Scielo RSS <![CDATA[Childhood & Philosophy]]> http://educa.fcc.org.br/rss.php?pid=1984-598720170001&lang=pt vol. 13 num. 26 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://educa.fcc.org.br/img/en/fbpelogp.gif http://educa.fcc.org.br <![CDATA[De infâncias, tempos e existências: habitar os espaços do «quando infante»]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872017000100005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumen Este trabajo propone una serie de reflexiones en torno a las ideas de tiempo y existencia desde el pensamiento de Emmanuel Levinas, poniéndolas en diálogo con una suerte de aventura poética que Manoel de Barros encarna en su narrativa, como una travesía de la memoria por el tiempo y espacio de la infancia. Partimos de la pregunta por la posibilidad de habitar el propio tiempo de la existencia como una vuelta a un tiempo infantil nuevo y actualizable, a un ser infante como comienzo de otros modos de ser, y proponemos una invitación a recrear las posibles variaciones entre el tiempo como temporalidad y sus relaciones con la alteridad y la educación. El tiempo pensado aquí remite también a la idea de acontecimiento como espacio propicio para la experiencia, como oportunidad para otros modos de pensar lo temporal desvinculado de intencionalidades prescriptas y anticipaciones, un espacio conmovido frente a lo radicalmente Otro, en el sentido levinasiano que entiende al tiempo como un “ensanchamiento” de la existencia individual y como una apertura al Otro y a lo Otro como parte de la propia relación con la alteridad. Estos temas se piensan a su vez, atravesados por experiencias, miradas y sentires nacidos de contextos escolares de trabajo con niños y niñas hospitalizados/as, donde nos interrogamos por el acontecimiento educativo como instancia para poner en juego sentidos singulares del existir y de una experiencia temporal novedosa, donde las reflexiones en torno a la existencia y los tiempos de ser infante se conectan vitalmente al sufrimiento y la pregunta ética por la finitud. <hr/>Abstract This work proposes a series of reflections around the ideas of time and existence starting from the thought of Emmanuel Levinas, placing them in dialogue with a kind of poetic adventure that Manoel de Barros embodies in his narrative, as a crossing of memory by time and Space of childhood. We start from the question of the possibility of dwelling the very time of existence as a return to a new and actualizable child time, to an infant being as the beginning of other ways of being, and we propose an invitation to recreate the possible variations between time as temporality and its relations with otherness and education. The time thought here also refers to the idea of an event as a space conducive to experience, as an opportunity for other modes of thinking, the temporality disconnected from prescribed intentions and anticipations, a space moved before the radically Other, in the Levinasian sense that understands time as a "Widening" of individual existence and as an opening to the Other and to the Other as part of the relationship itself with otherness. These themes are, in turn, crossed by experiences, looks and feelings born of school contexts of work with hospitalized children, where we are questioned by the educational event as an instance to put into play singular senses of existence and of a novel time experience, inwhich the reflections around the existence and the times of being infant connect vitally to the suffering and the ethical question about the finitude.<hr/>Resumo Este trabalho propõe uma série de reflexões em torno das ideias de tempo existência partindo do pensamento de Emmanuel Levinas, colocando-as em diálogo com uma espécie de aventura poética que Manoel de Barros encarna em sua narrativa, como uma travessia da memória pelo tempo e espaço da infância. Partimos da pergunta pela possibilidade de habitar o próprio tempo da existência como uma volta a um tempo infantil novo e atualizável, a um ser infante como começo de outros modos de ser, e propomos um convite a recriar as possíveis variações entre o tempo como temporalidade e suas relações com a alteridade e a educação. O tempo pensado aqui remete também a ideia de acontecimento como espaço propício para a experiência, como oportunidade para outros modos de pensar o temporal desvinculado de intencionalidades prescritas e antecipações, um espaço comovido frente ao radicalmente Outro, no sentido levinasiano que entende o tempo como um “alargamento” da existência individual e como uma apertura ao Outro e ao Outro como parte da própria relação com a alteridade. Estes temas se pensam, por sua vez, atravessados por experiências, olhares e sentires nascidos de contextos escolares de trabalho com crianças hospitalizados/as, onde nos interrogamos pelo acontecimento educativo como instância para por em jogo sentidos singulares de existir e de uma nova experiência temporal, onde as reflexões em torno a existência e os tempos de ser infante se conectam vitalmente ao sofrimento e a pergunta ética pela finitude. <![CDATA[Filosofar com as crianças: um trabalho sobre o excesso das palavras]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872017000100021&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumo Filosofar com as crianças e as professoras na escola consiste basicamente em conversar com elas, em perguntar-nos e explorar em forma coletiva os sentidos que o mundo nos apresenta ou nos nega. De outro modo, poderíamos dizer que a prática do filosofar implica um trabalho com e a partir da linguagem. Foucault convidava a considerar a filosofia como um exercício de si no pensamento. Esse exercício implica um exercício de si na linguagem, com a linguagem e a partir da linguagem. A linguagem é nosso modo de habitar o mundo. Por isso, trabalhar com as palavras não é um mero exercício técnico gramatical ou sintático. Perceber as palavras com que nomeamos o mundo, explorá-las, aproximá-las ou afastá-las de outras, deixar nascer novas combinações entre elas, etc. permite que nosso mundo (esse que para cada um de nós se apresenta como “o mundo”) também entre em exercício e possa transformar-se, abrir-se a novas possibilidades. Conversar é um modo de colocar em exercício nosso mundo, de pensá-lo. Esse exercício, aparentemente simples, supõe mais do que uma destreza técnica ou o desdobramento de metodologias. Demanda um trabalho sobre o limite da linguagem e implica um trabalho permanente sobre certa capacidade de perceber aquilo que habita nas palavras e que, ao mesmo tempo, escapa delas. Alejandra Pizarnik, Michel Foucault e Pierre Alféri oferecem pistas para poder explorar essa dimensão da linguagem.<hr/>Resumen Filosofar con los niños y las maestras en la escuela consiste, básicamente, en conversar, en preguntarnos y explorar en forma colectiva los sentidos que el mundo nos presenta o nos niega. De otro modo, podríamos decir que la práctica del filosofar implica un trabajo con y a partir del lenguaje. Foucault invitaba a considerar la filosofía como un ejercicio de sí en el pensamiento. Ese ejercicio implica un ejercicio de sí en el lenguaje, con el lenguaje y a partir del lenguaje. El lenguaje es nuestro modo de habitar el mundo. Por eso, trabajar con las palabras no es un mero ejercicio técnico gramatical o sintáctico. Percibir las palabras con las que nombramos el mundo, explorarlas, aproximarlas o alejarlas de otras, dejar nacer nuevas combinaciones entre ellas, etc. permite que nuestro mundo (ese que para cada uno de nosotros se presenta como “el mundo”) también entre en ejercicio y pueda transformarse, abrirse a nuevas posibilidades. Conversar es un modo de poner en ejercicio nuestro mundo, de pensarlo. Ese ejercicio, aparentemente simple, supone más que una destreza técnica o el despliegue de metodologías. Demanda un trabajo sobre el límite del lenguaje e implica un trabajo permanente sobre cierta capacidad de percibir aquello que habita en las palabras y que, al mismo tiempo, les escapa. Alejandra Pizarnik, Michel Foucault e Pierre Alféri ofrecen pistas para poder explorar esa dimensión del lenguaje.<hr/>Abstract To philosophize with the children and teachers at school is basically to talk to them, to ask ourselves and to explore in a collective way the senses that the world presents or denies us. Otherwise, we could say that the practice of philosophizing implies working with and from language. Foucault invited to consider philosophy as an exercise of self in thought. This exercise implies an exercise of self in language, with language and from language. Language is our way of inhabiting the world. Therefore, working with words is not a mere technical or grammatical exercise. To perceive the words with which we name the world, to explore them, to bring them closer or to separate them from others, to let new combinations be born among them, and so on, allows our world (which for each of us presents itself as "the world") also to exercise and to transform itself, to open itself to new possibilities. Talking is a way of putting our world into practice, of thinking about it. This seemingly simple exercise presupposes more than a technical dexterity or the unfolding of methodologies. It demands a work on the limit of language and implies a permanent work on a certain capacity to perceive what dwells in words and, at the same time, escapes them. Alejandra Pizarnik, Michel Foucault and Pierre Alféri offer clues to explore this dimension of language. <![CDATA["Infância e puberdade" em calendas gregas. Uma leitura fenomenológica da chegada]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872017000100035&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumen "Calendas Griegas" (BUFALINO, 1995). Es este el título que da nombre al libro que Gesualdo Bufalino, escritor siciliano, dedica al ejercicio del recordar, ese volver sobre sí, ese volver, incluso, sobre aquello imposible de rememorar, es decir, el inicio, el nacimiento; ese comienzo que nos es común a todos pero que ninguno es capaz de recordar. Inicio queevocamos sólo en virtud de los nacimientos que hemos atestiguado,por supuesto, siempre del lado del que espera, del que aguarda, expectante, el arribo del recién llegado, del infante. Y es de dicha experiencia originaria de la que se habla en este artículo a través de las categorías de pasividad y actividad de Edmund Husserl, filósofo alemán a partir del cual, me vuelco con ínfulas de hermeneuta sobre el primer capítulo del libro de Gesualdo Bufalino: "Infancia y pubertad" con el objetivo, no sólo de exaltar la excelsa recreación literaria que el escritor italiano hace de la experiencia del nacer, sino también de mostrar cómo el cachorro humano, es decir, el recién llegado transitaría de él mismo como yo, indiferenciado, no escindido, hacia el yo para sí mismo, tornándose, de este modo, "libre" de tomar posición y, por lo tanto, de decidir sobre sí, en tanto sujeto que deviene en el tiempo.<hr/>Abstract “Greek Calends”. Sicilian Writer Gesualdobufalino’s book is dedicated to the practice of memories, that returning to one’s self, that coming back, even on that which we cannot remember, that is to say, the starting point, our birth; that same beginning which is common to all of us but which no one is able to remember. A beginning which we evoke just according to births we have witnessed, of course, always on the side of he who awaits, he who waits, anxiously, the arrival of a newcomer, of an infant. And it is with this very initial experience that is dealt in this article by means of categories such as passivity and activity in Edmund Husserl, German philosopher from which, I plunge with hermeneutist aims into the first chapter of Bufalino’s book: “infancy and puberty” in order to, not only, glorify, the sublime literary recreation the Italian writer makes on the experience of being born, but also to show how the human pup, that means, the newcomer, would pass from he himself as I, still undifferentiated, not divided, towards the I to himself, becoming, this way, “free” to take position and, consequently, to decide on himself, as a subject becoming in the time. <hr/>Resumo "Calendas Griegas" (BUFALINO, 1995). É este o título que dá nome ao livro que Gesualdo Bufalino, escritor siciliano, dedica ao exercício de recordar, esse voltar-se sobre si, esse voltar-se, inclusive, sobre aquilo impossível de rememorar, quer dizer, o início, o nascimento; esse começo que nos é comum a todos mas que nenhum é capaz de recordar. Início que evocamos só em virtude dos nascimentos que temos testemunhado, certamente, sempre do lado do que espera, do que aguarda, expectante, a chegada do recém chegado, do infante. E é de dita experiência originaria da que se fala neste artigo através das categorias de passividade e atividade de Edmund Husserl, filósofo alemão a partir do qual, me volto com intenção de hermeneuta sobre o primeiro capítulo do livro de Gesualdo Bufalino: "Infancia y pubertad" com o objetivo, não só de exaltar a excelsa recriação literária que o escritor italiano faz da experiência do nascer, mas também de mostrar como o filhote humano, quer dizer, o recém chegado transitaria dele mesmo como eu, indiferenciado, não cindido, para o eu para si mesmo, tornando-se, deste modo, "livre" de tomar posição e, por tanto, de decidir sobre si, enquanto sujeito que devém no tempo. <![CDATA[Devaneios voltados para uma infância com o barro]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872017000100049&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumo O ensaio aborda uma experiência de escrita constituída no percurso de estudos e pesquisa acadêmica circunscritos pela relação entre educação, infância e fenomenologia da imaginação poética em Gaston Bachelard. Da sugestão bachelardiana de substituir diante do mundo a percepção pela admiração, para reter os valores daquilo que se percebe, emerge uma escrita tingida tanto pelos encontros com bebês, crianças pequenas e suas professoras na educação infantil quanto pelos devaneios da primeira autora a partir das imagens fotográficas das brincadeiras com o barro. Para descrever e refletir a complexidade dos devaneios voltados para uma experiência de infância, desde a admiração e a interpretação de imagens fotográficas, optamos pela fenomenologia bachelardiana da imaginação poética. Assumir a admiração como possibilidade de ultrapassar o percebido, como modo de reencontrar e prolongar - pela imaginação - as forças que estão no mundo, é transgredir uma escrita que explica e verifica para priorizar o movimento entre sonhar e pensar provocado pelos valores de uma infância que dinamizam reservas de entusiasmo que nos convidam a habitar e participar do mundo com outras palavras.<hr/>Abstract The essay addresses a writing experience constituted during a research project inspired by the relationship between education, childhood and Gaston Bachelard’s poetic imagination phenomenology. From the bachelardian suggestion of replacing in face of the world the perception with admiration, to retain the values of what is perceived, emerges a writing dyed both by the encounters of babies, small children and teachers and by the rêveries of the first author from photographic records of children’s play with clay. In order to describe and think the complexity of the rêveries possibles from a childhood experience, we opted for the bachelardian phenomenology of poetic imagination. To assume the admiration as a possibility to surpass the perceived, as a way to reencounter and extend - through imagination - the forces that are in the world, it’s to transgress a writing that explains and verifies to highlight the movement between dreaming and thinking provoked by the values of a childhood that animate reserves of enthusiasm that invite us to inhabit and to take part in the world with another words. <hr/>Resumen El ensayo aborda una experiencia de escritura constituida en el curso de estudios e investigación académica en torno de la relación entre educación, infancia y fenomenología de la imaginación poética en Gaston Bachelard. Desde la sugerencia bachelardiana de sustituir ante el mundo la percepción por la admiración, para retener los valores de lo que se percibe, emerge una escritura teñida tanto por los encuentros con bebés, niños pequeños y sus profesoras en la educación infantil cuanto por las ensoñaciónes de la primera autora a partir de imágenes fotográficas de juegos con el barro. Para describir y reflexionar la complejidad de las ensoñaciones que tienden a una experiencia de infancia, desde la admiración y la interpretación de imágenes fotográficas, optamos por la fenomenología bachelardiana de la imaginación poética. Asumir la admiración como posibilidad de transponer lo percibido, como modo de reencontrar y prolongar - por la imaginación - las fuerzas que están en lo mundo, es transgredir una escritura que explica y verifica para priorizar el movimiento entre soñar y pensar provocados por los valores de una infancia que dinamizan reservas de entusiasmo que nos invitan a habitar y participar del mundo con otras palabras. <![CDATA[Melarete e Peech: prefácio de uma colaboração internacional em filosofia com crianças]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872017000100069&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract In this paper we discuss two research programs - MELARETE (Verona, Italy) and Philosophical Ethics in Early Childhood (PEECh) (State College, Pennsylvania, USA) - and an emerging international research collaboration based on the benefits of practicing philosophy for meaning in early and middle childhood education. We argue for the good of philosophical thinking and its benefits to young students, with a particular focus on ethical development and meaning. We contend that through philosophical pedagogy we can make learning, meaning, vital to students. This is particularly relevant when dealing with questions of ethics and virtue, questions that are close to the lives of children from their earliest years. By discussing these questions and advancing philosophical ethics and virtue programs philosophers can play a central role in the development of responsible and ethical persons in the world. In order to do this, we contend, it is important that philosophy be introduced to children from a young age, in the early stages of schooling. Following a discussion of our respective research and education programs in Italy and USA, we discuss our current and ongoing plans for an international research collaboration on ethics and philosophy with children.<hr/>Resumen En este artículo discutimos dos programas de investigación - MELARETE (Verona, Italia) y Philosophical Ethics in Early Childhood (PEECh - Ética Filosófica en la Primera Infancia) (State College, Pennsylvania, Estados Unidos) - y una emergente colaboración internacional de investigación basada en los beneficios de la práctica de la filosofía por el sentido en la educación de primera y segunda infancia. Argumentamos en favor del pensamiento filosófico y sus beneficios para los estudiantes más jóvenes, con un particular foco en el desarrollo ético y el sentido. Sostenemos que a través de la pedagogía filosófica podemos hacer del aprendizaje, del significado y sentido, algo vital para los estudiantes. Esto es particularmente relevante al lidiar con cuestiones de ética y virtud, cuestiones que están próximas a las vidas de los niños desde sus años más tempranos. Mediante la discusión de estas cuestiones y adelantando programas filosóficos de ética y virtud, los filósofos pueden tener un papel central en el desarrollo de personas responsables y éticas en el mundo. Para lograr esto, sostenemos que es importante que la filosofía sea introducida a los niños desde una edad temprana, en las primeras etapas de la escolaridad. Siguiendo una discusión de nuestros respectivos programas de investigación y educación en Italia y Estados Unidos, discutimos nuestros actuales planes para una colaboración internacional en la investigación en ética y filosofía con niños. <hr/>Resumo Neste artigo discutimos dois programas de pesquisa - MELARETE (Verona, Itália) e Philosophical Ethics in Early Childhood (PEECh - Ética Filosófica na Primeira Infância) (State College, Pennsylvania, Estados Unidos) - e uma colaboração internacional de pesquisa emergente baseada nos benefícios da prática de uma filosofia significativa na educação de primeira e segunda infância. Argumentamos a favor do pensamento filosófico e seus benefícios para os estudantes mais jovens, com um foco particular no desenvolvimento ético e significativo. Sustentamos que através da pedagogia filosófica podemos fazer da aprendizagem e do sentido algo vital para os estudantes. Isso é particularmente relevante ao lidar com questões de ética e virtude, questões que estão próximas às vidas das crianças desde seus anos mais iniciais. Mediante a discussão dessas questões e adiantando programas filosóficos de ética e virtude, os filósofos podem ter um papel central no desenvolvimento de pessoas responsáveis e éticas no mundo. Para conseguir isso, sustentamos que é importante que a filosofia seja introduzida às crianças desde uma idade inicial, nas primeiras etapas da escolaridade. Acompanhando uma discussão de nossos respectivos programas de pesquisa e educação na Itália e nos Estados Unidos, discutimos nossos planos atuais para uma colaboração internacional na pesquisa em ética e filosofia com crianças. <![CDATA[Comunidades de investigação filosófica: a busca e o encontro de sentido como a base para desenvolver um senso de responsabilidade]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872017000100087&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract The attempt to define meaning arouses numerous questions, such as whether life can be meaningful without actions devoted to a central purpose or whether the latter guarantee a meaningful life. Communities of inquiry are relevant in this context because they create relationships within and between people and the environment. The more they address relations-social, cognitive, emotional, etc.-that tie-in with the children’s world even if not in a concrete fashion, the more they enable young people to search for and find meaning. Examining the way in which philosophical communities of inquiry serve as a dialogical space that enables a search for meaning on the personal and collective plane, this article seeks to expand the discussion of how/whether finding meaning on a private or communal level can promote recognition of the existential uniqueness of each individual and the development of a sense of responsibility for him or her. Grounded in the writings of Matthew Lipman, it links his ideas about finding meaning in philosophical communities of inquiry with those of Jean-Paul Sartre, Viktor Frankl, and Emmanuel Levinas, in particular with regard to the association between meaning and responsibility.<hr/>Resumen El intento de definir el sentido y significado origina numerosas preguntas, tales como si la vida puede tener sentido sin acciones dirigidas a un propósito central o si este último garantiza una vida con sentido. Las comunidades de indagación son relevantes en este contexto porque crean relaciones entre la gente y el ambiente. Cuanto más se dirigen a las relaciones - sociales, cognitivas, emocionales, etc. - que se entrelazan con el mundo de los niños aunque no sea en un modo concreto, tanto más le permiten a los jóvenes buscar y encontrar un sentido. Examinando la manera en que las comunidades filosóficas de indagación sirven como un espacio dialógico que permite una búsqueda del sentido en el plano personal y colectivo, este artículo busca expandir la discusión sobre cómo/si encontrar sentido en un nivel privado o comunitario puede promover el reconocimiento de la singularidad existencial de cada individuo y el desarrollo de un sentido de responsabilidad para él o ella. Basado en los escritos de Matthew Lipman, vincula sus ideas sobre encontrar sentido en las comunidades filosóficas de indagación y aquellas de Jean-Paul Sartre, Viktor Frankl, y Emmanuel Levinas, en particular con respecto a la asociación entre sentido y responsabilidad. <hr/>Resumo A tentativa de definir significado o sentido origina numerosas perguntas, tais como se a vida pode ter sentido sem ações dirigidas a um propósito central ou se este último garante uma vida com sentido. As comunidades de investigação são relevantes neste contexto porque criam relações entre as pessoas e o ambiente. Quanto mais se dirigem às relações - sociais, cognitivas, emocionais, etc. - que se entrelaçam com o mundo das crianças ainda que não seja de um modo concreto, mais permitem aos jovens buscar e encontrar um sentido. Examinando a maneira na qual as comunidades de investigação filosófica servem como um espaço dialógico que permite uma busca de sentido no plano social e coletivo, esse artigo busca expandir a discussão sobre como/se encontrar sentido em um nível privado ou comunitário pode promover o reconhecimento da singularidade existencial de cada indivíduo e o desenvolvimento de um senso de responsabilidade para ele ou ela. Baseado nos escritos de Matthew Lipman, vincula suas ideias sobre encontrar sentido nas comunidades de investigação filosófica e àquelas de Jean-Paul Sartre, Viktor Frankl, e Emmanuel Levinas, em particular no que diz respeito à associação entre sentido e responsabilidade. <![CDATA[Que aridez de imaginação pedagógica! Pensar a escola além do (im)possível]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872017000100105&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumen La pregunta que motoriza el presente trabajo es la siguiente: ¿Por qué, a pesar de todos los cambios político-curriculares y didácticos de los últimos tiempos, seguimos sintiendo que la escuela está encorsetada en la reproducción de lo mismo? ¿Acaso nuestra época no está signada por una falta de imaginación pedagógica? Nos preguntamos por la manera en que nuestra imaginación -como facultad de producir representaciones más allá de lo dado- está configurada en la actualidad. Y observamos que a pesar de que se la presenta como una capacidad ilimitada, parece tener demarcaciones muy claras. Creemos que en la actualidad, todavía seguimos muy atados al imaginario pedagógico moderno. Podemos, no obstante, identificar ciertas prácticas que han permitido salir de ese plano de representaciones y romper con ese imaginario establecido, con el campo de lo ya dado, constituyendo gestos de “imaginación pedagógica radical”. Estos gestos inciden en el modo en que se distribuyen las visibilidades y las invisibilidades de lo que logramos o no concebir como posible en el campo educativo. Los interrogantes que nos motivan, lejos de constituir diagnósticos cerrados o concluyentes, pretenden problematizar el campo educativo a través de la desnaturalización de nuestra subjetividad docente y de la dilucidación del modo en que nuestras miradas, nuestras prácticas y nuestros deseos colectivos son configurados en gran medida por dispositivos socio-históricos y por representaciones que se materializan en relaciones y valoraciones educativas verticalistas y adultocéntricas. El aporte principal del presente trabajo consiste en la propuesta de ver en los conceptos de caos-acontecimiento y de prefiguración pedagógica-desarrollados en anteriores trabajos- la posibilidad de movilizar el campo de la imaginación pedagógica de nuestra época hacia otras prácticas educativas posibles, que irrumpan en los dispositivos de la escuela moderna, anticipando en el presente la escuela que deseamos y dando espacio a que sean los propios niños y jóvenes quienes aporten a la configuración de nuevos escenarios educativos posibles.<hr/>Resumo A questão que impulsiona o presente trabalho é: Porque, apesar de todas as mudanças político-curriculares e pedagógicas dos últimos tempos, continuamos sentindo que a escola está espartilhada na reprodução do mesmo? Será que a nossa época está marcada por uma falta de imaginação pedagógica? Nos perguntamos pela maneira em que a nossa imaginação -como faculdade de producir representações além do que já foi definido - está configurada na atualidade. E observamos que apesar de ser apresentada como uma capacidade ilimitada, parece ter demarcações muito claras. Acreditamos que na atualidade, continuamos a estar muito ligados aoimaginário pedagógico moderno. Podemos, no entanto, identificar certas práticas que tem permitido abandonar ese plano das representações e romper com ese imaginário estabelecido, com o campo do que já foi definido, constituindo-se, assim, em gestos de "imaginação pedagógica radical." Esses gestos influenciam o modo no qual são distribuidas as visibilidades e invisibilidades do que conseguimos ou não conceber como possível no campo educacional. As questões que nos motivam, longe de se constituirem em diagnósticos fechados ou conclusivos, pretendem problematizar o campo educacional através de desnaturalização da nossa subjetividade docente e da elucidação do modo em que nossos olhares, ,nossas práticas e nossos desejos coletivos são configurados em grande parte por dispositivos sócio-históricos e por representações que se materializam em relações e avaliações educacionais verticalistas e adultocêntricas. A principal contribuição do presente trabalho consiste na proposta de enxergar nos conceitos de caos-acontecimento e de prefiguração pedagógica - desenvolvidos em trabalhos prévios - a possibilidade de mobilizar o campo da imaginação pedagógica da nossa epoca para outras práticas educacionais possíveis, irrompeendo nos dispositivos da escola moderna, antecipando no presente a escola que desejamos e dando espaço para que sejam as próprias crianças e os jovens quem contribuam na configuração de novos cenários educacionais possíveis.<hr/>Abstract This paper is motorized by the following question: Why, although there have been many changes on curricular policies and didactic designs during the last years, do we continue feeling that the school is still trapped in the reproduction of the same? May our times be signed by the lack of pedagogical imagination? We wonder about the ways in which our imagination-as the faculty to produce representations beyond what `s given-is configured in the present. And we observe that although it is presented as an unlimited faculty, it seems to have clear demarcations. We believe that at present time, we are still tied up to the modern pedagogical imaginary. However, we can identify a few practices that allow us to move from those representations, questioning the established imaginary which give place to what we call gestures of “radical pedagogical imagination”. These gestures have an impact on the way we distribute the visibilities and invisibilities of what we are able or not to consider possible in the educational field. The questions that have motivated us, far from being closed or conclusive diagnostics, pretend to inquire the educational field, through the questioning of our teacher`s subjectivity and the critical analysis of the way in which our perspectives, our practices and our collective desires are configured by socio-historic devices and representations that are materialized in vertical and adult-centric educational values and relationships. The main contribution of this paper is the proposal of seeing in the concepts of chaos-events and pedagogical-prefiguration -developed during previous papers- the possibility of moving, the field of pedagogical imagination, to other kind of possible educative practices, that can break the devices of modern school, anticipating at the present the school we want, giving place and letting the children and young people to be the ones that contribute to the creation of a new possible educative scenario. <![CDATA[Mito e brincadeira no Fedro de platão]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872017000100129&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract Plato’s Phaedrus is a famously intriguing dialogue. It employs a wide range of writing styles, such as myth, dialectic discussion, rehearsed and spontaneous speeches, and lines of verse. It makes a sharp transition from speech-making and storytelling, which make up the first half of the dialogue and deal with love, to dialectical discussion and an analysis of rhetoric in its second half. Socrates himself claims erotic madness is man’s greatest blessing. How seriously can we take such a strange dialogue? How serious can we be regarding its message? In this article I will suggest a playful reading of the Phaedrus. Not only does the notion of play (paidia) feature prominently in several key passages of the text, but there is also an atmosphere of playfulness throughout the drama of the dialogue, which takes place on the banks of the river Ilisus. This is a philosophical playfulness which is not divorced from childish playfulness. As we will see, the philosopher and the child have much in common, and their shared attributes figure in the Phaedrus: the child is commonly perceived to be irrational, but irrationality in this dialogue is a blessing, according to Socrates; play is childish, but philosophy, mythmaking and writing are a form of play; and children are inherently learners-which is also what the philosopher ultimately aims at. The argument presented in this paper is based on a textual analysis of the word “play” (in its various forms) in the Phaedrus. The substantial link made between play, myth and writing will be shown to have important implications on Plato’s concept of philosophy as play, as well as on his view of the philosopher as child-like.<hr/>Resumen El Fedro de Platón es un diálogo afamadamente intrigante. Emplea una amplia variedad de estilos de escritura, como el mito, la discusión dialéctica, discursos ensayados y espontáneos, y líneas de verso. Realiza una nítida transición desde la discursiva y la narrativa, que constituyen la primera mitad del diálogo y lidian con el amor, hasta la discusión dialéctica y el análisis de la retórica en su segunda mitad. El propio Sócrates sostiene que la locura erótica es la mayor bendición humana. ¿Cuán seriamente podemos tomar un diálogo tan extraño? ¿Qué tan serios podemos ser en relación a su mensaje? En este artículo voy a sugerir una lectura divertida del Fedro. Esta noción de juego (paidia) no sólo aparece prominentemente en varios pasajes clave del texto, sino que además hay una atmosfera de carácter lúdico a lo largo del drama del diálogo, que tiene lugar en las orillas del río Ilisus. Éste es un juego filosófico que no está separado del juego infantil. Como veremos, el filósofo y el niño tienen mucho en común, y sus atributos compartidos aparecen en el Fedro: el niño es comúnmente percibido como alguien irracional, pero la irracionalidad es en este diálogo una bendición, según Sócrates; el juego es infantil, pero la filosofía, la creación de mitos y la escritura son una forma de juego; y los niños se caracterizan inherentemente por aprender - que es también en definitiva aquello a lo que el filósofo apunta. El argumento presentado en este artículo está basado en un análisis textual de la palabra “juego” (en sus varias formas) en el Fedro. Se mostrará cómo el vínculo sustancial entre juego, mito y escritura tiene importantes implicaciones para el concepto platónico de la filosofía como juego, y también en su visión del filósofo como un niño.<hr/>Resumo O Fedro de Platão é um diálogo de fama intrigante. Possui uma ampla variedade de estilos de escrita, como o mito, a discussão dialética, discursos ensaiados e espontâneos e linhas de verso. Realiza uma nítida transição desde o discurso à narração, que constituem a primeira metade do diálogo e lidam com o amor, até a discussão dialética e a análise da retórica em sua segunda metade. O próprio Sócrates sustenta que a loucura erótica é a maior bênção humana. Quão seriamente podemos considerar um diálogo tão estranho? Que tão sérios podemos ser em relação a sua mensagem? Neste artigo irei sugerir uma leitura divertida do Fedro. Essa noção de brincadeira (paidia) não só aparece proeminentemente em várias passagens chave do texto, mas também, além disso, há uma atmosfera de caráter lúdico ao longo do drama do diálogo, que acontece nas margens do rio Ilisus. Essa é uma ludicidade filosófica que não se encontra separada da ludicidade infantil. Como veremos, o filósofo e a criança têm muito em comum, e seus atributos compartilhados aparecem no Fedro: a criança é comumente percebida como alguém irracional, mas a irracionalidade é neste diálogo uma bênção, de acordo com Sócrates; a brincadeira é infantil, mas a filosofia, a criação de mitos e a escrita são uma forma de brincadeira; e as crianças se caracterizam inerentemente por serem aprendizes - que também é aquilo ao que o filósofo aspira. O argumento apresentado neste artigo está baseado em uma análise textual da palavra “brincadeira” (em suas várias formas) no Fedro. Se mostrará como o vínculo substancial entre brincadeira, mito e escrita tem implicações importantes no conceito platônico da filosofia como um jogo, assim como também em sua visão do filósofo como uma criança. <![CDATA[A "emergência" de momentos filosóficos emergentes e a filosofia emergente (emphil): notas preliminares]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872017000100153&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract This paper aims at introducing the idea of Emergent Philosophizing (EmPhil) as a way of naming, describing, developing and further understanding the occurrence of philosophical insights among children in the classroom. The conceptualization of EmPhil is theoretically grounded in philosophies that explore the process of thinking as emergence, as a form of praxis, and as a way of life. Emergent philosophizing is an ongoing pedagogical concept that is still developing--both shaping and being reshaped by our experience in the classroom, dedicated as it is to a form of practice that allows children’s thinking (but also the teacher’s thinking) to unblock and unlock philosophical ideation. EmPhil is a form of wonder and epiphany, and it is up to adults to: a) recognize and welcome these emerging moments, and to recognize the philosophical or pre-philosophical ideas contained within them, through observation and dialogue, b) open up more space within organized activities for them to emerge; and c) maintain a responsive attitude toward’s children’s thinking, such that they are never lost, undervalued, or unnoticed). EmPhil opens a pedagogical space for children in which to view their own thoughts as important as needing to be acknowledged, questioned, discussed and not left aside. EmPhil celebrates the instant,, the fresh,, the unfinished,, and the ongoing process of thinking that keeps changing and developing in the dialogical setting that philosophy for/with children provides. As such, EmPhil forges a creative bond between pedagogy and philosophy that is not as yet fully explored.<hr/>Resumo Esse artigo pretende introduzir a ideia de Filosofia Emergente (EmPhil) como um modo de nomear, descrever, desenvolver e compreender o processo de ter momentos filosóficos que ocorrem instantaneamente e que vêm diretamente das crianças em sala de aula. A conceptualização de EmPhil se baseia teoricamente em filosofias que exploram o processo de pensamento como emergência, entendido como uma prática e um modo de vida. EmPhil é um conceito pedagógico atual que ainda está se desenvolvendo - moldando nossa experiência na sala de aula e sendo, ao mesmo tempo, remodelado por ela, dedicando-se, assim, a uma prática que permite que o pensamento das crianças (e também o do professor) se abra às ideias filosóficas. EmPhil é uma forma de espanto e epifania, e depende dos adultos: a) reconhecer e acolher esses momentos emergentes, e reconhecer as ideias filosóficas e pré-filosóficas contidas neles através da observação e do diálogo, b) abrir um espaço maior entre as atividades organizadas para permitir que esses momentos possam emergir; e c) manter uma atitude receptiva ao pensamento das crianças para evitar que se sintam perdidas, subestimadas ou que passem desapercebidas. EmPhil abre um espaço pedagógico para que as crianças vejam que seus próprios pensamentos são suficientemente importantes para ser reconhecidos, questionados e discutidos sem ser deixados de lado. EmPhil celebra o instante, o espontâneo, o inconcluso e o processo de pensamento que se transforma e se desenvolve constantemente no âmbito dialógico fornecido pela filosofia para/com crianças. Desta forma, EmPhil forja um laço criativo entre a filosofia e a pedagogia que ainda não foi totalmente explorado.<hr/>Resumen Este artículo pretende introducir la idea de Filosofía Emergente (EmPhil) como un modo de nombrar, describir, desarrollar y comprender el proceso de tener momentos filosóficos que ocurren instantáneamente y que vienen directamente de los niños en el aula. La conceptualización de EmPhil se basa teóricamente en filosofías que exploran el proceso de pensamiento como emergencia, entendido como una práctica y un modo de vida. EmPhil es un concepto pedagógico actual que aún se está desarrollando - moldeando nuestra experiencia en el aula y siendo, a su vez, remodelado por ésta, dedicándose así a una práctica que permite que el pensamiento de los niños (y también el del maestro) se abra a las ideas filosóficas. EmPhil es una forma de asombro y epifanía, y depende de los adultos: a) reconocer y acoger estos momentos emergentes, y reconocer las ideas filosóficas y pre-filosóficas contenidas en ellos a través de la observación y el diálogo, b) abrir un mayor espacio entre las actividades organizadas para permitir que estos momentos emerjan; y c) mantener una actitud receptiva al pensamiento de los niños para evitar que se sientan perdidos, subestimados o que pasan desapercibidos. EmPhil abre un espacio pedagógico para que los niños vean que sus propios pensamientos son lo suficientemente importantes como para ser reconocidos, cuestionados y discutidos sin ser dejados de lado. EmPhil celebra el instante, lo espontáneo, lo inconcluso y el proceso de pensamiento que se transforma y se desarrolla constantemente en el marco dialógico provisto por la filosofía para/con niños. Como tal, EmPhil forja un lazo creativo entre la filosofía y la pedagogía que aún no ha sido totalmente explorado. <![CDATA[Da exclusão a um modelo identitário de inclusão: a deficiência como paradigma biopolítico]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872017000100167&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumo O deficiente tem sido objeto de exclusão no ambiente escolar. Historicamente, os argumentos utilizados para tal seriam os de que escaparia aos propósitos disciplinares da escola e, ao ser classificado como anormal, deveria ser destinado ao governo de outra instituição que, se não o corrigisse, o privaria da vida social. Recentemente, no caso do Brasil e de outros países, tais argumentos sofreram um deslocamento no sentido de buscar a inclusão do deficiente aos dispositivos e às instituições que os preparam para o exercício de uma função social e para o mercado. Nesse cenário atual, a categoria foucaultiana de biopolítica tem sido utilizada pela literatura acadêmica para elaborar um diagnóstico do papel ocupado pela deficiência tanto para problematizar as chamadas políticas de inclusão quanto para apresentar alternativas para o acolhimento dessa diferença ética em instituições como a escola. Desse ponto de vista, este artigo parte da constatação da necessidade de aprimorar a referida categoria, constitutiva de um diagnóstico mais amplo do presente e elaborada entre o final dos anos 1970 e meados dos anos 1980, recorrendo a outras publicações mais recentes do campo de estudos foucaultianos, para tornar seu uso um pouco mais preciso e para melhor focalizar o lugar ocupado pela deficiência no cenário biopolítico atual. Para tanto, recorremos aos estudos de Robert Castel, Paul Rabinow e Francisco Ortega para reelaborar o uso dessa categoria e atualizá-la em vistas a atender as demandas das formas de governamentalidade e das tecnologias de biopoder emergentes com as políticas de inclusão e, especificamente, a compreender a conversão da deficiência como modelo jurídico e administrativo em paradigma biopolítico. Interessa-nos, ao reconstruir esse percurso e diagnóstico, mostrar o quanto as políticas de inclusão do deficiente, por um lado, atendem as demandas de uma racionalidade econômica implementada no neoliberalismo e, por outro, na medida em que os seus modos éticos de existência também escapam ao excessivo controle eficiente da vida, o quanto geram focos de experiência e de resistência à essa atual configuração da biopolítica, criando outros modos de subjetivação.<hr/>Abstract The disabled has been the subject of exclusion in the school environment. Historically, the arguments used for this would be that escape to disciplinary purposes and school, to be classified as abnormal, should be aimed at another government institution which, if not corrected, would deprive the social life. Recently, in the case of Brazil and other countries, these arguments were offset in the sense of seeking the inclusion of people with disabilities to devices and institutions that prepare for a social function and to the market. In this scenario, the category foucaultdan of biopolitics has been used by academic literature to develop a diagnostic of the role occupied by the disabilities both to discuss the so-called inclusion policies as to present alternatives to the admission of this difference in ethics institutions such as school. From this point of view, this article part of the realization of the need to improve this category, a wider diagnosis constitutive of this drawn-out between the late 1970 and the mid-1980, using other latest publications of the field foucauldians studies, to make their use a little more precise and to better focus on the place occupied by the deficiency in the current scenario biopolitics. To this end, we resorted to the studies of Robert Castel, Paul Rabinow and Francisco Ortega to re-shape the use in this category and update it in order to meet the demands of work and forms of biopower technologies emerging with inclusion policies and, specifically, to understand the conversion of disabilities as legal and administrative model in a biopolitics paradigm. We are interested in, to rebuild this course and diagnosis, show how the policies of inclusion of people with disabilities, on the one hand, meet the demands of an economic rationality implemented in neo-liberalism and, on the other, to the extent that their ethical modes of existence also are beyond the effective control of excessive life, how generate sources of experience and of resistance to this current configuration of biopolitics by creating other modes of subjectivation.<hr/>Resumen Las personas con discapacidad han sido objeto de exclusión en el ambiente escolar. Históricamente, los argumentos utilizados para esto sería huir a los propósitos disciplinares y escuela, para ser clasificado como anormal, debe encaminarse a otra institución de gobierno que, si no le corrige, le privaría a la vida social. Recientemente, en el caso de Brasil y otros países, tales argumentos fueron desplazados en el sentido de buscar la inclusión de personas con discapacidad a los dispositivos y las instituciones que preparan para una función social y el mercado. En este escenario, la categoría foucaultiana de biopolítica ha sido utilizada por la literatura académica para desarrollar un diagnóstico de la función de la discapacidad tanto para discutir las dichas políticas de inclusión como para presentar alternativas a la admisión de esta diferencia ética en las instituciones como la escuela. Desde este punto de vista, este artículo tiene como punto de partida a la necesidad de perfeccionar esta categoría, planteada en un diagnóstico más amplio del tiempo presente y construida teóricamente entre finales de los años 1970 y los inicios de 1980, con otras publicaciones más recientes de los estudios del campo foucaultiano, que hacen su uso un poco más preciso y se centran más en el lugar ocupado por la deficiencia en el actual escenario de la biopolítica. Para ello, hemos recurrido a los estudios de Robert Castel, Paul Rabinow y Francisco Ortega para dar nueva forma a la utilización de esta categoría y actualizarla con el fin de satisfacer las demandas de trabajo y formas de biopoder tecnologías emergentes con las políticas de inclusión y, en concreto, para entender la conversión de la discapacidad como modelo judicial y administrativo en un paradigma de la biopolítica. Nos interesa, para reconstruir este curso y diagnóstico, mostrar cómo las políticas de inclusión de personas con discapacidad, por un lado, responden a las exigencias de una racionalidad económica implementada en el neoliberalismo y, por otra parte, en la medida en que sus modos éticos de existencia también están fuera del control efectivo de la vida excesiva, producen fuentes de experiencia y de resistencia a esta configuración actual de la biopolítica mediante la creación de otros modos de subjetivación.