Scielo RSS <![CDATA[Educação e Filosofia]]> http://educa.fcc.org.br/rss.php?pid=1982-596X20200003&lang=en vol. 34 num. 72 lang. en <![CDATA[SciELO Logo]]> http://educa.fcc.org.br/img/en/fbpelogp.gif http://educa.fcc.org.br <![CDATA[O fim dos periódicos pode ser dito de muitas maneiras]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-596x2020000301041&lng=en&nrm=iso&tlng=en <![CDATA[Apresentação do Dossiê A ideia de homem em Descartes]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-596x2020000301051&lng=en&nrm=iso&tlng=en <![CDATA[Descartes and the idea of man. Imperfection and perfection of man]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-596x2020000301055&lng=en&nrm=iso&tlng=en Résumé L'auteur note que, d'une part, Descartes se réfère à une compréhension très large, mais aussi commune et courante de l'homme, et de l'autre que l'homme ne peut pas être identifié ni au corps, ni à l'âme, ni même à l'union du corps et de l'âme. Lorsqu’on parle de la nature humaine, elle porte le caractère d'une perfection limitée, dont la particularité est sa capacité d'avoir le libre arbitre. La notion de l'homme en tant que sujet de (non) perfection est basée sur une idée qui se définit par rapport à l'idée de l'infini sous la forme de l'aspiration à être plus parfait. L’exercice du libre arbitre se joint concrètement à un effort d'attention et de vigilance qui permet d’éviter un jugement erroné. La thèse ci-dessus se développe ensuite en trois points. Premièrement, la raison se présente comme un instrument universel de l'homme qui à son tour apparait comme être polyvalent l'utilisant et étant capable de s'adapter aux situations les plus diverses. Deuxièmement, la perfection spécifiquement humaine signifiera la capacité d’exercer le doute et de recourir aux suppositions et probabilités sur le plan cognitif. Cela signifie entre autres que pour l'acquisition de la perfection, il faut reconnaître sa propre imperfection. Enfin, troisièmement, la capacité d'user proprement le libre arbitre conduit à la définition de l'homme comme généreux, où l'homme est compris au sens moral plus que métaphysique.<hr/>Resumo O autor nota, por um lado, que Descartes se refere a uma compreensão muito larga, mas também comum e corrente, do homem e, por outro, que o homem não pode ser identificado nem ao corpo, nem à alma, nem mesmo à união do corpo e da alma. Quando falamos da natureza humana, ela evoca o caráter de uma perfeição limitada, cuja particularidade é sua capacidade de ter o livre-arbítrio. A noção do homem enquanto sujeito de (não) perfeição é baseada sobre uma ideia que se define por uma relação à ideia do infinito sob a forma da aspiração a ser mais perfeito. O exercício do livre-arbítrio se articula concretamente a um esforço de atenção e de vigilância que permite evitar um juízo errôneo. A tese exposta se desenvolve, em seguida, em três tópicos. Primeiramente, a razão se apresenta como um instrumento universal do homem, que, por sua vez, aparece como ser polivalente que o utiliza, sendo capaz de se adaptar às situações as mais diversas. Em segundo lugar, a perfeição especificamente humana significará a capacidade de exercer a dúvida e de recorrer às suposições e probabilidades no plano cognitivo. Isso significa, entre outros, que, para a aquisição da perfeição, é preciso reconhecer a sua própria imperfeição. Enfim, em terceiro lugar, a capacidade de usar propriamente o livre-arbítrio conduz à definição de homem como generoso, em que o homem é compreendido no sentido moral mais que no metafísico.<hr/>Abstract The author notes that, on the one hand, Descartes refers to a very broad, but also common and current understanding of man, and on the other that man cannot be identified nor with the body , neither to the soul, nor even to the union of body and soul. When we speak of human nature, it carries the character of a limited perfection, the particularity of which is the ability to have free will. The notion of man as the subject of (non) perfection is based on an idea which is defined in relation to the idea of ​​infinity in the form of the aspiration to be more perfect. The exercise of free will is joined concretely to an effort of attention and vigilance which makes it possible to avoid erroneous judgment. The thesis above then develops in three points. First, reason presents itself as a universal instrument of man who in turn appears to be versatile, using it and being able to adapt to the most diverse situations. Second, specifically human perfection will mean the ability to exercise doubt and use cognitive assumptions and probabilities. Among other things, this means that in order to acquire perfection, you have to recognize your own imperfection. Finally, thirdly, the ability to use free will properly leads to the definition of man as generous, where man is understood more in the moral sense than in the metaphysical sense. <![CDATA[Claude Clerselier, reader of the doubt of René Descartes]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-596x2020000301077&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo Claude Clerselier foi amigo, correspondente, tradutor e editor de René Descartes, de quem publicou os três volumes da correspondência (Cartas do senhor Descartes), O homem e O mundo. Sua atividade de editor e tradutor foi sempre animada por um duplo desígnio : divulgar a filosofia de Descartes, construindo e veiculando, entretanto, a imagem mais ortodoxa possível do filósofo. Essa imagem de Cleserlier « vulgarizador » da filosofia de Descartes, que sempre o fez o fiel discípulo que se esforça para não se distanciar do mestre cujos méritos celebra, merece em nossa opinião um aprofundamento. Uma análise atenta do Prefácio a’O homem mostra incontestavelmente que Clerselier não se limita a difundir e defender a filosofia cartesiana, mas também que dela é um intérprete escrupuloso. A passagem desse Prefácio no qual Clerserlier discute certos temas, centrais, da metafísica cartesiana, nos parece, com efeito, sugerir uma abordagem completamente diferente daquela de seu mestre.<hr/>Abstract Claude Clerselier was a friend, correspondent, translator, and editor of René Descartes. He published three volumes of correspondence of Descartes (The Correspondence of René Descartes), Treatise of Man, and The World. His activity as editor and translator was always inspired by a dual purpose: disseminate the philosophy of Descartes, though through building and conveying the most orthodox image possible of the philosopher. This image of Clerselier as “popularizer” of Descartes’ philosophy, that always portrayed him as the faithful disciple who strives to never distance himself from the master whose merits he honors, is, in our opinion, worthy of deeper analysis. Close attention to the Preface of the Treatise of Man undeniably shows that Clerselier did not limit himself to disseminating and defending Cartesian philosophy but that he is also its scrupulous interpreter. The passage of this Preface in which Clerselier discusses determined themes central to Cartesian metaphysics effectively appears to suggest a completely different approach to that of his master.<hr/>Résumé Claude Clerselier fut ami, correspondant, traducteur et éditeur de René Descartes, dont il publia les trois volumes de la correspondance (Lettres de Monsieur Descartes), l’Homme et le Monde. Son activité d’éditeur et traducteur fut toujours animée d’un double dessein : divulguer la philosophie de Descartes tout en construisant et véhiculant, du philosophe, l’image la plus orthodoxe possible. Cette image de Clerselier ‘vulgarisateur’ de la philosophie de Descartes, qui a toujours fait de Clerselier le fidèle disciple qui se garde de s’éloigner de la doctrine du maître dont il célèbre les mérites, mérite à notre avis d’un approfondissement. Une analyse attentive de la Préface à l’Homme montre incontestablement que Clerselier ne se limite pas à diffuser et à défendre la philosophie cartésienne mais qu’il en est aussi un interprète scrupuleux. Le passage de cette Préface dans lequel Clerselier discute certains thèmes, centraux, de la métaphysique cartésienne, nous semble en effet suggérer une approche complètement différente de celle de son maître. <![CDATA[Friedrich Nietzsche e the criticism of Cartesian subjectivity]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-596x2020000301105&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo O nome de Descartes aparece várias vezes nas obras publicadas e nos fragmentos póstumos de Nietzsche. As considerações do filósofo alemão são quase sempre críticas e recuperam, embora com um diferente juízo de valor, a interpretação do pensamento cartesiano fornecida pela tradição idealista. Nesta perspetiva, Descartes é considerado o pai do racionalismo ocidental, o pensador que teria colocado o cogito no centro da representação. A este respeito, analisar criticamente a leitura nietzschiana não significa só questionar a validade da sua interpretação, mas pôr em causa os mesmos cânones da modernidade filosófica.<hr/>Résumé Le nome de Descartes apparait plusieurs fois dans les œuvres publiées et dans les fragments posthumes de Nietzsche. Les considérations du philosophe allemand sont presque toujours critiques et reprennent, même si avec un diffèrent jugement de valeur, l’interprétation de la pensée cartésienne fournie par la tradition idéaliste. Dans cette perspective, Descartes est considéré comme le père du rationalisme occidental, à savoir, le penseur qui aurait placé le cogito au centre de la représentation. À cet égard, analyser de façon critique l’approche de Nietzsche n’implique pas seulement mettre en question la validité de son interprétation, mais aussi remettre en cause les canons de la modernité philosophique.<hr/>Abstract Descartes’ name appears several times in Nietzsche’s published works and in his posthumous fragments. The considerations of the German philosopher are almost always critical and resume, although with a different value of judgement, the interpretation of Cartesian thought provided by Idealistic tradition. In this perspective, Descartes is considered as the father of Western Rationalism, namely, the author that would place the cogito at the center of representation. In this regard, to critically analyzing Nietzschean approach toward Descartes it does not only imply to questioning the validity of his interpretation, but also to questioning the very same canons of philosophical modernity. <![CDATA[Admiration as a phenomenological principle of human subjectivity]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-596x2020000301123&lng=en&nrm=iso&tlng=en Résumé Le texte est une tentative d'analyse phénoménologique (principalement inspiré de Ricœur) du thème de l'admiration, que Descartes dans les Passions de l’âme décrit comme passion première et principale. Envisagé comme principe de la subjectivité, cette passion expliquerait l'accès non théorique au monde et à soi-même, et permet de comprendre la constitution du sujet passionnel. En analysant ce sujet, appelé par Descartes l'union de l'âme et du corps, les catégories traditionnelles d'attention, d'imagination et enfin de volonté et de temporalité se trouvent profondément reformulées. Dans le mode admiratif spécifique d’un tel sujet, qui se caractérise par interaction dynamique de l'âme et du corps, on peut parler des étapes successives de la vie passionnée, au sein de laquelle émergent les autres passions “principales” (l'amour, la haine, le désir, la joie et la tristesse), pour trouver enfin son accomplissement dans une expérience éthique de la générosité.<hr/>Resumo O texto é uma tentativa de análise fenomenológica (principalmente inspirada por Ricoeur) do tema da admiração, que Descartes n’As paixões da alma descreve como paixão primeira e principal. Considerado como princípio da subjetividade, essa paixão explicaria o acesso não teórico ao mundo e a si mesmo, e permite compreender a constituição do sujeito passional. Analisando esse sujeito, chamado por Descartes a união da alma e do corpo, as categorias tradicionais de atenção, imaginação e, enfim, de vontade e temporalidade se encontram profundamente reformuladas. No modo admirativo específico de um tal sujeito, que se caracteriza pela interação dinâmica da alma e do corpo, podemos falar das etapas sucessivas da vida apaixonada, ao seio da qual emergem as outras paixões « principais » (o amor, o ódio, o desejo, a alegriae a tristeza), para encontrar, enfim, sua realização numa experiência ética da generosidadade.<hr/>Abstract The text is a phenomenological analysis (mainly inspired by Ricœur) of the theme of admiration, which Descartes in the Passions of the Soul describes as a first and main passion. Considered as a principle of subjectivity, this passion would explain the non-theoretical access to the world and to oneself, and allows us to understand the constitution of such passionate subject. Analyzing this subject, called by Descartes the union of the soul and the body, the traditional categories of attention, imagination and finally, those of will and temporality are deeply reformulated. In the specific admiring mode of the subject, which is characterized by dynamic interaction of the soul and body, we can speak of the successive stages of passionate life, in which emerge the other “principal passions" (love, hatred, desire, joy and sadness), to finally find its culmination in an ethical experience of generosity. <![CDATA[The question about man and II Meditation]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-596x2020000301141&lng=en&nrm=iso&tlng=en Riassunto In questo articolo analizzo la nozione pre-filosofica di ‘uomo discussa da Descartes nella Seconda Meditazione. A dispetto dell’attenzione rivolta su questo punto dai contemporanei di Descartes, in particolare Bourdin, gli studiosi non si sono particolarmente soffermati su tale questione. Argomenterò nelle pagine seguenti che l’analisi, da parte di Descartes, della nozione pre-filosofica di uomo costituisce un caso paradigmaico della procedura seguita nella seconda Meditazione per giungere alla distinzione. Questa procedura consiste, infatti, in un movimento che, regredendo da una nozione pre-filosofica, giunge, attraverso l’attenzione e, quindi, la chiarezza, alla distinzione: dentro la nozione pre-filosofica di uomo in cui il meditante ‘scopre’ la cogitatio, egli sofferma l’attenzione rendendo tale nozione chiara, poi la separa dalle determinazioni cui è unita nella medesima nozione rendendola distinta.<hr/>Abstract In this paper I will focus on the pre-philosophical notion of ‘man’ discussed by Descartes in the Second Meditation. In spite of the attention addressed on this very point by Descartes’s contemporaries, especially by Bourdin, scholars have not much dealt with this topic. In what follows, I will argue that Descartes’s analysis of the pre-philosophical notion of ‘man’ constitutes a paradigmatic case of the procedure followed in the Second Meditation in order to attain distinction. This procedure consists in a movement by which the meditator, by regressing from a pre-philosophical notion, obtains clearness through attention, and therefore distinctness through clearness: by focusing his attention on the pre-philosophical notion of ‘man’, in which he discovers the ‘cogitatio’, the meditator makes such a notion clear; then, by internal means of separation, he makes this notion distinct as well.<hr/>Resumo Neste artigo, analiso a noção pré-filosófica de “homem” discutida por Descartes na Segunda Meditação. Apesar da atenção dirigida a esse tópico pelos contemporâneos de Descartes, em particular Bourdin, os pesquisadores não se demoram sobre tal questão. Argumentarei nas páginas seguintes que a análise da noção pré-filosófica de homem, por parte de Descartes, constitui um caso paradigmático do procedimento seguido na Segunda Meditação para encontrar a distinção. Esse procedimento consiste, de fato, em um movimento que, retomando uma noção pré-filosófica, encontra, através da atenção e, por conseguinte, da clareza, a distinção: concentrando a atenção na noção pré-filosófica de homem em que “descobre” a cogitatio, o meditador torna tal noção clara; depois, a separa das determinações às quais está unida, tornando-a distinta. <![CDATA[Considerations on the impossibility of defining man based on Descartes]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-596x2020000301157&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo Procuramos, neste texto, pensar o significado da rejeição da tradicional definição de homem efetuada por Descartes, quando tenta entender o que somos. Essa rejeição é resultado de um novo método de filosofar, que poderíamos designar como via das ideias - aquela que parte das forças do próprio espírito para examinar tudo o que ocorre nele e em qualquer outra coisa, evitando usar de pressuposições. A fim de marcar essa diferença de perspectiva e a reiterada disposição do filósofo francês em elaborá-la, apontamos a limitação da noção de conceito - seja aquela da tradição aristotélica-escolástica, seja a pós-cartesiana, fortemente marcada pela representação científica - para dar conta da problemática do fenômeno humano. Nesse sentido, insistimos na riqueza e amplitude da noção de ideia - elaborada e reelaborada ao longo dos anos pelo filósofo - para enfrentar esse complexo fenômeno. Uma vez que o homem não é uma substância, a manifestação dos seus aspectos é sempre adjetiva, podendo qualificá-lo sem, contudo, propiciar a sua compreensão. Essa dificuldade de apreensão exige, portanto, que o estudo da ideia de homem explore até o limite a própria racionalidade humana<hr/>Abstract The aim of this text is to reflect on the meaning of the rejection of the traditional definition of man performed by Descartes when he attempts to understand what we are. This rejection is the result of a new method of philosophizing, which we may designate as the way of ideas-that which emerges from the forces of one’s own spirit to examine all that occurs within it and in any other thing, avoiding the use of presuppositions. To highlight this difference of perspective and the reiterated willingness of this French philosopher in elaborating it, we indicate the limitation of the notion of concept-whether that of the Aristotelian-Scholastic tradition or the post-Cartesian tradition, strongly characterized by scientific representation-to deal with the problematic of the phenomenon of the human. In this respect, we stress the richness and amplitude of the notion of idea, elaborated and re-elaborated over years by this philosopher, to address this complex phenomenon. Since man is not a substance, the manifestation of his aspects is always adjectival, allowing qualification without, however, providing comprehension. This difficulty of perception therefore requires that the study of the idea of man explore human rationality itself to the greatest extent.<hr/>Resumé On se propose, dans ce texte, de réfléchir sur le sens du rejet de la définition traditionnelle de l'homme faite par Descartes, lorsqu'il tente de comprendre ce que nous sommes. Ce rejet est le résultat d'une nouvelle méthode de philosopher, que nous pourrions désigner comme la voie des idées - celle qui part des forces de l'esprit lui-même pour examiner tout ce qui se passe en lui et en toute autre chose, en évitant d'utiliser des présupposés. Pour marquer cette différence de perspective et la disposition réitérée du philosophe français dans son élaboration, nous soulignons la limitation de la notion de concept - soit celle de la tradition aristotélicienne-scolastique, soit celle post-cartésienne, fortement marquée par la représentation scientifique - pour rendre compte de la problématique du phénomène humain. En ce sens, nous insistons sur la richesse et l'amplitude de la notion d'idée - élaborée et retravaillée au fil des années par Descartes - pour faire face à ce phénomène complexe. Une fois l'homme n'est plus une substance, la manifestation de ses aspects reste toujours adjective, pouvant le qualifier sans toutefois favoriser sa compréhension. Cette difficulté d'appréhension exige donc que l'étude de l'idée de l'homme explore jusqu'à la limite la rationalité humaine elle-même. <![CDATA[Students with disabilities: inclusion model of Federal University of São Carlos]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-596x2020000301189&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumen El objetivo fue describir cómo funciona el programa de inclusión para alumnos con discapacidad en la Universidad Federal de San Carlos, en Brasil. Es una investigación cualitativa con análisis del discurso de cuatro entrevistas semiestructuradas con alumnos con discapacidad, investigadores especialistas y gestores. Los principales resultados muestran que no es suficiente trabajar sobre los ejes de atención a estos estudiantes sino se analizan y evalúan las funciones de los actores involucrados en el proceso de inclusión. Es necesaria una estructura que promueva cambios culturales en la comunidad universitaria, de otro modo, las barreras actitudinales siguen siendo uno de los principales límites para estos alumnos.<hr/>Resumo O objetivo desta pesquisa foi descrever o funcionamento do programa de inclusão para alunos com deficiência na Universidade Federal de São Carlos, Brasil. Trata-se de uma pesquisa qualitativa com base na análise do discurso de quatro entrevistas semiestruturadas com alunos com deficiência, pesquisadores especializados e gestores. Os resultados centrais mostram que não é suficiente trabalhar sobre os eixos principais de atenção a estes alunos, que deve-se analisar e avaliar as funções dos atores envolvidos no processo de inclusão, e é preciso uma estrutura que motive uma mudança cultural na comunidade universitária, caso contrário, as barreiras atitudinais continuam sendo limites principais para estes alunos.<hr/>Abstract The objective of the study is to describe the inclusion program for students with disability in the Federal University of São Carlos, in Brazil. A qualitative study based on discourse analysis of four semi-structured interviews with students with disability, specialist researchers, and managers. The main results shows that is not enough to focus on the principal subjects of inclusive education, instead, it’s necessary to analyze responsibilities of every actor involved in the inclusion process, motivation based structure is needed towards a cultural change. Otherwise, attitudinal barriers of the university community continue to be one of the principal limits for these students. <![CDATA[Facing the issue of the subject: from transparency to incarnation]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-596x2020000301213&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo O propósito deste artigo é mostrar a limitação do sujeito cartesiano no que diz respeito ao fenômeno da existência. Concebido como transparente a si mesmo, este sujeito não abarca as contingências do mundo da vida (Lebenswelt), pois se a verdade somente pode ser acessada por meio do pensamento, a dimensão do que escapa à representação não é contemplada. Na filosofia de Merleau-Ponty, buscaremos pensar um sujeito que, diferente de Descartes, não reduz o mundo ao cogito, mas assume sua inessencialidade, sua incompletude. Por fim, veremos emergir um sujeito que somente se sustenta na medida em que afirma o non-sens que lhe atravessa.<hr/>Abstract The purpose of this article is to show the limitation of the Cartesian subject with regard to the phenomenon of existence. Conceived as transparent to himself, this subject does not include the contingencies of the life world (Lebenswelt), because if the truth can only be accessed through thought, the dimension of what escapes representation is not contemplated. In Merleau-Ponty's philosophy, we will try to think of a subject who, unlike Descartes, does not reduce the world to the cogito, but assumes its inessentiality, its incompleteness. Finally, we will see a subject emerge that can only be sustained insofar as it affirms the non-sens that crosses it.<hr/>Résumé Le but de cet article est montrer la limitation du sujet cartésien par rapport au phénomène de l'existence. Conçu comme transparent pour lui-même, ce sujet ne comprend pas les contingences du monde de la vie (Lebenswelt), car si la vérité ne peut être atteinte que par la pensée, la dimension de ce qui échappe à la représentation n'est pas envisagée. Dans la philosophie de Merleau-Ponty, nous allons essayer de penser à un sujet qui, contrairement à Descartes, ne réduit pas le monde à un cogito, mais assume son inessentialité, son incomplétude. Enfin, nous verrons émerger un sujet qui ne se soutient que dans la mesure où il affirme le non-sens qui le traverse. <![CDATA[Cinema in the shelter: meetings, gestures and events]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-596x2020000301235&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo Este texto é fruto de reflexões sobre nossa vivência com o Projeto de Extensão “Educação, Cinema, Outros Territórios” no Lar de Idosos ‘Abrigo Tiradentes’, em Minas Gerais. Um objetivo específico do Projeto é realizar sessões de cinema junto aos idosos em diferentes territórios. A metodologia e a avaliação das ações são compreendidas como um gesto de acompanhamento do Programa de Extensão, amparado na investigação cartográfica, prática metodológica pertinente para o acompanhamento de processos em curso e a produção de subjetividades. As questões que nos colocamos para esta reflexão são: o que pode o cinema num Abrigo de Idosos? Quais conexões poderíamos arquitetar entre cinema, linguagem e acontecimento? O que essas pessoas experimentam com os filmes? O que poderíamos exercitar, a partir do conceito de acontecimento, no pensamento? Buscamos, por meio deste ensaio, um exercício de pensar “acontecimentos” no nosso encontro com os moradores e com os filmes durante as sessões de cinema no Lar de Idosos - Abrigo Tiradentes.<hr/>Abstract This text is the result of reflections on our experience with the “Education, Cinema, Other Territories” Extension Project at the Lar de Idosos Abrigo Tiradentes, in Minas Gerais. A specific objective of the Project is to hold cinema sessions with the elderly in different territories. The methodology and the evaluation of the actions are understood as a gesture of monitoring the Extension Program, supported by cartographic research, methodological practice relevant to the monitoring of ongoing processes and the production of subjectivities. The questions we ask ourselves for this reflection are: what can cinema do in a Shelter for the Elderly? What connections could we make between cinema, language and event? What do these people experience with films? What could we exercise, based on the concept of event, in thought? Through this essay, we seek an exercise in thinking about “events” in our meeting with the residents and with the films during the cinema sessions at Lar de Idosos - Abrigo Tiradentes.<hr/>Resumen Este texto es el resultado de reflexiones sobre nuestra experiencia con el Proyecto de Extensión “Educación, Cine, Otros Territorios” en el Lar de Idosos Abrigo Tiradentes, en Minas Gerais. Un objetivo específico del Proyecto es realizar sesiones de cine con personas mayores en diferentes territorios. La metodología y la evaluación de las acciones se entienden como un gesto de seguimiento del Programa de Extensión, con el apoyo de la investigación cartográfica, la práctica metodológica relevante para el seguimiento de los procesos en curso y la producción de subjetividades. Las preguntas que nos hacemos para esta reflexión son: ¿qué puede hacer el cine en un refugio para ancianos? ¿Qué conexiones podríamos hacer entre cine, idioma y evento? ¿Qué experimentan estas personas con las películas? ¿Qué podríamos ejercer, basado en el concepto de evento, en el pensamiento? A través de este ensayo, buscamos un ejercicio para pensar acerca de los "eventos" en nuestra reunión con los residentes y con las películas durante las sesiones de cine en Lar de Idosos - Abrigo Tiradentes. <![CDATA[The lovers community: anachronism and aphorism in question in Blanchot and Derrida]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-596x2020000301253&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo A reflexão sobre o pensamento da “comunidade”, especificamente no séc. XX e, em especial, por pensadores franceses, é tema de diversas obras. Em torno dessa temática, pensadores como Bataille, Deleuze, Foucault, Blanchot, Jean-Luc Nancy e Derrida deram importantes contribuições. Apesar de Derrida recusar a noção de comunidade colocando em seu lugar a noção de coletividade, as concepções que fundamentam uma experiência de comunidade/coletividade são próximas: alteridade; différance; escritura; acontecimento e presença de uma ausência. Nesse contexto, a possibilidade de uma interseção entre esses conceitos, a partir da obras de Blanchot e Derrida, permite pensar a experiência da comunidade em sua relação com a escritura.<hr/>Abstract The reflection about the thought of “community”, specifically in the XX century and, specially, by French thinkers, is the theme of many works. Around this theme, thinkers/intellectuals like Bataille, Deleuze, Foucault, Blanchot, Jean-Luc Nancy and Derrida gave important contributions. Despite Derrida's refusal of the notion of community putting in its place the notion of collectivity, the conceptions that ground an experience of community/collectivity are close: otherness; differance; writing; event and absent presence. In this context, the possibility of an intersection between these concepts, starting from the works of Blanchot and Derrida, allows to think the experience of community in its relation to the writing.<hr/>Résumé La réflexion sur la pensée de la “communauté”, spécifiquement au XXe siècle, et particulièrement par les penseurs français, fait l’objet de plusieurs travaux. Autour de ce thème, des penseurs tels que Bataille, Deleuze, Foucault, Blanchot, Jean-Luc Nancy et Derrida ont apporté d'importantes contributions. Bien que Derrida rejette la notion de communauté, en la remplaçant par la notion de collectivité, les conceptions qui fondent une expérience communauté/collectivité sont proches : altérité ; la différance ; écriture ; événement et présence d'une absence. Dans ce contexte, la possibilité d'une intersection de ces concepts, basée sur les travaux de Blanchot et de Derrida, permet de réfléchir à l'expérience de la communauté dans sa relation avec l'écriture. <![CDATA[Education and experience]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-596x2020000301277&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo Este artigo visa aprofundar o conceito de experiência tal como Hegel o concebe na Fenomenologia do Espírito. Para tanto, me basearei nas interpretações de Jean Hyppolite e, sobretudo, de Heidegger. Ela, a experiência, será compreendida como aspecto determinante de uma concepção filosófica de educação. O artigo se divide em seis sessões. Primeiro, justifico por que a experiência, como Hegel a compreende, contribui para a elaboração de uma concepção filosófica de educação. Depois, abordo aspectos básicos da consciência, que são a condição de possibilidade da experiência. Em seguida, apresento os dois aspectos ontológicos pelos quais algo se manifesta no horizonte de inteligibilidade da consciência, “ser para” e “ser em si”. Então, preparo as condições para determinar o que significa “experimentar”, erfahren. Enfim, abordo o último aspecto da experiência: o surgimento de um novo objeto. Para concluir, dedico a última sessão às considerações finais onde destaco o sentido formativo da experiência.<hr/>Abstract This article aims to develop the concept of experience as Hegel conceives it in Phenomenology of the Spirit. For this purpose, my account will be supported by Jean Hyppolite’s and, specially, Heidegger’s interpretation of experience. Experience will be understood here as a determining aspect of a philosophical conception of education. The article is divided into six parts. First, I justify why experience, as Hegel understands it, contributes to elaborate a philosophical conception of education. Then I address the most basic aspects of consciousness, which are the condition of possibility of experience. Next, I present the two ontological aspects according to which anything manifests itself in the horizon of consciousness’s intelligibility, “being for” and “being in itself”. Then I prepare the conditions to determine what it means “to experiment”, erfahren. Finally, I approach the last aspect of experience: the appearing of a new object. To conclude, I dedicate the last session to the final considerations where I highlight the formative sense of experience.<hr/>Resumen Este artículo tiene como objetivo profundizar el concepto de experiencia tal como lo concibe Hegel en la Fenomenología del espíritu. Para ello, confiaré en las interpretaciones de Jean Hyppolite y, sobre todo, de Heidegger. La experiencia se entenderá como un aspecto determinante de una concepción filosófica de la educación. El artículo está dividido en seis secciones. Primero, justifico por qué la experiencia, tal como la entiende Hegel, contribuye a la elaboración de una concepción filosófica de la educación. Luego, abordo aspectos básicos de la conciencia, que son la condición para la posibilidad de la experiencia. Luego, presento los dos aspectos ontológicos por los cuales algo se manifiesta en el horizonte de inteligibilidad de la conciencia, "ser para" y "ser en sí". Luego, preparo las condiciones para determinar qué significa "experimentar", erfahren. Finalmente, abordo el último aspecto de la experiencia: la aparición de un nuevo objeto. Para concluir, dedico la última sesión a las consideraciones finales donde destaco el sentido formativo de la experiencia. <![CDATA[Philosophy, language and education: some remarks from a Wittgensteinian perspective]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-596x2020000301303&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo Neste artigo, pretendemos destacar, a partir das indicações do segundo Wittgenstein, a vinculação entre problemas presentes na origem da tradição filosófica e determinadas imagens (Bilder) da significação linguística. Em particular, procuraremos nos deter no problema da relação entre discurso e identidade do Ser, tópico emblemático da discussão travada entre Parmênides, alguns sofistas e Platão e decisivo na conformação da tradição do pensamento filosófico. Assumindo o fundo pedagógico presente nas origens da filosofia, procuraremos igualmente destacar o papel reservado à aprendizagem da linguagem - ou de certo uso da linguagem - na forma de conhecimento filosófico. Discutiremos finalmente como a filosofia pode ser entendida como uma atividade formativa de esclarecimento conceitual a partir e por meio da linguagem - um exercício que tenta remeter a obra tardia de Wittgenstein à tradição de pensamento que, direta ou indiretamente, representava o enfeitiçamento contra o qual o filósofo se debateu ao longo da vida.<hr/>Abstract Acordding to some remarks from late Wittgenstein, the article stresses the link between problems present at the origin of the philosophical tradition and certain images (Bilder) of linguistic meaning. In particular, we focus on the relation between language and identity of Being, one matter upon wich Parmenides, Sophists and Plato disagreed, and decisive for the tradition of philosophy. Assuming the educational relevance of this ancient philosophical debates, we will also seek to highlight the role reserved for language learning - or a certain use of language - in the form of philosophical knowledge. We will finally discuss how philosophy can be understood as a formative activity of conceptual elucidation by means of language, an exercise that attempts to refer Wittgenstein's late work to the tradition of thought that, directly or indirectly, represented the bewitchment against which the philosopher struggled throughout his life.<hr/>Resumen De acuerdo con algunas observaciones del último Wittgenstein, el artículo enfatiza el vínculo entre los problemas presentes en el origen de la tradición filosófica y ciertas imágenes (Bilder) de significado lingüístico. En particular, nos centramos en la relación entre lenguaje e identidad del ser, tema en el que Parménides, sofistas y Platón discreparon, y decisivo para la tradición de la filosofía. Asumiendo la relevancia educativa de estos debates filosóficos antiguos, también buscaremos resaltar el papel reservado al aprendizaje de la lenguaje - o un cierto uso del linguaje - en forma de conocimiento filosófico. Finalmente discutiremos cómo la filosofía puede entenderse como una actividad formativa de elucidación conceptual por medio del lenguaje, ejercicio que intenta remitir la obra tardía de Wittgenstein a la tradición del pensamiento que, directa o indirectamente, representó el hechizo contra lo que el filósofo luchó a lo largo de todo su vida. <![CDATA[Russell’s <em>The Principles of Mathematics</em> metaphysics and the controversy over the supposed similarity between this metaphysics and the meinongian ontology]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-596x2020000301339&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo No presente artigo, objetiva-se apresentar as principais características da metafísica do realismo lógico, desenvolvido por Russell em Os Princípios da Matemática, de 1903, e, principalmente, analisar a controvérsia sobre se os princípios dessa metafísica podem realmente ser interpretados como semelhantes aos princípios da ontologia meinongiana. São comparados os pontos de vista opostos dessa controvérsia à luz dos trechos de Os Princípios da Matemática que supostamente comprometeram Russell de ter elaborado uma gramática filosófica na qual todo e qualquer nome próprio ou descrição definida, ocupando a posição de sujeito lógico nas proposições, referem-se a objetos com alguma categoria de Ser. Ao realizar tal análise, conclui-se que o problema central diz respeito aos nomes próprios vazios e que, portanto, a metafísica de Os Princípios da Matemática expressa uma perspectiva instável da teoria da denotação de Russell.<hr/>Abstract This article aims to present the main characteristics of the metaphysics of logical realism, developed by Russell in The Principles of Mathematics, of 1903, and, mainly, to analyze the controversy about whether the principles of this metaphysics can really be interpreted as similar to the principles of meinongian ontology. The opposing points of view of this controversy are compared in the light of the excerpts from The Principles of Mathematics that supposedly committed Russell to having elaborated a philosophical grammar in which all and any proper names or definite descriptions, occupying the position of logical subject in the propositions, refer to objects with some category of Being. In carrying out such an analysis, it is concluded that the central problem concerns empty proper names and that, therefore, the metaphysics of The Principles of Mathematics expresses an unstable perspective of Russell’s theory of denotation.<hr/>Resumen Este artículo tiene como objetivo presentar las principales características de la metafísica del realismo lógico, desarrollada por Russell en Los Principios de las Matemáticas, de 1903, y, principalmente, analizar la controversia sobre si los principios de esta metafísica pueden realmente interpretarse como similares a los principios de la ontología meinongiana. Los puntos de vista opuestos de esta controversia se comparan a la luz de los extractos de Los Principios de las Matemáticas que supuestamente comprometieron Russell a haber elaborado una gramática filosófica en la que todos y cualquier nombre propio o descripción definida, ocupando la posición de sujeto lógico en las proposiciones, se refieren a objetos con alguna categoría de Ser. Al realizar tal análisis, se concluye que el problema central concierne a los nombres propios vacíos y que, por lo tanto, la metafísica de Los Principios de las Matemáticas expresa una perspectiva inestable de la teoría de la denotación de Russell. <![CDATA[For the “rest of the teachers and usefulness of the disciples”: guidelines for educating childhood in the pedagogical manual Nova Escola de Meninos (Portugal, 18th century)]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-596x2020000301379&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo O presente estudo, de natureza historiográfica e filosófica, pretende desenvolver uma análise dos discursos relativos à boa educação de sujeitos infantis que estão presentes na obra Nova escola de meninos [...]. Publicado em Coimbra no ano de 1784. O impresso de autoria do presbítero português Manoel Dias de Sousa (1753-1823) tinha como principal objetivo apresentar um método pedagógico, proporcionado à primeira infância, para a aprendizagem da leitura, da escrita e das principais operações aritméticas, bem como instruir os meninos portugueses nos princípios da religião e da civilidade. Fundamentado na categoria conceitual governamentalidade, o estudo defende que a relação discursiva estabelecida por Sousa estabeleceu um conjunto de enunciados e de normativas sobre valores ético-religiosos, a conservação da saúde e adiantamento nos estudos. Entende-se, assim, que tais elementos enunciados na obra podem ter atuado na constituição discursiva acerca de modelos específicos de educação, buscando garantir a produção de um específico tipo de sujeito infantil masculino.<hr/>Abstract The present study, of historiographical and philosophical nature, aims to develop an analysis of the discourses related to the good education of children's subjects that are present in the work Nova Escola de Meninos(...) [New Boys School (…)]. Published in Coimbra in 1784, the form authored by the priest Portuguese Manoel Dias de Sousa (1753-1823) had as main objective to present a pedagogical method, provided to early childhood, for the learning of reading, writing and the main arithmetic operations, as well as instructing Portuguese boys in the principles of religion and civility. Based on the conceptual category governmentality, the study argues that the discursive relationship established by Sousa established a set of utterances and norms on ethical-religious values, health conservation and advances in studies. It is understood, therefore, that these elements enunciated in the work may have acted in the discursive constitution about specific models of education, seeking to guarantee the production of a specific type of male infant subject.<hr/>Resumen El presente estudio, de carácter historiográfico y filosófico, tiene como objetivo desarrollar um análisis de los discursos relacionados com la buena educación de los sujetos infantiles que están presentes em la obra Nova escola de meninos(...) [Nueva escuela de niños (...)]. Publicada en Coimbra en 1784, la forma del sacerdote portugués Manoel Dias de Sousa (1753-1823) tenía como objetivo principal presentar un método pedagógico, proporcionado a la primera infancia, para el aprendizaje de la lectura, la escritura y las principales operaciones aritméticas, así como la instrusción de los niños portugueses em los principios de religión y civilidad. Sobre la base de la gubernamentalidad de la categoría conceptual, el estudio argumenta que la relación discursiva establecida por Sousa estableció un conjunto de expresiones y normas sobre valores ético-religiosos, conservación de la salud y avances em los estudios. Se entiende, por lo tanto, que estos elementos enunciados en la obra pueden haber actuado en la constitución discursiva sobre modelos específicos de educación, buscando garantizar la producción de un tipo específico de sujeto infantil masculino. <![CDATA[Poverty and education: dialogues between past and present, between conformations and resistance of teachers]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-596x2020000301409&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo Desde o século XIX, a pobreza tem sido objeto de governo em todos os âmbitos do Estado Brasileiro. No entanto, desde lá, a seu modo, a área educacional tem assumido fortemente essa tarefa para si, quer seja na política educacional ou na experiência docente. De fato, essa é uma questão importante, mas paradoxal. Por um lado, governam-se os pobres visando a sua liberdade; por outro, para subjugá-los. A partir de aportes teórico-metodológicos de Michel Foucault, mas também de recortes analíticos de pesquisadores do campo da sociologia da educação e da história da educação brasileira, este artigo procura estabelecer diálogo com alguns aspectos atuais da experiência docente brasileira, tentando responder se, na prática, ela é capaz de analisar esse paradoxo e de agir frente a ele. Como conclusão, o artigo sugere que a analítica de tal questão depende, enormemente, da perspicácia da política educacional e dos professores para diagnosticarem o presente e o passado da educação, para, quem sabe, experimentar novas formas de educação com as populações pobres.<hr/>Abstract Since the 19th century, poverty has been an object of government in all spheres of the Brazilian State. However, since then, the educational area has strongly assumed this task for itself in its own way, both in educational policy and in teaching experience. Indeed, this is an important but paradoxical issue. The poor are ruled with their freedom in mind on the one hand, and on the other, with their subjugation as an objective. Based on Michel Foucault's theoretical-methodological contributions, but also on analytical pieces by researchers in the field of sociology of education and the history of Brazilian education, this paper seeks to establish a dialogue with current aspects of the Brazilian teaching experience, trying to answer whether it is capable of analyzing this paradox and acting upon it in practice. In conclusion, the paper suggests that the analysis of such a matter greatly depends on the perspicacity of educational policy and teachers to diagnose the present and past of education in order to possibly experiment new forms of education with poor populations.<hr/>Résumé Depuis le 19ème siècle, la question de la pauvreté a été l’objet du gouvernement dans tous les domaines de l’État brésilien. Cependant, depuis lors, à sa manière, le domaine de l'éducation a fortement assumé cette tâche, que ce soit en matière de politique éducative ou d'expérience d’enseignement. En fait, c'est une question importante, mais paradoxale. D'une part, les pauvres sont gouvernés pour leur liberté; mais aussi d'autre part, pour les soumettre. À partir des contributions théoriques et méthodologiques de Michel Foucault, mais également d'extraits analytiques de chercheurs dans le domaine de la sociologie de l'éducation et de l'histoire de l'éducation brésilienne, cet article cherche à établir un dialogue avec certains aspects actuels de l'expérience d'enseignement au Brésil, en essayant de répondre si, dans la pratique, elle est capable d'analyser ce paradoxe et d'agir face à ce dernier. En conclusion, l'article suggère que l'analyse d'une telle question depend, énormément, de la perspicacité de la politique éducative et des professeurs à diagnostiquer le présent et le passé de l'éducation, pour, on ne sait jamais, essayer de nouvelles formes d'éducation avec les populations pauvres. <![CDATA[Theories of the Intellect in the Latin Middle Ages De anima III, cap. 5 of Aristotle and his Medieval Tradition]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-596x2020000301445&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo No capítulo 5 do Livro III De anima (430a10-19) Aristóteles distingue entre o νοῦς ποιητικός (nous poietikós), chamado pelos Latinos intellectus agens (intelecto agente), e νοῦς παθητικός (nous pathetikós), chamado pelos Latinos intellectus passivus, ou seja, intellectus possibilis (intelecto possível), termos técnicos e filosóficos mais comuns. O capítulo 5 é de grande importância não só para a filosofia antiga e para os comentadores das obras de Aristóteles, como os comentários de Teofrasto, de Alexander de Afrodisias, de Simplício e Themístius entre outros, mas também para a filosofia do mundo árabe e da Europa latina. Sabe-se que Aristóteles não escreveu um tratado próprio sobre o intelecto, embora possam ser encontradas várias observações acerca do intelecto em suas obras. Os tratados do Intelecto começam com Al-Kindi, Al-Farabi, Avicena e sobretudo Averróis, e se refletem, num sentido crítico e afirmativo, (nos debates) dos tratados latinos, por exemplo, nos tratados de Alberto Magno, de Tomás de Aquino, de Sigério de Brabant entre outros. Este artigo apresenta observações preliminares e preparatórias ao projeto de traduções bilíngue (Latim-Português) dos tratados medievais sobre o intelecto ‘Teorias do Intelecto na Idade Média’ que está em desenvovlimento no Centro Internacional de Estudos Medievais da UFU.<hr/>Abstract In the chapter 5 of the III. Book of De anima (430a10-19) Aristotle distinguishes between the νοῦς ποιητικός (nous poietikós) called by the Latins intellectus agens (agent intellect) and the νοῦς παθητικός (nous pathetikós) called by the Latins intellectus passivus, or intellectus possibilis (possible intellect), most common technical and philosophical terms. The chapter 5 is of great importance not only to ancient philosophy and to the commentators of Aristotle’s works such as the commentaries of Theophrastus, Alexander of Aphrodisias, of Simplicius, and Themistius among others, but also to the philosophy of the Arabic World and the Latin Europe. One knows well that Aristotle does not have written a proper treatise on intellect; although there are several observations about the intellect in his works. Separate treatises begin with Al-Kindi, Al-Farabi, Avicenna, and especially Averroes, which Latin treatises as of Albert the Great, Thomas Aquinas, Siger of Brabant among others reflect in a critical as well as an affirmative sense. This article can be read as preliminary and preparatory observations to a bilingual (Latin-Portuguese) translation project of treatises corresponding to ‘Theories of Intellect in the Middle Ages’ which is ongoing at the International Center for Medieval Studies at UFU.<hr/>Zusammenfassung Im 5. Kapitel des III. Buchs von De anima (430a10-19) unterscheidet Aristoteles zwischen dem νοῦς ποιητικός (nous poietikós), von den Lateinern intellectus agens (tätiger Intellekt) genannt und dem νοῦς παθητικός (nous pathetikós), von den Lateinern intellectus passivus oder auch intellectus possibilis (möglicher Intellekt) genannt, gemeinhin bekannte technische und philosophische Begriffe. Dieses 5. Kapitel ist von grösster Bedeutung nicht nur für die antike Philosophie und die Kommentatoren der Werke des Aristoteles wie die Kommentare des Theophrastus, des Alexander von Aphrodisias, Simplicius und Themistius unter anderen, sondern auch für die Philosophie der arabischen Welt und des lateinischen Europas. Bekanntlich hat Aristoteles keinen eigenen Traktat über den Intellekt geschrieben, obgleich sich viele Beobachtungen zum Intellekt in seinem Werk antreffen. Selbständige Traktate über den Intellekt beginnen mit Al-Kindi, Al-Farabi, Avicenna und besonders Averroes, die sich in den lateinischen Traktaten, z.B. des Albertus Magnus, Thomas von Aquin, Siger von Brabant und anderen zustimmend wie kritisch widerspiegeln. Dieser Artikel kann als vorläufige und vorbereitende Bemerkungen zu einem zweisprachigen (lateinisch-portugiesischen) Übersetzungsprojekt von Texten gelesen werden, welche „Theorien des Intellekts im Lateinischen Mittelalter“ betreffen. Dieses Projekt ist am Internationalen Zentrum für Mittelalterstudien der UFU in Arbeit genommen worden.