Scielo RSS <![CDATA[Childhood & Philosophy]]> http://educa.fcc.org.br/rss.php?pid=1984-598720230001&lang=es vol. 19 num. lang. es <![CDATA[SciELO Logo]]> http://educa.fcc.org.br/img/en/fbpelogp.gif http://educa.fcc.org.br <![CDATA[Aportes de la filosofía para niños y niñas a la educación ecosocial]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872023000100001&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumen Hoy en día, las personas cuentan con más información sobre la degradación ambiental que en ninguna otra época anterior. Esto no implica, sin embargo, que dicha cantidad de información tenga como consecuencia personas más comprometidas con las mejoras que, en términos de justicia ecológica, necesita el mundo contemporáneo. El ejemplo de la educación ambiental es paradigmático: la actual generación de jóvenes es, con creces y sin ningún género de dudas, la más conocedora y consciente de las problemáticas ambientales gracias, entre otras cosas, a la presencia desde finales del s.XX de la educación ambiental en la escuela primaria y secundaria; sin embargo, no se observan niveles de compromiso en temas ecológicos que sean significativamente mayores que los de antes, salvo cuando se trata de la práctica de los ecogestos. ¿Cómo ligar el conocimiento ambiental con un compromiso colectivo, político, ecosocial y ecociudadano? Para avanzar pistas de reflexión en torno a esta cuestión, en el marco del presente artículo presentamos, en primer lugar, los elementos que caracterizan la crisis ecosocial actual, para, en segundo lugar, abordar la crisis ecosocial como una crisis del saber y de la manera de entender el mundo. En tercer lugar, se presenta la crisis ecosocial como una crisis de un mundo que abre a la posibilidad de creación de nuevos mundos en el planeta. En cuarto lugar, se presenta la crisis ecosocial como una crisis de la educación contemporánea. En quinto lugar, resumimos los dos riesgos a considerar en el contexto de la práctica de la educación écosocial: el riesgo de dogmatizar y el de culpabilizar a los individuos de las consecuencias de problemas que son globales. Por último, en la última sección se proponen algunas pistas que apuntan al programa de Filosofía para niños como un programa que puede apoyar la práctica educativa que necesita la actual crisis educativa y ecosocial.<hr/>abstract Today, people are better informed about environmental degradation than ever before. However, this does not imply that people are more engaged toward ecological issues nor are they more committed to achieve greater ecological justice. In this respect, environmental education is paradigmatic: the current generation of young people is, by far and without any doubt, the most knowledgeable and aware of environmental problems thanks, among other things, to the presence since the end of the 20th century of environmental education in primary and secondary school. However, levels of commitment to ecological issues that are significantly higher than before are not observed, except when it comes to individual pro-environmental behavior. How to link environmental awareness with a collective, political, ecosocial and ecocitizen commitment? In order to advance avenues for reflection on this issue, firstly this article presents the elements that characterize the current ecosocial crisis. Secondly, it addresses the ecosocial crisis as a crisis of knowledge that ultimately points to the challenge of transforming the visions of the world. Thirdly, it considers the ecosocial crisis as an opportunity that opens up the possibility of creating new worlds on the planet. Fourthly, the ecosocial crisis is presented as a crisis of contemporary education. Fifthly, it summarizes the two risks to consider in the practice of ecosocial education: the risk of dogmatism and the risk of blaming individuals for global problems. Finally, some clues are proposed that point to the Philosophy for children program as a program that can support the educational practice needed by the current educational and ecosocial crisis, as well as limits recognized risks of ecosocial education.<hr/>resumo Hoje, as pessoas estão mais bem informadas sobre a degradação ambiental do que nunca. No entanto, isso não implica que as pessoas estejam mais engajadas em questões ecológicas nem mais comprometidas em alcançar uma maior justiça ecológica. O exemplo da educação ambiental é paradigmático: a atual geração de jovens é, de longe e sem dúvida, a mais conhecedora e consciente dos problemas ambientais, graças, entre outras coisas, à presença desde o final do século XX da educação ambiental no ensino fundamental e médio. No entanto, níveis de comprometimento com questões ecológicas significativamente maiores do que antes não são observados, exceto quando se trata de comportamento pró-ambiental individual. Como vincular a consciência ambiental a um compromisso coletivo, político, ecossocial e ecocidadão? A fim de avançar caminhos para a reflexão sobre esta questão, este artigo apresenta, em primeiro lugar, os elementos que caracterizam a atual crise ecossocial. Em segundo lugar, aborda a crise ecossocial como uma crise de conhecimento que, em última análise, aponta para o desafio de transformar as visões de mundo. Em terceiro lugar, considera a crise ecossocial como uma crise de um mundo que abre a possibilidade de criação de novos mundos no planeta. Em quarto lugar, a crise ecossocial é apresentada como uma crise da educação contemporânea. Em quinto lugar, resume os dois riscos a considerar na prática da educação ecossocial: o risco do dogmatismo e o risco de culpar os indivíduos pelos problemas globais. Finalmente, são propostas algumas pistas que apontam para o programa de Filosofia para crianças como um programa que pode apoiar a prática educativa necessária pela atual crise educacional e ecossocial, bem como limitar os riscos reconhecidos da educação ecossocial. <![CDATA[Des-clasificar a Pinocho]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872023000100003&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumen Las aventuras de Pinocho es uno de esos pocos cuentos que no solo ha resistido al paso del tiempo, sino que se incorporó a la cultura y, 139 años después, sigue recreándose en versiones literarias, cinematográficas, teatrales, plásticas, incluso pedagógicas. En este artículo tratamos de atender algunos de los silencios que Disney impuso a una parte importante de la historia dejando fuera, por ejemplo, el tema de la pobreza. Hoy nos preguntamos si un producto cultural como Las aventuras de Pinocho puede detonar conversaciones y reflexiones con los niños de hoy, y si la escuela puede apropiarse de este material para filosofar con los alumnos e incluso con los adultos. ¿Por qué en un mundo de malhechores que roban, engañan, cocinan, venden o cuelgan a los niños, la mirada reprobatoria está fija en un niño que dice mentiras? ¿Qué experiencias tiene que vivir un niño para verse a sí mismo como “malo”? ¿Cuáles son los riesgos de la clasificación, por otro lado, tan necesaria en el conocimiento? Si bien partimos de una experiencia realizada en una escuela de la Ciudad de México, el análisis que se presenta se ocupa principalmente del vínculo entre la(s) lectura(s) y la reflexión filosófica en este cuento.<hr/>abstract The Adventures of Pinocchio is one of those few stories that has not only stood the test of time, but has become part of the culture and, 139 years later, continues to be recreated in literary, cinematographic, theatrical, plastic and even pedagogical versions. In this article we try to address some of the silences that Disney imposed on an important part of the story, leaving out, for example, the issue of poverty. Today we ask ourselves if a cultural product such as The Adventures of Pinocchio can trigger conversations and reflections with today's children, and if the school can appropriate this material to philosophize with students and even with adults. Why in a world of evildoers who steal, cheat, cook, sell or hang children, is the reproachful gaze fixed on a child who tells lies? What experiences does a child have to go through to see himself as "bad"? What are the risks of classification, on the other hand, so necessary in knowledge? Although we start from an experience carried out in a school in Mexico City, the analysis presented here is mainly concerned with the link between reading(s) and philosophical reflection in this story.<hr/>resumo As Aventuras de Pinóquio é um dos poucos contos de fadas que não apenas resistiu ao teste do tempo, como também se tornou parte da cultura e, 139 anos depois, continua a ser recriado em versões literárias, cinematográficas, teatrais, plásticas e até mesmo pedagógicas. Neste artigo, tentamos abordar alguns dos silêncios que a Disney impôs a uma parte importante da história, deixando de fora, por exemplo, a questão da pobreza. Atualmente, nos perguntamos se um produto cultural como As Aventuras de Pinóquio pode desencadear conversas e reflexões com as crianças de hoje, e se as escolas podem se apropriar desse material para filosofar não só com os alunos, mas também com os adultos. Por que, em um mundo de malfeitores que roubam, trapaceiam, cozinham, vendem ou enforcam crianças, o olhar de reprovação se volta para uma criança que conta mentiras? Por quais experiências uma criança precisa passar para enxergar a si mesma como “má”? Quais são os riscos da classificação, por outro lado, tão necessária no conhecimento? Embora partamos de uma experiência realizada em uma escola na Cidade do México, a análise apresentada aqui se preocupa principalmente com o vínculo entre a(s) leitura(s) e a reflexão filosófica nessa história. <![CDATA[Greta thunberg - una voz única en una era de posverdad]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872023000100101&lng=es&nrm=iso&tlng=es abstract Since the turn of the millennium, a new phenomenon has arisen on the global stage, as girls have increasingly begun to raise their voices. In an effort to achieve new philosophical understandings of contemporary childhoods in a post-truth era, the present article examines this Girl Rising movement from an existential perspective. In doing so, the article aims to problematise children’s right to be heard and listened to, as enshrined in Article 12 of the Convention on the Rights of the Child. More specifically, the article explores children as rights-holders and their rights-subject position and how these positions are supported (or not) by adults in different ways. Throughout the analysis, Greta Thunberg is used as a case study to illustrate the phenomenon under study. This new movement highlights children’s right to be heard as a valuable right. The defence of this view relies on the claim that at the heart of adult’s acknowledgement lies the uniqueness of each child and the implications of this uniqueness. Taking into consideration the realisation of children’s rights, powerful stakeholders who seek to silence children’s voices are also identified, as are worldwide adult acknowledgements intended to empower girls to exist ‘in’ and ‘with’ the world in a ‘grown-up’ way.<hr/>resumen Desde el cambio de milenio, ha surgido un nuevo fenómeno en el escenario mundial, en tanto las niñas han empezado a alzar cada vez más sus voces. En un esfuerzo por alcanzar nuevas comprensiones filosóficas de la infancia contemporánea en una era de posverdad, el presente artículo examina el movimiento Girl Rising desde una perspectiva existencial. Al hacerlo, el artículo pretende problematizar el derecho de los niños y las niñas a ser oídos y escuchados, consagrado en el artículo 12 de la Convención sobre los Derechos del Niño. Más concretamente, el artículo explora a los niños como titulares de derechos y su posición como sujetos de derechos y cómo estas posiciones son apoyadas (o no) de diferentes maneras por los adultos. A lo largo del análisis se apela a Greta Thunberg como caso de estudio para ilustrar el fenómeno estudiado. Este nuevo movimiento resalta el derecho de los niños a ser escuchados como un derecho valioso. La defensa de este punto de vista se basa en la afirmación de que en el corazón del reconocimiento por parte de los adultos se encuentra la singularidad de cada niño y las implicaciones de esta singularidad. Considerando la materialización de los derechos del niño, también se identifican los poderosos grupos de interés que intentan silenciar las voces de los niños, así como los reconocimientos de los adultos de todo el mundo que pretenden empoderar a las niñas para existir "en" y "con" el mundo de una manera "adulta".<hr/>resumo Desde a mudança do milênio, um novo fenômeno surgiu no cenário mundial, à medida que as meninas começaram a levantar cada vez mais a voz. Em um esforço para alcançar novos entendimentos filosóficos da infância contemporânea em uma era pós-verdade, o presente artigo examina este movimento Girl Rising (Ascenção das Meninas) a partir de uma perspectiva existencial. Ao fazê-lo, o artigo visa problematizar o direito das crianças a serem ouvidas e escutadas, como consagrado no artigo 12 da Convenção sobre os Direitos da Criança. Mais especificamente, o artigo explora a ideia das crianças como detentoras de direitos, e sua posição de sujeitos de direitos, e como esta posição é apoiada (ou não) por adultos, de diferentes maneiras. Ao longo da análise, Greta Thunberg é utilizada como um estudo de caso para ilustrar o fenômeno em estudo. Este novo movimento destaca o direito das crianças a serem ouvidas como um direito valioso. A defesa deste ponto de vista baseia-se na afirmação de que no cerne do reconhecimento do adulto está a singularidade de cada criança e as implicações desta singularidade. Levando em consideração a concretização dos direitos das crianças, os poderosos implicados que procuram silenciar as vozes das crianças também são identificados, assim como os reconhecimentos de adultos em todo o mundo destinados a capacitar as meninas a existir 'dentro' e 'com' o mundo de uma forma 'adulta'. <![CDATA[Participación y subjetivación política de niños y jóvenes calungas]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872023000100102&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumo O artigo pretende discutir processos de subjetivação política de crianças e jovens a partir de recortes de uma pesquisa realizada no âmbito de mestrado em educação, apresentando uma cartografia da participação política de crianças e jovens moradoras de territórios vulnerabilizados do município de São Vicente, no litoral Sul de São Paulo, integrantes de coletivos e ações educativas do Instituto Camará Calunga. Os conceitos de participação e subjetivação se apresentam como elementos importantes dos processos de politização, retratando o modo pelo qual crianças e jovens se engajam politicamente de diferentes formas, coordenadas ou apoiadas por adultos, representando a si mesmas ou apoiando os adultos em suas demandas, contrapondo a noção de que as crianças não agem politicamente ou de que o modo ideal de participação de crianças e jovens seria a produção de consenso e não haveria espaço para a contestação. A pesquisa ocorreu em meio a pandemia de COVID-19, fundamentalmente de modo virtual, mas traça uma continuidade com as práticas de participação do Instituto no período pré-pandêmico. A pesquisa fez uso do método cartográfico, de modo virtual e presencial no contexto do trabalho vivo, da convivência cotidiana com crianças, jovens e educadores do Camará, por meio de entrevistas semiestruturadas e diários de campo.<hr/>abstract The article intends to discuss processes of political subjectivation of children and young people based on excerpts from a research carried out within the scope of a master's degree in education, presenting a cartography of the political participation of children and young people living in vulnerable territories of the municipality of São Vicente, on the south coast from São Paulo, members of collectives and educational actions of the Instituto Camará Calunga. The concepts of mobilization and subjectivation are presented as important elements of politicization processes, portraying the way in which children and young people engage politically in different ways, coordinated or supported by adults, representing themselves or supporting adults in their demands, opposing the notion that children do not act politically or that the ideal way for children and young people to participate would be to produce consensus and there would be no room for contestation. The research took place in the midst of the COVID-19 pandemic, essentially in a virtual way, but it traces a continuity with the Institute's participation practices in the pre-pandemic period. The research made use of the cartographic method, in a virtual and face-to-face way, in the context of live work, of daily living with children, young people and educators from Camará, through semi-structured interviews and field diaries.<hr/>resumen El artículo pretende discutir procesos de subjetivación política de niños y jóvenes a partir de extractos de una investigación realizada en el ámbito de una maestría en educación, presentando una cartografía de la participación política de niños y jóvenes que viven en territorios vulnerables de la municipio de São Vicente, en la costa sur de São Paulo, integrantes de colectivos y acciones educativas del Instituto Camará Calunga. Los conceptos de movilización y subjetivación se presentan como elementos importantes de los procesos de politización, retratando la forma en que los niños y jóvenes se involucran políticamente de diferentes maneras, coordinados o apoyados por adultos, representándose o apoyando a los adultos en sus demandas, contraponiéndose a la noción de que los niños no actuar políticamente o que la forma ideal de participación de los niños y jóvenes sería generar consenso y no habría espacio para la contestación. La investigación se desarrolló en medio de la pandemia de la COVID-19, esencialmente de manera virtual, pero traza una continuidad con las prácticas de participación del Instituto en el período prepandemia. La investigación hizo uso del método cartográfico, de forma virtual y presencial, en el contexto del trabajo vivo, de la convivencia con niños, jóvenes y educadores de Camará, a través de entrevistas semiestructuradas y diarios de campo. <![CDATA[El concepto de persona de Ann Sharp y la dimensión espiritual de la comunidad de investigación filosófica]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872023000100103&lng=es&nrm=iso&tlng=es abstract In this paper, I critically explore Ann Sharp’s conception of personhood as it figures in the theory and practice of the community of philosophical inquiry (CPI). Through surveying Sharp’s rich and varied philosophical output, it will be shown how Sharp’s conception of personhood as a trilateral relationship (between self, other(s), and community) maps onto “the Three C’s” of critical, creative, and caring thinking that make up the practice of Philosophy for Children. After thus presenting Sharp’s conception of personhood, the paper brings into view an aspect of said conception which could benefit from further development. This potential shortfall in Sharp’s thought is identified as “the problem of closure”. In highlighting the problem of closure, I will indicate how Sharp marshals the concept of faith in her conception of CPI as a spiritual community, a relationship that is coincident with personhood itself, as it stands for the bond that ties together the individual (self and other(s)) and the collective (community) dimensions of CPI. I argue that faith serves, among other things, as an agent of closure between the individual and the collective in Sharp’s thought. In considering the function of faith in CPI, I will suggest an avenue of possible resolution to the problem of closure in Leonard Nelson’s conception of “the Socratic spirit” as the embodiment of “reason’s self-confidence”. Finally, the paper looks ahead to David Kennedy’s writings on the intentionality structure that governs the relationship between the individual and the collective in CPI as a resource that promises to offer a more rigorous and systematic treatment of the problem of closure.<hr/>resumen En este artículo exploro críticamente el concepto de persona de Ann Sharp, tal y como figura en la teoría y la práctica de la comunidad de investigación filosófica (CIF). A través de un repaso de la rica y variada producción filosófica de Sharp, se mostrará cómo la concepción de Sharp de la persona como relación trilateral (entre el yo, otro(s) y la comunidad) se corresponde con "las tres C" del pensamiento crítico, creativo y cuidadoso que conforman la práctica de la Filosofía para Niños. Luego de presentar así la concepción de persona de Sharp, el artículo pone de manifiesto un aspecto de dicha concepción que podría beneficiarse de un mayor desarrollo. Esta posible carencia en el pensamiento de Sharp se identifica como "el problema del cierre". Al destacar el problema del cierre, indicaré cómo Sharp acomoda el concepto de fe en su concepción de la CIF como una comunidad espiritual, una relación que coincide con el concepto de persona mismo, en la medida en que representa el vínculo que une las dimensiones individual (el yo y otro(s)) y colectiva (comunidad) de la CIF. Mi argumento es que la fe sirve, entre otras cosas, como agente de cierre entre lo individual y lo colectivo en el pensamiento de Sharp. Al considerar la función de la fe en la CIF, sugeriré una vía de posible resolución del problema del cierre en la concepción de Leonard Nelson del "espíritu socrático" como encarnación de la "propia confianza de la razón". Finalmente, el artículo se dirige hacia los escritos de David Kennedy sobre la estructura de intencionalidad que gobierna la relación entre el individuo y lo colectivo en la CIF como un recurso que promete ofrecer un tratamiento más riguroso y sistemático del problema del cierre.<hr/>resumo Neste artigo, exploro criticamente a concepção de pessoa de Ann Sharp, tal como figura na teoria e prática da comunidade de investigação filosófica (CIF). Através do levantamento da rica e variada produção filosófica de Sharp, será mostrado como a concepção de pessoa de Sharp enquanto uma relação trilateral (entre eu, outro(s), e comunidade) mapeia “os Três C's” do pensamento crítico, criativo e cuidadoso que compõem a prática da Filosofia para Crianças. Assim, depois de apresentar a concepção de pessoa de Sharp, o artigo traz à luz um aspecto da referida concepção que poderia se beneficiar de um maior desenvolvimento. Este potencial déficit no pensamento de Sharp é identificado como “o problema do encerramento”. Ao salientar o problema do encerramento, vou indicar como Sharp aborda o conceito de fé na sua concepção de CIF enquanto comunidade espiritual, uma relação que coincide com a própria pessoa, pois representa o vínculo que une as dimensões individual (eu e outro(s)) e colectiva (comunitária) da CIF. Defendo que a fé serve, entre outras coisas, como um agente de fechamento entre o indivíduo e o colectivo no pensamento de Sharp. Ao considerar a função da fé na CIF, sugiro uma via de possível resolução para o problema do encerramento na concepção do “espírito socrático”, de Leonard Nelson, como a encarnação da “autoconfiança da razão”. Por fim, o artigo olha para os escritos de David Kennedy sobre a estrutura de intencionalidade que rege a relação entre o indivíduo e o colectivo na CIF como um recurso que promete oferecer um tratamento mais rigoroso e sistemático do problema do encerramento. <![CDATA[Ciudadanía y comunidad en el contexto democrático occidental: análisis filosófico-educacional]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872023000100104&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumo Este trabalho traz uma análise filosófica acerca da condição atual da educação cívica nas democracias ocidentais, de forma a explorar a problemática do dualismo entre o individualismo extremo e o comunitarismo fechado, que mexeu com as modalidades relacionais e os estilos de vidas específicos que caracterizam a pluralidade humana. Assim, a intenção deste artigo é compreender como a formação do cidadão por meio do suporte da prática da filosofia pode cultivar uma comunidade dialógica, aberta e pluralista capaz de enfrentar de maneira mais consciente e eficaz essa dualidade existente. Para este propósito foi feita uma análise crítica e sistemática de obras e artigos que, ao abordar a questão da relação entre indivíduo e comunidade, pretende ir para além desse dualismo problemático. Dentre os principais resultados está que a Filosofia para Crianças (Philosophy for Children, P4C), de Lipman e Sharp, colabora no desenvolvimento de cidadãos competentes em dialogar e encontrar saídas criativas e éticas, nas diversas circunstâncias do cotidiano. Além disso, ao empoderar cada cidadão, a P4C contribui para o desenvolvimento de comunidades solidárias, plurais, abertas, autocorretivas e engajadas na busca rigorosa do bem comum. Portanto, concluiu-se que práticas filosóficas comunitárias, como a P4C, conseguem contribuir para a educação cívica e a formação de cidadãos responsáveis, oferecendo um possível paradigma para desenvolver o eixo humanístico do indivíduo e a abertura à diversidade.<hr/>abstract This paper endeavors to carry out a philosophical analysis of the current state of civic education in Western democracies, in order to deal with the problematic dualism between extreme individualism and endogamic communitarianism, which alters the relational modalities and specific lifestyles that characterize human plurality. As such, the intention of this article is to understand how the formation of citizens supported by the practice of philosophy can cultivate a dialogical, open, and pluralistic community capable of facing this duality. For this purpose, we carried out a systematic and critical analysis of books and articles that, in dealing with the relationship between the individual and the community, aim to overcome the above-mentioned problematic dualism. Among the results of this study, we found that Matthew Lipman and Ann Sharp’s Philosophy for Children (P4C) program contributes significantly to the empowerment of citizens, and supports the development of their ability to engage in dialogue in search of creative and ethical solutions in the diverse circumstances of daily life. Moreover, P4C contributes to the achievement of communities characterised by solidarity, plurality, openness, and self-correction, and which are oriented toward the rigorous search for the common good. Therefore, we conclude that community-based philosophical practices such as P4C can contribute to civic education and the formation of responsible citizens, offering a possible paradigm to develop the humanistic axis of the individual and promote openness to diversity.<hr/>resumen Este trabajo ofrece un análisis filosófico sobre la condición actual de la educación cívica en las democracias occidentales, con el fin de explorar la problemática del dualismo entre el individualismo extremo y el comunitarismo cerrado, que se mezcló con las modalidades relacionales y los estilos de vida específicos que caracterizan la pluralidad humana. Así, la intención de este artículo es comprender cómo la formación del ciudadano a través del apoyo de la práctica de la filosofía puede cultivar una comunidad dialógica, abierta y pluralista capaz de afrontar de manera más consciente y eficaz esta dualidad existente. Para ello, se realizó un análisis crítico y sistemático de obras y artículos que, al abordar la cuestión de la relación entre individuo y comunidad, pretenden ir más allá de ese dualismo problemático. Entre los principales resultados se halla que la Filosofía para Niños (Philosophy for Children, P4C), de Lipman y Sharp, colabora en el desarrollo de ciudadanos competentes para dialogar y encontrar soluciones creativas y éticas en las diversas circunstancias de la vida cotidiana. Además, al empoderar a cada ciudadano, la P4C contribuye al desarrollo de comunidades solidarias, plurales, abiertas, autocorrectivas y comprometidas en la búsqueda rigurosa del bien común. Por lo tanto, se concluyó que las prácticas filosóficas comunitarias, como la P4C, son capaces de contribuir a la educación cívica y a la formación de ciudadanos responsables, ofreciendo un posible paradigma para desarrollar el eje humanista del individuo y la apertura a la diversidad. <![CDATA[Los derechos de la infancia y el papel de las familias en su protección: perspectiva ética y jurídica]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872023000100105&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumen Los derechos de la infancia son de formulación reciente, y hasta el siglo XX no surgen los primeros intentos de reconocerlos y regularlos. Además de revisar los textos jurídicos que formulan y protegen esos derechos a nivel mundial, este estudio promueve una lectura filosófica de los derechos de la infancia y del papel de las familias con respecto a esos derechos. La ética del cuidado proporciona un marco de reflexión muy oportuno para plantear la responsabilidad ética que las familias, y la sociedad en general, tienen hacia los niños y niñas, que son los miembros más vulnerables de la sociedad y los que padecen con mayor crudeza las consecuencias de la pobreza, la migración o los desastres naturales. Este estudio lleva a cabo una revisión crítica sobre los derechos de la infancia y los principales intentos de reconocer y garantizar jurídicamente esos derechos a nivel internacional. Explora también la situación actual de la infancia a nivel mundial, enfatizando las consecuencias negativas de la pandemia de COVID-19 en ese sector vulnerable de la población. Por último, se adopta la perspectiva de la ética del cuidado para analizar las responsabilidades de las familias y el papel de las instituciones y de la sociedad en general hacia la protección de la infancia.<hr/>resumo Os direitos das crianças são de formulação recente, e as primeiras tentativas de reconhecê-los e regulá-los só apareceram no século XX. Além de revisar os textos legais que formulam e protegem esses direitos em todo o mundo, este estudo visa oferecer uma leitura filosófica dos direitos da criança e do papel das famílias em relação a esses direitos. A ética do cuidado constitui um ótimo ponto de reflexão para se discutir a responsabilidade ética que pais e mães, e a sociedade em geral, têm para com os filhos, que são os membros mais vulneráveis ​​da sociedade e os que mais sofrem as consequências da pobreza, da migração ou dos desastres naturais. Este estudo faz uma revisão crítica dos direitos da criança e das principais tentativas de reconhecer e garantir legalmente esses direitos no nível internacional. Além disso, explora também a situação atual das crianças no mundo, enfatizando as consequências negativas da pandemia de COVID-19 neste setor mais vulnerável da população. Por fim, adota-se a perspectiva da ética do cuidado para analisar as responsabilidades das famílias e o papel das instituições e da sociedade em geral na proteção das crianças.<hr/>abstract Children's rights are a recent creation, and the first attempts to recognize and regulate them did not appear until the 20th century. In addition to reviewing the legal texts that formulate and protect these rights worldwide, this study promotes a philosophical reading of children's rights and the role of families regarding those rights. Ethics of care provides a useful framework to reflect on the ethical responsibility that parents and society in general have towards children, who are the most vulnerable members of society and those who suffer the worst consequences of poverty, migration, or natural disasters. This study carries out a critical review of children's rights and examines the main attempts to legally recognize and guarantee these rights at the international level. It also explores the current situation of children worldwide, emphasizing the negative consequences of the COVID-19 pandemic on this vulnerable group of population. Finally, Ethics of care perspective is applied to analyse the responsibilities of families and the role of institutions and society in general towards the protection of children. <![CDATA[Entre cuerpos, danzas y educaciones: una experiencia infantil]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872023000100106&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumo O presente texto tem por objetivo colocar em movimento algumas notas acerca de experiências educativas e de pesquisa com crianças, uma pesquisa inspirada por encontros dançantes e produção de imagens que provocaram questões e nos convidaram a pensar as relações entre corpos, danças e educações. Das diversas interrogações que nos deparamos, gostaríamos de destacar as seguintes: quais modos de pensar e experimentar os corpos que se apresentam nos encontros com as crianças? Quais aprendizagens, com as crianças, são possíveis nas experiências desses corpos que dançam? Que educações podem ser pensadas ao nos depararmos com as infâncias das crianças nestes momentos de uma experiência com corpos e danças? Desse modo, encontramos em autores como Gilles Deleuze, Félix Guattari, Michel Foucault, Jan Masschelein e Manoel de Barros, entre outros, possibilidades de agenciar algumas imagens, algumas perspectivas de olhares, alguns sentidos… Essa escrita dançadeira é, portanto, fruto de uma pesquisa experiência; uma pesquisa que foi se delineando durante o caminho, passo a passo pelos trajetos que se abriram, uma pesquisa infantil que convocou os olhos, a boca, o nariz, a pele, os olhares, os cheiros, os sabores e as texturas. Uma pesquisa sobre movimento, com movimento, em movimento. Assim, não temos aqui qualquer intencionalidade em fixar respostas, o que temos é um convite a pensar filosoficamente e infantilmente, levantar perguntas e, quem sabe, produzir algum movimento nos corpos e no pensamento: um convite a dançar por entre as interrogações.<hr/>abstract This paper is the result of reflections inspired by observing and participating in dancing sessions with children. Our experience of the latter led to the production of images that provoked a variety of questions, and invited us to think about the relationships between bodies, dance, and various forms of education. Among these questions were: what clues about the experience of human embodiment are given through observing children’s dance? What can children teach us through participating with them in this performative medium, and what are its implications for education, most especially in light of our observations of children's inventiveness in this regard? Our impressions resonate and find expression in the oeuvre of Gilles Deleuze, Félix Guattari, Michel Foucault, Jan Masschelein and Manoel de Barros. Placing ourselves under their influence, we mobilized our thinking and opened ourselves to the emergent character of their ideas, resulting in what might be called a form of “dancing-writing” in which those two forms of expression interact. This dancing-writing is informed by and imbued with children’s lived experience: step by step, we walked the paths that they opened, recording as best we could their multisensorial approach to the world-gaze, taste, smell, sound, touch, movement. Ours was an experience of research on movement, with movement, in movement. As such, we harbor no intention to present final answers, but rather offer the reader an invitation to think philosophically and childishly. Ours is an invitation to dance with and among the questions which that very dance inspired.<hr/>resumen El presente texto tiene por objetivo poner en movimiento algunas notas sobre experiencias educativas y de investigación con niños y niñas, una investigación inspirada por encuentros danzantes y producción de imágenes que provocaron preguntas y nos invitaron a pensar sobre las relaciones entre: cuerpos, danzas y educaciones. De las diversas cuestiones que nos surgieron, nos gustaría destacar las siguientes: ¿qué formas de pensar y experimentar los cuerpos que se presentan en los encuentros con los niños y niñas? ¿Qué aprendizajes, con los niños y niñas, son posibles en las experiencias de estos cuerpos que danzan? ¿Qué educaciones pueden ser pensadas cuando nos encontramos con las infancias de los niños y niñas en estos momentos de una experiencia con cuerpos y danzas? De este modo, encontramos en autores como: Gilles Deleuze, Félix Guattari, Michel Foucault, Jan Masschelein y Manoel de Barros, entre otros, posibilidades de agenciar algunas imágenes, algunas perspectivas de miradas, algunos sentidos... Esta escritura danzadora es, por lo tanto, fruto de una experiencia de investigación; una investigación que se fue delineando en el camino, paso a paso por los senderos que se abrían, una investigación infantil que convocó los ojos, la boca, la nariz, la piel, las miradas, los olores, los sabores y las texturas. Una investigación sobre el movimiento, con movimiento, en movimiento. Así, no tenemos aquí ninguna intención de fijar respuestas, lo que tenemos aquí es una invitación a pensar filosóficamente e infantilmente, plantear preguntas y, quién sabe, producir algún movimiento en los cuerpos y en el pensamiento: una invitación a bailar por entre las interrogaciones. <![CDATA[La infancia en las relaciones entre abuelos y nietos: vínculo, amor y fuerza vital]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872023000100107&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumo Este artigo tem como objetivo tecer reflexões sobre infância, vínculo e amor, a partir das narrativas de avós, ouvidas em uma pesquisa de doutorado em educação. Participaram da pesquisa sete avós e três avôs, entre 51 e 71 anos: nove, moradores da cidade do Rio de Janeiro, e um do município de Niterói. Além deles, participaram seis de seus netos, na faixa etária entre 5 e 12 anos, moradores das seguintes cidades: Rio de Janeiro, Niterói, Brasília e Montevidéu, no Uruguai. Realizada durante a pandemia de Covid-19, a pesquisa teve como estratégia metodológica entrevista concedida por meio da plataforma Zoom. Com os adultos, os encontros ocorreram individualmente; com as crianças, a conversa se deu de modo coletivo. Das narrativas das avós e dos avôs, emergem as reflexões sobre relações entre adultos e crianças, apresentadas no presente texto, construídas a partir da concepção de infância da filosofia de Walter Benjamin em articulação com a antropologia filosófica de Martin Buber e a psicanálise de Donald Winnicott. A ênfase das/os participantes da pesquisa está na segurança afetiva, construída nos minúsculos gestos cotidianos, que ampara crianças e adultos. Desses encontros amorosos entre os mais novos e os mais velhos, parece se instaurar uma força infantil, que produz novas possibilidades de vida. As narrativas da pesquisa nos ensinam não apenas sobre modos de ser adulto e de estar com as crianças, como também modos de estar na vida, a partir do reencontro com a própria sensibilidade e com a capacidade de brincar, de criar e de, na relação com as crianças, reinventar a si mesmo e reaprender a alegria dos inícios.<hr/>abstract This article, based on grandparents' narratives collected in a doctoral research project, aims to weave together reflections on childhood, intergenerational bonding, and love. Seven grandmothers and three grandfathers, between fifty-one and seventy-one years old, participated in the research; nine residents of the city of Rio de Janeiro and one of Niterói, Brazil. In addition, narratives were collected from six of their grandchildren, all of them between five and twelve years old, and residents of Rio de Janeiro, Niterói, Brasília and Montevideo, Uruguay. Conducted during the Covid-19 pandemic, our methodological strategy involved interviews conducted on Zoom. Interviews with the adults were conducted individually, and collectively with the children. The themes that emerged in the grandparents' narratives led to reflections on the relationship between adults and children that are emblematic of the conception of childhood found in Walter Benjamin's work, as well as the philosophical anthropology of Martin Buber and the psychoanalysis of Donald Winnicott. The emphasis of the research participants was on affective security, built on the basis of small, everyday gestures, which result in an atmosphere of mutual support between children and adults. From these affectionate encounters between the youngest and the oldest, what we characterize as a “childlike force” is established-an energy field that produces new existential possibilities. The narratives collected here teach us new ways of being adult through our relationships with children: in our encounter with the lifeworlds of the youngest among us, we re-encounter our own deeper sensibilities, and regain the ability to play, to create, and to reinvent ourselves in relearning the joy of beginnings.<hr/>resumen Este artículo tiene como objetivo tejer reflexiones sobre la infancia, los vínculos y el amor, a partir de narrativas de abuelos, escuchadas en una investigación doctoral en educación. Participaron de la investigación siete abuelas y tres abuelos, entre cincuenta y un y setenta y un años, nueve residentes en la ciudad de Río de Janeiro y uno de Niterói. Además de ellos, participaron seis de sus nietos, con edades entre cinco y doce años, residentes en las siguientes ciudades: Río de Janeiro, Niterói, Brasilia y Montevideo, Uruguay. Realizada durante la pandemia de Covid-19, la estrategia metodológica de la investigación fue entrevista por la plataforma Zoom. Con los adultos, los encuentros se realizaron individualmente; con los niños, la conversación se dio de manera colectiva. De las narrativas de las abuelas y los abuelos emergen las reflexiones sobre las relaciones entre adultos y niños, presentadas en este texto, construidas a partir de la concepción de infancia en la filosofía de Walter Benjamin en conjunto con la antropología filosófica de Martin Buber y el psicoanálisis de Donald Winnicott. El énfasis de las y los participantes de la investigación está en la seguridad afectiva, construida en pequeños gestos cotidianos, que dan apoyo a niños y adultos. A partir de estos encuentros amorosos entre los más pequeños y los mayores, parece instaurarse una fuerza infantil, que produce nuevas posibilidades de vida. Las narrativas de investigación nos enseñan formas de ser adultos y estar con los niños y formas de ser en la vida, desde el reencuentro con la propia sensibilidad y con la capacidad de jugar, de crear y de, en la relación con los niños, reinventarse y reaprender la alegría de los comienzos. <![CDATA[Apuntes para una representación político-escolar de la infancia en el chile del siglo xix]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872023000100108&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumen En el presente trabajo queremos proponer una representación de la infancia que sirva para pensarla y problematizarla. Nuestro objeto de estudio, en este sentido, será siempre una representación y no una definición sustancialista. Nos proponemos analizar la infancia desde una mirada crítica, revisar la representación que de ella se tenía en el mundo político y escolar del Chile del siglo XIX, en particular, desde la revisión de una traducción de Domingo Faustino Sarmiento. Para llevar a cabo este periplo proponemos tres ejes temáticos a revisar: 1) cómo todo aparato escolar configura un tipo de representación de la infancia 2) qué objetivos y características tiene este aparato - en tanto dispositivo de gobierno - en el Chile del siglo XIX y 3) ejemplificar por medio de un objeto cultural en específico la forma en que dicha determinación se hace visible. Ser niño o niña en el Chile en el periodo que nos interesa, es ser una miríada de connotaciones diversas que requieren, cada una, ser pensada en su contexto. Las revistas, los silabarios, los textos escolares y cuentos infantiles configuran distintas miradas sobre la infancia, las que a su vez están asociadas al origen social de dichos documentos y la finalidad que se proponen. Las imágenes, ideas y diálogos que aparecen en estos documentos escolares van mostrando cómo los adultos de la época piensan y representan la infancia. Pensar desde los documentos de esta índole no acaba de representar toda la niñez, sin embargo, permite observar la representación que de ella se hacía la clase política.<hr/>abstract In this paper, we propose to investigate one common adult representation of childhood that will serve both to reflect on and to problematize current and varied representations. As such, our object of study will always be a representation and not a substantialist definition. We propose to analyze the adult concept “child” from a critical perspective by reviewing it through a historical lens-that is, as it is expressed in the political and educational world of 19th century Chile, which, in turn, we can glimpse in the historical writings of Domingo Faustino Sarmiento. To carry out this journey, we propose three guiding thematic axes: 1) how all school apparatuses embody, configure and assume a certain identifiable representation of “child’ and childhood; 2) an analysis of the characteristics and objectives of the 19th century Chilean school apparatus, particularly in its function as a government device, or dispositif; 3) just how that dispositif becomes visible to inquiry in the historical record, particularly in what it can reveal to us about the image or images of childhood held by adults. To be understood by adults as a boy or a girl in Chile during that period is communicated in the historical record through a myriad of diverse sources, each requiring consideration in its context. Magazines, syllabaries, school textbooks and children's stories configure different perspectives on and attitudes toward childhood, which in turn are associated with the social origin of these documents and the purposes they embody. The images, ideas and signs of interaction that appear in these school documents act cumulatively to reveal a cultural image of “child” and aid us in understanding the political and socio-cultural significance attributed to that period in the human life-cycle. And while we cannot claim to have identified how all adults of 19th century Chile understood and represented childhood, such documents do offer insights into the beliefs and assumptions of the political and ruling classes.<hr/>resumo Neste artigo, queremos propor uma representação da infância que sirva para pensá-la e problematizá-la. Nosso objeto de estudo, nesse sentido, será sempre uma representação e não uma definição substancialista. Propomos analisar a infância desde uma perspectiva crítica, para rever a representação dela no mundo político e escolar do Chile do século XIX, em particular, a partir da revisão de uma tradução de Domingo Faustino Sarmiento. Para realizar esta viagem, propomos três eixos temáticos para revisar: 1) como todo aparato escolar configura um tipo de representação da infância 2) que objetivos e características tem este aparato - como dispositivo de governo - no Chile do século XIX e 3) exemplificar através de um objeto cultural específico a forma como essa determinação se torna visível. Ser menino ou menina no Chile no período que nos interessa é ser uma miríade de conotações diversas que exigem, cada uma, ser pensada em seu contexto. As revistas, os silabários, os manuais escolares e os contos infantis configuram diferentes olhares sobre a infância, que por sua vez se associam à origem social destes documentos e à finalidade a que se propõem. As imagens, ideias e diálogos que aparecem nesses documentos escolares mostram como os adultos da época pensam e representam a infância. Pensar a partir de documentos dessa natureza não representa bem toda a infância, porém, permite observar a representação que a classe política fez dela. <![CDATA[El gobierno de la infancia: hacia una ontología histórica del desarrollo infantil y la delimitación de los modos de ser niño]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872023000100109&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumo O objetivo deste texto é questionar, no contexto sócio-histórico da modernidade europeia, o modo como se forjou no interior do “novo sentimento de infância” uma vida por etapas que outorga às pessoas de pouca idade a urgência de uma existência em permanente desenvolvimento. Problematizar a “ideia” de desenvolvimento, mais concretamente de desenvolvimento infantil e as suas implicações na produção de modos de ser criança, permite avançar pistas sobre como é que a narrativa desenvolvimentista se tornou hegemónica e inquestionável nos contextos educativos a si destinados. Para tanto, recorre-se à ontologia histórica como ferramenta metodológica com o intuito de encetar um diálogo com educadores e psicólogos dos séculos XVIII, XIX e XX, procurando estabelecer um entendimento sobre como a ideia de desenvolvimento infantil surge associada à necessidade de hierarquização e normalização da população infantil. Discute-se como os agenciamentos históricos, que vinculam a infância (enquanto tempo cronológico) a uma certa ideia de desenvolvimento, estão intimamente ligados a projetos políticos. Este exercício não é possível sem reconhecer o olhar eurocêntrico e adultocêntrico que se tem assumido na forma como habitualmente olhamos para este tema e, nesse sentido, expressa-se a importância de se considerar a multiplicidade de outros modos de ser criança, à semelhança do que epistemologias não eurocêntricas nos têm dado a conhecer.<hr/>abstract In the socio-historical context of European modernity, this text aims to question how a life in stages has been forged within a “new sense of childhood” that imposes on young people the urgency of an existence in permanent development. Problematizing the idea of development, specifically child development and its implications for the production of ways of being a child, provides clues as to how the developmental narrative became hegemonic and unquestioned in the educational contexts for which it was intended. To this end, historical ontology is used as a methodological tool for initiating a dialogue with educators and psychologists from the 18th, 19th and 20th centuries, a dialogue that seeks to establish an understanding of how the idea of child development arose in association with the need to hierarchize and normalize the child population. We explore how the historical assemblages that link childhood understood as a period of chronological time to a certain idea of development are closely linked to political projects. This exercise is not possible without recognizing the Eurocentric and adult-centric viewpoint that has been assumed in the way we typically look at this subject, and given this, we express the importance of considering the multiplicity of other ways of being a child based on what non-Eurocentric epistemologies have shown us.<hr/>resumen El objetivo de este texto es cuestionar, en el contexto socio-histórico de la modernidad europea, el modo en que se forjó dentro del “nuevo sentimiento de infancia” una vida por etapas que otorga a las personas de poca edad la urgencia de una existencia en permanente desarrollo. Problematizar la “idea” de desarrollo, más concretamente de desarrollo infantil y sus implicaciones en la producción de formas de ser niño, proporciona pistas sobre cómo es que la narrativa del desarrollo se convirtió en hegemónica e incuestionable en los contextos educativos para los que fue concebida. Para ello, se utiliza la ontología histórica como herramienta metodológica para entablar un diálogo con educadores y psicólogos de los siglos XVIII, XIX y XX, buscando establecer una comprensión de cómo la idea de desarrollo infantil surge asociada con la necesidad de jerarquizar y normalizar a la población infantil. Se discute cómo los agenciamientos históricos, que vinculan la infancia (como tiempo cronológico) a una determinada idea de desarrollo, están estrechamente ligados a proyectos políticos. Este ejercicio no es posible sin reconocer la mirada eurocéntrica y adultocéntrica que se ha asumido en la forma en que habitualmente miramos este tema y, en este sentido, se expresa la importancia de considerar la multiplicidad de otros modos de ser niño, como nos han mostrado las epistemologías no eurocéntricas. <![CDATA[La etnografía y el campo de los nuevos estudios sociales de la infancia]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872023000100110&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumo O campo interdisciplinar dos novos estudos sociais das infâncias parte de uma ruptura epistemológica com as abordagens clássicas das ciências que adotam visões biologizantes, essencialistas e universais da criança e encontra na etnografia uma possibilidade de conceituação de criança enquanto sujeito ativo e de infância enquanto categoria social geracional. O reconhecimento desses conceitos de criança e de infância pela etnografia na pesquisa com crianças implica voltar-se para a criança como o outro, o diferente, o estrangeiro. A proposta de ruptura teórico-conceitual na investigação das infâncias exige a implementação de metodologias que focalizem as experiências, os pontos de vista e as vozes das crianças, compreendendo-as enquanto processo, em outras palavras, constante construção. Portanto, para essa perspectiva, a criança não é o objeto do estudo, mas é sujeito que interage com o pesquisador na construção dos sentidos e significados da pesquisa. O texto está organizado em três partes que abordam os aspectos epistemológicos, teórico-conceituais e metodológicos do debate proposto. Ao final, procura-se uma articulação entre os diferentes aspectos da discussão, propondo uma reflexão sobre a ética e a alteridade, reconhecendo que a diferença atravessa as relações humanas e, portanto, é o diferente, o incomum, o incompreensível, o oposto, o desigual, o inalcançável que marca e define a pesquisa com criança.<hr/>abstract The interdisciplinary field of the new social studies of childhood starts from an epistemological break with the classic approaches of the sciences that adopt biological, essentialist and universal views of the child, and finds in ethnography a possibility of conceptualizing the child as an active subject and childhood as a generational social category. The recognition of these concepts of child and childhood by ethnography in research with children implies turning to the child as the other, the different, the foreigner. This proposal for a theoretical-conceptual rupture in the investigation of childhood requires the implementation of methodologies that focus on the experiences, points of view and voices of children, understanding them as subjects-in-process, under constant construction. From this perspective the child is not the object of study, but the subject who interacts with the researcher in the construction of the senses and meanings of the research. This text is organized into three parts that address the epistemological, the theoretical-conceptual, and the methodological aspects of the proposed interaction. The paper ends with an articulation of the relationship between the different aspects of the discussion, culminating in a reflection on ethics and otherness, in the recognition that difference permeates human relations, and that it is the different, the unusual, the incomprehensible, the opposite, the unequal, the unattainable that marks and defines ethnographic research with children.<hr/>resumen El campo interdisciplinario de los nuevos estudios sociales de la infancia parte de una ruptura epistemológica con los enfoques clásicos de las ciencias que adoptan visiones biologizantes, esencialistas y universales del niño y encuentra en la etnografía una posibilidad de conceptualizar al niño como sujeto activo y a la infancia como una categoría social generacional. El reconocimiento de estos conceptos de niño e infancia por parte de la etnografía en la investigación con niñas y niños implica volverse hacia el niño como el otro, el diferente, el extranjero. La propuesta de ruptura teórico-conceptual en la investigación de la infancia requiere la implementación de metodologías que se centren en las experiencias, puntos de vista y voces de niñas y niños, entendiéndolos como un proceso, es decir, una construcción constante. Por tanto, desde esta perspectiva, niño no es objeto de estudio, sino sujeto que interactúa con el investigador en la construcción de los sentidos y significados de la investigación. El texto está organizado en tres partes que abordan los aspectos epistemológicos, teórico-conceptuales y metodológicos del debate propuesto. Al final, se busca una articulación entre los diferentes aspectos de la discusión, proponiendo una reflexión sobre la ética y la alteridad, reconociendo que la diferencia atraviesa las relaciones humanas y, por tanto, es lo diferente, lo insólito, lo incomprensible, lo opuesto, lo desigual, lo inalcanzable que marca y define la investigación con niñas y niños. <![CDATA[Palabras y tiempos de la infancia como formas de experiencia política]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872023000100111&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumen Este artículo se construye en el marco del proyecto de investigación Democracia, igualdad y desacuerdo: conceptos teóricos-metodológicos de Jacques Rancière para pensar la educación en el mundo contemporáneo. El objetivo del proyecto fue la exploración de conceptos como democracia, igualdad y desacuerdo para pensar los sujetos y las realidades educativas desde las lógicas políticas contemporáneas. Como desdoblamiento de la investigación, este artículo explora algunas premisas de Jacques Rancière que permiten pensar las potencialidades políticas de la infancia a partir del reconocimiento de la palabra y del tiempo infantil como formas de experiencia comunitaria. La perspectiva metodológica asume una escritura que elimina las distancias entre los discursos de los filósofos y las voces de las niñas y los niños para afirmar la potencia que tienen sus palabras al momento de pensar un problema filosófico. En este ejercicio de escritura y lectura no jerárquicas se puede apreciar que las palabras de la infancia no son el reflejo, la expresión ni el símbolo de una realidad teórica más elevada, sino que funcionan como condición de posibilidad para que el pensamiento no se detenga. Precisamente, no se busca escribir sobre la infancia, sino con la infancia. No se intenta hallar la verdad de la infancia, sino aprovechar la potencia de sus voces para acorralar al sentido común. De tal forma, se establece la relación entre conflicto político, estatuto de la palabra, infancia e igualdad, lo cual indica la capacidad de la infancia para renovar el sentido de los conceptos sobre los que se fundamenta la sociedad. Por último, se expone que la infancia es una forma de subjetividad que experimenta la temporalidad a partir de la afirmación de intensidades signadas por la curiosidad y la creatividad. Por esto, se constituye como una forma de experiencia política que es capaz de inventar temporalidades múltiples que subvierten el orden de la dominación.<hr/>resumo Este artigo é construído no âmbito do projeto de pesquisa Democracia, igualdade e desacordo: conceitos teóricos e metodológicos de Jacques Rancière para pensar a educação no mundo contemporâneo. O objetivo do projeto é explorar conceitos como democracia, igualdade e desacordo para pensar os sujeitos e as realidades educativas a partir das lógicas políticas contemporâneas. Como um adendo ao projeto de pesquisa, este artigo explora algumas premissas de Jacques Rancière que nos permitem pensar as potencialidades políticas da infância a partir do reconhecimento das palavras e do tempo das crianças como formas de experiência comunitária. A perspectiva metodológica pressupõe uma escrita que elimina as distâncias entre os discursos dos filósofos e das vozes das crianças para afirmar a potência das suas palavras na reflexão sobre um problema filosófico. Neste exercício de escrita e leitura não hierárquicas, pode-se constatar que as palavras das crianças não são o reflexo, a expressão nem o símbolo de uma realidade teórica superior, mas funcionam como uma condição de possibilidade para que o pensamento não pare. Precisamente, o objetivo não é escrever sobre a infância, mas com a infância. O objetivo não é encontrar a verdade da infância, mas aproveitar o poder das suas vozes para encurralar o senso comum. Desta forma, estabelece-se a relação entre o conflito político, o estatuto da palavra, a infância e a igualdade, indicando a capacidade da infância para renovar o significado dos conceitos em que se baseia a sociedade. Por último, defende-se que a infância é uma forma de subjetividade que experimenta a temporalidade através da afirmação de intensidades marcadas pela curiosidade e pela criatividade. Por isso, constitui-se como uma forma de experiência política capaz de inventar temporalidades múltiplas que subvertem a ordem da dominação.<hr/>abstract This article originated from the research project Democracy, equality and disagreement: theoretical-methodological concepts from Jacques Rancière to envision education in the contemporary world. The project's main aim is to explore terms such as democracy, equality, and disagreement in the context of contemporary educational and political discourses. Emerging as an addendum to the research project, the paper sets out to examine some of the premises of Jacques Rancière that allow us to identify the political potentialities of childhood that emerge from the recognition of children’s words and temporalities as forms of community experience. Our methodological perspective engendered a writing style that eliminates distance between the typical discourses of philosophers and the voices of children, with the intention of reaffirming the latent potential of the latter when thinking about philosophical issues. This exercise in non-hierarchical writing/reading demonstrates that children’s words are not the reflection, nor the expression, nor the symbol of a higher theoretical reality, but that they allow thought to continue non-stop. As such, our objective is not to write about childhood, but with childhood; not to find the truth about childhood, but to take advantage of the power of children’s voices to question common sense. In this way, the relationship between political conflict, equality, and the power of the child’s word is established, demonstrating the capacity of the childish voice to renovate the sense and sensibility upon which society’s concepts are based. Finally, it is argued that childhood is a form of subjectivity that experiments with temporality through the affirmation of intensities that are marked by curiosity and creativity. For this reason, the condition of childhood suggests a form of political experience that is capable of inventing multiple temporalities that subvert the order of domination. <![CDATA[El cine de los primeros tiempos como infancia del cine]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872023000100112&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumo Tendo como inspiração as muitas imagens de crianças encontradas no cinema dos primeiros tempos, propomos uma reflexão sobre as relações entre a infância e o cinema. A partir do pensamento de Walter Benjamin (2009), pode-se afirmar que tanto a infância quanto o cinema são invenções da modernidade: o conceito de infância como um período importante de formação do sujeito nasce de forma inseparável das tecnologias de produção e reprodução da imagem que nos dão a ver as crianças de uma forma inédita, primeiro na fotografia e depois no cinema. A partir deste ponto , perguntamo-nos se seria possível pensar na “invenção” do cinema como também um gesto de infância. Propomo-nos, portanto, a pensar uma ideia de infância do cinema para além de um reducionismo teleológico. Para tanto, partimos de uma visão psicanalítica sobre o processo de entrada na linguagem, que coincide com o movimento de individuação do sujeito, na infância. A partir desta perspectiva, estabelecemos uma analogia entre a infância e o desenvolvimento do cinema como momentos igualmente marcados pelo processo de entrada na linguagem: partindo de um estado atravessado fortemente pela visualidade, pela experimentação, pela descoberta e pela brincadeira, em direção a uma entrada no sistema simbólico estruturado da linguagem através de constantes negociações com as convenções e os limites do mundo adulto.<hr/>abstract Inspired by the multiple images of children found in early cinema, we propose a reflection on the relationships between childhood and cinema. According to Walter Benjamin (2009), both childhood and cinema can be considered modern creations: the concept of childhood as an important period of individual formation emerges inseparably from the technologies of image production and reproduction that allow us to see children in a unique way, first in the still images of photography and later in the moving images of cinema. From this starting point, we wonder if it would be possible to consider the "invention" of cinema as a gesture of childhood. We propose to think of a notion of childhood in cinema that goes beyond teleological reductionism. To do so, we start from a psychoanalytic perspective about the process of language acquisition, which coincides with the subject's process of individuation in early childhood. From this perspective, we establish an analogy between childhood and the development of cinema as moments equally marked by the entrance into language: from a situation strongly influenced by visuality, experimentation, discovery, and free play, towards an entrance into the structured symbolic system of language through constant negotiation with the conventions and limits of the adult world.<hr/>resumen A partir de imágenes de niños encontradas en el cine de los primeros tiempos, proponemos una reflexión sobre las relaciones entre la infancia y el cine. Según Walter Benjamin (2009), tanto la infancia como el cine son invenciones de la modernidad: el concepto de infancia como un período importante de formación del sujeto nace de manera inseparable de las tecnologías de producción y reproducción de la imagen que nos permiten ver a los niños de una forma inédita, primero en la fotografía y luego en el cine. A partir de esto, nos preguntamos si sería posible pensar en la "invención" del cine como también un gesto de infancia. Nos proponemos pensar una idea de infancia del cine más allá de un reduccionismo teleológico. Para ello, partimos de una visión psicoanalítica sobre el proceso de entrada en el lenguaje, que coincide con el movimiento de individuación del sujeto, en la infancia. Desde esta perspectiva, establecemos una analogía entre la infancia y el desarrollo del cine como momentos igualmente marcados por la entrada en el lenguaje: de un estado atravesado fuertemente por la visualidad, la experimentación, el descubrimiento y el juego, hacia una entrada en el sistema simbólico estructurado del lenguaje a través de constantes negociaciones con las convenciones y los límites del mundo adulto. <![CDATA[De la filosofía <em>para</em> niños indígenas a la filosofía <em>desde</em> niños indígenas: una propuesta desde la nosotrificación Maya-Tojolabal]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872023000100113&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumen La Filosofía para Niños ha sido testigo, en los últimos años, de la emergencia de prácticas dentro de comunidades indígenas en todo el mundo. Desde las prácticas mexicanas de Madrid o Ezcurdia a las africanas de Odierna y las asiáticas de Elicor, diversos especialistas han destacado sus beneficios para el desarrollo del pensamiento crítico y, por extensión, para la liberación de las condiciones de opresión y colonialismo a las que se han sometido a los pueblos originarios. A pesar de estas buenas intenciones, existe la inquietud de que las metodologías del pensamiento crítico o de la verdad aplicadas según criterios discursivos o lógico-argumentales pueda convertirse en un mecanismo neocolonial al imponer formas de pensamiento occidentales. Además, la agenda de temas de las sesiones y sus materiales corresponden a horizontes estadounidenses y europeos. Por ende, podríamos encontrarnos ante un proceso de imposición de discursos en el que la salvación del pensamiento crítico se convierta en un nuevo modelo de opresión. Este artículo analiza los riesgos de esta realidad y avanza a una propuesta co-operativa. Esta co-operación anima a quedar a la escucha de las filosofías de estos pueblos para ampliar, corregir y mejorar los presupuestos de la Filosofía para Niños. Por tanto, recorre el camino inverso a las experiencias con comunidades indígenas citadas al principio. Reflexiona sobre los avances que supone su filosofía respecto a los presupuestos occidentales de nuestro campo. De esta forma, abona el campo para un producto sinérgico que facilite la creación de una Filosofía desde Niños indígenas mayas-tojolabales y no una para ellos.<hr/>abstract Over the past few years, Philosophy for Children has witnessed the adoption of its practices by indigenous communities around the world. This includes examples like the practices in Madrid or Ezcurdia inspired by Mexican philosophy, the African practices of Odierna, and the Asian practices of Elicor. Many experts have highlighted the positive impact of these practices on fostering critical thinking skills. They argue that critical thinking can empower indigenous peoples by helping them break free from the conditions of oppression and colonialism they have historically faced. However, there is a valid concern that the methodologies of critical thinking, based on discursive or logical-argumentative criteria, might inadvertently perpetuate a form of neo-colonialism by imposing Western ways of thinking. Additionally, the topics and materials used in philosophical sessions often originate from the perspectives and horizons of the United States or Europe. This raises the risk of imposing foreign discourses and potentially turning the concept of emancipation through critical thinking into a new form of oppression. This paper aims to analyze these risks and proposes a cooperative model to prevent Philosophy for Children from becoming neocolonial. This cooperative approach encourages the incorporation of indigenous philosophies by actively listening to the viewpoints of these indigenous communities. The goal is to expand, adjust, and enhance the foundations of Philosophy for Children by incorporating indigenous perspectives.This proposal takes a different approach compared to the philosophical work conducted with indigenous communities mentioned earlier. It reflects on the progress made by indigenous philosophies in challenging Western presuppositions within the field of philosophy. Ultimately, it strives to create a collaborative philosophy that emerges from indigenous Mayan-Tojolabal children themselves rather than one created solely for them.<hr/>Resumo Ao longo dos últimos anos, a Filosofia para Crianças tem testemunhado o surgimento de práticas dentro de comunidades indígenas ao redor do mundo. Das práticas mexicanas de Madrid ou Ezcurdia às africanas de Odierna e as asiáticas de Elicor, diversos especialistas têm destacado seus benefícios para o desenvolvimento do pensamento crítico e, por conseguinte, para a libertação das condições de opressão e colonialismo às quais foram submetidos os povos originários. Mas apesar das boas intenções, existe a preocupação de que as metodologias do pensamento crítico ou da verdade aplicadas segundo critérios discursivos ou lógico-argumentativos podem se converter em um mecanismo neocolonial ao impor formas de pensamento ocidentais. Além disso, a agenda de temas das sessões filosóficas e seus materiais correspondem a horizontes estadunidenses e europeus. Portanto, podemos estar diante de um processo de imposição de discurso, onde a salvação do pensamento crítico venha a se tornar um novo modelo de opressão. Esse artigo analisa os riscos dessa realidade e propõe um modelo cooperativo. Essa cooperação encoraja a escuta às filosofias desses povos para ampliar, corrigir e melhorar os pressupostos da Filosofia para Crianças. Para isso, a proposta segue o caminho inverso ao trabalho filosófico realizado com as comunidades indígenas mencionadas anteriormente. Ela reflete sobre os avanços feitos por sua filosofia em relação às pressuposições ocidentais de nosso campo. Dessa forma, abre espaço para um produto sinérgico que facilita a criação de uma Filosofia das crianças indígenas Maias-Tojolabais e não uma Filosofia para elas. <![CDATA[Educar los yoes en una era adicta a la tecnología.]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872023000100201&lng=es&nrm=iso&tlng=es abstract In this paper we argue that, if it is true that maximum self-development is better both for individuals and society, and if it is true that that self-development is being seriously curtailed by pervasive environmental tech forces, then clearly educational systems, since they are guardians of “developing” young humans, have a moral imperative to push back against forces that diminish the self. On the other hand, if it is not true that “more self is always better,” that perhaps “goodness of fit” between self and society is optimum, then education systems are justified in continuing to pay scant attention to the forces of self-development (or lack thereof). In line with Sherry Turkle’s (2011) argument that tech forces are diminishing the sort of reflective reasoning necessary for self-development, we will argue that since communicative interchange is necessary for self-development, and an ever-developing self is necessary for ever deeper and more meaningful dialogue (hence forming a dialectic), the fact that social media and other forms of tech connection stunts deep and meaningful interchange has serious implications. Specifically, we will argue that, in contemporary high-tech society (what we are calling Society 2.0), the dialectic between self and communication is going the “wrong” way; that genuine dialogue is becoming ever more rare, which in turn is resulting in “diminished-I’s,” which in turn is resulting in ever more complacency in the face of utterly superficial communicative interchange. We will begin with an overview of what we mean by a “diminished-I,” and then follow by noting how social media, the reading vacuum, roboticism, crowd communication, and decreasing social capital are resulting in diminished-I’s. Since this is resulting in an “I-diminished” society, we will reflect on the question of whether those dialogical educational initiatives that promote self-development are, in fact, making dodos, i.e., making youngsters unfit for the environment in which they find themselves. Ultimately, we will argue that, if educators choose to fight back against the I-diminishing forces of Society 2.0, they need to take selves seriously and actively engage youngsters in dialogue with those with opposing viewpoints. Ultimately, youngsters in Society 2.0 will need all the assistance educators can muster to fight the addictive, literally mind-numbing forces of being “happily” “alone together,” and instead chose the riskier often unhappy-making option of diving into the truth-seeking process with varying coalitions of the willing.<hr/>resumo Neste artigo, argumentamos que, se é verdade que o autodesenvolvimento máximo é melhor tanto para os indivíduos quanto para a sociedade, e se é verdade que esse autodesenvolvimento está sendo seriamente restringido por forças tecnológicas ambientais ubíquas, então, claramente, os sistemas educacionais, uma vez que eles são os guardiões do “desenvolvimento” dos jovens, têm um imperativo moral de resistir às forças que diminuem o eu. Por outro lado, se não é verdade que “mais eu é sempre melhor”, que talvez a “bondade do ajuste” (goodness of fit) entre o eu e a sociedade seja ótima, então os sistemas educacionais são justificados em continuar a prestar pouca atenção às forças do autodesenvolvimento (ou falta dele). Em consonância com o argumento de Sherry Turkle (2011) de que as forças tecnológicas estão diminuindo o tipo de raciocínio reflexivo necessário para o autodesenvolvimento, argumentamos que, uma vez que trocas comunicativas são necessárias para o autodesenvolvimento, e um eu em constante desenvolvimento é necessário para um desenvolvimento cada vez mais profundo e um diálogo mais significativo (portanto, formando uma dialética), o fato de que a mídia social e outras formas de conexão tecnológica impedem um intercâmbio profundo e significativo tem sérias implicações. Especificamente, argumentamos que, na sociedade contemporânea de alta tecnologia (o que estamos chamando de Sociedade 2.0), a dialética entre eu (self) e comunicação está indo para o lado “errado”; que o diálogo genuíno está se tornando cada vez mais raro, o que, por sua vez, está resultando em “eus diminuídos”, o que, por sua vez, está resultando em cada vez mais complacência diante do intercâmbio comunicativo totalmente superficial. Começamos com uma visão geral do que queremos dizer com um “eu diminuído” e, em seguida, observamos como as mídias sociais, o vácuo de leitura, o robotismo, a comunicação coletiva e a diminuição do capital social estão resultando em "eus diminuídos". Como isso está resultando em uma sociedade “diminuída”, refletiremos se essas iniciativas educativas dialógicas que promovem o autodesenvolvimento estão, de fato, fazendo dodôs, ou seja, tornando os jovens inaptos para o meio em que se encontram. Em última análise, argumentamos que, se os educadores escolherem lutar contra as forças que diminuem o eu da Sociedade 2.0, eles precisam levar os eus (selves) a sério e envolver ativamente os jovens no diálogo com aqueles com pontos de vista opostos. Em última análise, os jovens na Sociedade 2.0 precisarão de toda a assistência que os educadores puderem reunir para combater as forças viciantes e literalmente entorpecentes de estar “felizmente” “sozinhos” e, em vez disso, escolher a opção mais arriscada e muitas vezes infeliz de mergulhar no processo de busca da verdade com várias coalizões de disposições.<hr/>resumen En este artículo sostenemos que, si es cierto que el máximo autodesarrollo es mejor tanto para los individuos como para la sociedad, y si es cierto que ese autodesarrollo está siendo seriamente restringido por las fuerzas tecnológicas ambientales que todo lo impregnan, entonces claramente los sistemas educativos, en tanto son guardianes de los jóvenes humanos "en desarrollo", tienen un imperativo moral de oponerse a las fuerzas que disminuyen al yo. Por otro lado, si no es cierto que "más yo es siempre mejor", que tal vez la "calidad del ajuste" entre el yo y la sociedad es óptima, entonces los sistemas educativos están justificados a seguir prestando poca atención a las fuerzas del autodesarrollo (o la falta de ellas). En consonancia con el argumento de Sherry Turkle (2011) de que las fuerzas tecnológicas están disminuyendo el tipo de razonamiento reflexivo necesario para el autodesarrollo, argumentaremos que, dado que el intercambio comunicativo es necesario para el autodesarrollo, y que un yo en constante desarrollo es necesario para un diálogo cada vez más profundo y significativo (por lo tanto, formando una dialéctica), el hecho de que las redes sociales y otras formas de conexión tecnológica atrofien el intercambio profundo y significativo tiene serias consecuencias. En concreto, argumentaremos que, en la actual sociedad de alta tecnología (lo que llamamos Sociedad 2.0), la dialéctica entre el yo y la comunicación va por el camino "equivocado"; que el diálogo genuino es cada vez más raro, lo que a su vez da lugar a "yoes disminuidos", que a su vez da lugar a una complacencia cada vez mayor ante un intercambio comunicativo totalmente superficial. Comenzaremos con un repaso general de lo que entendemos por un "yo disminuido", y después señalaremos cómo las redes sociales, el vacío de lectura, el robotismo, la comunicación de masas y la disminución del capital social están dando lugar a yoes disminuidos. Puesto que esto está dando lugar a una sociedad "yo-disminuida", reflexionaremos sobre la cuestión de si aquellas iniciativas educativas dialógicas que promueven el autodesarrollo están, de hecho, fabricando dodos, es decir, haciendo jóvenes inaptos para el entorno en el que se encuentran. En última instancia, argumentaremos que, si los educadores deciden luchar contra las fuerzas reductoras del yo de la sociedad 2.0, deben tomarse en serio a los yoes y comprometer activamente a los jóvenes en diálogos con quienes tienen puntos de vista opuestos. En última instancia, los jóvenes en la Sociedad 2.0 necesitarán toda la ayuda que los educadores puedan reunir para luchar contra las adictivas y soporíferas fuerzas de estar "felizmente" "solos juntos", y en su lugar elegir la opción más arriesgada y a menudo más infeliz de sumergirse en el proceso de búsqueda de la verdad con diversas coaliciones de voluntarios. <![CDATA[Sobre el encuentro de las maestras con/en un ejercicio infantil de la filosofía]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872023000100202&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumen El propósito de este artículo es presentar una investigación en curso que pretende descubrir sentidos acerca de la figura de la docente en la comunidad de investigación filosófica. ¿Qué hay de singular en esta figura? ¿Qué la configura? ¿Cómo se va configurando y reconfigurando en su propia práctica? El artículo comienza describiendo aquello que caracteriza, define o constituye la figura de profesora como facilitadora esbozada en el programa inicial de Philosophy for Children . Luego, aborda algunas perspectivas críticas en torno de la noción de facilitar y busca proponer una alternativa a tal figura de facilitadora que, lejos de intentar definir una taxonomía de la enseñanza de la filosofía con niños y niñas o establecer un modelo de profesora, nos permita pensar una figura de maestra que sea sensible a los encuentros y que, a través de ellos, también va encontrando otros modos de ser y de hacer. En ese sentido, se propone también una reflexión sobre qué puede significar un encuentro educativo y cuál es el lugar de las maestras en estos encuentros. Finalmente, se plantean algunas posibles condiciones de/para el encuentro como puntos de partida que permitan propiciar y sostener el encuentro, tales condiciones son: lo común, la igualdad, la escucha y la imprevisibilidad.<hr/>abstract The purpose of this article is to present an ongoing research project that aims to uncover meanings about the figure of the teacher in the community of philosophical inquiry. What is unique about this figure? What constitutes this figure? How is this figure configured and reconfigured in her own practice? and how is she configured and reconfigured in her own practice? The article begins by describing what characterizes, defines or constitutes the figure of the teacher as facilitator outlined in the initial Philosophy for Children program. It also addresses some critical perspectives on the notion of facilitating and seeks to propose an alternative to the figure of the facilitator which, far from attempting to define a taxonomy of teaching philosophy with children or to establish a model of teacher, allows us to think of a figure of schoolmaster who is sensitive to encounters and who, through them, also finds other ways of being and doing. In this sense, a reflection is also proposed on what an educational encounter can mean and what is the place of schoolmasters in these encounters. Finally, some possible conditions of/for the encounter are proposed as starting points that allow us to promote and sustain the encounter, such conditions are: commonality, equality, listening and unpredictability.<hr/>resumo O objetivo deste artigo é apresentar uma pesquisa em andamento que visa descobrir significados sobre a figura da professora na comunidade de investigação filosófica. O que há de singular nesta figura? O que a configura? Como é configurada e reconfigurada em sua própria prática? O artigo começa descrevendo o que caracteriza, define ou constitui a figura da professora como facilitadora delineada no programa inicial de Philosophy for Children . Em seguida, aborda algumas perspectivas críticas sobre a noção de facilitador e procura propor uma alternativa à figura do facilitador que, longe de tentar definir uma taxonomia do ensino da filosofia com crianças ou estabelecer um modelo de professor, nos permite pensar em uma figura de mestra que é sensível aos encontros e que, através deles, também encontra outras formas de ser e de fazer. Neste sentido, também é proposta uma reflexão sobre o que pode significar um encontro educacional e qual é o lugar das mestras nestes encontros. Finalmente, algumas condições possíveis de/para o encontro são propostas como pontos de partida que nos permitem promover e sustentar o encontro, tais condições são: o comum, a igualdade, a escuta e a imprevisibilidade. <![CDATA[Los paratextos de la comunidad de investigación filosófica (CIF): descubrimientos emergentes de una investigación en irán]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872023000100203&lng=es&nrm=iso&tlng=es abstract This article presents the emergent findings of research conducted in Iran. It’s main objective was to investigate whether adolescents' thinking could turn polyphonic in CPI and what processes, thinking would go through to achieve this objective. Seventeen adolescents, ten girls, and seven boys participated in fourteen sessions with three iranian and three foreign novels as the materials of inquiry. The sessions were videotaped and analyzed by the researchers. The findings discovered out of pre-determined objectives revealed that CPI was effective in developing adolescents' polyphonic thinking, and polyphonic thinking processes at work were also revealed. At the same time, some unexpected data emerged which gave rise to some emergent findings, among which was that meaning-making is not limited to what happens “inside” the CPI, but some events before, after, and during the sessions are decisive in meaning-making within this communal circle and formation of CPI. We named them ‘paratexts’ of CPI that included WhatsApp chats, religious, educational, scientific, and gender discourses, the extension of issues discussed at CPI to school and home, adolescent dialogues before and after the sessions, and their reading of philosophical ideas and literary commentaries on the materials of inquiry. Gérard Genette, giving currency to the term ‘paratext’, conceives of it as an undefined zone between the inside and the outside of a printed work that forms the complex mediation between book, author, publisher, and reader. It is a border zone in which text and off-text enter dialogue the paratexts associated with CPI directed us to reconfigure the practice in reconsideration of the facilitator’s roles and positions. On this account, the facilitator is someone who needs to be able to actively listen both to the voices of the group members and the voices of existing paratexts, and to manoeuvre between multiple roles and positions as the situation demands.<hr/>resumo Este artigo apresenta os resultados emergentes de pesquisa realizada no Irã. Seu principal objetivo foi investigar se o pensamento dos adolescentes poderia se tornar polifônico na comunidade de investigação filosófica (CIF) e quais processos o pensar passaria para atingir este objetivo. Dezessete adolescentes, dez meninas e sete meninos participaram de catorze sessões com três romances iranianos e três estrangeiros como material de investigação. As sessões foram gravadas em vídeo e analisadas pelos pesquisadores. as descobertas a partir de objetivos pré-determinados revelaram que a CIF foi eficaz no desenvolvimento do pensamento polifônico dos adolescentes, e os processos de pensamento polifônico no trabalho também foram revelados. ao mesmo tempo, surgiram alguns dados inesperados que deram origem a algumas descobertas emergentes, entre as quais o fato de que o significado não se limita ao que acontece "dentro" da CIF, mas alguns eventos antes, depois e durante as sessões são decisivos para o significado dentro deste círculo comunitário e para a formação da CIF. Nós os denominamos "paratextos" da CIF que incluíam conversas da WhatsApp, discursos religiosos, educacionais, científicos e de gênero, a extensão das questões discutidas na CIF para a escola e para casa, diálogos adolescentes antes e depois das sessões, e sua leitura de ideias filosóficas e comentários literários sobre os materiais de investigação. Gérard Genette, dando moeda de troca ao termo 'paratexto', concebe-o como uma zona indefinida entre o interior e o exterior de uma obra impressa que forma a complexa mediação entre livro, autor, editora e leitor. É uma zona de fronteira na qual texto e fora de texto entram em diálogo. os paratextos associados à CIF nos orientaram a reconfigurar a prática na reconsideração dos papéis e posições do facilitador. Por este motivo, o facilitador é alguém que precisa ser capaz de ouvir ativamente tanto as vozes dos membros do grupo quanto as vozes dos paratextos existentes, e de manobrar entre múltiplos papéis e posições, conforme a situação exige.<hr/>resumen Este artículo presenta los resultados emergentes de una investigación llevada a cabo en Irán. Su objetivo principal era investigar si el pensamiento de los adolescentes podía volverse polifónico en la comunidad de investigación filosófica CIF y qué procesos seguiría el pensamiento para lograr este objetivo. Diecisiete adolescentes, diez chicas y siete chicos, participaron en catorce sesiones con tres novelas iraníes y tres extranjeras como materiales de indagación. Las sesiones fueron grabadas en vídeo y analizadas por los investigadores. Los hallazgos descubiertos a partir de los objetivos predeterminados revelaron que la CIF era eficaz para desarrollar el pensamiento polifónico de los adolescentes, y también se pusieron de manifiesto los procesos de pensamiento polifónico en funcionamiento. Al mismo tiempo, surgieron algunos datos inesperados que dieron lugar a algunos hallazgos emergentes, entre ellos que la creación de significado no se limita a lo que ocurre "dentro" de la CIF, sino que algunos acontecimientos antes, después y durante las sesiones son decisivos en la creación de significado dentro de este círculo comunitario y en la formación de la CIF. los denominamos "paratextos" de la CIF, que incluyen charlas de WhatsApp, discursos religiosos, educativos, científicos y de género, la extensión de los temas tratados en la CIF a la escuela y al hogar, los diálogos de los adolescentes antes y después de las sesiones, y su lectura de ideas filosóficas y comentarios literarios sobre los materiales de investigación. Gérard Genette, dando vigencia al término "paratexto", lo concibe como una zona indefinida entre el interior y el exterior de una obra impresa que constituye la compleja mediación entre libro, autor, editor y lector. Se trata de una zona fronteriza en la que dialogan el texto y el fuera de texto. Los paratextos asociados a la CIF nos llevaron a reconfigurar la práctica reconsiderando las funciones y posiciones del facilitador. Desde este punto de vista, el facilitador es alguien que debe ser capaz de escuchar activamente tanto las voces de los miembros del grupo como las voces de los paratextos existentes, y de maniobrar entre múltiples papeles y posiciones según lo exija la situación. <![CDATA[Votar la pregunta como práctica pedagógica en una comunidad de investigación filosófica]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872023000100204&lng=es&nrm=iso&tlng=es abstract This article considers two of the methodological steps in a Community of Philosophical Enquiry: developing the questions and voting on the questions. Both of these practices are enacted by the 8-9 year old children who are the participants in a philosophical enquiry, which I facilitated at a government primary school in South Africa. Matthews (1994) reminds us that children as philosophical thinkers/doers have been left out of the dominant narratives about children and childhood. A question that guides this research is where is the place for philosophical questions (developed by children) and the kind of philosophical thinking/drawing/creating/being for child (and adults) in schools? How do we make space for such questioning-so that the richness of these pedagogical encounters can really matter and make a difference to the teaching and learning taking place? Gandorfer in an interview with Barad (2021), suggests that critical thought “is to encounter what is unrecognizable and imperceptible, yet sensible and constructive of sense without separating it from the physical world” (p. 20). I would agree and apply this to the critical thoughts of child. This thinking is not located in the child, in their mind and does not emerge only through the thoughts, child verbalises. A critical posthumanism theory/practice analysis ensures that as researcher, I do not stand outside of the research peering in at a distance. Similarly the children, the questions, the voting and the enquiries are not separate from the world, they are all already entangled with the world. When the children are voting on the questions, this performs as a pedagogy of interruption (Michaud, 2020). As the facilitator, I do not know which question will receive the largest number of votes for the philosophical enquiry. This makes possible an emergent curriculum in its be(com)ing. Toby Rollo’s (2016) formulations about child as political agent and not just moral agent and the implications for more democratic and just schooling are theorised in this paper through the act of the children voting on the questions. I argue that children are not just excluded from participating in decisions about what and even how they are learning at school but from most pedagogical practices in classrooms and schools. I show how the children creating the questions and voting on the questions can be democratic practices with political and moral implications in a community of philosophical enquiry.<hr/>resumo Este artigo considera duas das etapas metodológicas de uma Comunidade de Investigação Filosófica: elaboração das questões e votação das questões. Ambas as práticas são realizadas por crianças de 8 e 9 anos que são participantes de uma investigação filosófica, que facilitei em uma escola pública primária na África do Sul. Matthews (1994) nos lembra que as crianças como pensadoras/agentes filosóficas foram deixadas de fora das narrativas dominantes sobre crianças e infância. Uma questão que norteia esta pesquisa é onde está o lugar para as questões filosóficas (desenvolvidas pelas crianças) e o tipo de pensamento/desenho/criação/ser filosófico para crianças (e adultos) nas escolas? Como abrir espaço para tais questionamentos - para que a riqueza desses encontros pedagógicos realmente importe e faça a diferença no ensino e aprendizagem em curso? Gandorfer, em entrevista a Barad (2021), sugere que o pensamento crítico “é encontrar o que é irreconhecível e imperceptível, mas sensível e construtivo de sentido sem separá-lo do mundo físico” (p. 20). Eu concordaria e aplicaria isso aos pensamentos críticos da criança. Esse pensamento não está localizado na criança, na sua mente e não surge apenas através dos pensamentos que a criança verbaliza. Uma análise crítica da teoria/prática do pós-humanismo garante que, como pesquisadora, eu não fico fora da pesquisa observando à distância. Da mesma forma, as crianças, as perguntas, as votações e as indagações não estão separadas do mundo, mas já estão todas emaranhadas com o mundo. Quando as crianças estão votando nas questões, isso funciona como uma pedagogia da interrupção (Michaud, 2020). Como facilitadora, não sei qual a pergunta que receberá o maior número de votos para a investigação filosófica. Isso possibilita um currículo emergente em seu tornar-se(com). As formulações de Toby Rollo (2016) sobre a criança como agente político e não apenas moral e as implicações para uma escolarização mais democrática e justa são teorizadas neste artigo por meio do ato de as crianças votarem nas questões. Eu argumento que as crianças não são apenas excluídas da participação nas decisões sobre o que e até mesmo como estão aprendendo na escola, mas também da maioria das práticas pedagógicas nas salas de aula e nas escolas. Mostro como as práticas de as crianças criarem e votarem nas perguntas podem ser práticas democráticas, com implicações políticas e morais em uma comunidade de investigação filosófica.<hr/>resumen En este artículo se examinan dos de las etapas metodológicas en una Comunidad de Investigación Filosófica: la elaboración de las preguntas y la votación de las preguntas. Ambas prácticas son llevadas a cabo por los niños y niñas de 8 a 9 años que participan en una investigación filosófica que yo facilité en una escuela primaria pública de Sudáfrica. Matthews (1994) nos recuerda que los niños y niñas, como pensadores/hacedores filosóficos, han quedado al margen de las narrativas dominantes sobre los niños y la infancia. Una pregunta que guía esta investigación es ¿dónde está el lugar para las preguntas filosóficas (elaboradas por niños y niñas) y el tipo de pensamiento/dibujo/creación/ser filosófico para el niño (y los adultos) en las escuelas? ¿Cómo podemos hacer lugar para esos cuestionamientos -de tal manera que la riqueza de estos encuentros pedagógicos sea realmente importante y haga la diferencia en la enseñanza y el aprendizaje en curso? Gandorfer, en una entrevista con Barad (2021), sugiere que el pensamiento crítico "es encontrarse con lo irreconocible e imperceptible, pero sensible y constructor de sentido sin separarlo del mundo físico" (p. 20). Yo acuerdo y aplicaría esto a los pensamientos críticos del niño. Este pensamiento no se localiza en el niño, en su mente y no emerge únicamente a través de los pensamientos que el niño verbaliza. Un análisis crítico de la teoría/práctica del posthumanismo garantiza que, como investigadora, no me sitúo fuera de la investigación, asomándome desde la distancia. Del mismo modo, los niños y niñas, las preguntas, las votaciones y las preguntas no están separados del mundo, sino que todos se encuentran ya enredados con él. Cuando los niños votan las preguntas, esto funciona como una pedagogía de la interrupción (Michaud, 2020). Como facilitadora, no sé qué pregunta recibirá el mayor número de votos para la investigación filosófica. Esto hace posible un currículum emergente en su estar siendo(deviniendo). Las formulaciones de Toby Rollo (2016) sobre el niño como agente político y no solo agente moral y las implicaciones para una escolarización más democrática y justa son analizadas en este artículo a través del acto de los niños y niñas de votar por las preguntas. Mi argumento es que los niños y niñas no solo están excluidos de participar en las decisiones sobre qué e incluso cómo están aprendiendo en la escuela, sino de la mayoría de las prácticas pedagógicas en las aulas y las escuelas. Muestro cómo la creación de las preguntas y la votación de las preguntas por parte de los niños y niñas pueden ser prácticas democráticas con implicaciones políticas y morales en una comunidad de investigación filosófica. <![CDATA[Que estamos perdiendo? Voz y escucha como acontecimiento]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872023000100205&lng=es&nrm=iso&tlng=es abstract The paper begins with the concept of voice, and tries to question its different meanings, especially in educational settings, in order to propose a philosophical framing of people-of-young-age’s material voices. It then proposes to understand those voices as disruptive differences or opportunities to (re)think about our roles as educators and, most of all, to return to the question of what a philosophical approach to childhood might disrupt. In doing so, it outlines some ideas about “voice” as sound and materiality (Cavarero, 2005) and about “listening” as permanent attention to what might emerge (Nancy, 2002; Davies, 2014), in order to then extend specific meanings of these concepts to the practice of thinking philosophically with people of different ages in the community of philosophical inquiry educational setting (Kennedy; Kennedy, 2012). It also builds on the concept of “event” by Gilles Deleuze (Deleuze, 2013) as a potential immanent within a confluence of forces to then ask how we can foster a philosophical way of living (in) education that understands people-of-young-age’s material voices as something we cannot afford to lose. Finally, the paper proposes to frame the community of philosophical inquiry as a philosophical community of voices, in the sense of an opportunity to experience the materiality of all the voices as something that matters for the shared thought of its participants.<hr/>resumen El artículo comienza con el concepto de voz y intenta cuestionar sus diferentes significados, especialmente en los entornos educativos, para proponer un encuadre filosófico de las voces materiales de las personas-de-poca-edad. A continuación, propone entender esas voces como diferencias disruptivas u oportunidades para (re)pensar sobre nuestro papel como educadores y, sobre todo, para retornar a la pregunta sobre qué es lo que que un enfoque filosófico de la infancia puede transtornar. Al hacer esto, se esbozan algunas ideas sobre la "voz" como sonido y materialidad (Cavarero, 2005) y también sobre la "escucha" como atención permanente a lo que pueda emerger (Nancy, 2002; Davies, 2014), para luego extender los significados particulares de estos conceptos a la práctica de pensar filosóficamente con personas de diferentes edades en el entorno educativo de la comunidad de investigación filosófica (Kennedy y Kennedy, 2012). También se basa en el concepto de "acontecimiento" de Gilles Deleuze (Deleuze, 2013), como un potencial inmanente dentro de una confluencia de fuerzas, para luego preguntar cómo podemos fomentar una forma filosófica de vivir (en) la educación que toma las voces materiales de las personas-de-poca-edad como algo que no podemos permitirnos perder. Por último, el artículo propone enmarcar la comunidad de investigación filosófica como una comunidad filosófica de voces, en el sentido de una oportunidad para experimentar la materialidad de todas las voces como algo que importa en el pensamiento compartido de sus participantes.<hr/>resumo O artigo parte do conceito de voz e procura questionar os seus diferentes sentidos, especialmente em contextos educativos, para propor um enquadramento filosófico das vozes materiais das pessoas-de-pouca-idade. O texto propõe, depois, que se entendam essas vozes como diferenças perturbadoras ou oportunidades para (re)pensarmos os nossos papéis enquanto educadores e, acima de tudo, para voltarmos à questão sobre o que é que uma abordagem filosófica da infância pode perturbar. Nesta linha, delinear-se-ão algumas ideias sobre a 'voz' como som e materialidade (Cavarero, 2005) e também sobre a 'escuta' enquanto atenção permanente ao que possa emergir (Nancy, 2002; Davies, 2014), para depois se alargarem os significados particulares destes conceitos à prática de pensar filosoficamente com pessoas de diferentes idades, no contexto educacional da comunidade de investigação filosófica (Kennedy; Kennedy, 2012). Também nos baseamos no conceito de 'evento' de Gilles Deleuze (Deleuze, 2013), enquanto potencial imanente dentro de uma confluência de força, para perguntarmos como podemos encontrar uma forma filosófica de viver (n)a educação que tome as vozes materiais das pessoas-de-pouca-idade como algo que não nos podemos dar ao luxo de perder. Por fim, o texto propõe considerar-se a comunidade de investigação filosófica enquanto comunidade filosófica de vozes, no sentido de ser uma oportunidade para se experienciar a materialidade de todas as vozes enquanto algo que importa no pensamento partilhado dos seus participantes. <![CDATA[Filosofía de la infancia y la participación política de niños y niñas: desafíos <em>poli(s)fónicos</em>]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872023000100206&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumo Que desafios a participação política das crianças coloca à Filosofia da Infância? Que desafios a Filosofia da Infância coloca à participação política das crianças? O texto que compartilhamos é um balancear entre a “pesquisa como um enumerar de situações e a pesquisa que tira o sono ao pesquisador”. Neste contexto, apresentamos uma narrativa criativa ilustrada, em forma de diálogo. Na orla do que poderia ser o território da participação política, encontram-se duas personagens - Sentinela e Andante - que conversam a propósito de ondas de crianças que se espraiam no território. Essa narrativa é enquadrada num referencial teórico que embasa o grupo de estudos a que pertencemos e o nosso trabalho com as crianças em sede de comunidade de investigação filosófica. Estabelecemos uma articulação entre a escuta das vozes das crianças, as condições de escuta com o lugar da sua participação política no espaço público. Em que medida um espaço e um tempo de escuta das crianças abrem movimentos polifónicos e possibilitam a construção de novas formas de polis: poli(s)fonias? De que formas a Filosofia da Infância se desafia a si mesma na criação de poli(s)fonias onde a participação das crianças dá o tom? De que modos a Filosofia da Infância nos interpela à criação de poli(s)fonias?<hr/>abstract What challenges does the political participation of children pose to the philosophy of childhood? What challenges does the philosophy of childhood pose to children's political participation? To explore these issues, we have created an illustrated narrative text written in the form of a dialogue between two characters-Sentinel and Wanderer-who discuss the waves of children spread over their territory and the possibilities afforded them for participation in politics. The fictional narrative is organized in order to act as a stimulus for communal inquiry in the study group to which we belong, and informs our work with children in the philosophical research community. We establish an articulation between the act of listening to children's voices, the conditions of that listening, and the possible places and spaces for their political participation in the public space that follows. To what extent does creating space and time for listening to children open polyphonic dimensions and enable the construction of new forms of polis: poly(s)phonies? In what ways does the philosophy of childhood challenge itself in the creation of poly(s)phonies, settings in which the participation of children sets the tone? And in what ways does the philosophy of childhood in turn challenge us to create poly(s)phonies of our own?<hr/>resumen ¿Qué desafíos plantea la participación política de niños y niñas a la filosofía de la infancia? ¿Qué desafíos plantea la filosofía de la infancia a la participación política de niños y niñas? Para explorar estas cuestiones, hemos creado un texto narrativo ilustrado escrito en la forma de un diálogo entre dos personajes -Sentinel y Wanderer- que discuten sobre las oleadas de niños y niñas que se extienden por su territorio y las posibilidades que se les ofrecen de participar en política. La narrativa de ficción está organizada para servir de estímulo a la indagación comunitaria en el grupo de estudio al que pertenecemos, y es parte de nuestro trabajo con niños y niñas en la comunidad de investigación filosófica. Establecemos una articulación entre el acto de escuchar las voces de los niños, las condiciones de esa escucha y los posibles lugares y espacios para su participación política en el espacio público que sigue. ¿En qué medida la creación de espacio y tiempo para escuchar a los niños abre dimensiones polifónicas y permite la construcción de nuevas formas de polis: poli(s)fonías? ¿De qué maneras la filosofía de la infancia se desafía a sí misma en la creación de polifonías, escenarios en los que la participación de niños y niñas establece el tono? ¿Y de qué maneras la filosofía de la infancia a su vez nos desafía a crear poli(s)fonías propias? <![CDATA[Invertir las preguntas: una invitación a dar un paseo por un otro lado de las preguntas]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872023000100207&lng=es&nrm=iso&tlng=es abstract This paper has two objectives: to explore how inverting questions in the Community of Philosophical Inquiry (Kennedy, 2004) can be a useful tool for triggering thought processes; and, more generally, to explore the importance of inverting the role traditionally given to children as bystanders to their own education and thought processes. On this basis, we will assume that children have an epistemic and political voice and that this voicing, placed on equal standing with the adult voice, is long overdue. It is undeniable that questions have a central role in P4C sessions (Costa-Carvalho E Mendonça, 2020; Costa-Carvalho E Kohan, 2020) and that, in the context of any given community of philosophical inquiry, they can trigger (Kennedy, 2004) a wide range of thought processes. Some questions may be too vague and require sharpening to adequately address the problem at hand, while others may promote a metacognitive approach to the issue under discussion, and to the entire thought process that sustains it. We will explore how inverting questions may be useful in this context. Moreover, we will consider how this thought anastrophé may emerge in concrete philosophical discussions with children. Our argument will, therefore, navigate the intersection between language and thought, logic and semantics, and theory and practice. Assuming that the term “inversion” may offer different understandings, we will try to outline this rhizomatic approach (Deleuze and Guattari, 1987) to the concept. We will focus primarily on the child’s point of view, which we hold to be epistemologically privileged (Kennedy, 2020). It is our core belief that children´s voices should be granted scientific and political standing and that an epistemic inversion between adulthood and childhood in education must be explored.<hr/>resumo Este artigo procura atingir dois objetivos: explorar quão importante é a inversão das perguntas em contexto de comunidade de investigação filosófica (Kennedy, 2004), nomeadamente no desencadear de processos de pensamento filosófico; e, mais genericamente, reconhecer o quanto é necessário inverter os papéis dados tradicionalmente às crianças, essencialmente tomados como espectadores do seu próprio pensamento e educação. No seguimento desta última ideia, assumiremos que as crianças possuem voz epistémica e política, em pé de igualdade da do adulto, e que esta voz há muito que tarda em fazer-se ouvir. É um facto indesmentível que as perguntas têm um papel central nas sessões de Filosofia para Crianças organizadas em comunidade de investigação filosófica (Costa-Carvalho e Mendonça, 2020; Costa-Carvalho e Kohan, 2020), e que desencadeiam (Kennedy, 2004) inúmeros processos de raciocínio e de pensamento. Algumas destas questões necessitarão de clarificação, sendo vagas, e outras poderão mesmo facilitar um posicionamento metacognitivo face ao assunto em discussão e face ao próprio processo de pensamento que o sustenta. Exploraremos, pois, neste contexto, o quanto a inversão das perguntas pode ser uma ferramenta útil, considerando igualmente, como esta anástrofe do pensamento pode ocorrer em diálogo filosófico com crianças. A nossa proposta deambulará, pois, na intersecção da linguagem e do pensamento, da lógica e da semântica, da teoria e da prática. Conscientes que o termo “inversão” pode ter vários significados, ensaiaremos neste artigo uma abordagem rizomática ao conceito (Deleuze e Guattari, 1987) com especial foco na voz e na perspetiva das crianças e no quanto esta perspetiva é epistemologicamente privilegiada (Kennedy, 2020). Um dos nossos pressupostos centrais é o de que a voz das crianças possui valor epistémico e político igual à do adulto, e que esta inversão entre adultidade e infância no contexto da educação também urge fazer-se.<hr/>resumen Este artículo tiene dos objetivos: explorar cómo invertir las preguntas en la Comunidad de Indagación Filosófica (Kennedy, 2004) puede ser una herramienta útil para desencadenar procesos de pensamiento; y, más en general, explorar la importancia de invertir el papel tradicionalmente asignado a los niños como espectadores de su propia educación y de sus procesos de pensamiento. Sobre esta base, asumiremos que los niños tienen una voz epistémica y política y que esta voz, situada en pie de igualdad con la voz de los adultos, hace tiempo que debería haberse hecho oír. Es innegable que las preguntas tienen un papel central en las sesiones de FpN (Costa-Carvalho E Mendonça, 2020; Costa-Carvalho E Kohan, 2020) y que, en el contexto de cualquier comunidad de investigación filosófica, ellas pueden desencadenar (Kennedy, 2004) una amplia gama de procesos de pensamiento. Algunas preguntas pueden ser demasiado vagas y requerir un pulido para abordar adecuadamente el problema en cuestión, mientras que otras pueden promover un enfoque metacognitivo de la cuestión en debate, y de todo el proceso de pensamiento que lo sustenta. Exploraremos cómo invertir las preguntas puede ser de utilidad en este contexto. Además, consideraremos cómo esta anastrophé de pensamiento puede surgir en discusiones filosóficas concretas con niños. Nuestra argumentación, por tanto, navegará por la intersección entre lenguaje y pensamiento, lógica y semántica, y teoría y práctica. Asumiendo que el término "inversión" puede ofrecerse a diferentes interpretaciones, intentaremos esbozar este enfoque rizomático (Deleuze y Guattari, 1987) del concepto. Nos centraremos principalmente en el punto de vista del niño, que consideramos epistemológicamente privilegiado (Kennedy, 2020). Estamos convencidos de que a las voces de los niños se les debería conceder un estatus científico y político y de que una inversión epistémica entre adultez e infancia debe ser explorada en la educación. <![CDATA[Modelo de proceso polilógico de la educación (elemental-)filosófica: un concepto interdisciplinario que integra la Filosofía para/con los niños en la teoría constructivista de cambio o crecimiento conceptual]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872023000100208&lng=es&nrm=iso&tlng=es abstract Although the Philosophy for/with Children (P4wC) movement seems to have overcome two major points of criticism, these critical concerns can still be found in the literature today. The first question is whether P4wC can be placed in the field of philosophy at all, and the second asks whether children possess the cognitive abilities necessary to engage in philosophical discourse. One of the more recent articles voicing these concerns is authored by Caroline Heinrich, who describes P4wC as “an assault on philosophy and an assault on children” and argues that P4wC is a “concept imposed by adults on children.” She maintains that P4wC ignores “children’s thinking, questioning and play.” Furthermore, Heinrich states that P4wC cannot be called philosophy because children are not able to philosophize. In most of her argumentation, refering to Jan Piaget’s theoretical account of the cognitive development of children. Although the P4wC discourse has already dealt with these questions over the last few decades, it seems that there is still a need for further clarification. This paper provides an overview of the main points of criticism, which form the starting point of the author’s Polylogical Process Model of (Elementary-)Philosophical Education (PPEE model). This interdisciplinary approach, which is based on the constructivist conceptual change/growth theory of Stella Vosniadou and William Brewer, attempts to add new perspectives to two central questions addressing the P4wC movement: first, can P4wC actually be called philosophy?; second, do children have the cognitive abilities to engage in philosophical discourse? In addition, the question arises as to which pedagogical considerations based on constructivist learning theory could be added to P4wC methodology? The aim of the interdisciplinary PPEE model is to build a broader scientific foundation that has the potential to reduce the main points of criticism of the P4wC movement.<hr/>resumen Aunque el movimiento de la filosofía para/con los Niños (Fp/cN) parece haber superado dos grandes puntos de crítica, estos interrogantes críticos siguen presentes en la literatura actual. La primera pregunta se refiere a si la Fp/cN puede situarse en el campo de la filosofía y la segunda trata de averiguar si niñas y niños tienen las capacidades cognitivas necesarias para participar en el discurso filosófico. Uno de las recientes críticas a este movimiento es traída por Caroline Heinrich (2017, 2020a, 2020b), quién describe la Fp/cN como “un asalto a la filosofía y a niñas y niños” (“Ein Angriff auf die Philosophie und ein Angriff auf das Kind”) y expone que la Fp/cN es “un concepto impuesto desde los adultos a niñas y niños” (“ein übergestülptes Konzept von Erwachsenen auf Kinder”). Asimismo, sostiene que la Fp/cN ignora “el pensamiento, cuestionamiento y el juego de niñas y niños”. Además, Heinrich argumenta que la Fp/cN no se puede llamar filosofía porque niñas y niños no son capaces de filosofar. En su argumento, Heinrich se basa en la teoría de Piaget (1920) sobre el desarrollo cognitivo de niñas y niños. Aunque el discurso de la Fp/cN ya se ha ocupado de estas cuestiones en las últimas décadas, parece que todavía es necesario ciertas aclaraciones. El conjunto de debates relativos a estas preguntas no puede representarse en un solo artículo. No obstante, lo que intento es ofrecer una visión general de algunas de las principales críticas y argumentos que constituyen el punto de partida de mis propias consideraciones y que pueden encontrarse en mi modelo de Proceso Polilógico de Educación (Elemental-) Filosófica (PPEE). Mi enfoque interdisciplinar, basado en la teoría constructivista del cambio/crecimiento conceptual de Stella Vosniadou y William Brewer (1992), intenta añadir nuevas perspectivas relacionadas con las principales preguntas en el movimiento P4wC. En primer lugar, ¿se puede llamar filosofía a la Fp/cN?; en segundo lugar, ¿tienen niñas y niños las capacidades cognitivas necesarias para participar en un discurso filosófico?. Por otro lado, se plantea la pregunta de qué consideraciones pedagógicas basadas en la teoría constructivista del aprendizaje podrían añadirse. El objetivo del modelo interdisciplinario PPEE es construir una base científica más amplia que reduzca las principales críticas de sus detractores al movimiento de la Fp/cN (P4wC).<hr/>resumo Embora o movimento de Filosofia para/com Crianças (Fp/cC) pareça ter superado as duas maiores críticas a seu respeito, essas questões ainda podem ser encontradas na literatura recente. A primeira pergunta é se a Filosofia para/com Crianças pode ser considerada um campo da filosofia; a segunda questiona se as crianças possuem as habilidades cognitivas necessárias para participarem ativamente de um debate filosófico. Uma das mais recentes críticas sobre o movimento é o artigo escrito por Caroline Heinrich (2017, 2020a, 2020b), que descreve a Fp/cC como “um ataque à filosofia e às crianças” (“Ein Angriff auf die Philosophie und ein Angriff auf das Kind”) e afirma que a Fp/cC é um “conceito imposto pelos adultos às crianças” (“ein übergestülptes Konzept von Erwachsenen auf Kinder”). Ela sustenta, ainda, que a Fp/cC ignora “o pensamento, o questionamento e o jogo infantil”. Além disso, Heinrich afirma que a Fp/cC não pode ser chamada de filosofia, porque as crianças não são capazes de filosofar. Em grande parte de sua argumentação, Heinrich se refere à teoria de Piaget sobre os estágios de desenvolvimento cognitivo infantil. Apesar do discurso da Fp/cC já ter se ocupado dessas questões nas últimas décadas, ainda parece ser necessário certos esclarecimentos. O conjunto dos debates relacionados a essas perguntas certamente não pode ser ilustrado em um único artigo. Apesar disso, espero que esse trabalho ofereça uma visão geral das principais críticas e argumentações, que são o ponto de partida das minhas próprias considerações - que podem ser encontradas em meu modelo de Processo Polilogico de Educação (Elementar-)Filosófica (Modelo PPEE). Minha abordagem interdisciplinar, baseada na teoria construtivista de mudança conceitual de Stella Vosniadou e William Brewer (1992), busca acrescentar novas perspectivas para as principais questões do movimento de Fp/cC: primeiro, pode a Fp/cC ser realmente chamada de filosofia?; segundo, as crianças têm habilidades cognitivas para se engajarem em um debate filosófico? Em adição, surge a seguinte pergunta: “Quais considerações pedagógicas baseadas na teoria construtivista de aprendizagem poderiam ser acrescentadas?”. O objetivo do modelo interdisciplinar PPEE é criar uma base científica ampla que reduza os principais pontos de críticas ao movimento de Fp/cC. <![CDATA[How to generate (educate) an inquiring-jazzing community: free and open suggestions from an international workshop (ICPIC 2022)]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872023000100209&lng=es&nrm=iso&tlng=es abstract This paper presents the collective reflection of a temporary community of inquiry (COI) created during an international workshop at the 20th biennial ICPIC conference--“Philosophy In And Beyond the Classroom: P4wc Across Cultural, Social, and Political Differences”-- and the suggestions emerging from that event. The workshop, entitled “Pedagojazz-improvising and inquiring, community interplay”, was conducted via Zoom, but participants were both online and present in person. The topic focused on the pedagojazz perspective, and the short activities proposed were aimed at involving the (temporary) COI in a collective discussion about how it would be possible to transform a community of inquiry into an inquiring-jazzing community. Three premises were introduced as common background on which to develop our reflections: the pedagojazz perspective; the connection between pedagojazz idioms and the different roles of the facilitator in P4wC; and the idea that jazz, and collective improvisation in particular, can inform COI development. The principles and practices of pedagojazz and collective improvisation are presented in detail here. During the workshop, Zoom chat and the Wooclap site were used to involve all participants and to gather their contributions and suggestions. A word cloud and three tables were produced and are presented here. Interesting themes, questions and perspectives emerged that can help us reflect in a more complex way on the education of P4wC facilitators across cultural, social and political differences.<hr/>resumo Este texto apresenta a reflexão coletiva e todas as sugestões emergentes da comunidade de investigação (CdI) temporária criada durante um workshop internacional na XX Conferência Bienal do ICPIC, “Filosofia dentro e fora da sala de aula”: fpcc através das diferenças culturais, sociais e políticas”. O workshop, intitulado “Pedagojazz - improvisando e investigando, interação comunitária”, foi realizado via Zoom, mas os participantes estavam tanto online quanto presentes pessoalmente. O tópico focou a perspectiva pedagojazzística e as curtas atividades propostas visavam envolver a CdI (temporária) dos participantes em uma discussão coletiva sobre como seria possível educar uma comunidade de perguntas e transformá-la em uma comunidade de perguntas-jazzing. Três premissas foram introduzidas como um fundo comum para desenvolver nossas reflexões: a perspectiva pedagojazzística; a conexão já desenvolvida entre os idiomas pedagojazz e os diferentes papéis do facilitador na fpcc; e a ideia de que o jazz, e particularmente a improvisação coletiva, podem informar o desenvolvimento da CdI. As perspectivas do pedagojazz e da improvisação coletiva são apresentadas aqui, e os conceitos relacionados são descritos em detalhes. Durante a oficina, o chat do Zoom e o site Wooclap foram usados para envolver todos os participantes e reunir suas contribuições e sugestões. Uma nuvem de palavras e três tabelas foram produzidas e são apresentadas aqui. Surgiram solicitações e perspectivas interessantes que podem nos ajudar a refletir de uma forma mais complexa sobre a educação fpcc da comunidade e dos facilitadores através das diferenças culturais, sociais e políticas.<hr/>astratto Questo contributo presenta la riflessione collettiva e tutti i suggerimenti che sono emersi dalla Comunità di ricerca (CdR) temporanea, creata durante un workshop internazionale presentato alla XXa conferenza biennale dell'ICPIC “Philosophy in and beyond the classroom: P4wC through cultural, social, and political difference”. Il workshop, intitolato “Pedagojazz-Improvising and inquiring, community interplay”, è stato condotto tramite Zoom, ma i partecipanti erano sia online che in presenza. Il tema era incentrato sulla prospettiva della pedagojazz e le brevi attività proposte miravano a coinvolgere la CdR (temporanea) dei partecipanti in una discussione collettiva su come sarebbe possibile educare una comunità di ricerca e trasformarla in una comunità di ricerca-jazz. Sono state introdotte tre premesse come sfondo comune su cui sviluppare le nostre riflessioni: la prospettiva della pedagojazz, la connessione già sviluppata tra le sue parole chiave e i diversi ruoli del facilitatore in P4wC, e l'idea che il jazz e in particolare l'improvvisazione collettiva possano influenzare lo sviluppo di una CdR. In questo lavoro vengono presentate le prospettive della pedagojazz e dell'improvvisazione collettiva, e vengono descritti in dettaglio i concetti connessi. Durante il workshop sono state utilizzate la chat Zoom e il sito Wooclap per coinvolgere tutti i partecipanti e raccogliere i loro contributi e suggerimenti. Sono state prodotte una Word cloud e tre tabelle che vengono qui presentate. Sono emerse sollecitazioni e prospettive interessanti che possono aiutarci a riflettere in modo più complesso sull'educazione P4wC della comunità e dei facilitatori al di là delle differenze culturali, sociali e politiche. <![CDATA[Desarrollo del pensamiento multidimensional para la construcción de una ciudadanía creativa]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872023000100210&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumen La importancia del proyecto Ciudadanía Creativa desde el fomento del pensamiento crítico, ético y creativo en niños y niñas de primera infancia como actores sociales y constructores de paz radica en la integración de la Ciudadanía Creativa con la perspectiva de la Filosofía para Niños (FpN) del filósofo norteamericano Matthew Lipman, en tanto que se promueve en los participantes la capacidad para pensar crítica, ética y creativamente en y desde sus realidades, promoviendo el ejercicio permanente de las habilidades de pensamiento en los diversos ámbitos de su vida cotidiana. Por otra parte, dicha investigación se planteó desde un enfoque cualitativo en tanto que pretendió indagar acerca del sentido y significado de las relaciones, particularmente de niños, niñas y agentes sociales que se vinculan a procesos de formación, buscando explorar, describir, generar perspectivas teóricas, y al mismo tiempo impulsar transformaciones sociales desde las mismas comunidades a través del empoderamiento del pensamiento multidimensional. De acuerdo con lo anterior, los apartados que componen este artículo han sido organizados tomando como punto de partida la noción Pensamiento Multidimensional, pasando por una revisión del concepto de Ciudadanía Creativa y finalizando con el de Construcción de Paz. Tres categorías teóricas que han permitido situar las intencionalidades investigativas en el marco de las realidades de las infancias y las mediaciones pedagógicas que se dieron a lo largo de la implementación del proyecto. Teniendo en cuenta la valoración dada al desarrollo del pensamiento en las infancias se plantea a continuación un estatuto conceptual que fundamenta la idea de pensamiento y en ella la manera como se comprende la promoción de habilidades en niños y niñas. Por su parte, en un segundo momento, se explora la noción de Ciudadanía Creativa señalando el movimiento creativo que supone la participación de las infancias en entornos sociales y la configuración de acciones transformadoras de las problemáticas percibidas. Finalmente se plantea el concepto de Construcción de Paz ahondando en la manera como la comunidad de diálogo filosófica supone una apuesta por la configuración de ambientes de paz en tanto forja las capacidades de los ciudadanos para el emprendimiento de acciones individuales y colectivas que permitan crear y re-crear desde sus contextos, escenarios de convivencia pacífica.<hr/>resumo A importância do projeto de Cidadania Criativa a partir da promoção do pensamento crítico, ético e criativo em crianças da primeira infância como atores sociais e construtores da paz reside na integração da Cidadania Criativa com a perspectiva da Filosofia para Crianças (FpC) do filósofo norte-americano Matthew Lipman, na medida em que promove nos participantes a capacidade de pensar de forma crítica, ética e criativa nas e a partir de suas realidades, promovendo o exercício permanente de competências de pensamento nas diversas áreas de sua vida cotidiana. Por outro lado, esta pesquisa foi levantada a partir de uma abordagem qualitativa, na medida em que procurou indagar sobre o sentido e o significado das relações, particularmente de crianças e agentes sociais que estão ligados a processos formativos, procurando explorar, descrever, gerar perspectivas teóricas e, ao mesmo tempo, promover transformações sociais a partir das mesmas comunidades por meio do empoderamento do pensamento multidimensional. De acordo com o exposto, as seções que compõem este artigo foram organizadas tomando como ponto de partida a noção de Pensamento Multidimensional, passando por uma revisão do conceito de Cidadania Criativa e finalizando com o de Construção de Paz. Estas três categorias teóricas permitiram situar as intenções investigativas no quadro das realidades da infância e das mediações pedagógicas que ocorreram ao longo da implementação do projeto. Tendo em conta a avaliação dada ao desenvolvimento do pensamento nas infâncias, propõe-se a seguir um estatuto conceitual que fundamenta a ideia de pensamento e nela a forma como se entende a promoção de competências nas crianças. Por sua vez, em um segundo momento, explora-se a noção de Cidadania Criativa, apontando o movimento criativo que envolve a participação das infâncias em ambientes sociais e a configuração de ações transformadoras dos problemas percebidos. Finalmente, propõe-se o conceito de Construção de Paz, aprofundando a forma como a comunidade de diálogo filosófico implica um compromisso com a configuração de ambientes pacíficos na medida em que forja as capacidades dos cidadãos para empreender ações individuais e coletivas que lhes permitam criar e re-criar a partir de seus contextos, cenários de convivência pacífica.<hr/>abstract The Creative Citizenship project was founded to promote critical, ethical, and creative thinking in early childhood, and to recognize and encourage children as social actors and peacebuilders. In concert with the methodology of North American philosopher Matthew Lipman's Philosophy for Children (P4C), Creative Citizenship seeks to promote in children the ability to think critically, ethically, and creatively in and from their own realities, and to exercise multidimensional thinking skills in the various areas of their daily lives. The research documented here adopted a qualitative approach in so far as it sought to inquire about the character of those relationships, particularly among boys and girls, that promote their identity as social agents. As such, it examined training processes and generated theoretical perspectives in the interest of promoting social transformation through the empowerment of multidimensional thinking. The article begins with a review of the concept of Creative Citizenship and ends with that of Peacebuilding. Three theoretical categories have been applied in order to situate the inquiry within the framework of the realities of childhood, and to chart the pedagogical interventions by adults that occurred throughout the implementation of the project. The first focuses on the development of children’s thinking per se, the second on children's capacities for creative problem-solving in social environments, and the third on the concept of peacebuilding as a commitment to practicing philosophical dialogue among children, which is understood as a form of discourse that builds the capacities of citizens to undertake individual and collective actions that allow them, in turn, to create and re-create scenarios of peaceful coexistence. <![CDATA[¿Estamos listos para escuchar a los niños?]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872023000100213&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumo Este texto parte de inquietações em torno da prática filosófica com crianças e da escuta que ocorre em algumas comunidades de investigação filosófica (Sharp, 1987; Mendonça; Carvalho, 2018) em contexto escolar. Pensamos nas certezas com que nos movemos nestes espaços e como momentos imprevisíveis podem interromper esses caminhos (aparentemente) seguros, possibilitando novas formas de educar. Esses “momentos críticos” (Haynes; Murris, 2012a) surgem a partir da escuta das vozes de crianças e transformam a forma como o educador-filósofo-investigador se conduz na escola e nas reflexões que faz a partir dessas práticas. Dessa forma, a pergunta da Inês abre a presente escrita. Partiremos também de diálogos com alguns autores, como seja Jean-Luc Nancy, que nos traz importantes ideias acerca da escuta, e Michael Apple, nos lembrando que as escolas podem atuar como mantenedoras de uma situação hegemônica por meio da transmissão de valores e tendências culturais e econômicas ao contexto escolar. Seguimos pela importância e pela reflexão crítica sobre a escuta das vozes das crianças, até nos perguntarmos se a escola as escuta e quais vozes são consideradas nessa escuta. Além disso, em diálogo com hooks, Haynes, Murris e Carvalho, propomos pensar a escola também como um espaço político e, sendo assim, como os exercícios e vivências da escuta ali experienciados podem constituir práticas democráticas. Compartilhamos como exemplo algumas vivências que buscam escutar as vozes das crianças na sala de aula, a partir das quais perpassamos juntamente com Walter Kohan pelos enlaces marginais entre escuta, escola e filosofia. Terminamos referindo que o percurso desta escrita nos conduziu a considerar que a escuta, quando pensada criticamente, pode contribuir para comunidades de investigação filosófica cada vez mais atentas e cuidadosas com a dimensão política das contribuições e falas das crianças.<hr/>abstract This text is based on concerns about philosophical practice with children and the manner of listening that occurs in some communities of philosophical inquiry (Sharp, 1987; Mendonça; Carvalho, 2018) in a school context. We think about the certainties with which we move in these spaces and how unpredictable moments can interrupt these (apparently) safe paths, enabling new ways of educating. These “critical moments” (Haynes; Murris, 2012a) arise from listening to the voices of children in the interest of transforming the way in which the educator-philosopher-researcher conducts himself by way of the reflections he makes based on what he hears. As such, the present text opens with a question, which we respond to in dialogue with several philosophers; first, Jean-Luc Nancy’s work, brings us important ideas about listening. Next, Michael Apple reminds us that schools can act as maintainers of a hegemonic situation through the transmission of values and cultural and economic trends in the school context. We continue by discussing the importance of critical reflection as we listen to children's voices, and ask ourselves how school is constructed for listening-particularly, whose voices are considered worthy of listening to. This leads, in dialogue with bell hooks, to the identification of school as a political space and the question of how the exercise of listening there can create and maintain authentic democratic practice. We also share a few examples of the experience of listening to children's voices in the classroom, and we explore, together with Walter Kohan, the marginal links between listening, school and philosophy. We end by reflecting on the process of creating this text, which led us to consider that listening, when practiced critically, can contribute to those philosophical research communities that are increasingly attentive to the political dimension of children's thinking and speaking.<hr/>resumen Este texto parte de inquietudes sobre la práctica filosófica con niños y niñas y sobre la escucha que ocurre en algunas comunidades de investigación filosófica (Sharp, 1987; Mendonça; Carvalho, 2018) en contexto escolar. Pensamos en las certezas con las que nos movemos en estos espacios y cómo momentos impredecibles pueden interrumpir estos caminos (aparentemente) seguros, posibilitando nuevas formas de educar. Estos “momentos críticos” (Haynes; Murris, 2012a) surgen de la escucha de las voces de niños y niñas y transforman la forma en que el educador-filosofo-investigador se conduce en la escuela y en las reflexiones que realiza a partir de estas prácticas. De esta forma, la pregunta de Inês abre el presente escrito. También partiremos de diálogos con algunos autores, como Jean-Luc Nancy, quien nos trae ideas importantes sobre la escucha, y Michael Apple, quien nos recuerda que las escuelas pueden actuar como mantenedoras de una situación hegemónica a través de la transmisión de valores y tendencias culturales y económicas al contexto escolar. Continuamos con la importancia y con la reflexión crítica sobre la escucha de las voces de niños y niñas, hasta preguntarnos si la escuela las escucha y cuáles voces son consideradas en esa escucha. Además, en diálogo con hooks, Haynes, Murris y Carvalho, proponemos pensar la escuela también como un espacio político y, por tanto, cómo los ejercicios y experiencias de escucha que allí se viven pueden constituirse en practicas democráticas. Compartimos como ejemplo algunas experiencias que buscan escuchar las voces de niños y niñas en el aula, a partir de las cuales exploramos, junto a Walter Kohan, los vínculos marginales entre escucha, escuela y filosofía. Finalizamos refiriendo que el recorrido de este escrito nos llevó a considerar que la escucha, cuando es pensada críticamente, puede contribuir a comunidades de investigación filosófica cada vez más atentas y cuidadosas con la dimensión política de los aportes y discursos infantiles. <![CDATA[Al final, nuestro futuro es lo que va a ser cambiado: investigar sobre el medio ambiente con libertad y responsabilidad]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872023000100300&lng=es&nrm=iso&tlng=es Resumo A crise ambiental - por causa da sua complexidade, urgência, imprevisibilidade e escala - requer a defesa do papel educacional da filosofia e um panorama de como implementar a pedagogia filosófica na exploração das questões ambientais. Este é o objetivo do presente trabalho. Conforme enfrentamos um futuro incerto, todos os educadores devem considerar que conhecimentos e “know-how” os jovens precisam, e que tipo de pessoa eles precisam de se tornar, se quiserem sobreviver e prosperar neste mundo em transformação. Educadores filosóficos não podem presumir a utilidade contínua de sua prática, nem podem esperar que ela permaneça a mesma. No contexto da corrente crise, a investigação filosófica dos problemas ambientais emergentes cria desafios para aqueles que trabalham no espírito da Comunidade de Investigação e esses desafios exigem tanto disciplina quanto flexibilidade por parte dos praticantes e participantes. Este artigo resume algumas das adaptações que tenho usado para tentar responder flexivelmente a essa situação. Mas também defendo uma questão sobre a qual acredito que os educadores filosóficos devem manter a linha aberta - a importância de não ser diretivo em assuntos que são filosoficamente controversos. Defendo a ideia de que, apesar da natureza existencial dessa emergência e de sua profunda urgência, não é o papel dos educadores filosóficos convencer ou coagir os estudantes a adotarem pontos de vista particulares sobre as questões filosóficas que essa crise levanta. Isso porque toda investigação filosófica envolve a criação de um ambiente de liberdade e responsabilidade, com respeito ao que os participantes acreditam ser certo e verdadeiro e ao que eles fazem como resultado disso. Os participantes da investigação devem ser epistemicamente livres para explorar e avaliar as questões filosóficas conforme lhes fizer sentido, mas também devem ser epistemicamente responsáveis pelas evidências e pelos argumentos nos quais seus juízos provisórios se baseiam. Da mesma forma, os participantes da investigação devem ser eticamente livres para responder aos problemas filosóficos de formas que expressem e cultivem seu caráter e compromisso autênticos, mas eles permanecem eticamente responsáveis por suas verdadeiras motivações, seus valores proferidos e pelas consequências reais de suas palavras e ações, e seus silêncios e inações. Este artigo explora alguns caminhos para otimizar a liberdade e a responsabilidade em todas as formas de investigação filosófica, baseando-se especificamente em exemplos do meu trabalho com jovens sobre questões ambientais filosoficamente controversas. Esses exemplos também destacam algumas das adaptações que desenvolvi para abordar os desafios que a investigação ambiental traz.<hr/>abstract The environmental crisis-because of its complexity, urgency, unpredictability, and scale-requires a defence of the educational role of philosophy and an account of how to implement philosophical pedagogy in the exploration of environmental issues. This is the aim of this paper. As we face an uncertain future, all educators must consider what knowledge and “know-how” young people need, and what kind of people they need to become, if they are to survive and thrive in this changing world. Philosophical educators cannot assume the ongoing utility of their practice, nor can they expect that their practice should remain the same. In the context of the current crisis, the philosophical exploration of emerging environmental issues raises challenges for those who work in the spirit of Community of Enquiry and these challenges require both discipline and flexibility from practitioners and participants. This paper outlines some of the adaptations that I have used to try and respond flexibly to this predicament. But I also defend an issue on which I believe philosophical educators should hold the line-namely the importance of being non-directive on matters that are philosophically contentious. I defend the view that despite the existential nature of this emergency and its profound urgency, it is not the role of philosophical educators to convince or coerce philosophical learners to adopt particular views on the philosophical questions that this crisis raises. This is because all philosophical enquiry involves creating an environment of freedom and responsibility with respect to what participants believe to be right and true and what they do as a result. Participants in enquiry must be epistemically free to explore and evaluate philosophical questions as they see fit, but they must also be epistemically responsible for the evidence and arguments on which their provisional judgements rest. Equally, participants in enquiry must be ethically free to respond to philosophical problems in ways that express and cultivate their authentic character and commitments, but they remain ethically responsible for their true motivations, their professed values and for the real-life consequences of their words and actions, and their silences and inaction. This paper explores some ways to optimise freedom and responsibility in all forms of philosophical enquiry, drawing specifically on examples of my work with young people on philosophically contentious environmental issues. These examples also highlight some of the adaptations that I have developed to address the challenges that environmental enquiry brings.<hr/>resumen está disponible en el texto completo <![CDATA[Una historia de final abierto sobre algunas facetas ocultas de la escucha o ¿(qué) estamos realmente (haciendo) con la infancia?]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872023000100301&lng=es&nrm=iso&tlng=es abstract The paper arises from a shared event that turned into an experience: the finding of a childlike piece of paper on our way to a conference about philosophy in schools and how it affects our educational ideas and research practices on listening to children. Triggered by the question of what it means to listen, we are led to the exercise of self-questioning inspired by some of the authors that have already written about the topic, specifically in the context of the community of philosophical enquiry. The thinking unfolds with the telling of the story about the found piece of paper, crossing different layers of questioning and trying to keep the enquiry open for the readers: what is it that we do not know about listening to children? And to what extent might that, which we do not know, be the cause of biased and adultist practices? Is it necessary to return to what philosophy is and where one can find it inside the school environment? Is it already there when the adults arrive? Are we not listening to it? Or are there specific places for philosophical conversations, such as the classroom? Is philosophy also invited to the margins of those spaces? Who decides what counts as philosophical? It is not about answering questions and giving closure to our concerns as educators and researchers, but rather sharing with the readers how even in the least suspected place - an academic event about bringing philosophy to school - one might still not be listening to children. In returning to this self-questioning movement, we want to echo some of the troubling in the thinking and practices of listening in the so-called movement of Philosophy for/with Children: this for/with phenomenon, its politics and relations; some of the assumptions that might be present in the dilemmas in practice for educators and researchers; but also its aesthetics resonances, the sheer beauty of troubling, the (out of) tune of self-questioning, the questions it raises for us as researchers and the space of doubting and uncertainty it offers, like a hesitation or a breathing space. And perhaps, we wonder, it is in-between spaces, in its cracks and transitions, that important things can find their way into our thinking and conversations about childhood. Just like a piece of paper in a hotel room.<hr/>resumen El artículo surge de un acontecimiento compartido que se transformó en una experiencia: el descubrimiento de un pedazo infantil de papel, de camino a una conferencia sobre filosofía en las escuelas, y cómo ese encuentro afecta nuestras ideas educativas y prácticas de investigación sobre la escucha a los niños. Movidas por la pregunta de qué significa escuchar, nos vemos conducidas a un ejercicio de autocuestionamiento inspirado por algunos de los autores que ya han escrito sobre el tema, específicamente en el contexto de la comunidad de investigación filosófica. El pensar se despliega con la narración de la historia del pedazo de papel encontrado, pasando por diferentes niveles de cuestionamiento, e intentando mantener la investigación abierta para los lectores: ¿qué es lo que no sabemos sobre escuchar a los niños? ¿Y hasta qué punto eso que no sabemos podría ser la causa de prácticas sesgadas y adultistas? ¿Será necesario volver sobre qué es la filosofía y dónde podemos encontrarla dentro del ambiente escolar? ¿Será que la filosofía ya está ahí cuando los adultos llegan? ¿Será que no estamos escuchándola? ¿O es que existen lugares específicos para diálogos y conversaciones filosóficas, tales como el salón de clases? ¿También está invitada la filosofía a los márgenes de esos espacios? ¿Quién decide lo que cuenta como filosófico? No se trata de responder preguntas o de acabar con nuestras preocupaciones como educadoras e investigadoras, sino de compartir con los lectores cómo hasta en el lugar menos pensado -un evento académico sobre llevar la filosofía a las escuelas- podemos aun no estar escuchando a los niños. Volviendo a este movimiento de autocuestionamiento, queremos hacernos eco de algunas problematizaciones del pensar y de las prácticas de escucha dentro del llamado movimiento de Filosofía para/con Niños: este fenómeno del para/con, su política y sus relaciones; algunos de los supuestos que pueden estar presentes en los dilemas de la práctica de educadores e investigadores; pero también sus resonancias estéticas, la pura belleza del problematizar, la (des)afinación del autocuestionamiento, las preguntas que nos suscita en cuanto investigadoras y los espacios de duda e incertidumbre que nos ofrece, como una vacilación u ocasión para respirar. Y tal vez, pensamos, sea en esos entre-espacios, en sus rendijas y transiciones, que las cosas importantes pueden encontrar su camino hacia nuestro pensamiento y nuestras conversaciones sobre la infancia. Tal como un pedazo de papel en un cuarto de hotel.<hr/>resumo O artigo surge de um acontecimento partilhado que se transformou numa experiência: a descoberta de um pedaço infantil de papel, a caminho de uma conferência sobre filosofia nas escolas, e como esse encontro afeta as nossas posições educativas e práticas de investigação sobre a escuta das crianças. Movidas pela questão sobre o que significa escutar, somos levadas a um exercício de autoquestionamento inspirado por alguns dos autores que já escreveram sobre o tema, especificamente no contexto da comunidade de investigação filosófica. O pensamento do texto desdobra-se com a narração da história sobre o pedaço de papel encontrado, atravessando diferentes camadas de questionamento e tentando manter a investigação aberta para os leitores: o que é que não sabemos sobre escutar as crianças? E até que ponto isso que não sabemos poderá ser a causa de práticas enviesadas e adultistas? Será necessário voltar ao que a filosofia é e onde pode ser encontrada dentro do ambiente escolar? Será que a filosofia já lá está quando os adultos chegam? Será que não estamos a escutá-la? Ou existem lugares específicos para diálogos e conversas filosóficas, tais como a sala de aula? A filosofia também é convidada para as margens desses espaços? Quem decide o que conta como filosófico? Não se trata de responder a perguntas ou de encerrar as nossas preocupações como educadoras e investigadoras, mas sim de partilhar com os leitores como até no lugar menos suspeito possível - um evento académico sobre trazer a filosofia para as escolas - podemos não estar a escutar as crianças. Ao regressar a este movimento de autoquestionamento, queremos ecoar algumas perturbações do pensamento e das práticas de escuta dentro do chamado movimento da filosofia para/com crianças: com este fenómeno do para/com; com a sua política e as suas relações; com alguns pressupostos que podem estar presentes nos dilemas da prática de educadores e investigadores; mas também com as suas ressonâncias estéticas, a beleza da perturbação, a (des)afinação do autoquestionamento, as questões que nos traz enquanto investigadoras e os espaços de dúvida e incerteza que nos oferece, enquanto hesitações ou ocasião para respirar. E talvez, pensamos, seja nesses entre-espaços, nas suas fendas e transições, que coisas importantes possam encontrar o seu caminho no nosso pensamento e nas nossas conversas sobre a infância. Tal como um pedaço de papel num quarto de hotel. <![CDATA[El presente y el futuro de hacer filosofía con niños: filosofía práctica y atender al estatus de niños y jóvenes en un mundo complejo]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872023000100302&lng=es&nrm=iso&tlng=es abstract This article considers children’s status in society and how this may be elevated with a view to imagining a possible future. Children’s status is such that the structures and systems under which they live diminish their agency. In so doing, their opportunity to contribute to the shaping of what appears to be an uncertain future is limited. The article proposes that looking towards children as saviours of our tomorrows is misguided and that a healthier view is to recognise the networked nature of children, which recognises children’s humanity and sees them as connected to the world in which and of which they are a part. By accepting the networked nature of children, adults may come to think and behave differently towards children, beginning to see themselves and children as ‘one among many’. This perspective allows for compassion, a notion that supports our living together. This article proposes that Philosophy with Children may offer an approach to engaging in community and dialogue that allows us to think our way to a future that is epistemically inclusive. Ultimately, engaging with children as potential knowers demands that we are more overtly political in the ways in which we engage with Philosophy with Children.<hr/>resumo Este artigo considera o estatuto das crianças na sociedade e como este pode ser elevado com vista a imaginar um futuro possível. O estatuto das crianças é tal que as estruturas e sistemas sob os quais elas vivem diminuem a sua agência. Ao fazê-lo, a sua oportunidade de contribuir para a formação do que parece ser um futuro incerto é limitada. O artigo propõe que olhar para as crianças como salvadoras dos nossos amanhãs é incorreto e que uma visão mais sadia é reconhecer a natureza em rede das crianças, que reconhece a humanidade das crianças e as vê como ligadas ao mundo em que e do qual elas fazem parte. Ao aceitarem a natureza em rede das crianças, os adultos podem vir a pensar e a comportar-se de forma diferente em relação às crianças, começando a ver-se a si próprios e às crianças como "um entre muitos". Esta perspectiva permite a compaixão, uma noção que apoia a nossa vida em conjunto. Este artigo propõe que a Filosofia com Crianças pode oferecer uma abordagem de envolvimento na comunidade e no diálogo que nos permita pensar num futuro que seja epistemicamente inclusivo. Em última análise, o envolvimento com crianças como potenciais conhecedores exige que sejamos mais manifestamente políticos nas formas como nos envolvemos com a Filosofia com Crianças.<hr/>resumen Este artículo examina el estatus de los niños en la sociedad y cómo puede mejorarse con vistas a imaginar un futuro posible. El estatus de los niños y niñas es tal que las estructuras y sistemas bajo los cuales viven disminuyen su capacidad de acción (agencia). Al hacerlo, su oportunidad de contribuir a dar forma a lo que parece ser un futuro incierto se ve limitada. El artículo propone que mirar a los niños como salvadores de nuestro mañana es erróneo y que una visión más sana es reconocer la naturaleza interconectada de los niños, la cual reconoce la humanidad de los niños y los ve como conectados al mundo en el que y del que forman parte. Al aceptar la naturaleza interconectada de los niños, los adultos pueden llegar a pensar y comportarse de forma diferente con ellos, empezando a verse a sí mismos y a los niños como "uno entre muchos". Esta perspectiva hace lugar a la compasión, una noción que favorece nuestra convivencia. Este artículo propone que la Filosofía con Niños puede ofrecer un enfoque para participar en comunidades y diálogos que nos permitan pensar nuestro camino hacia un futuro que sea epistémicamente inclusivo. En última instancia, trabajar activamente con los niños y niñas como potenciales conocedores exige que seamos más abiertamente políticos en las formas en que encaramos la Filosofía con Niños. <![CDATA[Urgencia existencial: una provocación a pensar "diferente"]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872023000100303&lng=es&nrm=iso&tlng=es abstract: In this essay we expand the notion of thinking by emphasizing the provocation and urgency to think and by reconceptualizing thinking as an embodied practice. The aim is to expand Lipman and Sharp’s approach to philosophical inquiry with children and show how other ways of thinking can be included. We strive to unfold a way of “thinking” that is both different from rationality (critical thinking) as well as from creative and caring thinking. In the first part of the paper, we discuss the merits of Lipman and Sharp’s critical, creative and caring thinking within the Community of Philosophical Inquiry (CPI). We then expand Lipman/Sharp’s philosophical method through Ekkehart Marten’s Five-finger Model, which allows for different philosophical approaches. In the second half of the paper, we draw on Martin Heidegger’s What is called thinking? to develop his concept of the “call” to think together with its related notions of provocation and urgency. Building on this, we draw on Maurice Merleau-Ponty to show how this call is not an intellectual activity or mere exercise of the “mind” but rather affects our entire existence. As such, thinking becomes a response to an existential urgency that is an embodied practice. Using concepts like embodiment, affect, and sensibility, we try to widen our conception of thinking in a CPI. Finally, we hope this will allow facilitators to hear the unique voice of every child so that no one is left unheard.<hr/>Resumo Neste ensaio, expandimos a noção de pensamento enfatizando a provocação e a urgência de pensar e também reconceptualizando o pensamento como uma prática corporizada. O objetivo é expandir a abordagem de Lipman e Sharp à investigação filosófica com crianças e mostrar como outras formas de pensar podem ser incluídas. Esforçamo-nos para desdobrar uma forma de "pensar" que é tanto diferente da racionalidade (pensamento crítico), quanto do pensamento criativo e cuidadoso. Na primeira parte do artigo, discutimos os méritos do pensamento crítico, criativo e carinhoso de Lipman e Sharp, dentro da Comunidade de Investigação Filosófica (CIF). Em seguida, expandimos o método filosófico de Lipman/Sharp através do Modelo de Cinco Dedos de Ekkehart Marten, que permite diferentes abordagens filosóficas. Na segunda metade do trabalho, baseamo-nos no texto O que significa pensar?, de Martin Heidegger, para desenvolver seu conceito de "chamada" para pensar, juntamente com as noções de provocação e urgência. Com base nisso, recorremos a Maurice Merleau-Ponty para mostrar como este chamado não é uma atividade intelectual ou um mero exercício da "mente", mas afeta toda a nossa existência. Assim, o pensamento torna-se uma resposta a uma urgência existencial que é uma prática corporizada. Usando conceitos como encarnação, afeto e sensibilidade, tentamos ampliar nossa concepção de pensamento em uma CIF. Por fim, esperamos que isto permita aos facilitadores ouvir a voz única de cada criança para que ninguém fique sem ser ouvido.<hr/>Resumen En este ensayo ampliamos la noción de pensamiento haciendo hincapié en la provocación y la urgencia de pensar y reconceptualizando el pensamiento como una práctica encarnada. El objetivo es ampliar el enfoque de Lipman y Sharp sobre la indagación filosófica con niños y mostrar cómo se pueden incluir otras formas de pensar. Nos esforzamos por desplegar una forma de "pensar" que es a la vez diferente de la racionalidad (pensamiento crítico), y diferente del pensamiento creativo y cuidadoso. En la primera parte del artículo, examinamos los méritos del pensamiento crítico, creativo y cuidadoso de Lipman y Sharp dentro de la Comunidad de Investigación Filosófica (CIF). A continuación, ampliamos el método filosófico de Lipman/Sharp a través del Modelo de los Cinco Dedos de Ekkehart Marten, que permite diferentes acercamientos filosóficos. En la segunda mitad del artículo, nos basamos en la obra de Martin Heidegger ¿Qué significa pensar? para desarrollar su concepto de la "llamada" a pensar junto con las nociones relacionadas de provocación y urgencia. A partir de ahí, nos basamos en Maurice Merleau-Ponty para mostrar cómo esta llamada no es una actividad intelectual o un mero ejercicio de la "mente", sino que afecta a toda nuestra existencia. Como tal, el pensar se vuelve una respuesta a una urgencia existencial que es una práctica encarnada. Utilizando conceptos como encarnación, afecto y sensibilidad, intentamos ampliar nuestra concepción del pensamiento en una CIF. Finalmente, esperamos que esto permita a los facilitadores escuchar la voz única de cada niño para que nadie quede sin ser escuchado. <![CDATA[Desafiar el adultocentrismo: discurso oral y la posibilidad de un diálogo intergeneracional]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872023000100304&lng=es&nrm=iso&tlng=es abstract This paper reflects on the role of philosophy in the school environment, paying special attention to the promise of intergenerational dialogue carried forward by philosophy programmes associated with Lipman’s Philosophy for Children (P4C) curriculum and its current transformation into Philosophy with Children (PwC). There are two basic ideas that constitute the guiding thread of my reflections. Firstly, that philosophical interventions of that kind challenge adult-centric views of education and philosophy. Secondly, that such initiatives carry with them the promise of acknowledging children as equal participants in the process of philosophical questioning and meaning creation. In the first part of the paper, I argue for the importance of understanding the act of philosophizing with children as a disruption of adult-centrism. First, I reflect on a narrow future-directedness that seems to characterize the temporality of school. I suggest that Philosophy for/with Children (P4wC) interventions interrupt such a future-directedness inviting the students to immerse themselves into a dilated ‘now’ of multiple possibilities. Then, I reflect on the ways in which P4wC interventions challenge the assumption that philosophy is an adult preoccupation. Special attention is paid to the work of scholars who challenge our restrictive assumptions about what qualifies as philosophical thinking. In the second part of my paper, I turn to the work of Merleau-Ponty with the aim of sketching out some requirements for the possibility of a dialogue between childhood and adulthood. I suggest that Merleau-Ponty’s reflections on childhood and expressive speech are invaluable in the context of P4wC because they invite us 1) to appreciate the alterity of children without reducing them to inferior ‘others’ and 2) to remain alert to the expressivity of children’s speech.<hr/>resumen Este artículo reflexiona sobre el papel de la filosofía en el entorno escolar, prestando especial atención a la promesa de diálogo intergeneracional que llevan adelante los programas de filosofía asociados al curriculum de Filosofía para Niños (FpN) de Lipman y su actual transformación en Filosofía con Niños (FcN). Hay dos ideas básicas que constituyen el hilo conductor de mis reflexiones. En primer lugar, que las intervenciones filosóficas de ese tipo desafían las visiones adultocéntricas de la educación y la filosofía. En segundo lugar, que tales iniciativas conllevan la promesa de reconocer a los niños como iguales en su participación en el proceso de cuestionamiento filosófico y creación de sentido. En la primera parte del artículo, argumento a favor de la importancia de entender el acto de filosofar con niños y niñas como una alteración del adultocentrismo. Primero, reflexiono sobre una estrecha direccionalidad hacia el futuro que parece caracterizar la temporalidad de la escuela. Sugiero que las intervenciones de la FpcN interrumpen esa direccionalidad hacia el futuro, invitando a los alumnos a sumergirse en un "ahora" dilatado de múltiples posibilidades. Luego, reflexiono sobre las maneras en que las intervenciones de la FpcN cuestionan la suposición de que la filosofía es una preocupación de los adultos. Se presta especial atención al trabajo de investigadores que cuestionan nuestros supuestos restrictivos sobre lo que se considera pensamiento filosófico. En la segunda parte de mi artículo, recurro a la obra de Merleau-Ponty con el fin de esbozar algunos requisitos para la posibilidad de un diálogo entre infancia y adultez. Sugiero que las reflexiones de Merleau-Ponty sobre la infancia y el discurso expresivo son muy valiosas en el contexto de la FpcN porque nos invitan 1) a apreciar la alteridad de niños y niñas sin reducirlos a "otros" inferiores y 2) a permanecer atentos a la expresividad oral de los niños.<hr/>resumo Este artigo reflete sobre o papel da Filosofia no ambiente escolar, dando atenção especial à promessa de diálogo intergeracional levada adiante pelos programas de filosofia associados ao currículo de Filosofia para Crianças (FpC) de Lipman e sua atual transformação em Filosofia com Crianças (FcC). Existem duas ideias básicas que constituem a linha orientadora das minhas reflexões. A primeira é que intervenções filosóficas desse tipo desafiam as visões adultocêntricas da educação e da filosofia. A segunda é que essa iniciativa carrega consigo a promessa de reconhecer crianças como participantes iguais no processo de questionamento filosófico e de criação de significado. Na primeira parte do artigo, defendo a importância de entender o ato de filosofar com crianças como um rompimento do adultocentrismo. Primeiro, reflito sobre uma estreita orientação-para-o-futuro que parece caracterizar a temporalidade da escola. Sugiro que as intervenções da Filosofia para/com Crianças (FpcC) interrompam essa orientação para o futuro, convidando os estudantes a mergulharem em um “agora” de múltiplas possibilidades. Em seguida, reflito sobre as maneiras pelas quais as intervenções da FpcC desafiam o pressuposto de que a filosofia é uma preocupação de adultos. É dada atenção especial ao trabalho de acadêmicos que desafiam nossos pressupostos restritivos sobre o que se qualifica como pensamento filosófico. Na segunda parte deste artigo, volto-me para o trabalho de Merleau-Ponty com o objetivo de rascunhar alguns requisitos para a possibilidade de diálogo entre infância e adultez. Sugiro que as reflexões de Merleau-Ponty sobre a infância e a fala expressiva são inestimáveis no contexto da FpcC porque nos convidam a: 1) apreciar a alteridade das crianças sem reduzi-las a “outros” inferiores e 2) permanecer atentos para a expressividade do discurso infantil. <![CDATA[Escolaridad, comunidad de investigación filosófica y una nueva sensibilidad]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872023000100305&lng=es&nrm=iso&tlng=es abstract This paper seeks to reconstruct the role of schooling in a moment of accelerated social, political, economic, geo-political, climatic, indeed planetary crisis. It identifies the school as a potentially prefigurative institution, an evolutionary social frontier, capable of nurturing the democratic social character, a form of sensibility apart from which authentic political democracy is not possible. As theorized by Herbert Marcuse and Richard Hart and Antonio Negri, the “new sensibility” or “multitude” is characterized by greater psychological freedom, individuality, social creativity and self-rule, comprising a “whole of singularities” that “acts in common”. It suggests a human subject with a vital, biological drive for liberation, with a consciousness capable of breaking through the material as well as ideological veil of a society based on hierarchy and domination, and is associated politically with democracy and social-anarchism, or what Murray Bookchin called “communalism”. This paper identifies three main characteristics of an institution informed by this form of modal subjectivity, all of them based on student-teacher dialogue: an emergent, project-based curriculum, whole-school direct democratic governance on all levels of the community, and the regular practice of communal philosophical inquiry, through which we problematize the concepts we live by, in the interest of their ongoing reconstruction.<hr/>resumen Este artículo busca reconstruir el papel de la escuela en un momento de acelerada crisis social, política, económica, geopolítica, climática e incluso planetaria. Identifica la escuela como una institución potencialmente prefigurativa, una frontera social evolutiva, capaz de nutrir el carácter social democrático, una forma de sensibilidad sin la cual no es posible una auténtica democracia política. Como los plantearon Herbert Marcuse y Richard Hart y Antonio Negri, la "nueva sensibilidad" o "multitud" se caracteriza por una mayor libertad psicológica, individualidad, creatividad social y autogobierno, comprendiendo un " conjunto de singularidades" que "actúa en común". Sugiere un sujeto humano con un impulso vital y biológico de liberación, con una conciencia capaz de romper el velo tanto material como ideológico de una sociedad basada en la jerarquía y la dominación, y se asocia políticamente con la democracia y el social-anarquismo, o lo que Murray Bookchin denominó "comunalismo". Este documento identifica tres características principales de una institución basada en esta forma de subjetividad modal, todas ellas basadas en el diálogo entre alumnos y profesores: un plan de estudios emergente basado en proyectos, un gobierno democrático directo de toda la escuela en todos los niveles de la comunidad, y la práctica regular de la investigación filosófica comunitaria, a través de la cual problematizamos los conceptos que orientan nuestras vidas, en aras de su continua reconstrucción.<hr/>resumo Este artigo busca reconstruir o papel da escolaridade em um momento de acelerada crise social, política, econômica, geopolítica, climática e até mesmo planetária. Identifica a escola como uma instituição potencialmente prefigurativa, uma fronteira social evolutiva capaz de alimentar o caráter social democrático, uma forma de sensibilidade sem a qual nenhuma democracia política autêntica é possível. Como teorizado por Herbert Marcuse, Richard Hart e Antonio Negri, a “nova sensibilidade” ou “multidão” é caracterizada por uma grande liberdade psicológica, individualidade, criatividade social e auto-governo, compreendendo um “todo de singularidades” que “age em comum”. Sugere um sujeito humano com um impulso vital e biológico para a libertação, com uma consciência capaz de romper o véu material e ideológico de uma sociedade baseada na hierarquia e na dominação, e está politicamente associada à democracia e ao social-anarquismo, ou ao que Murray Bookchin chamou de “comunalismo”. Este artigo identifica três características principais de uma instituição embasada nessa forma de subjetividade modal, todas elas baseadas no diálogo aluno-professor: um currículo emergente baseado em projetos, uma governação democrática direta a todos os níveis da comunidade escolar, e a prática regular da investigação filosófica comunitária, através da qual problematizamos os conceitos que orientam nossas vidas, com vista à sua reconstrução contínua. <![CDATA[Atentividad, cualidades de la escucha y el que escucha en la comunidad de investigación filosófica]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872023000100306&lng=es&nrm=iso&tlng=es abstract This paper seeks to redress a predominant focus on speaking over listening in theorising the Community of Philosophical Inquiry (CPI). Frequently, where listening is discussed, the focus is on encouraging children to be active listeners. This means of describing the listening that occurs in the CPI has lost some efficacy as the language of active listening has been co-opted as a management technique focussed on making the speaker feel heard with little emphasis on the intentions or outcomes for the listener. Thus, on a cynical reading, ‘active listening’ can become reduced to performative physical indicators of listening (such as eye contact and body language), overlooking the ethical-epistemic commitments of the genuinely engaged listener. Here, rather than formulating new terms to describe listening, I propose Iris Murdoch’s account of attentiveness as an apt descriptor of the effects of truly involved listening on the self that seeks to attend to the unfolding content of the CPI and as a way of characterising the qualities of a CPI where such listening is achieved. Here, attentiveness is presented as a concept that captures the unique facets of listening as a challenge to individual participants concerned with contributing effectively to the dialogue as it unfolds within the CPI and those facilitating the dialogue. The paper briefly explores some implications for practice contexts, proposing three interventions to cultivate attentiveness in CPI participants and in facilitators (especially if they are undergraduate or postgraduate in Philosophy because philosophical identities might become a barrier to attentiveness). At its conclusion, this paper repositions listening in the CPI as a productive risk with a particular form of ‘aliveness’ aptly captured by the term attention.<hr/>resumen Este artículo trata de reparar un enfoque predominante en el habla sobre la escucha en la teorización de la Comunidad de Investigación Filosófica (CIF). A menudo, cuando se discute la escucha, se hace hincapié en animar a niñas y niños a mantener una escucha activa. Esta forma de describir la escucha que se produce en la CIF ha perdido parte de su eficacia, ya que el lenguaje de la escucha activa ha sido cooptado como una técnica de gestión centrada en hacer que el interlocutor se sienta escuchado, con poco énfasis en las intenciones o efectos en quien escucha. Así, en una lectura cínica, la "escucha activa" puede reducirse a indicadores performativos físicos de la escucha (como serían el contacto visual y el lenguaje corporal), pasando por alto los compromisos ético-epistémicos de quien escucha genuinamente comprometido. Aquí, en lugar de formular nuevos términos para describir la escucha, propongo el desarrollo de Iris Murdoch sobre la atentividad como un descriptor adecuado de los efectos de la escucha verdaderamente participativa en el yo que trata de prestar atención al contenido que se desarrolla en la CIF y como una forma de caracterizar las cualidades de una CIF en la que se logra dicha escucha. Aquí, la atentividad se presenta como un concepto que capta las facetas particulares de la escucha como un desafío para los participantes individuales preocupados por contribuir eficazmente al diálogo a medida que se despliega dentro de la CIF y para aquellos que facilitan el diálogo. Exploramos brevemente algunas implicaciones para los contextos de práctica, proponiendo tres intervenciones para cultivar la atentividad en participantes de la CIF y en facilitadores (especialmente si son estudiantes universitarios o posgraduados en Filosofía, ya que las identidades filosóficas podrían convertirse en un obstáculo para la atentividad). Como conclusión, este artículo resitúa la escucha en la CIF como un riesgo productivo con una forma particular de "vivacidad" que el término atentividad capta adecuadamente.<hr/>resumo Esse artigo busca reparar o foco predominante na fala, em detrimento da escuta, na teorização da Comunidade de Investigação Filosófica (CIF). Frequentemente, quando as habilidades da escuta estão em debate, o foco é encorajar as crianças a serem ouvintes ativos. Essa forma de descrever a escuta que ocorre na Comunidade de Investigação Filosófica (CIF) tem perdido a eficácia, visto que a linguagem da escuta ativa tem sido cooptada como uma técnica de gestão centrada em fazer o falante se sentir ouvido, com pouca ênfase na intenção e nos efeitos para o ouvinte. Assim, numa leitura cínica, ‘escuta ativa’ pode ser reduzida a indicadores físicos performativos de escuta (como contato visual e linguagem corporal), ignorando os compromissos éticos-epistêmicos do ouvinte genuinamente engajado. Em vez de formular novos termos para descrever a escuta, proponho aqui a descrição da atenção feita por Iris Murdoch como um descritor adequado dos efeitos no self de uma escuta verdadeiramente envolvida, que procura atender ao desdobramento do conteúdo da CIF, e também como uma forma de caracterizar as qualidades de uma CIF em que essa escuta é alcançada. Aqui, a atentividade é apresentada como um conceito que captura as facetas únicas da escuta como um desafio para os indivíduos que participam dela e se preocupam em contribuir efetivamente para o diálogo que se desenvolve ao longo da CIF e para aqueles que facilitam esse diálogo. São exploradas brevemente algumas implicações no contexto prático, propondo três intervenções para cultivar a atentividade nos participantes da CIF e nos facilitadores (especialmente se forem graduados ou pós-graduados em filosofia, porque a identidade filosófica pode se tornar um obstáculo à atentividade). Em sua conclusão, esse artigo reposiciona a escuta na CIF como um risco produtivo, com uma forma particular de ‘vivacidade’ habilmente capturada pelo termo atenção. <![CDATA[El presente y el futuro de hacer filosofía con niños y niñas]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872023000100307&lng=es&nrm=iso&tlng=es abstract This paper is an introduction to the dossier on “the present and the future of doing philosophy with children”, which itself drew inspiration from a conference on the same topic that was held in University College Dublin on the 24th of June 2022. While the conference aimed at building a case for the importance of engaging pre-college students in philosophical thinking, it also aspired to function as a forum where the participants can critically reflect on the practice of doing philosophy with children. The participants were asked to reflect on 1) the ways in which philosophy prepares children to engage with an increasingly complex world; 2) the future challenges of the P4wC movement; 3) the ways in which and the extent to which P4wC practice contributes to the decolonization of childhood discourses; 4) the ways in which and the extent to which the philosophy with children initiative addresses issues of epistemic injustice and educational and social inequalities. Building on the discussions that took place during and after the conference, the authors in this dossier interrogate the hierarchical opposition between child and adult, and cast a critical gaze on adultist assumptions that prevent Philosophy for/with Children initiatives from achieving their full potential.<hr/>resumo Este artigo é uma introdução ao dossiê “o presente e o futuro do fazer filosofia com crianças”, cuja inspiração surgiu a partir de uma conferência do mesmo tema que ocorreu na University College Dublin em 24 de junho de 2022. A conferência, que tinha como objetivo defender a importância de envolver estudantes pré-universitários no pensamento filosófico, também funcionou como um fórum onde os participantes podiam refletir criticamente na prática do fazer filosofia com crianças. Os participantes foram convidados a refletir sobre: 1) como a filosofia prepara as crianças para participarem de um mundo cada vez mais complexo; 2) os desafios futuros do movimento FpcC; 3) de quais formas e em que dimensão a prática de FpcC contribui para a descolonização dos discursos sobre a infância; 4) de quais formas e em que dimensão a iniciativa da filosofia com crianças aborda problemas de injustiça epistêmica e de desigualdades educacionais e sociais. Construído a partir de discussões que ocorreram durante e após a conferência, os autores interrogam, neste dossiê, a oposição hierárquica entre crianças e adultos, e lançam um olhar crítico aos pressupostos adultistas que impedem que as iniciativas de Filosofia para/com Crianças alcancem seu potencial completo.<hr/>Resumen El presente artículo es una introducción al dossier sobre "el presente y el futuro de hacer filosofía con niños y niñas", que tomó inspiración en una conferencia sobre el mismo tema que se celebró en el University College de Dublín el 24 de junio de 2022. Si bien la conferencia tenía como objetivo abogar por la importancia de involucrar a los estudiantes preuniversitarios en el pensamiento filosófico, también aspiraba a funcionar como un foro en el que los participantes pudieran reflexionar críticamente sobre la práctica de hacer filosofía con niños y niñas. Se pidió a los participantes que reflexionaran sobre 1) las formas en que la filosofía prepara a niños y niñas para enfrentarse a un mundo cada vez más complejo; 2) los retos futuros del movimiento de FpcN; 3) las formas y el grado en que la práctica de la FpcN contribuye a la descolonización de los discursos sobre la infancia; 4) las formas y el grado en que la iniciativa de la filosofía con niños y niñas aborda cuestiones de injusticia epistémica y desigualdades educativas y sociales. A partir de los debates que tuvieron lugar durante y después de la conferencia, los autores y autoras de este dossier interrogan la oposición jerárquica entre niño y adulto, y echan una mirada crítica sobre los supuestos adultistas que impiden que las iniciativas de Filosofía para/con Niños alcancen todo su potencial.