Scielo RSS <![CDATA[Childhood & Philosophy]]> http://educa.fcc.org.br/rss.php?pid=1984-598720110002&lang=pt vol. 7 num. 14 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://educa.fcc.org.br/img/en/fbpelogp.gif http://educa.fcc.org.br <![CDATA[Boas vindas dos editores]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872011000200165&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[O direito de ser crianças: uma exploração arendtiana sobre a responsabilidade do crescer]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872011000200171&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract: Due to the intersection of world history and biological boundaries Hannah Arendt (1906- 1975) sadly never had the opportunity to experience maternity; nonetheless, this did not prevent her from writing, with passion and promise, about the miraculous responsibility of childbirth and childrearing. What may come as a surprise to those unfamiliar with her work is that her views on children are to be found throughout her political writings. It is thus the first task of this piece to articulate the connection, within Arendt's project, between children and the political. After this, I intend to develop two of her political arguments, the first her well known critique of the contemporary discourse on human rights, and the second on education. I will use these to argue that the vision of children's rights, as put forward first by Janusz Korczak in the 1920's and later codified in the 1959 declaration of the UN Rights of the Child, is being destroyed by the refusal of all adult citizens (parents, educators, politicians, etc) to grow up. At the heart of Arendt's political writings, especially those concerning children, is a sincere plea to address the crisis in responsibility in our contemporary society. As citizens we must accept that only by limiting our own childish desires to be free of responsibility and accepting the burden of being an authority is there a chance that children might have the right to be children. All rights are meaningless illusions unless they are founded upon relationality and responsibility. It is this preamble, which is sadly absent from the 1959 declaration, that Arendt would argue is necessary not only for the sake of children but also for that of the shared world. <hr/>Resumo: Devido à interseção do mundo da história e das fronteiras biológicas, Hannah Arendt (1906- 1975) infelizmente nunca teve a oportunidade de experimentar a maternidade, contudo isso não a impediu de escrever, com paixão e promessa, sobre a miraculosa responsabilidade do parto e da criação de filhos. O que pode vir a ser uma surpresa para aqueles que não estão familiarizados com seu trabalho é que sua visão sobre as crianças é encontrada ao longo dos seus escritos políticos. É, assim, a primeira tarefa deste artigo articular uma conexão, dentro do projeto de Arendt, entre criança e o político. Depois disso, eu pretendo desenvolver dois de seus argumentos políticos, o primeiro bem conhecido, sua crítica ao discurso contemporâneo sobre os direitos humanos, e o segundo, à educação. Eu vou usar essa tese para argumentar que a visão dos direitos das crianças, como proposta inicialmente por Janusz Korczak em 1920 e, posteriormente, codificada na declaração de 1959 sobre a Declaração dos Direitos da Criança das Nações Unidas, está sendo destruída pela recusa de todos os cidadãos adultos (pais, educadores, políticos, etc) para crescer. No cerne dos escritos políticos de Arendt, especialmente naqueles concernentes à criança, há um apelo sincero para enfrentar a crise de responsabilidade em nossa sociedade contemporânea. Como cidadãos, devemos aceitar que apenas limitando nossos próprios desejos infantis para sermos livres da responsabilidade e aceitando o fardo de uma autoridade é que há uma possibilidade para que as crianças tenham a chance de serem crianças. Todos os direitos são ilusões sem sentido, ao menos que sejam fundados sobre a relacionalidade e responsabilidade. É este preâmbulo que, infelizmente, está faltando à declaração de 1959, que Arendt poderia argumentar que é necessário não só para as crianças mas também para o mundo compartilhado. <hr/>Resumen: Debido a la intersección de la historia del mundo y los límites biológicos, lamentablemente Hannah Arendt (1906-1975) nunca tuvo la oportunidad de experimentar la maternidad; sin embargo, esto no le impidió escribir, con pasión y promesa, sobre la milagrosa responsabilidad del parto y crianza de un niño. Lo que puede ser una sorpresa para quienes no están familiarizados con su trabajo es que sus puntos de vista sobre los niños se encuentran a lo largo de sus escritos políticos. Por lo tanto, la primera tarea de este trabajo es articular la conexión, dentro del proyecto de Arendt, entre los niños y lo político. Después de esto, me propongo desarrollar dos de sus argumentos políticos, el primero, su bien conocida crítica del discurso contemporáneo sobre los derechos humanos, y el segundo, sobre la educación. Voy a utilizar estos elementos para argumentar que la visión de los derechos del niño, tal como se presentó por primera vez por Janusz Korczak en la década de 1920 y posteriormente codificada en la Declaración de los Derechos del Niño, de la UNO en 1959, está siendo destruida por la negativa de todos los ciudadanos adultos (padres , educadores, políticos, etc) a crecer. En el corazón de los escritos políticos de Arendt, en especial los concernientes a los niños, hay un alegato sincero para hacer frente a la crisis de responsabilidad en nuestra sociedad contemporánea. Como ciudadanos tenemos que aceptar que sólo limitando nuestros deseos infantiles de estar libres de responsabilidad y aceptando la carga de ser una autoridad existe la posibilidad de que los niños puedan tener derecho a ser niños. Todos los derechos son ilusiones sin sentido a menos que estén fundados en la relacionalidad y la responsabilidad. Es el preámbulo, tristemente ausente de la declaración de 1959, que Arendt consideraría necesario no sólo para el bien de los niños sino también para el del mundo que compartimos. <![CDATA[O 'cuidado' na educação: análise da perspectiva lipmaniana]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872011000200191&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumo: O tema central sobre o qual versa o presente trabalho é o "cuidado". Partindo de uma apresentação que traz a problemática à baila, procuramos sugerir a amplitude e a complexidade do tema, para posteriormente, aproximarmos à educação chegando ao contexto desejado para explorarmos os conceitos apresentados: o pensamento cuidadoso em Matthew Lipman. Para o autor, nossa tradição intelectual vem gradativamente aprofundando o que é próprio do pensamento crítico enquanto instância que se distancia daquilo a que designamos como o emocional, o afetivo, ou o conjunto das manifestações dos sentimentos humanos. Lipman, se opondo radicalmente a essa compreensão, propõe o conceito de razoabilidade que implica na conjunção do pensamento crítico, criativo e cuidadoso. É sobre este último que a nossa investigação bibliográfica busca colher as informações, para realizar algumas reflexões, a nosso ver, importantes ao âmbito filosófico-educacional. <hr/>Resumen: El tema central sobre el cual versa este trabajo es el "cuidado". Después de una presentación que introduce el tema en cuestión, sugerimos la amplitud y la complejidad de la cuestión para, más adelante, aproximarnos de la educación y llegar al contexto deseado para explorar los conceptos presentados: el pensamiento cuidadoso en Matthew Lipman. Para el autor, nuestra tradición intelectual ha profundizado progresivamente lo que es propio del pensamiento crítico en tanto instancia que se aleja de lo que es propio de aquello que designamos como emocional o afectivo, o el conjunto de las manifestaciones de las emociones humanas. Lipman, radicalmente opuesto a esta comprensión, propone el concepto de razonabilidad que implica la conjunción de pensamiento crítico, creativo y cuidadoso. Es sobre este último que nuestra investigación bibliográfica busca colectar informaciones, para hacer algunas reflexiones, en nuestra opinión, importantes para el ámbito filosóficoeducativo. <hr/>Abstract: The central theme about which this article deals with is "caring". Departing from a presentation that brings up the problematic, we seek to suggest the amplitude and complexity of the theme in order to, afterwards, taking it closer to education, then arriving to the desired context for exploring the concepts presented: the caring thinking in Matthew Lipman. To the author, our intellectual tradition is gradually deepening that what is characteristic of critical thinking as a platform that moves away from what we designated as the emotional, the affective or the amount of manifestations of the human feelings. Lipman, being a radical adversary to this comprehension, proposes the concept of reasonableness, which implies the conjunction of critical, creative and caring thinking. It is about to the latter that our bibliographical investigation seeks to collect the information in order to elaborate some reflections which, according to our view, are important to the philosophical-educational field. <![CDATA[O infantil ou o que não se desenvolve, entretanto cria]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872011000200207&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumo: O protagonismo da infância tem sido ressaltado hoje. Com este intuito, o presente artigo pretende afirmá-lo a partir da noção de "infantil". Esta concepção é aqui entendida enquanto aquilo que não se desenvolve, entretanto cria. Nosso ponto de vista pode ser sustentado, principalmente, via psicanálise e seus conceitos de inconsciente e pulsão de morte. Neste sentido, a infância deixa de ser concebida como o "outro" do adulto, o que muitas vezes acabou por confundi-la com imaturidade diante de um tempo cronológico. Ela, ao contrário, passa a ser pensada fazendo parte do campo psíquico o que, por sua vez, remete a outra noção de tempo. O "infantil", portanto, liga-se ao corpo e à linguagem como condições de possibilidade de uma história subjetiva. O interessante, neste caso, é a criança que no adulto sonha e cria. A interpretação que faz Derrida dos textos freudianos, na qual estes podem servir de crítica ao logos e ao fonologismo, nos aproxima de um sujeito da escritura. Ou seja, sistema de relações entre camadas. A escritura evoca um pensamento do traço que é marcado pela diferença. Esta, por seu turno, relança a estrutura para sua abertura. A memória, neste caso, seria uma escrita que é marcada por traços diferenciais. O sistema psíquico se delineia, então, na articulação entre a excitação que se dissemina e as resistências que estas encontram para a descarga, não existindo oposição entre o registro da força e o registro do sentido. Os traços se inscrevem no psiquismo no jogo entre esses registros. Já os arquivos existentes podem ser apagados pela pulsão de morte fazendo com que novos arquivos possam ser inscritos. Assim, a repetição, essência da brincadeira, ganha uma positividade na medida em que permite fazer sempre de novo. Este texto, portanto, serve como uma crítica à noção de tempo linear e progressivo que evoca uma idéia de infância como algo menor se comparado ao adulto. A relação entre esses momentos da vida é outra. Além disto, o poder de criação do "infantil" é aqui destacado. <hr/>Abstract The leading role of childhood has been highlighted today. With this aim, this article intends to assert it from the notion of "childish". This concept is understood here as that what does not develop, however creates. Our point of view can be sustained, mainly through psychoanalysis and its concepts of unconscious and death drive. In this sense, childhood is no longer regarded as the "other" of the adult, which often turned out to confuse it with immaturity in face of chronological timing. Childhood, on the contrary, is thought to be part of the psychic field which, in turn, leads to another notion of time. So, the "childish" connects to the body and language as conditions of possibility of a subjective history. Interestingly, in this case is the child within the adult who dreams and creates. Derrida's interpretation of Freud's texts, in which they can serve as a critique of logos and phonology, lead us to a subject of scripture. That is, it leads us to a system of relations between layers. Scripture evokes a thought of a trait which is marked by difference. This difference, in turn, relaunches the structure for its opening. Memory in this case would be a scripture that is marked by differential traits. The psychic system is outlined then in the joint between the excitement spread and the resistance which they encounter for discharge, without opposition between the record strength and the record of sense. The traits are inscribed in the psyche in the play between these records. The already existing files can be deleted by death drive allowing for new files can be entered. Thus, the repetition, essence of the play, reaches a positivity in that allows it to do it always anew. This paper therefore serves as a critique of the notion of linear and progressive time which evokes an idea of childhood as less if compared to the adult. The relationship between these moments of life is another. Moreover, the power of creation the "childish" is highlighted here.<hr/>Resumen: El papel de la infancia se ha destacado en la actualidad. Con esta finalidad, este artículo pretende afirmarlo a partir de la noción de "infantil". Este concepto se entiende aquí como aquello que no se desarrolla y, sin embargo, crea. Nuestro punto de vista se puede sostener, principalmente, a través del psicoanálisis y sus conceptos: el inconsciente y la pulsión de muerte. En este sentido, la infancia ya no es considerada como lo "otro" del adulto, lo que a menudo terminó confundiéndola con falta de madurez en relación con un tiempo cronológico. Al contrario, ella pasa a ser pensada como formando parte del campo psíquico que, a su vez, remite a otra noción de tiempo. Lo "infantil", por lo tanto, se conecta con el cuerpo y el lenguaje como condiciones de posibilidad de una historia subjetiva. Curiosamente, en este caso es el niño quien, en el adulto, sueña y crea. La interpretación de Derrida de los textos de Freud, según la cual estos pueden servir como crítica al lógos y la fonologismo, nos acerca a un sujeto de la escritura. Es decir, un sistema de relaciones entre capas. La escritura evoca un pensamiento de la huella, marcado por la diferencia. Esto, a su vez, relanza la estructura para su apertura. En este caso, la memoria sería una escritura marcada por huellas diferenciales. El sistema psíquico se describe, entonces, a través de la articulación entre la excitación que se disemina y las resistencias que éstas encuentran para la descarga, no existiendo oposición entre el registro de la fuerza y el registro del sentido. Las huellas se inscriben en el psiquismo en el juego entre estos registros. Los archivos existentes pueden ser eliminados por la pulsión de muerte, para que nuevos archivos se puedan inscribir. De ese modo, la repetición, esencia del juego, gana positividad, ya que permite siempre hacer nuevamente. Por lo tanto, este texto sirve como crítica de la noción de tiempo lineal y progresivo que evoca una idea de infancia como algo menor en comparación con el adulto. La relación entre estos momentos de la vida es otra. Por otra parte, el poder de creación de lo "infantil" es aquí destacado. <![CDATA[O encontro da filosofia com a infância na experiência do ensinar e aprender filosofia como uma questão de fundamento]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872011000200221&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumen: Este texto afirma que la enseñanza de la filosofía es un problema filosófico, lo que conlleva un concepto de filosofía: aquí ella es entendida como una actividad que desnaturaliza lo obvio, que lejos de estabilizar sentidos, los disloca. Y de este modo, indaga y cuestiona aquellos que parecen más asentados, más cristalizados como, en el caso de la enseñanza de la filosofía, 'enseñar', 'aprender', 'dar a leer', 'evaluar', 'problema', 'pregunta', 'experiencia', `saber', `ignorancia', 'verdad', 'conocimiento', 'examen', 'texto', 'escribir'. En este trabajo, presentamos algunas de las tensiones que conlleva y afirma esta concepción. También proponemos un espacio para el profesor: alguien capaz de permitirse la distancia que habilite la aparición de la pregunta y, de este modo, haga efectiva la acción del filosofar y se constituya en un intelectual crítico del propio saber que creía detentar: se trata de un profesor creador del espacio para que pueda surgir la diferencia en la repetición. Es un profesor de actitud filosófica que no escapa a las antinomias (Derrida, 1986) constitutivas de tu quehacer. Finalmente, consideramos el impacto que ha tenido en nuestro trabajo la obra de un profesorproductor: Matthew Lipman, en especial la contribución que surge de considerar su obra una filosofía en la educación. <hr/>Resumo: Este texto afirma que o ensino de filosofia é um problema filosófico, o que implica em uma concepção de filosofia: aqui ela é entendida como uma atividade que desnaturaliza o óbvio, que longe de estabilizar sentidos, os desloca. E desse modo, indaga e questiona aqueles que parecem mais solidificados, cristalizados, como o caso do ensino de filosofia, "ensinar", "aprender", "dar a ler", "avaliar", "problema", "pergunta", "experiência", "saber", "ignorância", "verdade", "conhecimento", "exame", "texto", "escrever". Neste trabalho, apresentamos algumas das tensões que esta concepção carrega consigo e afirma. Propomos, também, um espaço para o professor: alguém capaz de se permitir uma distância que possibilite a aparição da pergunta e, deste modo, faça efetiva a ação de filosofar e de se constituir como um intelectual crítico do próprio saber que acreditava deter: trata-se de um professor criador de espaço para que possa surgir a diferença na repetição. É um professor com atitude filosófica, alguém que não escapa das antinomias (Derrida, 1986) constitutivas de seu fazer. Finalmente, consideramos o impacto que teve em nosso trabalho a obra de um professor-produtor: Matthew-Lipman, em especial a contribuição que nasce de considerar sua obra uma filosofia na educação. <hr/>Abstract: This paper asserts that teaching philosophy is a philosophical problem, one which entails a concept of philosophy as an activity that denaturalizes the obvious, and far from stabilizing meanings, displaces them. In this way it inquires into and queries those meanings that seem settled and crystallized, and in this way it questions the concept of teaching philosophy itself: 'teach', 'learn', 'give to read', 'evaluation', 'problem', 'question', 'experience', 'knowledge', 'ignorance', 'truth', ´knowledge´, 'examination', 'text', 'write'. All of these concepts are denaturalized. In this article we present some tensions ensued by this conception of philosophy. We also propose a space for the teacher: she becomes someone who is able to allow herself a distance that enables the emergence of questions; in this way she actually philosophizes and becomes a critical intellectual about her own knowledge: a teacher that creates a space in which difference can spring from repetition. She is someone who teaches a philosophical attitude and doesn't elude the constitutive antinomies of her task (Derrida, 1986). Finally we consider the impact on our work that one teacher- creator, Matthew Lipman, has had. In particular we look at the contribution that his work has made as a philosophy in education. <![CDATA[À procura de (nossas próprias) palavras: filosofia e subjetividade]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872011000200233&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumo: Escrever sobre a prática filosófica com crianças requer uma memória do corpo, de um corpo que guarda o que é importante a si mesmo. Minha memória começa com meu contato com as ideias de Matthew Lipman e as novidades que traziam as suas palavras, mas continua com a necessidade de trocar algumas delas e/ou de atribuir diferentes significados a outras. A partir de minhas leituras dos frankfurtianos, algumas palavras ganharam, para mim, outros sentidos que compuseram o que entendo atualmente sobre a prática de filosofia com crianças e suas relações com a questão da formação, bem como de outras questões que orbitam em torno delas. A prática filosófica é uma experiência singular, intransferível que precisa ser pensada, sentida, vivida; tem seu próprio tempo e envolve, constrói e transforma nossa subjetividade. Sair à procura das nossas palavras em filosofia significa, assim, eleger aquelas que podem nos ajudar a compor os sentidos daquilo que fazemos e pensamos, permitindo-nos um trabalho com o pensamento e suas formas expressivas, para além de sua dimensão técnica. Quando esta última é enfatizada há um empobrecimento da experiência formativa, uma vez que tal ênfase relega a um segundo plano outras dimensões fundamentais de nossas vidas. No caso da prática filosófica com crianças traz ainda implicações para a relação entre adultos e crianças. Os professores acabam por colocar os alunos em condições de menoridade e, portanto de algum modo, também a si mesmos, quando reduzem a filosofia a uma capacidade formal de pensar. Neste texto, a atividade de escrita - como uma das formas de expressão do pensamento - permite-me um passeio pela minha própria subjetividade e também o encontro com as palavras que elejo para expressar os sentidos do que faço e penso em relação às novelas filosóficas e ao valor e sentido da elaboração de textos em relação com a prática filosófica, a formação e a avaliação em filosofia. <hr/>Abstract: Writing about philosophical practice with children requires a memory of the body, a body that holds on to what is important to itself. My memory begins with my contact with the ideas of Matthew Lipman and the new ideas brought by his words, and continues with the need to change some of them and assign different meanings to others. Since my reading of the thinkers of the so called "Frankfurt School," some words have taken new meanings to me, and have informed the way I now understand the practice of philosophy with children and its relationship to issues like educational "formation," as well as others. Philosophical practice is unique, and needs to be thought, felt, and experienced; it has its own time and involves the construction and transformation of subjectivity itself. As such, to search for words in philosophy means to chose those words that can help us make sense and give meaning of what we do and think, allowing us to work with our thinking and with its forms of expression, beyond its technical dimension. In this sense, the usual emphasis of philosophy in its more technical dimension leads to an impoverishment of formation as experience, for the latter, which is a fundamental dimension of our lives, is rendered secondary. This has implications for the relationship between adults and children. When they reduce philosophy to a study of the formal capacity of thinking, teachers put students in the condition of a minority, and therefore in some way also put themselves in such a condition. In this paper, the activity of writing - as a way of expressing thought - allows me to conduct a tour my own subjectivity, and to encounter the words that express the meanings that inform what I think and do about my practice with philosophical novels, and about the value of generating texts related to philosophical practice, formation and assessment. <hr/>Resumen: Escribir acerca de la práctica filosófica con niños requiere una memoria del cuerpo, un cuerpo que guarda lo que es importante para sí mismo. Mi memoria se inicia con el contacto con las ideas de Matthew Lipman y las novedades que traían sus palabras, continúa con la necesidad de cambiar algunos de ellas y / o asignarles otros significados diferentes. A partir de mi lectura de los Frankfurtianos, algunas palabras ganaron nuevos sentidos, para mí, y constituyeron, de otra manera, lo que ahora entiendo acerca de la práctica de la filosofía con niños y su relación con el tema de la formación y otras cuestiones. La práctica de la filosofía es una experiencia singular e intransferible que necesita ser pensada, sentida y vivida. Tiene su propio tiempo e implica, construye y transforma nuestra subjetividad. Salir a buscar nuestras palabras en filosofía significa, pues, elegir las que nos pueden ayudar a dar sentido a lo que hacemos y pensamos, lo que nos permite trabajar con el pensamiento y sus formas de expresión, más allá de su dimensión técnica. Cuando ésta última se pone de relieve hay un empobrecimiento de la experiencia formativa, ya que tal énfasis relega a un segundo plano otras dimensiones fundamentales de nuestras vidas. En el caso de la práctica filosófica con niños trae aun implicaciones para la relación entre adultos y niños. Los maestros ponen a los estudiantes en condiciones de minoridad y, por tanto, de alguna manera también se ponen en ella a sí mismos, cuando reducen la filosofía a una capacidad formal de pensar. En este trabajo, la actividad de la escritura - como una de las formas de expresión del pensamiento - me permite un recorrido por mi propia subjetividad y también el encuentro con las palabras que elijo para expresar los sentidos de lo que hago y pienso en relación con las novelas filosóficas y el valor de la elaboración de textos en relación con la práctica filosófica, la formación y evaluación en filosofía. <![CDATA[Os desenhos de crianças como expresses de uma ―narrativa filosofante‖. Conceitos de morte. Uma com-paração entre as crianças de escolas de ensino fundamental na alemanha e no japão.]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872011000200251&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract: One of Kant's famous questions about being human asks, ―What may I hope?‖ This question places in-dividual life within an encompassing horizon of human history and speculates on the possibility of perspectives beyond death. In our time mortality is generally repressed, though the development of per-sonal consciousness is closely linked to realization of one's finitude. This raises especially urgent ques-tions for children, and they are left to deal with them alone. From the time awareness begins, knowledge that death can occur at any moment is one of the a priori determinants of being alive; that is, life is struc-tured in advance by its future pastness. (Scheler, Heidegger, Fink, Simmel). According to Max Scheler, death reveals itself as a necessary and manifest constituent of all possible inner experiences in the life process. The cultural and individual interpretations of death's meaning and consequences derived from this insight opened up an ample space for imagined possibilities of ―continued existence,‖ which af-fected approaches to life. In our research project ―Inochi - The Concept of Life after Death in Children's Construction of the World. A German-Japanese Comparison,‖ carried out with German and Japanese research support, we examine concepts developed within the community of inquiry concerning ―the individual's afterlife‖ as soul, angel, animal, star, etc. In this we want to examine whether a globalized media environment leads to a cultural convergence in children's ideas, and whether there are differences between views of girls and boys. Relevance of ideas about death is seen in the example of Japanese children who, believing in reincarnation chose ―killing oneself‖ with relative frequency as a problem-solving strategy. Our contribution will present children's imaginings using the drawings they created within this framework, since these can be interpreted as expressions of ―narrative philosophizing,‖ espe-cially for the Japanese children. Here we follow Mark Johnson who says‖ Human beings are imaginative synthesizing animals‖ (1993 p.152). These imaginations make up a large part of our understanding, not just our beliefs, but rather our socially constructed way of being in and inhabiting a world.<hr/>Resumo: Uma das famosas perguntas de Kant a respeito de ser humano interroga: ―O que posso esperar?‖ Esta questão coloca a vida individual em um horizonte abrangente de história humana e especula sobre a possibilidade de perspectivas além da morte. Em nossa época a mortalidade é geralmente reprimida, embora o desenvolvimento da consciência pessoal seja estreitamente ligado à realização da finitude de cada um. Isso torna especialmente urgente as perguntas para as crianças, e elas são deixadas para lidar com elas sozinhas. Desde o tempo em que o despertar começa, a sabedoria de que a morte pode ocorrer a qualquer memento é um dos a priori determinantes do estar vivo; ou seja, a vida é estruturada antecipadamente pela sua futura dimensão do passado. (Scheler, Heidegger, Fink, Simmel). Segundo Max Sche-ler, a morte se revela como um constituinte necessário e manifesto de toda experiência interna possível no processo da vida. As interpretações culturais e individuais do significado e consequências da morte derivadas dessa visão abriram um amplo espaço para as possibilidades imaginadas de uma ―existência continuada‖, que afetou as abordagens da vida. No nosso projeto de pesquisa ‖Inochi - O conceito da Vida após a Morte na construção do Mundo das Crianças. Uma comparação Alemã-Japonesa‖, levada com o apoio para a pesquisa da Alemanha e do Japão, nós examinamos conceitos desenvolvidos na co-munidade de investigação relativos à ―Vida após a morte do indivíduo‖ como alma, anjo, animal, estre-la, etc. Nisso queremos examinar se um meio ambiente de mídia globalizado leva a uma convergência cultural nas ideias das crianças, e se existem diferenças entre as visões dos meninos e das meninas. A relevância das ideias sobre a morte é vista no exemplo das crianças japonesas que, acreditando na reen-carnação escolhem ―se suicidar‖ com certa frequência como uma estratégia para resolver problemas. Nossa contribuição vai apresentar as imaginações das crianças usando os desenhos que eles criaram nes-se quadro, pois esses podem ser interpretados como expressões de uma ―narrativa filosofante‖, particu-larmente para as crianças japonesas. Aqui nós seguimos Mark Johnson que diz ―Os seres humanos são animais imaginativos sintetizantes‖ (1993, p. 152). Essas imaginações fazem uma boa parte de nossa compre-ensão, não somente de nossas crenças, mas principalmente nossa maneira socialmente construída de ser e habitar o mundo.<hr/>Resumen: Una de las famosas preguntas de Kant sobre el ser humano interroga: "¿Qué puedo esperar?" Esta pre-gunta sitúa la vida individual dentro de un amplio horizonte de la historia de la humanidad y especula sobre la posibilidad de perspectivas más allá de la muerte. En nuestro tiempo la mortalidad es general-mente reprimida, aunque el desarrollo de la conciencia personal está estrechamente vinculado a la reali-zación de la propia finitud. Esto plantea cuestiones de especial urgencia para los niños, y se los deja tra-tar con ellas a solas. Desde el tiempo en que comienza la conciencia, el conocimiento de que la muerte puede ocurrir en cualquier momento es uno de los determinantes, a priori, de estar vivo, es decir, la vida está estructurada de antemano por su futura dimensión pasada. (Scheler, Heidegger, Fink, Simmel). Según Max Scheler, la muerte se revela como un componente necesario y manifiesto de todas las posi-bles experiencias internas en el proceso de la vida. Las interpretaciones individuales y culturales del significado de la muerte y las consecuencias derivadas de esta visión abrieron un amplio espacio para posibilidades imaginadas de "existencia continuada", que afectó enfoques sobre la vida. En nuestro pro-yecto de investigación "Inochi - El concepto de vida después de la muerte en la construcción del mundo por parte de niños. Una comparación Alemania-Japón", llevado a cabo con el apoyo de investigación alemana y japonesa, examinamos conceptos desarrollados en la comunidad de investigación sobre "el individuo más allá de la vida", como alma, ángel, animal, estrella, etc. Con ello, queremos examinar si un entorno globalizado por los medios de comunicación lleva a una convergencia cultural en las ideas de los niños, y si hay diferencias entre las opiniones de las niñas y los niños. Relevancia de las ideas acerca de la muerte se ve en el ejemplo de niños japoneses quienes, creyendo en la reencarnación eligieron "ma-tarse a sí mismo" con relativa frecuencia como una estrategia de resolución de problemas. Nuestra con-tribución presenta las fantasías de los niños con dibujos que crearon en este marco, ya que estos pueden ser interpretados como expresiones de "narrativa filosofante", especialmente para los niños japoneses. Aquí seguimos Mark Johnson, que dice: "Los seres humanos son animales que hacen síntesis imaginati-vas." (1993, p. 152). Estas imaginaciones forman una gran parte de nuestra comprensión, no sólo nuestras creencias, sino más bien nuestra socialmente construida manera de estar y habitar un mundo.<hr/>Zusammenfassung: Eine der berühmtesten Fragen Kants, mit denen er das Menschsein umreißt, lautet: "Was darf ich hoffen―? Diese Frage bettet das individuelle Leben in einen weiten vertikalen und horizontalen Zusammenhang und intendiert durch ihre transzendentale Ausrichtung die Anfrage, ob ich auf eine meine Existenz überschreitende Erscheinungsform hoffen darf. Nach Georg Simmel gerät mit dieser Einsicht in die eigene Sterblichkeit der Tod in das Blickfeld der Reflexion und führt zur Erkenntnis: "In jedem einzelnen Moment des Lebens sind wir solche, die sterben werden― (1922, S. 98). Dass der Tod sich jederzeit ereignen kann, gehört seit diesem Bewusstseinsakt zu den apriorischen Bestimmungen des Lebens, d.h. das Leben ist von vorneherein durch seine künftige Gewesenheit (Scheler, Heidegger, Fink) strukturiert. Für Max Scheler ist dieser Bewusstseinsakt nicht von der Beobachtung des Sterbens anderer abhä... <![CDATA[O papel da escola na prisão: saberes e experiências de alunos e professores]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872011000200271&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumo: O presente texto tem a intenção de tecer reflexões sobre o papel da escola na prisão, buscando compreender como alunos e professores a significam e delinear caminhos para a melhoria da qualidade de vida de homens em privação de liberdade. Trata-se de estudo de natureza qualitativa, tendo como sujeitos, professores e alunos da escola de uma penitenciária do estado de São Paulo/Brasil. Foram utilizadas como procedimentos metodológicos para a coleta de dados a observação, conversas informais e entrevistas. A análise dos dados obtidos, com base em referenciais de autores envolvidos com a temática na América Latina, evidencia ser a escola da prisão, espaço de socialização, construção de identidade e de aprendizagens cumprindo, portanto, sua função de mediadora entre saberes, culturas e a realidade, oferecendo possibilidades de preservação dos direitos humanos de jovens e adultos em privação de liberdade.<hr/>Abstract: The current paper intends to consider the role of schools in prison. Its aim is not only to understand how students and teachers see it, but also try to find ways of improving the quality of life for those deprived of freedom. The nature of the study is qualitative. The subjects of the study are teachers and students in a penitentiary school in the State of São Paulo/Brazil. Methodological procedures used for data collection were observation, informal conversations, and interviews. Data analysis of the study conducted was based on authors working on this theme in Latin America. This study demonstrates that the school is an effective space for socialization, identity construction and learning, therefore fulfilling its most important role of knowledge, culture, and reality intermediation, offering possibilities of preserving the human rights of young people and adults deprived of their liberty. <hr/>Resumen: El presente artículo se propone reflexionar sobre el rol de la escuela carcelaria intentando comprender cómo los alumnos y maestros la significan y también bosquejar caminos para la mejoría de la calidad de vida de aquellos privados de libertad. Se trata de un estudio de orden cualitativa cuyos sujetos son los alumnos y maestros de una escuela carcelaria del interior de la provincia de São Paulo/Brasil. Los procedimientos metodológicos para recolectar los datos fueron: la observación; conversaciones informales y entrevistas. El análisis de los datos obtenidos, basado en autores comprometidos con esta temática en América Latina, muestra la escuela carcelaria como un espacio de socialización, construcción de identidad y de aprendizajes que cumple, por lo tanto, su función de mediadora entre los saberes, las culturas y la realidad, ofreciendo posibilidades de preservación de los derechos humanos de los jóvenes y de los adultos en privación de libertad. <![CDATA[O estudo do meio como metodologia para apreensão crítica da diversidade socioambiental]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872011000200299&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumo: A Educação Ambiental é uma proposta educativa que busca a mudança de hábitos, atitudes e práticas sociais como solução para o quadro de degradação socioambiental. Apesar das estratégias propostas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, o tema ambiental ainda esbarra na disciplinaridade e se restringe ao contexto escolar, o que demanda mudanças estruturais e pedagógicas sobre o fazer educativo, repensando o papel da escola na sociedade contemporânea e sua responsabilidade na formação de sociedades sustentáveis. Frente a isso, fazem-se necessárias a reflexão e a criação de possibilidades de mudança sobre as questões socioambientais. Nesse sentido, o "Estudo do Meio"é um método de ensino e pesquisa que valoriza a diversidade de saberes, estimula a convivência de idéias e revela a complexidade da relação sociedade e meio ambiente. <hr/>Abstract: Environmental education is an educational proposal that seeks a change of habits, attitudes and social practices for a solution to the framework of socio-environmental degradation. Despite the strategies proposed by the Brasilian National Curriculum, the environmental issue still impacts the educational practices within school walls, and therefore demands structural and pedagogical changes within education, a rethinking of the role of schools in contemporary society, and their responsibility in forming sustainable societies. Against this, become necessaries the reflection and the creation of possibilities for change on environmental issues. In this sense, "The studies of the Environmental" is a method of teaching and researching which values the diversity of knowledge, encourages the coexistence of ideas, and reveals the complexity of the relationship between society and the environment, all of which allow for.<hr/>Resumen: La Educación Ambiental es una propuesta educativa que busca cambios de hábitos, actitudes y prácticas sociales como solución frente a la degradación socio ambiental. A pesar de las estrategias propuestas por los Parâmetros Curriculares Nacionais, el tema ambiental todavía tropieza con la disciplinaridad y con su restricción a los muros de la escuela y, de esta manera, demanda cambios estructurales y pedagógicos en el quehacer educativo, para repensar el rol de la escuela en la sociedad contemporánea y su responsabilidad en la formación de sociedades sustentables. Para hacer frente a eso, son necesarias la reflexión y la creación de posibilidades de cambios en las cuestiones socio ambientales. En ese sentido, el "Estudio del Medio" es un método de enseñanza e investigación que valora la diversidad de saberes, estimula la convivencia de ideas y revela la complexidad de la relación sociedad y medio ambiente, <![CDATA[Diversidade sexual na escola: um tema em confronto com o silêncio]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872011000200319&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumo: A partir dos estudos de gênero e do pós-estruturalismo, este artigo tem como objetivo analisar as relações de poder presentes no espaço escolar a respeito do tema da diversidade sexual. Os dados analisados são oriundos de grupos de discussão realizados com professoras de Ensino Fundamental e Médio da cidade de Porto Alegre. As educadoras entrevistadas participavam ou haviam já participado do curso Educando para a Diversidade - promovido pelo NUANCES (Grupo pela Livre Expressão Sexual), inserido no programa Brasil sem Homofobia (do Ministério da Saúde, apoiado pelo Ministério da Educação), que se constitui como uma política pública e tem sido utilizado pelo governo como "estratégia de mobilização e inclusão social e educacional". A partir da análise das falas das professoras procura-se esmiuçar de que forma o tema da diversidade sexual tem sido abordado em determinadas instituições escolares. <hr/>Abstract: Based on gender studies and on post-structuralism, the purpose of this article is to analyze the power relations concerning sexual diversity present in the school space. The analyzed data emerged from discussion groups of teachers of basic and fundamental schools in the city of Porto Alegre. The educators were participating or had participated in the course Educando para a Diversidade promoted by NUANCES (Group for Free Sexual Expression) included in the Brasil sem Homofobia program (from the National Department of Health, supported by the National Department of Education) established as a public policy and employed by the Government as a "strategy to mobilization and social and educational inclusion". From the analysis of teacher discourse it tries to scrutinize in which ways the subject of sexual diversity has been approached in certain school institutions. <hr/>Resumen: A partir de los estudios de género y del posestructuralismo, el objetivo de este artículo es analizar las relaciones de poder presentes en el espacio escolar con respecto a la cuestión de la diversidad sexual. Los datos analizados tienen su origen en grupos de discusión realizados con maestras de la Enseñanza Primaria y Secundaria de la ciudad de Porto Alegre. Las educadoras entrevistadas participaban o ya habían participado del curso Educando para a Diversidade - promovido por NUANCES (Grupo por la Libre Expresión Sexual), insertado en el programa Brasil sem Homofobia (del Ministerio de la Salud, con apoyo del Ministerio de la Educación), que se constituye en una política pública y ha sido utilizado por el gobierno como "estrategia para la movilización e inclusión social y educacional". A partir del análisis de los discursos de las maestras se busca examinar de qué manera ciertas instituciones escolares se han acercado al tema de la diversidad sexual. <![CDATA[Entre a diversidade e a disciplina: uma análise do programa <em>escola integrada</em>]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872011000200341&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumo: Este artigo tem como objetivo analisar as práticas curriculares desenvolvidas em duas escolas que participam do Programa Escola Integrada, da Rede Municipal de Ensino de Belo Horizonte. Esse Programa amplia a jornada escolar de alunos/as do Ensino Fundamental de quatro para nove horas diárias. Currículo é entendido aqui como um espaço de lutas para a construção de certos significados e de subjetividades de determinado tipo. O argumento defendido é o de que os currículos investigados ficam na fronteira entre uma abordagem culturalista (que inclui questões de diversidade e demanda uma subjetividade crítica aos padrões culturais) e um currículo disciplinar (que objetiva formar alunos/as seguidores/as das regras pré-estabelecidas). Essa disputa faz com que sentidos diversos circulem nos currículos investigados, produzindo sujeitos de diversos tipos. <hr/>Abstract: This article seeks to analyze the curriculum activities developed in two schools that participate in the Integrated School Program in the municipality of Belo Horizonte, Brazil. This Program extends the school journey of students of the Basic Education classes from four to nine hours per day. Curriculum is understood here as a space of disputes for the construction of certain meanings and subjectivities of a determined kind. The argument defended here is that the curricula investigated stay within the borders of a culturalist approach (that includes questions of diversity and demands a critical subjectivity to cultural standards) and a disciplinary curriculum (that aims to form students as followers of the pre-established rules). This disputation allows the circulation of a variety of meanings in the investigated curricula which produces a diversity of subjects <hr/> Resumen: El objetivo de este artículo es analizar las prácticas curriculares desarrolladas en dos escuelas que participan del Programa Escuela Integrada, de la Red Municipal de Educación de Belo Horizonte. Este Programa amplía la jornada escolar de alumnos/as de la Enseñanza Fundamental de cuatro para nueve horas diarias. Currículo es entendido aquí como un espacio de luchas para la construcción de ciertos significados y de determinado tipo de subjetividades. El argumento defendido es que los currículos investigados están en la frontera entre una aproximación culturalista (que incluye cuestiones de diversidad y demanda una subjetividad crítica a los patrones culturales) y un currículo disciplinar (que tiene como objetivo formar alumnos/as seguidores/as de las reglas preestablecidas). Esa disputa hace que sentidos diversos circulen en los currículos investigados, produciendo sujetos de diversos tipos.