences.<hr/>En los finales de los años ochenta, los estudios sociales y de historia de la infancia tuvieron en Brasil un gran impulso. Estos estudios, después de quince años, fueron perdiendo el ímpetu inaugural, presentando poco crecimiento y homogeneidad conceptual y analítica. El presente texto, a partir de una revisión bibliográfica nacional e internacional, examina algunos desafíos que la historia de la infancia en Brasil tiene que enfrentar a partir de los diferentes aportes. Esta revisión implica, por un lado, el examen de una extensa y diversificada literatura internacional, en especial de los llamados new social studies of childhood que permiten la ampliación de los horizontes conceptuales; y por otro lado, la superación de los preconceptos que obstaculizan el diálogo necesario con las ciencias biológicas y psicológicas. <![CDATA[A indeterminação das fronteiras da idade]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-54732007000100003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Como nosso olhar sobre a criança evoluiu? A definição clássica que estabeleceu fronteiras claras entre gerações, na qual a socialização era concebida de maneira vertical, vai ser sucedida por uma sociologia da infância que introduz a visão de uma "socialização interpretativa", na qual a criança aparece como um ator. Essa mudança conceitual vai introduzir uma visão em termos de socialização horizontal no nível do grupo de pares e do entre crianças, considerando a criança não somente como um ser futuro, mas também como um ser no presente. A infância é aqui vista como uma construção social, variável em sua forma, certamente, mas antes de tudo como um componente estrutural de toda sociedade. A partir de um quebra-cabeça de referências complexas e incertas, se constrói o estatuto de "igual paradoxal" da infância da modernidade, diante do espelho da refletividade dos discursos experts que modelam normatividades, políticas sociais e imaginários da infância.<hr/>How has our perspective on childhood evolved? The classic definition that established clear borders between generations, which conceived socialization in a vertical manner, has been replaced by a sociology of childhood that introduces the vision of an "interpretive socialization" in which the child appears as an actor. This conceptual change will introduce the perspective of a horizontal socialization at the level of the peer group and between children. It considers the child not only as a future being, but as a being in the present. Childhood is seen here as a social construction that is certainly variable in form, but is first a structural component of all of society. The statute of "paradoxical equal" of the childhood of modernity is constructed based on a puzzle of complex and uncertain references. This is realized in the light of the reflexive mirror of the expert discourses that model norms, social policies and childhood imaginaries.<hr/>Comment notre regard sur l’enfant a-t-il évolué? A la définition classique établissant des frontières claires entre générations où la socialisation était conçue de manière verticale va succéder une sociologie de l’enfance qui oppose la vision d’une "socialisation interprétative "où l’enfant apparaît comme un acteur. Ce tournant conceptuel va introduire une vision en termes de socialisation horizontale au niveau du groupe de pairs et de l’entreenfants, considérant l’enfant non seulement comme un être futur mais aussi comme un être au présent. L’enfance est ici vue comme une construction sociale certes variable dans sa forme, mais avant tout comme une composante structurelle de toute société. Dans un puzzle de réferences complexe et incertain se construit le statut d’ "égal paradoxal" de l’enfance de la modernité, au miroir de la réflexivité des discours experts qui modèlent normativités, politiques sociales et imaginaires de l’enfance. <![CDATA[Infância, mídias e educação: revisitando o conceito de socialização]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-54732007000100004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O ser humano não se torna espontaneamente um ser social com competências sociais efetivas. É preciso que as novas gerações, que asseguram a reprodução da sociedade, interiorizem as disposições que as humanizam, tornando-as indivíduos sociais. A socialização é este processo que se desenrola durante toda a infância e adolescência por meio das práticas e das experiências vividas, não se limitando de modo algum a um simples treinamento realizado pelas instituições especializadas. Nas sociedades contemporâneas, as experiências vividas pela criança tendem a se caracterizar, entre outros aspectos: pela confusão entre a vida privada e a vida pública; pela obnubilação das fronteiras entre o mundo adulto e o mundo infantil; por uma maior reflexividade; e por um fosso tecnológico entre as gerações que subverte a relação tradicional entre o adulto que sabe e a criança que não sabe. Este artigo representa uma tentativa de síntese dos diferentes conceitos relativos à socialização em algumas das principais correntes da Sociologia. Trata-se de uma reflexão não exaustiva que pretende trazer uma modesta contribuição para compreender os últimos avanços da Sociologia da Infância, realizados com base na crítica ao conceito de socialização. Tal reflexão se inscreve num trabalho mais amplo que tem como eixo teórico o papel desempenhado pelas diferentes mídias no processo de socialização.<hr/>Human beings do not spontaneously become social beings with effective social competencies. It is necessary for the new generations that assure the reproduction of society to interiorize the dispositions that humanize them, making them social individuals. Socialization is this process that develops throughout childhood and adolescence by means of practices and lived experiences. It is in no way limited to a simple training conducted by specialized institutions. In contemporary societies, the experiences of children tend to characterize the confusion between private and public life and the obnubilation of borders between the adult and children’s worlds; by a greater reflexivity and by a technological gap between generations that subverts the traditional relationship between the adult who knows from the child who does not. This article represents an attempt to synthesize the different concepts related to socialization in some of the main currents of sociology. It involves a non-exhaustive reflex that intends to offer a modest contribution to understanding the latest advances in the sociology of infancy. This is based on a criticism of the concept of socialization. This analysis is inscribed in a broader work, the theoretical focus of which is the role performed by the media in the socialization process.<hr/>El ser humano no se torna espontáneamente un ser social con competencias sociales efectivas. Es preciso que las nuevas generaciones, que aseguran la reproducción de la sociedad, interioricen las disposiciones para tornarlos individuos sociales. La socialización es este proceso que se desarrolla durante toda la infancia y la adolescencia por medio de las prácticas y de las experiencias vividas, y no se limita a simples entrenamientos realizado por las instituciones especializadas. En la sociedad contemporánea, las experiencias vividas por los niños y niñas tienen una tendencia de caracterizarse, entre otros aspectos, por la confusión entre la vida privada y la vida pública; por la confusión de las fronteras entre el mundo adulto y el mundo infantil; por una mayor reflexividad y por un espacio tecnológico entre las generaciones que subvierte la relación tradicional entre el adulto que sabe y el niño y la niña que no sabe. Este artículo presenta una tentativa de síntesis de los diferentes conceptos relativos a la socialización en algunas de las principales corrientes de la sociología. Se trata de una reflexión no exhaustiva que pretende traer una modesta contribución para comprender los últimos avanzos de la sociología de la infancia, realizados a partir de la crítica al concepto de socialización. Tal reflexión se inscribe en un trabajo más amplio que tiene como eje teórico el papel desempeñado por los diferentes medios de comunicación [mídias] en el proceso de socialización. <![CDATA[Infância e humanização: algumas considerações na perspectiva histórico-cultural]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-54732007000100005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Neste artigo, trago elementos da Teoria Histórico-Cultural que subsidiam uma análise da relação entre infância, educação e escola da infância. Essa análise pode orientar a organização de práticas voltadas para o máximo desenvolvimento humano na infância e, também, possibilitar uma crítica de práticas equivocadas existentes na Educação Infantil. Estudos realizados na perspectiva histórico-cultural apontam que muitas práticas educativas vigentes na escola da infância - freqüentadas por crianças entre 3 e 6 anos - se sustentam em concepções superadas acerca da relação entre educação e desenvolvimento, o que conduz a equívocos que empobrecem o desenvolvimento em nome de garantir a antecipação de aprendizagens próprias da escola de Ensino Fundamental. Com base na compreensão das teses da Teoria Histórico-Cultural acerca do desenvolvimento humano, percebe-se que, ao contrário da tendência de escolarização precoce e de abreviamento da infância presentes, de um modo geral, nas práticas atuais de Educação Infantil, o direito à infância defendido por essa teoria é condição para a máxima apropriação das qualidades humanas nas novas gerações.<hr/>This article presents some elements of the cultural-historical theory that supports an analysis of the relationship between childhood, education and early childhood education. This analysis can guide the organization of practices aimed at maximum human development during childhood and allow a criticism of the misguided practices existing in early childhood education. Studies conducted in the historical-cultural perspective indicate that many educational practices common in early childhood education - for children from 3 to 6 - are supported in outdated concepts about the relationship between education and development, which leads to mistakes that weaken development in order to guarantee the anticipation of education that pertains to the elementary school. Based on concepts from cultural historical theory about human development, it is perceived that, contrary to the trend towards precocious schooling and the abbreviation of childhood found in general in the current practices of childhood education, the right to childhood defended by this theory is a condition for the maximum appropriation of human qualities in new generations.<hr/>En el presente artículo presento elementos de la teoría histórico-cultural que subsidian un análisis de la relación entre infancia, educación y escuela. Este análisis puede orientar la organización de las prácticas volcadas para el máximo desarrollo humano en la infancia y, también, posibilitar una crítica a algunas prácticas existentes en la educación infantil. Los estudios realizados en la perspectiva histórico-cultural apuntan que muchas prácticas educativas vigentes en los jardines infantiles - frecuentados por niños y niñas entre 03 y 06 años - se fundamentan en concepciones superadas sobre la educación y el desarrollo, lo que lleva a equívocos que empobrecen el desarrollo al no garantizar la anticipación de aprendizajes propios de la escuela primaria. Con base en la comprensión de las tesis de la teoría histórico-cultural acerca del desarrollo humano, se percebe que, al contrario de la tendencia de escolarización precoz y de la reducción presente de un modo general en las prácticas actuales de la educación infantil, el derecho a la infancia defendido por esta teoría es la condición para la máxima apropiación de las cualidades humanas en las nuevas generaciones. <![CDATA[Você disse autonomia? Uma breve percepção da experiência das crianças]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-54732007000100006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A reflexão sobre a autonomia tem uma longa história, assim como a reflexão sobre o desenvolvimento da autonomia das crianças. Alguns pensam que, nos dias de hoje, as crianças se tornaram mais autônomas ou ainda que sua autonomia esteja sendo favorecida ao outorgar-lhes novos direitos. Outros, ao contrário, pensam que a vida das crianças está mais controlada e institucionalizada, e que, se elas ganharam em proteção e em direitos, perderam em responsabilidades e em liberdade de ação. Este texto apresenta os resultados de uma pesquisa efetuada junto a crianças de 11 e 12 anos que vivem em Genebra. Nosso objetivo foi examinar sua experiência diferencial de autonomia, assim como as condições sociais que a sustentam, principalmente seu meio familiar, escolar e social. Inscrevendo-se no quadro da Sociologia da Infância, o estudo aporta um esclarecimento concernente às representações dessas crianças sobre a autonomia e sobre suas estratégias para alcançá-la, levando em conta a realidade social na qual estão inseridas.<hr/>The reflection about autonomy has a long history, as does a reflection about the development of the autonomy of children. Some think that children today have become more autonomous or even that their autonomy is being favored as they have been granted new rights. Others, to the contrary, think that the life of children is more controlled and institutionalized and that although they have gained protection and rights, they have lost responsibilities and freedom of action. This text presents the results of a study conducted among children from 11- 12 years old who live in Geneva. Our goal was to examine their distinct experience with autonomy, as well as the social conditions that sustain it, principally in the family, school and social environment. Inscribed in the field of childhood sociology, the study offers a clarification of the representations of these children about autonomy and about their strategies to achieve it, considering the social reality in which they are inserted.<hr/>La réflexion sur l’autonomie a une longue histoire de même que celle sur le développement de l’autonomie des enfants. Certains pensent qu’aujourd’hui les enfants sont devenus plus autonomes ou encore qu’on favorise davantage leur autonomie en leur octroyant des droits nouveaux. D’autres pensent, au contraire, que la vie des enfants est davantage contrôlée et institutionnalisée et que s’ils ont gagné en protection et en droits, ils ont perdu en responsabilités et en liberté d’action. Ce texte rend compte d’une recherche effectuée auprès d’enfants de 11-12 ans vivant à Genève dans le but d’examiner leur expérience différentielle de l’autonomie ainsi que les conditions sociales qui la sous-tendent, notamment leur environnement familial, scolaire et social. S’inscrivant dans le cadre de la sociologie de l’enfance, il apporte un éclairage sur les représentations qu’ont ces enfants de l’autonomie et sur leurs stratégies pour l’obtenir, tout en tenant compte de la réalité sociale qui les entoure. <![CDATA[Escola e políticas educativas: lugares incertos da criança e da cidadania]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-54732007000100007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Nos últimos anos, vários relatórios divulgados por organismos internacionais, contendo diagnósticos e recomendações, têm exercido grande influência nas políticas educativas de diferentes países. Em Portugal, a própria noção de reforma tem vindo a ser abandonada, sendo considerada incongruente com a urgência e a agilidade dos processos de decisão tendentes à recuperação do “atraso” enunciado por esses relatórios. Daqui tem decorrido a implementação de medidas de alta velocidade, baseadas numa lógica de racionalização, nomeadamente, o encerramento de escolas de pequena dimensão situadas em meio rural e o Programa Escola a Tempo Inteiro, as quais evidenciam a dominância de uma lógica de satisfação do cliente em detrimento de uma lógica dos direitos dos cidadãos. Neste artigo, sustenta-se que estas medidas têm sonegado direitos de cidadania às populações rurais e em particular às crianças, pois, ao intensificarem o tradicional modelo escolar, as crianças tendem a ser vistas apenas como alunos/futuros cidadãos e não como crianças/cidadãos no presente. Ou seja, a escola tende a ser vista como o espaço de educação para a cidadania e não como o espaço da própria cidadania.<hr/>In recent years, various reports with diagnoses and recommendations presented by international agencies have exercised tremendous influence on educational policies in various countries. In Portugal, the very notion of reform has come to be abandoned, and considered incongruent with the urgency and agility of the decision making processes that seek to counter the “backwardness” described by these reports. This has caused the implementation of quick measures, based on a logic of rationalization, particularly the closing of small schools located in rural areas and the Full Time School Program, which reveal the dominance of a logic of client satisfaction in detriment to a logic of citizens’ rights. This article maintains that these measures have denied citizenship rights to rural populations and in particular to children, because, upon intensifying the traditional school mode, the children tend to be seen only as students and future citizens and not as children and citizens in the present. That is, the school tends to be seen as the educational space for citizenship and not as the space for citizenship itself.<hr/>Les dernières années, plusieurs rapports divulgués par des organismes internationaux, ayant des diagnostics et des recommandations, ont exercé de grande influence sur les politiques éducatives de différents pays. Au Portugal, la propre notion de réforme a été de plus en plus abandonnée, elle est même considérée incongrue avec l’urgence et l’agilité des procès de décision qui tendent à la récupération du «retard» énoncé par ces rapports-là. En effet, on vient de prendre des mesures d’urgence basées sur une logique de rationalisation, nommément, la fermeture d’écoles de petite dimension situées à la campagne et le "Programme École à Plein Temps". Ces dispositions, prises à toute vitesse, mettent bien en évidence la domination d’une logique de "satisfaction du consommateur" au détriment d’une logique des "droits des citoyens". Dans cet article on soutient que ces mesures sont en train de soustraire les droits de citoyenneté aux populations ruraux et en particulier aux enfants, puisque, en intensifiant le traditionnel modèle scolaire, les enfants sont envisagés comme élèves/futurs citoyens et non comme enfants/citoyens d’à présent. C’est-à-dire, l’école est de plus en plus considérée comme l’endroit de l’éducation pour la citoyenneté et non l’espace où l’on peut exercer la citoyenneté en entier. <![CDATA[Violencia familiar y aprendizaje: profundización de la victimización y el despojo]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-54732007000100008&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artículo se basa en la observación de cientos de casos de Violencia Familiar y sus consecuencias en el aprendizaje de los hijos. Se abordan las causas sociales y económicas que generan la violencia en aquellas familias en que no era habitual dicho trato. También se refiere a las formas en que este desvirtuado funcionamiento familiar reduplica las consecuencias del despojo. Los mecanismos psicológicos que se ponen en juego son abordados desde los aportes de la escuela Sociocultural y el Psicoanálisis.<hr/>O presente artigo baseia-se na observação de vários casos de Violência Familiar e suas conseqüências na aprendizagem dos filhos. Abordam-se as causas sociais e econômicas que geram violência naquelas famílias em que esse tratamento não era habitual. Também se refere às formas em que este funcionamento familiar desvirtuado reduplica as conseqüências da condição de vítima. Os mecanismos psicológicos que se põem em jogo são abordados a partir dos aportes da escola Sócio-cultural e da Psicanálise.<hr/>This article is based on the observation of hundreds of cases of Family Violence and its consequences on children’s education. It looks at the social and economic causes that generate violence in those families in which this treatment was not common. It also analyzes the ways in which this disturbed behavior compounds the consequences. The psychological mechanisms that are put in play are addressed from the perspectives of Sociocultural studies and Psychoanalysis. <![CDATA[Narrativas en torno a las subjetividades en la escuela primaria]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-54732007000100009&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt En este artículo presento algunas cuestiones, dilemas y hallazgos surgidos en la investigación El papel de la escuela primaria en la construcción de la subjetividad que durante cuatro años hemos llevado a cabo 24 investigadores -de cinco universidades de Cataluña, España- pertenecientes al grupo de investigación consolidado ‘Formación, Innovación y Nuevas Tecnologías’ (FINT). El principal desafío en el presente proceso de escritura ha estado en elegir sobre qué aspectos, de los múltiples que han surgido en este intenso periodo, podría dar cuenta para que el lector/lectora pudiera acercarse a lo que ha supuesto las experiencias de realizar una investigación sobre un ‘objeto’ que con frecuencia se nos escapaba ante nuestros ojos, en las notas de campo y en el proceso de escritura. Al final he elegido, utilizando diferentes registros o modos de escritura, algunos fragmentos del proceso vivido en la investigación que permiten mostrar nuestros tránsitos por lo que no sólo ha sido la comprensión de cómo las subjetividades infantiles se experiencian en la escuela primaria, sino por cómo ese proceso ha afectado a nuestra trayectoria como investigadores.<hr/>No presente artigo apresenta-se algumas questões, dilemas e avanços surgidos na pesquisa O papel da escola primária na construção da subjetividade, realizada por 24 pesquisadores do grupo de pesquisa “Formação, Inovação e Novas Tecnologias” (FINT) - de cinco universidades de Cataluña, Espanha -, em um período de quatro anos. O principal desafio da redação do texto foi o de escolher quais aspectos, dos múltiplos que surgiram nesse intenso período de investigação, poderiam levar o leitor (a) a se acercar das implicações de uma investigação sobre um “objeto” que, com freqüência escapa diante de nossos olhos, nas notas de campo e no processo da escrita. Escolhemos, por fim, utilizando diversos registros e modos de escrita, apresentar alguns fragmentos do processo vivido na pesquisa que permitem mostrar nossa trajetória na compreensão de como as subjetividades infantis se expressam na escola primária, mas também em como esse processo afetou nosso percurso como pesquisadores.<hr/>This article presents some questions, dilemmas, and discoveries from the study El papel de la escuela primaria en la construcción de la subjetividad [The role of elementary school in the construction of subjectivity] which for four years was undertaken by 24 researchers from five universities of Catalonia, Spain in the consolidated study group "Education, Innovation and New Technologies (FINT). The principal challenge in the process of writing this article has been in determining which factors, of the many that arose in this intense period, could explain why the reader should approximate the hypotheses involved in the experience of conducting a study about an “object” that frequently escapes our eyes, in the field notes and in the writing process. Finally using different records or writing modes, fragments of the process experienced in the study were selected that present our passage through what has not only been the understanding of how childhood subjectivities are experienced in elementary school, but how this process has affected our trajectory as researchers. <![CDATA[Educação e os estudos atuais sobre letramento]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-54732007000100010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Entrevista concedida por Maria de Lourdes Dionísio, da Universidade do Minho, a Nilcéa Lemos Pelandré e Adriana Fischer. <![CDATA[Escola indígena: uma reflexão sobre seus fundamentos teóricos, ideológicos e políticos]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-54732007000100011&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Neste artigo, são discutidas as distintas abordagens que configuram o campo teórico da educação indígena, tendo como ponto de partida o ensaio de Marcel Mauss Transmission de la cohesion sociale, tradition, éducation, no qual se deslumbram aspectos como: o sentido de tradição, a dimensão do cotidiano, a aprendizagem corporal, os princípios de sexo e idade na classificação social e na iniciação ritual, entre outros, que hoje em dia constituem linhas importantes de pesquisa que estão sendo exploradas pela Antropologia da Educação. Com base nesta panorâmica teórica, revisa-se criticamente a noção de escola indígena, a qual está circunscrita e reduzida ao modelo de “educação formal”, próprio da tradição ocidental, que reproduz e mantém as formas hegemônicas de socialização. De modo que as crianças indígenas terminam vivenciando o conflito entre um sistema que desvaloriza seu aprendizado cultural, e uma visão de mundo e de valores que não gera pontes de tradutibilidade. A crítica que se formula é com respeito à relação mecânica que se estabelece entre educação formal e espaço escolar, indicando-se que não só é possível, senão necessário pensar na desconstrução desta relação com o fim de buscar no contexto amplo da educação e do cotidiano social alternativas de levar a cabo um processo de escolarização infantil que reformule a condição hegemônica da escola.<hr/>This article discusses different approaches in the theoretical field of indigenous education. It is based on the essay by Marcel Mauss, Transmission de la cohesion sociale tradition, èducation (Transmission of social cohesion, tradition and education), which analyzes factors such as: the meaning of tradition, the dimension of daily life, corporal learning, the principles of sex and age in social classification and in ritual initiation, among others; which now constitute important lines of research that are being explored by the Anthropology of Education. Based on this theoretical panorama, a critical review is conducted of the notion of the Indigenous School, which is limited and reduced to the model of "formal education", as in the Western tradition. This reproduces and maintains the hegemonic forms of socialization and causes indigenous children to experience the conflict with a system that devalues their cultural learning and world vision and values and that does not generate bridges of translatability. The criticism that is formulated concerns the mechanical relationship that is established between formal education and school space, indicating that it is not only possible but necessary to think of the deconstruction of this relationship in order to search in the broader context of education and daily social life for alternatives that allow conducting a process of elementary education that reformulates the hegemonic condition of the School.<hr/>En el presente artículo son discutidas los distintos abordajes que configuran el campo teórico de la educación indígena, teniendo como punto de partida el ensayo de Marcel Transmission de la cohesion sociale tradition, èducation, en el cual se presentan aspectos como: el sentido de tradición, la dimensión del cotidiano, el aprendizaje corporal, los principios de sexo y edad en la clasificación social y en la iniciación del ritual, entre otros. Estos aspectos en la actualidad constituyen líneas importantes de investigación y están siendo explorados y estudiados por la antropología de la educación. A partir de esta primera aproximación teórica, revisamos la noción de Escuela Indígena, la cual está circunscripta y reducida al modelo de "educación formal", propio de la tradición occidental, que reproduce y mantiene las formas hegemónicas de socialización. De modo que los niños y niñas indígenas terminan vivenciando el conflicto entre un sistema que desvaloriza su aprendizaje cultural y una visión de mundo y de valores que no genera puentes de traducibilidad. La crítica que formulamos es a la relación mecánica que se establece entre la educación formal y el espacio escolar, indicando que no solamente es posible sino que es necesario pensar en la des-construcción de esta relación con el fin de buscar un contexto amplio de educación y de cotidiano social, alternativas que pueden generar un proceso de escolarización infantil que reformule la condición hegemónica de la escuela. <![CDATA[A reforma do estado e da educação no contexto da ideologia da pós-modernidade]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-54732007000100012&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O propósito deste artigo é apresentar algumas considerações a respeito da reforma da Educação Básica implementada no Brasil, na década de 1990, e sua articulação com a reforma do Estado brasileiro e com a ideologia da pós-modernidade, que, por sua vez, ao sustentar as reformas e estratégias implementadas no contexto da globalização e do neoliberalismo, propõe a necessidade de uma “nova racionalidade” que se expressa na chamada administração pública gerencial. Ao lado da reforma do Estado, apresentamos, a partir de alguns documentos elaborados como resultado da Conferência Mundial de Educação para Todos, realizada na Tailândia em 1990, reflexões sobre as perspectivas que embasam e orientam a reforma da Educação Básica.<hr/>The purpose of this article is to present some considerations about the Basic Education reform implemented in Brazil in the 1990’s and its articulation with the reform of the Brazilian State and the ideology of post-modernity. The latter, by sustaining the reforms and strategies implemented in the context of globalization and neoliberalism, proposes a need for a “new rationality” that is expressed in the so-called public administration. Along with State reform, based on some documents prepared as a result of the World Conference of Education for All, held in Thailand in 1990, we present some reflections on the perspectives that found and guide the reform of Basic Education.<hr/>El presente artículo presenta algunas consideraciones en relación a la reforma de la Educación Básica en Brasil, en la década de 1990, y su articulación con la Reforma del Estado Brasilero y las ideologías pos-modernas que al sostener las reformas y las estrategias implementadas en el contexto de la globalización y del neoliberalismo proponen la necesidad de una “nueva racionalidad” que se expresa en la llamada administración pública gerencial. Al lado de la Reforma del Estado, presentamos, a partir de algunos documentos elaborados como resultado de la Conferencia Mundial de Educación para Todos, realizada en 1990 en Jomtien, Tailandia, reflexiones sobre las perspectivas que fundamentan y orientan la reforma de la Educación Básica.