Scielo RSS <![CDATA[Childhood & Philosophy]]> http://educa.fcc.org.br/rss.php?pid=1984-598720180003&lang=pt vol. 14 num. 31 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://educa.fcc.org.br/img/en/fbpelogp.gif http://educa.fcc.org.br <![CDATA[Apresentação. À escuta da infancia]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872018000300539&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[A borboleta e o violino a urgência de uma cita: infância(s), escola(s) e igualdade.]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872018000300545&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumen Este trabajo presenta una reflexión política pedagógica sobre la educación con infancias populares. Parte de su contenido refiere a un trabajo de investigación que intenta dilucidar si en la Argentina la escuela pública inscripta en territorios marcados traumáticamente por la desigualdad puede construir otras experiencias educativas que alteren el orden de lo dado. Se intenta explorar a partir de una escena escolar la posibilidad de pensar la gestualidad escolar desde el movimiento y la variación que se abre cuando un colectivo docente disputa los sentidos de la igualdad y construye otros modos de ver la infancia, las infancias. Es un texto que explora condiciones de posibilidad ante el avance brutal del neoliberalismo en Argentina. Los niños y niñas de sectores populares son víctimas del gatillo fácil, la represión y la persecución de las fuerzas de seguridad; sus trayectorias educativas se ven interrumpidas con frecuencia por factores ligados al agravamiento de sus condiciones de vida. La infantilización de la pobreza en los países latinoamericanos se refleja en el terreno educativo. Las poblaciones infantiles segregadas asisten a circuitos escolares devaluados que reproducen los procesos de exclusión. Este trabajo intenta recuperar las experiencias educativas que interrumpen lo esperado, desarticulan el discurso del miedo y la inseguridad y desafían la equivalencia discursiva que asocia a un niño o una niña pobre con un peligro social. El propósito es poner en discusión que la gestualidad, el accionar institucional anclado en las preguntas y el movimiento que propicia el pensamiento permiten imaginar otros mundos posibles, escribir otras melodías con variaciones a las esperadas e inventar otras texturas polifónicas en educación. Es decir, atender aquellos pequeños movimientos que en clave de igualdad pueden en la vida de los sujetos definir una dirección u otra. La escuela de sectores populares con frecuencia se encuentra atrapada en procesos muy complejos; sin embargo, son innumerables las acciones que desde la educación se pueden llevar adelante para disputar los sentidos de la enseñanza en términos de lo público.<hr/>Resumo Este trabalho apresenta uma reflexão político-pedagógica sobre a educação com infâncias das classes populares. Parte do seu conteúdo se refere a um trabalho de pesquisa que tenta elucidar se na Argentina, a escola pública inscrita em territórios apontados traumaticamente pela desigualdade, consegue construir outras experiências educativas que transformem a ordem do estabelecido. A partir de uma cena escolar, tenta-se analisar a possibilidade de pensar a gestualidade do movimento e a variação que se abre quando o conjunto dos docentes disputa os sentidos da igualdade e constrói outros modos de ver a infância, as infâncias. É um texto que explora condições de possibilidade diante do avanço brutal do neoliberalismo na Argentina. Vítimas do "gatilho fácil", da repressão e da persecução das forças de segurança, as crianças das classes populares acabam vendo como suas trajetórias educativas são interrompidas com frequência por fatores ligados ao agravamento de suas condições de vida. A infantilização da pobreza nos países latino-americanos se reflete no terreno educativo. As populações infantis segregadas vivenciam ciclos escolares desvalorizados que reproduzem os processos de exclusão. Desse modo, esse trabalho tenta recuperar as experiências educativas que interrompem o esperado; essas que desarticulam o discurso do medo, a falta de segurança e desafiam a equivalência discursiva que associa uma criança pobre ao perigo social. O propósito aqui é colocar em discussão como a gestualidade, a ação institucional, ancorada nas perguntas e o movimento que propicia o pensamento, permitem imaginar outros mundos possíveis, escrever outras melodias com variações diferentes às ansiadas e inventar outras texturas polifônicas em educação. Isto é, atender aos pequenos movimentos que em clave de igualdade podem, na vida dos sujeitos, definirem um caminho diferente. A escola das classes populares com frequência se descobre capturada em processos muito complexos. No entanto, são inúmeras as ações que da educação podem ser levadas adiante para discutir os sentidos do ensino em termos do público.<hr/>Abstract This paper presents a political and pedagogical reflection on the education of the working-class childhoods. Part of its content refers to a research work which tries to comprehend if, in Argentina, state schools located in territories traumatically marked by inequality can produce educational experiences which alter the given order. It tries to explore, based on a school scene, the possibility to think school gestures from the perspective of movement and from the variation that takes place when a teaching team disputes the meanings of equality and it produces other ways to see childhood, childhoods. This is a text which explores the conditions of possibility in the light of the brutal advance of neoliberalism in our country. Boys and girls from the working-class are victims of "trigger-happy" police officers, of repression and persecution by security forces. Their educational careers are frequently interrupted by factors linked to the worsening of their life conditions. The infantilization of poverty in Latin American countries is reflected in the educational field. Segregated child populations attend devaluated school circuits which reproduce the exclusion processes. This paper tries to recover the educational experiences which interrupt what is expected, which dismantle the discourse of fear and insecurity and challenge the discursive equivalence that associates a poor boy or girl with a social danger. Its purpose is to put forth the idea that gestuality, institutional actions rooted in questions and movement which encourages thinking allow us to imagine other possible worlds, to write other melodies that vary from the expected and to invent other polyphonic textures in education. In other words, to cater for those small movements which, on the basis of equality, can define a direction in one way or another. Schools in working-class sectors frequently find themselves trapped in very complex processes; however, there are countless actions that, from the educational perspective, can be conducted to dispute the meanings of teaching in public terms. <![CDATA[O cuidado na educação infantil: cenas do cotidiano de crianças em um centro de educação infantil em Fortaleza-CE]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872018000300557&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumo Este trabalho é oriundo de uma pesquisa de Mestrado em Educação Brasileira. O recorte que apresentamos neste texto revela as perspectivas de cuidado percebidas em uma turma de crianças de cinco anos, no cotidiano de um Centro de Educação Infantil (CEI) da rede municipal de Fortaleza. As discussões teóricas sobre o tema envolveram um diálogo entre a pedagogia e a filosofia da educação a partir das contribuições de Kramer (2011), Pagni (2010), Foucault (2010), Rancière (2015), Kohan (2007) e Boff (2005). Tratou-se de uma pesquisa qualitativa de inspiração fenomenológica, cujo método de geração de dados foi a observação participante. As análises revelaram que: nas interações ocorridas nas práticas pedagógicas, professoras e crianças cuidam-se mutuamente; a significação do cuidado pelas crianças pode ser percebida nas minúcias de suas ações cotidianas, bem como no envolvimento afetivo, no brincar juntos, na fala e na escuta do outro, no compartilhar da vida no dia a dia; a significação do cuidado pelo adulto recebe influência da forma como foi cuidado, de sua subjetivação e de suas escolhas no modo de ser; o cuidado humaniza as práticas docentes, inspirando emancipação; a política de resultados que tem visado a "melhoria dos índices educacionais" pode representar um perigo à Educação Infantil por minimizar o compartilhar das experiências específicas da infância ao treinamento para atingir resultados esperados. O estudo destacou a necessidade de refletir sobre o sentido da educação e, com isso, propõe a valorização do modo-de-ser cuidado como decisão ética e enquanto opção de reflexão sobre a forma de viver e interagir.<hr/>Resumen Este trabajo procede de una investigación de maestría en Educación Brasileña. El recorte que presentamos muestra las perspectivas de cuidado percibidas en un grupo de niños de cinco años en el día a día de un Centro de Educación Infantil (CEI) de la red municipal de Fortaleza. Las discusiones teóricas sobre el tema implicaron un diálogo entre la pedagogía y la filosofía de la educación a partir de las contribuciones de Kramer (2011), Pagni (2010), Foucault (2010), Rancière (2015), Kohan (2007) y Boff (2005). Se trata de una investigación cualitativa de inspiración fenomenológica, cuyo método de generación de datos procede de la observación participante. Los análisis revelaron que: en las interacciones acontecidas durante las prácticas pedagógicas, profesoras y niños se cuidan mutuamente; la significación del cuidado por parte de los niños puede ser percibida en las minucias de sus acciones cotidianas, así como en el comprometimiento afectivo, en el jugar juntos, en el habla y la escucha del otro, en el compartir de la vida cotidiana; la significación del cuidado por el adulto recibe la influencia de la forma en que fue cuidado, de su subjetivación y de sus elecciones en el modo de ser; el cuidado humaniza las prácticas docentes, inspirando emancipación; la política de resultados que tiene por objetivo la "mejora de los índices educacionales" puede representar un peligro para la Educación Infantil por minimizar la posibilidad de compartir experiencias específicas de la infancia ante la priorización del entrenamiento en vistas a alcanzar los resultados esperados. El estudio destaca la necesidad de reflexionar sobre el sentido de la educación y, con ello, propone la valorización del modo-de-ser cuidado como decisión ética y como opción de reflexión sobre la forma de vivir e interactuar.<hr/>Abstract This work has its origin in a master's research about Brazilian Education. The approach that we present in this text reveals the perspectives of caring perceived in a five-year-olds classroom in the daily life in a municipal center for Early Childhood Education in Fortaleza. The theoretical discussions on the theme involved a dialogue between Pedagogy and Philosophy of Education based on the contributions of Kramer (2011), Pagni (2010), Foucault (2010), Rancière (2015), Kohan (2007) and Boff (2005). It was a qualitative research of phenomenological inspiration, which method of data creation was participant observation. The analysis revealed that: in the interactions occurred in pedagogical practices, teachers and children take care of each other; the meaning of caring for children can be perceived in the minutia of their daily actions, as well as in affective involvement, in playing together, in speaking and listening to others, in sharing life on a daily basis; as for the meaning of caring for the adults, it is influenced by the way they were cared for, by their subjectivation and their choices in their way of being; caring humanizes teaching practices, inspiring emancipation; the policy on results that has aimed at "improving educational indices" may represent a danger to Early Childhood Education by minimizing the sharing of specific childhood experiences to training in order to achieve expected results. The study emphasized the need to reflect on the meaning of education and therefore proposes that caring be valued as an ethical decision and as an option for reflection on the way of living and interacting. <![CDATA[Corpos leitores: infância e escola]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872018000300595&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumo A escrita aproxima leitura literária e infância escolarizada para destacar a literatura integrada às artes, como arte da palavra na Educação Básica. A abordagem filosófica da leitura enquanto experiência tecida no vínculo entre texto e leitor, corpo e alma, silêncio e escuta, contribui para estreitar relações entre corpo e leitura literária para confabular sentidos outros de leitura espreitando experiências de infâncias, de arte e de dimensão educativa da estesia da leitura literária. A interlocução entre Jean- Luc Nancy, Maurice Merleau- Ponty, Ricardo Piglia e Walter Kohan permite pensar a relação das crianças com a dimensão educativa da leitura e como esta pode ser vivida/experienciada. Considerar a leitura como experiência, como distintos modos de encarnar a palavra, exige detenção para repensarmos como a educação se coloca frente às infâncias. Essa detenção implica considerar o potencial que a leitura literária pode guardar como experiência afetiva nas infâncias e de que forma uma prática fundamentalmente intelectual como a leitura pode afetar nossos sentidos e ressoar em nossos corpos, além de provocar nosso pensamento. As artes, e entre elas, a literatura, configuram o acontecimento da dimensão estésica privilegiada de um corpo irredutivelmente diverso em seus acessos sensíveis - sensorial, sentimental, sensual, sensato. A presença de cada arte é única e heterogênea, o que as faz se comunicarem, colocando-as em contato e afetando-as. Talvez o exercício da leitura literária seja menos um exercício de escolarizar sensibilidades e padronizar singularidades e mais um modo de acolher a estesia da alteridade na experiência de sentir sentidos de mundo.<hr/>Resumen La escritura aproxima la lectura literaria a la infancia escolarizada para destacar la literatura integrada a las artes, como arte de la palabra en la Educación Básica. El enfoque filosófico de la lectura como experiencia tejida en la relación entre el texto y el lector, el cuerpo y el alma, el silencio y la escucha, contribuye a estrechar relaciones entre el cuerpo y la lectura literaria, para confabular otros sentidos de lectura que acechan las experiencias de las infancias, del arte y de la dimensión educativa de la sensibilidad en la lectura literaria. La interlocución entre Jean-Luc Nancy, Maurice Merleau- Ponty, Ricardo Piglia y Walter Kohan permite pensar la relación de los niños con la dimensión educativa de la lectura y cómo ésta puede ser vivida/experienciada. Considerar la lectura como experiencia, como distintos modos de encarnar la palabra, exige detenerse para repensar cómo la educación se coloca frente a las infancias. Esta detención implica considerar el potencial que la lectura literaria puede guardar como experiencia afectiva en las infancias y de qué forma una práctica fundamentalmente intelectual, como la lectura, puede afectar nuestros sentidos y resonar en nuestros cuerpos, además de provocar nuestro pensamiento. Las artes - y entre ellas, la literatura - configuran el acontecimiento de la dimensión estésica privilegiada de un cuerpo irreductiblemente diverso en sus accesos sensibles - sensorial, sentimental, sensual, sensato. La presencia de cada arte es única y heterogénea, lo que las hace comunicarse, poniéndolas en contacto y afectándolas. Tal vez, el ejercicio de la lectura literaria sea menos un ejercicio de escolarizar sensibilidades y estandarizar singularidades y más un modo de acoger la sensibilidad de la alteridad en la experiencia de sentir sentidos de mundo.<hr/>Abstract This writing brings literary reading and schooled childhood closer in order to highlight literature integrated to arts, as an art of the word in Basic Education. The philosophical approach of reading as an experience woven in the link between text and reader, body and soul, silence and listening, helps to forge closer relations between body and literary reading, to confabulate other meanings of reading lurking in experiences of childhood, art and the educational dimension of aesthetic perception of literary reading. The interlocution with Jean-Luc Nancy, Maurice Merleau-Ponty, Ricardo Piglia and Walter Kohan allows us to think about the relation of children to the educational dimension of reading and how it can be lived/experienced. To consider reading as an experience, as distinct ways of embodying the word, requires us to rethink how education is placed before childhood. It involves considering the potential that literary reading can hold as an affective experience in childhood and how a fundamentally intellectual practice such as reading can affect our senses and resonate in our bodies as well as provoke our thinking. The arts, and among them, literature, configure the event of the privileged esthetic dimension of an irreducibly diverse body in its sensitive accesses - sensorial, sentimental, sensual, sensible. The presence of each art is unique and heterogeneous, which makes them communicate to each other, putting them in contact and affecting them. Perhaps the exercise of literary reading is less an exercise in schooling sensitivities and standardizing singularities and more a way to welcome the aesthetic perception of otherness in the experience of feeling world senses. <![CDATA[Concepções de infância e a educação das crianças da classe trabalhadora: uma crítica <em>benjaminiana</em> ao projeto <em>escola sem partido</em>]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872018000300609&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumo No presente artigo procuramos sistematizar algumas contribuições do filósofo Walter Benjamin na intenção de nos ajudar a pensar as infâncias e a educação da classe trabalhadora no contexto em que se formulam projetos de lei como o Escola Sem Partido, no Brasil. São projetos elaborados nos últimos anos, de forte cunho conservador e de controle ideológico. Buscamos em Benjamin a noção de experiência e como ela se situa na infância e na área da educação, bem como as suas contribuições no que se refere à educação popular ou proletária. A partir de tais noções e referencial benjaminiano, visamos analisar propostas educativas e projetos de lei, como o acima mencionado, indagando sobre as concepções de infância, história, experiência e política que atravessam esse debate. A intenção aqui é pensar sob uma ótica benjaminiana o crescimento das ideias que norteiam o projeto Escola Sem Partido e a sua influência na educação das crianças pequenas, em especial, das crianças da classe trabalhadora. Para tanto, consideramos escritos do autor como: Experiência e Pobreza, A vida dos estudantes, Teatro Infantil Proletário, Pedagogia Comunista, O narrador e suas narrativas radiofônicas apresentadas em rádios de Berlim e Frankfurt, nas quais a cultura e o cotidiano das crianças berlinenses têm destaque. Para começarmos a trilhar os caminhos desse estudo que se inscreve numa pesquisa de doutorado, em curso, além de Walter Benjamin, também recorremos a publicações de Gaudêncio Frigotto e de Jorge Larrosa Bondía, tendo ainda o projeto de lei federal nº 193/2016 (Escola Sem Partido) como documento legal analisado.<hr/>Resumen En el presente artículo buscamos sistematizar algunas contribuciones del filósofo Walter Benjamin con la intención de pensar las infancias y la educación de la clase trabajadora en el contexto en que se formulan proyectos de ley, como Escuela Sin Partido, en Brasil. Son proyectos elaborados en los últimos años, que guardan un fuerte cuño conservador y de control ideológico. Buscamos en Benjamin la noción de experiencia y cómo ésta entra en relación con la infancia y el área de la educación, así como sus contribuciones en lo que se refiere a la educación popular o proletaria. A partir de dichas nociones de la filosofía benjaminiana, analizamos propuestas educativas y proyectos de ley, como el mencionado, indagando sobre las concepciones de infancia, historia, experiencia y política que atraviesan ese debate. La intención aquí es pensar bajo una óptica benjaminiana el crecimiento de las ideas que orientan el proyecto Escuela sin Partido y su influencia en la educación de los niños pequeños, en especial, de los niños de la clase trabajadora. Con ese fin, apelamos a escritos del autor como: Experiencia, Experiencia y Pobreza, La vida de los estudiantes, Teatro Infantil Proletario, Pedagogía Comunista, El narrador y sus narrativas radiofónicas presentadas en radios de Berlín y Frankfurt, en las que se destaca la cultura y la vida cotidiana de los niños berlineses. Para empezar a recorrer los caminos de este estudio, que se inscribe en una investigación de doctorado en curso, también se recurre a las publicaciones como Gaudencio Frigotto y Jorge Larrosa Bondía, considerando el proyecto de ley federal nº 193/2016 (Escuela Sin Partido) como documento legal analizado.<hr/>Abstract The present article attempts to systematize some contributions of the philosopher Walter Benjamin with the intention of helping us think about childhood and the education of the working class in a context in which are formulated law propositions like Escola Sem Partido (School Without Political Party), in Brazil. These are propositions with a strong conservative nature and ideological control that have been developed in recent years. We seek in Benjamin the notion of experience and how it relates to childhood and the field of education, as well as his contributions to popular or proletarian education. From these notions and Benjaminian referential, we aim to analyze education projects and bills, such as the one mentioned above, inquiring about the conceptions of childhood, history, experience and politics that underlie this debate. The intention here is to think, from a benjaminian point of view, the continuous growth and expansion of the ideas that guide the "Escola Sem Partido" bill and its influence on the education of young children, especially working class children. For this, we consider some of the author's writings as: Experience, Experience and Poverty, The Life of Students, Programe for a Proletarian Children's Theater, Communist Pedagogy, The Storyteller and his radio narratives presented in Berlin and Frankfurt radio stations, in which children's culture and everyday life stand out. In addition to Walter Benjamin, we also refer to publications such as Gaudêncio Frigotto and Jorge Larrosa and to federal bill 193/2016 ("Escola Sem Partido"), as legal document analyzed, in order to begin tracing the paths of this study, which is part of a current doctoral research. <![CDATA[Infancialização, ubuntu e teko porã: elementos gerais para educação e ética afroperspectivistas]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872018000300625&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumo Este artigo propõe uma abordagem pouco comum sobre a infância e as dinâmicas das ações do cotidiano escolar. Partindo do pressuposto que a infância é um conceito polissêmico, convidamos à reflexão do conceito de infancialização como possibilidade de rompimento com as práticas atuais de experimentação da realidade, a partir de orientações filosóficas africanas e indígenas. Para tal, será estabelecido o diálogo com a filosofia africana Ubuntu e indígena Teko Porã com objetivo de trazer - ao âmbito educacional - as relações de construção do indivíduo na coletividade, reconhecendo e respeitando a diversidade numa visão planificada, onde os seres vivos vivem numa relação de interdependência. Tais conceitos abandonam a perspectiva colonizadora de que somos preparados para dominar, enfatizando que seres humanos, animais não-humanos e o meio ambiente não estão à disposição e devemos tratar os seres vivos sem utilitarismo, ou seja, como parte de nós.<hr/>Abstract This article proposes an unusual approach on childhood and the dynamics of school routine. Starting from the assumption that childhood is a polysemous concept, it invites reflection on the concept of childfication as a possibility of rupture with current practices of reality's experimentation, based on African and Brazilian indigenous philosophical frameworks. In order to do this, a dialogue is established with the African philosophy of Ubuntu and Brazilian indigenous philosophy's Teko Porã with the aim of bringing to the educational area the connection of the individual with community, recognizing and respecting diversity in a planned vision, where living beings live in an interdependent relationship. These concepts discard the colonizing perspective that we are prepared to dominate, emphasizing that human beings, nonhuman animals and the environment are not available and we must treat living beings without utilitarianism, but like a part of us.<hr/>Resumen Este artículo propone un abordaje poco común de la infancia y las dinámicas de las acciones de la vida escolar. Partiendo del supuesto de que la infancia es un concepto polisémico, invitamos a la reflexión sobre el concepto de infancialización como posibilidad de ruptura con las prácticas actuales de experimentación de la realidad, desde orientaciones filosóficas africanas e indígenas. Para ello, se establecerá un diálogo con la filosofía africana Ubuntu e indígena Teko Porã, con el objetivo de llevar -al ámbito educativo- las relaciones de construcción del individuo en la colectividad, reconociendo y respetando la diversidad en una visión planificada, en la que los seres vivos viven en una relación de interdependencia. Estos conceptos abandonan la perspectiva colonizadora, a partir de la cual somos preparados para dominar, enfatizando que los seres humanos, animales no-humanos y el medio ambiente no están a disposición y debemos tratar a los seres vivos sin utilitarismo, como parte de nosotros. <![CDATA[A aprendizagem do "estar morto" como estratégia metodológica na pesquisa com crianças]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872018000300645&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumo Este artigo tem por objetivo, de um lado, apresentar uma metodologia maturada, em sua concepção, de forma coletiva, no interior das discussões do Grupo de Pesquisa Infância e Cultura Contemporânea, institucionalmente vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, e explorada, de modo particular, no contexto do campo de uma pesquisa de doutorado. Por outro lado, se propõe conhecer as experiências de deslocamento de crianças que se mudam de residência. O "estar morto", presente no título, se fundamenta no conto do escritor italiano Ítalo Calvino que traz, na reflexão de Palomar, um personagem literário cuja vida é marcada pelo modo singular com que enxerga o mundo, ou seja, a possibilidade da criação de uma perspectiva de visada que implica perceber uma realidade na qual sua presença não determina de modo diretivo os rumos das experiências, ainda que implique alteração material no tempo e no espaço vividos. Assim, quando fala sobre aprender a olhar o mundo como quem está morto, Palomar nos provoca a pensar formas de conhecer o outro que demandam um observar não isento e que, por isso mesmo, não desresponsabiliza o pesquisador da relação que com seus interlocutores estabelece. Passam a compor nossas questões, então, as seguintes reflexões: quando a criança atrai nosso olhar no cotidiano de um tempo marcado pela aceleração, em que olhar para o outro tornou-se perda, seja de tempo, seja de dinheiro, seja da ética que preconiza considerar o outro nas decisões que tomamos individualmente? Como a infância se mostra para nós no movimento da vida? O que é possível que ela nos diga, ainda que a proposta seja adiar a interlocução direta, demorando-se na observação que, mediada pelo que nos afeta, também provoca um movimento dialógico?<hr/>Resumen Este artículo tiene por objetivo presentar, por un lado, una metodología que fue madurando de forma colectiva dentro de las discusiones acontecidas en el Grupo de Investigación Infancia y Cultura Contemporánea, vinculado al Programa de Post-grado en Educación de la Universidad del Estado de Río de Janeiro y explorada, particularmente, en el contexto de una investigación de doctorado. Por otro lado, se propone conocer las experiencias de niños que se mudan de residencia. El "estar muerto", presente en el título, encuentra su origen en el cuento del escritor Ítalo Calvino que trae, en la reflexión de Palomar - personaje literario cuya vida es marcada por el modo singular en que ve el mundo -, la posibilidad de creación de una perspectiva que implica percibir una realidad en la cual su presencia no determina de modo direccionante los rumbos de las experiencias, aunque eso implique la alteración material en el tiempo y el espacio vividos. De este modo, cuando habla sobre aprender a mirar el mundo como quien está muerto, Palomar nos invita a pensar formas de conocer al otro que demandan una mirada que no está exenta y que, por tanto, no exime de responsabilidad al investigador con respecto a la relación que establece con sus interlocutores. Pasan a componer nuestras cuestiones, las siguientes reflexiones: cuando el niño atrae nuestra mirada en la cotidianeidad de un tiempo marcado por la aceleración, en la que la mirada hacia el otro se volvió pérdida de tiempo, de dinero o de la ética que preconiza considerar al otro en las decisiones que tomamos individualmente? Cómo se nos muestra la infancia en el movimiento de la vida? Qué es posible que ella nos diga, aun cuando la propuesta sea postergar una interlocución directa, demorándose en la observación que, mediada por lo que nos afecta, también provoca un movimiento dialógico?<hr/>Abstract This article aims to present a methodology developed collectively within the discussions of the "Childhood and Contemporary Culture Research Group", institutionally linked to the Postgraduate Program in Education of the State University of Rio de Janeiro and explored - in a particular way - in the context of a doctoral research field. In addition, it proposes to know about the experiences of displacement of children who move to a new residence. The expression "to be dead" in the title is based on Italo Calvino' s tale that brings forth, in Palomar's reflection - a literary character whose life is marked by the singular way in which he sees the world -, the possibility of creating a perspective of seeing that implies perceiving a reality in which one's presence does not determine in a directive way the course of the experiences, although it implies a material change in the lived time and space. Thus, when he talks about learning to look at the world as someone who is dead, Palomar provokes us to think of ways of getting to know others which demand a not exempt observation and therefore does not disclaims responsibility from the researcher of the relationship that he establishes with his interlocutors. The following reflections come to compose our questions: When the child attracts our gaze in the quotidian of a time marked by acceleration, in which to look at others has become loss, be it of time, money or ethics that advocates considering others in the decisions we make individually? How does childhood show itself to us in the movement of life? What is it possible for it to tell us, even if the proposal is to postpone direct interlocution, lingering in the observation that, mediated by what affects us, it also provokes a dialogical movement? <![CDATA[Autobiografia: infância, memória e esquecimento a partir de uma perspectiva filosófica]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872018000300659&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumen La infancia, con el paso del tiempo, se vuelve un pasaje oscuro de nuestra vida. Nuestro principal aliado para llegar a ella, la memoria, nos suele fallar, y al mirar hacia atrás encontramos una vida con historias que no estamos seguros en qué momento situar, o incluso a veces no estamos seguros de si las vivimos o no; pueden perfectamente ser pensamientos inventados, algo que nos contó o vivió otra persona, o incluso algo que vimos en televisión o leímos. Parece a simple vista que lo que podemos decir de nuestra propia infancia es poco, pues aparentemente nadie puede acceder a estos recuerdos; ni nosotros mismos podemos aspirar a más que tener un par de imágenes fugaces. Aun con toda esta dificultad, nos enfrentamos con nuestro pasado constantemente y vivimos en una permanente relación con nuestros recuerdos, los cuales sean o no difusos, luchamos por conservar de diversas maneras, habiendo quienes incluso se aventuran a plasmar en papel aquello de lo que tan poco saben. Este trabajo intenta hablar de la infancia desde la infancia misma, teniendo como objeto las autobiografías e intentando entrometernos en los propósitos y razones que motivan a escribir una autobiografía de infancia, y los sentidos que estas adquieren debido a la tensión del recuerdo y la ficción. Para llevar acabo tal cometido navegaremos entre las voces de diferentes filósofos que se han referido a la autobiografía y a la ficción. Además, para cerrar, recogeremos tres textos autobiográficos como objeto de estudio.<hr/>Resumo A infância, com o passar do tempo, se volta para um passado obscuro de nossa vida. Nosso principal aliado para chegar a ela, a memória, geralmente nos falha e, ao olhar para trás, encontramos uma vida com histórias das quais não estamos certos sobre em que momento situá-las, ou mesmo às vezes, não estamos seguros se as vivemos ou não; podem perfeitamente ser pensamentos inventados, algo que alguém nos contou ou que outra pessoa viveu, ou ainda, algo que vimos na televisão ou lemos. Parece, à primeira vista, que o que podemos dizer de nossa própria infância é pouco, pois aparentemente nada pode acessar essas lembranças; nem nós mesmos podemos pretender nada mais do que um par de imagens fugazes. Ainda com toda essa dificuldade, nos enfrentamos com nosso passado constantemente e vivemos em uma permanente relação com nossas recordações, as quais sendo ou não difusas, lutamos para conservá-las de diversas maneiras, existindo inclusive quem se aventura a capturar no papel aquilo sobre o que tão pouco sabe. Este trabalho procura falar da infância a partir da infância mesma, tendo como objeto as autobiografias e procurando entrar nos objetivos e nas razões que motivam a escrever uma autobiografia da infância, bem como os sentidos que esta adquire devido à tensão da recordação com a ficção. Para levar a cabo tal objetivo, navegaremos entre as vozes de diferentes filósofos que tem se referido à autobiografia e à ficção. Além disso, para concluir, traremos três textos autobiográficos como objetivo desse estudo.<hr/>Abstract Childhood, with the passage of time, becomes an obscure passage of our lives. Our main ally to reach it, memory, often fails us, and when we look back we find stories that we cannot precisely place in time, or yet, sometimes, we cannot precisely tell if we've lived them or not; they may well be made-up thoughts, something that someone else once told us or lived, or even something we saw on television or read. At first sight, it seems there is little we can tell about our own childhood, for apparently no one can access memories of it; nor can we aspire to get more than a couple of fleeting images. Even with all this difficulties, we face our pasts constantly and live in a permanent relationship with our memories, which, being diffuse or not, we strive to retain in many ways, there being those who even venture to capture on paper the little they know. This work intends to talk about childhood from childhood itself, having autobiographies as an object and trying to get into the purposes and reasons that motivate people to write an autobiography of their childhoods, as well as the meanings they acquire due to the tension between memory and fiction. To carry out such a task we will sail among the voices of different philosophers who have referred to autobiography and fiction. Also, in the end, we will pick three autobiographical texts as an object of study. <![CDATA[Programa de filosofia para crianças como proposta de educação moral: análises comparadas com outros enfoques de educação moral.]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872018000300671&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumen Lo que trataremos de demostrar en el presente artículo es que la propuesta de Filosofía para niños (FpN), pensada holísticamente y, en particular, en su dimensión ética, puede ser concebida como un programa de educación moral. Para ello, después de hacer un breve repaso de los fundamentos epistemológicos que se encuentran en la base del programa Filosofía para niños con respecto a la educación moral, pasaremos a comparar la vertiente ética de dicho programa con otros enfoques de la educación moral (el enfoque de la Clarificación de valores, el de la solicitud, el narrativo y el de las éticas discursiva, cordial y de la reconstrucción). A fin de completar nuestro análisis, en la parte final de nuestro trabajo, presentamos una crítica a la propuesta de Lipman, lo cual, más que restarle validez, puede servir para proyectar este enfoque de educación moral más allá de sus propios límites. Sostenemos que, tomada en su apuesta de educación moral, la Filosofía para niños es una propuesta integradora y original. Integradora, en el sentido de que es una propuesta que reúne los elementos esenciales presentes en los principales enfoques contemporáneos de la educación. Original, por promover el desarrollo de un pensamiento de orden superior, crítico, creativo y cuidante, como necesario a la formación permanente del sujeto moral.<hr/>Resumo O que trataremos de demonstrar no presente artigo é que a proposta de Filosofia para crianças (FpN), pensada holisticamente e, em particular, em sua dimensão ética, pode ser pensada como um programa de educação moral. Para isso, depois de fazer uma breve revisão dos fundamentos epistemológicos que se encontram na base do programa Filosofia para crianças com relação à educação moral, passaremos a comparar a vertente ética desse programa com outros enfoques da educação moral (o enfoque da Clarificação de valores, o do pedido, o narrativo e das éticas discursivas, cordial e da reconstrução). A fim de complementar nossas análises, na última parte do nosso trabalho, apresentamos uma crítica à proposta de Lipman, a qual, ao invés de diminuir sua validade, pode servir para projetar esse enfoque de educação moral além de seus próprios limites. Sustentamos que, tomada em sua proposta de educação moral, a Filosofia para crianças é uma proposta integradora e original. Integradora no sentido de que é uma proposta que reúne os elementos essenciais presentes nos principais enfoques contemporâneos da educação. Original por promover o desenvolvimento de um pensamento de ordem superior, crítico, criativo e zelador como necessário à formação permanente do sujeito moral.<hr/>Abstract What we will try to demonstrate in the present article is that the proposal of Philosophy for Children (P4C), regarded holistically and, in particular, in its ethical dimension, can be thought of as a program of moral education. In order to do this, after a brief review of the epistemological foundations that are at the base of the Philosophy for Children program with respect to moral education, we will compare the ethical aspect of this program to other approaches to moral education (the approach of the clarification of values, that of request, narrative and that of discursive, cordial and reconstruction ethics). Finally, to complete our analysis, we will present a critique of Lipman's proposal, which, far from diminishing its validity, can be used to project this approach to moral education beyond its own limits. We maintain that, taken in its commitment to moral education, Philosophy for Children is an integrative and original proposal. Integrative, in the sense that it is a proposal that brings together the vital elements present in the main contemporary approaches to education. Original, for promoting the development of a higher order, critical, creative and caring thought as necessary to the permanent formation of the moral subject. <![CDATA[Perguntas e performatividades - Comunidades de investigação como contextos convencionais]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872018000300697&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract 'Philosophy for Children', firstly proposed by M. Lipman and crucially developed with the contribution of A. M. Sharp, aims to nourish both critical thinking and argumentative ability of participants, enhancing their dialogical disposition and stimulating their inclusive and respectful attitude. The model conceives of children as a crucial resource for social development, and at the same time, for philosophical inquiry: since children's thought is supposed to be free from undisputable dogmas and theories that predominate adults' views, their questions or arguments about philosophical issues can shed new light on them, or even underline some contradictions of the adult-like society, that in standard conditions are unconsciously disregarded. In brief then, the philosophical background of P4C pushes for an in-practice philosophy, highlighting the value of critical thinking and ambitious questioning against a docile acceptance of well-established theories (and social practices). Shared and inclusive dialogical dynamics are then considered as a meaning of enhancing both social development and the level of research. Yet, the undervaluation of some dangers hiding in the maze of the dialogical activity could mislead models such as P4C from their own goals. In this paper, resulting from the observation of several P4C sessions, I face one of these possible risks, by focusing on the question-choosing process. I argue that, although they are supposed to be cross-sections of social environments, communities of inquiry as defined by Lipman are conventional contexts, where participants take part into a procedure: the sentences pronounced within the community possess a high performative value. According to the model, a jointly-agreed question is the starting point for the following discussion, the nature of which rests on several factors: the epistemic openness of such starting question is one of them. At this stage (viz. during the questioning activity), regardless of the explicit purpose of the model of doing so, sometimes social and cultural differences among participants are not completely erased. Hence, in heterogenous communities, the process of moving from the agenda to discussion hides some more difficulties for the facilitator. In such circumstances, the questioning activity is often the premise for a less fruitful discussion. I therefore propose a methodological integration to the standard P4C model, as an additional meaning to allow the facilitator to grant both participation and epistemic openness, even in heterogeneous communities.<hr/>Resumen El programa "Filosofía para Niños", inicialmente propuesto por M. Lipman, y desarrollado con la contribución determinante de A. M. Sharp, busca desarrollar tanto el pensamiento crítico como la capacidad argumentativa de los participantes, mejorando su disposición dialógica y estimulando su actitud inclusiva y respetuosa. El modelo concibe al niño como un recurso crucial para el desarrollo social y, al mismo tiempo, para la investigación filosófica: como el pensamiento de los niños está supuestamente libre de dogmas y teorías irrefutables que predominan en las visiones adultas, sus preguntas o argumentos acerca de cuestiones filosóficas pueden arrojar una nueva luz sobre ellas, o inclusive, dejar en evidencia algunas contradicciones de la sociedad adulta, que en condiciones normales son inconscientemente desconsideradas. En resumen, P4C (Philosophy for Children) defiende una filosofía práctica, que destaca el valor del pensamiento crítico y cuestionamiento que ambiciona oponerse a una aceptación dócil de teorías (y prácticas sociales) consolidadas. Dinámicas dialógicas compartidas e inclusivas son consideradas como un medio para mejorar tanto el desarrollo social como el nivel de indagación. Sin embargo, subestimar algunos peligros escondidos en la complejidad de la actividad dialógica podría desviar modelos como el de P4C de sus propios objetivos. En el presente artículo, a partir da observación de varias sesiones de P4C, abordo uno de esos posibles riesgos, concentrándome en el proceso de selección de preguntas. Argumento que, aunque sean supuestos recortes de la sociedad, las comunidades de investigación definidas por Lipman son contextos regidos por convenciones, en los que los integrantes participan de un procedimiento: las sentencias pronunciadas dentro de la comunidad poseen un alto valor performativo. De acuerdo con el modelo, una cuestión escogida colectivamente es el punto de partida de la discusión, cuya naturaleza depende de varios factores: la apertura epistémica de la pregunta inicial es una de ellas. En esta fase (a saber, durante la actividad de cuestionamiento), independientemente de una intención explícita, en algunos casos, las diferencias sociales y culturales entre los participantes no son completamente eliminadas. Así, en las comunidades de investigación heterogéneas, el proceso de pasar de la elección de la pregunta a la discusión planeada esconde algunas dificultades para el facilitador. En tales circunstancias, la actividad cuestionadora es frecuentemente la premisa de una discusión menos provechosa. Propongo, por lo tanto, una inclusión metodológica al modelo P4C, como un medio adicional para posibilitar que el facilitador promueva tanto la participación como la apertura epistémica, incluso en comunidades heterogéneas.<hr/>Resumo "Filosofia para Crianças", primeiramente proposto por M. Lipman, e desenvolvido de maneira determinante com a contribuição de A. M. Sharp, visa nutrir tanto o pensamento crítico quanto a capacidade argumentativa dos participantes, aprimorando sua disposição dialógica e estimulando sua atitude inclusiva e respeitosa. O modelo concebe a criança como um recurso crucial para o desenvolvimento social e, ao mesmo tempo, para a investigação filosófica: como o pensamento das crianças é supostamente isento de dogmas e teorias incontestáveis que predominam nas visões dos adultos, suas perguntas ou argumentos acerca de questões filosóficas podem lançar nova luz sobre elas, ou mesmo evidenciar algumas contradições da sociedade adulta, que em condições normais são inconscientemente desconsideradas. Em resumo, então, o pano de fundo filosófico do P4C (Philosophy for Children) defende uma filosofia prática, destacando o valor do pensamento crítico e questionamento ambicioso contra uma aceitação dócil de teorias (e práticas sociais) consolidadas. Dinâmicas dialógicas compartilhadas e inclusivas são então consideradas como um meio para melhorar tanto o desenvolvimento social quanto o nível de pesquisa. No entanto, subestimar alguns perigos escondidos no emaranhado da atividade dialógica poderia desviar modelos como o P4C de seus próprios objetivos. Neste artigo, a partir da observação de várias sessões do P4C, enfrento um desses possíveis riscos, concentrando-me no processo de escolha de perguntas. Argumento que, embora sejam supostamente recortes da sociedade, as comunidades de investigação definidas por Lipman são contextos regidos por convenções, em que os integrantes participam de um procedimento: as sentenças pronunciadas dentro da comunidade possuem um alto valor performativo. De acordo com o modelo, uma questão combinada é o ponto de partida para a discussão, cuja natureza depende de vários fatores: a abertura epistêmica da questão inicial é uma delas. Nesta fase (a saber, durante a atividade de questionamento), independentemente de uma intenção explícita, em alguns casos, as diferenças sociais e culturais entre os participantes não são completamente eliminadas. Assim, em comunidades de investigação heterogêneas, o processo de passar da escolha da questão para a discussão planejada esconde algumas dificuldades para o facilitador. Em tais circunstâncias, a atividade questionadora é frequentemente a premissa de uma discussão menos proveitosa. Proponho, portanto, uma inclusão metodológica ao modelo padrão P4C, como um meio adicional para possibilitar que o facilitador promova tanto a participação quanto a abertura epistêmica, mesmo em comunidades heterogêneas.