Scielo RSS <![CDATA[Childhood & Philosophy]]> http://educa.fcc.org.br/rss.php?pid=1984-598720190001&lang=pt vol. 15 num. lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://educa.fcc.org.br/img/en/fbpelogp.gif http://educa.fcc.org.br <![CDATA[Apresentação]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872019000101100&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[investigação filosófica com crianças indígenas: uma tentativa de integrar formas de saber indígenas na filosofia com/para crianças]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872019000101101&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt abstract In this article, I propose to integrate indigenous forms of knowledge in thePhilosophy for/with Children theory and practice. I make the claim that it ispossible to treat indigenous forms of knowledge, not only as topics forphilosophical dialogues with children but as presuppositions of thephilosophical activity itself within the Community of Inquiry. Suchintegration is important for at least three (3) reasons: First, recognizingindigenous ways of thinking and seeing the world informs us of other non-dominant forms of knowledge, methods to produce knowledge and criteriato determine knowledge. Second, the dominance of western standards ofproducing and determining knowledge, especially in non-western societies,needs to be reduced, balanced and informed by local knowledge andexperiences. And third, indigenous forms of knowledge reinforce a culturallyresponsive P4wC that responds to the challenges in multicultural andethnically diverse classrooms. There are two (2) possible intersectionswhere such integration may take place, namely: a) Epistemology, where Iclaim that the integration of a “presentational epistemology” immanent inindigenous patterns of thinking provides a counterweight to Lipman’sadherence to analytic-representational epistemology, and b) Pedagogy,which takes shape in an “indigenized” Community of Inquiry that highlightsthe values of interconnectedness, situatedness and relationality.<hr/>resumo Neste artigo, proponho integrar formas de conhecimento indígenas na teoria e prática de Filosofia para/com Crianças. Defendo que é possível tratar formas de conhecimento indígenas não só como tópicos em diálogos filosóficos com as crianças, mas como pressupostos da atividade filosófica em uma Comunidade de Investigação. Tal integração é importante por ao menos três (3) razões: Primeira, de que reconhecer os modos indígenas de pensar e suas visões de mundo nos informam sobre outras formas não-dominantes de conhecimento, métodos de produção do conhecimento e critérios determinantes do que é conhecimento. Segunda, que a dominância dos padrões ocidentais de produção e determinação do conhecimento, especialmente em sociedades não-ocidentais, precisa ser reduzida, balanceada e esclarecida pelos saberes e experiências locais. E terceira, que os modos de conhecimento e saber indígenas reforçam uma Filosofia com/para Crianças culturalmente responsável, que responde aos desafios de turmas multiculturais e com diversidade étnica. Há duas (2) possíveis interseções em que esta integração pode realizar-se, a saber: a) Epistemologia, onde afirmo que a integração de uma “epistemologia da apresentação”, imanente em padrões de pensamento indígena, fornece um contrapeso à aderência de Lipman a uma epistemologia analítico-representativa; e b) Pedagogia, que ganha corpo em uma Comunidade de Investigação “indigenizada” que destaca os valores de interconexão, de localização e de relacionalidade.<hr/>resumen En este artículo propongo integrar formas indígenas de conocimiento en la teoría y práctica de Filosofía para/con Niños. Afirmo que es posible tratar las formas indígenas de conocimiento no solamente como tópicos en los diálogos filosóficos con los niños, sino también como presupuestos de la actividad filosófica misma en el interior de la Comunidad de Investigación. Una integración tal resulta importante por al menos tres (3) razones: Primera, reconocer los modos indígenas de pensar y ver el mundo nos informa sobre otras formas no-dominantes de conocimiento, métodos de producción do conocimiento y criterios para determinar lo que es conocimiento. Segunda, la dominancia de los estándares occidentales de producción y determinación del conocimiento, especialmente en sociedades no-occidentales, necesita ser reducida, balanceada y esclarecida por los saberes y experiencias locales. Y tercera, las formas indígenas de conocimiento refuerzan una Filosofía con/para Niños culturalmente receptiva, que responde a los desafíos de aulas multiculturales y con diversidad étnica. Hay dos (2) posibles intersecciones en las que esta integración puede realizarse, a saber: a) Epistemología, donde afirmo que la integración de una “epistemología de la presentación”, inmanente en los patrones de pensamiento indígena, proporciona un contrapeso en la adhesión de Lipman a una epistemología analítico-representativa; y b) Pedagogía, que gana cuerpo en una Comunidad de Investigación “indigenizada” que resalta los valores de interconexión, de relacionalidad y el estar situados. <![CDATA[educação para cidadania eco-social: facilitando práticas interconectivas e deliberativas e a metodologia corretiva para responsabilização epistêmica]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872019000101102&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt abstract According to Val Plumwood (1995), liberal-democracy is an authoritarian political system that protects privilege but fails to protect nature. A major obstacle, she says, is radical inequality, which has become increasingly far-reaching under liberal-democracy; an indicator of ‘the capacity of its privileged groups to distribute social goods upwards and to create rigidities which hinder the democratic correctiveness of social institutions’ (p. 134). This cautionary tale has repercussions for education, especially civics and citizenship education. To address this, we explore the potential of what Gerard Delanty calls ‘cultural citizenship’ as an alternative to the disciplinary citizenship that permeates Western liberal discourse. Cultural citizenship emphasises citizenship as communication and continual learning processes, rejecting the idea of citizenship as a fixed set of cultural ideals, norms or values defined and enforced by liberal society’s legal, political and cultural institutions, including education and ‘citizenship training’. However, we contend that a critical first step, essential to democratic correctiveness, is to clear away obstacles created by the privileging of a dominant epistemic position. We conclude that Plumwood’s philosophy alongside John Dewey’s work on democracy and education provide a theoretical framework for effective democratic inquiry aimed towards interconnective, deliberative practice and corrective methodology for epistemic accountability.<hr/>resumo De acordo com Val Plumwood (1995), a democracia liberal é um sistema político autoritário, que protege privilégios mas falha em proteger a natureza. Um obstáculo importante, diz ela, é a desigualdade radical, cujo alcance se tornou inacreditavelmente longo sob a democracia liberal; um índice da “capacidade dos grupos privilegiados de distribuir bens sociais verticalmente e de criar uma rigidez que esconda a corretividade democrática das instituições sociais” (p. 134). Este conto cautelar tem repercussões para a educação, especialmente a educação cívica e para a cidadania. Para resolver isso, exploramos o potencial do que Gerard Delanty chama de "cidadania cultural" como uma alternativa à cidadania disciplinar que permeia o discurso liberal ocidental. A cidadania cultural enfatiza a cidadania como comunicação e processos contínuos de aprendizagem, rejeitando a ideia de cidadania como um conjunto fixo de ideais culturais, normas ou valores definidos e impostos pelas instituições legais, políticas e culturais da sociedade liberal, incluindo educação e "formação cidadã". No entanto, afirmamos que um primeiro passo crítico, essencial para a correção democrática, é eliminar os obstáculos criados pelo privilégio de uma posição epistêmica dominante. Concluímos que a filosofia de Plumwood, juntamente com o trabalho de John Dewey sobre democracia e educação, fornece um arcabouço teórico para a investigação democrática efetiva voltada para a prática interconectiva e deliberativa e a metodologia corretiva para a responsabilização epistêmica.<hr/>resumen Según Val Plumwood (1995), la democracia liberal es un sistema político autoritario que protege los privilegios pero no protege la naturaleza. Un obstáculo importante, dice, es la desigualdad radical, que se ha extendido cada vez más en la democracia liberal; un indicador de "la capacidad de sus grupos privilegiados para distribuir bienes sociales hacia las clases altas y para crear rigideces que dificultan la corrección democrática de las instituciones sociales" (p. 134). Esta advertencia tiene repercusiones en la educación, especialmente en educación cívica y ciudadanía. Para abordar esta cuestión, exploramos el potencial de lo que Gerard Delanty llama "ciudadanía cultural" como una alternativa a la ciudadanía disciplinaria que impregna el discurso liberal occidental. La ciudadanía cultural enfatiza la ciudadanía como procesos de comunicación y aprendizaje continuo, rechazando la idea de ciudadanía como un conjunto fijo de ideales, normas o valores culturales definidos y aplicados por las instituciones legales, políticas y culturales de la sociedad liberal, incluida la educación y la "capacitación en ciudadanía". Sin embargo, sostenemos que un primer paso crítico, esencial para la corrección democrática, es eliminar los obstáculos creados por el privilegio de una posición epistémica dominante. Concluimos que la filosofía de Plumwood junto con el trabajo de John Dewey sobre democracia y educación proporciona un marco teórico para una investigación democrática efectiva orientada hacia la interconexión, la práctica deliberativa y la metodología correctiva para la responsabilidad epistémica. <![CDATA[Identidade e populismo, <em>fora</em>! O papel da filosofia na restauração de um mundo fragmentado e dividido]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872019000101103&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt abstract Populism and tribalism are increasingly prevalent characteristics of so-called democratic societies. In this paper, I shall explore some of the reasons for this trend, including conceptual confusions about the nature of identity and the collectivist/individualist dichotomy; the decline of legitimate media outlets and their replacement by social media and their attendant narratives which have little regard for truth telling, consistency or moral norms; and the failure of voters to uphold their responsibilities as democratic citizens. I shall argue that while populism presupposes a formal democratic framework, it is actually incompatible with and, accordingly, a genuine threat to, democracy. I shall propose an epistemological and ethical framework based on the unifying concept of personhood which overrides the various tribes, groups, collectives and associations with which we identify, and which are, mistakenly, taken to constitute our actual identities. I shall also juxtapose notions of narrative and dialogue to suggest ways in which tribalism and polarization can be challenged. Perhaps unsurprisingly, the most effective form of challenge is prevention, which underscores the importance of teaching children, from a young age, to be powerful thinkers. Powerful thinking is not merely an important educational tool; it is key to becoming persons who are self-aware, aware of others like them, and mutually aware of the world itself. Our identities as persons may be regarded as preconditions for asking and responding to what I call “the Big Questions” (including “How should I live?” “What are my responsibilities and obligations to others?”, and “How can I contribute to making the world a better place?”). It is here that philosophy for children and the community of inquiry have important roles to play.<hr/>resumo Populismo e tribalismo são, cada vez mais, características predominantes das assim chamadas sociedades democráticas. Neste artigo, pretendo explorar algumas das razões deste aumento, incluindo confusões conceituais acerca da natureza da identidade e a dicotomia coletivista/individualista; o declínio dos canais midiáticos legítimos e sua substituição pelas mídias sociais e suas narrativas pouco preocupadas com uma consistência, com normas morais ou com a afirmação da verdade; e o fracasso dos eleitores em sustentar suas responsabilidades como cidadãos de uma democracia. Pretendo demonstrar que enquanto o populismo pressupõe uma estrutura democrática formal, na verdade ele é incompatível com - e na verdade representa uma genuína ameaça para - a democracia. Pretendo propor uma estrutura ética e epistemológica baseada na unificação do conceito de pessoalidade, que substitua as variadas tribos, grupos, coletivos e associações com as quais nós nos identificamos, e que são, erroneamente, tomadas como constituintes de nossas identidades. Pretendo ainda justapor as noções de narrativa e de diálogo para propor caminhos em que tribalismo e polarização possam ser contestados. Talvez não surpreendentemente, a melhor forma de fazer essa contestação seja a prevenção, ressaltando a importância de ensinar as crianças, desde cedo, a serem potentes pensadoras. Um pensamento potente não é meramente uma importante ferramenta educacional; é a chave para tornarem-se pessoas que são autoconscientes, conscientes sobre os outros como elas e mutuamente conscientes do próprio mundo. Nossas identidades como pessoas podem ser consideradas as condições prévias para que possamos perguntar e responder o que chamo de “as Grandes Questões” (incluindo “Como devo viver?”, “Quais são minhas responsabilidades e obrigações para com os outros?” e “Como posso contribuir para fazer do mundo um lugar melhor?”). E é ai que a filosofia para crianças e a comunidade de investigação têm papeis importantes a desempenhar.<hr/>resumen El populismo y el tribalismo son características cada vez más prevalecientes de las llamadas sociedades democráticas. En este artículo, exploraré algunas de las razones de esta tendencia, incluidas las confusiones conceptuales sobre la naturaleza de la identidad y la dicotomía colectivista/individualista; el declive de los medios de comunicación legítimos y su reemplazo por las redes sociales y sus narrativas concomitantes que tienen poco respeto por la verdad, la coherencia o las normas morales; y el fracaso de los votantes para defender sus responsabilidades como ciudadanos democráticos. Argumentaré que si bien el populismo presupone un marco democrático formal, en realidad es incompatible con y, en consecuencia, una amenaza genuina para la democracia. Propondré un marco epistemológico y ético basado en el concepto unificador de personalidad que prevalece sobre las diversas tribus, grupos, colectivos y asociaciones con los que nos identificamos y que, erróneamente, se considera que constituyen nuestras identidades. También voy a yuxtaponer las nociones de narrativa y diálogo para sugerir formas en que se puede desafiar el tribalismo y la polarización. Tal vez no sea sorprendente que la forma más efectiva de desafío sea la prevención, que subraya la importancia de enseñar a los niños, desde una edad temprana, a ser potentes pensadores. El pensamiento poderoso no es meramente una herramienta educativa importante; es clave para tornarse personas conscientes de sí mismas, conscientes de otras personas y mutuamente conscientes del propio mundo. Nuestras identidades como personas pueden ser consideradas como condiciones previas para preguntar y responder a lo que yo llamo "las Grandes Preguntas" (incluyendo "¿Cómo debo vivir?", "¿cuáles son mis responsabilidades y obligaciones para con los demás?", Y "¿cómo puedo contribuir para hacer del mundo un lugar mejor?"). Es aquí donde la filosofía para los niños y la comunidad de investigación tienen roles importantes que desempeñar. <![CDATA[repensando o consenso na comunidade de investigação filosófica: um plano de pesquisa]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872019000101104&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt abstract In Philosophy for Children (P4C), consensus-making is often regarded as something that needs to be avoided. P4C scholars believe that consensus-making would dismiss P4C’s ideals, such as freedom, inclusiveness, and diversity. This paper aims to counteract such assumptions, arguing that P4C scholars tend to focus on a narrow, or universal, concept of “consensus” and dismiss various forms of consensus, especially what Niemeyer and Dryzek (2007) call meta-consensus. Meta-consensus does not search for universal consensus, but focuses on the process by which people achieve various non-universal forms of consensus, such as agreement on the value of opponents’ normative view or agreement on the degree to which they accept opponents’ view. This paper argues that such meta-consensus is a key part of what Clinton Golding (2009) calls “philosophical progress,” which is the essential element that makes inquiry philosophical. In other words, without meta-consensus and philosophical progress, inquiry ends in merely conversation or antagonistic talk. Drawing on the example of P4C conducted with Japanese students, this paper shows how meta-consensus is achieved in the community of philosophical inquiry and how it contributes to make inquiry philosophical.<hr/>resumo No trabalho com Filosofia para Crianças (P4C), o consenso é frequentemente considerado como algo que se deve evitar. Pesquisadores acreditam que o consenso destituiria alguns ideais da Filosofia para Crianças, como liberdade, inclusão e diversidade. Este artigo visa contrariar ou contradizer tais suposições, através da tese de que estes pesquisadores de Filosofia para Crianças tendem a focar em um conceito estreito ou universal de “consenso”, ignorando diversas formas de consenso, especialmente o que Niemeyer e Dryzek (2007) chamam de meta-consenso. Meta-consenso não se trata de uma busca por um consenso universal, mas sim do processo pelo qual as pessoas alcançam diversas formas de consenso não-universais, como a concordância com o valor da visão normativa do oponente ou a concordância com o nível de aceitação deles próprios em relação ao ponto de vista do oponente. Este artigo sustenta a tese de que este meta-consenso é uma peça importante na composição do que Clinton Golding (2009) chama de “progresso filosófico”, que por sua vez é o elemento essencial que faz de uma investigação filosófica.Em outras palavras, sem meta-consenso e progresso filosófico, uma investigação não passa de mero debate ou uma conversa antagonística. A partir de um exemplo de Filosofia para Crianças realizado com estudantes japoneses, este texto mostra como meta-consenso é alcançado pela comunidade de investigação filosófica e como ele contribui para tornar essa investigação realmente filosófica.<hr/>resumen En Filosofía para Niños (FpN), la construcción de consensos es frecuentemente considerada como algo que se debe evitar. La creencia entre investigadores de Filosofía para Niños es que la construcción de consensos destituirtía algunos ideales de la Filosofía para Niños, tales como libertad, inclusión y diversidad. Este artículo tiene como objetivo contrarrestar tales suposiciones, argumentando que estos investigadores de Filosofía para Niños tienden a centrarse en una concepción estrecha, o universal, de "consenso" y descartan variadas formas de consenso, especialmente lo que Niemeyer y Dryzek (2007) llaman meta-consenso. El meta-consenso no busca un consenso universal, sino que se centra en el proceso por el cual las personas alcanzan diversas formas de consenso no-universales, tales como el acuerdo en relación al valor de la visión normativa de los oponentes o el acuerdo en relación al grado en que aceptan la visión de los oponentes. Este artículo sostiene que semejante meta-consenso es una pieza clave en lo que Clinton Golding (2009) llama “progreso filosófico”, que es el elemento esencial que vuelve a una investigación filosófica. En otras palabras, sin meta-consenso y progreso filosófico, una investigación no pasa de mero debate o conversación antagonista. A partir de un ejemplo de Filosofía para Niños realizado con estudiantes japoneses, este artículo muestra cómo el meta-consenso es alcanzado por la comunidad de investigación filosófica y cómo éste contribuye a volver esa investigación filosófica. <![CDATA[estimulando o professor-agente: resistindo à cultura neoliberal na educação inicial de professores]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872019000101105&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt abstract Influenced by Sachs’ (2001) ‘activist identity’ I propose that pre-service teacher education or initial teacher education (ITE), as I will refer to it, could, and indeed should, encourage a new form of teacher: the ‘teacher-agent.’ This teacher-agent would be aware of the pressures and dictates of the neo-liberal educational culture and its ensuing performative discourse, and choose to resist it, in favour of a more holistic view of education. This view of education encourages inclusive, creative and democratic forms of education concerned with encouraging a social conscience in children and young people, as well as seeing education as concerned with the whole child. These more holistic approaches to education could include pedagogical approaches such as Philosophy for Children (P4C), Rights Respecting Education and Slow Pedagogy, which can not only provide a more balanced understanding and deeper experience of education for both teachers and pupils, but can also help teachers to resist the debilitating impact of the neo-liberal performative discourse, potentially also thus impacting on their wellbeing and ability to retain their integrity as professionals. This may also have the potential to halt the rapid exodus of new teachers from the profession. It is my contention, that engaging with pedagogies such as P4C in this new iteration of ITE could help not only to encourage the Student Teacher-Agent, but also, as a consequence, develop the Citizen-Agent in the children they are teaching. In this paper I consider four key areas where I propose P4C could play a role in this alternative model of Initial Teacher Education: democracy in action, the teacher as Teacher-Facilitator, a space for co-construction of knowledge, and encouraging Social Justice.<hr/>resumo Influenciado pelo conceito de ‘identidade ativista’ (Sachs, 2001), proponho que a educação de formação de professores ou educação inicial de professores, como vou me referir a ela, possa - e na verdade deva - encorajar um novo tipo de professor: o ‘professor-agente’. Este professor-agente estaria atento às pressões e ditames da cultura educacional neoliberal e seu consequente discurso performativo, e escolheria resistir a tais forças, a favor de uma visão mais holística de educação. Esta visão encoraja formas de educação inclusivas, criativas e democráticas, preocupadas em estimular uma consciência social em crianças e jovens, além de se preocupar com a criança como um todo. Essas abordagens educacionais mais holísticas podem incluir metodologias como a Filosofia para Crianças (P4C), Educação em Respeito aos Direitos e a Pedagogia Lenta, que podem não somente promover uma compreensão balanceada e uma experiência mais profunda de educação para professorxs e alunxs, mas também ajudar xs professorxs a resistir ao impacto debilitante do discurso performativo neoliberal, e potencialmente também, portanto, impactar em seu bem-estar e capacidade de manter sua integridade enquanto profissionais. Isto pode também ter o potencial de refrear o intenso êxodo profissional dos novos professores. Minha afirmação é de que, nos engajando com pedagogias como a P4C nesta nova reformulação da educação inicial de professores, poderíamos lograr não somente o estímulo ao Estudante Professor-Agente, mas também, como consequência, desenvolver o Cidadão-Agente nas crianças às quais eles ensinam. Neste artigo, considero quatro áreas essenciais em que proponho que a P4C pode desempenhar um papel neste modelo alternativo de Educação Inicial de Professores: democracia em ação; o professor como professor-facilitador; um espaço de co-construção do conhecimento; e o estímulo da Justiça Social.<hr/>resumen Bajo la influencia de la "identidad activista" de Sachs (2001), propongo que la educación de los maestros previa la servicio o educación inicial de maestros (EIM), como me referiré a ella, podría, y de hecho debería, incentivar un nuevo perfil de maestro: el "maestro-agente". Este maestro-agente estaría conciente de las presiones y dictámenes de la cultura educativa neoliberal y su consiguiente discurso performativo, y eligiría resistirlo, en favor de una visión más holística de la educación. Esta visión de la educación promueve formas inclusivas, creativas y democráticas de educación interesadas en promover una conciencia social en los niños y personas jóvenes, así como también concibe a la educación como preocupada por el niño como un todo. Estos acercamientos más holísticos a la educación pueden incluir abordajes como Filosofía para Niños (FpN), "Rights Respecting Education" y "Slow Pedagogy", las que pueden no sólo proporcionar un entendimiento más equilibrado y una experiencia más profunda de educación tanto para maestros como para estudiantes, sino también ayudar a los maestros a resistir el impacto debilitante del discurso performativo neoliberal, potencialmente también impactando en su bienestar y habilidad para conservar su integridad como profesionales. Ésto también podría tener el potencial de detener el rápido éxodo de la profesión de los nuevos maestros. Mi argumento es que involucrarnos con pedagogías como FpN en esta nueva iteración de la EIM podría ayudar no sólo a alentar al Estudiante Maestro-Agente, sino también, como consecuencia, a desarrollar al Ciudadano-Agente en los niños a quienes están enseñando. En este artículo considero cuatro áreas clave en las que propongo que la FpN podría jugar un rol en este modelo alternativo de Educación Inicial de Maestros: democracia en acción, el maestro como Maestro-Facilitador, un espacio para la co-construcción del conocimiento, y fomento de la Justicia Social. <![CDATA[Perspectivas do ensinante e do aprendiz sobre a discussão filosófica - incerteza como desafio e oportunidade]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872019000101106&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt abstract We investigated teachers' and children's experiences of philosophy with children by analysing the content of interviews with primary school teachers and discussions with groups of primary school pupils. The results show that regular philosophy sessions with children can have an impact on teachers’ view of themselves as educators, their approach to teaching and their personal development. From the children’s point of view, the most important and meaningful aspect, aside from the content of philosophical discussion, was the opportunity to think together in an open-ended way. A key component of the collective construction of meaning was uncertainty, which is an integral feature of philosophical discussion. These findings link with the idea of “citizen as agent” in a variety of ways. Philosophising with children leads to a more collaborative and democratic teaching style, giving children the space to bring their own interests and activities to the discussion. This aligns with pupils’ enjoyment of the openness and uncertainty of philosophical issues, their appreciation of the opportunity to engage with different ideas and viewpoints, and their willingness to rise to the challenge of revising their own positions and changing their thinking.<hr/>resumo Investigamos as experiências de professorxs e crianças com a filosofia com crianças através da análise do conteúdo de entrevistas com professorxs da educação infantil e de discussões com grupos de alunos deste mesmo segmento. Os resultados mostram que sessões periódicas de filosofia com crianças podem impactar a visão dxs professorxs de si próprixs como educadores, sua abordagem de ensino e seu desenvolvimento pessoal. Do ponto de vista das crianças, o aspecto mais importante e significativo, além do conteúdo da discussão filosófica, era a oportunidade de pensarem juntas de forma não-definitiva. Um componente essencial da construção de sentido coletiva foi a incerteza, que é um aspecto integral da discussão filosófica. Essas descobertas se relacionam com a ideia de um “cidadão agente” de diversas maneiras. Filosofar com as crianças leva a um estilo de ensino mais colaborativo e democrático, que dá a elas espaço para trazerem para a discussão seus próprios interesses e atividades. Isto se alinha com a satisfação dos alunos em relação à abertura da incerteza das questões filosóficas, a valorização da oportunidade de se envolver com diferentes ideias e pontos de vista e seu desejo de enfrentar o desafio de rever suas próprias posições e mudar seu pensamento.<hr/>resumen Investigamos las experiencias de maestros en filosofía con niñas y niños a través del análisis de contenido de entrevistas con maestros de la educación infantil y de discusiones con grupos de alumnos de este mismo nivel de enseñanza. Los resultados muestran que sesiones regulares de filosofía con niñas y niños pueden tener un impacto en la visión de los maestras de sí propias como educadores, su abordaje de la enseñanza y su desarrollo personal. Desde el punto de vista de niñas y niños, el aspecto más importante y significativo, aparte del contenido de la discusión filosófica, fue la oportunidad de pensar juntos de manera abierta. Un componente clave de la construcción colectiva del significado fue la incertidumbre, que es una característica integral de la discusión filosófica. Estos hallazgos se relacionan con la idea de "ciudadano como agente" de varias maneras. Filosofar con niñas y niños conduce a un estilo de enseñanza más colaborativo y democrático, dando a niñas y niños espacio para llevar sus propios intereses y actividades a la discusión. Esto se alinea con el disfrute que sienten por la apertura y la incertidumbre de los problemas filosóficos, su apreciación de la oportunidad de participar con diferentes ideas y puntos de vista, y su disposición a afrontar el desafío de revisar sus propias posiciones y cambiar su forma de pensar. <![CDATA[A riqueza das perguntas na filosofia para crianças]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872019000101107&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt abstract This paper argues that the various approaches within philosophy for children should purposefully integrate the exploration of questioning by children, instead of only presenting children with prepared questions as starting points for an inquiry session. This is particularly relevant since philosophy for children is one of the few educational settings that offer a space for children to question, as well as to explore the variation of their questions and the impact their questions have in their lives. We state that this purposeful integration of questions made by the children does justice to the inheritance of different philosophical traditions. It also reinforces questions as a privileged way for human beings to relate to the world. Thus, more than simply a methodological step in the design of a community of inquiry session, we claim that questions are a fundamental educational resource. Questions are also a central part of thinking and inquiry in a philosophical session with children. Therefore, the paper proposes a new way to leverage these tools, arguing that defining philosophy as an obsession to overcome opacity and aim for transparency (Caeiro, 2015) can help participants of the community of inquiry to identify questions that may empower dialogue in a philosophical way.<hr/>resumo Este artigo defende que as variadas abordagens dentro da filosofia para crianças ganhariam em integrar, de forma intencional, a exploração do questionamento, em vez de apenas apresentar às crianças perguntas já preparadas como pontos de partida da investigação. Esta ideia torna-se particularmente relevante uma vez que a filosofia para crianças é um dos poucos ambientes educativos que oferecem às crianças um espaço para que elas possam questionar e explorar as variações das suas perguntas, assim como o impacto que essas perguntas podem ter nas suas vidas. Desta forma, defendemos que a integração intencional, numa sessão de filosofia para crianças, de perguntas feitas pelas próprias crianças faz justiça à herança das diferentes tradições filosóficas e reforça que as perguntas são formas privilegiadas de os seres humanos se relacionarem com o mundo. Mais do que um simples passo metodológico no encadeamento de uma sessão de filosofia para crianças, as perguntas representam um recurso educativo fundamental. As perguntas são também uma parte central do pensamento e da investigação que se produzem numa sessão de filosofia com crianças. O artigo propõe, então, uma forma inovadora de lidar com esta ferramenta que são as perguntas, defendendo que a definição da filosofia como uma obsessão para ultrapassar a opacidade e uma obsessão pela transparência (Caeiro, 2015) pode ajudar os participantes numa comunidade de investigação a identificarem perguntas que poderão potenciar o diálogo de uma forma filosófica.<hr/>resumen Este artículo defiende que los variados enfoques dentro de la filosofía para niños ganarían si integrasen de forma intencional la exploración del cuestionamiento, en vez de sólo presentar a los niños preguntas ya preparadas como puntos de partida para la investigación. Esta idea se vuelve particularmente relevante porque filosofía para niños es uno de los pocos ambientes educativos que ofrece a los niños un espacio para que puedan cuestionar y explorar las variaciones de sus preguntas y el impacto que estas preguntas pueden tener en sus vidas. De esta forma, defendemos que la integración intencional, en una sesión de filosofía para niños, de preguntas hechas por los propios niños, hace justicia a la herencia de las diferentes tradiciones filosóficas y refuerza que las preguntas son formas privilegiadas de que los seres humanos se relacionen con el mundo. Más que un simple paso metodológico en el encadenamiento de una sesión de filosofía para niños, las preguntas representan un recurso educativo fundamental. Las preguntas son también una parte central del pensamiento y de la investigación que se producen en una sesión de filosofía con niños. El artículo propone, entonces, una forma innovadora de lidiar con esta herramienta que son las preguntas, defendiendo que la definición de la filosofía como una obsesión para superar la opacidad y una obsesión por la transparencia (Caeiro, 2015) puede ayudar a los participantes en una comunidad de investigación a identificar preguntas que podrían potenciar el diálogo de una forma filosófica. <![CDATA[Discussões filosóficas com crianças: uma oportunidade para experimentar abrir a mente]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872019000101108&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt abstract Children develop and experience numerous thinking skills in the course of a philosophical dialogue, which has been the didactic medium for the practice of philosophy with children, since its birth. One of these skills plays a paramount role in making possibile true dialogue, as it relies on the meeting of minds: open-mindedness. Furthermore, this concept is omnipresent in the literature about philosophy for children (Lipman, 2003: 172-179 ; Tozzi, 2001, 2002) and thus requires an exploration and a precise analysis, which is the aim of his article. More precisely, there are three objectives: define the nature and characteristics of open-mindedness, analyse its emergence in philosophical discussions and, moreover, study its role in the practice of philosophy. Our research (conducted at University Paris 1 Panthéon-Sorbonne) has shown that certain indicators present in the children’s discourse indicate open-mindedness: reformulation of one another’s words, complementarity of statements, explication of each other’s ideas, establishment of nuances and disagreement on terms and critical thinking. These cognitive acts reveal an intellectual relation between children, so much that open-mindedness can be defined as a two-dimensional attitude, both as a cognitive disposition enabling the understanding of someone else’s idea and an ethical disposition enabling the acceptance of alterity. Moreover, it signals an ethical posture: the capacity to embrace the words of others, without necessarily agreeing, the ability to take into account an alternative view on the world. The research hypothesis, the result of seven years’ research in the French town of Romainville (East of Paris) is that:\ philosophical discussions constitute an opportunity for children to experience open-mindedness as a crucial thinking skill and ethical posture.<hr/>resumo As crianças desenvolvem e experimentam inúmeras habilidades de pensamento no decorrer de um diálogo filosófico, que é o meio didático para a prática da filosofia com crianças, desde o seu nascimento. Uma delas desempenha um papel primordial na possibilidade de um verdadeiro diálogo, já que se baseia no encontro de mentes: ter a mente aberta. Além disso, este conceito é onipresente na literatura sobre filosofia para crianças (Lipman, 2003: 172-179; Tozzi, 2001, 2002) e, portanto, requer uma exploração e uma análise precisa, que é o objetivo deste artigo. Mais precisamente, há três objetivos: definir a natureza e as características da mente aberta, analisar sua emergência nas discussões filosóficas e, além disso, estudar seu papel na prática da filosofia. Nossa pesquisa (conduzida na Universidade Paris 1 Panthéon-Sorbonne) mostrou que certos indicadores presentes no discurso das crianças manifestam a ocorrência de abertura da mente: reformulação das palavras umas das outras, complementaridade de enunciados, explicação das ideias um do outro, estabelecimento de nuances, desacordo em termos e pensamento crítico. Esses atos cognitivos revelam uma relação intelectual entre as crianças, a ponto de que a abertura da mente pode ser definida como uma atitude bidimensional: tanto como uma disposição cognitiva que possibilita a compreensão da ideia de outra pessoa como uma disposição ética que permite a aceitação da alteridade. Além disso, sinaliza uma postura ética: a capacidade de assumir abraçar as palavras dos outros, sem necessariamente concordar, a capacidade de levar em conta uma visão alternativa sobre o mundo. A hipótese de pesquisa, que é o resultado de sete anos de pesquisa na cidade francesa de Romainville (leste de Paris) é, portanto, a seguinte: discussões filosóficas constituem uma oportunidade para as crianças experimentarem ter a mente aberta como uma habilidade de pensamento crucial e como uma postura ética.<hr/>resumen Niñas y niños desarrollan y experimentan numerosas habilidades de pensamiento en el curso de un diálogo filosófico, que ha sido el medio didáctico para la práctica de la filosofía con niñas y niños, desde su nacimiento. Una de estas habilidades juega un papel primordial para hacer posible el diálogo verdadero, ya que se basa en la reunión de las mentes: una mente abierta. Además, este concepto es omnipresente en la literatura sobre filosofía para niños (Lipman, 2003: 172-179; Tozzi, 2001, 2002) y, por lo tanto, requiere una exploración y un análisis preciso, que es el objetivo de este artículo. Más precisamente, este texto tiene tres objetivos: definir la naturaleza y las características de la mente abierta, analizar su surgimiento en discusiones filosóficas y, además, estudiar su papel en la práctica de la filosofía. Nuestra investigación (realizada en la Universidad de París 1 Panthéon-Sorbonne) ha demostrado que ciertos indicadores presentes en el discurso de niñas y niños indican una mente abierta: la reformulación de las palabras de los demás, la complementariedad de las declaraciones, la explicación de las ideas de los demás, el establecimiento de matices y el desacuerdo sobre los términos. y el pensamiento crítico. Estos actos cognitivos revelan una relación intelectual entre niñas y niños. Por eso, la apertura mental se puede definir como una actitud bidimensional, tanto como una disposición cognitiva que permite la comprensión de la idea de otra persona y una disposición ética que permite la aceptación de la alteridad. Además, señala una postura ética: la capacidad de abrazar las palabras de otras personas, sin necesariamente estar de acuerdo; la capacidad de tener en cuenta una visión alternativa del mundo. La hipótesis y el resultado de siete años de investigación en la ciudad francesa de Romainville (al este de París) es que las discusiones filosóficas constituyen una oportunidad para que niñas y niños experimenten una mente abierta como una habilidad de pensamiento crucial y una postura ética. <![CDATA[educação para cidadania e solução colaborativa de problemas: um escape filosófico na era das competências]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872019000101109&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt abstract Starting from the Italian results of the PISA 2015 surveys as regards the competence of young students in collaborative problem-solving, in this paper we conduct a critical analysis of the concept of competence, as seen through the lens of the Capability Approach. The Philosophy for Children curriculum is presented as a pedagogical and didactic proposal capable of re-conceptualizing the constructs of ‘problem-solving’ and ‘collaboration’. In the light of ‘Complex Thinking’ theory and the ‘community of inquiry’ classroom methodology, the general theoretical frame of the PISA and DeSeCo approach to problem-solving has been criticized for its focus on what has been defined in terms of “internal mental structures in the sense of abilities, dispositions or resources embedded in the individual”. The proposal of Philosophy for Children and its ‘community of inquiry’ methodology are considered and discussed. This educational curriculum provides a real opportunity to rethink citizenship education by concentrating on the value and power of collective agency and the ability to wonder about our world. The pedagogical implications are significant because this means that we should be aiming to align academic education not with what society is, but with what it could or should be. To achieve this, education policies and planning actions need to focus on values and principles, on matters such as freedom, social equity and participation. These matters are not exclusive to the realms of individual endowment and performance. They have fundamental ethical and cultural components. Philosophy for Children can be considered as an opportunity to work towards the educational and political goal of creating “flourishing communities”.<hr/>resumen A partir de los resultados italianos de las encuestas PISA 2015 con respecto a la competencia de los jóvenes estudiantes en la resolución de problemas en colaboración, en este textorealizamos un análisis crítico del concepto de competencia, visto a través de la lente del enfoque de capacidad. El currículo de Filosofía para niños se presenta como una propuesta pedagógica y didáctica capaz de reconceptualizar los conceptos de "resolución de problemas" y "colaboración". A la luz de la teoría del "pensamiento complejo" y la metodología en clase de "comunidad de investigación", el marco teórico general del enfoque de PISA y DeSeCo para la resolución de problemas ha sido criticado por su enfoque en lo que se ha definido en términos de "estructuras de mentalidad interna en el sentido de habilidades, disposiciones o recursos incrustados en el individuo”. Aquí se considera y discute la propuesta de Filosofía para niños y su metodología de "comunidad de investigación". Este currículo educativo ofrece una oportunidad real para repensar la educación para la ciudadanía al concentrarse en el valor y el poder de la agencia colectiva y la capacidad de preguntarse sobre nuestro mundo. Las implicaciones pedagógicas son significativas porque esto significa que debemos apuntar a alinear la educación académica no con lo que la sociedad es, sino con lo que podría o debería ser. Para lograr esto, las políticas educativas y las acciones de planificación deben centrarse en los valores y principios, sobre asuntos como la libertad, la equidad social y la participación. Estos asuntos no son exclusivos de los ámbitos de dotación y rendimiento individuales. Tienen componentes éticos y culturales fundamentales. Filosofía para niños puede considerarse como una oportunidad para trabajar hacia el objetivo educativo y político de crear "comunidades florecientes".<hr/>resumo Partindo dos resultados italianos da avaliação PISA 2015 sobre a competência de jovens estudantes em solução coletiva de problemas, conduzimos neste artigo uma análise crítica sobre o conceito de competência, observado através das lentes da Abordagem das Capacidades. O currículo da Filosofia para Crianças é apresentado como uma proposta pedagógica e didática capaz de reconceituar as construções ‘solução de problemas’ e ‘colaboração’. À luz da teoria do ‘Pensamento Complexo’ e da metodologia de sala de aula como ‘comunidade de investigação’, o quadro teórico geral da abordagem do PISA e da DeSeCo sobre solução de problemas tem sido criticado pelo foco que dá ao que define por “estruturas mentais internas, no sentido de habilidades disposições ou recursos intrínsecos ao indivíduo”. Aqui se considera e se discute as propostas da Filosofia para Crianças e sua metodologia de ‘comunidade de investigação’. Este currículo educacional oferece uma oportunidade real de repensar a educação para a cidadania concentrando-se no valor e potência da ação coletiva e da habilidade de se admirar com o nosso mundo. Suas implicações pedagógicas são significativas, porque isso significa que deveríamos estar visando alinhar a educação acadêmica não com o que a sociedade é, mas com o que poderia ou deveria ser. Para tanto, políticas educacionais e ações de planejamento precisam focar em valores e princípios, em assuntos como liberdade, equidade social e participação. Estes tópicos não são exclusivos aos âmbitos de aptidão e rendimento individuais. Eles possuem componentes éticos e culturais. Podemos considerar a Filosofia para Crianças uma oportunidade de trabalhar por um objetivo educacional e político de criar “comunidades florescentes”. <![CDATA[Fazer um círculo: construir uma comunidade de investigação filosófica numa escola do governo pós-apartheid na áfrica do sul]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872019000101110&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt abstract In this paper I attempt to trace some entanglements of an event documented in my PhD research, which contests dominant modes of enquiry. This research takes place with a group of Grade 2 learners in a government school in Cape Town, South Africa. It is experimental research which resists the human subject as the most important aspect of research, the only one with agency or intentionality. In particular, the analysis focuses on the process of the making of the circle, and how integral it is in contributing to building the Community of Enquiry, the pedagogy of Philosophy with Children. A critical posthuman analysis is offered which engages with the material-discursive entanglements of the making of the circle. Also, how this making of a circle can be a democratising practice, by including in the concept of democracy, the more-than-human. The analysis also focuses on the placing of the chairs by the children, as a deliberate pedagogical practice, and how this works to disrupt the adult /child binary. There is a move beyond the linguistic turn by paying attention to not only the discursive in the transcriptions but also the intra-actions in between human and more-than-human, the circle, the chairs and the materiality of place.<hr/>resumen En este texto, intento rastrear algunos agenciamientos de un acontecimiento documentado en mi investigación de doctorado, que problematiza los modos de investigación dominantes. Esta investigación se lleva a cabo con un grupo de estudiantes de segundo grado en una escuela primaria pública en Ciudad del Cabo, Sudáfrica. Es una investigación experimental que pone al sujeto humano como el aspecto más importante de la investigación, el único con agencia o intencionalidad. En particular, el análisis se centra en el proceso de creación del círculo, y en su grado de contribución al desarrollo de la Comunidad de investigación, la pedagogía de la filosofía con niñas y niños. Se ofrece un análisis posthumanista crítico que se relaciona con agenciamientos material-discursivos durante la realización del círculo. Además, estudio cómo esta creación de un círculo puede ser una práctica democratizadora, al incluir, en el concepto de democracia, algo más que lo humano. El análisis también se centra en la colocación de las sillas por parte de los niños y niñas, como una práctica pedagógica deliberada, y cómo funciona para interrumpir el dualismo adulto / niño. Hay un movimiento más allá del giro lingüístico prestando atención no solo a lo discursivo en las transcripciones, sino también a las acciones internas entre lo humano y lo más que humano, el círculo, las sillas y la materialidad del lugar.<hr/>resumo Neste artigo, pretendo traçar alguns agenciamentos de um evento documentado em minha pesquisa de doutorado, que contesta formas dominantes de investigação. Esta pesquisa se realiza com um grupo de estudantes de segunda série numa escola pública na Cidade do Cabo, na África do Sul. É a pesquisa experimental que mantém o sujeito humano como sendo o aspecto mais importante da observação, o único aspecto dela que possui ação ou intencionalidade. Particularmente, a presente análise tem como foco o processo de fazer o círculo, e quão integral ele é em sua contribuição para a construção da Comunidade de Investigação, a pedagogia da Filosofia com Crianças. É oferecida aqui uma análise pós-humanista crítica que se relaciona com os agenciamentos material-discursivos do processo de fazer o círculo. Além disso, como este fazer um círculo pode ser uma prática democratizante, incluindo no conceito de democracia o mais-que-humano. A análise também foca no ato de posicionar as cadeiras pelas crianças, como uma prática pedagógica deliberada, e em como isto funciona interrompendo o binarismo adulto/criança. Há um movimento para além da virada linguística ao prestar atenção não somente no âmbito discursivo nas transcrições, mas também nas intra-ações entre humanos e o mais-que-humano, o círculo, as cadeiras e a materialidade do lugar. <![CDATA[Filosofar com crianças pequenas como princípio de promoção de línguas ou linguagem]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872019000101111&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt abstract Children develop language and communication skills through interaction with adults and other children. This study therefore focuses on two interdependent issues: the effect of philosophizing with children on children’s language development and the speech acts of teachers and children in philosophical enquiries. As part of a before-after test with the “Hamburger Verfahren zur Analyse des Sprachstandes Fünfjähriger” (Reich &amp; Roth, 2004, Hamburg Procedure for Analysing the Language Level of Five Year-olds), weekly philosophical discussions were undertaken with a test class over a period of six months. The central findings are that the philosophising children developed significantly higher language ability compared with a non-philosophising control class in two areas, namely general performance in discussion and the use of more sophisticated connectors. A further part of the study compared the speech acts of the children and their pre-school teacher in the context of philosophical discussion with their speech acts in a different dialogic situation (dialogic discussion of picture books). This showed that philosophical questions from the pre-school teacher led to the production of particularly complex language by the children. Complex speech acts involve the use of higher-level verb structures and connectors. These are necessary in order to reason and act as a citizen agent and are supported by philosophising with children, as this study shows.<hr/>resumo Crianças desenvolvem habilidades de comunicação e linguagem através de sua interação com adultos e outras crianças. Este estudo, assim sendo, se debruça sobre duas questões independentes: os efeitos da filosofia com crianças em seu desenvolvimento linguístico e os atos discursivos de professorxs e crianças em investigações filosóficas. Como parte de um teste comparativo do tipo “antes-depois” com o “Hamburger Verfahren zur Analyse des Sprachstandes Fünfjähriger” (Reich &amp; Roth, 2004, Procedimento de Hamburgo para Análise de Nível Linguístico de Crianças de Cinco Anos), discussões filosóficas semanais foram realizadas com uma turma de teste por um período de seis meses. As descobertas centrais foram de que as crianças que filosofavam desenvolveram habilidades linguísticas significativamente mais avançadas comparadas a um grupo de controle que não trabalhou com a filosofia, em duas áreas, a saber: desempenho geral em discussões e o uso de conectores mais sofisticados. Uma parte subsequente do estudo comparou os atos discursivos das crianças e seus/suas professorxs no contexto das discussões filosóficas com seus atos discursivos numa situação dialógica diferente (diálogo sobre livros de ilustrações). Isto mostrou que as questões filosóficas que partiram dx professorx da pré-escola levaram à produção de uma linguagem particularmente complexa pelas crianças. Atos discursivos complexos envolvem o uso de estruturas verbais e conectores de alto nível linguístico. Estes são necessários para racionalizar e atuar na realidade como cidadão, e este estudo mostra como seu desenvolvimento está aliado à filosofia com crianças.<hr/>resumen Los niños desarrollan habilidades de lenguaje y comunicación a través de la interacción con adultos y otros niños. Por consiguiente, este estudio se centra en dos cuestiones independientes: el efecto del filosofar con niños en su desarrollo lingüístico y los actos de habla de maestros y niños en las investigaciones filosóficas. Como parte de una prueba comparativa de “antes-después” con el “Hamburger Verfahren zur Analyse des Sprachstandes Fünfjähriger” (Reich &amp; Roth, 2004, Método de Hamburgo para el Análisis del Nivel Lingüístico de Niños de Cinco Años), se realizaron discusiones filosóficas semanales con un grupo de testeo por un período de seis meses. Los hallazgos centrales son que los niños que hacían filosofía desarrollaron habilidades lingüísticas significativamente superiores en comparación con una clase de control que no hacía filosofía, en dos áreas, a saber: el rendimiento general en la discusión y el uso de conectores más sofisticados. Más adelante, otra parte del estudio comparó los actos de habla de los niños y sus maestros de preescolar en el contexto de las discusiones filosóficas con sus actos de habla en una situación dialógica diferente (discusión dialogada sobre libros de ilustración). Esto mostró que las preguntas filosóficas de los maestros de preescolar condujeron a los niños a la producción de un lenguaje particularmente complejo. Los actos de habla complejos implican el uso de estructuras verbales y conectores de alto nivel lingüístico. Éstos son necesarios para razonar y actuar como agentes ciudadanos, y se ven favorecidos por el filosofar con niños, como este estudio muestra. <![CDATA[Intersubjetividade: um olhar sobre a comunidade de investigação filosófica]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872019000101112&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt resumo O paradigma da intersubjetividade preconizado por Jürgen Habermas fundou uma forma de chegar a consensos racionalmente fundamentados. A sua obra aponta para a ideia de que o que mantém as pessoas numa atitude de ação comunicativa são as forças da fundamentação racional e da motivação racional. Ao analisarmos a dimensão intersubjetiva da prática da comunidade de investigação filosófica, demo-nos conta de que é possível verificar a passagem de uma autonomia da razão centrada no sujeito (um pensar por si mesmo), para a prática de uma racionalidade comunicativa (centrada num pensamento em comunidade). Os pressupostos inevitáveis da comunicação fundam e mantêm as comunidades e permitem o clima de confiança e de cuidado que possibilita que os membros da comunidade pensem livremente e se deixem guiar pela força do we, do nós, do nos-otros. Não é somente em contexto de comunidades de investigação filosófica que se verificam as potencialidades do paradigma da intersubjetividade de Habermas. Também na discussão entre especialistas podemos encontrar essas potencialidades. Foi, em certa medida, este o rasto que conseguimos traçar ao investigarmos as diferentes abordagens de Ann Sharp, David Kennedy e Giuseppe Ferraro sobre a noção de comunidade de investigação filosófica. O diálogo estabelecido entre estes filósofos e o conceito de comunidade de investigação filosófica, os seus argumentos e as formas de concretização do diálogo filosófico em comunidade, dão conta da fecundidade da racionalidade comunicativa. Sabemos que o conceito de comunidade de investigação filosófica, tal como é pensado e vivido por Ann Sharp, é distinto do conceito de comunidade de investigação filosófica de David Kennedy. Percebemos que o círculo do pensar de Giuseppe Ferraro é uma outra abordagem ao pensamento filosófico em comunidade. No entanto, na nossa investigação estas abordagens entraram em diálogo e, em boa medida, devido ao que é permitido pelo próprio movimento de uma racionalidade comunicativa. Estas possibilidades de diálogo dão-se no pressuposto de uma relação intersubjetiva também entre conceitos, experiências e pensamento sobre os conceitos e as experiências. O caminho percorrido entre a comunidade de investigação filosófica entendida como espaço de intersubjetividade (Sharp, 1987), passando pela abertura da comunidade de investigação filosófica a outras dimensões não discursivas da comunicação (Kennedy, 1994) e avançando para o círculo do pensar que enche o espaço de tempo e o torna num lugar (Ferraro, 2018) revela como a comunidade de investigação filosófica é um conceito e uma experiência abertos e fecundos: um conceito em ação.<hr/>abstract The intersubjective paradigm advocated by Habermas laid the foundation for a new way of reaching rationally predicated consensus. His work indicates that what keeps people in an attitude of communicative action is rational basis and motivation. Upon analysing the intersubjective dimension of the practice of the community of philosophical inquiry, we realized that it possible to observe the transition from a subject-centred autonomy of treason (thinking for oneself), to the practice of a communicative rationality (focused on thinking in community). The inevitable assumptions of communication ground and sustain communities and allow for an environment of trust and care that enables community members to think freely and let themselves be driven by the power of “we”, “nos-otros”. It is not only in the context of communities of philosophical inquiry that the potential of Habermas’ intersubjective paradigm can be observed, but also in the discussion among specialists. To an extent, this is what we found when we studied the various approaches of Ann Sharp, David Kennedy, and Giuseppe Ferraro to the concept of the community of philosophical inquiry. The dialogue between these philosophers and the concept of the community of philosophical inquiry, their arguments, and the ways of achieving philosophical dialogue in community offer rich evidence of the productiveness of communicative rationality. We are aware that Ann Sharp’s concept of community of philosophical inquiry is different from David Kennedy’s, and that both are distinct from Giuseppe Ferraro’s circle of thinking. Nevertheless, we place these different approaches into dialogue, due largely to what is permitted by the movement of communicative rationality itself. These possibilities for dialogue are also grounded in the assumption of an intersubjective relationship between concepts, experiences and thoughts about concepts and experiences. By understanding the community of philosophical inquiry as a space of intersubjectivity (Sharp, 1987), opening the philosophical community to other non-discursive dimensions of communication (Kennedy, 1994), and analysing the circle of thinking that fills space with time and turns it into a place (Ferraro, 2018), we reveal that the community of philosophical inquiry is an open and fruitful concept and experience: a concept in motion.<hr/>resumen El paradigma de la intersubjetividad profesado por Jürgen Habermas fundó una forma de llegar a consensos racionalmente fundamentados. Su obra apunta a la idea de que lo que mantiene a las personas en una actitud de acción comunicativa son las fuerzas de la fundamentación racional y de la motivación racional. Al analizar la dimensión intersubjetiva de la práctica de la comunidad de investigación filosófica, nos damos cuenta que es posible verificar el pasaje de una autonomía de la razón centrada en el sujeto (un pensar por sí mismo), a la práctica de una racionalidad comunicativa (centrada en un pensamiento en comunidad). Los presupuestos inevitables de la comunicación fundan y mantienen las comunidades y permiten el clima de confianza y de cuidado que posibilita que los miembros de la comunidad piensen libremente y se dejen guiar por la fuerza del we, del nós, del nos-otros. No es solamente en contexto de comunidades de investigación filosófica que se verifican las potencialidades del paradigma de la intersubjetividad de Habermas. También en la discusión entre especialistas podemos encontrar esas potencialidades. Fue, en cierta medida, este rastro el que conseguimos trazar al investigar los diferentes abordajes de Ann Sharp, David Kennedy y Giuseppe Ferraro sobre la noción de comunidad de investigación filosófica. El diálogo establecido entre estos filósofos y el concepto de comunidad de investigación filosófica, sus argumentos y las formas de concreción del diálogo filosófico en comunidad, dan cuenta de la fecundidad de la racionalidad comunicativa. Sabemos que el concepto de comunidad de investigación filosófica, tal como es pensado y vivido por Ann Sharp, es distinto del concepto de comunidad de investigación filosófica de David Kennedy. Entendemos que el círculo del pensar de Giuseppe Ferraro es un otro abordaje al pensamiento filosófico en comunidad. Sin embargo, en nuestra investigación estos abordajes entraron en diálogo y, en buena medida, debido a lo que es permitido por el propio movimiento de una racionalidad comunicativa. Estas posibilidades de diálogo se dan en el presupuesto de una relación intersubjetiva también entre conceptos, experiencias y pensamiento sobre los conceptos y las experiencias. El camino recorrido entre la comunidad de investigación filosófica entendida como espacio de intersubjetividad (Sharp, 1987), pasando por la apertura de la comunidad de investigación filosófica a otras dimensiones no discursivas de la comunicación (Kennedy, 1994) y avanzando hacia el círculo del pensar que llena el espacio de tiempo y lo convierte en un lugar (Ferraro, 2018) revela cómo la comunidad de investigación filosófica es un concepto y una experiencia abiertos y fecundos: un concepto en acción. <![CDATA[metamorfose literária: por leituras que gerem experiências de pensamento nas aulas de filosofia]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872019000101113&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt resumo O presente artigo compartilha uma experiência filosófica vivenciada a partir do acompanhamento e relato de uma aula de filosofia e da questão: que pode uma obra literária/leitura(s) suscitar como uma experiência de pensamento numa aula de filosofia? Seguindo a reflexão do como o ato da leitura literária pode constituir-se viés proponente para principiar experiência de pensamento, fio condutor de um diálogo que movimentará a roda da conversa, dialogamos e traçamos um caminhar paralelo ora por metáfora, ora por comparação, entre o relato dessa experiência vivenciada na escola da rede pública municipal e a transformação/metamorfose da borboleta. A partir de então, projetamos num dizer poético a leveza, o convite para o voo, para possibilidades de perder o chão a fim de ganhar e habitar nos ares que dá, literalmente, voz a uma criança do primeiro ano com provável diagnóstico de autismo, há seis meses inserida no ensino regular, que não falava em público. Pensando a experiência conforme Larrosa (2011) como algo que afeta, perpassa, “isso que me passa”, e o pensar na escola pública a partir de Kohan (2016), como sendo esse um dos paradoxos imperativos e preocupação primeira das práticas educacionais, perseguimos o objetivo de apresentar a filosofia para/com crianças como uma possibilidade real de oportunizar o romper de casulos, a concretização de um ciclo da metamorfose de uma infância ou da própria educação no/para o pensar; apresentamos, enfim, a importância da filosofia na/para a educação, sendo ela literariamente a oportunidade para estimular o pensar.<hr/>resumen El presente artículo comparte una experiencia filosófica vivida a partir del acompañamiento y relato de una clase de filosofía y de la pregunta: ¿qué puede una obra literaria/lectura(s) suscitar como experiencia de pensamiento en una clase de filosofía? Siguiendo la reflexión de cómo el acto de la lectura literaria puede constituirse en un planteamiento para comenzar una experiencia de pensamiento, hilo conductor de un diálogo que pondrá en movimiento la rueda de la conversación, dialogamos y trazamos un caminar paralelo ya por metáfora, ya por comparación, entre el relato de esa experiencia vivida en la escuela de la red pública municipal y la transformación/metamorfosis de la mariposa. A partir de ésto, proyectamos en un lenguaje poético la ligereza, la invitación al vuelo, a posibilidades de salir del suelo a fin de ganar y habitar en los aires que da, literalmente, voz a un niño de primer año con probable diagnóstico de autismo, hace seis meses incorporado en la enseñanza regular, que no hablaba en público. Pensando la experiencia de acuerdo con Larrosa (2011) como algo que afecta, que se impregna, "eso que me pasa ", y el pensar en la escuela pública a partir de Kohan (2016), como una de las paradojas imperativas y preocupación primera de las prácticas educacionales, perseguimos el objetivo de presentar la filosofía para/con niños como una posibilidad real de propiciar la eclosión de capullos, la concreción de un ciclo de metamorfosis de una infancia o de la propia educación en/para el pensar; presentamos, en fin, la importancia de la filosofía en/para la educación, siendo ella literalmente la oportunidad para estimular el pensar.<hr/>abstract This article discusses a philosophical experience that occurred through observing and writing an account of a philosophy class with this question in mind: What can a literary work/reading evoke as an experience of thought in a philosophy class? We attempt to answer this by reflecting on how the act of literary reading can constitute a proponent bias to initiate an experience of thought, common thread of a dialogue that will drive the entire conversation. To this end, we dialogue and delineate a parallel path, based on a comparison between the account of this experience in a municipal public school and the transformation/metamorphosis of a butterfly. We then seek to convey through poetic language a lightness, an invitation to fly, to enable us to leave the ground and inhabit the air that literally gives voice to a first grader, probably autistic, who had spent the last six months in regular classes, but who did not speak in public. We see experience as Larrosa (2011) does, as something that affects, that passes through, “this that happens to me,” while we adopt Kohan’s (2016) view of thinking in public schools as one of the mandatory paradoxes and primary purposes of education. In so doing, our goal is to present philosophy for/with children as a real possibility to enable leaving a cocoon, the bringing to fruition of a cycle of metamorphosis from childhood or from education itself in/to thought. This article thus argues in favor of the importance of philosophy in education, since it literally provides the opportunity to stimulate thought. <![CDATA[Infância e invisibilidade: por uma pedagogia do oculto]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872019000101114&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt resumo Em oposição à pergunta mais tradicionalmente feita em educação - o que a escola revela? - esta pesquisa encontra caminhos mais obscuros para pensar as potências presentes nos tempos e espaços escolares ao se perguntar o que se oculta na escola. A partir da tentativa de criação de conceitos filosóficos no campo da educação, este texto tateia cegamente as possibilidades de uma escola que, ao invés de trazer à luz, atenta mais para aquilo que está invisível, escondido, oculto. Através da leitura de pensadores da filosofia da diferença, como Deleuze e Foucault, tenta situar a escola em uma disputa imanente entre o caos e a ordem, onde as estruturas de poder trabalham através da visibilização e permissão, por um lado, e pela interdição e ocultamento, pelo outro. Ao compreender o aparelhamento institucional inserido na lógica da visibilidade/ocultamento, explora a possibilidade de que as forças de resistência que habitam a escola não possam estar à mostra - pois tudo o que é aparente foi de alguma forma capturado e, por isso, permitido. Através de um olhar filosófico e genealógico da escola e com a ajuda de Heráclito, este texto cego tenta afirmar a potência revolucionária dessas forças invisibilizadas, e, neste percurso, assumir a infância não como uma fase a ser superada, mas justamente como uma destas potências que permitem manter o mundo oculto, encriptado, e não sujeito à forçosa lógica do visível - ou seja, afirmar a infância como uma potência subversiva e revolucionária, e opor-se aos discursos “visibilizadores” que expõem a infância à cristalização dos aparelhos discursivos. Assim, tateia com a ponta dos dedos escola e infância, para constatar sem precisar ver que elas, invisíveis, estiveram e estão lá.<hr/>abstract In opposition to the most traditionally asked question in educational studies - what is revealed in school? - this research finds more obscure ways to think the potencies present in school times and spaces by asking, instead, what is hidden in school? From the attempt of creating philosophical concepts in the field of education, this text gropes blindly the possibilities of a school that, instead of bringing things to light, gives more attention to what is invisible, hidden, concealed. Through the readings of philosophers of difference, such as Deleuze and Foucault, it tries to situate school in an immanent dispute between chaos and order, where power structures operate through visibility and permission, on the one hand, and interdiction and concealment on the other. By understanding the institutional rigging inserted in the logic of visibility/concealment, this article explores the possibility that the resistance forces that inhabit school cannot be shown - because all that is apparent was somehow captured and therefore allowed. Through a genealogic, philosophical view of school and with the help of Heraclitus, this blind text tries to reclaim the revolutionary potency of these invisibilized forces and, in this way, assume childhood not as a phase to be overcome, but as one of these potencies that allow the world to keep being concealed, encrypted, and not forced into the logic of visible - that being, to affirm childhood as a revolutionary and subversive force, and to oppose the “visibility" discourses that expose childhood to the crystallization of discursive apparatuses. Thus, gropes with its fingertips school and childhood, to find, without need to see, that they, invisibly, have been and still are there.<hr/>resumen En oposición a la pregunta más tradicionalmente hecha en educación - ¿qué revela la escuela? - esta investigación encuentra caminos más oscuros para pensar las potencias presentes en los tiempos y espacios escolares al preguntarse qué se oculta en la escuela. A partir del intento de creación de conceptos filosóficos en el campo de la educación, este texto tantea ciegamente las posibilidades de una escuela que, en vez de traer a la luz, atenta más hacia lo que está invisible, escondido, oculto. A través de la lectura de pensadores de la filosofía de la diferencia, como Deleuze y Foucault, intenta situar a la escuela en una disputa inmanente entre el caos y el orden, donde las estructuras de poder trabajan a través de la visibilidad y el permiso, por un lado, y por medio de la interdicción y la interdicción por el otro. Al comprender el equipamiento institucional inserto en la lógica de la visibilidad / ocultamiento, explora la posibilidad de que las fuerzas de resistencia que habitan la escuela no puedan estar a la vista - pues todo lo que es aparente fue de alguna forma capturado y, por lo tanto, permitido. A través de una mirada filosófica y genealógica de la escuela y con la ayuda de Heráclito, este texto ciego intenta afirmar la potencia revolucionaria de esas fuerzas invisibilizadas, y, en este recorrido, asumir la infancia no como una fase a ser superada, sino justamente como una de estas potencias que permiten mantener el mundo oculto, encriptado, y no sujeto a la forzosa lógica de lo visible, es decir, afirmar la infancia como una potencia subversiva y revolucionaria, y oponerse a los discursos "visibilizadores" que exponen la infancia a la cristalización de los aparatos discursivos. Así, tantea con la punta de los dedos escuela e infancia, para constatar, sin necesidad de ver, que ellas, invisibles, estuvieron y están allí. <![CDATA[peter pan: o líder e seus seguidores. uma experiência de filosofia com crianças]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872019000101115&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt resumen La filosofía y la literatura están unidas por fuertes lazos que se evidencian en ambas disciplinas: son muchos los textos literarios y filosóficos en los que se pueden rastrear las influencias recíprocas. En esta experiencia de filosofía con niños se partió de una obra clásica, Peter Pan, para motivar a alumnos de primaria. Los objetivos fueron a) desarrollar el pensamiento crítico y ético a través de la problematización de la vida escolar, b) desarrollar habilidades de análisis, síntesis, inferencia, argumentación, cuestionamiento y pensamiento creativo, c) que los alumnos relacionaran sus experiencias cotidianas con las situaciones que se plantean en la historia. Peter Pan retrata a un tipo de persona muy popular en nuestra época: el líder. Peter es inteligente y simpático, posee la valentía y el carisma suficiente para seducir a los niños perdidos, a los pieles rojas y a Wendy y sus hermanos. Su imaginación y pasión por la aventura lo vuelven aún más atractivo. Peter también encarna defectos que reconocemos en numerosos líderes: vanidad, egoísmo y falta de responsabilidad. Para ejercer el poder cuenta con la sumisión de los niños perdidos. Si en el texto ambas conductas nos parecen naturales, al identificarlas en la vida cotidiana de nuestras escuelas sólo podemos nombrarlas con palabras como bullying, matonismo, agresión, víctimas… Esta experiencia mostró que las obras literarias pueden servir como detonador para la reflexión y el debate, tanto de la vida escolar como de dilemas de la vida cotidiana aportados por los alumnos; permitió el cuestionamiento sobre las relaciones entre pares y la argumentación de sus posturas; también fue posible apreciar las posibilidades que abre tener un espacio para potenciar la imaginación. En el caso de los docentes, pudieron conocer y comprobar la función problematizadora de las preguntas, aunque sólo algunos aprendieron a formularlas. Una escasa formación en pensamiento crítico disminuye su capacidad para implementar estrategias que contribuyan al desarrollo de las habilidades mencionadas.<hr/>abstract Philosophy and literature are linked by strong ties that are evident in both disciplines: there are numerous literary and philosophical works in which reciprocal influences can be traced. This philosophical experience with children started from a classic work, Peter Pan, to motivate elementary school students. The goals were a) to develop critical thinking skills and ethical problematization around school issues; b) to develop analysis, synthesis, inferring, debate, questioning, and creative thinking skills; and c) for students to make connections between their daily experiences and the situations discussed in the story.Peter Panportrays a popular kind of character of our times: the leader. Peter is smart and friendly, possesses enough courage and charisma to entice lost children, the Red Skins, and Wendy and her siblings. His imagination and passion for adventure make him even more appealing. Peter also embodies flaws commonly seen in numerous leaders: vanity, selfishness, and lack of responsibility. To exert control he relies on the submission of lost children. While both behaviors may seem natural to us in the story, in real life at school we would label them with words like bullying, abuse, aggression, victims... This experience showed that literary works can trigger deep thinking and debate in students that apply to dilemmas in both school and everyday life; it prompted questioning regarding relationships and points of view; it was also possible to appreciate the possibilities that this space opened to encourage imagination. Educators could witness and see evidence of the power of questioning even though only a few of them had learned these skills. Limited background in critical thinking reduces the ability to implement strategies that contribute to the growth of the above mentioned skills.<hr/>resumo A filosofia e a literature estão unidas por fortes laços que se evidenciam em ambas disciplinas: são muitos os textos literários e filosóficos nos quais se pode rastrear as influências recíprocas. Nesta experiência de filocosia com crianças, se partiu de uma obra clássica, Peter Pan, para motivar alunos da educação infantil. Os objetivos eram: a) desenvolver o pensamento crítico e ético através da problematização da vida escolar; b) desenvolver habilidades de análise, síntese, inferência, argumentação, questionamento e pensamento criativo; c) que os alunos relacionassem suas experiências cotidianas com as situações que surgem na história. Peter Pan retrata um arquétipo muito popular de nosso tempo: o líder. Peter é inteligente e simpático, possui a valentia e o carisma suficientes para seduzir os meninos perdidos, aos pele-vermelhas e a Wendy e seus irmãos. Sua imaginação e paixão pela aventura fazem dele ainda mais atraente. Peter também encarna defeitos que reconhecemos em muitos líderes: vaidade, egoísmo e falta de responsabilidade. Para exercer poder, conta com a submissão dos meninos perdidos. Se no texto ambas condutas nos parecem naturais, ao identificá-las na vida cotidiana de nossas escolas, só podemos nomeálas com palavras como bullying, abuso, agressão, vítimas... Esta experiência mostrou que as obras literárias podem servir como gatilho para a reflexão e o debate, tanto da vida escolar como sobre dilemas da vida cotidiana trazidos pelos alunos; permitiu o questionamento sobre as relações entre os pares e a discussão sobre suas posturas; também foi possível apreciar as possibilidades que um espaço para potencializar a imaginação abre. Quanto aos professores, puderam conhecer e comprovar a função problematizadora das perguntas, ainda que só alguns tenham aprendido a formulá-las. Uma formação escassa em pensamento crítico diminue sua capacidade para implementar estratégias que contribuam para o desenvolvimento das habilidades mencionadas. <![CDATA[reflexões filosóficas entre mães adolescentes vítimas de maltrato infantil]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872019000101116&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt resumo Esta investigación se efectuó en un aula del centro de desarrollo integral de la familia (DIF) en el municipio de Durango, México. En este lugar, se capacitan personas para el trabajo artesanal; ahí fueron seleccionadas 13 madres adolescentes con un rango de edad que fluctúa entre los 15 y 23 años de edad, todas ellas víctimas de maltrato infantil. En este grupo de personas se implementó la propuesta filosófico-pedagógica denominada “Filosofía para Niños y Adolescentes” del filósofo norteamericano Matthew Lipman. El principal objetivo fue conformar una “comunidad de indagación”, donde, a través del dialogo razonado las participantes desarrollaron habilidades cognitivas, posibilitándolas a departir de manera ética y moral sobre sus experiencias de vida dentro de un entorno democrático. Los resultados obtenidos se dan a conocer a través de las revelaciones expresadas por las participantes durante los diálogos filosóficos, además, fueron registradas las habilidades cognitivas detectadas durante 20 sesiones. Los resultados fueron contrastados con las teorías para demostrar el cambio cognitivo de las participantes en las comunidades de diálogo. También se registraron ciertos hallazgos inesperados en otras áreas académicas que favorecen el pensamiento ético y moral.<hr/>resumen Esta investigação foi conduzida em uma classe do Centro de Desenvolvimento Integral da Família (DIF), no município de Durango, no México. Neste lugar se capacitam pessoas para o trabalho artesanal; foram selecionadas ali 13 mães adolescentes com uma faixa etária que flutuava entre 15 e 23 anos, todas vítimas de maltrato infantil. Com este grupo de pessoas se implementou a proposta filosófico-pedagógica denominada “Filosofia para Crianças e Adolescentes”, do filósofo norte-americano Matthew Lipman. O objetivo principal foi formar uma “comunidade de investigação”, onde através do diálogo as participantes desenvolveram habilidades cognitivas, possibilitando que, de maneira ética e moral, compartilhassem suas experiências de vida em um ambiente democrático. Os resultados obtidos se mostraram através das revelações expressadas pelas participantes durante os diálogos filosóficos, além de que foram registradas as habilidades cognitivas observadas ao longo de 20 sessões. Estes resultados foram comparados com as teorias para demonstrar a transformação cognitiva das participantes nas comunidades de diálogo. Também se registraram descobertas inesperadas em outras áreas acadêmicas que favorecem o pensamento ético e moral.<hr/>abstract This research was carried out in a classroom of the center of comprehensive family development (desarrollo integral de la familia, DIF) in the municipality of Durango, Mexico. The center trains young people in making crafts. From these young people, 13 teenage mothers ages 15-23, all victims of abuse as children, were selected. With this group, we implemented the philosophical-pedagogical proposal called "Philosophy for children and teenagers," first developed by the American philosopher Matthew Lipman. The main goal was to form a "community of inquiry," where through philosophical dialogue the participants developed cognitive skills, allowing them to share, in an ethical and moral dialogue, their life experiences within a democratic setting. The results were demonstrated through the disclosures made by the participants during the philosophical dialogues, We also recorded the cognitive abilities detected over 20 sessions. We contrast the results with the theories to demonstrate the participants’ cognitive changes. We also observed unexpected findings in other academic fields that facilitate ethical and moral thinking. <![CDATA[Sobre a necessidade da filosofia para / com mães e pais no programa de filosofia para / com crianças]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872019000101117&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt resumen este artículo es un ejercicio de reflexión crítica y propositiva en torno a algunos de los fundamentos, intereses, supuestos y prácticas en desarrollo del programa de filosofía para/con niñas y niños (FpcN). Las críticas y las propuestas aquí sugeridas son el resultado de la mirada de un extraño, de un auténtico foráneo que ha observado y pensado desde los lindes de otra alameda los orígenes y algunos de los desarrollos del trabajo de Mattew Lipman y sus colaboradores. Es la mirada de quien no ha estado en una comunidad de investigación del programa FpcN. Es la expresión de un infante, que no es infante porque carezca de habla, sino porque habla en lengua extranjera, con las ventajas que pueda tener esa extranjeridad ‘a la Kohan’ cuando se torna dialogante con otras comunidades epistémicas. Así, a partir de nuevas indagaciones, el autor propone: 1) desarrollar una filosofía para/con madres y padres (FpcMP) como parte fundamental del programa de FpcN; 2) hacer inclusión y desarrollo de lógicas no-ortodoxas y lógicas informales dentro del mismo programa para comprender de manera más clara, eficiente y enriquecida el pensamiento de las niñas y los niños; 3) fortalecer los vínculos entre la FpcN (incluida FpcMP) y una filosofía de la infancia; 4) incrementar las experiencias del programa con la literatura clásica infantil y juvenil, especialmente con aquella que favorezca más el empoderamiento de las niñas y los niños con respecto a sus madres, padres, cuidadores, maestras y maestros, compañeras y compañeros; y 5) favorecer también, con todos estos elementos, la formación ciudadana de las niñas y los niños.<hr/>abstract This article is a n exercise of critical and proactive reflection around on some of the foundations, interests, assumptions and developing practices of the philosophy for/with children program (P4wC). The critiques and proposals suggested here are the result of a stranger´s gaze, an authentic foreigner who has observed and thought from the edges of another boardwalk perspective the origins of and some of the developments proceeding from of Matthew Lipman’s and his collaborators’ work. It is the view of someone who has not been part of a in a research community of inquiry of practicing the P4wC program. It is the expression of an infant, who is not an infant because he lacks speech but because he speaks in a foreign language, with the advantages that 'Kohan' strangenessthis foreignness “à la Kohan” may have when this becomesenters into a dialogue with other epistemic communities. Thus, based on new research, the purpose of this writing article is to: 1) develop a philosophy for/with mothers and fathers (P4wMF), as a fundamental part of the P4wC program; 2) carry out an inclusion and development ofinclude and develop unorthodox and informal logics within the samethat program, in order to understand the thinking of girls’ and boys’ thinking in a more clear, efficient and enriched manner; 3) strengthen the links between the P4wC (including P4wMF) and the philosophy of childhood; 4) increase the experiences of the programprogram’s use of with classic children's and youth literature, especially with that which favors promotes the empowerment of girls and boys with respect toin their relationships with their mothers, fathers, caregivers, teachers and peers; and 5) also promote, with all these elements, the citizen civic education of the girls and boys as citizens.<hr/>resumo este artigo é um exercício de reflexão crítica e propositiva sobre alguns dos fundamentos, interesses, pressupostos e práticas em desenvolvimento do programa de filosofia para/com crianças (FpcC). As críticas e as propostas aqui sugeridas são o resultado do olhar de um estranho, de um autêntico forasteiro, que observou e pensou, a partir de outra perspectiva, as origens e alguns dos desenvolvimentos do trabalho de Mattew Lipman e de seus colaboradores. É uma visão de quem não esteve numa comunidade de pesquisa do programa FpcC. É a expressão de um infante, que não é um infante porque carece de fala, mas sim porque fala em língua estrangeira, com as vantagens que essa estrangeiridade “à Kohan” possa ter quando dialoga com outras comunidades epistêmicas. Assim, a partir de novos questionamentos, o autor propõe: 1) desenvolver uma filosofia para/com mães e pais (FpcMP) como parte fundamental do programa de FpcC; 2) incluir lógicas não-ortodoxas e lógicas informais e desenvolvê-las dentro do mesmo programa para compreender, de maneira mais clara, eficiente e enriquecedora, o pensamento das crianças; 3) fortalecer os vínculos entre FpcC (incluída FpcMP) e a filosofia da infância; 4) aumentar as experiências do programa com a literatura para crianças e jovens, em especial com a que favoreça mais o empoderamento das crianças quanto a seus mães, pais, cuidadores, professores e companheiros; e 5) favorecer também, com todos esses elementos, a formação cidadã das crianças. <![CDATA[o lugar da deliberação na filosofia para crianças de lipman]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872019000101118&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt resumen El diálogo ocupa un lugar central en el programa de Filosofía para Niños de Matthew Lipman. Es tanto la actividad central de la Comunidad de Investigación y Cuestionamiento (CI), como el punto de anclaje de la filosofía. Nos interesa aquí revisar en qué sentido la deliberación en la CI es filosófica. En las producciones de Lipman la influencia de Dewey se traduce en una cierta concepción y relación entre democracia, ciudadanía y educación. El presente trabajo, sin embargo, no se centra tanto en la base deweyana de Lipman -cosa que ha sido fructuosamente explorada-, como en la particular articulación que Lipman hace de aquellas nociones para su propuesta de Filosofía para Niños. El modo en que nuestro autor configura la Comunidad de Investigación y Cuestionamiento pone a la Filosofía en un lugar central, pero paradójicamente secundario. Es decir, en la CI la Filosofía se articula con la “democracia como investigación” de tal manera que el rango de posibilidades que le queda a la Filosofía es limitado. Creemos que uno de los factores principales de esta limitación es la concepción deliberacionista del diálogo en la CI. Esto es lo que intentaremos desentrañar aquí, como paso inicial de un trabajo que requerirá sucesivas exploraciones.<hr/>abstract Dialogue has a central role in Matthew Lipman's program of Philosophy for Children. It is as much the central activity of the Community of Inquiry (CI), as it is the anchor of philosophy. Our interest here is to review in what sense the CI’s deliberation is philosophical. In Lipman's work, Dewey's influence leads to a certain conception of and relationship between democracy, citizenship and education. This article, however, does not focus so much on Lipman’s Deweyan base -which has already been fruitfully explored- as on the particular articulation that Lipman makes of these ideas for his proposal of Philosophy for Children. The way in which our author configures the Community of Inquiry puts Philosophy in a central, but paradoxically secondary, place. That is, in the CI, Philosophy is articulated with the "democracy as inquiry" in such a way that the scope of possibilities left to Philosophy is limited. We believe that one of the main factors in this limitation is the deliberationist conception of dialogue in the CI. This is what we will try to unravel here, as an initial step in a work that will require successive additional explorations.<hr/>resumo O diálogo ocupa um lugar central no programa Filosofia para Crianças de Matthew Lipman. É tanto a atividade central da Comunidade de Investigação e Questionamento (CI) quanto o ponto de ancoragem da filosofia. Nosso interesse aqui é rever em que sentido a deliberação no CI é filosófica. Nas produções de Lipman a influência de Dewey se traduz em uma certa concepção e relação entre democracia, cidadania e educação. O presente trabalho, no entanto, não se concentra tanto na base deweyana do Lipman - que já foi explorada de forma proveitosa -, como na articulação particular que Lipman fez dessas noções para sua proposta de Filosofia para Crianças. A maneira pela qual nosso autor configura a Comunidade de Investigação coloca a Filosofia em um lugar central, mas paradoxalmente secundário. Isto é, na CI a Filosofia é articulada com a "democracia como investigação" de tal maneira que a gama de possibilidades que resta para a Filosofia é limitada. Acreditamos que um dos principais fatores dessa limitação é a concepção deliberacionista do diálogo na CI. É isso que tentaremos desembaraçar aqui, como um passo inicial em um trabalho que exigirá sucessivas explorações. <![CDATA[A filosofia com crianças como experiência transformadora. Uma proposta em organizações sem fins lucrativos]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872019000101119&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt resumen Son evidentes los beneficios que supone la implementación de la metodología de Filosofía en Niños; sin embargo, un énfasis excesivo en las habilidades de pensamiento crítico provoca debilidades en su aplicación en grupos en riesgos de exclusión social. Éstos precisan una transformación profunda y no sólo una mejor forma de pensar. Esto es debido a la disonancia cognitiva provocada cuando sólo se trabaja con dimensiones discursivas: los participantes de las sesiones pueden aprender a dar buenas respuestas sin que esto se materialice más allá de las reuniones filosóficas. Un modo de enfrentar esta limitación consiste en diseñar una razón experiencial, inscrita, parcialmente, en el pensamiento cuidadoso de Mathew Lipman (2003, PP. 261-270). Si la experiencia de vida determina la construcción identitaria de los niños (Romano, 2012; Nishida, 1995; Zambrano, 1995), es crucial indagar en su significado y en cómo se articula. Por tanto, una Filosofía con Niños Experiencial, foco de este trabajo, no se centra exclusivamente en el trabajo discursivo arraigado en el pensamiento crítico. De hecho, se funda en tres pilares: (1) la creación de ejercicios experienciales, (2) el fomento de disposiciones que incentive la capacidad transformadora de éstos y (3) el diseño de escenarios y metáforas experienciales que fomenten la consecución de las verdades transformadoras. Este trabajo describe las limitaciones del abordaje cognitivo del trabajo filosófico con niños, resume las bases de la experiencialidad y añade un breve anexo del trabajo emprendido en la Universidad de Sevilla en algunas Asociaciones sin ánimo de lucro como el Proyecto Maparra de Cáritas.<hr/>abstract The benefits of implementing the methodology of Philosophy for/with Children are clear. Nevertheless, an excessive emphasis on critical thinking skills weakness its application in groups at risk of social exclusion. These groups require a profound transformation and not just a better way of thinking. This is due to the cognitive dissonance provoked when one only works with discourse: session participants can learn to give good answers without becoming able to apply them outside of philosophical settings. One way to address this limitation is to design an experiential reason, something described, in part, by Mathew Lipman (2003, pp. 261-270). If life experience determines children’s identity construction (Romano, 2012; Nishida, 1995; Zambrano, 1995), it is crucial to investigate its meaning and how it is articulated. Therefore, an Experiential Philosophy with Children, the topic of this paper, does not focus exclusively on the discursive work rooted in critical thinking. Rather, it is based on three pillars: (1) the creation of experiential exercises, (2) the promotion of provisions that encourage the transformative capacity of these exercises, and (3) the design of experiential scenarios and metaphors that promote the attainment of transformative truths. This article describes the limitations of the cognitive approach of philosophical work with children, summarizes the bases of experientiality, and adds a brief appendix on the work done at the University of Seville in non-profit associations like the Maparra Project of Caritas.<hr/>resumo Os benefícios da implementação da metodologia de Filosofia com/para Crianças são evidentes; no entanto, uma ênfase excessiva nas habilidades de pensamento crítico provoca fragilidades em sua aplicação em grupos em risco de exclusão social. Essas pessoas requerem uma transformação profunda, e não apenas uma maneira melhor de pensar. Este problema se deve à dissonância cognitiva provocada quando se trabalha apenas com dimensões discursivas: os participantes das sessões podem aprender a dar boas respostas sem que isso se materialize fora dos encontros filosóficos. Uma maneira de lidar com essa limitação é projetar uma razão experiencial, parcialmente inscrita no pensamento cuidadoso de Mathew Lipman (2003, pp. 261-270). Se a experiência da vida determina a construção identitária das crianças (Romano, 2012; Nishida, 1995; Zambrano, 1995), é crucial investigar seu significado e como ela se articula. Portanto, uma Filosofia Experiencial com Crianças, foco deste artigo, não se concentra exclusivamente no trabalho discursivo enraizado no pensamento crítico. Ela é baseada em três pilares: (1) a criação de exercícios experimentais, (2) a promoção de disposições que incentivem o poder transformador destes e (3) o desenho de cenários e metáforas experimentais que promovam a obtenção de verdades transformadoras. Este artigo descreve as limitações da abordagem cognitiva do trabalho filosófico com crianças, resume as bases da experiencialidade e acrescenta um breve anexo sobre o trabalho realizado na Universidade de Sevilha em algumas associações sem fins lucrativos, tal como o Projeto Maparra de Cáritas. <![CDATA[A Infância No Cinema De Abbas Kiarostami]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872019000102200&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumo O presente artigo devota-se a descrever e analisar o endereçamento à infância em algumas obras cinematográficas de Abbas Kiarostami. Para tanto, a argumentação volta-se inicialmente à contextualização da Revolução Iraniana de 1979, responsável pelo fim do regime monárquico do Xá Reza Pahlavi, que tinha a laicidade e a modernidade como motes, e pelo o início da República Islâmica do Irã, centrada na figura do Aiatolá Khomeini e apoiada na tradição islâmica. Nesse cenário, destaca-se o papel do Instituto para o Desenvolvimento Cultural da Criança e do Adolescente, referido como Kanun. Fundado com o propósito de criar obras de cunho educativo durante o regime do Xá, o Kanun foi de fundamental importância para a produção artístico-cultural do país, tanto antes quanto depois da Revolução. Especialmente, seu departamento de cinema, no qual vários cineastas iniciaram suas carreiras (entre eles, Kiarostami, o primeiro diretor do departamento), é considerado o berço do movimento reconhecido como o Novo Cinema Iraniano. Assim, o presente trabalho debruça-se sobre as narrativas acerca da infância presentes em tais filmes, considerando a ambiência pós-revolucionária e, presumidamente, a tarefa de construção de um novo sujeito histórico a partir de um marco outro para a infância. Mais especificamente, o trabalho oferece uma análise articulada de seis obras cinematográficas de Kiarostami produzidas no período de 1970 a 1989. Em todas elas é possível testemunhar uma interrogação sobre a posição das crianças naquele contexto societário. Após uma discussão sobre o uso de filmes como fonte investigativa, apresentam-se três movimentos argumentativos identificados em tais obras, intitulados respectivamente: a criança à margem da sociedade; a criança no centro da sociedade; e a criança da revolução. Ao final das discussões, propõe-se que o cinema de Kiarostami consistiu em um ponto de inflexão das modalidades de veridicção-subjetivação ali correntes. Tratava-se, assim, em um tipo peculiar de exercício ético-político, por meio de uma experimentação narrativa que se valia do universo infantil como ocasião de prospecção dos ideais do processo revolucionário.<hr/>Resumen Este artículo se dedica a describir y analizar el acercamiento a la infancia en algunas obras cinematográficas de Abbas Kiarostami. Para eso, la argumentación se volvió inicialmente a la contextualización de la Revolución Iraní de 1979, responsable del fin del régimen monárquico del Sha Reza Pahlavi, que tenía la laicidad y la modernidad como motes, y del inicio de la República Islámica de Irán, centrada en la figura del ayatolá Jomeini y apoyada en la tradición islámica. En ese escenario, se destaca el papel del Instituto para el Desarrollo Cultural del Niño y del Adolescente, referido como Kanun. Fundado con el propósito de crear obras de cuño educativo durante el régimen del Sha, el Kanun fue de fundamental importancia para la producción artístico-cultural del país, tanto antes como después de la Revolución. Especialmente, su departamento de cine, en el que varios cineastas iniciaron sus carreras (entre ellos, Kiarostami, el primer director del departamento), es considerado la cuna del movimiento reconocido como el Nuevo Cine Iraní. Así, este trabajo se centra en las narrativas acerca de la infancia presentes en tales películas, considerando el ambiente post-revolucionario y, presumiblemente, la tarea de construir un nuevo sujeto histórico desde otro marco para la infancia. Más específicamente, el trabajo ofrece un análisis articulado de seis obras cinematográficas de Kiarostami producidas en el período de 1970 a 1989. En todas ellas es posible testificar una interrogación sobre la posición de los niños en ese contexto societario. Tras una discusión sobre el uso de películas como fuente investigativa, se presentan tres movimientos argumentativos identificados en tales obras, titulados respectivamente: el niño al margen de la sociedad; el niño en el centro de la sociedad; y el niño de la revolución. Al final de las discusiones, se propone que el cine de Kiarostami consiste en un punto de inflexión de las modalidades de veridicción- subjetivación allí corrientes. Se trataba, así, de un tipo peculiar de ejercicio ético-político, por medio de una experimentación narrativa que se valía del universo infantil como ocasión de prospección de los ideales del proceso revolucionario.<hr/>Abstract The present article dedicates itself to describe and analyze the addressing to childhood in some of Abbas Kiarostami’s films. In order to do so, the argument is initially focused on the context of the Iranian Revolution of 1979, responsible for the end of the monarchic regime of Shah Reza Pahlavi, who had secularity and modernity as mottoes, and for the beginning of the Islamic Republic of Iran, centered on the figure of Ayatollah Khomeini and supported in the Islamic tradition. In this scenario, an important role was played by the Institute for the Cultural Development of Children and Adolescents, referred to as Kanun. Founded with the intention of creating educational material during the Shah's regime, the Kanun was fundamental for the artistic-cultural production of that country, both before and after the Revolution. Especially, its cinema department, in which several filmmakers started their careers (among them, Kiarostami, the first director of the department), is considered the birthplace of the movement known as New Iranian Cinema. Thus, this work operates on the narratives about childhood present in such films, considering the post-revolutionary scenario and, presumably, the founding of a new historical subject based in another framework for childhood. More specifically, the work offers an analysis articulating six of Kiarostami’s films produced from 1970 to 1989. In all of them it is possible to witness an inquiry about the position of children in that society. After a discussion about the use of films as an investigative source, three argumentative movements identified in such works are presented, entitled respectively: the child on the margins of society; the child at the center of society; and the child of the revolution. At the end of the discussions, we propose that Kiarostami’s cinema consists of an inflection point on the modalities of veridiction and subjectivation therein, i.e., a peculiar type of ethical-political struggle, through a narrative experimentation that used children's universe as an occasion to explore the ideals of the revolutionary process. <![CDATA[Por que piaget não filosofa? Discussão crítica de gareth b. Matthews com o conceito de desenvolvimento cognitivo de piaget]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872019000102201&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt abstract This article is devoted to criticizing the Piagetian theory of intellectual development made by Gareth B. Matthews (1929-2011). This American philosopher analyzes Piaget's (1896-1980) ideas from the perspective of the question about the meaning and the possibility of philosophizing with children. The discussion between Matthews and Piaget may also be interesting today because the theory of cognitive development has shaped modern education and can be seen as a factor preserving the skeptical approach to children's philosophy. In this paper have been reconstructed and interpreted Matthews' arguments, who consistently and systematically proves that Piaget misunderstood the phenomenon of children's philosophy. Speaking of child’s philosophizing, Matthews is referring to children's tendency to ask philosophically significant questions, the ability to problematize experience, the specific attitude of children towards the world, and to notice the problems that great philosophers have been dealing with for centuries. All these observable features of children's thinking were interpreted by Piaget as intellectual deficits. Matthews argues against this interpretation. The discussion concerns such issues as the problem of determining the criterion of intellectual maturity, the importance of creativity and fantasy in thinking, the development of concepts and language skills and the related differences between children's and adults' language use. The analysis of the criticism of the Piagetian theory of cognitive development leads to the conclusion that child psychology needs some openness to this aspect of children's thought that Piaget ignores. There is still an important task for psychologists and philosophers to better understand the child's philosophizing phenomenon.<hr/>resumen Este artículo está dedicado a la crítica de la teoría del desarrollo intelectual de Piaget, realizada por Gareth B. Matthews (1929-2011). Este filósofo estadounidense analiza los conceptos de Piaget (1896-1980) desde la perspectiva de la pregunta sobre el significado y la posibilidad de filosofar con niños y niñas. La discusión de Matthews con Piaget también puede ser interesante hoy en día debido al hecho de que la teoría del desarrollo intelectual en etapas ha dado forma a la educación moderna y es un factor que consolida el enfoque escéptico de la filosofía de niñas y niños. Este artículo reconstruye e interpreta los argumentos de Matthews, que demuestran de manera consistente y sistemática que Piaget no entendió el fenómeno de la filosofía infantil. Hablando del filosofar infantil, Matthews se refiere a la tendencia de los niños a formular preguntas filosóficamente significativas, a notar los problemas que los grandes filósofos han estado tratando durante siglos, la actitud específica de niñas y niños hacia el mundo y su capacidad de problematizar la experiencia. Todas estas características observables del pensamiento de niñas y niños fueron interpretadas por Piaget como déficits intelectuales. Matthews argumenta en contra de tal interpretación. La discusión se refiere a cuestiones tales como: el problema de determinar el criterio de la madurez intelectual, la importancia de la creatividad y la fantasía en el pensamiento, el desarrollo de conceptos y habilidades lingüísticas y las diferencias entre el uso del lenguaje por parte de niños y adultos. El análisis de la crítica de la teoría del desarrollo intelectual de Piaget lleva a la conclusión de que la psicología infantil necesita cierta apertura a este aspecto del pensamiento de niñas y niños, ignorado por Piaget. Todavía hay una tarea importante para que psicólogos y filósofos comprendan mejor el fenómeno del filosofar infantil.<hr/>resumo Este artigo é direcionado a criticar a teoria piagetiana do desenvolvimento intelectual elaborada por Gareth B. Matthews (1929-2011). Este filósofo americano analisa as ideias de Piaget (1896-1980) de uma perspectiva da questão sobre o significado e a possibilidade de filosofar com crianças. A discussão entre Matthews e Piaget pode parecer interessante hoje porque a teoria do desenvolvimento cognitivo tem moldado a educação moderna e pode ser vista como um fator de perpetuação de posturas céticas diante da filosofia para crianças. Neste artigo, os argumentos de Matthews foram reconstituídos e interpretados, provando consistente e sistematicamente que Piaget não compreendeu o fenômeno da filosofia das crianças. Falando do filosofar das crianças, Matthews está se referindo à tendência das crianças de perguntar questões filosoficamente significativas, à habilidade de problematizar a experiência, à atitude específica das crianças para com o mundo e a notar os problemas que grandes filósofos têm lidado por séculos. Todas essas capacidades observáveis do pensamento das crianças foram interpretadas por Piaget como déficit intelectual. Matthews argumenta contra esta interpretação. A discussão enquadra estas questões como sendo um problema de determinação do critério de maturidade intelectual, de importância da criatividade e da fantasia no pensamento, de desenvolvimento de conceitos e de habilidades linguísticas e de diferenças entre o uso da linguagem entre crianças e adultos. A análise das críticas da teoria piagetiana do desenvolvimento cognitivo leva à conclusão que a psicologia infantil precisa de abertura a este aspecto do pensamento das crianças que Piaget ignora. Há ainda uma importante tarefa para psicólogos/as e filósofos/as em melhor entender o fenômeno do filosofar por parte de crianças. <![CDATA[Partir da infância ou a <em>arché</em> do pensamento]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872019000102202&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt resumo Desde o lugar de nascimento da infância, este texto busca, através de Giorgio Agamben (2005), Heráclito (fragmento B52) e Paulo Freire (1982; 1986; 2001; 2015), elucidar a coexistência entre infância e tempo. Esses autores contribuem em pensar que a infância, seja ela cronológica ou não, é uma inspiração sem a qual impossibilita-nos a inventividade seja em relação à historia, à filosofia e à educação. Desse modo, trabalha com a hipótese de que infância e tempo são indefiníveis conceitualmente e diluidoras da ideia de estabilidade, a qual escapa à compreensão de continuidade, uma vez que ela não é um acontecimento absoluto. É nesse sentido que o presente texto parte da leitura de que a infância é, fundamentalmente, condição de existência da história da humanidade, o que torna possível a passagem da língua ao pensamento e, com isso, provoca inventividade para todo estado de coisas. Para pensar a infância que está em questão neste texto, consideramos uma certa experiência do tempo diferente da experiência tradicional, fruto de uma compreensão concebida como cronologia e acabamento, presente nas diversas leituras feitas da infância. Ao colocarmos esses apontamentos, algumas perguntas impõem-se: existe algo como uma infância do pensamento? A insistência com a infância é uma forma de não renunciar a um novo conceito de experiência infantil com o tempo?<hr/>resumen Desde el lugar de nacimiento de la infancia, este texto busca, a través de Giorgio Agamben (2005), Heráclito (fragmento B52) y Paulo Freire (1986; 2001; 2015), elucidar la coexistencia entre infancia y tiempo. Estos autores contribuyen en pensar que la infancia, sea ella cronológica o no, es una inspiración sin la cual nos imposibilita la inventiva tanto en relación a la historia, a la filosofía ya la educación. De este modo, el texto trabaja con la hipótesis de que la infancia y el tiempo son indefinibles conceptualmente y diluyentes de la idea de estabilidad, la cual escapa a la comprensión de continuidad, ya que no es un acontecimiento absoluto. Es en este sentido que el presente texto parte de la lectura de que la infancia es, fundamentalmente, condición de existencia de la historia de la humanidad, lo que hace posible el paso de la lengua al pensamiento y, con eso, provoca la inventiva para todo estado de cosas. Para pensar la infancia que está en cuestión en este texto, consideramos una cierta experiencia del tiempo diferente de la experiencia tradicional, fruto de una comprensión concebida como cronología y terminación, presente en las diversas lecturas hechas de la infancia. Al colocar esos apuntes, algunas preguntas se imponen: ¿existe algo como una infancia del pensamiento? ¿La insistencia con la infancia es una forma de no renunciar a un nuevo concepto de experiencia infantil con el tiempo?<hr/>summary From the birthplace of childhood, this text seeks, through Giorgio Agamben (2005), Heraclitus (fragment B52) and Paulo Freire (1982, 1986, 2001, 2015), to elucidate the coexistence between childhood and time. These authors contribute to the idea that childhood, be it chronological or not, is an inspiration without which it is impossible for us to be inventive in relation to history, philosophy and education. In this way, it works with the hypothesis that childhood and time are conceptually indefinable and dilutive of the idea of stability, which escapes the understanding of continuity, since it is not an absolute event. In this sense, the present text starts from the reading that childhood is fundamentally a condition of existence of human history, which makes it possible to move the language to thought and, thereby, causes inventiveness for the whole state of affairs. To think about the childhood that is at issue in this text, we consider a certain experience of time different from the traditional experience, the result of an understanding conceived as chronology and finishing, present in the various readings made from childhood. As we put these notes, some questions are asked: is there something like a childhood of thought? Is insistence on childhood a way of not giving up a new concept of childhood experience over time? <![CDATA[Sobre a relevância da neurociência cognitiva para a comunidade de investigação]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872019000102203&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract Community of inquiry is most often seen as a dialogical procedure for the cooperative development of reasonable approaches to knowledge and meaning. This reflects a deep commitment to normatively based reasoning that is pervasive in a wide range of approaches to critical thinking and argument, where the underlying theory of reasoning is logic driven, whether formal or informal. The commitment to normative reasoning is deeply historical reflecting the fundamental distinction between reason and emotion. Despite the deep roots of the distinction and its canonization in current educational thought contemporary cognitive neuroscience presents a fundamental challenge to the viability of the distinction and thus to any effort that sees education for reasonable judgment to be based on the remediation of cognition in isolation from its roots in the emotions. Cognitive neuroscience looks at the deep connections between emotion and memory, information retrieval and resistance to refutation. This conforms with earlier studies in experimental psychology, which showed resistance to changing beliefs in the face of evidence, including evidence based on personal experience. This paper will look at the recent research including speculations from neurological modeling that shows the depth of connection between, emotions, memory and reasoning. It will draw implications for dialogic thinking within a community of inquiry including systematic self-reflection as an essential aspect of critical thinking.<hr/>resumen La comunidad de investigación se ve a menudo como un procedimiento dialógico para el desarrollo cooperativo de enfoques razonables de conocimiento y significado. Esto refleja un profundo compromiso con el razonamiento normativo que está presente en una amplia gama de enfoques del pensamiento y el argumento crítico, donde la teoría subyacente del razonamiento se basa en la lógica, ya sea formal o informal. El compromiso con el razonamiento normativo es profundamente histórico y refleja la distinción fundamental entre la razón y la emoción. A pesar de las profundas raíces de la distinción y su canonización en el pensamiento educativo actual, la neurociencia cognitiva contemporánea presenta un desafío fundamental a la viabilidad de la distinción y, por lo tanto, a cualquier esfuerzo que considere que la educación para un juicio razonable se base en la remediación de la cognición aisladamente de su raíces en las emociones La neurociencia cognitiva analiza las conexiones profundas entre la emoción y la memoria, la recuperación de información y la resistencia a la refutación. Esto se ajusta a estudios anteriores en psicología experimental, que mostraron resistencia a las creencias cambiantes frente a la evidencia, incluida la evidencia basada en la experiencia personal. Este texto analizará la investigación reciente que incluye especulaciones de modelos neurológicos que muestran la profundidad de la conexión entre las emociones, la memoria y el razonamiento. Dibujará implicaciones para el pensamiento dialógico dentro de una comunidad de investigación que incluya la autorreflexión sistemática como un aspecto esencial del pensamiento crítico.<hr/>resumo A comunidade de investigação é mais freqüentemente vista como um procedimento dialógico para o desenvolvimento cooperativo de abordagens razoáveis ​​de conhecimento e significado. Isso reflete um profundo compromisso com o raciocínio normativamente fundamentado que é difundido em uma ampla gama de abordagens para o pensamento e o argumento críticos, em que a teoria subjacente do raciocínio segue a lógica, formal ou informal. O compromisso com o raciocínio normativo é profundamente histórico, refletindo a distinção fundamental entre razão e emoção. Apesar das raízes profundas da distinção e de sua canonização no pensamento educacional atual, a neurociência cognitiva contemporânea apresenta um desafio fundamental à viabilidade da distinção e, portanto, a qualquer esforço que considere a educação como um juízo razoável baseada na remediação da cognição isolada das suas raízes nas emoções. A neurociência cognitiva analisa as conexões profundas entre emoção e memória, recuperação da informação e resistência à refutação. Isso está de acordo com estudos anteriores em psicologia experimental, que mostraram resistência à mudança de crenças em face de evidências, incluindo evidências baseadas em experiências pessoais. Este artigo examinará a pesquisa recente, incluindo especulações de modelagem neurológica que mostra a profundidade da conexão entre emoções, memória e raciocínio. Ele vai trazer implicações para o pensamento dialógico dentro de uma comunidade de investigação, incluindo a auto-reflexão sistemática como um aspecto essencial do pensamento crítico. <![CDATA[Por que as crenças e valores de professores e professoras são importantes na pesquisa em filosofia para crianças (fpc): uma perspectiva australiana]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872019000102204&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt abstract This paper argues that there is a gap in current research in Philosophy for Children (P4C) that focusses on teachers’ perspectives, and particularly in relation to their beliefs and values. This paper will look briefly at what P4C is and its current status in the sphere of education broadly, including empirical studies identifying specific and measurable benefits for the inclusion of P4C in schools. This paper will then discuss recent systemic educational reforms in the State of Victoria in Australia that build towards the inclusions of P4C within Victorian government schools. It will then move on to exploring how teachers’ perspectives, through analyses of their beliefs and values, adds significant value in education by comparing similar studies in other areas of education that have used research on the beliefs and values of teachers to inform their practice and policy implementations. This paper also explores the importance of teachers’ beliefs and values specifically in the context of P4C, identifying the contribution that an analysis of teacher beliefs and values can make. It then concludes by analysing some recent P4C research which has begun to explore teachers’ perspectives, before finishing with future research directions that build on these previous studies which will lay important groundwork for extending the reach of P4C into education systems.<hr/>resumo Este artigo argumenta que há uma lacuna nas recentes pesquisas em Filosofia para Crianças (P4C) que focam nas perspectivas dos professores e professoras, particularmente em relação a suas crenças e valores. Este artigo debruça-se brevemente sobre o que FpC é e sobre seu atual estatuto na esfera da educação mais amplamente concebida, incluindo estudos empíricos que identificam benefícios específicos e mensuráveis para a inclusão de FpC nas escolas. Este artigo discutirá recentes reformas educacionais sistêmicas no Estado de Victoria, Austrália, que visam a inclusão da FpC em escolas públicas de Victoria. Em seguida, o artigo explora como as perspectivas de professores e professoras, através de análises de suas crenças e valores, acrescentam valor significativo na educação comparando estudos semelhantes em outras áreas da educação que usaram pesquisas sobre crenças e valores dos professores e das professoras para informar suas práticas e a implementação de políticas públicas. O artigo também explora a importância das crenças e valores das professoras e professores, especialmente no contexto da FpC, identificando a contribuição que uma análise dessas crenças e valores pode ter. Ele conclui, então, analisando recentes pesquisa em FpC que começaram a explorar as perspectivas de professoras e professores antes de encerrar com direções futuras de pesquisa que se apoiam nestes estudos anteriores que estabelecem importantes bases para estender o alcance da FpC nos sistemas de educação.<hr/>resumen Este texto sostiene que existe una brecha en la investigación actual en Filosofía para niños (FpN) que se centra en las perspectivas de los docentes, y particularmente en relación con sus creencias y valores. Este artículo analizará brevemente qué es FpN y su estado actual en el ámbito de la educación en general, incluidos los estudios empíricos que identifican beneficios específicos y medibles para la inclusión de FpN en las escuelas. Este texto luego discutirá las recientes reformas educativas sistémicas en el estado de Victoria en Australia que se desarrollan para favorecer inclusiones de FpN dentro de escuelas públicas en Victoria. Luego continuará explorando cómo las perspectivas de los docentes, a través del análisis de sus creencias y valores, agregan un valor significativo en la educación al comparar estudios similares en otras áreas de la educación que han utilizado la investigación sobre las creencias y valores de los docentes para informar su práctica y las implementaciones de políticas públicas. Este artículo también explora la importancia de las creencias y valores de maestros específicamente en el contexto de FpN, identificando la contribución que puede hacer un análisis de las creencias y valores de maestros y maestras. Luego concluye con el análisis de algunas investigaciones recientes de FpN que han comenzado a explorar las perspectivas de los docentes, antes de terminar con direcciones para futuras investigaciones que se basan en estos estudios previos que sentarán una base importante para extender el alcance de FpN a los sistemas educativos. <![CDATA[Corpo, técnica e jogo na infância: notas da teoria crítica de theodor w. Adorno]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872019000102205&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract The article presents considerations about childhood in Critical Theory of Theodor Adorno, focusing on the reflections about the body, technique and game that mark childhood as another reason. Childhood is portrayed by Adorno as a place of the first utopias, the longed for and always uninhabited homeland that becomes false to any rescue attempt, but illuminates the desire once experienced in a game with body and thought, dream and reality, the experience of another order of reason that feeds the memory of the animal nature of the human, without, however, being exempt from the dominant historical forces that affect the processes of subjectivation. Such reflections start from writings of Adorno and from what his dialogues with interlocutors, such as Walter Benjamin, Freud and Huizinga, can elicit in the analysis of the theme. In a second movement of the text, to understand the limits and potentialities of the current dynamics of technology-mediated play, we have taken as an example some studies about the virtual reality, especially of electronic games in opposition to Huizinga's theory about the character sacred in the game. Conjectures about how contact with reality is already damaged in childhood by the relationship with technology, establishing the search for immediate satisfaction, can reveal the quality of attention that children receive in educational processes and provide clues about the growing manifestation of socio-affective disorders, which culminates in the preference to dispose of the time and the body to the electronic jokes to the detriment of the real contact with the other children.<hr/>Resumo O artigo apresenta considerações acerca da infância na Teoria Crítica de Theodor Adorno, com foco nas reflexões acerca do corpo, da técnica e do jogo que marcam a infância comoum outroda razão. A infância é retratada por Adorno como um lugar das primeiras utopias, a pátria ansiada e, desde sempre inabitada, que se torna falsa a qualquer tentativa de resgate, mas ilumina o desejo outrora experimentado num jogo com o corpo e o pensamento, o sonho e a realidade, a experiência de outra ordem da razão que alimenta a memória da natureza animal do humano, sem, contudo, estar isenta das forças históricas dominantes que incidem sobre os processos de subjetivação. Tais reflexões partem de escritos de Adorno e daquilo que seus diálogos com interlocutores, como Walter Benjamin, Freud e Huizinga, podem suscitar na análise do tema. Num segundo movimento do texto, para a compreensão dos limites e potencialidades da dinâmica atual da brincadeira mediada pela tecnologia, tomou-se como exemplo alguns estudos acerca da realidade virtual, em especial, dos jogos eletrônicos em contraposição com a teoria de Huizinga sobre o caráter sagrado no jogo. Conjecturas sobre como o contato com a realidade está danificado já na infância pela relação com a tecnologia, estabelecendo a busca por satisfação imediata, podem revelar a qualidade da atenção que as crianças recebem nos processos educativos e dar pistas sobre a crescente manifestação de transtornos sócio afetivos, que culminam na preferência por dispor o tempo e o corpo às brincadeiras eletrônicas em detrimento do contato real com as outras crianças.<hr/>Resumen El artículo presenta consideraciones acerca de la infancia en la Teoría Crítica de Theodor Adorno, con foco en las reflexiones acerca del cuerpo, de la técnica y del juego que marcan la infancia como otro de la razón. La infancia es retratada por Adorno como un lugar de las primeras utopías, la patria ansiada y, desde siempre inhabitada, que se vuelve falsa a cualquier intento de rescate, pero ilumina el deseo antaño experimentado en un juego con el cuerpo y el pensamiento, el sueño y la realidad, la experiencia de otro orden de la razón que alimenta la memoria de la naturaleza animal de lo humano, sin embargo, dejar exento las fuerzas históricas dominantes que inciden sobre los procesos de subjetivación. Tales reflexiones parten de escritos de Adorno y de lo que sus diálogos con interlocutores, como Walter Benjamin, Freud y Huizinga, pueden suscitar en el análisis del tema. En un segundo movimiento del texto, para la comprensión de los límites y potencialidades de la dinámica actual del juego mediado por la tecnología, se tomaron como ejemplo algunos estudios acerca de la realidad virtual, en especial, de los juegos electrónicos en contraposición con la teoría de Huizinga sobre el carácter sagrado en el juego. Conjeturas sobre cómo el contacto con la realidad está dañado ya en la infancia por la relación con la tecnología, estableciendo la búsqueda por satisfacción inmediata, pueden revelar la calidad de la atención que los niños reciben en los procesos educativos y dar pistas sobre la creciente manifestación de trastornos socio afectivos, que culminan en la preferencia por disponer el tiempo y el cuerpo a los juegos electrónicos en detrimento del contacto real con los otros niños. <![CDATA[um menino no mundo]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872019000102206&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt resumo O presente trabalho é fruto de encontros com o Cinema, na Disciplina de Atividades Culturais, componente curricular do curso de formação de professores da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense. O objetivo consistiu em produzir Experiências Estéticas com as imagens-movimento da linguagem cinematográfica, para além das usuais formas didatizantes e utilitaristas de exemplificar conteúdos disciplinares. Apostamos na potência das imagens-movimento se constituírem Imagens-afecção, dispositivo estético acionador de relações entre pensamento e linguagem, de modo a contribuir para uma pausa no tempo, possibilitando tempo para olharmos, com mais cuidado, as condições existenciais históricamente constituídas no mundo contemporâneo. Enfim, foi através do cinema como dispositivo sócio analítico e recurso metodológico na formação de estudantes de graduação em licenciaturas, que resultou esse artigo. A produção escolhida é um longa metragem de animação cuja história se desvela sob o olhar de uma criança diante da descoberta de um mundo contaminado pelas adversidades produzidas pelo contexto capitalista. Como suporte teórico nos debruçamos em autores que analisam o modelo político e socioeconômico capitalista e seus efeitos sobre a condição humana. Através de O Menino e o mundo, aluna e professora, procuram travar conversações a respeito de suas diferentes, mas por isso mesmo potentes, concepções acerca do campo educacional, do mundo do trabalho, do consumismo e da alienação decorrente dos atuais modos de produção. Vale enfatizar que o artigo em si, é resultante da abordagem metodológica da disciplina.<hr/>abstract This paper is the result of encounters with cinema in a course entitled Cultural Activities, a required class in the undergraduate education program of the School of Education at Brazil’s Fluminense Federal University. The goal was to produce aesthetic experiences with the moving images of cinematic language that would go beyond the usual didactic and utilitarian ways of exemplifying course content. We counted on the power of moving images to produce affective images, an aesthetic device that drives the relation between thought and language, thereby contributing to a pause in time, thereby allowing us the opportunity to examine more carefully the existential human condition as historically constituted in the world today. This paper was thus the result of using cinema as a tool of social analysis and a methodological resource for the training of undergraduate education students. The cinematic artifact presented here is an animated feature whose story unfolds through the eyes of a child confronting a world tainted by the misfortunes of capitalism. For theoretical support, we focus on authors who analyze the capitalist political and socioeconomic model and its effects on the human condition. Through O menino e o mundo, a student and teacher share their different, but nonetheless powerful, ideas about the field of education, work, and the consumerism and alienation that result from current modes of production. It is particularly important to emphasize that the paper itself is a byproduct of the methodological approach of the course.<hr/>resumen El presente trabajo es fruto de encuentros con el Cine, en la Disciplina de Actividades Culturales, componente curricular del curso de formación de profesores de la Facultad de Educación de la Universidad Federal Fluminense. El objetivo consistió en producir Experiencias Estéticas con las imágenes-movimiento del lenguaje cinematográfico, además de las usuales formas didatizantes y utilitaristas de ejemplificar contenidos disciplinares. Apostamos en la potencia de las imágenes-movimiento si constituyen imágenes-afección, dispositivo estético accionador de relaciones entre pensamiento y lenguaje, para contribuir a una pausa en el tiempo, posibilitando tiempo para mirar con más cuidado las condiciones existenciales históricamente constituidas en el mundo contemporáneo .En fin, fue a través del cine como dispositivo socio analítico y recurso metodológico en la formación de estudiantes de graduación en licenciaturas, que resultó ese artículo. La producción escogida es un largometraje de animación cuya historia se desvela bajo la mirada de un niño ante el descubrimiento de un mundo contaminado por las adversidades producidas por el contexto capitalista. Como soporte teórico nos inclinamos en autores que analizan el modelo político y socioeconómico capitalista y sus efectos sobre la condición humana. A través de El Niño y el mundo, alumna y profesora, procura frenar conversaciones acerca de sus diferentes concepciones, pero potentes acerca del campo educativo, del mundo del trabajo, del consumismo y de la alienación derivada de los actuales modos de producción. Es importante enfatizar que el artículo en sí, es el resultado del enfoque metodológico de la disciplina. <![CDATA[Pedagogias queer e feminismos rapsódicos em/a partir de valeria flores]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872019000102207&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt resumen Una premisa feminista anima a (des)nombrar¿dónde es aquí?Un desde dónde que no se acota en predicar(le) a/de un sujeto un listado de adjetivos, modificadores o etiquetas de pertenencia; más que de una identidad carente de reconocimiento se trata del acontecer de un emplazamiento político. Posibilidades del decir que hacen que el hacer escuela, el recorrido de una investigación o las derivas de la militancia se vean radicalmente trastocadas. Presentamos las formas en las que el adscribir y el enunciar se anudan a los modos de hacer audibles y visibles como posicionamiento político individual y colectivo por dentro/fuera la escuela. Estas líneas acechan la posición nómade -de val flores-, la localización limitada y específica de un conocimiento situado, precario, itinerante que despliegan una pedagogía antinormativa, animada por una epistemología feminista descentrada del no saber y del no hacer; desde un feminismounder, microfeminismoofeminismo rapsódicodisloca los regímenes de luz, de la modernidad en su encarnadura cartesiana, a los que pretendemos abrir(les) la puerta para jugar a probar. Expulsadas de la zona de concentración lumínica las ignorancias constituyen lo incognoscible, lo ininteligible, lo innominado, para las que se divisan al menos tres rutas: la memoria, el lenguaje, la afectividad.<hr/>abstract A feminist premise encourages to (un)name where is here? A from of where that hasn´t limit in preaching to/from the subject, in a list of adjectives, conditionals or in labels; more than an identity lacking in recognition, it is about the occurrence of a political location. It is about the possibilities of “saying” than can radically disrupt the starting of a movement, the journey of an investigation, or the drifts of militancy. We present here the ways in which “subscribing-to” or “stating” link to the ways of “making-audible and -visible” as an individual or collective political standpoint, inside/outside the movement. These lines stalk the nomadic position-of val flores-, the limited and specific location of a situated, precarious, itinerant knowledge, which deploys an anti-regulatory pedagogy driven by a feminist epistemology, from an “under” feminism, animated by an off-centered feminist epistemology of not knowing and not doing. This is about a rhapsodic feminism that dislocates the regimes of light of modernity in its Cartesian embodiment to play to prove. The ignorances expelled from the area of light concentration are integrated into the remains of the unknown, the unnamed, from there you can see at least three routes: memory, language, affections.<hr/>resumo Uma premissa feminista anima a (des)nomear onde é aqui? Um onde que não se limita em predicar(lhe) a/de um sujeito uma lista de adjetivos, modificadores ou etiquetas de pertencimento; mais que de uma identidade carente de reconhecimento se trata do acontecer de uma localização política. Possibilidades do dizer que fazem que o fazer escola, o percurso de uma investigação ou as derivações da militância se encontrem radicalmente trocadas entre elas. Apresentamos as formas nas quais o subscrever e o enunciar se enrolam com os modos de fazer audíveis e visíveis como posicionamento político, individual e coletivo por dentro/fora da escola. Estas linhas perseguem a posição nômade - de val flores -, a localização limitada e específica de um conhecimento situado, precário, itinerante que se desdobra em uma pedagogia antinormativa, animada por uma epistemologia feminista descentrada do não saber e do não fazer; parte de um feminismo under, microfeminismo oufeminismo rapsódico desloca os regimes de luz, da modernidade em sua encarnação cartesiana, aos que pretendemos abrir(lhes) a porta para jogar e tentar. Expulsas da zona de concentração iluminada, as ignorâncias constituem o incognoscível, o ininteligível, o inominado, para as quais vemos ao menos três rotas: a memoria, a linguagem, a afetividade. <![CDATA[A infância imunizada uma interpretação de <em>o flautista de hamelin</em>]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872019000102208&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt resumen Durante las últimas décadas los estudios sobre la historia de la vida privada han considerado la infancia como una construcción histórica y social donde intervienen elementos culturales, económicos y filosóficos. Partiendo de una interpretación de El Flautista de Hamelin (BROWNING, 2003; BROWNING; PISU, 1980; GRIMM; GRIMM, 2000, 1816) nuestro trabajo intentará analizar las características fundantes de dicha construcción moderna utilizando como clave interpretativa el concepto de communitas del filósofo italiano Roberto Espósito (2003). Valiéndonos de algunos de sus conceptos fundamentales así como también de diversas fuentes modernas y contemporáneas acerca de la leyenda recopilada por los hermanos Grimm, nuestro trabajo mostrará hasta qué punto el relato se encuentra ligado a las transformaciones políticas que dieron origen a la pedagogía y que constituyen lo que Esposito considera como el “proceso inmunitario moderno”(ESPOSITO, 2005): un proceso por medio del cual los individuos se han desligado de los compromisos y los deberes comunitarios que constituían los lazos sociales anteriores al surgimiento de los estados nacionales. Dicho proceso afectaría también a la niñez que a partir del siglo XIX es alterada, aislada y excluida del nexo social que la unía con los adultos hasta ser convertida en lo que conocemos con el nombre de “infancia”. ¿Es posible una relación distinta con la infancia que no margine a los niños de la comunidad? El siguiente trabajo abre el camino a dicha posibilidad.<hr/>resumo Nas últimas décadas, os estudos sobre a história da vida privada tem considerado a infância uma construção histórica e social onde intervêm elementos culturais, econômicos e filosóficos. A partir de uma interpretação de O Flautista de Hamelin (Browning 2003; Browning e Pisu, 1980; Grimm e Grimm, 2000, 1816) nosso trabalho tentará analisar as características fundantes de dita construção moderna, utilizando como chave interpretativa o conceito de communitas do filósofo italiano Roberto Espósito (2003). Valendo-nos de alguns de seus conceitos fundamentais, também de diversas fontes modernas e contemporâneas da lenda recopilada pelos irmãos Grimm, nosso trabalho mostrará até que ponto o relato encontra-se ligado às transformações políticas que deram origem à pedagogia moderna e constituem o que Esposito considera o “processo imunitário moderno” (Esposito, 2005): um processo pelo qual os indivíduos têm-se desligado dos compromissos e deveres comunitários que constituíam os laços sociais anteriores ao surgimento dos estados modernos. Esse processo afetaria também a meninice, que a partir do século XIX foi alterada, isolada e excluída do nexo social, o qual a unia aos adultos até transformar-se no que conhecemos com o nome de infância. É possível uma relação diferente com a infância que não marginalize as crianças da comunidade? O seguinte trabalho abre o caminho a essa possibilidade.<hr/>abstract In recent decades, studies of the history of private life have posited infancy as a social and historical construct in which different cultural, economic, and philosophical elements intervene. Based on an interpretation of “The Pied Pieper of Hamelin” (BROWNING, 2003; BROWNING; PISU, 1980; GRIMM; GRIMM, 2000, 1816), this article analyzes the founding characteristics of modern infancy using as Italian philosopher Roberto Esposito’s concept ofcommunitas (2003). Utilizing both the author’s fundamental notion of the latter and several modern and contemporary bibliographic sources about the legend collected by the Grimm brothers, our paper shows how this tale is connected to political changes that led to contemporary forms of pedagogy and shaped what Esposito calls a “modern immunization process” (ESPOSITO, 2005)--a process whereby individuals are disconnected from the commitments and communal duties of pre-modern, pre-nationalist social bonds. This process also affects childhood, which became, by the end of the 19th century altered, isolated, excluded from social bonds with adults, and converted into what we know as “infancy.” Is a different relation with infancy-one that doesn´t exclude children from the community--possible? This paper seeks to open a path toward this possibility. <![CDATA[Comunidade filosófica de responsáveis: quando pais e mães vão à escola!]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872019000102209&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt abstract Research seems to be explicit on children’s benefit from parental participation in their schooling. The ways in which parents can be involved, though (or however), are not yet apparent. A variety of educational approaches and programs are being tested globally in order to enhance school’s collaboration with families. Through Action Research (AR), the effect of an initiative parental-school engagement has been explored in a kindergarten school in Athens during the 2014-15 and 2015-16 school years. The successful engagement of philosophical practices for the students in previous years exposed the need for adopting the specific tool of Philosophy for Children for the community of parents. Carefully selected stories have been used as a stimulus for raising philosophical questions that were analyzed in depth by parents and teachers. The creation of a philosophical community of inquiry with parents within the school revealed a new horizon of communication and cooperation while also raising respect and empathy among all participants. This research exhibits that when formulating communities of philosophical inquiry with children and adults alike, and within the same environment, meaningful dialogue can be revealed and reinforced among all parts of the school’s community triangle (students, teachers, parents). As a result, an alternative educational approach that strengthens school-family alliance has been unveiled.<hr/>resumo As pesquisas parecem ser explícitas no que toca o benefício da participação dos/das responsáveis na escolarização das crianças. As maneiras pelas quais os pais e mães podem ser envolvidos/as, entretanto, ainda não são evidentes. Uma variedade de abordagens e programas vêm sido testados de forma global com o objetivo de aumentar a colaboração da escola para com as famílias. Através de Pesquisa-Ação, o efeito de uma iniciativa de comprometimento entre pais e mães e a escola foi explorado em uma escola de educação infantil em Atenas durante os anos escolares de 2014-15 e 2015-16. O bem-sucedido compromisso com práticas filosóficas para os/as estudantes em anos passados demonstrou a necessidade de adotar a ferramenta específica da Filosofia para Crianças para a comunidade de pais, mães e responsáveis. Histórias cuidadosamente selecionadas foram utilizadas como estímulo para levantar questões filosóficas, que foram analisadas profundamente por responsáveis e professores/as. A criação de uma comunidade de investigação filosófica com os/as responsáveis na escola revelou um novo horizonte de comunicação e cooperação ao mesmo tempo também aumentando o respeito e a empatia entre todos os participantes. Essa pesquisa mostra que quando se formulam comunidades de investigação filosófica com crianças e adultos em igualdade e dentro do mesmo ambiente, diálogos significativos podem emergir e se fortalecer em todas as partes do triângulo comunitário da escola (alunos/as, professores/as, responsáveis). Como resultado, uma abordagem educacional alternativa que fortalece os laços escola-família pôde ser revelada.<hr/>resumen La investigación muestra el beneficio que trae para los niños y niñas la participación de la familia en su escolarización. Sin embargo, las formas en que la familia puede participar todavía no son evidentes. Una variedad de estrategias y programas educativos están siendo probadas globalmente para mejorar la colaboración entre la escuela y la familia. A través de Action Research, se exploró la efectividad de una iniciativa de cooperación con las familias en una escuela Infantil en Atenas, durante los años escolares 2014-15 y 2015-16. La participación exitosa en las prácticas filosóficas de los estudiantes en años anteriores expuso la necesidad de adoptar la herramienta específica de Filosofía para Niños (y Niñas) en la comunidad de padres, madres y representantes. Las historias, cuidadosamente seleccionadas, se han utilizado como un estímulo para plantear cuestiones filosóficas que fueron analizadas a profundidad por los padres, madres, maestros y maestras. La creación de una comunidad de investigación filosófica con las familias dentro de la escuela, revela un nuevo horizonte de comunicación y cooperación, al tiempo que genera respeto y empatía entre todos los y las participantes. Esta investigación muestra que la construcción de comunidades de investigación filosófica con niños, niñas y adultos de la misma manera, y dentro del mismo entorno, refleja y fortalece el diálogo entre todas las partes del triángulo de la comunidad escolar (estudiantes, maestros-maestras y padres-madres-representantes). Como resultado, se ha revelado un enfoque educativo alternativo que fortalece la alianza entre la escuela y la familia. <![CDATA[Estar à escuta: música e docência na educação infantil]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872019000102210&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt resumo O ensaio aproxima estudos em torno da dimensão poética da linguagem para abordar a relação entre docência na educação infantil e experiência de estar à escuta como modo estésico de coexistir no mundo. A aproximação entre filosofia, artes e educação infantil, desde o encontro entre e música e educação, sublinha que a escuta é o som do sentido e não o sentido do som a ser interpretado. A interlocução com o pensamento de Jean-Luc Nancy, ao permitir afirmar que o sentido sensível suscita o sentido sensato ou inteligível e o faz num movimento constante que não se completa ou finaliza produzindo uma significação ou uma informação, emerge como resistência filosófica ao privilégio do registro teórico fundado na primazia ocidental do modelo óptico. Estar à escuta implica a ressonância como o som do sentido, como profundidade primeira ou última do corpo. A música como jogo entre som e ruído, como produção poética de ordenação de sentidos sonoros provocados pela ressonância - como gesto de escutar a escuta, contribui para interrogar a educação de bebês e crianças pequenas a partir de um corpo que pode brincar com a sonoridade do mundo para viver a poética do barulhar como potência musical de jogar com sons e ruídos. O apetite sonoro das crianças as convocam a barulhar pela estesia de escutar o mundo na pluralidade da coexistência. O gesto de estar à escuta na docência com bebês e crianças pequenas aponta para ações educativas que consideram a experiência constituinte de ressonâncias e reverberações de sentidos imbricamos no som, um sentir se sentir (aisthesis), como partição e partilha das vozes, dos signos, dos gestos, das formas, do sentido sentido e do sentido sensato que nos situam sendo-uns-com-os-outros na coexistência mundana.<hr/>resumen El ensayo aproxima estudios acerca de la dimensión poética del lenguaje para abordar la relación entre docencia en la educación infantil y experiencia de estar a la escucha como modo sensible de coexistir en el mundo. La aproximación entre filosofía, artes y educación infantil, desde el encuentro entre música y educación, destaca que la escucha es el sonido del sentido y no el sentido del sonido a ser interpretado. La interlocución con el pensamiento de Jean-Luc Nancy, al permitir afirmar que el sentido sensible suscita el sentido sensato o inteligible y lo hace en un movimiento constante que no se completa o finaliza produciendo una significación o una información, emerge como resistencia filosófica al privilegio del registro teórico fundado en la primacía occidental del modelo óptico. Estar a la escucha implica la resonancia como el sonido del sentido, como profundidad primera o última del cuerpo. La música como juego entre sonido y ruido, como producción poética de ordenación de los sentidos sonoros provocados por la resonancia -como gesto de escuchar la escucha, contribuye para interrogar la educación de bebés, niños y niñas pequeñas a partir de un cuerpo que puede jugar con la sonoridad del mundo para vivir la poética del hacer ruido como potencia musical del jugar con sonidos y ruidos. El apetito sonoro de los niños y niñas las llama hacer ruidos por la sensibilidad de escuchar el mundo en la pluralidad de la coexistencia. El gesto de estar a la escucha en la docencia con bebés, niños y niñas pequeñas apunta para acciones educativas que consideran la experiencia constituyente de resonancias y reverberaciones de sentidos solapados en el sonido, un sentir sentirse (aisthesis), como participación y intercambio de voces, de signos, de gestos de las formas, del sonido sentido y del sentido sensato que nos sitúan siendo-unos-con-los-otros en la coexistencia mundana.<hr/>summary The essay brings together studies around the poetic dimension of language in order to address the relationship between teaching young children and the listening experience as an aesthetic manner of coexisting in the world. This approximation between philosophy, arts and early childhood education begins with the meeting between music and education, and assumes that what we listen to is the sound that meaning makes, and not the meaning of a sound as an object of interpretation. Our text is inspired by Jean-Luc Nancy, who affirms that the sonorous invokes the sensible, and does so in a constant movement that never finishes producing a meaning. As such, it resists the privilege of the optical model in western theory. Nancy's Being in Listening associates resonance with the sound that the senses make deep in the body. Music as an interplay between sound and noise, as a poetic production, and a resonant organization of sensibility, encourages infants and young children to play with the sonorities of the world, and to live the poetics of noise as a form of empowerment. Children's appetite for the sonorous signifies a hunger for the deeply felt experience--the aesthesia-- of listening to the world in the plurality of coexistence. The gesture of listening with babies and young children is an educational one, which points to the world-constitutive experience of the resonances and reverberations of meaning that inhabit the sonorous. In listening with children, we are imbricated in sound, and experience ourselves as sharing in a sensible, polyphonic ground of voices, signs, gestures, forms and sensibilities, which act to situate us as being-with each other in the world. <![CDATA[Seguindo conceitos da filosofia com crianças na prática de formação de professores]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872019000102211&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt abstract Teacher-student dialogue plays a central role in facilitating the ongoing growth of those engaged in education, particularly dialogue that invites student reflection on the instruction being given and the teacher herself. Dialogue should aid students in articulating self-awareness (conscious or unconscious) regarding their behaviour and learning habits and the learning process and its results at the same time as assessing their quality and the ways in which they may be improved. One of the reasons behind our increasing inability to break down the inherent barrier between teachers and students is due to a lack of engagement in ongoing dialogical reflection as a means of advancing the teaching-learning process within the school. This article offers a theoretical contribution on dialogue in teacher education through the philosophical concepts of a ten years of teacher education program which was designed according to the principals of Philosophy with Children. The program fostered creativity and self-reflective thinking in teacher education and offered dialogical methods. It is based also on six dimensions that are the basis of Philosophy with Children: learning from a place of questions, community of learning that resists the educational hierarchy that boasts of omniscience, coordinator as a participant in the learning process, learning in the real present, legitimization of improvisation as a way of learning, learning as liberating the learner from disciplinary boundaries. All six dimensions view Philosophy with Children as a pedagogy of searching at whose center lies the pursuit of meaning that facilitates personal development-and thus self-direction and capability.<hr/>resumo O diálogo professor-aluno desempenha um papel central em facilitar o crescimento contínuo dos envolvidos na educação, particularmente o diálogo que convida a reflexão do aluno sobre a instrução dada e o próprio professor. O diálogo deve ajudar os alunos a articular a autoconsciência (consciente ou inconsciente) sobre seus comportamentos e hábitos de aprendizagem, o processo de aprendizagem e seus resultados ao mesmo tempo em que avalia sua qualidade e as maneiras pelas quais elas podem ser melhoradas. Uma das razões por trás de nossa crescente incapacidade de romper a barreira inerente entre professores e alunos é devido à falta de engajamento na reflexão dialógica em andamento, como forma de fazer progredir o processo de ensino-aprendizagem na escola. Este artigo oferece uma contribuição teórica sobre o diálogo na formação de professores através dos conceitos filosóficos de um programa de dez anos de formação de professores, elaborado de acordo com os princípios da Filosofia com Crianças. O programa promoveu a criatividade e o pensamento auto-reflexivo na formação de professores e ofereceu métodos dialógicos. Baseia-se também em seis dimensões que são a base da Filosofia com Crianças: aprender a partir de um lugar de perguntas, comunidade de aprendizagem que resiste à hierarquia educacional que se orgulha da onisciência, coordenador como participante do processo de aprendizagem, aprendendo no presente real, legitimação da improvisação como forma de aprender, aprendendo como libertando o aprendiz das fronteiras disciplinares. Todas as seis dimensões veem a Filosofia com Crianças como uma pedagogia da busca em cujo centro está a busca de significado que facilita o desenvolvimento pessoal - e, portanto, o auto-direcionamento e capacidade.<hr/>resumen El diálogo profesor-alumno desempeña un papel central para facilitar el crecimiento continuo de quienes participan en la educación, en particular el diálogo que invita a los alumnos a reflexionar sobre la instrucción que se imparte y la propia maestra. El diálogo debe ayudar a los estudiantes a articular la autoconciencia (consciente o inconsciente) con respecto a su comportamiento y hábitos de aprendizaje y el proceso de aprendizaje y sus resultados al mismo tiempo que evalúa su calidad y las formas en que pueden mejorarse. Una de las razones detrás de nuestra creciente incapacidad para romper la barrera inherente entre maestros y estudiantes se debe a la falta de participación en la reflexión dialógica continua como un medio para avanzar en el proceso de enseñanza-aprendizaje dentro de la escuela. Este artículo ofrece una contribución teórica sobre el diálogo en la formación docente a través de los conceptos filosóficos de un programa de formación docente de diez años que fue diseñado de acuerdo con los principios de Filosofía con niños. El programa fomentó la creatividad y el pensamiento autorreflexivo en la formación docente y ofreció métodos dialógicos. Se basa también en seis dimensiones que son la base de la filosofía con niños: aprender desde un lugar de preguntas, una comunidad de aprendizaje que resiste la jerarquía educativa que se jacta de la omnisciencia, coordinador como participante en el proceso de aprendizaje, aprender en el presente real, legitimación de la improvisación como una forma de aprender, aprendiendo como liberando al alumno de los límites disciplinarios. Las seis dimensiones ven la filosofía con niños como una pedagogía de búsqueda en cuyo centro se encuentra la búsqueda de un significado que facilite el desarrollo personal y, por lo tanto, el auto-direccionamiento y capacidad. <![CDATA[Conhecer os jovens “onde eles estão": demonstrando suas vantagens.]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872019000102212&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract When Mathew Lipman first introduced Philosophy for Children (P4C) to the world, his goal was not to sneak a little academic philosophy into the typical school curriculum, as one might expect from the titles of his first books: Philosophy in the Classroom (Lipman et al., 1980) and Philosophy Goes to School (Lipman, 1988). His goal, rather, was to create a paradigm shift in the field of education itself: namely, to transform the typical hierarchical model into one in which the teacher/facilitator solicits responses from students and hence, in that sense, meets them where they “are at.” This non-hierarchical model, however, has stumbled in taking root, which is, perhaps, not surprising given that the hierarchical model, whether in school, in sport or in the home, appears to be so much easier and so much more efficient. If those of us who support a non-hierarchical model in all these arenas are serious about furthering this approach, it would appear that the onus lies with us to articulate precisely in what ways a hierarchical model falls short. In so doing, we will not only provide ourselves with a precise framework by which to make the case for the importance of adopting a non-hierarchical approach, we will also provide ourselves with a metric whereby we can measure whether our own non-hierarchal practice is true to its justification; and that the approach is not simply non-hierarchal for sake of being non-hierarchical, nor quasi-authoritarianism for the sake of more wide-spread acceptance. It is the articulation of the flaws of a hierarchical model that non-hierarchal model can (and should) correct that will be the focus of the analysis here.<hr/>Resumo Quando Matthew Lipman introduziu a Filosofia para Crianças (P4C) no mundo, seu objetivo não era introduzir um pouco de filosofia acadêmica no currículo escolar típico, como seria de esperar dos títulos de seus primeiros livros: Philosophy in the Classroom (Lipman et al. al., 1980) e Philosophy Goes to School (Lipman, 1988). Seu objetivo, antes, era criar uma mudança de paradigma no próprio campo da educação: transformar o modelo hierárquico típico em um modelo em que o professor/facilitador solicitasse respostas dos alunos e, nesse sentido, encontrasse-os onde eles “estão”. Este modelo não hierárquico, no entanto, tropeçou em criar raízes, o que talvez não seja surpreendente, uma vez que o modelo hierárquico, seja na escola, no esporte ou em casa, parece ser muito mais fácil e muito mais eficiente. Cabe aos que apoiamos um modelo não hierárquico em todas essas arenas e levamos a sério essa abordagem articularmos precisamente de que maneira um modelo hierárquico fica aquém. Ao fazer isso, forneceremos não apenas uma estrutura precisa para defender a importância de adotar uma abordagem não hierárquica, mas também forneceremos uma medida pela qual poderemos medir se nossa própria prática não hierárquica é fiel à sua justificativa; e que a abordagem não é simplesmente não hierárquica por não ser hierárquica, nem quase autoritária para ter uma aceitação mais ampla. É a articulação das falhas de um modelo hierárquico que o modelo não hierárquico pode (e deve) corrigir o foco da nossa análise.<hr/>Resumen Cuando Mathew Lipman introdujo por primera vez la Filosofía para Niños (P4C) en el mundo, su objetivo no era introducir un poco de filosofía académica en el currículo escolar típico, como cabría esperar de los títulos de sus primeros libros: Filosofía en el aula (Lipman et al. al., 1980) y Philosophy Goes to School (Lipman, 1988). Su objetivo, más bien, era crear un cambio de paradigma en el campo de la educación en sí: es decir, transformar el modelo jerárquico típico en uno en el que el maestro / facilitador solicita respuestas de los estudiantes y, por lo tanto, en ese sentido, los encuentra donde ellos "están”. Sin embargo, este modelo no jerárquico ha tropezado en arraigarse, lo que quizás no sea sorprendente dado que el modelo jerárquico, ya sea en la escuela, en el deporte o en el hogar, parece ser mucho más fácil y mucho más eficiente. Corresponde a aquellos de nosotros que apoyamos un modelo no jerárquico en todos estos ámbitos y tomamos en serio la promoción de este enfoque articular con precisión de qué manera un modelo jerárquico se queda corto. Al hacerlo, no solo nos proporcionaremos un marco preciso para defender la importancia de adoptar un enfoque no jerárquico, sino que también nos proporcionaremos una medida mediante la cual podamos medir si nuestra propia práctica no jerárquica es fiel a su justificación; y que el enfoque no es simplemente no jerárquico en aras de no ser jerárquico, ni cuasi-autoritario en aras de una aceptación más generalizada. Es la articulación de los defectos de un modelo jerárquico que el modelo no jerárquico puede (y debe) corregir el foco de nuestra análisis. <![CDATA[Ensino de pensamento crítico e habilidades meta-cognitivas através da investigação filosófica. Relatório de um praticante sobre experimentos em sala de aula.]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872019000102213&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt abstract Although expert consensus states that critical thinking (CT) is essential to enquiry, it doesn’t necessarily follow that by practicing enquiry children are developing CT skills. Philosophy with children programmes around the world aim to develop CT dispositions and skills through a community of enquiry, and this study compared the impact of the explicit teaching of CT skills during an enquiry, to The Philosophy Foundation's philosophical enquiry (PhiE) method alone (which had no explicit teaching of CT skills). Philosophy with children is also said to improve metacognitive (MC) skills but there is little research into this claim. Following observable problems with ensuring genuine metacognition was happening in PhiE sessions - on a reasonably strong understanding of what metacognition is - a method has been developed and trialed in this study to bring together, in mutual support, the development of critical thinking and metacognitive skills. Based on the work of Peter Worley and Ellen Fridland (KCL)The Philosophy Foundation ran an experimental study with King's College London in Autumn 2017 and Autumn 2018 to compare the impact of teaching CT skills and MC skills against classes which just have philosophical enquiry. The approach developed and used for the study employs the explicit teaching of some CT and MC skills within the context of a philosophical enquiry (as opposed to stand-alone teaching of these skills) and yields some positive findings both qualitative and quantitative. Both studies took place over one term (12 weeks) and a control and intervention group were used in each study. This report focuses on the second year of the study, with 220 ten and eleven-year-old children involved in eight classes across three state schools in South East London. Although there were limitations to the study the results indicate that the explicit teaching of these skills during a philosophical enquiry can help children use CT and MC skills more successfully than philosophical enquiry alone.<hr/>resumen Aunque el consenso de expertos establece que el pensamiento crítico (PC) es esencial para la investigación, no necesariamente se sigue de eso que al practicar la investigación, los niños y niñas estén desarrollando habilidades de PC. Los programas de filosofía con niños en todo el mundo tienen como objetivo desarrollar disposiciones y habilidades de PC a través de una comunidad de investigación, y este estudio comparó el impacto de la enseñanza explícita de habilidades de PC durante una investigación, solo con el método de investigación filosófica (IF) de The Philosophy Foundation (que no tenía enseñanza explícita de habilidades de PC). También se dice que la filosofía con niños mejora las habilidades meta-cognitivas (MC), pero hay poca investigación sobre esta afirmación. Después de problemas observables para garantizar que se produjera una meta-cognición genuina en las sesiones de IF, con una comprensión razonablemente sólida de lo que es la meta-cognición, se ha desarrollado y probado un método en este estudio para reunir, en mutuo apoyo, el desarrollo del pensamiento crítico y las habilidades metacognitivas. Basado en el trabajo de Peter Worley y Ellen Fridland (KCL) The Philosophy Foundation (PhF) realizó un estudio experimental con el King's College de Londres en otoño de 2017 y otoño de 2018 para comparar el impacto de la enseñanza de habilidades de PC y MC con clases que solo tienen una investigación filosófica. El enfoque desarrollado y utilizado para el estudio emplea la enseñanza explícita de algunas habilidades de PC y MC dentro del contexto de una investigación filosófica (a diferencia de la enseñanza independiente de estas habilidades) y arroja algunos resultados positivos tanto cualitativos como cuantitativos. Ambos estudios se realizaron durante un período de 12 semanas y se utilizó un grupo de control e intervención en cada estudio. Este informe se centra en el segundo año del estudio, con 220 niños de diez y once años de ocho clases en tres escuelas estatales en el sureste de Londres. Aunque hubo limitaciones en el estudio, los resultados indican que la enseñanza explícita de estas habilidades durante una investigación filosófica puede ayudar a los niños a usar las habilidades de PC y MC con más éxito que la sola investigación filosófica.<hr/>resumo Embora o consenso de especialistas afirme que o pensamento crítico (PC) é essencial para a investigação, isso não significa necessariamente que, praticando a investigação, as crianças estejam desenvolvendo habilidades de PC. Os programas de filosofia com crianças em todo o mundo visam desenvolver disposições e habilidades de PC por meio de uma comunidade de investigação, e este estudo comparou o impacto do ensino explícito de habilidades de PC durante uma pesquisa, apenas com o método de investigação filosófica (IF) da The Philosophy Foundation (PhF) (que não possuía ensino explícito de habilidades de PC). Diz-se também que a filosofia com crianças melhora as habilidades meta-cognitivas (MC), mas há pouca pesquisa sobre essa afirmação. Após problemas observáveis para garantir uma meta-cognição genuína nas sessões de IF - com uma compreensão razoavelmente forte do que é meta-cognição - um método foi desenvolvido e testado neste estudo para reunir, em apoio mútuo, o desenvolvimento do pensamento crítico e das habilidades meta-cognitivas. Com base no trabalho de Peter Worley e Ellen Fridland (KCL), a Philosophy Foundation realizou um estudo experimental com o King's College London no outono de 2017 e outono de 2018 para comparar o impacto do ensino de habilidades de PC e habilidades de MC em relação às classes que apenas têm investigação filosófica. A abordagem desenvolvida e usada para o estudo emprega o ensino explícito de algumas habilidades de PC e MC no contexto de uma investigação filosófica (em oposição ao ensino separado dessas habilidades) e produz algumas descobertas positivas, tanto qualitativas quanto quantitativas. Ambos os estudos foram realizados em um período de 12 semanas e um grupo de controle e intervenção foi usado em cada estudo. Este relatório se concentra no segundo ano do estudo, com 220 crianças de dez e onze anos envolvidas em oito turmas em três escolas estaduais no sudeste de Londres. Embora existam limitações do estudo, os resultados indicam que o ensino explícito dessas habilidades durante uma investigação filosófica pode ajudar as crianças a usar as habilidades de PC e MC com mais êxito do que apenas a investigação filosófica. <![CDATA[Formação inventiva de professores por entre tessituras ética, estética e política de escritas acadêmicas]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872019000102214&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt resumo O propósito deste trabalho é pensar sobre as temáticas da formação inventiva de professores atravessadas pela atividade estética de uma escrita de si. Para tanto, fazemos ressoar a questão feita por Maurice Blanchot para enfrentar a linguagem da pesquisa em educação ligada à exigência de sua descontinuidade, de modo que a palavra escrita seja plural e implicada com o próprio movimento de uma experiência estética: “Como escrever de tal maneira que a continuidade do movimento da escrita possa deixar intervir fundamentalmente a interrupção como sentido e a ruptura como forma?” Trabalha-se com dois eixos de análise e de intervenção: a noção de escrita de si de Michel Foucault e a ideia de texto e fora do texto de René Lourau. Há círculos com o intuito de guiar o leitor nas trajetórias das pesquisas sobre formação inventiva de professores e seus fragmentos diarísticos. Os círculos não estão separados, mas se encontram e ressoam entre si com os eixos da escrita de si, do texto e do fora texto, são eles: escrita de si e pesquisar com; diário de pesquisa e restituição escrita; devir texto e tessituras do pesquisar e do escrever na formação. Existem ressonâncias inventivas, em que cada fragmento de diário, mais do que ser um fragmento, é a expressão de uma ação que se constitui em práticas efetivas abertas às intensidades e às diferenças. Contudo, reverte-se o trabalho do diário tomando-o longe do padrão para se poder tratá-lo mais próximo à alteridade, aos processos de subjetivação ético, estético e políticos de uma formação inventiva de professores.<hr/>Abstract The purpose of this paper is to reflect on the subjects of teachers' inventive formation intersected by the aesthetics activities of self-writing. Therefore, we resonate with the question made by Maurice Blanchot to face the language of education research tied to its demand for discontinuity, in a way that the written word is diverse and implicated by its movement of aesthetic experience: "How to write in a way that the continuity of writing movement can allow intervening fundamentally the interruption as meaning and rupture as form?" Two axes of analyses and intervention are used: the notion of self-writing from Michel Foucault and the idea of text outside the text from René Lourau. There are circles with the intent to guide the reader through the research on teachers' inventive formation and journal fragments. The circles are separated, but they meet and resonate between them with the axes of the self-writing, of the text outside of the text, they are: self-writing and researching with; research journal and written restitution; becoming text and the tessituras of researching and of writing in education. There are inventive resonances in wich each fragment of the journal, its more than a fragment, its the expression of an action that forms itself on effective practices open to intensities and differences. However, the work of the journal is reversed to bring it away from the norm to be able to treat it closer to the otherness, to processes of ethics, aesthetics and political subjectivation in teachers' inventive formation.<hr/>resumen El propósito de este artículo es pensar en la temática de la formación inventiva de professores atravesada por la actividad estética de una escritura de sí. Con este fin, hacemos eco a la pregunta planteada por Maurice Blanchot para abordar el lenguaje de la investigación en educación vinculada a la exigencia de su discontinuidad, de modo que la palabra escrita sea plural y atenta con el propio movimiento de una experiencia estética: "¿Cómo escribir de tal manera que la continuidad del movimiento de la escritura pueda permitir fundamentalmente la interrupción como sentido y la ruptura como la forma?" Trabajamos con dos ejes de análisis e intervención: la noción de escrita de sí de Michel Foucault y la idea de texto y fuera del texto de René Lourau. Existen círculos para guiar al lector en las trayectorias de investigación sobre la formación inventiva de profesores y sus fragmentos diarios. Los círculos no están separados, pero se encuentran y resuenan con los ejes de escritura, texto y fuera del texto, son: escritura de sí y buscar con; diário de investigación y restitución escrita; devenir texto y tesitura de la práctica de investigar y de la escritura en la formación. Hay resonancias inventivas, en las que cada fragmento de diario, en lugar de ser un fragmento, es la expresión de una acción que constituye prácticas efectivas abiertas a intensidades y diferencias. Sin embargo, el trabajo del diario se invierte, retirándolo de la norma para que pueda tratarse más cerca de la otredad, a los procesos de subjetivación ética, estética y política de una formación inventiva de profesores. <![CDATA[Em um mundo para gente grande, o que podem os corpos pequenos?]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872019000102215&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt resumo O texto parte de uma pesquisa de mestrado apresentada ao Programa de Pós Graduação em Psicologia Institucional, da Universidade Federal do Espírito Santo, apresentada no ano de 2019 e que se propôs a trabalhar, junto às crianças, as relações e negociações feitas com as normas de gênero e sexualidade. As crianças apareceram em situações e lugares diversos, com destaque para duas pracinhas de bairro, onde se deu a maior parte da pesquisa. A dissertação não tinha como objetivo fazer uso de teorias desenvolvimentistas, descrever e enquadrar as crianças em categorias, pois entendeu-se que isso também seria a reprodução das lógicas adultocêntricas. Movimentos crianceiros foram considerados em sua potência de existir por si e, por essa autonomia, foi possível visualizar como eles conseguem fazer questão sobre os lugares e identidades que os adultos insistem em reafirmar sobre os corpos através da diferença sexual. Os resultados da pesquisa apontaram que as crianças conseguem agir taticamente dentro das questões de gênero, subvertendo a lógica das estratégias que incidem sobre seus corpos e os colocam constantemente na posição de projetos de adultos. A partir da pesquisa, pensamos como as crianças podem indicar, nos diversos campos de experiência humana, outros modos de se relacionar e estar no mundo.<hr/>resumen El texto es parte de una investigación de maestría en el Programa de Posgrado en Psicología Institucional de la Universidad Federal de Espírito Santo, presentado en 2019, que tenía como propósito trabajar con niños y niñas las relaciones y negociaciones realizadas con las normas de género y sexualidad. Niños y niñas aparecen en diferentes situaciones y lugares mayormente en dos plazas de barrio donde sucedió la mayor parte de la investigación. La tesis no pretendía hacer uso de teorías del desarrollo, describir y clasificar a niños y niñas en categorías, ya que se entendía que esto también sería la reproducción del adultocentrismo. Los movimientos de niños y niñas fueron considerados en su poder para existir para sí mismos y a través de esta autonomía fue posible visualizar cómo logran cuestionar los lugares e identidades que los adultos insisten en re-afirmar sobre sus cuerpos a través de la diferencia sexual. Los resultados de la investigación indicaron que niños y niñas pueden actuar tácticamente dentro de los problemas de género subvirtiendo la lógica de las estrategias que se centran en sus cuerpos y los colocan constantemente en la posición de proyectos de adultos. A partir de la investigación pensamos en cómo niños y niñas pueden indicar en los diversos campos de la experiencia humana otras formas de relacionarse y estar en el mundo.<hr/>abstract The text is part of a masters research presented to the Postgraduate Program in Institutional Psychology of the Federal University of Espírito Santo, presented in 2019 and that proposed to work with the children, the relations and negotiations made with the norms of gender and sexuality. The children approach was in different situations and places but often on two neighborhood squares, where most of the research took place. The dissertation was not intended to use developmentalist theories, describe and classify children into categories, because it was understood that these would also be the replication of adultcentered logic. Childhood movements and cleverness were considered in their power to exist by themselves and through this autonomy it was possible to visualize how they can make a point about the places and identities that adults insist on reaffirming about their bodies through sexual difference. The research results indicated the children can act tactically within gender issues, subverting the logic of strategies that focus on their bodies and constantly place them in the position of an adult in the making. From research, we think about how children can indicate, in various fields of human experience, other ways to relate and be in the world. <![CDATA[escola, problemas de escuta?]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872019000103300&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt resumo Este artigo, apresentando o enviesamento da escuta como um problema comum nas escolas, objetiva discutir os modos pelos quais falas, manifestações e discursos estudantis são afinados a ponto de perderem sua força imanente. Afirmando haver uma insistência em afinar as escutas nas escolas mesmo com base em teorias pedagógicas, o texto aponta, na contramão, para enunciações pouco usuais de estudantes como um dever ético. No plano das dissonâncias, encontra-se, na verdade, uma cacofonia de vozes produzindo as mais infinitas possibilidades de escola. E isso, justamente, é o que assusta esses corpos tão certos de suas pedagogias. Metodologicamente, essa pesquisa acompanhou o contexto de duas escolas municipais do estado do Espírito Santo, criando redes de conversações entre estudantes e professores. Assim, apostando na perspectiva de uma escuta distraída, o artigo propõe não dar vazão apenas aos silenciamentos ou às escutas perversas, mas, antes, opta por apontar de que modo outras falas reverberam produzindo certas insurreições. Os insurgentes atravessam a linearidade aos risos e aos saltos, riem-se de todo o desejo libertário. Na insurreição, liberdade é a possibilidade de fazer contágio com outros corpos. Se as escutas pedagógicas dão preferências a certas alunas e alunos, é preciso enxergar ali, nos corpos menos prestigiosos, um arrombo de escuta incontrolável.<hr/>abstract This essay presents the oblique listening as a usual problem in schools, it aims to discuss the ways students’ speeches, manifestations and discourses are tuned to the point of losing their immanent strength. Affirming that there is some insistence on tuning the listening in schools even in pedagogical theories, this text points to unusual students enunciations as an ethical duty. In the dissonance field, a cacophony of voices find itself producing infinite possibilities. This is exactly what scares these bodies so right about their pedagogies. Methodologically, this research took place in two public schools in the state of Espírito Santo, creating conversations network with students and teachers. Therefore, gambling on the perspective of a distracted listening, the essay proposes to pay attention not only to the silences or to the wicked listening, but first it appeals to point to other speeches that reverberate producing some insurrection. The insurgent ones cross the linearity laughing and jumping, laughing giggling about all libertarian desire. In the insurrection, liberty is the possibility of making a contagion with other bodies. If the pedagogical listening focus on some students, the goal is to see, in less prestigious bodies, the crack on the ungovernable listening.<hr/>resumen Este ensayo presenta la escucha sesgada como un problema habitual en las escuelas, pretendiendo discutir de qué manera los discursos, las manifestaciones y los discursos de los estudiantes se sintonizan hasta el punto de perder su fuerza inmanente. Afirmando que hay cierta insistencia en ajustar la escucha en las escuelas, incluso en las teorías pedagógicas, este texto apunta a enunciaciones inusuales de los estudiantes como un deber ético. En el campo de la disonancia, la cacofonía de voces encuentra a si misma produciendo infinitas posibilidades. Y esto es exactamente lo que asustan a estos cuerpos tan ciertos de su pedagogías. Metodológicamente, esta investigación se llevó a cabo en dos escuelas públicas en el estado de Espírito Santo, creando una red de conversaciones con estudiantes y maestros. Por lo tanto, al apostar en la perspectiva de una escucha distraída, el ensayo propone prestar atención no solo a los silencios o a la escucha perversa, sino que primero apunta a otros discursos que reverberan produciendo cierta insurrección. Los insurgentes cruzan la linealidad riendo y saltando, riéndose de todo deseo libertario. En la insurrección, la libertad es la posibilidad de hacer contagio con otros cuerpos Si la escucha pedagógica se enfoca en algunos estudiantes, el objetivo es ver, en cuerpos menos prestigiosos, la grieta en la escucha ingobernable. <![CDATA[matthew lipman, <em>l’impegno di una vita: insegnare a pensare</em>, mimesis, milano-udine 2018.]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872019000104400&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt resumo Este artigo, apresentando o enviesamento da escuta como um problema comum nas escolas, objetiva discutir os modos pelos quais falas, manifestações e discursos estudantis são afinados a ponto de perderem sua força imanente. Afirmando haver uma insistência em afinar as escutas nas escolas mesmo com base em teorias pedagógicas, o texto aponta, na contramão, para enunciações pouco usuais de estudantes como um dever ético. No plano das dissonâncias, encontra-se, na verdade, uma cacofonia de vozes produzindo as mais infinitas possibilidades de escola. E isso, justamente, é o que assusta esses corpos tão certos de suas pedagogias. Metodologicamente, essa pesquisa acompanhou o contexto de duas escolas municipais do estado do Espírito Santo, criando redes de conversações entre estudantes e professores. Assim, apostando na perspectiva de uma escuta distraída, o artigo propõe não dar vazão apenas aos silenciamentos ou às escutas perversas, mas, antes, opta por apontar de que modo outras falas reverberam produzindo certas insurreições. Os insurgentes atravessam a linearidade aos risos e aos saltos, riem-se de todo o desejo libertário. Na insurreição, liberdade é a possibilidade de fazer contágio com outros corpos. Se as escutas pedagógicas dão preferências a certas alunas e alunos, é preciso enxergar ali, nos corpos menos prestigiosos, um arrombo de escuta incontrolável.<hr/>abstract This essay presents the oblique listening as a usual problem in schools, it aims to discuss the ways students’ speeches, manifestations and discourses are tuned to the point of losing their immanent strength. Affirming that there is some insistence on tuning the listening in schools even in pedagogical theories, this text points to unusual students enunciations as an ethical duty. In the dissonance field, a cacophony of voices find itself producing infinite possibilities. This is exactly what scares these bodies so right about their pedagogies. Methodologically, this research took place in two public schools in the state of Espírito Santo, creating conversations network with students and teachers. Therefore, gambling on the perspective of a distracted listening, the essay proposes to pay attention not only to the silences or to the wicked listening, but first it appeals to point to other speeches that reverberate producing some insurrection. The insurgent ones cross the linearity laughing and jumping, laughing giggling about all libertarian desire. In the insurrection, liberty is the possibility of making a contagion with other bodies. If the pedagogical listening focus on some students, the goal is to see, in less prestigious bodies, the crack on the ungovernable listening.<hr/>resumen Este ensayo presenta la escucha sesgada como un problema habitual en las escuelas, pretendiendo discutir de qué manera los discursos, las manifestaciones y los discursos de los estudiantes se sintonizan hasta el punto de perder su fuerza inmanente. Afirmando que hay cierta insistencia en ajustar la escucha en las escuelas, incluso en las teorías pedagógicas, este texto apunta a enunciaciones inusuales de los estudiantes como un deber ético. En el campo de la disonancia, la cacofonía de voces encuentra a si misma produciendo infinitas posibilidades. Y esto es exactamente lo que asustan a estos cuerpos tan ciertos de su pedagogías. Metodológicamente, esta investigación se llevó a cabo en dos escuelas públicas en el estado de Espírito Santo, creando una red de conversaciones con estudiantes y maestros. Por lo tanto, al apostar en la perspectiva de una escucha distraída, el ensayo propone prestar atención no solo a los silencios o a la escucha perversa, sino que primero apunta a otros discursos que reverberan produciendo cierta insurrección. Los insurgentes cruzan la linealidad riendo y saltando, riéndose de todo deseo libertario. En la insurrección, la libertad es la posibilidad de hacer contagio con otros cuerpos Si la escucha pedagógica se enfoca en algunos estudiantes, el objetivo es ver, en cuerpos menos prestigiosos, la grieta en la escucha ingobernable. <![CDATA[a normative approach to philosophy for children]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872019000104401&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt resumo Este artigo, apresentando o enviesamento da escuta como um problema comum nas escolas, objetiva discutir os modos pelos quais falas, manifestações e discursos estudantis são afinados a ponto de perderem sua força imanente. Afirmando haver uma insistência em afinar as escutas nas escolas mesmo com base em teorias pedagógicas, o texto aponta, na contramão, para enunciações pouco usuais de estudantes como um dever ético. No plano das dissonâncias, encontra-se, na verdade, uma cacofonia de vozes produzindo as mais infinitas possibilidades de escola. E isso, justamente, é o que assusta esses corpos tão certos de suas pedagogias. Metodologicamente, essa pesquisa acompanhou o contexto de duas escolas municipais do estado do Espírito Santo, criando redes de conversações entre estudantes e professores. Assim, apostando na perspectiva de uma escuta distraída, o artigo propõe não dar vazão apenas aos silenciamentos ou às escutas perversas, mas, antes, opta por apontar de que modo outras falas reverberam produzindo certas insurreições. Os insurgentes atravessam a linearidade aos risos e aos saltos, riem-se de todo o desejo libertário. Na insurreição, liberdade é a possibilidade de fazer contágio com outros corpos. Se as escutas pedagógicas dão preferências a certas alunas e alunos, é preciso enxergar ali, nos corpos menos prestigiosos, um arrombo de escuta incontrolável.<hr/>abstract This essay presents the oblique listening as a usual problem in schools, it aims to discuss the ways students’ speeches, manifestations and discourses are tuned to the point of losing their immanent strength. Affirming that there is some insistence on tuning the listening in schools even in pedagogical theories, this text points to unusual students enunciations as an ethical duty. In the dissonance field, a cacophony of voices find itself producing infinite possibilities. This is exactly what scares these bodies so right about their pedagogies. Methodologically, this research took place in two public schools in the state of Espírito Santo, creating conversations network with students and teachers. Therefore, gambling on the perspective of a distracted listening, the essay proposes to pay attention not only to the silences or to the wicked listening, but first it appeals to point to other speeches that reverberate producing some insurrection. The insurgent ones cross the linearity laughing and jumping, laughing giggling about all libertarian desire. In the insurrection, liberty is the possibility of making a contagion with other bodies. If the pedagogical listening focus on some students, the goal is to see, in less prestigious bodies, the crack on the ungovernable listening.<hr/>resumen Este ensayo presenta la escucha sesgada como un problema habitual en las escuelas, pretendiendo discutir de qué manera los discursos, las manifestaciones y los discursos de los estudiantes se sintonizan hasta el punto de perder su fuerza inmanente. Afirmando que hay cierta insistencia en ajustar la escucha en las escuelas, incluso en las teorías pedagógicas, este texto apunta a enunciaciones inusuales de los estudiantes como un deber ético. En el campo de la disonancia, la cacofonía de voces encuentra a si misma produciendo infinitas posibilidades. Y esto es exactamente lo que asustan a estos cuerpos tan ciertos de su pedagogías. Metodológicamente, esta investigación se llevó a cabo en dos escuelas públicas en el estado de Espírito Santo, creando una red de conversaciones con estudiantes y maestros. Por lo tanto, al apostar en la perspectiva de una escucha distraída, el ensayo propone prestar atención no solo a los silencios o a la escucha perversa, sino que primero apunta a otros discursos que reverberan produciendo cierta insurrección. Los insurgentes cruzan la linealidad riendo y saltando, riéndose de todo deseo libertario. En la insurrección, la libertad es la posibilidad de hacer contagio con otros cuerpos Si la escucha pedagógica se enfoca en algunos estudiantes, el objetivo es ver, en cuerpos menos prestigiosos, la grieta en la escucha ingobernable.