Scielo RSS <![CDATA[Educação e Filosofia]]> http://educa.fcc.org.br/rss.php?pid=1982-596X20140001&lang=pt vol. 28 num. 55 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://educa.fcc.org.br/img/en/fbpelogp.gif http://educa.fcc.org.br <link>http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-596x2014000100001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt</link> <description/> </item> <item> <title><![CDATA[Obituário: Wagner de Mello Elias]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-596x2014000100002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[Apresentação]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-596x2014000100003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[A centelha se acende na ação: a autoeducação dos trabalhadores no pensamento de rosa Luxemburgo]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-596x2014000100004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Encontramos em Rosa Luxemburgo uma ampla reflexão, filosófica e política, sobre uma forma especifica de educação, que a seu ver é a mais importante, do ponto de vista da emancipação das classes subalternas: a autoeducação pela práxis, a autoeducação dos explorados e oprimidos pela experiência da ação coletiva. Sua oposição irreconciliável ao capitalismo e ao imperialismo, sua concepção de um socialismo ao mesmo tempo revolucionário e democrático, baseado na práxis autoemancipadora dos trabalhadores, na autoeducação pela experiência de luta social das grandes massas populares é de uma impressionante atualidade, sobretudo aqui, no Brasil e na América Latina.<hr/>Nous trouvons chez Rosa Luxemburg une ample réfléxion, philosophique et politique, sur une forme spécifique d’éducation, qui est, à son avis, la plus importante du point de vue de l’émancipation des classes subalternes: l’ auto-éducation des exploités et opprimés par l’expérience de l’action collective. Son opposition irréconciliable au capitalism et à l’impérialisme, sa conception d’un socialisme em même temps révolutionnaire et démocratique, fondé sur la praxis auto-émancipatrice des travailleurs, dans l’auto-éducation par l’expérience de lutte sociale des grandes masses populaires et d’une impressionnante actualité, surtout ici, au Brésil et em Amérique latine. <![CDATA[Coercizione e formazione. Il rapporto tra progetto educativo e teoria politica nel pensiero di Gramsci]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-596x2014000100005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt La domanda è se vi sia contraddizione, in Gramsci, tra la prospettiva educativa (“formazione”), e la convinzione che per trasformare la società attuale in “società regolata” - che corrisponde a quella che Marx chiamava società comunista - sia necessario utilizzare mezzi coercitivi (“coercizione”). Si esaminano le differenze tra la proposta di società futura di Marx e quella di Gramsci. Diversamente da Marx, Gramsci non mette al centro della futura società “il fiorire dell’individualità”, considerando una certa standardizzazione del lavoro (e del lavoratore) come inevitabile. Ma il “gorilla ammaestrato” di Taylor in realtà non esiste, esso resta pur sempre un uomo; Gramsci crede perciò che anche dagli sviluppi del fordismo possano nascere nuove prospettive sociali alternative. Non è però uno sviluppo indolore, né automatico. In un diverso contesto, quello socialista, potrà esservi un forma di auto-coercizione che i lavoratori potranno sviluppare, un “nuovo conformismo”. Quindi Gramsci ha della coercizione un concetto abbastanza positivo, ritenendo egli che i processi economico sociali non possano prescindere da essa. Ciò vale anche sul piano storico-politico: Gramsci accetta e sostiene la necessità in certi casi dell’utilizzo delle maniere forti. Anche nella concezione di come debbano avvenire l’istruzione e l’educazione (la “formazione” dell’uomo), Gramsci crede al valore, in quei processi, di una certa dose di coercizione. Non vi è quindi contraddizione per Gramsci tra coercizione e formazione, tra prospettiva educativa e teoria politica.<hr/>The question is whether there is a contradiction, Gramsci, from the educational perspective (“formation”), and the belief that in order to transform the present society in “regulated company” - which corresponds to what Marx called a communist society - is necessary to use means coercive (“coercion”). We examine the differences between the proposed future society that Marx and Gramsci. Unlike Marx, Gramsci does not put the focus of future society, “the bloom of individuality”, considering a certain standardization of work (and the worker) as inevitable. But the “trained gorilla” Taylor does not really exist, it is still a man, therefore, Gramsci believed that the developments of Fordism can create new social perspectives alternatives. It is not a development painless not automatic. In a different context, the Socialist, can be a form of self-coercion that workers will be able to develop a “new conformism”. So Gramsci coercion of a concept quite positive, considering the social economic processes that he can not do without it. This is also true on a historical- political Gramsci accepts and supports the need in some cases the use of strong-arm tactics. Even in the conception of how education should be conducted and education (the “formation” of man), Gramsci believes in the value, in these processes, a certain amount of coercion. There is therefore no contradiction between Gramsci coercion and formation, including educational perspective and political theory. <![CDATA[Sobre alguns aspectos da “tradutibilidade” nos cadernos do cárcere de Antonio Gramsci e algumas das suas implicações]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-596x2014000100006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A questão sintetizada no título deste ensaio é de grande atualidade pelo fato de que o conceito expresso pela palavra “tradutibilidade” não implica apenas uma “tradução” entre linguagens em sentido estrito, mas, acima de tudo, um conceito revolucionário: aquele original e inovador de tradução entre “teoria” e “prática”, filosofia e política, entendidas como “linguagens”, embora em um sentido mais forte e amplo (por isso, coloquei - e o próprio Gramsci frequentemente coloca - estas palavras entre aspas). É minha intenção explicar as razões disso ao longo desta exposição. Por agora, pode-se antecipar que a tradutibilidade é a teoria da tradução entendida de uma forma que incorpora criticamente o velho no novo significado, mais amplo e forte, sendo, ao mesmo tempo, a condição (historicamente dada) para pensar de forma nova na possibilidade de construir política e historicamente uma “igualdade real” entre seres humanos, de modo a superar a atávica separação entre dominantes e subalternos, dirigentes e dirigidos, na medida em que pensa contemporaneamente na realidade do novo conceito de equivalência entre “teoria” e “prática” como elemento de hegemonia política - elemento que é ele mesmo político e, por isso, histórico. É isto que revela o coração da filosofia da práxis de Gramsci e permite entendê-la em profundidade. Desta “tradutibilidade” deriva uma série de critérios para interpretar a realidade. Portanto, a tradutibilidade expressa não só um jeito novo de ver o mundo e de construção do pensamento, mas implica também uma nova consciência. Isto é, a tradutibilidade é o conceito por meio do qual pensa-se na teoria como algo que muda (ou pode mudar) o mundo; e na prática como algo que mudando o mundo muda (ou pode mudar) também a teoria. Iluminada com o conceito de tradutibilidade, entende-se porque a filosofia da práxis se põe como objetivo fundamental realizar uma grande reforma intelectual e moral das massas populares, por meio de um trabalho político-pedagógico-cultural, de modo a traduzir suas lutas e aspirações em uma nova e revolucionária filosofia e realidade.<hr/>“Translatability” is a concept in Gramsci’s work that has been largely unexplored and has only recently gained the attention of some scholars for its centrality to Gramsci’s thought. So far, almost all the studies on Gramsci have essentially ignored the importance of this concept to the interpretation of his thought, work and biography on the whole. According to him, translatability is the theory of the concrete unification of practice and theory, that is, of how to radically change world; it theorizes both on the “practical power” and effectiveness of theory (i.e. on the impossibility of its transcendence) and on the “knowledge power” of practice. In other words, translatability means that practice and theory, as activities that belong to the same “world-view” or “express” the same culture, are not in contradiction one to the other (as, on the contrary, the main Western tradition of thought holds) and therefore are translatable. And indeed this is an innovative way of positing the conditions for thinking reality and praxis that we are going to explore in this brief essay. <![CDATA[Abstrata, difícil, inútil: o preconceito contra a filosofia e o antídoto gramsciano]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-596x2014000100007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O objetivo deste artigo é discutir a questão do preconceito em relação à Filosofia como um dos desafios enfrentados pelos professores dessa disciplina. Partindo de expressões cotidianas desse preconceito, procura- se investigar suas origens históricas na Grécia Antiga e demonstrar sua vinculação com o advento da sociedade de classes. Concluindo, busca-se fundamentar a crítica às noções estereotipadas da Filosofia a partir de algumas posições e categorias de Antonio Gramsci.<hr/>This article discusses prejudice against Philosophy and the challenge it constitutes for Philosophy teachers. Based on commonly voiced expressions of such prejudice, an investigation is made of its origins in Ancient Greece and its links to the advent of the class-structured society. In conclusion, arguments making use of positions and categories postulated by Antonio Gramsci are used to found a critique of stereotyped perceptions of Philosophy. <![CDATA[Filosofia da práxis e as práticas políticopedagógicas populares]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-596x2014000100008&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O artigo resgata o sentido “revolucionário” da filosofia da práxis inaugurada por K. Marx e aprofundada por A. Gramsci e aponta conexões com as atuais práticas político-pedagógicas populares. Mostra como Marx revoluciona a concepção de filosofia não apenas porque unifica inseparavelmente pensamento e atividade material, teoria e prática, mas, principalmente pelo fato inaudito de reconhecer o protagonismo histórico do proletariado. É Gramsci, no entanto, quem explicita, amplia e atualiza de maneira original as virtualidades da filosofia da práxis mostrando os aspectos que a projetam como a mais avançada visão de mundo e como expressão revolucionária das classes subalternas que se organizam politicamente para romper com a submissão e se tornar dirigentes. Sendo uma construção histórica que assume diferentes configurações em diversas situações e lugares, o artigo traça uma análise das novas formas que hoje a filosofia da práxis apresenta nas insurgências populares que vêm ocorrendo no Brasil e no mundo.<hr/>L’articolo riscatta la dimensione “rivoluzionaria” della filosofia dela prassi inaugurata da K. Marx e approfondita da A. Gramsci e segnala punti di contatto con le attuali pratiche politico-pedagogiche popolari. Mette in evidenza come Marx rivoluziona la concezione di filosofía non solo perché unifica inseparabilmente pensiero e attività materiale, teoria e pratica, ma principalmente per il fatto inaudito di riconoscere il protagonismo storico del proletariato. È Gramsci, però, l’autore che esplicita, allarga e attualizza in modo originale le virtualità dela filosofia della prassi mostrando gli aspetti che la proiettano come la più avanzata visione di mondo e come espressione rivoluzionaria delle classi subalterne che si organizzano politicamente per vincere la sottomissione e diventare dirigenti. Essendo una costruzione storica che assume differenti configurazioni in diversi luoghi e situazioni, l’articolo traccia un’analisi delle forme che oggi la filosofia della prassi presenta nelle insorgenze popolari che avvengono in Brasile e nel mondo. <![CDATA[A ciência pós-moderna, os intelectuais e o engajamento social: apontamentos sobre a produção acadêmica de autoria surda]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-596x2014000100009&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este estudo reflete sobre um fazer acadêmico que se mostra mesclado a um fazer social, político e militante: o fazer acadêmico empreendido por sujeitos surdos na pós-graduação stricto-sensu. Compreendido como representante de um modelo de racionalidade científica emergente, tal fazer apresenta a particularidade de ser autorreferenciável e, em alguma medida, autobiográfico. A partir da focalização da tensão estabelecida entre o discurso acadêmico e o discurso ativista, este estudo lança luz sobre um fato social e acadêmico notadamente pós-moderno.<hr/>This study reflects on a kind of academic production that is mixed with social, political and militant action: the academic production undertaken by deaf individuals in stricto- sensu post-graduation courses. Being understood as representative of an emerging model of scientific rationality, this academic production has the distinctiveness of being self- referenceable and, to some extent, autobiographical. Focusing on the tension established between academic and activist discourses, this study sheds light on a social and academic fact that is notably postmodern. <![CDATA[Crítica à panaceia pedagógico-desportiva]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-596x2014000100010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A ideia de que a prática desportiva é um eficaz instrumento para educar, incluir e transformar os jovens marginalizados, promovendo a paz, ordem e cidadania, tem sido reiterada constantemente. Educadores, mídia e a literatura científica sugestionam as pessoas a crerem em um “real poder” de transformá-los em “cidadãos de bem”. Neste artigo, desenvolvemos os seguintes objetivos: (1) identificar uma possível relação entre os valores concernentes ao conceito de capital social e os objetivos daquela prática no que concerne à juventude marginalizada; (2) refletir sobre a violência enquanto um conceito e um fenômeno político, problematizando a sua negativização absoluta; e (3) apontar os limites daquela ideia, salientando as suas imprecisões conceituais e criticando seus objetivos. Nossa conclusão é que tal ideia está envolvida por um discurso prenhe de imprecisões e serve de fundamento para uma tecnologia social de pacificação que não altera substantivamente as condições de vida da população-alvo.<hr/>The idea that sports are effectively useful for changing, including and changing the life of marginalized youth by promoting peace, order and citizenship has been constantly reiterated. Educators, the mass media and the scientific literature have suggested people to believe sports can successfully change them into “good citizens”. This article aims to: (1) identify a possible relation with the values concerning the idea of social capital and the objectives to be achieved concerning the marginalized youth; (2) think of violence as a concept and a political phenomenon by discussing that violence is not necessarily seen as something always negative; and (3) indicate the limits of that idea by explaining its misconceptions and criticizing its aims. We conclude that such idea is involved in a speech full of inaccuracies and it is basically a social technology for pacification which does not substantially modify the life of the marginalized youth. <![CDATA[Em direção a uma nova ética do existir: Foucault e a experiência da escrita]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-596x2014000100011&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt No transcurso da trajetória intelectual de Michel Foucault, o tema da escrita parece não apenas não ter deixado de absorver seus interesses, como também provocou, em variadas circunstâncias, manifestações de sua parte, sobretudo em textos esparsos e entrevistas. Trata-se, assim, de uma questão que pode ser atestada de modo transversal, sucessivo e contínuo na obra foucaultiana, cuja abordagem analítica constitui o objetivo geral do presente artigo. Partindo da hipótese da escrita não apenas como um núcleo temático, mas também como um vetor ético- estético que transpassa a obra de Foucault, apresentamos dois patamares argumentativos complementares: num primeiro momento, focalizase a escrita foucaultiana no seio de um possível marco autobiográfico; em seguida, oferece-se uma perspectiva do trabalho escritural como experiência voltada à intensificação de um tipo de pensamento de natureza essencialmente crítica e, igualmente, à produção de uma superfície fática para modos inéditos de existir.<hr/>Throughout Michel Foucault’s intellectual path, the matter of writing seems to have absorbed his interests and also have caused, in many circumstances, his own manifestations, mainly in scattered writings and interviews. It is therefore an issue that can be asserted in a transverse, successive and continuous manner on Foucault’s work, whose analytical approach is the general goal of this paper. Setting forth from the proposition of writing not only as a thematic nucleus but also as an ethical-aesthetic vector running through Foucault’s work, we present two complementary argumentative levels: one placing foucauldian writing within a likely autobiographical mark; the other suggesting a perspective of writing as an experience aiming at the enhancement of an essentially critical thought and, alike, at the production of a factual surface for unprecedented styles of being. <![CDATA[Hipócrates x Hipocrités: o destino da educação decidido em uma letra?]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-596x2014000100012&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo pretende apresentar uma discussão entre dois caminhos paradigmáticos aos quais a pedagogia parece se submeter historicamente. O primeiro deles, o caminho de Hipócrates, numa destinação médicocientífica. O segundo, o de Hipocrités, numa destinação artístico-retórica. Não se espera, nessa breve discussão, contudo, uma definição a respeito de uma possível tomada de decisão, voluntarista, acerca dessas destinações. Não se trata, também, de um mero jogo de palavras. A intenção aqui é buscar, no referencial da filosofia antiga e da etimologia dos vocábulos gregos, duas maneiras de ver o processo de relação dos saberes com a verdade, relação esta que produz uma série de impactos sobre a maneira como enxergamos o processo educativo.<hr/>This article aims to present a debate between two paradigmatic paths through which pedagogy seems historically to submit itself. The first of them, Hippocrates´ path, in a scientific-medical destination. The second, Hipocrites’ path, in a rhetorical-artistic destination. It is not expected here, in this brief exposition, any definition between a decision-making, will full, about these destinations. It is not, also, a mere wordplay. The intention here is to search, in ancient philosophy’s references and in Greek vocabularies’ etimology, two ways of seeing the process between the relation of knowledges and truth, relation which produces a series of impacts over the way we understand educational process. <![CDATA[La incapacidad mayéutica del arte en la sociedad platónica]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-596x2014000100013&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt La relación entre Platón y el arte de su tiempo es un tema bien conocido desde hace décadas. Si bien parece claro que Platón estableció una definición perenne sobre qué es el arte y su proceso creativo en la antigua Grecia, sin embargo debemos prestar atención a la función que para Platón el arte tenía en su sociedad ideal. ¿Para qué el arte? En su proyecto educativo -basado en la mayéutica como eje fundamental del aprendizaje - el arte está sometido al dictamen y censura de las demás ciencias empíricas. Este artículo pretende evaluar la verdadera relevancia educativa que el proceso artístico tenía para Platón a través de un análisis crítico de la sociedad planteada por el filósofo ateniense.<hr/>The relationship between Plato and the art of his time is a well known subject for decades. While it seems clear that Plato established a perpetual definition of what is art and the creative process in ancient Greece, however we must pay attention to the role that art had in Plato’s ideal society. Why art? In its education process - based on maieutic as a fundamental learning motive - art is a subject to opinion and censorship of other empirical sciences. This article aims to evaluate the true educational relevance that Plato had artistic process through a critical analysis of society presented by the Athenian philosopher. <![CDATA[Intelectuais católicos: confidentes do criador, ministros do progresso e sacerdotes da verdade]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-596x2014000100014&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo objetiva discutir as estratégias da elite intelectual católica para organizar e divulgar seu ideário filosófico-teológico no Estado do Paraná nas décadas de 1940 e 1950, cujo recorte privilegia a intervenção do laicato católico no Ensino Superior curitibano, pois em tal período se constituíram a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Paraná - FFCL (1938) e a Faculdade Católica de Filosofia de Curitiba - FCFC (1950). O problema central consiste em discutir o papel dos intelectuais e o lugar das Faculdades de Filosofia no processo de expansão do ideário católico entre os paranaenses. A narrativa deste artigo apoia-se nos discursos pronunciados na FFCL e na FCFC no decorrer dessas décadas, por meio dos quais o grupo católico reafirmava que o papel dos intelectuais consistia em ser confidentes do Criador, ministros do progresso e sacerdotes da verdade. Esse percurso analítico inscreve-se na história intelectual, estabelecendo interlocução com o conceito de intelectual como organizador da cultura e mobilizador dos grupos sociais. Tal conceito nos permite discutir as iniciativas dos intelectuais católicos no processo de criação, coordenação e direção das atividades formativas organizadas nas Faculdades de Filosofia, bem como problematizar suas ações como estratégias para consolidar a presença do ideário religioso na alta cultura curitibana e contrapor-se aos adversários e inimigos da Igreja Católica.<hr/>This article discusses the strategies used by the Catholic intellectual élite when organizing and spreading their philosophical and theological ideas in the state of Paraná during the 1940s and 1950s. The focus rests on the Catholic laity’s intervention on higher education in Curitiba. It was at that time that the Faculties of Philosophy, Science and Arts of Paraná - FFCL (1938) and the Catholic Faculty of Philosophy of Curitiba - FCFC (1950) were constituted. The main problem lies in discussing the intellectuals’ role and that of the Faculties of Philosophy in the process of expanding the Catholic ideas among the population of Paraná. This article bases itself on the speeches given at the FFCL and FCFC during these decades in which the Catholic group reasserted that the intellectuals’ role consisted in being the creator’s confidants, ministers of progress and truth. This analytical course is a part of intellectual history, establishing a dialogue between the concept of the intellectual as a cultural organizer and inspiring social. Such a concept allows us to discuss the initiatives taken by the Catholic intellectuals during the process of creation, coordenation and directing the formative activities organized by the Faculties of Philosophy as well as discussing strategies to consolidate the religious ideals in the high society of Curitiba and oppose the opponents and enemies of the Catholic Church. <![CDATA[Uma passagem enigmática dos tópicos de Aristóteles]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-596x2014000100015&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O quarto capítulo dos Tópicos de Aristóteles contém uma afirmação surpreendente. Ela aparece, pela primeira vez, no início do segundo parágrafo e é repetida ao final do capítulo. Nas duas ocasiões, Aristóteles declara que os problemas das deduções dialéticas são iguais em número e natureza às premissas. No presente trabalho, na tentativa de entender o significado exato da declaração aristotélica, bem como testar a correção do que diz, realiza-se uma análise do primeiro e do quarto capítulo dos Tópicos. A tese resultante é a de que a identidade postulada por Aristóteles é possível, desde que se abandone, porém, os limites de um único argumento. No final, com base no que se obteve do exame anterior, são apresentadas propostas de solução a três outras interessantes questões da Lógica Aristotélica.<hr/>Le quatrième chapitre des Topiques d’Aristote contient une déclaration surprenante. Elle apparaît, pour la première fois, au début du deuxième paragraphe et est répétée à la fin du chapitre. Dans les deux cas, Aristote affirme que les problèmes des déductions dialectiques sont égaux, en nombre et en nature, aux prémisses. Dans ce travail, en essayant de comprendre le sens exact de la déclaration aristotélicienne, ainsi que de tester la correction de ce qu’il dit, on fait une analyse du premier et du quatrième chapitre des Topiques. La thèse qui en résulte : l’identité postulée par Aristote est possible, mais uniquement si on abandonne les limites d’un seul argument. À la fin, basé sur ce qu’on obtient de l’examen précédent, on présente des propositions de solution à trois autres questions intéressantes de la Logique d’Aristote. <![CDATA[Percepções sobre as abordagens à aprendizagem: estudo de variáveis psicológicas]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-596x2014000100016&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Esta investigação, realizada numa escola básica no norte de Portugal, tem como objetivo analisar as percepções que os alunos apresentam sobre algumas variáveis relativas à forma como desenvolvem a sua aprendizagem, nomeadamente: a autorregulação para a aprendizagem; os processos de estudo utilizados; o controlo volitivo; a planificação da gestão do tempo; e a procrastinação. Outra finalidade deste estudo é verificar se existe uma relação significativa entre estas variáveis e a percepção de autoeficácia revelada pelos alunos, assim como com os níveis exibidos no final do 1º período, nas disciplinas de Língua Portuguesa, Inglês, Matemática e Ciências Naturais. São apresentadas, também, algumas implicações para a prática educativa.<hr/>This research, conducted in a basic school in northern Portugal, aims to analyze the perceptions that students have about some variables regarding how to develop their learning, namely: self-regulation for learning; study the processes used, the control volitional; planning time management, and procrastination. Another purpose of this study is to determine whether there is a significant relationship between these variables and the perception of self-efficacy revealed by the students, as well as the levels shown at the end of the 1st period, in the discipline of Portuguese, English, Mathematics and Natural Sciences. We present also some implications for educational practice. <![CDATA[A produção do conhecimento na sociedade da informação: reflexões filosóficas sobre a pesquisa em educação]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-596x2014000100017&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O texto tem como objetivo refletir sobre a produção do conhecimento humano, relacionar com a atual sociedade da informação e traçar apontamentos sobre a produção do conhecimento em educação. Inicia-se com um resgate sobre a transição humana da produção do conhecimento, por meio do senso comum, até chegar à forma de conhecimento científico. Após isto, discutem-se as questões relacionadas à produção do conhecimento científico e a relação sujeito e objeto, refletindo sobre o movimento da pesquisa em educação no Brasil. Então, resgatam-se as características da sociedade da informação e sua relação com a produção do conhecimento em educação, quando se considera o paradigma apresentado por Santos (1987, 1989, 1997 e 2000). Considera-se que o processo de transição atual que fragmenta o saber em disciplinas traz motivos fundamentais para a reflexão educacional.<hr/>The text aims to reflect on the production of human knowledge, relate to the current information society and making notes on the production of knowledge in education. It begins with a review on the transition of human knowledge production, through common sense, until you reach the form of scientific knowledge. After that, we discuss issues related to the production of scientific knowledge and the relationship between subject and object, reflecting on the movement of educational research in Brazil. So we can salvage the characteristics of the information society and its relationship to knowledge production in education, when one considers the paradigm presented by Santos (1987, 1989, 1997 and 2000). It is considered that the current transition process that fragments the knowledge in disciplines brings key reasons for educational reflection. <![CDATA[A religião de Rousseau]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-596x2014000100018&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O presente artigo tem o objetivo de discutir o conceito de religião na obra do pensador genebrino Jean-Jacques Rousseau, a qual oferece um conjunto de reflexões morais, educacionais, políticas e filosóficas que não tem muito a ver com a teologia, mas que contempla uma visão peculiar do fenômeno religioso. Refletindo sobre o “estado de natureza”, sob as condições dadas pelo “Autor das coisas” e o estado original “sem nenhum traço de cultura”, Rousseau deixa transparecer, sobretudo no texto da Profissão de fé do vigário saboiano, um sentido quase metafísico ou teofísico do termo Natureza, aproximando-se das reflexões de Spinoza e Santo Agostinho. Mas, em Rousseau, é a própria natureza a manifestação da divindade e, portanto, fonte de inspiração para os sentimentos humanos e o constructo da moralidade.<hr/>This article aims to discuss the concept of religion in the work of the Genevan thinker Jean-Jacques Rousseau, which offers a set of moral, educational, political and philosophical reflections that has little to do with theology, but includes a peculiar view of religious phenomena. Reflecting on the “state of nature” under the conditions given by the “Author of things” and the original state “without a trace of culture”, Rousseau makes clear, especially in the text of the Profession of Faith of the Savoyard Vicar, an almost metaphysical or teophysical sense of the term, approaching the reflections of Spinoza and St. Augustine. But for Rousseau, nature itself is the manifestation of divinity and therefore a source of inspiration for human feelings and the construct of morality. <![CDATA[Schelling e Steiner: da essência da liberdade humana ao individualismo ético]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-596x2014000100019&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo apresenta o conceito de liberdade em Schelling e suas influências na concepção de individualismo ético em Steiner. Schelling explorou nos princípios primordiais da concepção do si- mesmo a essência da liberdade humana. Steiner partiu deste ponto, mas considerou a razão como insuficiente para acessar seguramente o si- mesmo. Para Steiner, a qualidade da consciência que apreende o real do si- mesmo é o pensar intuitivo, que pressupõe um processo de observação fenomenológica da consciência. Este é o ponto de partida do seu individualismo ético, que tornou- se o referencial evolutivo de sua concepção de educação, a Pedagogia Waldorf.<hr/>This paper introduces the concept of freedom in Schelling and its influence on the conception of ethical individualism in Steiner. Schelling explored the essence of human freedom in the overriding principle of the conception of the self. Steiner departed this point, but considered the reason as insufficient to access securely the self. For Steiner, the quality of consciousness that perceives the real self is intuitive thinking, which presupposes a process of phenomenological observation of consciousness. This is the starting point of his ethical individualism, which became the evolving reference of his conception of Waldorf education. <![CDATA[O tempo, o trabalho e o ser social professor pesquisador]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-596x2014000100020&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo tenta analisar o movimento da dimensão do tempo contemporâneo na sociedade capitalista. A existência da humanidade no presente e suas prerrogativas, utopias, sonhos e desejos aponta o desafio da percepção de um conceito de tempo como uma construção cultural de base materialista. Esses são pressupostos utilizados para uma crítica radical às condições de trabalho na Instituição Universitária Pública Brasileira. A mundialização da economia expressa pelo capital financeiro redefine o conceito de tempo, acelerando-o aos interesses da reprodução desenfreada do capital, impondo processos perversos no cotidiano educacional responsáveis pelo crescimento do estranhamento no trabalho dos professores.<hr/>This article attempts to analyze the movement of the time dimension in contemporary capitalist society. The existence of humanity in the present and its prerogatives, dreams and desires shows the challenge the perception of a concept of time as a cultural construction of base materialism. These are assumptions for a radical critique of working conditions in the Brazilian Public Higher Education Institution. The globalization of the economy expressed by finance capital redefines the concept of time, accelerating it to the interests of uncontrolled reproduction of capital, imposing evil in everyday educational processes responsible for growing estrangement in the work of teachers. <![CDATA[A categoria de esfera pública em Jürgen Habermas: para uma reconstrução da autocrítica]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-596x2014000100021&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo tenta analisar o movimento da dimensão do tempo contemporâneo na sociedade capitalista. A existência da humanidade no presente e suas prerrogativas, utopias, sonhos e desejos aponta o desafio da percepção de um conceito de tempo como uma construção cultural de base materialista. Esses são pressupostos utilizados para uma crítica radical às condições de trabalho na Instituição Universitária Pública Brasileira. A mundialização da economia expressa pelo capital financeiro redefine o conceito de tempo, acelerando-o aos interesses da reprodução desenfreada do capital, impondo processos perversos no cotidiano educacional responsáveis pelo crescimento do estranhamento no trabalho dos professores.<hr/>This article attempts to analyze the movement of the time dimension in contemporary capitalist society. The existence of humanity in the present and its prerogatives, dreams and desires shows the challenge the perception of a concept of time as a cultural construction of base materialism. These are assumptions for a radical critique of working conditions in the Brazilian Public Higher Education Institution. The globalization of the economy expressed by finance capital redefines the concept of time, accelerating it to the interests of uncontrolled reproduction of capital, imposing evil in everyday educational processes responsible for growing estrangement in the work of teachers.