Scielo RSS <![CDATA[Childhood & Philosophy]]> http://educa.fcc.org.br/rss.php?pid=1984-598720210001&lang=es vol. 17 num. lang. es <![CDATA[SciELO Logo]]> http://educa.fcc.org.br/img/en/fbpelogp.gif http://educa.fcc.org.br <![CDATA[El facilitador como autoliberador y posibilitador: La responsabilidad ética en las comunidades de investigación filosófica]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100001&lng=es&nrm=iso&tlng=es abstract From its inception, philosophy for/with children (P4wC) has sought to promote philosophical discussion with children based on the latter’s own questions and a pedagogic method designed to encourage critical, creative, and caring thinking. Communities of inquiry can be plagued by power struggles prompted by diverse identities, however. These not always being highlighted in the literature or P4wC discourse, this article proposes a two-stage model for facilitators as part of their ethical responsibility. In the first phase, they should free themselves from assumptions and closed-mindedness. They should liberate themselves from pedagogy of fear and “banking education” in order to act freely in an educational space characterized by improvisation that cultivates participation of the children. Here, the text is based on normalizing education principles, counter-education and diasporic-education approaches in order to ensure openness and inclusiveness. In the second, they should embrace enabling-identity views and practices in order to make the community of inquiry as identity-broad and -rich as possible, recognizing and legitimizing the participants’ differences. Here, the text is based on principles such as recognizing power games as part of the community, ensuring multi-narratives human environment and enabling epistemic justice in order to ensure perspectival multiplicity, multiple identities, and the legitimization of difference characterized by pedagogy of search.<hr/>resumo Desde seu início, a filosofia para/ com as crianças (FpcC) tem procurado promover uma discussão filosófica com crianças com base nas próprias questões destas últimas e um método pedagógico projetado para incentivar o pensamento crítico, criativo e cuidadoso. Entretanto, as comunidades de investigação podem ser atormentadas por lutas de poder motivadas por diversas identidades. Nem sempre destacadas na literatura ou no discurso da FpcC, este artigo propõe um modelo em duas etapas para os facilitadores como parte de sua responsabilidade ética. Na primeira fase, eles devem se libertar das suposições e da mentalidade fechada. Eles devem se libertar da pedagogia do medo e da "educação bancária" para agir livremente em um espaço educacional caracterizado pela improvisação que cultiva a participação das crianças. Aqui, o texto se baseia na normalização dos princípios da educação, da contra-educação e das abordagens de educação diaspórica, a fim de garantir abertura e inclusão. No segundo, eles devem abraçar visões e práticas possibilitadoras de identidade, a fim de tornar a comunidade de investigação tão ampla e rica quanto possível, reconhecendo e legitimando as diferenças dos participantes. Aqui, o texto é baseado em princípios como o reconhecimento de jogos de poder como parte da comunidade, garantindo um ambiente humano multi-narrativo e possibilitando justiça epistêmica, a fim de assegurar a multiplicidade de perspectivas, identidades múltiplas e a legitimação da diferença caracterizada por uma pedagogia de busca.<hr/>resumen Desde sus inicios, la filosofía para/con los niños (Fp/cN) ha tratado de promover el debate filosófico con niños y niñas a partir de las propias preguntas de éstos y de un método pedagógico concebido para fomentar el pensamiento crítico, creativo y solidario. Sin embargo, las comunidades de investigación pueden estar plagadas de luchas de poder provocadas por las diversas identidades. Como no siempre se destacan en la literatura o en el discurso de la Fp/cN, este artículo propone un modelo en dos fases para los facilitadores como parte de su responsabilidad ética. En la primera fase, deben liberarse de las suposiciones y de la mentalidad cerrada. Deben liberarse de la pedagogía del miedo y de la "educación bancaria" para actuar libremente en un espacio educativo caracterizado por la improvisación que cultiva la participación de niñas y niños. En este caso, el texto se basa en los principios de la educación normalizadora, la contraeducación y los enfoques de la educación diaspórica para garantizar la apertura y la inclusión. En el segundo, deben adoptar puntos de vista y prácticas de habilitación de la identidad para que la comunidad de investigación sea lo más amplia y rica posible en identidades, reconociendo y legitimando las diferencias de los participantes. En este caso, el texto se basa en principios como el reconocimiento de los juegos de poder como parte de la comunidad, la garantía de un entorno humano multinarrativo y la habilitación de la justicia epistémica con el fin de garantizar la multiplicidad de perspectivas, las identidades múltiples y la legitimación de la diferencia caracterizada por la pedagogía de la búsqueda. <![CDATA[Me dejaré el sombrero cultural puesto: exploración de una práctica “culturalmente habilitadora” de la filosofía para/con niños]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100002&lng=es&nrm=iso&tlng=es Abstract In this paper, I offer a preliminary sketch of aculture-enablingPhilosophy for/with Children practice. It is an approach to engaging philosophically with children that aims to encourage the exercise of critical reflection at the level of their respective cultures. This kind of P4wC practice hopes to address the challenges in facilitating philosophical dialogues with culturally/ethnically-diverse groups, especially when prejudice and negative stereotypes towards cultural/ethnic minorities are prevalent. Its focus is on helping children become cognizant of their cultural situatedness and its impact on their thinking and attitude towards dialogue. Underlying this practice is the assumption that Philosophy is fundamentally a worldview and a method that is embedded in the culture where it is created, validated, and used. Such a manner of doing philosophy recognizes that children are active bearers of culture and are entitled to educational opportunities, like P4wC, that can empower them to thinkforthemselves andwithothers while staying grounded in their cultural backgrounds. Thus, the community of inquiry functions as a caring space where intercultural understanding and critical affirmation of cultures are fostered and sustained. In connection, I suggest that a culture-enabling P4wC teacher should have three desired traits: a) openness to various cultural resources and frames, b) a sense of critical positionality, and c) partiality to the culturally marginalized.<hr/>resumen En este artículo, ofrezco un boceto preliminar de una práctica de la Filosofía para/con Niños culturalmente habilitadora. Es un enfoque sobre las relaciones filosóficas con niños que apunta a alentar el ejercicio de la reflexión crítica a nivel de sus respectivas culturas. Este tipo de práctica de Fp/cN espera abordar los desafíos que forman parte de facilitar diálogos filosóficos en grupos cultural o étnicamente diversos, especialmente cuando prevalecen los prejuicios y los estereotipos negativos sobre las minorías culturales o étnicas. Su foco central es ayudar a los niños a tomar conciencia de su estar situados culturalmente y del correspondiente impacto que ello tiene sobre su pensamiento y su actitud hacia el diálogo. Subyace a esta práctica el supuesto de que la Filosofía es fundamentalmente una cosmovisión y un método emplazado en la cultura en la cual es creado, validado y usado. Esta manera de hacer filosofía reconoce que los niños son portadores activos de cultura y tienen derecho a oportunidades educativas, como Fp/cN, que les habiliten la posibilidad de pensar por sí mismos y con otros al mismo tiempo que se mantienen enraizados en su trasfondo cultural. Por lo tanto, la Comunidad de Indagación funciona como un espacio de cuidado donde el entendimiento intercultural y la afirmación crítica de las culturas son fomentados y sostenidos. En relación a esto, sugiero que un profesor de Fp/cN culturalmente habilitador debería tener tres rasgos deseados: a) apertura a variados recursos y marcos culturales, b) un sentido de posicionamiento crítico, y c) parcialidad a favor de los marginados culturalmente.<hr/>resumo Neste artigo, apresento um esboço preliminar de uma prática de Filosofia para/com crianças que culturalmente habilitadora. É um enfoque sobre as relações filosóficas com crianças que visa encorajar o exercício da reflexão crítica no nível de suas respectivas culturas. Este tipo de prática de FpcC espera abordar os que formam parte de facilitar diálogos filosóficos em grupos culturalmente ou etnicamente diversos, especialmente quando prevalecem os prejuízos e os estereótipos negativos em relação às minorias culturais ou étnicas. Seu foco central é ajudar as crianças a tomar consciência de sua situação cultural e o correspondente impacto que isso tem em seu pensamento e atitude em relação ao diálogo. Subjacente a esta prática está o pressuposto de que a Filosofia é fundamentalmente uma visão de mundo e um método que está incorporado na cultura onde é criada, validada e usada. Tal maneira de fazer filosofia reconhece que as crianças são portadoras ativas de cultura e têm direito a oportunidades educativas, como o FpcC, que pode capacitá-las a pensar por si mesmas e com os outros enquanto permanecem enraizadas em suas origens culturais. Assim, a Comunidade de Investigação funciona como um espaço de cuidado onde a compreensão intercultural e a afirmação crítica das culturas são fomentadas e sustentadas. Em relação a isso, sugiro que um professor FpcC capacitador de cultura deve ter três características desejadas: a) abertura a vários recursos e perspectivas culturais, b) um senso de posição crítica e c) parcialidade para os marginalizados culturalmente. <![CDATA[¿a qué invita la invitación a filosofar?]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100003&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumo Na chamada da childhood &amp; philosophy escutamos um convite ao filosofar. Mas o que nos convida a viver um convite ao filosofar? De que modos um convite ou (re)convites do filosofar nos colocam em suspensão de sentidos e nos atravessam, a ponto de nos convidarem a sustentá-lo? São estas as perguntas que inquietam duas professoras que se aventuraram a abrir-se para o convite de filosofar com crianças e, que agora, se abriram ao convite de pensar e escrever em conjunto. De certa maneira, a escrita deste ensaio-experiência testemunha outros modos de pensar e viver a prática educativa, por meio dos atravessamentos que experienciamos como professoras e os outros sujeitos praticantes (crianças e adultos, professores e alunos) que nos abre o convite a viver de outras maneiras mais inventivas, e por isso mais infantis, dentro da escola pública, numa aceção de escola como scholé (Masschelein; Simmons, 2013). Este ensaio-experiência pensa a que convida o convite ao filosofar e que condições são importantes para sustentar o convite ao filosofar e oferecemo-lo como um caminho. Pensamos o conceito de convite a partir de duas perguntas das crianças quando nos (re)convidam após terem sido, por nós, convidadas a filosofar na escola. Para pensar a sustentação do convite das crianças partimos do conceito heideggeriano consumar (Heidegger, 1987), dialogamos com a proposta por uma pedagogia da pergunta (Freire; Faundez, 1985), e com a igualdade das inteligências (Rancière, 2005). Este ensaio-experiência é um convite a pensar na pergunta: a que convida o convite ao filosofar?<hr/>abstract In the call from papers from childhood &amp; philosophy we hear an invitation to philosophize. But what does such an invitation mean? In what ways does an invitation or (re) invitation to philosophize encourage us to suspension our accepted meanings and empower us to sustain this challenge? These are the questions of two teachers who have, first, accepted the prior invitation to philosophize with children, and have now accepted the invitation to think and write together about that experience. This essay was prompted by two questions posed by the children with whom we philosophize: In writing it, we have experienced other ways of thinking and living educational practice, and, trough our encounters with our students, find ourselves challenged to live in more inventive and therefore more childlike ways within the framework of the public school, here understood in the sense of scholé (Masschelein; Simmons, 2013). In order to reflect on the two questions, we set off from the concept of consummation (Heidegger, 1987), and we engage in dialogue with both a pedagogy of the question (Freire; Faundez, 1985), and the concept of equality of intelligence (Rancière, 2005), in order to open a pathway of thought that addresses them.<hr/>resumen En el llamado de childhood &amp; philosophy escuchamos una invitación a filosofar. ¿Pero qué es lo nos invita a vivir una invitación a filosofar? ¿De qué modos una invitación o (re)invitaciones a filosofar nos ponen en suspensión de sentidos y nos atraviesan, al punto de invitarnos a sostenerlo? Son estas las preguntas que inquietan a dos profesoras que se aventuraron a abrirse a la invitación de filosofar con niños y niñas y que, ahora, se abrieron a la invitación de pensar y escribir en conjunto. En cierto modo, la escritura de este ensayo-experiencia es testimonio de otros modos de pensar y vivir la práctica educativa, por medio de los atravesamientos que experienciamos como profesoras y los otros sujetos practicantes (niños y adultos, profesores y alumnos) que nos abre la invitación a vivir de otras maneras más inventivas, y por eso más infantiles, dentro de la escuela pública, en una concepción de escuela como scholé (Masschelein; Simmons, 2013). Este ensayo-experiencia piensa a qué invita la invitación a filosofar y qué condiciones son importantes para dar sustento a la invitación a filosofar y ofrecerla como un camino. Pensamos el concepto de invitación a partir de dos preguntas de los y las niñas cuando nos (re)invitan después de haber sido invitados por nosotras a filosofar en la escuela. Para pensar lo que da sostén a la invitación de las y los niños partimos del concepto heideggeriano de consumar ((Heidegger, 1987), dialogamos con la propuesta por una pedagogía de la pregunta (Freire; Faundez, 1985), y con la igualdad de las intengencias (Rancière, 2005). Este ensayo-experiencia es una invitación a pensar en la pregunta: ¿a qué invita la invitación a filosofar? <![CDATA[Bajo nuestras propias narices: la postergación de la igualdad política de los niños y el ahora]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100004&lng=es&nrm=iso&tlng=es abstract Responding to the invitation of this special issue of Childhood and Philosophy this paper considers the ethos of facilitation in philosophical enquiry with children, and the spatial-temporal order of the community of enquiry. Within the Philosophy with Children movement, there are differences of thinking and practice on ‘facilitation’ in communities of philosophical enquiry, and we suggest that these have profound implications for the political agency of children. Facilitation can be enacted as a chronological practice of progress and development that works against child, in terms of political agency. This paper theorises practices of facilitation grounded in philosophies of childhood that assume listening to child/ren as equals, as already able to philosophise, and against sameness. We explore the political and ethical implications of the radical posthumanist reconfiguration of the ‘zipped’ body in the light of including the disciplinary, imaginative and enabling energies of chronological time through the concept now/ness. We shift from ethics to ethos, and from ‘zipped’ to ‘unzipped’ bodies, through the notion of affect to explore the temporal and spatial dimensions of facilitation in Philosophy with Children and children’s political agency. We re-turn to David McKee’s Not Now Bernard (1980), getting ‘inside the text’, and attending to the postponement of equality in Philosophy with Children.<hr/>resumen Respondiendo a la invitación de este número especial de Childhood and Philosophy este artículo pone en consideración el ethos de la facilitación en la investigación filosófica con niños y el orden espacio-temporal de la comunidad de investigación. Al interior del movimiento de Filosofía con Niños hay diferencias de pensamiento y práctica en relación a la “facilitación” en comunidades de investigación filosófica, y nosotros sugerimos que esas diferencias tienen profundas implicancias para con la agencia política de los y las niñas. La facilitación se puede representar como una práctica cronológica de progreso y desarrollo que opera en contra del niño, en términos de agencia política. Este artículo teoriza sobre prácticas de facilitación basadas en filosofías de la infancia que adoptan la postura de escuchar al/los niño/s como iguales, como ya capaces de filosofar, y en contra de la uniformidad. Exploramos las implicancias éticas y políticas de la reconfiguración posthumanista radical del cuerpo ‘zippeado’ [comprimido] a la luz de incluir las energías disciplinarias, imaginativas y habilitadoras del tiempo cronológico a través del concepto del ahora. Nos movemos de la ética al ethos y de los cuerpos ‘zippeados’ [comprimidos] a los ‘unzippeados’ [descomprimidos] a través de la noción de afecto para explorar las dimensiones temporales y espaciales de la facilitación en Filosofía con Niños y la agencia política de las y los niños. Re-tornamos al Not Now Bernard (1980) de David McKee, metiéndonos ‘adentro del texto’, y poniendo atención a la postergación de la igualdad en Filosofía con Niños.<hr/>resumo Respondendo ao convite desta edição especial da Infância e Filosofia, este artigo considera o ethos da facilitação na investigação filosófica com crianças e a ordem espaço-temporal da comunidade de investigação. Dentro do movimento Filosofia com Crianças, existem diferenças de pensamento e prática sobre 'facilitação' em comunidades de investigação filosófica, e sugerimos que isso tem implicações profundas para a agência política das crianças. A facilitação pode ser executada como uma prática cronológica de progresso e desenvolvimento que funciona contra a criança, em termos de agência política. Este artigo teoriza práticas de facilitação alicerçadas em filosofias da infância que pressupõem ouvir a criança / criança como iguais, já capazes de filosofar e contra a mesmice. Exploramos as implicações políticas e éticas da reconfiguração pós-humanista radical do corpo "fechado" à luz da inclusão das energias disciplinares, imaginativas e capacitadoras do tempo cronológico por meio do conceito agora / ness. Mudamos da ética para o ethos, e de corpos "compactados" para "descompactados", por meio da noção de afeto para explorar as dimensões temporais e espaciais de facilitação em Filosofia com Crianças e a agência política infantil. Voltamos a Not Now Bernard de David McKee (1980), entrando "no texto" e tratando do adiamento da igualdade em Filosofia com Crianças. <![CDATA[Educación filosófica situada: reconstruir el "lugar", reconstruir la ética]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100005&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumen La educación como formación de la identidad en las democracias liberales de estilo occidental se basa, en parte, en la neutralidad como justificación para la reproducción de la identidad individual colectiva, incluidas las identidades sociales, culturales, institucionales y políticas, muchos de cuyos aspectos son problemáticos en cuanto a la reproducción de actitudes, creencias y acciones perjudiciales para el medio ambiente. Tomar una posición sobre un tema requiere dejar de lado ciertas formas de neutralidad, al igual que la enseñanza efectiva de la educación ambiental. Sostenemos que reclamar una postura de neutralidad es reclamar una posición más allá de la crítica. En el aula, esta postura también puede ser epistemológicamente perjudicial. Para profundizar en el problema de la neutralidad en el aula, y ofrecer una posible solución, nos dirigiremos a la pedagogía de la comunidad de indagación filosófica, y abogaremos por la incorporación de una educación situada; una forma de educación experimental que promueve el aprendizaje en las comunidades locales en las que se encuentra la escuela, cada una con su propia historia, cultura, economía y medio ambiente. Sin embargo, la forma en que entendemos el "lugar" es fundamental para comprender el potencial de la educación situada para dar a los estudiantes un "sentido del lugar", es decir, la forma en que perciben un lugar, que incluye el apego al lugar y el significado del lugar. Con este fin, nos fijamos en la comprensión indígena del lugar y en el aprendizaje de la reconstrucción social para dar forma a las pedagogías situadas, basadas en el lugar. De este modo, sostenemos que se abre un camino hacia la educación ética.<hr/>resumo A educação como formação da identidade nas democracias liberais de estilo ocidental baseia-se, em parte, na neutralidade como uma justificativa para a reprodução da identidade individual coletiva, incluindo identidades sociais, culturais, institucionais e políticas, muitos aspectos dos quais são problemáticos em termos de reprodução de atitudes, crenças e ações ambientalmente prejudiciais para o meio ambiente. Para se posicionar sobre uma questão, é necessário abrir mão de certas formas de neutralidade, assim como efetivamente ensinar educação ambiental. Afirmamos que reivindicar uma posição de neutralidade é reivindicar uma posição além da crítica. Na sala de aula, essa também pode ser uma posição epistemologicamente prejudicial de se ocupar. Para explorar ainda mais o problema da neutralidade na sala de aula e para oferecer uma possível solução, olharemos para a pedagogía da comunidade filosófica de investigação filosófica e defenderemos a incorporação da uma educação situada; uma forma de educação experimental que promove a aprendizagem nas comunidades locais em que a escola está inserida, cada uma com sua própria história, cultura, economia e meio ambiente. No entanto, como entendemos o "lugar" é fundamental para compreender o potencial da educação baseada no lugar em dar aos estudantes um "sentido de lugar" - como eles percebem um lugar, que inclui apego ao lugar e significado de lugar. Para este fim, olhamos para as compreensões indígenas do lugar e da aprendizagem da reconstrução social para dar forma as pedagogias baseadas no lugar. Desse modo, acreditamos, que se abre um caminho para a educação ética. <![CDATA[ironía y pensamiento cuidadoso en fpn]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100006&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumen La práctica del diálogo filosófico propuesta por el programa Filosofía para Niños implica mantener ese diálogo desde la educación primaria, incluso antes. El díalogo filosófico, partiendo del modelo de los diálogos socráticos, exige el desarrollo de un pensamiento crítico, cogntivamente muy exigente, FpN, desde sus orígenes, insiste en que ese pensamiento debe ir unido a un pensamiento creativo y cuidadoso, entendido cuidadoso como pensamiento que tiene en cuenta la dimensión ética del dialogo riguroso. Por eso mismo, el programa destaca que la educación es una tarea ética, es intrínsecamente moral. Eso se plasma en el esfuerzo por convertir el aula en una comunidad de investigación filosófica, con los compromisos éticos que toda comunidad de investigación exige. Pero la comunidad de investigación se aplica en un contexto en el que hay una relación asimétrica entre alumnado y profesorado, lo que exige especial atención de parte del profesorado en su manera de facilitar el diálogo. El uso de recursos fundamentales en el diálogo como el cuestionamiento y la ironía debe estar regido por esa exigencia de igualdad. La comunidad de investigación filosófica debe prefigurar desde el primer momento una genuina comunidad de diálogo entre iguales, regida por un pensamiento crítico, creativo y cuidadoso.<hr/>abstract The practice of philosophical dialogue as proposed by the Philosophy for Children program requires that this dialogue begin in primary school, and even earlier. Philosophical dialogue, based on the model of the Socratic dialogues, requires the development of critical thinking, cognitively very demanding, FpN, from its origins, insists that such thinking must be linked to creative and caring thinking, understood as thinking that takes into account the ethical dimension of rigorous dialogue. For this very reason, the program stresses that education is an ethical endeavor, it is intrinsically moral. This is expressed in the effort to turn the classroom into a community of philosophical inquiry, with the ethical commitments that any community of inquiry demands. But the community of inquiry is applied in a context in which there is an asymmetrical relationship between students and teachers, which requires special attention on the part of teachers in how they facilitate dialogue. The use of fundamental resources in dialogue such as radical questioning and irony must be governed by this claim of equality. The philosophical community of inquiry must prefigure from the outset a genuine community of dialogue among equals, governed by critical, creative and careful thinking.<hr/>resumo A prática do diálogo filosófico proposta pelo programa Filosofia para Crianças implica a manutenção desse diálogo desde o ensino fundamental, inclusive ainda mais cedo. O diálogo filosófico, partindo do modelo dos diálogos socráticos, requer o desenvolvimento de um pensamento crítico, cognitivamente muito exigente, FpC, desde as suas origens, insiste que este pensamento deve estar ligado a um pensamento criativo e cuidadoso, entendido cuidadoso como pensamento que leva em consideração a dimensão ética do diálogo rigoroso. Por isso, o programa destaca que a educação é uma tarefa ética, é intrinsecamente moral. Isso se reflete no esforço de transformar a sala de aula em uma comunidade de pesquisa filosófica, com os compromissos éticos que toda comunidade de pesquisa exige. Porém, a comunidade de pesquisa é aplicada em um contexto em que existe uma relação assimétrica entre alunos e professores, o que requer atenção especial dos professores em sua forma de facilitar o diálogo. O uso de recursos fundamentais no diálogo como o questionamento e a ironia deve ser pautado por essa demanda por igualdade. A comunidade de pesquisa filosófica deve, desde o início, prefigurar uma comunidade genuína de diálogo entre iguais, regida por um pensamento crítico, criativo e cuidadoso. <![CDATA[sobre partos y nacimientos: derivas ético-políticas de la figura del “maestro-partero” en filosofía con/para niñxs]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100007&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumen En este trabajo pretende hacer una revisión de las consecuencias ético-políticas de la metáfora de “maestro-partero” adjudicada a Sócrates en Teeteto y revalorizada por diferentes estudiosos para describir la función y el rol docente en Filosofía con/para niños. Para ello, el trabajo es dividido en tres secciones: en (1) se realiza un abordaje de la figura socrática en el diálogo Menón y se retoma la crítica de Jacques Rancière en El maestro ignorante y de la cual se hace eco Walter Kohan en el campo específico de Filosofía con/para niños. A continuación, (2) se recorren diferentes descripciones del rol docente en Filosofía con/para niños haciendo hincapié en los elementos que son revalorizados de la figura socrática. Para Matthew Lipman una de las claves para convertir las aulas en comunidades de investigación filosófica, era modificar sustancialmente el rol docente. En virtud de esto, y de que en sentido estricto lx docentx no debería enseñar en sentido tradicional, se han buscado diferentes metáforas para describir su rol. Hecho esto, en la sección (3), y sobre la hipótesis de que la descripción del docente como “guía” es asimilable a muchos rasgo que caracterizan a Sócrates, analizo en profundidad la metáfora del “maestro-partero” estableciendo los nexos con los desarollado en (1) y (2). Resulta interesante reflexionar en torno a las consecuencias ético-políticas al equiparar a quien enseña con un “maestro-partero”, sobre todo si se tiene en cuenta la descripción completa que realiza Platón en Teeteto y los rasgos que son tomados explícitamente en el corpus de Filosofía con/para niños. Finalmente, se sugiere una imagen diferente para describir el rol docente tomando como clave el concepto de natalidad de Hannah Arendt. De acuerdo al análisis realizado en el presente trabajo, espero poder mostrar la radical diferencia que implica tomar al nacimiento desde la perspectiva socrático-platónica respecto a la de Arendt.<hr/>resumo Neste trabalho, se pretende rever as conseqüências ético-políticas da metáfora de "professor-parteiro" atribuída a Sócrates em Teeteto e revalorizada por diferentes estudiosos para descrever a função e o papel dos professores na Filosofia com/para crianças. Para este fim, o trabalho é dividido em três seções: em (1), é feita uma abordagem da figura socrática no diálogo Menón e as críticas de Jacques Rancière em O Maestro Ignorante são retomadas, ecoadas por Walter Kohan no campo específico da Filosofia com/para crianças. Em seguida, (2) são revisadas diferentes descrições do papel do professor na Filosofia com/para crianças, enfatizando os elementos que são reavaliados da figura socrática. Para Matthew Lipman, uma das chaves para transformar as salas de aula em comunidades de pesquisa filosófica era modificar substancialmente o papel dos professores. Por causa disso, e porque a o professor não deve ensinar no sentido tradicional, diferentes metáforas têm sido buscadas para descrever seu papel. Tendo feito isto, na seção (3), e na hipótese de que a descrição do professor como "guia" é assimilável a muitos dos traços que caracterizam Sócrates, analiso em profundidade a metáfora do "professor-parteiro", estabelecendo as ligações com aqueles desenvolvidos em (1) e (2). É interessante refletir sobre as conseqüências ético-políticas de equiparar um professor a um "professor-parteiro", especialmente se levarmos em conta a descrição completa de Platão em Teeteto e as características que são explicitamente retomadas no corpus de Filosofia com/para crianças. Finalmente, uma imagem diferente é sugerida para descrever a função docente tomando como chave o conceito de nascimento de Hannah Arendt. De acordo com a análise feita no presente trabalho, espero mostrar a diferença radical implícita ao nascer da perspectiva socrático-platônica com respeito à Arendt.<hr/>abstract In this paper, I endeavor to evaluate the ethical-political consequences of the metaphor of "teacher-midwife" awarded to Plato’s Socrates in Theaetetus and its use by different scholars to describe the role of teacher in a Philosophy with/for children (Pf/wC) context. The paper is divided into three sections: first (1) an approach is made to the figure of Socrates in Meno, to the critique of his method as expressed by Jacques Rancière in The Ignorant Schoolmaster, and to the echoing of that critique by Walter Kohan in his evaluation of the pedagogy of Pf/wC. Next, (2) different descriptions of the teacher’s role in Pf/wC are reviewed, emphasizing the elements that emphasize the Socratic figure. For Matthew Lipman, one of the keys to turning classrooms into communities of philosophical inquiry was to substantially modify the teaching role. Because, on Lipman’s account, the teacher should not teach in the traditional sense, different metaphors have been sought to describe her role. In section (3), I argue that a description of the teacher as "guide" can be applied to many features that characterize Socrates. I analyze in depth the metaphor of the "teacher-midwife" establishing the links with those developed in (1) and (2). Emphasis is placed on the ethical-political consequences of equating the teacher with a "teacher-midwife", especially if we take into account Plato's complete description of pedagogical maiusis in Theaetetus, and the centrality of the metaphor in Pf/wC pedagogical practice. Finally, I consider the very different image of the “birth” metaphor that is suggested by Hannah Arendt’s concept of “natality,” and explore its implications for a pedagogical alternative to the Socratic. <![CDATA[algunas implicaciones éticas de la práctica de la filosofía con niñas y niños, y personas adultas]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100008&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumo Este artigo serve de introdução a um dossiê centrado nas implicações éticas da Prática da Filosofia com Crianças e com pessoas adultas. Identifica temas éticos no movimento FpC ao longo de três gerações de teóricos e praticantes, e argumenta que, histórica e materialmente, a transição para uma "nova" hermenêutica da infância que se produziu dentro do movimento FpC pode ser uma resposta à pressão sempre crescente do neoliberalismo e de um capitalismo armado para construir políticas públicas na educação sobre uma super-regulamentação. Um novo relacionamento com a infância poderia proporcionar a agenda ética e política que nossos tempos exigem para fazer filosofia com as crianças com integridade? Poderia uma escuta e uma abertura radical à infância - que tem sido uma característica intrínseca da pedagogia de FpC desde o início - sustentar o movimento através destes tempos sombrios? Finalmente, o texto apresenta um conjunto de artigos escritos em resposta a estas perguntas: Quais deveriam ser, se houver, os compromissos éticos do facilitador de FpC? A neutralidade política/ideológica é exigida do facilitador do FpC? A neutralidade política é possível? O que constitui doutrinação em ambientes educacionais? As crianças são mais vulneráveis à doutrinação do que os adultos e, em caso afirmativo, quais são as implicações desse fato para a prática de FpC? Quais são os usos do FpC no cenário ideológico dramaticamente polarizado em que vivemos atualmente? Quais, se houver, são as responsabilidades éticas de um professor ou professora envolvido em práticas filosóficas? As responsabilidades éticas do praticante filosófico são semelhantes ou diferentes quando os sujeitos são crianças ou adultos? Toda metodologia tem um "currículo oculto"? Se sim, o que é o currículo oculto do FpC? O que distingue a prática dialógica da prática monológica? Uma pode ter a aparência da outra? O "método socrático" (Elenchus), como o concebemos, é dialógico? Quais, se houver, são os usos da ironia na prática filosófica? Sócrates (ou qualquer outro filósofo) deve ser considerado um modelo para os praticantes de PpC?<hr/>abstract This paper acts as an introduction to a dossier centered on the ethical implications of Practicing Philosophy with Children and Adults. It identifies ethical themes in the P4C movement over three generations of theorists and practitioners, and argues that, historically and materially, the transition to a “new” hermeneutics of childhood that has occurred within the P4C movement may be said to have emerged as a response to the ever-increasing pressure of neoliberalism and a weaponized capitalism to construct public policies in education on an over-regulated, prescribed, state-monitored, model. Could a new relationship to childhood provide the ethical and political agenda that our times require for doing philosophy with children with integrity? Could a radical listening and openness to childhood-which has been an intrinsic confessional characteristic of P4C pedagogy from the beginning--sustain the movement through these dark times? Finally, the paper presents a set of articles written in response to these questions: What, if any, should the ethical commitments of the P4C facilitator be? Is political/ideological neutrality required of the P4C facilitator? Is political neutrality possible? What constitutes indoctrination in educational settings? Are children more vulnerable to indoctrination than adults, and if so, what are the implications of that fact for the practice of P4C? What are the uses of P4C in the dramatically polarized ideological landscape we currently inhabit? What, if any, are the ethical responsibilities of a teacher engaging in philosophical practice? Are the philosophical practitioner’s ethical responsibilities similar or different when the subjects are children or adults? Does every methodology have a “hidden curriculum”? If so, what is the hidden curriculum of P4C? What distinguishes dialogical from monological practice? May one have the appearance of the other? Is the “Socratic method” (Elenchus) as we conceive it dialogical? What, if any, are the uses of irony in philosophical practice? Should Socrates (or any other philosopher) be considered a model for P4C practitioners?<hr/>resumen Este artículo sirve de introducción a un dossier centrado en las implicaciones éticas de la Práctica de la Filosofía con niñas y niños, y personas adultas. Identifica temas éticos en el movimiento de la FpN a lo largo de tres generaciones de teóricos y practicantes, y argumenta que, histórica y materialmente, la transición a una "nueva" hermenéutica de la infancia que se ha producido dentro del movimiento de la FpN ha surgido como respuesta a la presión cada vez mayor del neoliberalismo y de un capitalismo armado para construir políticas públicas en educación sobre una base excesivamente regulada. ¿Podría una nueva relación con la infancia proporcionar la agenda ética y política que nuestro tiempo requiere para hacer filosofía con niñas y niños con integridad? ¿Podría una escucha y apertura radicales a la infancia -que ha sido una confesada característica intrínseca de la pedagogía de la FpN desde el principio- sostener el movimiento en estos tiempos oscuros? Por último, el documento presenta un conjunto de artículos escritos en respuesta a estas preguntas: ¿Cuáles deberían ser, en cada caso, los compromisos éticos del animador de FpN? ¿Es necesaria la neutralidad política/ideológica del facilitador de FpN? ¿Es posible la neutralidad política? ¿Qué es el adoctrinamiento en el ámbito educativo? ¿Son las niñas y niños más vulnerables al adoctrinamiento que los adultos y, en caso afirmativo, qué implicaciones tiene este hecho para la práctica de FpN? ¿Cuáles son los usos de FpN en el paisaje ideológico dramáticamente polarizado que habitamos actualmente? ¿Cuáles son, en su caso, las responsabilidades éticas de un docente que ejerce la práctica filosófica? ¿Son las responsabilidades éticas del practicante filosófico similares o diferentes cuando los sujetos son niñas y niños que cuando son adultos? ¿Tiene toda metodología un "currículo oculto"? Si es así, ¿cuál es el currículo oculto de FpN? ¿Qué distingue la práctica dialógica de la monológica? ¿Puede una tener la apariencia de la otra? ¿Es dialógico el "método socrático" (Elenchus) tal y como lo concebimos? ¿Cuáles son los usos de la ironía en la práctica filosófica? ¿Debe considerarse a Sócrates (o a cualquier otro filósofo) como un modelo para los practicantes de FpN? <![CDATA[La infancia y lo (in)decible: poder ubuesco, resistencia y la posibilidad de la justicia]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100101&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumo O artigo, como parte de uma reflexão mais ampla em torno da crítica ao direito ao desenvolvimento e seu impacto nos modos de subjetivação jurídico-política de crianças e adolescentes, problematiza a condição da criança como sujeito sem fala, ou uma fala condicionada a critérios de maturação, ditados pelo referencial adulto, num campo, ademais, delimitado ao que se lhes repute pertinente à sua manifestação. Pautado pelo pensamento da exterioridade, retomamos o debate foucaultiano sobre a pertinência entre verdade e justiça, particularmente da indizibilidade monstruosa das práticas jurídicas e judiciárias, a partir da descrição ubuesca deste poder. Em transposições críticas, analisaremos, pelas contribuições do cinismo clássico (kynismos), apoiados em Foucault, Sloterdijk, Nieheus-Pröbsting, as práticas resistentes - para além da linguagem- de crianças e adolescentes. Tratar-se-á, assim, de colocar a (in)dizibilidade no centro das disputas de poder para nos abrirmos, com Derrida, Rancière, Butler e também Foucault, a repensarmos vulnerabilidades, direitos humanos e a possiblidade da justiça. O texto se desenvolverá com os seguintes eixos de análise:1. Contextualizando o debate foucaultiano sobre verdade e justiça e o lugar do dizível; 2. A (in)dizibilidade no cerne do direito, da infância e da monstruosidade; 3. Poder ubuesco e resistência kynica;e 4. Para concluir: a criança e a possibilidade da justiça.<hr/>resumen El artículo, como parte de una reflexión más amplia en torno a la crítica del derecho al desarrollo y su impacto en los modos de subjetivación jurídico-política de los y las niñas y adolescentes, problematiza la condición del niños como sujeto sin habla, o un habla condicionada a criterios de maduración, dictados por el referencial adulto, en un campo, además, delimitado a lo que se aprecie pertinente en su manifestación. Pautado por el pensamiento de la exterioridad, retomamos el debate foucaultiano sobre la pertinencia entre verdad y justicia, particularmente de la indecibilidad monstruosa de las prácticas jurídicas y judiciales, a partir de la descripción ubuesca de este poder. En transposiciones críticas, analizaremos, a través de las contribuciones del cinismo clásico (kynismos), apoyados en Foucault, Sloterdijk, Nieheus-Pröbsting, las prácticas resistentes -más allá del lenguaje- de niños, niñas y adolescentes. Se tratará, así, de colocar la (in)decibilidad en el centro de las disputas de poder para abrirnos, con Derrida, Rancière, Butler y también Foucault, a repensar vulnerabilidades, derechos humanos y la posibilidad de la justicia. El texto se desenvolverá con los siguientes ejes de análisis: 1. Contextualizando el debate foucaultiano sobre verdad y justicia y el lugar de lo decible; 2. La (in)decibilidad en el corazón del derecho, de la infancia y de la monstruosidad; 3. Poder ubuesco y resistencia kynica; 4. Para concluir: el niño y la posibilidad de la justicia.<hr/>abstract The article, as part of a broader reflection on the criticism of the right to development and its impact on the modes of legal and political subjectivation of children and adolescents, questions the child's condition as a subject without speech, or a speech conditioned to criteria of maturation, dictated by the adult referential, in a field, moreover, limited to what is said to be pertinent to their manifestation. Guided by the thought of exteriority, we return to the Foucauldian debate on the relation between truth and justice, in light of the monstrous unspeakability of legal and judicial practices and the ubuesco of state power. We will analyze, through the contributions of classic cynicism (kynismos), supported by Foucault, and Sloterdijk, Nieheus-Pröbsting, the resistant practices - beyond language - available to children and adolescents, and rethink these power struggles in the context of human rights and the possibility of justice, through the thought of Derrida, Rancière, Butler and Foucault. Our text will develop along the following axes of analysis: 1. Contextualizing the Foucaultian debate on truth and justice and the place of the “sayable”; 2. Considering the (in)sayability at the heart of law, childhood and monstrosity; 3. Framing the struggle between ubuesco power and cynic resistance, and 4. Speculating on our notions of “child” and the possibility of justice. <![CDATA[Dar infancia a la niñez. Notas para una política y poética del tiempo.]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100102&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumen El siguiente texto tiene por objetivo poner en discusión la idea de discrepancia entre niñez e infancia en el contexto de una época gobernada por los atributos de aceleración, auto-aprendizaje, conocimiento provechoso, privilegio del cerebro, división entre carencia y abundancia, anhelo de individuos exitosos, relación unívoca entre saber y utilitarismo y procesos educativos quebrados entre la experiencia igualitaria y la exigencia de rendimiento. La pérdida de la infancia en la niñez es, quizá, la pérdida de la infancia en la humanidad, despojándola del tiempo libre, de la posibilidad de ficción, de creación, de juego, de arte. La pregunta que recorre el artículo es, también, intentar dar cuenta de la cuestión: ¿qué supone escuchar las voces de la infancia en la niñez? ¿Qué hay en ellas? ¿Cómo apreciarlas en cuanto punto de partida de la reinvención de una educación distinta? El objetivo fundamental del artículo es el de construir una política y una poética del tiempo que, en su expresión estética y ética, indiquen la posibilidad de una travesía distinta en la educación para la niñez y para la infancia, en el sentido de la existencia de un tiempo en el que todavía, al decir del escritor Mia Couto, nunca es demasiado tarde.<hr/>resumo O texto que segue tem por objetivo colocar em discussão a ideia de discrepância entre crianças e infância no contexto de uma época governada pelos atributos da aceleração, auto-aprendizagem, conhecimento proveitoso, privilégio do cérebro, divisão entre careza e abundancia, procura de indivíduos exitosos, relação unívoca entre o saber e o utilitarismo e processos educativas partidos entre a experiência igualitária e a exigência de rendimento. A perda da infância entre as crianças é, talvez, a perda da infância na humanidade, tirando dela o tempo livre, a possibilidade de ficção, de criação, do jogo, da arte. A pergunta que o artigo percorre é, também, tentar dar conta da questão: O que supõe escutar as vozes da infância nas crianças? O que existe nelas? Como apreciá-las em tanto ponto de partida para a reinvenção de uma educação diferente? O objetivo fundamental do artigo e aquele de construir uma política e uma poética do tempo que, em sua expressão estética y ética, sinalizassem para a possibilidade de uma travessia diferente na educação para as crianças e para a infância, no sentido da existência de um tempo em que ainda, como diz o escritor Mia Couto, nunca é tarde demais.<hr/>abstract The following text aims to pose the question provoked by the of ​​discrepancy between infancy as defined in the work of Jean-Francois Lyotard and childhood per se, and to do so in the epochal context of an educational temporality governed by the attributes of acceleration, “profitable,” knowledge, cognitivism, rampant inequalities, an ethos of “success” at any cost, a univocal relationship between knowledge and utilitarianism, and a severe conflict between egalitarian organization and experience and the demand for performance. The loss of infancy in childhood is perhaps the loss of infancy in humanity, depriving it of free time, the possibility of fiction, creation, play, and art. The question that permeates the article is, what does it mean to listen to the voices of infancy in childhood? What is being articulated there? How might we appreciate those voices as a starting point for the reinvention of a different form of education? Our fundamental objective is to construct a politics and a poetics of time that, in their aesthetic and ethical expression, indicate the possibility of a different educational journey for children and childhood, based on the sense of the existence of a time for which it is never too late. <![CDATA[Necropolítica, gobierno sobre las infancias y educación del rostro]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100103&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumo Neste artigo, procuramos discutir a recorrência do racismo e do preconceito sobre as vidas e as infâncias negras, diante da agenda regressiva que tem bloqueado o campo das políticas de inclusão social e educacional. Seguindo as investigações inauguradas por Foucault acerca da hipótese do biopoder, revisitamos alguns de seus intérpretes, com o objetivo de discutir os desafios lançados pelo racismo para o governo pedagógico das infâncias e para uma educação dos rostos negros, como campo político de lutas em que e a necropolítica se faz presente e evidencia a dimensão tanatológica da biopolítica. Para tanto, retraçamos algumas cenas da história dos dispositivos de inclusão - em especial, aquelas políticas voltadas às populações negras -, refletimos sobre o racismo incrustado em nosso inconsciente histórico e discutimos a forma como repercute na educação dos rostos em nosso país. Problematizamos, dessa forma, as peculiaridades do preconceito racial brasileiro e exploramos sua face necropolítica, quando voltada ao governo sobre as infâncias e a educação dos rostos negros. Concluímos que essa forma de governamentalidade e de educação necessitam de um movimento de desrostificação para que encontremos no devir que repercute sobre as infâncias e os rostos negros uma clandestinidade capaz de se insurgir contra as ordens majoritárias do homem-branco-heterossexual-cristão-europeu e de criar processos de subjetivação em que possa se aliar a multiplicidade de outros devires minoritários.<hr/>abstract In this article, we seek to discuss the recurrence of racism and prejudice toward black lives and childhoods, in spite of repeated initiatives to overcome it by social and educational policy-makers. Following the investigations launched by Michel Foucault on the biopower hypothesis, we revisit some of his interpreters, with the objective of discussing the challenges posed by racism to pedagogical provisions for black children and-following on a concept offered by Emmanuel Levinas--an education of the Face (el Rostro), as a weapon in the political field of struggle against the thanatological dimension of biopolitics. To do so, we retrace some scenes from the history of inclusion devices - especially those policies aimed at black populations. We reflect on the racism embedded in our historical unconscious and discuss how it affects the education of the black Face in our country. We problematize the peculiarities of Brazilian racial prejudice and explore its necropolitical positioning when it comes to the governance of black childhoods. We conclude that the current form of governmentality and education needs a movement ofde-rostification-deconstuction of the black Face--in order to identify a future for black children that makes it possible to rise up against the hegemonic order of the white-male-heterosexual-christian-European, and to create processes of subjectivation that can build solidarity with the multiplicity of others-becoming-minoritarian.<hr/>resumen En este artículo discutimos la recurrencia del racismo y los prejuicios sobre la vida y las infancias negras, ante los retrocesos que han bloqueado el campo de las políticas de inclusión social y educativas. Siguiendo las investigaciones iniciadas por Foucault sobre la hipótesis del biopoder, revisamos algunos de sus intérpretes, con el objetivo de discutir los desafíos que plantea el racismo para el gobierno pedagógico de las infancias y para la educación de los rostros negros, como campo político de luchas donde la necropolítica está presente y resalta la dimensión tanatológica de la biopolítica. Para ello, repasamos algunas escenas de la historia de los dispositivos de inclusión - especialmente aquellas políticas dirigidas a poblaciones negras -, reflexionamos sobre el racismo incrustado en nuestro inconsciente histórico y discutimos cómo él afecta la educación de rostros en el país. De esta manera, problematizamos las peculiaridades del prejuicio racial brasileño y exploramos su rostro necropolítico, cuando se trata del gobierno sobre la niñez y la educación de los rostros negros. Concluimos que esta forma de gobernamentalidad y educación necesita de un movimiento de desrostificación para que podamos encontrar en el devenir que afecta a las/os niñas/os y rostros negros una clandestinidad capaz de levantarse contra las órdenes mayoritarias del hombre blanco-heterosexual-cristiano-europeo y crear procesos de subjetivación en los que se puede combinar la multiplicidad de otros devenires menores. <![CDATA[El erê y el devenir-niño negro: otros posibles en tiempos necropolíticos]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100104&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumo O objetivo deste artigo é o de investigar como a noção de devir-criança negra, intermediada pela experiência do erê no candomblé nagô suscita outros possíveis existenciais para as crianças em tempos necropolíticos que efetiva-se no jogo da “normose” (Butler, 2019) e tangencia o apagamento da memória. A hipótese central é de que as crianças negras são marcadores de singularidades sociais potentes para se alterar a lógica dos coeficientes mortíferos que perpassam a necropolítica atual. Ao mesmo tempo, sustenta-se que sem o enfrentamento do carrego colonial (Rufino, 2017; 2018) não há como mitigar-se a força e a presença da necropolítica nesses tempos. Para tanto, o texto atualiza a condição da necropolítica contemporânea considerando sua genealogia colonizadora. Em seguida, a partir de pesquisas com crianças negras no candomblé nagô Ilê Axé Omo Oxe Ibalatam, na cidade de São Paulo, destacar-se-á a relação do erê na deflagração do devir-criança negra considerando que o axé (energia vital) denota uma resistência contra a pulsão mortífera dos tempos necropolíticos. O giro potente do erê seria a resistência a toda e qualquer prefiguração de papeis e representação estática de vida, agenciando seus devires “africamiticamente”, bem como suas condições para criar outros possíveis para re-existir em tempos necropolíticos.<hr/>abstract The purpose of this article is to investigate how the notion of a child’s becoming-black is mediated by her experience of the erê-an intermediate psycho-spiritual archetype in Brazilian Candomblé-which in turn raises other existential questions relelvant for children in necropolitical times characterized by “normosis” (Butler, 2019) and loss of historical and cultural memory. The central hypothesis is that black children are signs of powerful social singularities, with the capacity to change the logic of the deadly coefficients that traverse the territory of contemporary necropolitics. At the same time, it maintains that without confronting the colonial burden (Rufino, 2017; 2018) it is impossible to mitigate the power and presence of necropolitics. To achieve that, the text updates the reader on the condition of contemporary necropolitics against the historical backdrop of the colonization process. Then, from research with black children in the Nagô Candomblé Ilê Axé Omo Oxe Ibalatam, located in São Paulo, the focus turns to the resources available in Candomble practice-most especially the mediation of the erê by the axé (vital energy)-that provides for resistance against the deadly energies that characterize these normopathic, necropolitical times. The powerful influence of the erê lies in the resistance to any and all foreshadowing of roles and static representation of life and agency, and in embracing their becoming-African (cf. “Africamite”), as well as working to create the conditions that make it possible to live beyond necropolitical times in the intimation of a new age.<hr/>resumen Este artículo investiga cómo la noción de devenir-niño negro, intermediada por la experiencia del erê en el candomblé nagô, emerge otros posibles existenciales hacia los niños en tiempos necropolíticos que entra en vigor en el juego de la “normosis” (Butler, 2019) y toca el borrado de la memoria. La hipótesis central sostiene que los niños negros son marcas fuertes de potentes singularidades sociales para cambiarse la lógica de los índices mortíferos que están atravesando la necropolítica actual. Sin embargo, al mismo tiempo, se sostiene cuanto es importante enfrentar el peso colonial (Rufino, 2017; 2018), sobre todo para atenuar la fuerza y la presencia de la necropolítica en estos tiempos. Más adelante, con las investigaciones desarrolladas con niños negros en el candomblé nagô Ilê Axé Omo Oxe Ibalatam, localizado en San Pablo - Brasil, se subraya la relación del erê con el devenir-niño negro, considerando que el axé (energía vital) denota resistencia contra el impulso mortal de los tiempos necropolíticos. El giro potente del erê sería la resistencia a todas y a cada una de las prefiguraciones de papeles y representaciones estáticas de la vida, agenciando su devenir "afrikaans", así como sus condiciones para crearse otros posibles y reexistirse en tiempos necropolíticos. <![CDATA[del poder disciplinario al biopoder a la necro política: el niño negro en busca de una infancia descolonizada]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100105&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumo O artigo discute como a emergência do termo “menor” na sociedade brasileira, a partir de meados do século XIX, forjada principalmente pela prática do discurso jurídico e médico, traçou um percurso de institucionalização para as crianças pobres, primeiro, no período pós abolição da escravização até os anos trinta do século passado e, posteriormente, até o período da democratização do Brasil, considerando a promulgação da Constituição Federal de 1988. A análise para os períodos propostos pautou-se tanto no conceito de poder disciplinar quanto no de biopoder, ambos cunhados por Foucault. Ainda, discutiu-se a emergência da criança negra, a partir do seu status de criança cidadã, contida na Constituição Federal de 88 e no Estatuto da Criança e do Adolescente criado na década de 1990. A partir desse período até os dias atuais, o texto versa sobre os novos dispositivos criados pelo Estado Brasileiro, que têm assegurado condições desiguais para as crianças negras e principalmente promovido o aumento de homicídios entre elas. A análise do último período apresentado, fundamentou-se no conceito de Necropolítica, desenvolvido por Achille Mbembe. Por último, defende-se o princípio de que outra infância para a criança negra somente será possível a partir de um devir-outro, uma nova abertura do mundo e, sobretudo, uma descolonização da infância para as crianças pertencentes ao grupo étnico-racial negro.<hr/>resumen El artículo analiza cómo el surgimiento del término “menor” en la sociedad brasileña, a partir de mediados del siglo XIX, forjado principalmente por la práctica del discurso jurídico y médico, trazó un camino de institucionalización para los niños pobres, primero, en el período posterior a la abolición de la esclavitud hasta los años treinta del siglo pasado y, posteriormente, hasta el período de democratización en Brasil, considerando la promulgación de la Constitución Federal de 1988. El análisis de los períodos propuestos se basó tanto en el concepto de poder disciplinario como en el de biopoder, ambos acuñados por Foucault. Asimismo, se discutió el surgimiento del niño negro, con base en su condición de niño ciudadano, contenida en la Constitución Federal de 1988 y el Estatuto del Niño y del Adolescente creado en la década de 1990. Desde ese período hasta la actualidad, el texto trata de los nuevos dispositivos creados por el Estado brasileño, que han asegurado condiciones desiguales para los niños negros y promovido principalmente un aumento de los homicidios entre ellos. El análisis del último período presentado se basó en el concepto de Necro política, desarrollado por Achille Mbembe. Por último, se defiende el principio de que otra infancia para el niño negro solo será posible a partir de un devenir-otro, una nueva apertura del mundo y, sobre todo, una descolonización de la infancia para los niños pertenecientes al grupo étnico-racial negro.<hr/>abstract The article discusses how the emergence of the term "minor" in Brazilian society, from the mid-nineteenth century, forged mainly by the practice of legal and medical discourse, outlined a path of institutionalization for poor children; first, in the post-abolition period of enslavement until the thirties of the last century and, later, until the period of democratization of Brazil, considering the promulgation of the Federal Constitution of 1988. The analysis for the proposed periods was based on the concept of disciplinary power and biopower, both coined by Foucault. Furthermore, the emergence of the black child was discussed, based on its status as a citizen child, contained in the Federal Constitution of 1988, and in the Statute of the Child and Adolescent created in the 1990s. From this period up to the present day, the text deals with the new devices created by the Brazilian State, which have ensured unequal conditions for black children and mainly promoted the increase of homicides among them.The analysis of the last period presented was based on the concept of “necropolitics,” developed by Achille Mbembe. Finally, we defend the principle that another childhood for black child will only be possible through a becoming-other, a new opening of the world and, above all, a decolonization of childhood for children belonging to the black ethnic-racial group. <![CDATA[supervivencia de la infancia sordana en una Sociedad centrada en el lenguaje oral: el caso covid-19 y la viralización de libras]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100106&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumo: Estudos apontam desafios para a aquisição da língua brasileira de sinais (Libras) por crianças surdas. A maioria dos surdos são filhos de pais ouvintes que desconhecem a Libras e o primeiro contato com essa língua pode ocorrer apenas no ambiente escolar. Com o quadro de isolamento social e a impossibilidade de abertura das escolas devido à pandemia do "Novo Coronavírus" estes problemas se agravaram. O projeto denominado #CasaLibras de atenção virtual em Libras às crianças surdas objetivou produzir vídeos com contações de histórias infantis diretamente em Libras. As ações justificam-se como forma de informar, entreter, bem como, estimular o contato dessa língua por crianças surdas em suas casas. Esse artigo pretende analisar esse cenário político, problematizando: 1) as concepções, filosófico-sociais, sobre a surdez, 2) a luta pela sobrevida surda, diante da falta de políticas públicas, sociais e educacionais, numa necropolítica que se afirma na produção da morte (simbólica e real de surdos, pela pauta da adequação de corpos surdos à língua oral e pela falta de informação, expondo-os mais ao risco) das diferenças surdas; e, por fim, 3) a análise dos resultados do projeto #CasaLibras voltado às crianças-surdas. Os dados sugerem uma ampla utilização das mídias e certa viralização da Libras, na pandemia, por meio da ação do povo. Destaca-se a positividade do projeto na promoção da acessibilidade para crianças-surdas e a urgência de ampliação das políticas inclusivas bilíngues que fortaleçam as singularidades dessas vidas, deixando-os menos vulneráveis, física e simbolicamente.<hr/>abstract Studies point out challenges for the acquisition of the Brazilian sign language (Libras) by deaf children. Most deaf people are children of hearing parents who do not know Libras and the first contact with this language can occur only in the school environment. With the situation of social isolation and the impossibility of opening schools due to the "New Coronavirus" pandemic, these problems have worsened. The project called #CasaLibras of virtual attention in Libras for deaf children aimed to produce videos with children's storytelling directly in Libras. The actions are justified as a way of informing, entertaining, as well as, stimulating the contact of this language by deaf children in their homes. This article intends to analyze this political scenario, problematizing: 1) the philosophical-social conceptions about deafness, 2) the struggle for deaf survival, given the lack of public, social and educational policies, in a necropolitics that is affirmed in the production of death (symbolic and real for the deaf, due to the guidelines for the adaptation of deaf bodies to the oral language and the lack of information, exposing them to the risk) of deaf differences; and, finally, 3) the analysis of the results of the #CasaLibras project aimed at deaf children. The data suggest a widespread use of the media and some viralization of Libras, in the pandemic, through the action of the people. It highlights the positivity of the project in promoting accessibility for deaf children and the urgency of expanding inclusive bilingual policies that strengthen the singularities of these lives, leaving them less vulnerable, physically and symbolically.<hr/>resumen Los estudios señalan los desafíos para la adquisición de la lengua de signos brasileña (Libras) por parte de niños sordos. La mayoría de las personas sordas son hijos de padres oyentes que no conocen Libra y el primer contacto con este idioma solo puede ocurrir en el entorno escolar. Con la situación de aislamiento social y la imposibilidad de abrir escuelas por la pandemia del "Nuevo Coronavirus", estos problemas se han agravado. El proyecto denominado #CasaLibras de atención virtual en Libras para niños sordos tenía como objetivo producir videos con cuentos infantiles directamente en Libras. Las acciones se justifican como una forma de informar, entretener, así como, estimular el contacto de este lenguaje por parte de los niños sordos en sus hogares. Este artículo pretende analizar este escenario político, problematizando: 1) las concepciones filosófico-sociales sobre la sordera, 2) la lucha por la supervivencia de los sordos, ante la falta de políticas públicas, sociales y educativas, en una necropolítica que se afirma en la producción de muerte (simbólica y real para los sordos, por las pautas de adaptación de los cuerpos sordos al lenguaje oral y la falta de información, exponiéndolos al riesgo) de las diferencias sordas; y, finalmente, 3) el análisis de los resultados del proyecto #CasaLibras dirigido a niños sordos. Los datos sugieren un uso generalizado de los medios de comunicación y una cierta viralización de Libras, en la pandemia, a través de la acción del pueblo. Destaca la positividad del proyecto en la promoción de la accesibilidad para los niños sordos y la urgencia de expandir políticas bilingües inclusivas que fortalezcan las singularidades de estas vidas, dejándolas menos vulnerables, física y simbólicamente. <![CDATA[the brownies’ book: du bois y la construcción de una referencia literaria para la identidad negra infanto-juvenil]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100107&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumo No período de janeiro de 1920 a dezembro de 1921 uma cooperação entre Jessie Fauset, Augustus Dill e W.E.B. Du Bois resultou na publicação denominada de “The Brownies’ Book” (TBB) a primeira publicação para crianças e jovens negros, e não brancos (colored people), norte-americanos. A criação do “The Brownies’ Book” (TBB) foi um evento pioneiro na literatura afro-americana em geral, pois foi o primeiro periódico composto e publicado por afro-americanos para crianças negras que, até então, procuravam em vão material que incluíssem uma perspectiva de sua experiência e história. O artigo, portanto, parte do pressuposto de que os TBB foram um dos prenúncios do movimento denominado de Renascença do Harlem se constituindo em uma materialização literária infanto-juvenil do caminho rumo à filosofia do Novo Negro (New Negro) na perspectiva do filósofo Alain Locke. O que estava sendo formulado era, tanto a desconstrução dos estereótipos associados ao negro quanto a projeção/criação ativa de uma identificação positiva com a sua comunidade local e de origem ancestral. As estratégias discursivas e práticas de desracialização propostas para “os filhos do sol”, como W.E.B. Du Bois os chamava, para deixarem de se ver “através dos olhos dos outros” (Du Bois, 1903).<hr/>resumen En el período de enero de 1920 a diciembre de 1921, una cooperación entre Jessie Fauset, Augustus Dill y W.E.B. Du Bois resultó en la publicación llamada "The Brownies’ Book" (TBB), la primera publicación para niños y jóvenes negros y no blancos (personas de color) de América del Norte. La creación de “The Brownies 'Book” (TBB) fue un evento pionero en la literatura afroamericana en general y, más específicamente, en el campo de la literatura infantil afroamericana, ya que fue la primera revista compuesta y publicada por afroamericanos para niños negros que, hasta entonces, buscaban en vano material que incluyera una perspectiva de su experiencia e historia. El artículo, por tanto, asume que los TBBs fueron uno de los precursores del movimiento llamado Harlem Renaissance, constituyendo una materialización literaria infantil del camino hacia la filosofía del Nuevo Negro (New Negro) en la perspectiva del filósofo Alain Locke. Lo que se estaba formulando era tanto la deconstrucción de los estereotipos asociados con los negros como la proyección/creación activa de una identificación positiva con su comunidad local y ancestral. Así, uno de los aspectos importantes es identificar, después de la Primera Guerra Mundial, las estrategias discursivas y las prácticas de des-racialización propuestas para “los hijos del sol”, como los llamó W.E.B. Du Bois, para dejar de verse a sí mismos “a través de los ojos de otros” (Du Bois, 1903).<hr/>abstract In the period from January 1920 to December 1921 a cooperation between Jessie Fauset, Augustus Dill and W.E.B. Du Bois resulted in the publication of a periodical called “The Brownies’ Book” (TBB) the first publication for North American black, and not white (colored people) children and young people. The creation of “The Brownies' Book” (TBB) was a pioneering event in African American literature in general and, more specifically, in the field of African American children's literature, as it was the first periodical composed and published by African Americans for black children who, until then, searched in vain for material that included a perspective on their experience and history. This article argues that the TBBs were one of the harbingers of the movement called the Harlem Renaissance, constituting a children's literary materialization of the path towards the emergence of what the philosopher Alain Locke called the New Negro. What was being formulated was both the deconstruction of stereotypes associated with blacks and the active projection/creation of a positive identification with their local and ancestral community. This paper seeks to identify the post-WWI discursive strategies and practices of de-racialization proposed for “the children of the sun”, as W.E.B. Du Bois called them, in order to stop seeing themselves “through the eyes of others” (Du Bois, 1903). <![CDATA[pensar otros posibles entre infancias y necropolíticas]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100108&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumo Ao se objetivar a publicação do presente dossiê, intenta-se colocar em cena uma série de investigações cujos desafios e cujas abordagens, problematizações e experimentações levem em consideração o amplo espectro da necropolítica. Entretanto, ao se enfatizar os lugares das infâncias contemporâneas em tal cenário, sublinha-se o complexo nódulo que as crianças negras ocupam na necropolítica. Numa via, pelo fato de serem, contra suas vontades, capacidades humanas e decisões, herdeiras de uma situação histórico-social de matriz necropolítica. As crianças negras, assim, nascem territorializadas num contexto necropolítico inequívoco. Em outra via, as crianças compõem relevante aceno na formação de estratégias de tensão e de modificação nos quadros necropolítico. Se as crianças aprendem a ser racistas, desde a mais precípua socialização, na ampla lógica necropolítica, também podem aprender a não ser racistas. Indagar por outros possíveis, tomando por centralidade as crianças, é atentar-se para toda experimentação que as crianças são capazes de empreender como desterritorialização necropolítica. Para tanto, sustenta-se que outros possíveis para uma comunidade de vida, movida por políticas de afetos, sensíveis às singularidades e diferenças humanas, produzindo valores para além da cova profunda da herança maldita colonial, não se faz sem a educação. Assim, a sucessão dos artigos que este dossiê apresenta, por perspectivas múltiplas e diferentes, com abordagens peculiares e preocupações próprias, tonalizando ênfases variadas e originais, traz um esforço coletivo de se produzir outros possíveis para as crianças no mundo contemporâneo.<hr/>resumen Con el objetivo de se publicar este dossier, se intenta colocar en escena una serie de investigaciones cuyos retos y cuyas abordajes, problematizaciones y experimentaciones, lleven en consideración el largo espectro de la necropolítica. Todavía, al enfatizarse los lugares de las infancias contemporáneas en todo ese escenario, se subraya el complejo nódulo ocupado por los niños negros en la necropolítica. En una vía, pelo hecho de existieren, contra sus voluntades, capacidades humanas y decisiones, como herederas de una situación histórica-social de matriz necropolítica. Los niños negros nascen territorializados por un contexto necropolítico innegable. En otra vía, los niños componen relevante gesto en la formación de las estrategias de tensión y de modificación en los cuadros necropolíticos. Si los niños aprenden a ser racistas, a partir de la más precipua socialización, en la larga lógica necropolítica, también pueden aprender a no ser racistas. Cuestionar por otros posibles, teniéndose por centralidad los niños, es atentarse hacia toda experimentación que los niños son capaces de emprender como desterritoralización necropolítica. Para lográrselo, se sostén que otros posibles para una comunidad de vida, movida por políticas de afectos, sensible a las singularidades y diferencias humanas, produciendo valores más allá de la profunda herencia colonial maldita, no se hace sin la educación. Así, la sucesión de los artículos que este dosier presenta, desde múltiples perspectivas y diferencias de abordajes, conllevando preocupaciones propias, marcando énfasis variadas y originales, trae un esfuerzo colectivo de producirse otros posibles hacia los niños del mundo contemporáneo.<hr/>abstract By publishing this dossier, it is intended to put in place a series of investigations whose challenges and approaches, problematizations and experiments take into account the broad spectrum of necropolitics. However, when emphasizing the places of contemporary childhoods in such a setting, it underlines the complex nodule that black children occupy in the necropolitics. In one way, because they are, against their will, human capacities and decisions, inheritors of a historical-social situation of a necropolitical matrix. Black children are born, thus, territorialized in an unequivocal necropolitical context. In another way, children make a relevant nod in the formation of tension and modification strategies in the necropolitical frameworks. If children learn to be racist, since the first socialization, in the broad necropolitical logic, they can also learn not to be racist. To inquire for other possibilities, taking children as centrality, is to pay attention to all the experimentation that children are able to undertake as a necropolitical deterritorialization. For such, it is maintained that other possibilities for a life community driven by affection politic, sensitive to human singularities and differences, producing values beyond the deep pit of the cursed colonial heritage, are not possible without education. Thus, the succession of articles presented in this dossier, from multiple and different perspectives, with peculiar approaches and concerns of their own, emphasizing varied and original emphases, brings a collective effort to produce other possibilities for children in the contemporary world. <![CDATA[<em>¿</em>a prueba de balas? necroinfancias “cariocas”, violencia de Estado y filosofías de la calle]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100109&lng=es&nrm=iso&tlng=es Resumo O ensaio objetiva refletir sobre os impactos da violência de Estado nas vidas e infâncias negras. Nas andanças pela cidade do Rio de Janeiro e nas trilhas teóricas propostas por pensadores/as antirracistas e decoloniais, discute-se os impactos e desafios do racismo nos itinerários formativos e existenciais de corpos racializados, atravessados pela necropolítica pública que fornece as premissas do governo pedagógico das infâncias e adolescências periféricas nas grandes cidades brasileiras. A partir do encontro com M., 11 anos, que vende chicletes no entorno de uma estação carioca de trem, problematizam-se as vulnerabilidades produzidas e as violações sistemáticas aos direitos humanos de crianças negras, que obstaculizam a justiça racial no país, em face da conversão permanente das diferenças em desigualdades inferiorizadas. A violência dessa injustiça, seguindo o argumento desenvolvido no texto, culmina por operar o reforço do vilipêndio e da naturalização das iniquidades raciais contra populações historicamente inferiorizadas pela sanha colonial. Aponta-se, ademais, para a necessidade de pensar as infâncias negras desde o território, com vistas a problematizar iniquidades e disparidades que persistem. Conclui-se, por fim, que a captura e nulificação das infâncias negras é um projeto de Estado pautado por práticas de subjetivação criminalizantes e estereotipadas, que brutalizam os corpos e desumanizam vidas negras.<hr/>abstract This essay aims to reflect on the impacts of state violence upon black lives and childhoods. In the wanderings through the city of Rio de Janeiro and in the theoretical trails proposed by antiracist and decolonial thinkers, we discuss the impacts and challenges of racism in the formative and existential itineraries of racialized bodies, crossed by the public necropolitics that provides the premises of the pedagogical government of peripheral childhoods and adolescences in large Brazilian cities. From the bumping into M., 11 years old, who sells chewing gum in the surroundings of a train station in Rio de Janeiro, we problematize the vulnerabilities produced and the systematic violations of the black children’s human rights, which hinder racial justice in the country, in face of the permanent conversion of differences into inferiorized inequalities. The violence of this injustice, according to the argument developed in the text, culminates in the reinforcement of the vilification and naturalization of racial inequalities against populations historically inferiorized by the colonial wrath. It also points to the need to think about black childhoods from the territory, in order to problematize inequities and disparities that persist. We conclude, finally, that the capture and nullification of black childhoods is a State project, guided by criminalizing and stereotyping practices of subjectivation which brutalize bodies and dehumanize black lives.<hr/>resumen El ensayo pretende reflexionar sobre las repercusiones de la violencia de Estado en las vidas e infancias negras. En las andanzas por la ciudad de Río de Janeiro y en los recorridos teóricos propuestos por pensadores antirracistas y decoloniales, se discuten los impactos y desafíos del racismo en los itinerarios formativos y existenciales de los cuerpos racializados, atravesados por la necropolítica pública que proporciona las premisas del gobierno pedagógico de las infancias y adolescencias periféricas en las grandes ciudades brasileñas. A partir del encuentro con M., de 11 años, que vende chicles en los alrededores de una estación de tren en Río de Janeiro, se problematizan las vulnerabilizaciones producidas y las violaciones sistemáticas de los derechos humanos de niñas y niños negros, que obstaculizan la justicia racial en el país, ante la permanente conversión de las diferencias en desigualdades inferiorizadas. La violencia de esta injusticia, siguiendo el argumento desarrollado en el texto, termina operando un refuerzo del vilipendio y la naturalización de las inequidades raciales contra poblaciones históricamente inferiorizadas por la saña colonial. Se señala, además, la necesidad de pensar las infancias negras desde el territorio, a los fines de problematizar las inequidades y disparidades que persisten. Se concluye, finalmente, que la captura y nulificación de las infancias negras es un proyecto de Estado guiado por prácticas de subjetivación criminalizantes y estereotipadas, que embrutecen los cuerpos y deshumanizan las vidas negras. <![CDATA[¿Hay una forma de ciudadanía específica de la filosofía para niños?]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100201&lng=es&nrm=iso&tlng=es abstract Due to the obvious and widely studied Deweyan foundations in the educational program elaborated by philosopher Mathew Lipman, Philosophy for Children (P4C) is often presented as a continuation of Dewey’s ideal, which understands democracy as a “mode of associated living.” I argue that there is a democratic model specific to Lipman’s P4C that cannot be reduced to Dewey’s theories. To do so, I propose to compare Dewey’s and Lipman’s educational models through the Bourdieusian notion of habitus, understood as a set of lasting mental dispositions, following a specific social conditioning, revealed by some practical habits. Studying Dewey’s and Lipman’s educational recommendations concerning inquiry in depth not only reveals that they are structured according to different rationalities, it also highlights the fact that they tend to develop different habits and dispositions in the child, that ultimately form two distinct forms of citizen habitus. Dewey’s habitus could be called experimental and Lipman’s habitus dialogical, and they both correspond to their respective reflections on democracy and the role a citizen should be playing in it. I conclude by highlighting the interesting possibilities that stem from the analysis and comparison of educational models through the notion of habitus.<hr/>resumen Debido a los obvios y ampliamente estudiados fundamentos deweyanos en el programa educativo elaborado por el filósofo Matthew Lipman, Filosofía para Niños (FpN) a menudo es presentada como una continuación del ideal democrático de Dewey. Sostengo que existe un modelo democrático específico a la Filosofía para Niños de Lipman, que no puede ser reducido a las teorías de Dewey. Para hacer esto, propongo de comparar los modelos educativos de Dewey y Lipman a través de la noción bourdieuana de habitus, entendida como un conjunto de disposiciones mentales duraderas, que siguen un específico condicionamiento social y que se revelan en algunos hábitos prácticos. Estudiar en profundidad las recomendaciones educativas de Dewey y Lipman en relación a la investigación, no sólo revela que se estructuran de manera acorde a diferentes racionalidades, sino que además destaca el hecho de que tienden a desarrollar diferentes hábitos y disposiciones en el niño, que en última instancia forman dos habitus ciudadanos distintos. El habitus de Dewey podría ser llamado experimental, y el habitus de Lipman dialógico, y ambos se corresponden con sus respectivas reflexiones sobre la democracia y el rol que un ciudadano debería desempeñar. Concluyo subrayando las interesantes posibilidades que brotan del análisis y comparación de los modelos educativos a través de la noción de habitus.<hr/>resumo Devido aos óbvios e amplamente estudados fundamentos Deweyanos presentes no programa educacional elaborado pelo filósofo Mathew Lipman, a Filosofia para Crianças é frequentemente apresentada como uma continuação do ideal democrático de Dewey, como um modo de vida associado. Sustento que existe um modelo democrático específico à Filosofia para Crianças elaborada por Lipman, que não pode ser reduzida às teorias de Dewey. Para tanto, proponho comparar os modelos educacionais de Dewey e de Lipman por meio da noção bourdieusiana do habitus, entendida como um conjunto de disposições mentais duradouras, provenientes de um condicionamento social específico, que se manifesta por alguns hábitos práticos. Estudar em profundidade as recomendações educacionais de Dewey e de Lipman relativas à investigação não só revela que elas estão estruturadas de acordo com diferentes racionalidades, mas também destaca o fato de que tendem a desenvolver hábitos e disposições diferentes na criança, que acabam por formar dois habitus de cidadão distintos. O habitus de Dewey pode ser denominado experimental, e o habitus de Lipman dialógico, e ambos correspondem às suas respectivas reflexões sobre a democracia e o papel que um cidadão deve desempenhar. Concluo destacando as possibilidades interessantes que emergem da análise e da comparação de modelos educacionais por meio da noção de habitus. <![CDATA[El teatro-foro se encuentra con la filosofía para/con niños: exploración corporal de situaciones difíciles en la comunidad de investigación filosófica]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100202&lng=es&nrm=iso&tlng=es abstract This paper introduces Augusto Boal’s theatre practices, specifically forum theatre, to the Philosophy for/with Children [P4wC] movement. By connecting Boal’s pedagogy with P4wC, we show how forum theatre techniques can empower child-participants to physically engage in Communities of Philosophical Inquiry [CPIs] centered on challenging situations that they experience. To do this, we introduce and summarize aspects of Boal’s pedagogy, including his theoretical insights and methodological frameworks, with extensive reference to his book Theatre of the Oppressed. We follow with a discussion of some of the connections between the Theatre of the Oppressed movement and P4wC; specifically, we look at these movement’s similar conceptions of the relationship between self and community, and the similar methodological role of both stimuli and facilitators. We end by laying out several ways in which theatre practitioners and educators have used forum theatre with children, and suggest how P4wC facilitators might utilize Boal’s methods within CPI. We argue that Boal’s work offers methodological tools and theoretical insights that can supplement the P4wC movement by creating more physical, creative and inclusive spaces for philosophical engagement. Ultimately, we contend that the unification of these two movements has much to contribute to the ongoing development of pedagogical practices in P4wC. Thus, we call for more research regarding Boal’s methods, as well as other participatory theatre practices, in the practice of CPI.<hr/>resumen Este artículo introduce las prácticas teatrales de Augusto Boal, específicamente las del teatro-foro, en el movimiento de Filosofía para/con Niños [Fp/cN]. Al conectar la pedagogía de Boal con la Fp/cN, mostramos cómo las técnicas del teatro-foro pueden dar a los niños-participantes el poder de involucrarse en Comunidades de Investigación Filosófica [CIFs] centradas en situaciones difíciles que experimentan. Para hacer esto, introducimos y compendiamos algunos aspectos de la pedagogía de Boal, incluyendo sus perspectivas teóricas y marcos metodológicos, con extensas referencias a su libro Teatro del Oprimido. Continuamos con una discusión de algunas de las conexiones entre el movimiento del Teatro del Oprimido y Fp/cN; específicamente, observamos las concepciones similares que ambos movimientos tienen respecto de la relación entre uno mismo y la comunidad, y el rol metodológico similar que juegan estímulos y facilitadores. Cerramos con una presentación de varias maneras en que practicantes teatrales y educadores han usado el teatro-foro con niños y niñas, y sugerimos cómo los facilitadores de Fp/cN podrían utilizar los métodos de Boal en la CIF. Esperamos generar la impresión de que el trabajo de Boal ofrece herramientas metodológicas y perspectivas teóricas que pueden suplementar el movimiento de Fp/cN a los fines de crear espacios más corporales, creativos e inclusivos para el trabajo filosófico. Por último, alegamos que la unidad de estos dos movimientos tiene mucho más para aportar al actual desarrollo de prácticas pedagógicas en Fp/cN. Por lo tanto, hacemos una llamada a multiplicar las investigaciones acerca de los métodos de Boal y otras prácticas teatrales participativas en la CIF.<hr/>resumo Este artigo apresenta as práticas teatrais de Augusto Boal, especificamente o teatro fórum, ao movimento Filosofia para/com Crianças FpcC. Ao conectar a pedagogia de Boal com FpcC, mostramos como as técnicas de teatro-fórum podem capacitar crianças participantes a se envolver fisicamente em Comunidades de Investigação Filosófica [CIFs] centradas em situações desafiadoras que elas vivenciam. Para fazer isso, apresentamos e resumimos aspectos da pedagogia de Boal, incluindo seus insights teóricos e estruturas metodológicas, com extensa referência a seu livro Teatro do Oprimido. Seguimos com uma discussão sobre algumas das conexões entre o movimento Teatro do Oprimido e o FpcC; especificamente, olhamos para as concepções semelhantes que ambos movimentos tem entre o eu e a comunidade, e o papel metodológico semelhante de estímulos e facilitadores. Terminamos expondo várias maneiras pelas quais os profissionais de teatro e educadores usaram o teatro fórum com crianças e sugerimos como os facilitadores do FpcC podem utilizar os métodos de Boal dentro da CIF. Argumentamos que o trabalho de Boal oferece ferramentas metodológicas e percepções teóricas que podem complementar o movimento FpcC, criando espaços mais corporais, criativos e inclusivos para o envolvimento filosófico. Por fim, afirmamos que a unificação desses dois movimentos tem muito a contribuir para o desenvolvimento contínuo das práticas pedagógicas no FpcC. Assim, fazemos um chamado por mais pesquisas sobre os métodos de Boal, bem como outras práticas de teatro participativo, na prática do CPI. <![CDATA[Música, autismo y diferencias: representación como violencia en levinas y deleuze]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100203&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumo O objetivo do presente artigo consiste em investigar e discutir as noções de diferença e representação em Emmanuel Levinas e Gilles Deleuze, articulando tais noções com um projeto de extensão universitária, uma oficina de música no autismo. A metodologia utilizada é a revisão não sistemática da literatura, por meio da seleção das obras Totalidade e Infinito e Entre Nós - ensaios sobre a alteridade, de Levinas; e “A concepção da diferença em Bergson” e Diferença e Repetição, de Deleuze, além de referências secundárias. As principais articulações da investigação realizada com a Oficina de Música consistem em aspectos como a tomada de responsabilidade pela criança autista, por meio de relações assimétricas, que se dão pela via da sensibilidade, aquém de qualquer representação, não totalizando a alteridade e mantendo, ao mesmo tempo, sua diferença radical. Além disto, há a ênfase no trabalho à diferença de cada criança, para além de sua identidade diagnóstica, entendendo-se que todos os participantes encontram-se em processos únicos de diferenciação e que algumas diferenças não são mais privilegiadas que outras, que tais hierarquias são determinadas por relações de poder. Outra contribuição desta articulação se dá na ênfase aos fluxos afetivos intensivos das crianças e à construção de relações de afetação mútua, que aumentam a circulação da potência de vida em cada uma delas. Ratifica-se, por fim, o Projeto como uma proposta para uma clínica, estética, ética e uma política da diferença, alternativa às práticas hegemônicas no autismo na contemporaneidade.<hr/>abstract The aim of this article is to investigate and discuss the notions of difference and representation in Emmanuel Levinas and Gilles Deleuze, articulating such notions through the example of a university extension project involving the formation of a musical ensemble composed of autistic children. Our research involved a review of four major philosophical works-Emmanuel Levinas’ Totality and Infinity; Among Us: Essays On Alterity; and “The Concept Of Difference In Bergson”; and Gilles Deleuze’s Difference and Repetition--in addition to secondary references. The main articulations of the investigation carried out in the Music Group consist of aspects such as: taking responsibility for the autistic child through cultivating asymmetrical relationships, a process that takes place through sensibility, below any representation; and not totalizing the alterity involved while maintaining, at the same time, its radical difference. In addition, there is an emphasis in the work on the difference of each child, beyond his or her diagnostic identity, understanding that all participants are undergoing unique processes of differentiation, and that some differences are not more privileged than others, in that that such hierarchies are determined by power relations. Another contribution of this research is the emphasis on the intensive affective flows of children, and the construction of relationships of mutual affection, which increases the circulation of vital energy in each one. Finally, the results of the project are offered as guidelines for clinical practice, and for the cultivation of a politics of difference, as an alternative to hegemonic practices in autism studies in contemporary times.<hr/>resumen El objetivo del presente artículo consiste en investigar y discutir las nociones de diferencia y representación en Emmanuel Levinas y Gilles Deleuze, articulando dichas nociones con un proyecto de extensión universitaria, un taller de música en el autismo. La metodología utilizada es la revisión no sistemática de la literatura, mediante la selección de las obras Totalidad e Infinito y Entre Nosotros - ensayos sobre la alteridad de Levinas, y “El concepto de diferencia en Bergson” y Diferencia y repetición de Deleuze, además de referencias secundarias. Las principales articulaciones de la investigación realizada con el Taller de Música consisten en aspectos como la adquisición de responsabilidad del niño autista, a través de relaciones asimétricas, que se dan por vía de la sensibilidad, antes de figurarse cualquier representación, no totalizando la alteridad y manteniendo, al mismo tiempo , su diferencia radical. Además, se hace énfasis en trabajar con la diferencia de cada niño, más allá de su identidad diagnóstica, entendiéndose que todos los participantes se encontraban en procesos únicos de diferenciación y que algunas diferencias no son más privilegiadas que otras, que tales jerarquías son determinadas por relaciones de poder. Otro aporte de esta articulación es el énfasis en los flujos afectivos intensivos de los niños y la construcción de relaciones de afectación mutua, que aumentan la circulación del poder vital en cada uno. Finalmente, el Proyecto se ratifica como una propuesta de clínica, estética, ética y una política de la diferencia, alternativa a las prácticas hegemónicas en el autismo en la contemporaneidad. <![CDATA[Cartografía infantil: enfoques metodológicos seguidos de experiencias con niños y jóvenes de portugal y brasil]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100204&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumo Este artigo tem um objetivo duplo que se consigna em situar, teórica e empiricamente, a cartografia infantil como metodologia de investigação-intervenção. Situaremos, num primeiro movimento, a cartografia infantil em suas bases epistemológicas e filosóficas, tendo como inspiração as concepções cartográficas da filosofia de Deleuze &amp; Guattari e seus comentadores. A aposta em uma cartografia junto às infâncias desloca o olhar e o agir de uma pesquisa a dimensões outrora imperceptíveis ou mesmo relegadas a um plano de menor valia. Ao invés de somente se interessar pelo que as infâncias dizem, uma cartografia infantil lança seu mapa sensível às forças que estão imbricadas nestes dizeres, forças que se revelam no processo de convivência das infâncias com o aparato humano e inumano que circunscreve uma pesquisa. Num segundo momento explicitaremos como a cartografia infantil se situa, potencialmente, no “estar-a-ser-criança”, apresentando duas experiências cartográficas realizadas com crianças e jovens de Portugal e Brasil. Terminamos o texto com uma reflexão sobre como as cartografías infantis podem configurar-se com uma possibilidade de crianças e adultos abrirem mundo lado a lado.<hr/>abstract This article has a double objective that aims to situate, theoretically and empirically, children's cartography as a research methodology. In a first movement, we will situate children's cartography in its epistemological and philosophical bases, having as inspiration the cartographic conceptions of the philosophy of Deleuze &amp; Guattari and his commentators. The introduction of cartography with children shifts our research perspectives to include dimensions that were once imperceptible or relegated to a plane of lesser value: it maps, not just what children see, but what they say, and chronicles the coexistence of children and the world in ways not previously available to adult-organized research vehicles. We illustrate by chronicling two cartographic experiences carried out with children and young people from Portugal and Brazil, and finish with a reflection on how researchers might configure mapping experiences that act to open the worlds of adults and children to each other.<hr/>resumen Este artículo tiene un doble objetivo que pretende situar, teórica y empíricamente, la cartografía infantil como metodología de investigación-intervención con niños pequeños. Situaremos, en un primer movimiento, la cartografía infantil en sus bases epistemológicas y filosóficas, teniendo como inspiración las concepciones cartográficas de la filosofía de Deleuze &amp; Guattari y sus comentaristas. La apuesta por una cartografía junto a las infancias desplaza la mirada y la acción de una investigación hacia dimensiones que antes eran imperceptibles o incluso relegadas a un plano de menor valor. En vez de sólo interesarse por lo que las infancias dicen, una cartografía infantil lanza su mapa sensible a las fuerzas entrelazadas en estos dichos, fuerzas que se revelan durante el proceso de convivencia de las infancias con el aparato humano e inhumano que circunscribe una investigación. En un segundo momento, explicaremos cómo se sitúa la cartografía infantil, potencialmente, en el “estar-a-ser-niño”, presentando dos experiencias cartográficas realizadas con niños y jóvenes de Portugal y Brasil. Terminamos el texto con una reflexión sobre cómo se puede configurar la cartografía infantil con la posibilidad de que niños y adultos se abran al mundo uno al lado del otro. <![CDATA[‘Viendo’ con/dentro el mundo: devenir-pequeño]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100205&lng=es&nrm=iso&tlng=es abstract Critical posthumanism is an invitation to think differently about knowledge and educational relationality between humans and the more-than-human. This philosophical and political shift in subjectivity builds on, and is entangled with, poststructuralism and phenomenology. In this paper we read diffractively through one another the theories of Finnish architect Juhani Pallasmaa and feminist posthumanists Karen Barad and Rosi Braidotti. We explore the implications of the so-called ‘ontological turn’ for early childhood education. With its emphasis on a moving away from the dominant role of human vision (knowing and seeing) in educational research we show how videoing and photographing works as an apparatus in an analysis of data from an inner-city school in Johannesburg, South Africa. We are struck by children’s seeing with the ‘eyes of their skin’ (Pallasmaa) and ‘seeing’ with/in the world (posthumanism), as their obvious distress is felt when a small tree sapling has been mowed down in a nearby park. We analyse the event with the help of a variation on Deleuze’s notion of ‘becoming-child’: ‘becoming-little’, and Anna Tsing’s ‘the arts of noticing’. ‘Becoming-little’ as a methodology disrupts the adult/child binary that positions ‘little’, younger humans as inferior to their ‘bigger’ fully human counterparts. We exemplify ‘becoming-little’ through 4 and 5 year-olds’ learning with the little tree and adopt Barad’s temporal diffraction to ‘see’ what is in/visible in the park: the extractive, exploitative, colonising mining practices of White settlers. These are still part of the land on which the park was created but are in/visible beneath the ‘skin’ of the earth.<hr/>resumen El posthumanismo critic es una invitación a pensar de otra manera acerca del conocimiento y la relacionalidad educativa entre los humanos y los más-que-humanos. Este cambio filosófico y político en la subjetividad se construye sobre el postestructuralismo y la fenomenología, y está enredado con ellos. En este artículo leemos difractivamente una y otra teorías del arquitecto finlandés Juhani Pallasmaa y las feministas posthumanistas Karen Barad y Rosi Braidotti. Exploramos las implicancias del llamado ‘giro ontológico’ en la educación para la primera infancia. Con su énfasis en un alejamiento del rol dominante de la visión humana (saber y ver) en la investigación educativa, mostramos cómo el video y la fotografía funcionan como aparato en el análisis de datos de una escuela del centro urbano de Johannesburgo, Sudáfrica. Nos impacta el hecho de que los niños vean con los “ojos de su piel” (Pallasmaa) y “vean” con/dentro del mundo (posthumanismo) en tanto se percibe su obvio malestar y preocupación cuando un árbol joven es cortado en un parque cercano. Analizamos el evento con la ayuda de una variación de la noción de Deleuze de “devenir-niño”: “devenir-pequeño”, y de “el arte de notar” de Anna Tsing. Como metodología “devenir-pequeño” disrrumpe el binario adulto/niño que posiciona a los humanos “pequeños”, más jóvenes como inferiores a sus contrapartes “más grandes” completamente humanas. Ejemplificamos el “devenir-pequeño” a través del aprendizaje de niños de 4 y 5 años con el arbolito y adoptamos la difracción temporal de Barad para “ver” qué es in/visible en el parque: las prácticas mineras extractivas, explotadoras y colonizadoras de los colonos Blancos. Estas todavía son parte del terreno en el que el parque fue creado pero son in/visibles debajo de la “piel” de la tierra.<hr/>resumo O pós-humanismo crítico é um convite a pensar de outra forma sobre o conhecimento e a relacionalidade educacional entre os humanos e o mais-que-humano. Essa mudança filosófica e política na subjetividade se baseia e se enreda no pós-estruturalismo e na fenomenologia. Neste artigo, lemos, de forma difrativa, as teorias do arquiteto finlandês Juhani Pallasmaa e das pós-humanistas feministas Karen Barad e Rosi Braidotti. Exploramos as implicações da chamada "virada ontológica" para a educação da primeira infância Com sua ênfase no afastamento do papel dominante da visão humana (saber e ver) na pesquisa educacional, mostramos como o vídeo e a fotografia funcionam como um aparato na análise de dados de uma escola no centro de Joanesburgo, África do Sul. Ficamos impressionados com as crianças vendo com os "olhos de sua pele" (Pallasmaa) e "vendo" com / no mundo (pós-humanismo), já que sua óbvia angústia é sentida quando uma pequena muda de árvore foi ceifada em um parque próximo. Analisamos o evento com a ajuda de uma variação da noção de "tornar-se-criança" de Deleuze: "tornar-se-criança" e "as artes de perceber" de Anna Tsing. ‘Tornar-se pequeno’ como metodologia perturba o binário adulto / criança que posiciona ‘pequenos’, humanos mais jovens, como inferiores a seus ‘maiores’ totalmente humanos. Nós exemplificamos o "tornar-se pequeno" por meio da aprendizagem de crianças de 4 e 5 anos com a pequena árvore e adotamos a difração temporal de Barad para "ver" o que é in/visível no parque: as práticas de mineração extrativistas, exploradoras e colonizadoras dos colonos brancos. Eles ainda fazem parte da terra na qual o parque foi criado, mas são in/visíveis sob a "pele" da terra. <![CDATA[La noción de juego de fink en el contexto de la investigación filosófica con niños(as)]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100206&lng=es&nrm=iso&tlng=es abstract Research in education indicates that the Philosophy for Children (P4C) curriculum is instrumental in achieving important educational objectives. And yet, it is precisely this instrumentalist conception of P4C that has been challenged by a second generation of P4C scholars. Among other things, these scholars argue that P4C must remain vigilant toward, and avoid subscribing to 1) developmentalism and 2) a reductive identification of thinking with rationality. On the contrary, they suggest that P4C must ensure that it gives voice to childhood, allowing it to enter a genuine dialogue with adulthood. Scholars who defend a non-reductive and non-instrumentalist approach to P4C, highlight the significance of play in philosophy sessions with children. In this paper I examine the extent to which the philosophical inquiry that takes place in the context P4C can be understood as a playful activity. I submit that Fink’s account of play can help us reach a better understanding of what we mean by play, which in turn can help us examine the compatibility between the activities of P4C and play. In the first part of the paper, I examine some of the basic ideas of P4C and raise the question about the compatibility of philosophical inquiry and play. In the second part of the paper, I engage in a philosophical appreciation of play by drawing on the work of Eugen Fink. In the final part of the paper, I show how play - understood along Fink’s lines - is compatible with philosophical inquiry as practiced in school settings.<hr/>resumen La investigación en educación indica que el curriculum de Filosofía para Niños (P4C) es instrumental para lograr importantes objetivos educativos. Sin embargo, es precisamente esta concepción instrumentalista de FpN la que ha sido cuestionada por una segunda generación de estudiosos de FpN. Entre otras cosas, estos estudiosos sostienen que FpN debe permanecer vigilante y evitar suscribir 1) el desarrollismo y 2) una identificación reductora del pensamiento a la racionalidad. Por el contrario, sugieren que FpN debe asegurarse dar voz a la infancia, permitiéndole entrar en un auténtico diálogo con la edad adulta. Los estudiosos que defienden un enfoque no reductivo y no instrumentalista de FpN, destacan la importancia del juego en las sesiones de filosofía con niñas y niños. En este artículo examino hasta qué punto la indagación filosófica que tiene lugar en el contexto de FpN puede entenderse como una actividad lúdica. Sostengo que la descripción del juego de Fink puede ayudarnos a comprender mejor lo que entendemos por juego, lo que a su vez puede ayudarnos a examinar la compatibilidad entre las actividades de FpN y el juego. En la primera parte del artículo, examino algunas de las ideas básicas de FpN y planteo la cuestión de la compatibilidad entre investigación filosófica y juego. En la segunda parte del artículo, me dedico a la apreciación filosófica del juego basándome en la obra de Eugen Fink. En la última parte del artículo, muestro cómo el juego -entendido según la línea de Fink- es compatible con la indagación filosófica tal y como se practica en el ámbito escolar.<hr/>resumo Pesquisas em educação indicam que o currículo de Filosofia para Crianças (FpC) é fundamental para alcançar objetivos educacionais importantes. E, no entanto, é precisamente essa concepção instrumentalista do FpC que foi questionada por uma segunda geração de estudiosos do FpC. Entre outras coisas, esses estudiosos argumentam que P4C deve permanecer vigilante e evitar subscrever 1) desenvolvimentismo e 2) uma identificação redutora do pensamento com e a racionalidade. Pelo contrário, sugerem que P4C deve garantir dar voz à infância, permitindo-lhe entrar em diálogo genuíno com a idade adulta. Estudiosos que defendem uma abordagem não redutiva e não instrumentalista da FpC destacam a importância do brincar nas sessões de filosofia com crianças. Neste artigo, examino até que ponto a investigação filosófica tem lugar no contexto FpC pode ser entendida como uma atividade lúdica. Sustento que o relato de jogo de Fink pode nos ajudar a compreender melhor o que entendemos por jogo, o que, por sua vez, pode nos ajudar a examinar a compatibilidade entre as atividades do FpC e o jogo. Na primeira parte do artigo, examino algumas das ideias básicas de FpC e levanto a questão sobre a compatibilidade entre investigação filosófica e jogo. Na segunda parte do artigo, faço uma apreciação filosófica do jogo, baseando-me na obra de Eugen Fink. Na parte final do artigo, mostro como o jogo - entendido segundo a linha de Fink - é compatível com a investigação filosófica praticada em ambientes escolares. <![CDATA[De <em>chrónos</em> a <em>aión</em> - ¿dónde viven los tiempos de la infancia?]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100207&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumo O presente artigo faz uma reflexão sobre os tempos da infância a partir das palavras chrónos, kairós e aión, que os gregos utilizam para conceituar tempo, em diálogo com diferentes autores, tais como Kohan (2007, 2009, 2018), Pohlmann (2005), Skliar (2018), Kohan e Fernandes (2020). No campo pedagógico, apresentamos como a Pedagogia da Infância tem se debruçado sobre a importância do tempo para a experiência, o protagonismo e os processos de criação das crianças, tendo como aportes as contribuições de Hoyuelos (2020), Parrini (2016), Aguilera et al. (2020), Barbosa (2013), Oliveira-Formosinho e Araújo (2013), Oliveira-Formosinho (2018), Pinazza e Gobbi (2014). Refletimos sobre que tempos são possíveis quando pensamos nas crianças e em suas infâncias. Seria um tempo contínuo e cronológico, um tempo da oportunidade do instante e/ou intenso, aiónico? Seria possível abrir espaço na escola para outras temporalidades, quando esta se apresenta imersa em um tempo cronológico, marcado pela organização dos tempos pedagógicos que estruturam as rotinas na Educação Infantil? Afinal, onde habitam os tempos da infância? Assim, por meio de pesquisa bibliográfica, fizemos uma relação entre tempo, Filosofia, Pedagogia da Infância e Educação Infantil, com o intuito de buscar um entendimento sobre os tempos da infância e as outras possibilidades de relação entre a criança e a temporalidade no contexto escolar. Desse modo, concluiu-se que o tempo da criança é o tempo aiónico da experiência. É pela via da experiência com a brincadeira, com o movimento e com as expressões de suas múltiplas linguagens que pode ser possível habitar os tempos da infância. Quem sabe essa seja a rota de fuga para que as crianças não venham a sucumbir, como nós adultos, ao tempo chrónos da existência.<hr/>abstract This article reflects on childhood times based on the words chrónos, kairós and aión, which the Greeks use to conceptualize time, in dialogue with different authors, such as Kohan (2007, 2009, 2018), Pohlmann (2005), Skliar (2018), Kohan and Fernandes (2020). In the pedagogical field, we explore how Pedagogy of Childhood has focused on the importance of childhood temporality and children’s agency, with contributions from Hoyuelos (2020), Parrini (2016), Aguilera et al. (2020), Barbosa (2013), Oliveira-Formosinho e Araújo (2013), Oliveira-Formosinho (2018), Pinazza and Gobbi (2014). We reflect on what forms of organizing time are possible when we think about children and their childhoods. Would it be a continuous and chronological time, a time of opportunity for the instant (kairos) or the timeless intensity of the aiónic? Would it be possible to open spaces in school for other temporalities, given its immersion in chronological time (chronos), and its extreme emphasis on routine? We seek a relationship between forms of temporality, philosophy, and early education in order to explore alternative possibilities in the relationship between child and the school context, and conclude that, since the child’s is the aiónic time of intense experience, it is in the heightened dynamic immediacy and the multiple symbolic languages of play that it may be possible to create pedagogical structures that provide a dwelling for childhood temporality.<hr/>resumen El presente artículo hace una reflexión sobre los tiempos de niñez desde las palabras chrónos, kairós y aión, que los griegos utilizan para conceptualizar tempo, en diálogo con distintos autores, como Kohan (2007, 2009, 2018), Pohlmann (2005), Skliar (2018), Kohan y Fernandes (2020). En el ámbito pedagógico, presentamos como la Pedagogía de la Infancia se ha centrado en la importancia del tempo para la experiencia, el protagonismo y los procesos de creación infantil, con aportes de Hoyuelos (2020), Parrini (2016), Aguilera et al. (2020), Barbosa (2013), Oliveira-Formosinho y Araújo (2013), Oliveira-Formosinho (2018), Pinazza y Gobbi (2014). Reflexionamos sobre qué tiempos son posibles cuando pensamos en los niños y en sus infancias. ¿Sería un tiempo continuo y cronológico, un tiempo de oportunidad del instante y/o intenso, aiónico? ¿Sería posible abrir espacio en la escuela para otras temporalidades cuándo esta se presenta inmersa en un tiempo cronológico, marcado por la organización de los tiempos pedagógicos que estructuran las rutinas en la Enseñanza Infantil? Al fin de cuentas, ¿dónde viven los tiempos de la niñez? Así que, por medio de investigación bibliográfica, hicimos una relación entre tiempo, Filosofía y Educación infantil, con el objetivo de procurar una comprensión sobre los tiempos de la niñez y otras posibilidades de relación entre el niño y la temporalidad en el contexto escolar. De ese modo, fue posible concluir que el tiempo del niño es el tiempo aiónico de la experiencia. Es a través de la experimentación con los juegos, con el movimiento y con las expresiones de sus múltiples lenguajes que es posible habitar los tiempos de niñez. Quien sabe esa sea la ruta de fuga para que los niños no vengan a sucumbir, como nosotros adultos, al tiempo chrónos de la existencia. <![CDATA[Devenir maestro/a brasileño/a en tiempos de pandemia]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100208&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumo Para tentar compreender algumas nuances do devir-professor brasileiro em tempos de pandemia, foi realizado um estudo de natureza exploratória, de cunho bibliográfico, no qual foram considerados os desafios, limites e as possibilidades do trabalho docente. As discussões teóricas sobre o tema envolveram um diálogo que considerou a Pedagogia, a Filosofia da educação e a experiência dos acontecimentos políticos e sociais no período de pandemia da Covid-19 a partir das contribuições de Caponi (2020), Kohan (2007, 2008, 2010, 2011, 2017), Larrosa (2018), Neuscharank (2020), Vaz (2012), Arroyo (2012) e Abramowicz (2017). As discussões nos levam a crer que: o contexto mundial de pandemia provocado pela Covid-19 afetou profundamente a forma de viver, trabalhar e se relacionar com o outro, especialmente devido ao isolamento social, solicitando do professor brasileiro abertura para mudanças e uso de novas tecnologias, com a clara defesa de que estas não substituem as interações presenciais; as dificuldades provocadas no processo pelo fortalecimento da lógica neoliberal propiciou o debate sobre que escola temos e que escola queremos, que professores somos e que professor queremos ser; o olhar para as possibilidades de “devir-criança” enquanto desejo e abertura para o novo pode ser um convite a pensar em um “devir-professor” que se deixe atravessar por outra lógica, por outra temporalidade mais sensível e mais estética; o encontro com outros, com a arte, com a infância, com o devir pode ajudar a pensar, a resistir, a lutar.<hr/>abstract This paper seeks to explore the processes involved in becoming a teacher in this particular historical moment of global pandemic in Brazil. What are the challenges, limitations, possibilities and opportunities that the pandemic presents to the process of teaching work and teacher formation? A review of the literature that included contributions from Caponi (2020), Kohan (2007, 2008, 2010, 2011, 2017), Larrosa (2018), Neuscharank (2020), Vaz (2012), Arroyo (2012) and Abramowicz (2017) suggests a dialogue between pedagogic theory, philosophy of education and the contemporary experience of political and social events in the pandemic period The discussions reviewed explore the profound extent to which Covid-19 has affected our way of living, working and relating to others, and the psychological effects of social isolation. The situation demands from the Brazilian teacher an attitude of openness to change, specifically in the use of new technologies, and the extent to which they are or are not able to replace face-to-face interactions. The situation also challenges us to reconstruct, beyond the logic of neoliberalism, our notions of the type of school we have and type of school we want, the type of teachers we are and the type of teacher we want to be. We conclude that this process of thinking school again depends, if it is to escape neoliberal logic, on the capacity of understanding the vocation of the teacher to be one of “becoming-child” in the sense of experiencing an openness to and a desire for the new. As such, the “becoming-teacher” is one who allows herself to be addressed by another logic, another more sensitive and more aesthetic temporality, and who finds, in encounter with others, with art, with childhood, with becoming itself, the capacity to think, to resist, to fight for the realization of that logic.<hr/>resumen Para intentar comprender algunas gradaciones del devenir-maestro brasileño en los tiempos de pandemia, ha sido realizado un estudio de naturaleza exploratoria, de carácter bibliográfico, en el cual han sido considerados los desafíos, límites y posibilidades del trabajo docente. Las discusiones teóricas sobre el tema envolvieron un diálogo que ha considerado la Pedagogía, la Filosofía de la Educación y la experiencia de los acontecimientos políticos y sociales en el periodo de pandemia de Covid-19, desde las contribuciones de Caponi (2020), Kohan (2007, 2008, 2010, 2011, 2017), Larrosa (2018), Neuscharank (2020), Vaz (2012), Arroyo (2012) y Abramowicz (2017). Las discusiones nos llevan a creer que: el contexto mundial de pandemia provocado por la Covid-19 ha afectado profundamente la forma de vivir, trabajar y de relacionarse con el otro, especialmente a causa del aislamiento social, pues solicita del maestro brasileño aceptar cambios y el uso de nuevas tecnologías, con la clara defensa de que estas no sustituyen las interacciones presenciales; las dificultades provocadas en el proceso por el fortalecimiento de la lógica neoliberal han propiciado el debate sobre qué escuela tendremos y qué escuela deseamos, qué profesores somos y qué profesor deseamos ser; el mirar para las posibilidades del “devenir-niño”, mientras el deseo por la abertura para lo nuevo puede ser una invitación a pensar en un “devenir-maestro” que permita atravesar por otra lógica, por otra temporalidad más sensible y más estética; el encuentro con los otros, con el arte, con la infancia, con el devenir puede ayudar a pensar, a resistir, a luchar. <![CDATA[fabulate ergo sum: la creación, el currículum y el cuidado con la vida]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100209&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumo Este artigo discute a possibilidade de fazer da fabulação um método de pesquisa coletivo, apresentando o conceito de fabulação criado por Henri Bergson e ampliado por Gilles Deleuze e Félix Guattari para, no limite, fazer nascer o método. Partindo do princípio de que as forças vitais são minadas pela máquina capitalística, o texto indaga as possibilidades de insurreição e de apego à vida nas escolas. Se a fabulação tem um lado obscuro inclinado para a regulação da vida, a filosofia da diferença dá ao conceito a possibilidade de ampliação dos compossíveis da imanência. Fabular seria, então, uma questão de criar possíveis para a existência. Assim, este texto propõe fabular, com alunos de uma escola periférica no município de Cariacica-ES, condições de produção coletiva de vida a partir da própria escola. Desse modo, diante do imperativo funcional e mercantil que rege a escola e as produções curriculares, aborda algumas das questões e dificuldades encontradas no processo de fabulação como método. Por fim, aponta a fabulação como criação de um comum que afete os corpos. Eis, então, uma fabulação que destitui o lugar de autoria para criar um corpo coletivo capaz de criar vazios que expandam os limites da vida.<hr/>abstract This essay discusses the possibility of turning what Henri Bergson, Gilles Deleuze and Felix Guattari called “fabulating” into a collective research method, insomuch as Deleuze and Guattari identified it as the invention of a collectivity that does not yet exist, a people to come. Given our current situation, in which the vital force of contemporary collectivities is undermined by the capitalist machine, this text inquires into the possibilities of an insurrection that begins with life in schools. If, as Bergson claimed, fabulating has a dark side that is inclined to the regulation of life, a philosophy of difference, on the other hand, conceptualizes the possibilities inherent in lived immanence. To fabulate would be, then, a question of creating possible existences. As such, this text proposes to fabulate, together with students from a suburban school in the municipality of Cariacica-ES, possible conditions of collective life in the school itself. Faced as it is by the market imperatives that govern the school and its curriculum, fabulation offers an approach and a methodology that promises to overcome this negative educational climate by fashioning larger than life images that transform and metamorphose conventional representations and concepts of collectivities, thereby enabling the invention of a people to come, and the creation of a commons and of a collective body capable of creating cognitive and affective domains that expand the limits of life.<hr/>resumen Este artículo discute la posibilidad de hacer de la fabulación un método de investigación colectivo, presentando el concepto de fabulación creado por Henri Bergson y ampliado por Gilles Deleuze y Félix Guattari para, en el límite, hacer nacer el método. Partiendo del principio de que las fuerzas vitales son minadas por la máquina capitalista, el texto indaga las posibilidades de insurrección y de apego a la vida en las escuelas. Si la fabulación tiene un lado oscuro inclinado a la regulación de la vida, la filosofía de la diferencia da al concepto la posibilidad de ampliación de los composibles de la inmanencia. Fabular sería, entonces, una cuestión de crear posibles para la existencia. Así, este texto propone fabular, con alumnos de una escuela periférica en el municipio de Cariacica-ES, condiciones de producción colectiva de vida a partir de la propia escuela. De ese modo, ante el imperativo funcional y mercantil que rige la escuela y las producciones curriculares, aborda algunas de las cuestiones y dificultades encontradas en el proceso de fabulación como método. Por fin, apunta la fabulación como creación de un común que afecte a los cuerpos. He aquí, pues, una fabulación que destituye el lugar de autoría para crear un cuerpo colectivo capaz de crear vacíos que expandan los límites de la vida. <![CDATA[La autenticidad como ideal inarticulado en el discurso contemporáneo sobre buenas infancias]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100210&lng=es&nrm=iso&tlng=es abstract This paper consists of an initial investigation about the meaning of a good childhood following the ethical ideal of authenticity. In this introduction to a philosophy of childhood and authenticity, the central theme is to investigate how the authenticity ideal is already presupposed in the contemporary discourse on what constitutes a good childhood. In the emerging field of philosophy of childhood, the capacities of children for agency, autonomy, and committing and the fundamental role of parents in guaranteeing possibilities to exercise them are being increasingly highlighted, together with a discourse that there are some intrinsic goods of childhood. These developments parallel contemporary reconstructions of authenticity as an ethical ideal. Current debates emphasize the importance of finding, creating, and constructing their originality and how to realize it. At the same time, this search must recognize demands emanating from something more than human desires: from one’s culture and community. The parallel dynamics between these two discourses - children-parent and individual-society - point to a direction that applying the concept of authenticity to the construction of novel interpretations and practices of a good childhood can bring fruitful results. After examining such parallels, some of these practices that emerge from the analysis of good childhoods as authentic childhood are pointed out, such as the importance of cultivating children’s moments of caring and committing and developing personal projects. The paper concludes by exploring some limitations of the applied methodology and strengthening future research on this topic.<hr/>resumo Este artigo consiste em uma investigação inicial sobre o significado de uma boa infância baseado no ideal ético da autenticidade. Nesta introdução a uma filosofia da infância e autenticidade, o tema central é investigar como o ideal de autenticidade já está pressuposto no discurso contemporâneo sobre o que constitui uma boa infância. No emergente campo da filosofia da infância, as capacidades de agência, autonomia e comprometimento das crianças, assim como o papel fundamental dos pais em garantir possibilidades de exercer tais capacidades, vêm sendo cada vez mais destacadas, juntamente com um discurso de que existe um valor intrínseco da infância. Esses desenvolvimentos são paralelos às reconstruções contemporâneas da autenticidade como um ideal ético. Os debates atuais enfatizam a importância de uma pessoa encontrar, criar e construir sua originalidade e como realizá-la. Ao mesmo tempo, essa busca deve reconhecer as demandas que emanam de algo além do que desejos humanos: de sua cultura e comunidade. A dinâmica paralela entre esses dois discursos - filhos-pais e indivíduo-sociedade - aponta para uma direção em que a aplicação do conceito de autenticidade à construção de novas interpretações e práticas de uma boa infância pode trazer resultados frutíferos. Depois de examinar tais paralelos, algumas dessas práticas que emergem da equação de boa infância com infância autêntica são demonstradas, como a importância de cultivar os momentos de cuidado e compromisso das crianças e o desenvolvimento de projetos pessoais. O artigo conclui explorando algumas limitações da metodologia aplicada e como ela pode ser um ponto forte em pesquisas futuras sobre este tópico.<hr/>resumen Este artículo consiste en una investigación inicial sobre el significado de una buena infancia siguiendo el ideal ético de la autenticidad. En esta introducción a una filosofía de la infancia y autenticidad, el tema central es investigar cómo el ideal de autenticidad ya se presupone en el discurso contemporáneo sobre lo que constituye una buena infancia. En el campo emergente de la filosofía de la infancia, se destacan cada vez más las capacidades de agencia, autonomía y compromiso de los niños y el papel fundamental de los padres en garantizar las posibilidades de ejercer tales capacidades, junto a un discurso de que existen unos bienes intrínsecos de la infancia. Estos desarrollos son paralelos a las reconstrucciones contemporáneas de la autenticidad como un ideal ético. Los debates actuales enfatizan la importancia de encontrar, crear y construir la propia originalidad y cómo realizarla. Al mismo tiempo, esta búsqueda debe reconocer demandas que emanan de algo más que los solos deseos humanos: de la propia cultura y comunidad. Las dinámicas paralelas entre estos dos discursos -hijos-padres e individuo-sociedad- apuntan en la dirección de que aplicar el concepto de autenticidad a la construcción de interpretaciones y prácticas novedosas de una buena infancia puede dar resultados fructíferos. Tras examinar tales paralelismos, se señalan algunas de estas prácticas que surgen del análisis de las buenas infancias como infancias auténticas, tales como la importancia de cultivar los momentos de cuidado y compromiso de los niños y el desarrollo de proyectos personales. El artículo concluye explorando algunas limitaciones de la metodología aplicada y cómo puede ser una fortaleza en futuras investigaciones sobre este tema. <![CDATA[atreverse a una escritura infantil: la infancia como refugio y cobijo]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100211&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumo O presente texto é um exercício infantil de escrita. A partir de um convite para escrever um texto adulto, académico, a presença de uma mochila infantil altera as expressões que iriam ser elucidadas e a escrita adulta é suspendida pela força criadora da infância: “filosofia para crianças” tornou-se “crianças para filosofia”; “educação moral” passou a ser “finalização (da) moral” e “concepções de infância” voltou-se “infâncias de concepções”. Em diferentes seções do texto apresentamos o que permite pensar esse jogo infantil expressado em cada uma dessas novas expressões: a problematização de um programa e de uma forma de educar a infância; a finalização de uma carga pesada na educação das crianças; o recomeço de um jogo que não coloque a infância como objeto de estudo, mas como força movente do pensar. Para isso são chamados, tanto nas epígrafes quanto no corpo do texto, diversos interlocutores de campos distintos: da literatura, da filosofia, da educação, da “filosofia para crianças” e da própria infância cronológica. O texto conclui propondo pensar as relações entre desconstrução e infância, a partir de uma interlocução com H. Cisoux e J. Derrida. No texto inteiro a relação entre forma e conteúdo é implicitamente problematizada e há um esforço por afirmar a infância não apenas no conteúdo da escrita, mas na sua forma.<hr/>abstract The present text is a childlike exercise in writing. In responding to an invitation to write an adult, academic text, we the authors found that the presence of a child's standpoint acted to change the expressions that were to be elucidated, and that the project that adult writing represents was suspended by the creative force of childhood. "Philosophy for children" became "children for philosophy"; "moral education" became "the end (of) morality" and "conceptions of childhood" became the "childhood of conceptions." As such our text is divided into different sections, in each of which we explore the implications of allowing ourselves to be transformed in our practice by recognition of the child’s voice; the problematization of conventional educational programmatics for one, and the opening of new pedagogical pathways, which recognize childhood as a moving force of thinking, as opposed to an object of study and manipulation. To this end, we engage several interlocutors from different fields--literature, philosophy, education, "philosophy for children", and from chronological children themselves. We conclude by proposing, based on an encounter with the work of H. Cisoux and J. Derrida, that we think about the relations between deconstruction and childhood in such a way that our affirmation of childhood leads to a transformation of the text itself-not only in its content but in its form. As such, we present the reader with a fundamentally childlike text.<hr/>resumen El presente texto es un ejercicio de escritura infantil. De la invitación a escribir un texto adulto, académico, la presencia de una mochila infantil cambia las expresiones que se iban a dilucidar y la escritura adulta queda suspendida por la fuerza creativa de la infancia: "filosofía para niños" se convirtió en "niños para la filosofía"; "educación moral" se convirtió en "finalización (de) la moral" y "concepciones de la infancia" se convirtió en "concepciones infantiles". En diferentes apartados del texto se presenta lo que permite pensar este juego de la infancia expresado en cada una de estas nuevas expresiones: la problematización de un programa y una forma de educar a la infancia; la finalización de una pesada carga en la educación de los niños; el reinicio de un juego que no sitúa a la infancia como objeto de estudio, sino como fuerza motriz del pensamiento. Para ello, se recurre a varios interlocutores de diferentes ámbitos, tanto en los epígrafes como en el cuerpo del texto: desde la literatura, la filosofía, la educación, la "filosofía para niños" y la propia infancia cronológica. El texto concluye proponiendo pensar las relaciones entre deconstrucción e infancia, a partir de una interlocución con H. Cisoux y J. Derrida. En todo el texto se problematiza implícitamente la relación entre la forma y el contenido y hay un esfuerzo por afirmar la infancia no sólo en el contenido de la escritura, sino en su forma. <![CDATA[diálogos filosóficos sobre los cuentos de hadas de hans christian andersen. un estúdio de caso de manuales de fpn]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100212&lng=es&nrm=iso&tlng=es abstract In Denmark, teaching the famous fairy tales of Hans Christian Andersen poses a challenge in primary education because cultural heritage status and oversimplified readings make it difficult to engage students in authentic readings. One strategy might be to use philosophical dialogues from the traditions of philosophy for children, because they offer student-centred approaches to teaching where students explore questions and ideas together, and where the teacher assumes the role not as authority, but as facilitator of the dialogue. This kind of dialogic teaching has been encouraged as especially suitable for literary education where teachers aim to engage students in reading the literature with an open mind. However, this article presents a comparative case study of P4C pioneer Per Jespersen’s materials for philosophical dialogues and Hans Christian Andersen’s fairy tales, and our study gives reason for caution. We analysed the question design in the fairy tale manuals and compared them to the manuals for Jespersen’s own stories, and found that the questioning design in the manuals for his own stories are generally much more focused and accessible, building on conceptually open questions. We argue that this indicates that despite its dialogic ideals, the design of the fairy tale manuals collapses under the weight of the cultural and historical impact of Hans Christian Andersen and his work in Denmark.<hr/>resumen En Dinamarca, enseñar los famosos cuentos de hadas de Hans Christian Andersen plantea un desafío en la educación primaria porque el estatuto de ‘herencia cultural nacional’ de la producción de este autor y las lecturas simplificadas de sus textos dificultan que los estudiantes se comprometan en lecturas auténticas. Una estrategia podría ser utilizar diálogos filosóficos de la tradición de filosofía para niños y niñas porque ofrece un enfoque de enseñanza centrado en los estudiantes, en el que los estudiantes exploran preguntas e ideas juntos, y en el que el maestro o maestra asume su papel ya no como autoridad, sino como facilitador del diálogo. Este tipo de enseñanza dialógica se ha fomentado por ser especialmente adecuada para la educación literaria, en la que los y las docentes tienen como objetivo involucrar a los estudiantes en la lectura de la literatura con una mente abierta. Sin embargo, este artículo presenta un estudio de caso sobre los materiales preparados por un pionero en FpN, Per Jespersen, para diálogos filosóficos y cuentos de hadas de Hans Christian Andersen. Nuestro estudio da motivos para ser cautelosos. Analizamos el diseño de las preguntas en los manuales de cuentos de hadas y los comparamos con los manuales de las propias historias de Jespersen, y descubrimos que el diseño del cuestionamiento en los manuales para sus propias historias es, en general, mucho más enfocado y accesible, basándose en preguntas conceptualmente abiertas. Argumentamos que, a pesar de los ideales dialógicos, el diseño de manuales para cuentos de hadas cede ante el peso del impacto cultural e histórico de Hans Christian Andersen y su trabajo en Dinamarca.<hr/>resumo Na Dinamarca, ensinar os famosos contos de fadas de Hans Christian Andersen representa um desafio na educação primária porque o status de herança cultural e leituras simplificadas tornam difícil envolver os alunos em leituras autênticas. Uma estratégia pode ser usar diálogos filosóficos das tradições da filosofia para crianças, porque eles oferecem abordagens centradas no estudante, em que eles exploram questões e ideias juntos, onde o professor assume o papel não como autoridade, mas como facilitador do diálogo. Este tipo de ensino dialógico foi fomentado por ser especialmente adequado para a educação literária, em que os professores visam envolver os estudantes na leitura da literatura com uma mente aberta. No entanto, este artigo apresenta um estudo de caso comparativo dos materiais produzidos por um dos pioneiros da FpC, Per Jespersen, para diálogos filosóficos e contos de fadas de Hans Christian Andersen. Nosso estudo dá motivos para ser cautelosos Analisamos o design das perguntas nos manuais de contos de fadas e os comparamos com os manuais das próprias histórias de Jespersen, e descobrimos que o design de questionamento nos manuais de suas próprias histórias é geralmente muito mais focado e acessível, com base em questões conceitualmente abertas. Argumentamos que isso indica que, apesar de seus ideais dialógicos, o design dos manuais de contos de fadas desmorona sob o peso do impacto cultural e histórico de Hans Christian Andersen e sua obra na Dinamarca. <![CDATA[¿qué dicen los manuales de historia sobre la infancia? análisis de textos escolares chilenos]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100213&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumen Los textos escolares de historia en Chile se caracterizan por exponer una narrativa histórica adultocéntrica que invisibiliza la participación de los niños y niñas, ya que tradicionalmente se han centrado en describir las hazañas políticas protagonizadas por hombres adultos de la élite en la historia nacional y occidental. Para evidenciar esta problemática, en esta investigación cualitativa, de carácter exploratorio e interpretativo, se utiliza la literacidad crítica para analizar los textos e imágenes de cuatro libros escolares publicados entre los años 2016 y 2019 por las editoriales SM y Santillana. De estos manuales, se seleccionaron unidades temáticas relacionadas con la Roma y Grecia Antigua, el Chile colonial y la historia europea del siglo XIX y XX porque son las que cuentan con la mayor cantidad de evidencias pertinentes para examinar el tema. Se concluye que los discursos analizados demuestran que los infantes son actores sociales marginados de la historia o bien son representados desde el paradigma adultocéntrico como sujetos dependientes y subordinados al mundo adulto. Frente a este escenario, se insiste en la importancia de priorizar las perspectivas infantiles en el estudio de la historia y en la problematización de los contenidos históricos que se enseñan en el aula.<hr/>abstract History textbooks in Chile are characterized by exposing an adult-centered historical narrative that invisibilizes the participation of boys and girls, since they have traditionally focused on describing the political exploits carried out by elite adult men in national and western history. To evidence this problem, in this qualitative, exploratory and interpretive research, critical literacy is used to analyze the texts and images of four textbooks published between 2016 and 2019 by SM and Santillana publishers. From these manuals, thematic units related to Ancient Rome and Greece, colonial Chile, and European history of the 19th and 20th centuries were selected because they have the most relevant evidence to examine the subject. It is concluded that the analyzed discourses show that infants are marginalized social actors in history or are represented from the adult-centered paradigm as dependent and subordinate subjects to the adult world. Faced with this scenario, the importance of prioritizing children’s perspectives in the study of history and in the problematization of historical contents taught in the classroom is emphasized.<hr/>resumo No Chile, os livros didáticos de história se caracterizam por expor uma narrativa histórica centrada no adulto que torna invisível a participação de meninos e meninas, uma vez que tradicionalmente se concentram em descrever as façanhas políticas realizadas por homens adultos de elite na história nacional e ocidental. Para demonstrar esse problema, nesta pesquisa qualitativa, exploratória e interpretativa, o letramento crítico é utilizado para analisar os textos e imagens de quatro livros didáticos publicados entre 2016 e 2019 pelas editoras SM e Santillana. Destes manuais, foram selecionadas unidades temáticas relacionadas à Roma e à Grécia Antiga, ao Chile colonial e à história europeia dos séculos XIX e XX, por conterem as evidências mais relevantes para o exame do assunto. Conclui-se que os discursos analisados mostram que os bebês são atores sociais marginalizados da história ou são representados a partir do paradigma adultocêntrico como sujeitos dependentes e subordinados ao mundo adulto. Diante desse cenário, destaca-se a importância de priorizar as perspectivas das crianças no estudo da história e na problematização dos conteúdos históricos ministrados em sala de aula. <![CDATA[spinoza sobre los niños y la infancia]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100214&lng=es&nrm=iso&tlng=es abstract Baruch Spinoza, the 17th century philosopher best known for his metaphysical rigor and the radical heterodoxy of his conception of God as Nature, did not say much about children or childhood. Nevertheless, his few mentions of children in his masterpiece, the Ethics, raise fascinating questions of autarky, rationality and mind-body relations as they are perceived in the contrast between children and adults. Generally, philosophical theories of childhood benefit greatly from a strong metaphysical foundation. Spinoza’s philosophy, which has recently been gaining considerable attention by contemporary neuroscientists and psychologists, can serve as stable and fertile ground for developing a strong philosophy of childhood. In this paper I address the Spinozistic conception of a flourishing, happy human and the way this understanding of human excellence reflects on his understanding of children and childhood. I argue that the use of Spinozistic concepts can be valuable in the analysis of children and childhood-especially essence, striving to persevere in being, and the nature of the imagination. Spinoza’s epistemology can explain the unique rationality of children, and provide a metaphysical basis for normative behavior. Moreover, it can help us as caregivers better understand and empathize with children, by explaining the similarities and differences between children and adults.<hr/>resumen Baruch Spinoza, el filósofo del siglo XVII más reconocido por su rigor metafísico y la radical heterodoxia de su concepción de Dios como Naturaleza, no habló mucho de los niños ni de la infancia. No obstante, las escasas menciones que hace de los niños en su obra maestra, la Ética, hacen surgir preguntas fascinantes sobre autarquía, racionalidad y relaciones mente-cuerpo, tal como son percibidas en el contraste entre niños y adultos. En general, las teorías filosóficas sobre la infancia se benefician enormemente de una sólida base metafísica. La filosofía de Spinoza, que últimamente ha estado recibiendo considerablemente mayor atención por parte de neurocientíficos y psicólogos contemporáneos, puede servir de terreno estable y fértil para desarrollar una sólida filosofía de la infancia. En este artículo, abordo la concepción spinozista de un ser humano floreciente y feliz y el modo en que esta comprensión de la excelencia humana se refleja en su comprensión de los niños y la infancia. Sostengo que el uso de conceptos spinozistas puede ser valioso en el análisis de los niños y la infancia -especialmente la esencia, luchando por perseverar en el ser, y la naturaleza de la imaginación. La epistemología de Spinoza puede explicar la singular racionalidad de los niños y proporcionar una base metafísica para el comportamiento normativo. Además, puede ayudarnos, como cuidadores, a comprender mejor y empatizar mejor con los niños, al explicar las similitudes y diferencias entre los niños y los adultos.<hr/>resumo Baruch Spinoza, filósofo do século XVII, mais conhecido por seu rigor metafísico e a heterodoxia radical de sua concepção de Deus como Natureza, não diz muito sobre as crianças ou a infância. Contudo, suas poucas menções às crianças em sua obra-prima, Ética, levantam questões fascinantes de autarquia, racionalidade e relações mente-corpo percebidas no contraste entre crianças e adultos. Geralmente, as teorias filosóficas da infância se beneficiam muito de uma base metafísica forte. A filosofia de Spinoza, que recentemente tem recebido considerável atenção de neurocientistas e psicólogos contemporâneos, pode servir como um terreno estável e fértil para o desenvolvimento de uma forte filosofia da infância. Neste artigo, abordo a concepção spinozista de um ser humano próspero e feliz e a maneira como essa compreensão da excelência humana reflete em sua compreensão das crianças e da infância. Eu argumento que o uso de conceitos spinozistas pode ser valioso na análise de crianças e da infância - especialmente a essência, o esforço para perseverar no ser, e a natureza da imaginação. A epistemologia de Spinoza pode explicar a racionalidade única das crianças e fornecer uma base metafísica para o comportamento normativo. Além disso, pode nos ajudar, como cuidadores, a compreender melhor e ser empático com as crianças, ao explicar as semelhanças e diferenças entre crianças e adultos. <![CDATA[el aprendizaje de las matemáticas desde filosofía para/con niños]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100215&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumen En el artículo se presenta la construcción teórica de la relación entre el aprendizaje de las matemáticas y la filosofía para/con niños. La selección de un corpus documental permitió delimitar el objeto de estudio. Luego, se elaboraron fichas temáticas y analíticas para interpretar los enunciados principales, en los cuales se evidenciaron divergencias y convergencias entre filosofía para/con niños y el aprendizaje de las matemáticas. El texto se organiza en seis apartados: Pensamiento matemático como experiencia; Filosofía para/con niños: un espacio para el pensar; El razonamiento, argumentación y pensamiento lógico: un asunto de filosofía para/con niños y matemáticas; Función de la pregunta en el pensamiento matemático; La comunidad de indagación: un asunto de las matemáticas; y, por último, Del concepto al pensamiento matemático. El artículo fundamenta una reflexión sobre la necesidad de vincular el aprendizaje de las matemáticas con el ejercicio de filosofar para democratizar las matemáticas. Esto lleva a la formación del pensamiento crítico, creativo y ético, fundamentales en los procesos de aprendizaje de las matemáticas, lo cual se convierte en una experiencia pedagógica y una apuesta didáctica desde la educación matemática crítica. En conclusión, la interacción entre estas dos disciplinas transforma las prácticas pedagógicas y los contextos escolares. El aula se convierte en un espacio propicio para indagar, asombrarse, crear, razonar, modelar, argumentar, formarse y transformarse individual y colectivamente. El aprendizaje de las matemáticas abarca la necesidad de emancipar a los sujetos para solucionar desde los contextos las injusticias sociales, promulgar a partir del aprendizaje de las matemáticas la igualdad y la democracia.<hr/>abstract The article presents the theoretical construction of the relationship between mathematics learning and philosophy for/with children. The selection of a documentary corpus allowed delimiting the object of study. Then, thematic and analytical cards were elaborated to interpret the main statements, in which divergences and convergences between philosophy for/with children and the learning of mathematics were evidenced. The text is organized in six sections: Mathematical thinking as experience; Philosophy for/with children: a space for thinking; Reasoning, argumentation and logical thinking: a matter of philosophy for/with children and mathematics; the role of the question in mathematical thinking; the community of inquiry: a matter of mathematics; and, finally, from concept to mathematical thinking. The article gives an account of the reflection on the need to link the learning of mathematics with the exercise of philosophizing in order to democratize mathematics. This leads to the formation of critical, creative and ethical thinking, fundamental in the learning processes of mathematics, which becomes a pedagogical experience and a didactic bet from critical mathematics education. In conclusion, the interaction between these two disciplines transforms pedagogical practices and school contexts. The classroom becomes a space for inquiry, wonder, creation, reasoning, modeling, argumentation, training and individual and collective transformation. The learning of mathematics encompasses the need to emancipate the subjects in order to solve social injustices from the contexts, to promulgate equality and democracy through the learning of mathematics.<hr/>resumo O artigo apresenta a construção teórica da relação entre a aprendizagem da matemática e a filosofia para/com crianças. A seleção de um corpus documental permitiu delimitar o objeto de estudo. Em seguida, foram elaborados ficheiros temáticos e analíticos para a interpretação dos principais enunciados, nas quais foram evidenciadas divergências e convergências entre a filosofia para/com as crianças e a aprendizagem da matemática. O texto está organizado em seis seções: O pensamento matemático como experiência; Filosofia para / com crianças: um espaço de pensamento; Raciocínio, argumentação e pensamento lógico: uma questão de filosofia para / com crianças e matemática; Função da questão no pensamento matemático; A comunidade de investigação: uma questão de matemática; e, finalmente, do conceito ao pensamento matemático. O artigo fundamenta uma reflexão sobre a necessidade de vincular a aprendizagem da matemática ao exercício de filosofar para democratizar a matemática. Isso leva à formação do pensamento crítico, criativo e ético, fundamental nos processos de aprendizagem da matemática, que se torna uma experiência pedagógica e um compromisso didático da educação matemática crítica. Em conclusão, a interação entre essas duas disciplinas transforma as práticas pedagógicas e os contextos escolares. A sala de aula torna-se um espaço propício para inquirir, questionar, criar, raciocinar, modelar, argumentar, treinar e transformar individual e coletivamente. A aprendizagem da matemática envolve a necessidade de emancipar os sujeitos para resolver as injustiças sociais dos contextos, de promover a igualdade e a democracia a partir da aprendizagem da matemática. <![CDATA[experiencias de niñas y niños de diálogos filosóficos en línea]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100216&lng=es&nrm=iso&tlng=es abstract Researchers are increasingly interested in the impact of philosophical dialogues with children. Studies have shown that this approach helps realise dialogic ideals in learning environments and that Philosophy with Children significantly impacts children’s cognitive and social skills. However, other aspects of this approach have attracted less attention - for example, given the focus on children’s thinking, voices and perspectives in Philosophy with Children, surprisingly few studies have examined how children experience philosophical dialogues. The aim of this study was to help fill this research gap by describing how children perceived a week of online philosophical dialogues. We conducted 58 dialogues in emergency teaching during the COVID-19 lockdown in Denmark and asked the children questions about their experiences of the dialogues - for instance, about their overall impressions, their perceptions of meaning and the facilitators, and their sense of community. We found that the children generally enjoyed the dialogues and understood their rationale even though the rationale had not been explicitly discussed with them. We also found that the children’s opinions were diverse and complex, that some of their descriptions were surprising and that their experiences, in general, matched influential descriptions of dialogic teaching ideals. Our findings confirm that it is important to examine children’s perspectives; therefore, we emphasise the need for further attention to the experiences of children participating in philosophical dialogues.<hr/>resumen Existe un interés creciente en la investigación empírica sobre el impacto de los diálogos filosóficos con niñas y niños. Varios estudios han demostrado cómo este enfoque ayuda a realizar ideales dialógicos en entornos de aprendizaje, y otros estudios han encontrado que la Filosofía con Niños tiene un impacto importante en las habilidades cognitivas y sociales de niñas y niños. Pero otros aspectos del campo han atraído menos atención: dado el enfoque en el pensamiento, las voces y las perspectivas de niñas y niños en Filosofía con niños, sorprendentemente pocos estudios han examinado cómo niñas y niños experimentan los diálogos filosóficos. El objetivo de este estudio fue ayudar a llenar este vacío describiendo las percepciones de niñas y niños de una semana de diálogos filosóficos en línea. Llevamos a cabo 58 diálogos en la enseñanza de emergencia durante el encierro por la pandemia de COVID-19 en Dinamarca, y les hicimos preguntas a niñas y niños acerca de sus experiencias de los diálogos, por ejemplo, sobre su impresión general, su percepción del significado y los facilitadores, y su sentido de comunidad. Descubrimos que, en general, niñas y niños disfrutaban de los diálogos y comprendían su razón fundamental aun cuando esto no se había discutido explícitamente con ellas y ellos. También encontramos que las opiniones de niñas y niños eran diversas y complejas, que algunas de sus descripciones eran sorprendentes y que sus experiencias en general concuerdan con descripciones influyentes de los ideales de la enseñanza dialógica. Nuestros hallazgos confirman que es importante examinar las perspectivas de niñas y niños y señalamos la necesidad de prestar más atención a sus experiencias cuando participan en diálogos filosóficos.<hr/>resumo Pesquisadores estão cada vez mais interessados no impacto dos diálogos filosóficos com crianças. Estudos têm mostrado que esta abordagem ajuda a realizar ideais dialógicos em ambientes de aprendizagem e que Filosofia com Crianças afeta significativamente as habilidades cognitivas e sociais das crianças. No entanto, outros aspectos desta abordagem têm atraído menos atenção - por exemplo, dado o foco no pensamento, vozes e perspectivas das crianças em Filosofia com Crianças, surpreendentemente poucos estudos examinaram como as crianças vivenciam diálogos filosóficos. O objetivo deste estudo foi ajudar a preencher essa lacuna de pesquisa, descrevendo como as crianças percebiam uma semana de diálogos filosóficos online. Conduzimos 58 diálogos no ensino de emergência durante a pandemia do COVID-19 na Dinamarca e fizemos perguntas às crianças sobre suas experiências nos diálogos - por exemplo, sobre suas impressões gerais, suas percepções de significado e dos facilitadores e seu senso de comunidade. Descobrimos que as crianças geralmente gostavam dos diálogos e entendiam seus fundamentos, embora os fundamentos não tivessem sido explicitamente discutidos com elas. Também descobrimos que as opiniões das crianças eram diversas e complexas, que algumas de suas descrições eram surpreendentes e que suas experiências em geral correspondiam a descrições influentes de ideais de ensino dialógico. Nossos resultados confirmam que é importante examinar as perspectivas das crianças; portanto, enfatizamos a necessidade de maior atenção às experiências de crianças participantes de diálogos filosóficos. <![CDATA[el círculo historias como práctica de investigación democrática y crítica]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100217&lng=es&nrm=iso&tlng=es abstract The authors of this essay have been committed practitioners and teachers of Philosophy for Children in a variety of educational settings, from pre-schools through university doctoral programs and in adult community and religious education programs. The promotion of critical thinking has always been a primary goal of this movement. But communal practices of critical thinking need to include other kinds of democratic conversation that prompt us to see others as full-fledged persons and to be curious about how our being in community with them makes growth and self-correction possible. As we continue to experiment and innovate in new contexts we see ourselves continuing the inquiry around expanding the inclusivity of conversations about basic human concerns. In this essay we describe an inclusive strategy called the story circle, that was first developed as a method of popular education in Denmark and was then adapted as a tool of social change among poor and dis-empowered American citizens in Appalachia. Story circles were later utilized in a philosophical living-learning community and most recently coupled with Lipman and Sharp’s dialogue method of the community of philosophical inquiry (CPI). The authors of this paper have combined story circles with the community of philosophical inquiry in a variety of contexts. In each iteration, telling one’s own story and listening carefully to the stories of others can be equally revelatory actions.<hr/>resumen Los autores de este ensayo han sido comprometidos practicantes y maestros de Filosofía para Niñxs en una variedad de ambientes educativos, desde preescolares hasta programas de doctorado universitario y de educación comunitaria y religiosa para adultos. La promoción del pensamiento crítico siempre ha sido un objetivo primordial de este movimiento. Pero las prácticas comunales de pensamiento crítico necesitan incluir otros tipos de conversación democrática que nos inciten a ver a las demás como personas de pleno derecho y a tener curiosidad sobre cómo nuestro estar en comunidad con ellos hace posible el crecimiento y la auto-corrección. A medida que continuamos experimentando e innovando en nuevos contextos nos vemos continuando la investigación sobre la expansión de la inclusividad de las conversaciones sobre las preocupaciones humanas básicas. En este ensayo describimos una estrategia inclusiva llamada círculo de historias, que se desarrolló primero como un método de educación popular en Dinamarca y luego se adaptó como una herramienta de cambio social entre los ciudadanos norteamericanos pobres y desempoderados en los Apalaches. Los círculos de historias se utilizaron más tarde en una comunidad de aprendizaje filosófico vivencial y, más recientemente, se combinó con el método de diálogo de Lipman y Sharp de la comunidad de investigación filosófica. Los autores de este artículo han combinado los círculos de historias con la comunidad de investigación filosófica en una diversidad de contextos. En cada iteración, contar la propia historia y escuchar atentamente las historias de los demás pueden ser acciones igualmente reveladoras.<hr/>resumo Os autores deste ensaio têm sido praticantes e professores comprometidos de Filosofia para Crianças em uma variedade de ambientes educacionais, desde pré-escolas até programas de doutorado universitário e de educação religiosa e comunitária para adultos. A promoção do pensamento crítico sempre foi um objetivo primordial deste movimento. Mas as práticas comuns de pensamento crítico precisam incluir outros tipos de conversação democrática que nos induzam a ver os outros como pessoas plenamente desenvolvidas e a ter curiosidade sobre como o fato de estarmos em comunidade com elas torna o crescimento e a autocorreção possíveis. À medida que continuamos a experimentar e inovar em novos contextos, nos vemos continuando a investigação em torno da expansão da inclusão das conversas sobre as preocupações humanas básicas. Neste ensaio, descrevemos uma estratégia inclusiva chamada de círculo de histórias, que foi desenvolvida pela primeira vez como um método de educação popular na Dinamarca e depois adaptada como uma ferramenta de mudança social entre cidadãos norteamericanos pobres e sem poder nos Apalaches. Os círculos de histórias foram posteriormente utilizados em uma comunidade de aprendizagem filosófica vivencial e, mais recentemente, combinados com o método de diálogo de Lipman e Sharp da comunidade de investigação filosófica (CPI). Os autores deste artigo combinaram círculos de histórias com a comunidade de investigação filosófica em diversos contextos. Em cada iteração, contar a própria história e ouvir atentamente as histórias de outras pessoas podem ser ações igualmente reveladoras. <![CDATA[¿qué podemos en el encuentro con la infancia? una invitación a una mirada heterotópica]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100218&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumo Este artigo objetiva propor um convite a olhar a infância que estamos produzindo a partir das práticas da Educação Especial, na articulação com as práticas da Educação Infantil, problematizando as tramas discursivas que se constituem nessa articulação, a partir dos olhares operados sobre a infância por professoras de Educação Especial de escolas de Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino. Tais discussões justificam-se a partir do desassossego de pensarmos como estamos produzindo a infância, a partir da política de ampliação da obrigatoriedade de frequência para os quatro anos de idade. O exercício analítico, inspirado na análise de discurso proposta por Michel Foucault, possibilitou-nos tensionar a produção de sujeitos, verdades e realidades nas “confissões” das professoras entrevistadas, em que destacamos dois modos de pensar e produzir a infância: a infância capturada, produzida via operacionalização das práticas de normalização pelas ações da Educação Especial, determinadas pela vontade de saber e vontade de poder sobre a infância; a infância como heterotopia, produzida como movimento potente de resistência e desnaturalização das práticas normalizadoras - uma infância pensada a partir de outros lugares, como um vir a ser infinito, múltiplo, não-nomeável, sempre indeterminado, como um convite ao pensamento: o que podemos no encontro com a(s) infância(s)?<hr/>abstract This paper aims to propose an invitation to look at the kind of childhood we have been constructing from the practices of Special Education, in articulation with the practices of Early Childhood Education. It problematizes the discursive webs formed in this articulation, considering the way that Special Education teachers working with Early Childhood in public schools regard childhood. Such discussions have derived from the uneasiness of thinking about how we have been producing childhood, given the policy of expanding mandatory attendance to four-year-old children. The analytical exercise, inspired by the discourse analysis proposed by Michel Foucault, has enabled us to question the production of subjects, truths and realities in the “confessions” of the interviewed teachers, in which we have identified two ways of thinking about and producing childhood: captured childhood, which is produced through the operationalization of normalization practices by Special Education, determined by the will to knowledge and the will to power over childhood; and childhood as heterotopy, produced as a powerful movement of resistance and denaturalization of normalizing practices - childhood regarded from other places, as an infinite, multiple, non-nameable, ever undetermined becoming, as an invitation to thought: what can we do in the encounter with childhood(s)?<hr/>resumen Este artículo tiene por objetivo proponer una invitación a observar la infancia que estamos produciendo a partir de las prácticas de la Educación Especial, en la articulación con las prácticas de la Educación Infantil, problematizando las tramas discursivas que se constituyen en esa articulación, a partir de las observaciones operadas sobre la infancia por profesoras de Educación Especial de escuelas de Educación Infantil de la Red Municipal de Enseñanza. Tales discusiones se justifican a partir del desasosiego de pensar cómo estamos produciendo la infancia, a partir de la política de ampliación de la asistencia obligatoria para los cuatro años de edad. El ejercicio analítico, inspirado en el análisis del discurso propuesto por Michael Foucault, nos posibilitó tensionar la producción de sujetos, verdades y realidades en las “confesiones” de las profesoras entrevistadas, en las que destacamos dos modos de pensar y producir la infancia: la infancia capturada, producida vía operacionalización de las prácticas de normalización por las acciones de Educación Especial, determinadas por la voluntad de saber y la voluntad de poder sobre la infancia; la infancia como heterotopía, producida como movimiento potente de resistencia y desnaturalización de las prácticas normalizadoras - una infancia pensada a partir de otros lugares, como un venir a ser infinito, múltiple, innombrable, siempre indeterminado, como una invitación al pensamiento: ¿qué podemos en el encuentro con la(s) infancia(s)? <![CDATA[el poder desde la perspectiva de foucault y la práctica de filosofía con niños en la escuela.]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100219&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumen Entendemos que la práctica de Filosofía con Niños, propuesta por Walter Kohan, dentro de la escuela, nos invita a pensarnos y en ese acto reflexivo saber lo que somos -y estamos siendo-, lo que queremos y no queremos ser, dándonos la posibilidad de transformarnos. Para transformarnos, dice este filósofo, es necesario abandonar los dispositivos que nos llevan a ser eso que somos. Ahora, ¿Qué somos? ¿Qué somos en cuanto docentes? ¿Qué somos en cuanto alumnos? ¿Qué dispositivos nos llevan a ser eso que somos? Para pensar estas preguntas analizaremos, con Michel Foucault, la escuela, institución donde se desarrolla la práctica de Filosofía con Niños, con el fin de entender las relaciones de poder que existen en este recinto. Cómo, a raíz de ellas, se moldea y se define qué es ser docente y ser alumno. Para ello, haremos una introducción al pensamiento foucaultiano y analizaremos qué es el poder, el poder pastoral, el poder disciplinario y la resistencia que da forma, según el filósofo francés, a este recinto educativo. Asimismo, presentaremos la propuesta de Filosofía con Niños y expondremos la posibilidad y necesidad, presentada por Kohan, de que la filosofía ejercida dentro de la escuela reflexione en torno a las prácticas coercitivas de poder vivas en el salón de clases y desde ahí, pueda crear y abrirse a otras formas de relación. Finalmente argumentamos que la práctica de Filosofía con Niños, se constituye, en los términos de Foucault, en cuanto una práctica de resistencia en la escuela.<hr/>resumo Entendemos que a prática da Filosofia com Crianças na escola, proposta por Walter Kohan, convida-nos a pensar sobre nós mesmos e nesse ato reflexivo a saber o que somos - e estamos sendo -, o que queremos e não queremos ser, nos dando a possibilidade de transformar-nos. Para nos transformarmos, diz este filósofo, é necessário abandonar os dispositivos que nos levam a ser o que somos. Agora, o que somos? O que somos nós como docentes? O que somos nós como alunos? Que dispositivos nos levam a ser o que somos? Para pensar essas questões, iremos analisar, com Michel Foucault, a escola, instituição onde se desenvolve a prática da Filosofia com Crianças, a fim de compreender as relações de poder que existem neste recinto. Como, a partir delas, se forma e se define o que é ser docente e ser aluno. Para isso, faremos uma introdução ao pensamento foucaultiano e analisaremos o que é o poder, o poder pastoral, o poder disciplinar e a resistência que configura, segundo o filósofo francês, este recinto educacional. Da mesma forma, apresentaremos a proposta da Filosofia com Crianças e exporemos a possibilidade e necessidade, apresentada por Kohan, de a filosofia exercida na escola refletir sobre as práticas coercitivas de poder presentes na sala de aula e, a partir daí, criar e abrir-se a outras formas de relacionamento. Por fim, argumentamos que a prática da Filosofia com Crianças se constitui, nos termos de Foucault, como uma prática de resistência na escola.<hr/>abstract We understand that the practice of Philosophy with Children within the school, proposed by Walter Kohan, invites practitioners to think about themselves and, in that reflective act, to know what they are - and what they are being -, what they want and do not want to be, giving themselves the possibility of self-transformation. In order to transform ourselves, says this philosopher, it is necessary to abandon the devices that lead us to be what we are. But, what are we? What are we as teachers? What are we as students? What devices lead us to be what we are? To think about these questions we analyze, with Michel Foucault, the school, an institution where the practice of Philosophy with Children takes place, in order to understand the power relations that exist in this space. We will understand how this power relations shape and define what it is to be a teacher and to be a student. To do this, we start with an introduction to Foucault’s thought, analyzing what is power, pastoral power, disciplinary power and resistance that, according to the French philosopher, shapes school as an educational locus. Likewise, we will present the Philosophy with Children proposal and expose the possibility and need, stated by Kohan, for philosophy (as an exercise within the school) to reflect on the coercive practices of power experienced in the classroom and, from there, to create and openness to other forms of relationship between those who inhabit it. Finally, we argue that the practice of Philosophy with Children constitutes, in Foucault's terms, a practice of resistance within schools. <![CDATA[el rol de la duda en la investigación filosófica colaborativa con niños]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100220&lng=es&nrm=iso&tlng=es abstract This paper examines cultivated epistemic doubt in the context of collaborative philosophical inquiry (CPI) with children in Years 2 to 7 at an inner-city primary school in Brisbane, Australia. The paper documents and categorises episodes of epistemic doubt expressed by children as they participated in an extended, design-based investigation of CPI. Epistemic doubt is theorised according to pragmatist notions developed by Charles Sanders Peirce (1877) who maintained that the space for inquiry is formed between ‘genuine doubt’ and a fixed or settled belief. The inquiry process is genuinely elicited when a ‘real’ experience provokes one’s sense of disequilibrium, resulting in the need to revise an existing belief. He later proposed the process may commence with ‘cultivated doubt’ (rather than genuine doubt), initiated within the inquiry by the inquirer/s desire to review their own existing beliefs and assumptions. The cultivation of doubt would then provoke further examination and re-evaluation of these beliefs, thus leading to genuine doubt at the middle point of the inquiry. The doubt expressed by the students in this study arose from classroom discourse and inquiry rather than spontaneously through direct experience, hence would be considered cultivated doubt. Two distinct categories of cultivated doubt were found: doubt as an interactive process within the group that enhanced collective inquiry; doubt as the object of inquiry. When doubt was the object of inquiry, children sought to distinguish its features and how it functioned within the group to sustain dialogue. The paper enhances our understanding of cultivated doubt during CPI and demonstrates that even quite young students can engage in the collective examination of the features of doubt. Implications for educators are elaborated in terms of the pedagogical practices that engage children productively in the exploration of epistemic doubt.<hr/>resumen Este artículo examina la duda epistémica cultivada en el contexto de la investigación filosófica colaborativa (IFC) con niños en los años 2 a 7 en una escuela primaria del centro de Brisbane, Australia. El artículo documenta y categoriza episodios de duda epistémica expresada por niños mientras participaban en una extendida investigación basada en el diseño de IFC. La duda epistémica es teorizada de acuerdo con las nociones pragmáticas desarrolladas por Charles Sanders Peirce (1877) quien sostuvo que el espacio para la investigación se forma entre la "duda genuina" y una creencia fija o establecida. El proceso de investigación es genuinamente provocado cuando una experiencia "real" provoca en uno la sensación de desequilibrio, lo que resulta en la necesidad de revisar una creencia existente. Más tarde Peirce propuso que el proceso podría comenzar con "dudas cultivadas" (en lugar de dudas genuinas), iniciadas dentro de la investigación por el deseo del investigador de revisar sus propias creencias y suposiciones existentes. El cultivo de la duda provocaría entonces unos nuevos examen y reevaluación de estas creencias, lo que conduciría a una duda genuina en el punto medio de la investigación. La duda expresada por los estudiantes en este estudio surgió del discurso y la investigación en el aula en lugar de espontáneamente a través de la experiencia directa, por lo tanto se consideraría una duda cultivada. Se encontraron dos categorías de dudas cultivadas bien diferenciadas: la duda como proceso interactivo dentro del grupo que mejoró la investigación colectiva; la duda como objeto de investigación. Cuando la duda era el objeto de investigación, los niños buscaron distinguir sus características y cómo funcionaba dentro del grupo para sostener el diálogo. El artículo mejora nuestra comprensión de la duda cultivada durante la IFC y demuestra que incluso los estudiantes bastante jóvenes se pueden comprometer en el examen colectivo de las características de la duda. Las implicaciones para los educadores se elaboran en términos de las prácticas pedagógicas que involucran productivamente a los niños en la exploración de la duda epistémica.<hr/>resumo Este artigo examina a dúvida epistêmica cultivada no contexto da investigação filosófica colaborativa (IFC) com crianças de 2 a 7 anos numa escola primária no interior de Brisbane, Austrália. O artigo documenta e categoriza episódios de dúvida epistêmica expressada por crianças conforme elas participavam de extensivas sessões baseadas no design da IFC. A dúvida epistêmica é tratada de acordo com as noções pragmáticas desenvolvidas por Charles Sanders Peirce (1877), que sustentava que o espaço para a investigação é formado entre uma "dúvida genuína" e uma crença fixa ou estabelecida. O processo de investigação é genuinamente provocado quando uma experiência "real" provoca em alguém um senso de desequilíbrio, resultando na necessidade de revisar uma crença já existente. Mais tarde, ele propôs que o processo pode começar com uma "dúvida cultivada" (para além de uma dúvida genuína), iniciada dentro do processo de investigação pelo desejo do/a/s pesquisador/es/as de rever suas próprias crenças e assunções existentes. O cultivo da dúvida provocaria então um exame mais profundo e a reavaliação destas crenças, levando assim à dúvida genuína em um ponto no meio da investigação. A dúvida expressa pelos alunos neste estudo surgiu do discurso e da indagação em sala de aula, ao invés de espontaneamente por meio da experiência direta, portanto seria considerada dúvida cultivada. Duas categorias distintas de dúvida cultivada foram encontradas: a dúvida como um processo interativo dentro do grupo que intensifica a investigação coletiva; dúvida como o próprio objeto de investigação. Quando a dúvida era o objeto da investigação, as crianças procuravam distinguir suas características e como funcionava dentro do grupo para manter o diálogo. O artigo aprimora nossa compreensão da dúvida cultivada durante a IFC e demonstra que mesmo os alunos muito jovens podem se envolver no exame coletivo das características da dúvida. As implicações para os educadores são elaboradas em termos de práticas pedagógicas que envolvem as crianças de forma produtiva na exploração da dúvida epistêmica. <![CDATA[Nomen omen. Una narrativa pedagógica sobre una comunidad de indagación en contexto de formación docente.]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100301&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumen El siguiente trabajo forma parte de una experiencia de comunidad de indagación en un taller de Filosofía con Niños para estudiantes del profesorado de nivel primario provenientes de zonas rurales de la provincia de Mendoza. La misma fue documentada bajo el formato de una narrativa pedagógica, una estrategia de investigación-acción-formación que permite reflexionar sobre la práctica escolar a partir de la voz del docente. Nuestra narrativa plasma la experiencia del taller tal como se presenta en las clases valiéndonos de las voces de las alumnas y confrontándolas con los marcos teóricos estudiados. La clase es narrada a partir de un registro de audio llevado a cabo entre agosto y octubre del 2018. El nudo crítico de la narrativa versa sobre la cuestión del nombre. En tal sentido la sesión aquí presentada muestra de qué manera el nombre no sólo constituye un elemento fundamental para definir la identidad, sino además un núcleo problemático para la misma. La experiencia de las estudiantes y el contexto abren la posibilidad de presentar cuestiones relativas al rol docente y a la práctica educativa en situación de formación. El trabajo también problematiza la idea de sujeto en el discurso pedagógico actual contraponiéndolo al concepto de comunidad tematizado en el discurso filosófico contemporáneo.<hr/>abstract This paper recounts the experience of a community of inquiry in a Philosophy with Children´s workshop directed at teacher training students. The workshop experience is documented in the form of pedagogical narrative, a practice-training-research strategy that seeks to make school practice visible from the teacher´s point of view. Our narrative documents the experience of the workshop in the students’ voices. Between August and October 2018, each session was audio-recorded and transcribed. The critical issue of the narrative analyzed here is the question of names; the discussion shows how the name not only constitutes a fundamental issue for identity definition, but also problematizes identity. The students’ experience of naming and being named opens questions about the teacher’s role in the classroom context, and problematizes the concept of the human subject in current pedagogical discourse, particularly in its opposition to the concept of community of inquiry in current philosophy of education discourse.<hr/>resumo Este artigo relata a experiência de uma comunidade de investigação em uma oficina de Filosofia com Crianças dirigida a alunos de formação inicial de professores vindos da zona rural de Mendoza. A experiência foi documentada em forma de uma narrativa pedagógica, uma estratégia de pesquisa-ação-formação que permite refletir sobre a prática escolar a partir da voz do professor. Nossa narrativa documenta a experiência da oficina tal como se apresenta nas aulas, valendo-se das vozes de alunos e alunas e confrontando-as com os marcos teóricos estudados. A aula narrada a partir de um registro de áudio aconteceu entre agosto e outubro de 2018. O nó crítico da narrativa versa sobre a questão do nome. Nesse sentido a sessão aqui apresentada mostra de que maneira o nome não só constitui um elemento fundamental para a definir a identidade, mas também um núcleo problemático a partir dela. A experiência dos estudantes e o contexto abrem a possibilidade apresentar questões relativas ao papel do professor e a prática educativa em situação de formação. O trabalho também problematiza a ideia de sujeito no discurso pedagógico atual contrapondo-o ao conceito de comunidade tematizado no discurso filosófico contemporâneo. <![CDATA[Una isla llamada serendipia: definiciones ético pedagógicas en el proyecto filosofar con niñxs.]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100302&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumen El presente texto plantea, a modo de ensayo, algunas líneas de reflexión y acción relativas a un Proyecto que vincula Filosofía e Infancia, cuya actividad pedagógica e investigativa se desarrolla en la ciudad de Córdoba, Argentina, desde hace más de veinticinco años. Para ello recuperamos una experiencia de talleres con niñxs y adultxs, en un continuo trabajo de reflexión sobre la infancia y el pensar sobre sí mismxs. Tal experiencia se centra en imaginar un espacio y tiempo particular -la convivencia en una isla donde no se encuentran adultxs, y desde allí interrogarse sobre las formas de decisión y participación -de acción política- que lxs niñxs tienen en los territorios que habitan. Aquí se plantea que la circunstancia de incompletitud respecto a temas como política y sexualidad abarca a todas las situaciones etarias y, por ello, resulta más adecuado dejarnos atravesar por la inquietud, la duda, que aceptar un mundo preconcebido de lugares asignados, donde los problemas encuentran rápida respuesta, y aquello que no se sabe o no se puede ubicar en un casillero es desconocido, ignorado, permanece oculto. Se propone no postular ningún preconcepto relativo a las infancias, pensarlas como hipótesis, que en cada territorio tendrán nombres, cuerpos y pensamientos por (re)conocer. Así también, se asume que la reflexión sobre la práctica de enseñanza reubica a los docentes de filosofía como intelectuales, que dejan las explicaciones universales en sus bolsillos profesorales, que se reinventan al ocuparse de problemas específicos, situados, pequeños descubrimientos que encuentran en sus intercambios con otrxs, de esxs otrxs que, como en el caso de lxs niñxs, hay mucho para aprender. Esa es la tarea ética y política que se desprende de un continuo reflexionar sobre la acción compartida. Bienvenidxs, pues, a la isla donde todo está por decidirse y participarse, la isla de Serendipia.<hr/>abstract An Island called Serendipity: Ethics in the Philosophy with Children Project. This text proposes some lines of reflection and action related to a project that links philosophy and childhood, whose pedagogical and investigative activity has been developed in the province of Córdoba, Argentina, for more than twenty-five years. To do this we recover an experience of workshops with children and adults, in a continuous process of reflection on childhood and how children think about themselves. That experience focuses on imagining a particular space and time - living together on an island where adults cannot be found--and from there question the forms of decision making and participation - of political action - that children perform in the territories they inhabit. Here it is proposed that the circumstance of incompleteness regarding issues such as politics and sexuality encompass all age situations and, therefore, it is more appropriate to let ourselves be traversed by restlessness and doubt than to accept a preconceived world in which problems quickly find answers, and what you do not know or cannot be located in a fixed category is unknown, ignored, or remains hidden. We propose to start by not postulating any pre-conceived notions regarding childhoods--thinking of them as hypotheses with unexplored names, bodies and thoughts to get to know. Likewise, it is assumed that reflection on teaching practice relocates philosophy teachers as intellectuals who keep universal explanations in their “professorial pockets,” and reinvent themselves by dealing with specific problems, the small discoveries one makes through exchanges with others--those others that, as in the case of children, there is much to learn about and from. This is the ethical and political task that emerges from a continuous reflection on shared action. Welcome, then, to the island where everything is to be decided and participated in, the island of Serendipity.<hr/>resumo Este texto propõe, em forma de ensaio, algumas linhas de reflexão e ação relativas a um projeto que vincula Filosofia e Infância, cuja atividade pedagógica e investigativa se desenvolve na cidade de Córdoba, na Argentina, há mais de vinte e cinco anos. Para isso recuperamos uma experiência de ateliês com crianças e adultxs, em um trabalho contínuo de reflexão sobre a infância e o pensar sobre si mesmxs. Tal experiência se centra em imaginar um espaço e tempo particular - a convivência em uma ilha onde não tem adultxs, e a partir daí interroga-se sobre as formas de decisão e participação - de ação política - que as crianças têm nos territórios que habitam. Aqui se sugere que a circunstância de incompletude sobre temas como política e sexualidade abarca a todas as situações etárias e, por isso, torna-se mais adequado deixar-nos atravessar pela inquietude, a dúvida, do que aceitar um mundo preconcebido de lugares demarcados, onde os problemas encontram rápida resposta, e aquilo que não se sabe ou não pode situar em uma categoria fixa é desconhecido, ignorado, permanece oculto. Propomos começar por não colocar quaisquer noções pré-concebidas sobre as infâncias, pensando-as como hipóteses, que em cada território terão nomes, corpos e pensamentos inexplorados a (re)conhecer. Da mesma forma, pressupõe-se que a reflexão sobre a prática docente recoloca os professores de filosofia como intelectuais que guardam as explicações universais em seus "bolsos docentes", que se reinventam ao lidar com problemas específicos, situados, pequenas descobertas que encontram nas trocas com outrxs, aquelxs outrxs, como no caso das crianças, há muito o que aprender. Essa é a tarefa ética e política que surge de uma reflexão contínua sobre a ação compartilhada. Bem-vindxs, então, à ilha onde tudo está para ser decidido e participado, a ilha da Serendipia. <![CDATA[Matthews, Gareth B. <em>The child’s philosopher</em>. Maughn Rollins Gregory & Megan Jane Laverty, eds. London & New York: Routledge, 2022.]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100401&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumen El presente texto plantea, a modo de ensayo, algunas líneas de reflexión y acción relativas a un Proyecto que vincula Filosofía e Infancia, cuya actividad pedagógica e investigativa se desarrolla en la ciudad de Córdoba, Argentina, desde hace más de veinticinco años. Para ello recuperamos una experiencia de talleres con niñxs y adultxs, en un continuo trabajo de reflexión sobre la infancia y el pensar sobre sí mismxs. Tal experiencia se centra en imaginar un espacio y tiempo particular -la convivencia en una isla donde no se encuentran adultxs, y desde allí interrogarse sobre las formas de decisión y participación -de acción política- que lxs niñxs tienen en los territorios que habitan. Aquí se plantea que la circunstancia de incompletitud respecto a temas como política y sexualidad abarca a todas las situaciones etarias y, por ello, resulta más adecuado dejarnos atravesar por la inquietud, la duda, que aceptar un mundo preconcebido de lugares asignados, donde los problemas encuentran rápida respuesta, y aquello que no se sabe o no se puede ubicar en un casillero es desconocido, ignorado, permanece oculto. Se propone no postular ningún preconcepto relativo a las infancias, pensarlas como hipótesis, que en cada territorio tendrán nombres, cuerpos y pensamientos por (re)conocer. Así también, se asume que la reflexión sobre la práctica de enseñanza reubica a los docentes de filosofía como intelectuales, que dejan las explicaciones universales en sus bolsillos profesorales, que se reinventan al ocuparse de problemas específicos, situados, pequeños descubrimientos que encuentran en sus intercambios con otrxs, de esxs otrxs que, como en el caso de lxs niñxs, hay mucho para aprender. Esa es la tarea ética y política que se desprende de un continuo reflexionar sobre la acción compartida. Bienvenidxs, pues, a la isla donde todo está por decidirse y participarse, la isla de Serendipia.<hr/>abstract An Island called Serendipity: Ethics in the Philosophy with Children Project. This text proposes some lines of reflection and action related to a project that links philosophy and childhood, whose pedagogical and investigative activity has been developed in the province of Córdoba, Argentina, for more than twenty-five years. To do this we recover an experience of workshops with children and adults, in a continuous process of reflection on childhood and how children think about themselves. That experience focuses on imagining a particular space and time - living together on an island where adults cannot be found--and from there question the forms of decision making and participation - of political action - that children perform in the territories they inhabit. Here it is proposed that the circumstance of incompleteness regarding issues such as politics and sexuality encompass all age situations and, therefore, it is more appropriate to let ourselves be traversed by restlessness and doubt than to accept a preconceived world in which problems quickly find answers, and what you do not know or cannot be located in a fixed category is unknown, ignored, or remains hidden. We propose to start by not postulating any pre-conceived notions regarding childhoods--thinking of them as hypotheses with unexplored names, bodies and thoughts to get to know. Likewise, it is assumed that reflection on teaching practice relocates philosophy teachers as intellectuals who keep universal explanations in their “professorial pockets,” and reinvent themselves by dealing with specific problems, the small discoveries one makes through exchanges with others--those others that, as in the case of children, there is much to learn about and from. This is the ethical and political task that emerges from a continuous reflection on shared action. Welcome, then, to the island where everything is to be decided and participated in, the island of Serendipity.<hr/>resumo Este texto propõe, em forma de ensaio, algumas linhas de reflexão e ação relativas a um projeto que vincula Filosofia e Infância, cuja atividade pedagógica e investigativa se desenvolve na cidade de Córdoba, na Argentina, há mais de vinte e cinco anos. Para isso recuperamos uma experiência de ateliês com crianças e adultxs, em um trabalho contínuo de reflexão sobre a infância e o pensar sobre si mesmxs. Tal experiência se centra em imaginar um espaço e tempo particular - a convivência em uma ilha onde não tem adultxs, e a partir daí interroga-se sobre as formas de decisão e participação - de ação política - que as crianças têm nos territórios que habitam. Aqui se sugere que a circunstância de incompletude sobre temas como política e sexualidade abarca a todas as situações etárias e, por isso, torna-se mais adequado deixar-nos atravessar pela inquietude, a dúvida, do que aceitar um mundo preconcebido de lugares demarcados, onde os problemas encontram rápida resposta, e aquilo que não se sabe ou não pode situar em uma categoria fixa é desconhecido, ignorado, permanece oculto. Propomos começar por não colocar quaisquer noções pré-concebidas sobre as infâncias, pensando-as como hipóteses, que em cada território terão nomes, corpos e pensamentos inexplorados a (re)conhecer. Da mesma forma, pressupõe-se que a reflexão sobre a prática docente recoloca os professores de filosofia como intelectuais que guardam as explicações universais em seus "bolsos docentes", que se reinventam ao lidar com problemas específicos, situados, pequenas descobertas que encontram nas trocas com outrxs, aquelxs outrxs, como no caso das crianças, há muito o que aprender. Essa é a tarefa ética e política que surge de uma reflexão contínua sobre a ação compartilhada. Bem-vindxs, então, à ilha onde tudo está para ser decidido e participado, a ilha da Serendipia. <![CDATA[everyone’s a critic: the liminal space between theory and children’s literature in kenneth kidd’s <em>theory for beginners</em>]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872021000100402&lng=es&nrm=iso&tlng=es resumen El presente texto plantea, a modo de ensayo, algunas líneas de reflexión y acción relativas a un Proyecto que vincula Filosofía e Infancia, cuya actividad pedagógica e investigativa se desarrolla en la ciudad de Córdoba, Argentina, desde hace más de veinticinco años. Para ello recuperamos una experiencia de talleres con niñxs y adultxs, en un continuo trabajo de reflexión sobre la infancia y el pensar sobre sí mismxs. Tal experiencia se centra en imaginar un espacio y tiempo particular -la convivencia en una isla donde no se encuentran adultxs, y desde allí interrogarse sobre las formas de decisión y participación -de acción política- que lxs niñxs tienen en los territorios que habitan. Aquí se plantea que la circunstancia de incompletitud respecto a temas como política y sexualidad abarca a todas las situaciones etarias y, por ello, resulta más adecuado dejarnos atravesar por la inquietud, la duda, que aceptar un mundo preconcebido de lugares asignados, donde los problemas encuentran rápida respuesta, y aquello que no se sabe o no se puede ubicar en un casillero es desconocido, ignorado, permanece oculto. Se propone no postular ningún preconcepto relativo a las infancias, pensarlas como hipótesis, que en cada territorio tendrán nombres, cuerpos y pensamientos por (re)conocer. Así también, se asume que la reflexión sobre la práctica de enseñanza reubica a los docentes de filosofía como intelectuales, que dejan las explicaciones universales en sus bolsillos profesorales, que se reinventan al ocuparse de problemas específicos, situados, pequeños descubrimientos que encuentran en sus intercambios con otrxs, de esxs otrxs que, como en el caso de lxs niñxs, hay mucho para aprender. Esa es la tarea ética y política que se desprende de un continuo reflexionar sobre la acción compartida. Bienvenidxs, pues, a la isla donde todo está por decidirse y participarse, la isla de Serendipia.<hr/>abstract An Island called Serendipity: Ethics in the Philosophy with Children Project. This text proposes some lines of reflection and action related to a project that links philosophy and childhood, whose pedagogical and investigative activity has been developed in the province of Córdoba, Argentina, for more than twenty-five years. To do this we recover an experience of workshops with children and adults, in a continuous process of reflection on childhood and how children think about themselves. That experience focuses on imagining a particular space and time - living together on an island where adults cannot be found--and from there question the forms of decision making and participation - of political action - that children perform in the territories they inhabit. Here it is proposed that the circumstance of incompleteness regarding issues such as politics and sexuality encompass all age situations and, therefore, it is more appropriate to let ourselves be traversed by restlessness and doubt than to accept a preconceived world in which problems quickly find answers, and what you do not know or cannot be located in a fixed category is unknown, ignored, or remains hidden. We propose to start by not postulating any pre-conceived notions regarding childhoods--thinking of them as hypotheses with unexplored names, bodies and thoughts to get to know. Likewise, it is assumed that reflection on teaching practice relocates philosophy teachers as intellectuals who keep universal explanations in their “professorial pockets,” and reinvent themselves by dealing with specific problems, the small discoveries one makes through exchanges with others--those others that, as in the case of children, there is much to learn about and from. This is the ethical and political task that emerges from a continuous reflection on shared action. Welcome, then, to the island where everything is to be decided and participated in, the island of Serendipity.<hr/>resumo Este texto propõe, em forma de ensaio, algumas linhas de reflexão e ação relativas a um projeto que vincula Filosofia e Infância, cuja atividade pedagógica e investigativa se desenvolve na cidade de Córdoba, na Argentina, há mais de vinte e cinco anos. Para isso recuperamos uma experiência de ateliês com crianças e adultxs, em um trabalho contínuo de reflexão sobre a infância e o pensar sobre si mesmxs. Tal experiência se centra em imaginar um espaço e tempo particular - a convivência em uma ilha onde não tem adultxs, e a partir daí interroga-se sobre as formas de decisão e participação - de ação política - que as crianças têm nos territórios que habitam. Aqui se sugere que a circunstância de incompletude sobre temas como política e sexualidade abarca a todas as situações etárias e, por isso, torna-se mais adequado deixar-nos atravessar pela inquietude, a dúvida, do que aceitar um mundo preconcebido de lugares demarcados, onde os problemas encontram rápida resposta, e aquilo que não se sabe ou não pode situar em uma categoria fixa é desconhecido, ignorado, permanece oculto. Propomos começar por não colocar quaisquer noções pré-concebidas sobre as infâncias, pensando-as como hipóteses, que em cada território terão nomes, corpos e pensamentos inexplorados a (re)conhecer. Da mesma forma, pressupõe-se que a reflexão sobre a prática docente recoloca os professores de filosofia como intelectuais que guardam as explicações universais em seus "bolsos docentes", que se reinventam ao lidar com problemas específicos, situados, pequenas descobertas que encontram nas trocas com outrxs, aquelxs outrxs, como no caso das crianças, há muito o que aprender. Essa é a tarefa ética e política que surge de uma reflexão contínua sobre a ação compartilhada. Bem-vindxs, então, à ilha onde tudo está para ser decidido e participado, a ilha da Serendipia.