Scielo RSS <![CDATA[Childhood & Philosophy]]> http://educa.fcc.org.br/rss.php?pid=1984-598720220001&lang=en vol. 18 num. lang. en <![CDATA[SciELO Logo]]> http://educa.fcc.org.br/img/en/fbpelogp.gif http://educa.fcc.org.br <![CDATA[Babies, materiality, and technical objects in early childhood education in brazil and france]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872022000100001&lng=en&nrm=iso&tlng=en abstract The main objective of this work is to discuss the materiality of relationships and experiences of infants in early childhood education, based on a dialogue with the Brazilian curriculum guidelines for Early Childhood Education in 3 municipalities in the state of São Paulo, and with the concepts of technical objects and individuation developed by Simondon. This is a qualitative research that uses bibliographic and documentary research as a methodology and the production of cartographies of scenes in which relationships between babies and objects are observed. The cartography used here is inspired by the records developed by Fernand Deligny (2015) and its appropriation for research with babies, as proposed by Julia Oliveira (2016). Research was carried out on this topic in the field of education, going through scientific articles and guiding documents for early childhood education. The authors mapped the paths and affections of babies and their relationships with objects in two distinct scenes that were collected within the scope of a collective project. It is a work that contributes to early childhood education in general and, specifically, to baby studies (Infantology, Babyhood studies).<hr/>resumo O presente trabalho tem como objetivo central discutir a materialidade das relações e das experiências por crianças na educação infantil, a partir de um diálogo com as diretrizes curriculares brasileiras para a educação infantil em âmbito nacional e em 3 municípios do estado de São Paulo, utilizando conceitos de objetos técnicos e individuação desenvolvidos por Simondon. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que utiliza como metodologia não apenas a pesquisa bibliográfica e documental, como também a produção de cartografias de cenas em que se observam relações entre bebês e objetos. A cartografia aqui utilizada é inspirada nos registros desenvolvidos por Fernand Deligny (2015) e sua apropriação para pesquisa com bebês, proposta por Julia Oliveira (2016). Foi realizada uma investigação sobre o tema no campo da educação em artigos científicos e documentos norteadores para a educação infantil. As trajetórias e afetos dos bebês e suas relações com os objetos foram mapeados em dois cenários distintos que foram coletados no campo de um projeto coletivo integrado pelas autoras. Trata-se de uma obra que contribui para a educação infantil de modo geral e, em específico, para os estudos de bebês.<hr/>resumen El objetivo principal de este trabajo es discutir la materialidad de las relaciones y experiencias de los niños en la educación infantil, a partir de un diálogo con las directrices del currículo brasileño para la Educación de las Primeras Infancias a nivel nacional, en Brasil, en 3 municipios en el estado de São Paulo, y con los conceptos de objetos técnicos e individuación desarrollados por Simondon. Se trata de una investigación cualitativa que utiliza como metodología la investigación bibliográfica y documental y la elaboración de cartografías de escenas en las que se observan relaciones entre bebés y objetos. La cartografía aquí utilizada está inspirada en los registros desarrollados por Fernand Deligny (2015) y su apropiación para la investigación con bebés, como es propuesta por Julia Oliveira (2016). Se realizó una investigación sobre el tema en el campo de la educación a través de artículos científicos y documentos orientadores para la educación infantil. Las autoras mapearon los caminos y afectos de los bebés y sus relaciones con los objetos en dos escenarios distintos que fueron recogidos en el ámbito de un proyecto colectivo. Es una obra que contribuye a la educación infantil en general y al estudio de los bebés en particular. <![CDATA[The politicization of the educable child through aethereal power]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872022000100002&lng=en&nrm=iso&tlng=en abstract The paper argues that a prevalent conception of power in the educational sciences is detrimental to pedagogy both as a field of practice and as a discipline and inept as a scientific concept from an epistemological standpoint. The designation of this power concept as ‘aethereal’ can provide the education theoretical discourses with a means to analyze and criticize positions and arguments that have undermined the autonomy of education since the establishment of Foucauldian thinking in the educational sciences. First, this article argues that the pedagogical notion of the educable child depends on the concepts of individuality, plasticity, and autonomy within the framework of a negative ontology. Second, it problematizes the effects of the substitution of these concepts in the postmodern power-critical educational sciences for pedagogy in general and the child as its key concept in particular. The politicized child is conceived of as subjugated, passive, vulnerable, and what is crucial: as a thing-like, i.e. pedagogically ineducable but only powerfully moldable identity. Third, it analyses the philosophical basis of this shift towards the politicization of the child by introducing the concept of ‘aethereal power’. The article concludes with a sociological reflection on the societal dimension of this fundamental transformation of education and hints at the emerging post-critical pedagogy as a possible remedy.<hr/>resumen El artículo sostiene que la concepción de poder que prevalece en las ciencias de la educación es perjudicial para la pedagogía como campo de práctica y como disciplina, e inepta como concepto científico desde el punto de vista epistemológico. La designación de este concepto de poder como "etéreo" puede proporcionar a los discursos teóricos de la educación un medio para analizar y criticar las posiciones y los argumentos que han socavado la autonomía de la educación desde el establecimiento del pensamiento foucaultiano en las ciencias de la educación. En primer lugar, este artículo argumenta que la noción pedagógica del niño/a educable depende de los conceptos de individualidad, plasticidad y autonomía en el marco de una ontología negativa. En segundo lugar, problematiza los efectos de la sustitución de estos conceptos en las ciencias de la educación postmodernas críticas del poder para la pedagogía en general y el niño/a como su concepto clave en particular. El niño/a politizado es concebido como subyugado, pasivo, vulnerable, y lo que es crucial: como una identidad semejante a una cosa, es decir, pedagógicamente ineducable pero una identidad sólo moldeable a través del poder. En tercer lugar, analiza la base filosófica de este cambio hacia la politización del niño/a introduciendo el concepto de "poder etéreo". El artículo concluye con una reflexión sociológica sobre la dimensión social de esta transformación fundamental de la educación y apunta a la emergente pedagogía post-crítica como posible remedio.<hr/>resumo O artigo argumenta que uma concepção predominante de poder nas ciências educacionais é prejudicial à pedagogia tanto como campo de prática quanto como disciplina e é também inepto como conceito científico do ponto de vista epistemológico. A designação deste conceito de poder como "etéreo" pode fornecer aos discursos teóricos da educação um meio de analisar e criticar posições e argumentos que têm minado a autonomia da educação desde o estabelecimento do pensamento foucaultiano nas ciências educacionais. Primeiro, este artigo argumenta que a noção pedagógica da criança educável depende dos conceitos de individualidade, plasticidade e autonomia dentro da estrutura de uma ontologia negativa. Em segundo lugar, problematiza os efeitos da substituição destes conceitos nas ciências educacionais pós-modernas críticas do poder para a pedagogia em geral e a criança como seu conceito chave em particular. A criança politizada é concebida como subjugada, passiva, vulnerável, e o que é crucial: como uma coisa, ou seja, pedagogicamente ineducável, mas uma identidade apenas moldável através do poder. Em terceiro lugar, ela analisa a base filosófica desta mudança em direção à politização da criança, introduzindo o conceito de "poder etéreo". O artigo conclui com uma reflexão sociológica sobre a dimensão societal desta transformação fundamental da educação e sugere a emergente pedagogia pós-crítica como um possível remédio. <![CDATA[Uma abordagem de comicsofia para o ensino de filosofia]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872022000100003&lng=en&nrm=iso&tlng=en resumo O artigo apresenta uma abordagem inovadora para o ensino de filosofia, que os autores denominam como "comicsofia" - uma sabedoria das histórias em quadrinhos. Tal aplicação criativa dos quadrinhos no ensino da filosofia corresponde plenamente ao caráter escandaloso (skandalonic) e dialógico da própria filosofia. O valor metódico do uso dos quadrinhos no ensino de filosofia se manifesta exatamente no caráter distintamente escandaloso dos quadrinhos. O skandalon é um processo metódico que procura provocar a curiosidade dos alunos ao questionar algo que de outra forma parecia inquestionável, auto-evidente, para apresentá-lo sob uma nova luz, de modo a torná-lo objeto de questionamento crítico e reflexão. Dada a visualidade dos quadrinhos, sua diversão e raízes na cultura popular, é uma excelente ferramenta motivacional para reflexão filosófica e compreensão da realidade, questões filosóficas, ideias e conceitos no ensino de filosofia. Ao apresentar os quadrinhos como produtos reconhecíveis da cultura pop, próximos ao interesse e experiência de leitura dos alunos no ensino de filosofia, é mais fácil para eles conectar o que aprendem na escola com a vida real, ou seja, aplicar o que aprenderam em situações da vida cotidiana. As histórias em quadrinhos podem ser utilizadas como fonte de informação, uma forma de aprendizado de novos conteúdos, bem como base para estimular o diálogo e a discussão em sala de aula. Além disso, os quadrinhos podem ser usados como estímulo na abordagem da filosofia para crianças (P4C). A P4C e a abordagem comicsophy ao ensino de filosofia são particularmente complementares, o que permite que sejam combinados de forma eficaz. Os alunos podem, individualmente ou em pares/grupos, criar histórias em quadrinhos sobre temas filosóficos específicos, desenvolvendo assim o pensamento criativo, crítico e colaborativo. O artigo apresenta critérios específicos para avaliar histórias em quadrinhos sobre questões filosóficas que os alunos criam nas aulas de filosofia.<hr/>abstract The paper presents an innovative approach to teaching philosophy, which the authors name as a comicsophy approach to teaching philosophy. Such creative application of comics in the teaching of philosophy fully corresponds to the skandalonic and dialogical character of philosophy itself. The methodical value of using comics in philosophy teaching is manifested exactly in comics’ distinctly skandalonic character. The skandalon is a methodical process that seeks to provoke students' curiosity by questioning something that otherwise seemed unquestionable, self-evident, to present it in a new light, in order to make it the subject of critical questioning and reflection. Given the visuality of the comics, its fun and root in popular culture, it is an excellent motivational tool for philosophical reflection and understanding of reality, philosophical issues, ideas and concepts in teaching philosophy. By introducing comics as recognizable products of pop culture close to students' reading interest and experience in teaching philosophy, it is easier for them to connect what they learn in school with real life, ie to apply what they have learned in everyday life situations. Comics can be used as a source of information, a form of learning new content, as well as a basis for encouraging dialog and discussion in the classroom. Also, comics can be used as a stimulus in philosophy for children (P4C) approach. P4C and the comicsophy approach to teaching philosophy are particularly complementary, which allows them to be combined effectively. Students can individually or in pairs/groups create comics on specific philosophical topics, thus developing creative, critical and collaborative thinking. The paper presents specific criteria for evaluating comics on philosophical issues that students create in philosophy classes.<hr/>resumen El trabajo muestra un enfoque innovador para la enseñanza de la filosofía, nombrado por los autores como “comicsofía” (sabiduría de los cómics). Esta creativa aplicación de los cómics en la enseñanza de la filosofía, corresponde totalmente al carácter dialéctico y cuestionador de la enseñanza. El valor metodológico de los cómics en la enseñanza de la filosofía se manifiesta precisamente en su carácter distintivamente cuestionador. El “skándalon” es un proceso metódico que busca provocar la curiosidad de los estudiantes, cuestionando algo que de otro modo parecía incuestionable, obvio, para presentarlo bajo una nueva luz, con el fin de convertirlo en objeto de cuestionamiento y reflexión críticos. El uso de cómics en la enseñanza de la filosofía, dada su visualidad, diversión y arraigo en la cultura popular, es una excelente herramienta de motivación para la reflexión filosófica y la comprensión de la realidad, y de los temas, ideas y conceptos filosóficos. Introducir los cómics, como productos reconocibles de la cultura popular cercanos al interés lector y la experiencia lectora de los estudiantes, en la enseñanza de la filosofía contribuye a que sea más fácil para ellos conectar lo que aprenden en la escuela con la vida real, es decir, aplicar lo que han aprendido en situaciones de la vida cotidiana. En la enseñanza de la filosofía, los cómics pueden utilizarse como fuente de información, una forma de aprender nuevos contenidos, y también como una base para fomentar el diálogo y la discusión en el aula. Además, los cómics pueden utilizarse como estímulo en el enfoque de filosofía para niños (FpN). Los enfoques de la FpN y el de la comicsofía para la enseñanza de la filosofía son especialmente complementarios, lo que permite combinarlos eficazmente. Los estudiantes pueden crear, individualmente o en parejas/grupos, cómics sobre temas filosóficos específicos, desarrollando así el pensamiento creativo, crítico y colaborativo. El artículo presenta criterios específicos para evaluar los cómics sobre temas filosóficos que crean los estudiantes en las clases de filosofía. <![CDATA[Children, pandemic and school: starting over is a political act]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872022000100004&lng=en&nrm=iso&tlng=en resumo O presente artigo é um convite a envolver-se com a Pedagogia da Pergunta, de Paulo Freire, como possibilidade para retomar a cotidianeidade escolar com as crianças, compreendendo este acontecimento como um ato político. Partindo de uma conversa instigante que Paulo Freire teve com Antônio Faundez (1985), narrada na obra Por uma Pedagogia da Pergunta, este texto pretende provocar pensamentos e instigar o leitor com seus argumentos e suas ideias, para que pensemos juntos, pesquisadoras(es), professoras(as), educadoras(es), alternativas que sejam acolhedoras, responsivas e amorosas com as experiências dos meninos e meninas neste tempo de “quase-exílio” da pandemia da covid-19. “Quase-exiladas” da escola, dos direitos, dos encontros, das trocas, torna-se necessário recomeçar de onde estão, verdadeiramente, as crianças. Recomeçar de suas aventuras, de suas dores, de suas perdas, das suas vivências e experiências reais. Permitir que estas produzam perguntas necessárias às suas curiosidades, ao saber-fazer docente e aos planos escolares, como temperos singulares em um prato especial que será preparado e servido por todos e todas, sem exceção. Neste caminho, o diálogo com Freire e Faundez encontrou Cussiánovich e Márquez (2002), assim como Silva, da Luz e Carvalho (2021), e outros pensamentos que contribuíram para tornar o debate mais potente, aberto e convidativo.<hr/>abstract This article is an invitation to consider Paulo Freire’s Pedagogy of the Question as a text that leads the reader to consider the possibilities offered by the post-Covid 19 resumption of daily school life with children as a political act. Based on a conversation that Freire had with Antônio Faundez in 1985, this text encourages researchers and educators to consider ways of returning to school life in ways that are welcoming, responsive and loving in the wake of the experience of “almost-exile” undergone during the covid-19 pandemic. It becomes necessary to think school life again from where the children truly are, restarting in full awareness of the adventures, the pains, the losses they have undergone, encouraging them to ask the questions that the pandemic experience has produced them, and to recognize the new forms of consciousness it has inaugurated. This paper explores the implications of the ideas found in the Freire-Faundez dialogue for this moment of reconstruction.<hr/>resumen El presente artículo es una invitación a involucrarse con la Pedagogía de la Pregunta, de Paulo Freire, como posibilidad para retomar la cotidianeidad escolar con los niños, entendiendo este acontecimiento como un acto político. A partir de una estimulante conversación que Paulo Freire mantuvo con Antônio Faundez (1985), narrada en la obra Por una Pedagogía de la Pregunta, este texto pretende provocar pensamientos e instigar al lector con sus argumentos y sus ideas, para que pensemos juntos, investigadoras(es), profesoras(es), educadoras(es), alternativas que sean acogedoras, receptivas y amorosas con las experiencias de los niños y niñas en esta época de “casi exilio” de la pandemia covid-19. “Casi exiliados” de la escuela, de los derechos, de los encuentros, de los intercambios, se hace necesario recomenzar desde donde realmente están los niños. Recomenzar desde sus aventuras, desde sus dolores, desde sus pérdidas, desde sus experiencias y vivencias reales. Permitir que éstas produzcan preguntas necesarias a sus curiosidades, al saber-hacer docente y a los planes escolares, como especias singulares en un plato especial que será preparado y servido por todos y todas, sin excepción. En este camino, el diálogo con Freire y Faundez se encontró con Cussiánovich y Márquez (2002), así como a Silva, da Luz y Carvalho (2021), y otros pensamientos que contribuyeron a hacer el debate más potente, abierto y acogedor. <![CDATA[The case for philosophy for children in kenyan schools]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872022000100005&lng=en&nrm=iso&tlng=en abstract The significance of value-based education in character development and inculcation of ethical citizenship attitudes in Kenyan schools cannot be overemphasized. In the recent past, cases of unethical behaviour among primary school-going children and those who have graduated from this important segment of education have been on the rise, despite the various interventions by the Kenyan government to integrate value concerns in the curriculum. Since 2020, there has been a sharp increase in the cases of student-led arsons in learning institutions in Kenya. From independence, the government of Kenya adopted an indirect approach of value education that advocates for integration of values within regular curriculum. This strategy seems ineffective owing to an increase in the cases of indiscipline among learners. This study seeks to examine the application of Philosophy for Children (P4C) as the architecture for implementing value-based education and the realization of Chapter Six of the Constitution of Kenya because the values that P4C aims to nurture are highly consistent with those of the Kenyan Constitution. Through P4C, the Kenyan Education system can achieve its goal of preparing responsible and ethical citizens of high moral integrity. Chapter Six of the Kenyan Constitution has laid the cornerstone principles of Leadership, Integrity and elements of ethical citizenship. It dictates the code of conduct for state officers and responsible citizenry. Through the Competency-Based Curriculum (CBC), the Ministry of Education seeks to inculcate these principles in the learners at an early age.<hr/>resumo A importância da educação baseada em valores no desenvolvimento do caráter e na inculcação de atitudes de cidadania ética nas escolas quenianas não pode ser subestimada. No passado recente, os casos de comportamento antiético entre crianças que frequentam a escola primária e aquelas que se formaram neste importante segmento da educação aumentaram, apesar das várias intervenções do governo queniano para integrar, no currículo, preocupações com os valores. Desde 2020, houve um aumento acentuado nos casos de incêndios criminosos liderados por estudantes em instituições de ensino no Quênia. Desde a independência, o governo do Quênia adotou uma abordagem indireta de educação de valores que defende a integração de valores no currículo regular. Esta estratégia parece ineficaz devido ao aumento dos casos de indisciplina entre os alunos. Este estudo procura examinar a aplicação da Filosofia para Crianças (FpC) como a arquitetura para implementar a educação baseada em valores e a realização do Capítulo Seis da Constituição do Quênia, porque os valores que a FpC visa nutrir são altamente consistentes com os da Constituição do Quênia. Por meio da FpC, o sistema educacional queniano pode atingir seu objetivo de preparar cidadãos responsáveis e éticos de alta integridade moral. O Capítulo Seis da Constituição do Quênia estabeleceu os princípios fundamentais de Liderança, Integridade e elementos de cidadania ética. Ele dita o código de conduta para funcionários do estado e cidadãos responsáveis. Por meio do Currículo Baseado em Competências (CBC), o Ministério da Educação busca inculcar esses princípios nos alunos desde cedo.<hr/>resumen La importancia de la educación basada en valores para el desarrollo del carácter y la inculcación de actitudes de ciudadanía ética en las escuelas kenianas nunca será enfatizada en demasía. En el pasado reciente, los casos de comportamientos poco éticos entre niños que asisten a la escuela primaria y aquellos que se han graduado de este importante segmento de la educación han ido en aumento, a pesar de las varias intervenciones del gobierno keniano para integrar preocupaciones relativas a los valores en el plan de estudios. Desde 2020, se ha producido un fuerte aumento de los casos de incendios provocados por estudiantes en los centros de enseñanza de Kenia. Desde la independencia, el gobierno de Kenia adoptó un enfoque indirecto de educación en valores que aboga por la integración de los valores dentro del plan de estudios regular. Esta estrategia parece poco efectiva debido al aumento de los casos de indisciplina entre los alumnos. Este estudio pretende examinar la aplicación de la Filosofía para Niños (FpN) como arquitectura para implementar la educación basada en valores y hacer realidad el capítulo seis de la Constitución de Kenia, ya que los valores que la FpN pretende fomentar son muy coherentes con los de la Constitución keniana. A través de la FpN, el sistema educativo keniano puede alcanzar su objetivo de preparar ciudadanos responsables y éticos con una alta integridad moral. El capítulo seis de la Constitución keniana ha establecido los principios fundamentales de Liderazgo, Integridad y elementos de ciudadanía ética. El mismo dicta el código de conducta para los funcionarios del Estado y la ciudadanía responsable. A través del Currículo Basado en Competencias (CBC), el Ministerio de Educación busca inculcar estos principios en los alumnos a una edad temprana. <![CDATA[Thinking childhood and experience with the child Benjamin]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872022000100006&lng=en&nrm=iso&tlng=en resumo Walter Benjamin é um instigante filósofo que em suas obras nos faz pensar nos conceitos de experiência, criança e infância. Viajar por entre suas experiências e narrativas nos aproxima do mundo da criança Benjamin. Trata-se assim de uma viagem filosófica no sentido de nos levar rumo a algo que nos é desconhecido e que ao final pode nos transformar. Atravessaremos os seguintes textos de Benjamin: A hora das crianças narrativas radiofônicas (2015), Infância berlinense: 1900 (2013), Reflexões sobre a criança o brinquedo e a educação (2009), Rua de mão única (2013) e O contador de histórias. Considerações sobre a obra de Nikolai Leskov (2018). Atravessar esses textos é permitir experimentar outras formas de olhar o mundo e estar nele. É permitir experienciar as experiências da criança Benjamin que se oferecem a nós como narração. É percorrer lugares pouco habitados, isto é, lugares únicos. É atravessar o mundo de uma criança sentindo seu tempo e olhar. De acordo com Jorge Larrosa (2003), a infância é um enigma. Nos permitimos entrar neste enigma que é descortinar imagens de experiência da criança e da infância, nos aproximando deste mistério que uma vida filosófica e pulsante como a deste filósofo é capaz de nos oferecer.<hr/>abstract Walter Benjamin is a seminal philosopher whose work makes us think about the concepts of experience, child, and childhood. A journey through his life experience and personal narratives brings us closer to the world of his own childhood. As such, it is a philosophical journey in the sense of taking us towards something that is unknown to us and that in the end can transform us. We will travel through the following texts by Benjamin: Children’s Hour Radio Narrative (2015), Berlin Childhood: around 1900 (2013), Reflections on the child, the toy and education (2009), One-Way Street (2013) and The Storyteller:Reflections on the works of Nikolai Leskov (2018). To navigate these texts is to allow and encourage us to experiment with other ways of looking at and being in the world. His narrative allows us to experience the experiences of the child Benjamin, to traverse its unique and sparsely inhabited places, and thus to travel through any child’s world, feeling a child’s temporality and a child’s gaze. According to Jorge Larrosa (2003), childhood is an enigma. Benjamin’s narratives allow us to enter this enigma, to unveil images redolent with the experience of children and childhood, and thereby to approach this mystery that is both philosophical and pulsating with life, like the life of this philosopher himself.<hr/>resumen Walter Benjamin es un filósofo instigador que en sus obras nos hace pensar sobre los conceptos de experiencia, niño/niña e infancia. Viajar a través de sus experiencias y narrativas nos acerca al mundo del niño Benjamin. Se trata así de un viaje filosófico en el sentido de que nos lleva hacia algo que nos es desconocido y que al final puede transformarnos. Atravesaremos los siguientes textos de Benjamin: La hora de las infancias: narrativas radiofónicas (2015), Infancia en Berlín hacia 1900 (2013), Reflexiones sobre niños, juguetes, libros infantiles, jóvenes y educación (2009) y Dirección única (2013). Atravesar estos textos es permitir experimentar otras formas de mirar el mundo y estar en él. Es permitir experimentar las experiencias del niño Benjamin que se nos ofrecen como narración. Es recorrer lugares poco habitados, esto es, lugares únicos. Es atravesar el mundo de un niño sintiendo su tiempo y mirar. De acuerdo con Jorge Larrosa (2003), la infancia es un enigma. Nos permitimos entrar en este enigma que es develar imágenes de experiencia de los niños y de la infancia, acercándonos a este misterio que una vida filosófica y palpitante como la de este filósofo es capaz de ofrecernos. <![CDATA[Is the voice we hear on the inside the same as the one people hear on the outside?]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872022000100007&lng=en&nrm=iso&tlng=en resumo O presente texto nasceu da escuta de uma pergunta infantil sobre a voz, feita por uma menina. Essa pergunta aconteceu numa escola básica, em espaço rural, e provocou um movimento de desconstrução sobre diferentes dispositivos da atividade filosófica tal como é apresentada a crianças e adultos no contexto de comunidades de investigação filosófica. O exercício de escuta dessa pergunta revelou ainda aspetos importantes no modo como nos subjetivamos enquanto adultos e adultas que acreditam ser importante levar a filosofia para dentro da escola. Este texto é a tentativa de prolongar o rasto de afetação deixado por essa pergunta inicial, desdobrando-se em três momentos ou possibilidades de requestionamento. Esses momentos - que não pretendem constituir uma sequência ordenada de leitura, mas possíveis entradas para a pergunta da Lara - constituem-se como possibilidades marcadas pelo ritmo de três perguntas, filhas da inquietação primeira: o que se escuta quando falamos da voz? o que se diz quando falamos da escuta? O que se pode pensar na partilha das vozes e das escutas? O texto convida a entrarmos na construção da voz enquanto conceito alinhado com um determinado paradigma ou modelo do pensamento ou do exercício do pensar (comumente designado como “a filosofia”). O texto convida a entrarmos nessoutro conceito de escuta enquanto constructo que recua às origens da filosofia ocidental e que se tem perpetuado e tornado transversal. O texto convida a entrarmos na proposta de uma forma diferente de entender a voz e a escuta a partir da ideia de pensamento como espaço-entre de partilha, incidindo especificamente no âmbito de atividades de diálogo filosófico com crianças.<hr/>resumen El presente texto nació de la escucha de una pregunta infantil sobre la voz, hecha por una niña. Esa pregunta tuvo lugar en una escuela básica, en espacio rural, y provocó un movimiento de desconstrucción sobre los diferentes dispositivos de la actividad filosófica tal como es presentada a niños y adultos en el contexto de comunidades de investigación filosófica. El ejercicio de escucha de esa pregunta reveló, incluso, aspectos importantes del modo en que nos subjetivamos como adultos y adultas que creen que es importante llevar la filosofía adentro de la escuela. Este texto es un intento de prolongar el rastro de afectación dejado por esa pregunta inicial, desdoblándose en tres momentos o posibilidades de recuestionamiento. Esos momentos - que no pretenden constituir una secuencia ordenada de lectura, sino posibles entradas para la pregunta de Lara - se constituyen como posibilidades marcadas por el ritmo de tres preguntas, hijas de la primera inquietación: ¿qué se escucha cuando hablamos de la voz? ¿Qué se dice cuando hablamos de la escucha? ¿Qué se puede pensar al compartir voces y escuchas? El texto nos invita a adentrarnos en la construcción de la voz como concepto en línea con un determinado paradigma o modelo de pensamiento o del ejercicio de pensar (comúnmente designado como “la filosofía”). El texto nos invita a adentrarnos en ese otro concepto de escucha como constructo que regresa a los orígenes de la filosofía occidental y que se ha perpetuado y vuelto transversal. El texto nos invita a adentrarnos en la propuesta de una forma diferente de entender la voz y la escucha a partir de la idea de pensamiento como espacio-entre del compartir, incidiendo específicamente en el ámbito de actividades de diálogo filosófico con niños y niñas.<hr/>abstract This text was written after hearing a childlike question about voice, a question asked by Lara, a girl at a “basic” school in a rural area of the Azores islands that resulted in a diferent way of understanding the motives and intentions that are implicit in the way we practice community of philosphical inquiry with children and adults. This question also unveiled important aspects of the way we construct ourselves as adults who believe in the importance of teaching philosophy in elementary school. This text describes an attempt to follow the trail of inquiry triggered by Lara’s question, and documents three moments or possibilities of re-questioning. These moments - which are not understood as forming an orderly sequence, but rather represent inroads into the initial question - emerge as possibilities marked by the rhythm of inquiry that followed. Those questions were: What do we hear when we talk about voice? What do we say when we talk about listening? And what do we think about when we share voices and listen actively? The text invites us to focus on voiceas a concept aligned with a certain paradigmatic model of thinking commonly referred to as “philosophy,”and also invites us to consider the concept oflisteningas a construct that returns us to the origins of western philosophy. Finally, the text invites us to consider different ways of understanding voice and listening as based on the idea of thinking as an in-between space of sharing, focusing specifically on activities centering philosophical dialogue with children. <![CDATA[The claim of emotions through an emotional education in the philosophy with children]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872022000100008&lng=en&nrm=iso&tlng=en resumen El reclamo de las emociones es una tarea esencial en las sociedades del siglo XXI. No podemos seguir viviendo dejándolas a un lado con la importancia y el peso que tienen en nuestros pensamientos y en las acciones que hacemos todos los días. Las emociones son fundamentales en las esferas íntimas y, también, deben serlo en los ámbitos públicos. Por este motivo, se hace cada vez más importante aprender a identificar lo que sentimos y lo que sienten quienes nos rodean, cómo expresamos este sentir y sus consecuencias a fin de ser capaces de transformar las emociones más dañinas en otras mucho más favorables al bienestar de nuestras relaciones personales y con el medio. Con este objetivo, el texto se propone reivindicar una educación emocional en el marco de una educación para la paz desde edades tempranas, que ponga el énfasis en el cultivo de la capacidad emocional desde la niñez para rehacer una ciudadanía global crítica, ética y creativa. En esta labor, estas páginas recuperan la metodología de la escuela de filosofía con niñas y niñas, lo que le da un gran sentido de praxis filosófica al texto, al ponerlo en diálogo, también, con la corriente de la filosofía para hacer las paces. De este modo, se cree imprescindible reivindicar, a través del pensamiento basado en el cuidado, la empatía y la imaginación moral desde que somos niñas y niños, para el cultivo de una educación emocional que estimulará a fantasear con otras alternativas emocionales, escapando de los propios límites y explorando las perspectivas de las y los demás hasta llegar a fusionarse con sus horizontes.<hr/>abstract Clarifying the concept of emotions is an essential task of 21st century societies. We cannot continue living if we ignore the importance they have in our everyday thinking and acting. Emotions are fundamental both to the private and the public sphere It is becoming increasingly important to learn to identify what we feel and what those around us feel, how we express these feelings and understand their consequences, in order to enable us to transform harmful emotions into others more favorable to the well-being of our personal relationships and our relationship with the environment. With this objective in mind, my text proposes a form of emotional education in the framework of peace education, initiated in early childhood, which acts to develop the emotional capacity required for the realization of a form of critical, ethical and creative global citizenship. This work recovers the methodology of the school of philosophy with children, which gives a great sense of philosophical praxis to the text, by putting it in dialogue, also, with studies in philosophy for peace. Thus, it is essential to vindicate empathy and moral imagination from the time we are children. Through thinking based on care, fthe cultivation of an emotional education will stimulate to wonder about other emotional alternatives, escaping from our own limits and exploring the perspectives of others until we come to merge with their horizons.<hr/>resumo A reivindicação das emoções é uma tarefa essencial nas sociedades do século XXI. Não podemos continuar vivendo deixando-as de lado com a importância e o peso que têm em nossos pensamentos e nas ações que fazemos no dia a dia. As emoções são fundamentais nas esferas íntimas e, também, devem sê-lo nas esferas públicas. Por isso, torna-se cada vez mais importante aprender a identificar o que sentimos e o que sentem as pessoas ao nosso redor, como expressamos esse sentimento e suas consequências para podermos transformar as emoções mais nocivas em outras mais favoráveis ao bem-estar de nossas relações pessoais e com o meio. Com esse objetivo, o texto se propõe a reivindicar uma educação emocional no marco de uma educação para a paz, começando na infância, que enfatize o cultivo da capacidade emocional para a reconstrução de uma cidadania global crítica, ética e criativa. Neste trabalho, busco recuperar a metodologia da escola da filosofia com crianças, o que dá um grande sentido de práxis filosófica ao texto, ao colocá-lo em diálogo, também, com a corrente da filosofia para fazer a paz. Desse modo, acredita-se fundamental reivindicar a empatia e a imaginação moral desde que somos crianças, por meio do pensamento baseado no cuidado, para o cultivo de uma educação emocional que estimule a fantasiar com outras alternativas emocionais, fugindo dos próprios limites e explorando as perspectivas dos outros até se fundir com seus horizontes. <![CDATA[Child youtubers and specific goods of childhood: when exploration and play become work]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872022000100009&lng=en&nrm=iso&tlng=en abstract This article explores the nature and consequences of being a successful child YouTuber as a new form of both child labor and play in the social media era. This new child activity can in principle act as an enhancer of child autonomy, creativity, and some specific goods of childhood, such as play, and exploration. However, the impact of becoming a micro-celebrity as a video blogger at a young age is to some extent underexplored. Thereby, I bring into the ethical discussion the specific conditions of this activity, such as overexposure, and adultization. By doing so, I show how it can turn out to be a threat to child’s well-being and well-becoming, especially in relation to the identity construction and intrafamily dynamics. I highlight its double role as both an enhancer of childhood’s specific goods and child vulnerability, especially when it becomes a silent form of subjugation. Thereby, I suggest that the strong version of the precautionary principle could be a normative guide to balance the children’s need to explore and autonomy without jeopardizing other specific goods of childhood and their well-becoming.<hr/>resumen Este artículo explora la naturaleza y las consecuencias de ser un niño YouTuber de éxito como una nueva forma de trabajo y juego infantil en la era de las redes sociales. Esta nueva actividad infantil puede en principio actuar como potenciadora de la autonomía infantil, la creatividad y algunos bienes específicos de la infancia, como el juego y la exploración. Sin embargo, el impacto de convertirse en una microcelebridad de blogueros de video a una edad temprana está poco explorado. Así, traigo a la discusión ética las condiciones específicas de esta actividad, como la sobreexposición y la adultización, mostrando así cómo puede convertirse en una amenaza para el bienestar del niño, especialmente en relación con la construcción de la identidad y la dinámica intrafamiliar. Destaco su doble papel como potenciador de los bienes específicos de la infancia y de la vulnerabilidad infantil, especialmente cuando se convierte en una forma sutil de subyugación. Así, defiendo que la versión fuerte del principio de precaución podría ser una guía normativa para equilibrar la necesidad de exploración y autonomía de los niños sin poner en riesgo otros bienes específicos de la infancia y su bienestar.<hr/>resumo Este artigo explora a natureza e as consequências de ser uma criança YouTuber de sucesso como uma nova forma de trabalho e brincadeira infantil na era das redes sociais. Esta nova atividade infantil pode, em princípio, atuar como potencializadora da autonomia infantil, da criatividade e alguns bens específicos da infância, como a brincadeira e a exploração. No entanto, o impacto de tornar-se uma microcelebridade de blogueiros de vídeo com tão pouca idade está pouco explorada. Assim, trago à discussão ética as condições específicas desta atividade, como a superexposição e a adultização, mostrando assim como pode tornar-se uma ameaça para o bem-estar da criança, especialmente em relação a construção da identidade e a dinâmica intrafamiliar. Destaco seu duplo papel como potenciador dos bens específicos da infância e da vulnerabilidade infantil, especialmente quando se torna uma forma silenciosa de subjugação. Assim, defendo que o ponto forte do princípio de precaução poderia ser uma normativa para equilibrar a necessidade de exploração e autonomia das crianças sem colocar em risco outros bens específicos da infância e seu bem-estar. <![CDATA[to an adult’s face, the gesture of Alice in the cities]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872022000100010&lng=en&nrm=iso&tlng=en resumo Uma cena do filme “Alice nas cidades”, de Wim Wenders, arde em nós - ela movimenta matérias em nosso pensamento. Trata-se de uma polaroide recém-emitida em que os rostos de um adulto (Phillip Winter) e de uma criança (Alice) se confundem. A partir dessa imagem percorremos a narrativa fílmica, elaborando reflexões sobre a potência de liberdade contida no encontro com a infância. Em um primeiro momento, observando a relação que o personagem Phillip estabelece com seu trabalho jornalístico, discutimos o lugar do investimento de sua angústia e sua aparente indisposição para o devir, manifestas no entendimento que expressa com as imagens que produz com sua máquina fotográfica. Em seguida, compreendemos a chegada de Alice como capaz de desfazer as tramas existenciais que enquadravam o rosto do adulto, lançando-o ao imprevisível. Esse acontecimento se cristaliza em um gesto poético: a criança interpela o adulto com seu próprio rosto, fazendo seu retrato. Aqui, os conceitos de rostificação e de desterritorialização são entretecidos e elaborados a partir dos pensamentos de Georges Didi-Huberman, Gilles Deleuze e Félix Guattari. Por fim, nos dedicamos a pensar o valor da inquietude, presente na criança e no viajante, como estratégia de fuga possível em direção a uma liberdade libertada, ou ainda, desrostificada.<hr/>resumen Una escena de la película “Alicia en las ciudades”, de Wim Wenders, arde en nosotros/as - moviliza materias en nuestro pensamiento. Se trata de una polaroid recién emitida en la que los rostros de un adulto (Phillip Winter) y de una niña (Alicia) se confunden. A partir de esa imagen recorremos la narrativa fílmica, elaborando reflexiones acerca de la potencia de libertad contenida en el encuentro con la infancia. En un primer momento, observando la relación que el personaje Phillip establece con su trabajo como periodista, discutimos el lugar de investidura de su angustia y su aparente indisposición al devenir, que se manifiestan en el entendimiento que expresa con las imágenes producidas con su cámara fotográfica. En seguida, comprendemos la llegada de Alicia como capaz de deshacer las tramas existenciales que encuadraban el rostro del adulto, arrojándolo a lo imprevisible. Ese acontecimiento se cristaliza en un gesto poético: la niña interpela al adulto con su propio rostro, tomándole su retrato. Aquí, los conceptos de rostrificación y de desterritorialización son entretejidos y elaborados a partir de los pensamientos de Georges Didi-Huberman, Gilles Deleuze y Félix Guattari. Finalmente, nos dedicamos a pensar el valor de la inquietud, presente en la niña y en el viajero, como estrategia de fuga posible en dirección a una libertad liberada, o aún, desrostrificada.<hr/>abstract One scene from Wim Wenders’ film “Alice in the cities” provokes us to think again about childhood. It’s a fresh polaroid snapshot, where we can see the faces of an adult (Phillip Winter) and a child (Alice) blending and mixing. Starting from this image, this paper makes its way through the movie’s plot, reflecting on the power of freedom that arises from an encounter with children and childhood. First, we examine the relationship between Winter and his job as a photo-journalist, discussing the character of his existential anguish and his supposed indisposition to becoming, which seems to be clear in the way that he reads his own photographs. In a second moment of the film, we understand Alice’s arrival on the scene as something capable of dispersing the circumstances that are constraining him by hurling him into the unpredictable. This event is crystallized in one poetic gesture: the girl confronts the adult with her own face by drawing a self-portrait. Facialization and deterritorialization are two concepts that we weave into our discussion, working off the philosophical thinking of Georges Didi-Huberman, Gilles Deleuze and Félix Guattari. Finally, we propose that worry as a value, characteristic of children and travelers, can produce an opening that offers an escape into a freedom of release-or, so to speak, a defacialized freedom. <![CDATA[the intersubjective affective background in the acquisition of knowledge and trust as an epistemic attitude]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872022000100011&lng=en&nrm=iso&tlng=en resumen Entre la amplia variedad de vivencias ligadas al quehacer académico hay algunas experiencias afectivas intensas que se relacionan más directamente con el avance conceptual que alcanzarán los aprendices porque están intrínsecamente vinculadas a la actividad desplegada durante la adquisición de conocimiento, tal es el caso de la curiosidad, la confusión y la sorpresa. Estas emociones epistémicas que ocurren durante las actividades de aprendizaje tienen como objeto el contenido conceptual de las creencias del individuo. El objetivo de este trabajo es explorar de manera teórica la idea de que el desarrollo conceptual que ocurre en contextos educativos depende del desarrollo de una tendencia afectiva de base intersubjetiva que sirve como trasfondo al advenimiento de las emociones epistémicas en situaciones sociales de aprendizaje. La confianza con que se enfrenta una situación de aprendizaje es una tendencia general (una actitud epistémica) fruto de la trayectoria del individuo que funciona como trasfondo de las actividades mismas en que se adquiere conocimiento. Una adecuada comprensión de las relaciones entre emociones epistémicas, confianza y conocimiento puede generar ideas que permitan promover la consolidación de dicha actitud como faceta del aprendizaje en la escuela. Como implicaciones pedagógicas de este modelo conceptual se presentan algunos patrones emotivos epistémicos habituales en las relaciones asimétricas entre docentes, niños y niñas.<hr/>abstract Among the wide variety of experiences linked to academic work, there are some intense affective experiences that are more directly related to the conceptual development that the learners will achieve because they are intrinsically linked to the activity displayed during the acquisition of knowledge, such is the case of curiosity, confusion and surprise. These epistemic emotions that occur during learning activities are aimed at the conceptual content of the individual's beliefs. The objective of this work is to theoretically explore the idea that the conceptual development that occurs in educational contexts depends on the development of an affective tendency with an intersubjective base that serves as a background to the advent of epistemic emotions in social learning situations. The confidence with which a learning situation is faced is a general tendency (an epistemic attitude) fruit of the individual's trajectory that functions as a background for the activities in which knowledge is acquired. An adequate understanding of the relationships between epistemic emotions, confidence and knowledge can generate ideas that promote the consolidation of this attitude as a facet of learning in school. As pedagogical implications of this conceptual model, some common epistemic emotional patterns are presented in asymmetrical relationships between teachers and children.<hr/>resumo Dentre a grande variedade de experiências vinculadas ao trabalho acadêmico, encontram-se algumas vivências afetivas intensas que estão mais diretamente relacionadas ao avanço conceitual que os alunos irão realizar por estarem intrinsecamente ligadas à atividade apresentada durante a aquisição do conhecimento, como é o caso de curiosidade, confusão e surpresa. Essas emoções epistêmicas que ocorrem durante as atividades de aprendizagem são direcionadas ao conteúdo conceitual das crenças do indivíduo. O objetivo deste trabalho é explorar teoricamente a ideia de que o desenvolvimento conceitual que ocorre em contextos educacionais depende do desenvolvimento de uma tendência afetiva de base intersubjetiva que serve de pano de fundo para o advento de emoções epistêmicas em situações de aprendizagem social. A confiança com que se depara uma situação de aprendizagem é uma tendência geral (atitude epistêmica) fruto da trajetória do indivíduo que funciona como pano de fundo para as atividades em que o conhecimento é adquirido. Uma compreensão adequada das relações entre emoções epistêmicas, confiança e conhecimento pode gerar ideias que promovam a consolidação dessa atitude como faceta da aprendizagem na escola. Como implicações pedagógicas deste modelo conceitual, alguns padrões emocionais epistêmicos comuns são apresentados em relações assimétricas entre professores e crianças. <![CDATA[the kynical gesture. for a philosophy of insolence]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872022000100012&lng=en&nrm=iso&tlng=en resumen La filosofía entregada al saber sacro de Atenea ha sufrido una castración innegable en la modernidad, pues, siguiendo a Sloterdijk, se ha emparentado con el cínico, subyugándose a la apariencia. Por esta razón, la literatura alemana diferencia entre Kynismus y Zynismus. El kynismós con “k” hace referencia a los sabios perros del ágora y el Zynismus al papillón sin dientes. Bajo las claves de la modernidad, la filosofía se camufla en la moderación, el buen decir y la etiqueta de salón, abandonando con ello la estridencia, sarcasmo y desafío que la escuela de Diógenes practicó; pero ¿En qué consistía esa insolencia? ¿Cuál era su discurso? ¿Cuáles eran sus gestos? Son algunas de las preguntas abordadas en el presente artículo; por ello, la reflexión en torno a la figura del quínico, de la mano del autor de la Crítica de la razón cínica, ha sido central para elucidar algunas de estas cuestiones y, porque no, oscurecerlas, después de todo, los intersticios de las palabras son más profundos. Por motivos metodológicos el texto se divide en tres apartados: primero, Resonancias de un concepto suplantado, en él se indaga el vínculo entre la insolencia y lo quínico; segundo, Gestos filosóficos, donde se trazan las muecas de un pensamiento impertinente y tercero, Conclusiones.<hr/>abstract The philosophy devoted to the sacred knowledge of Athena has suffered an undeniable castration in modernity, because, following Sloterdijk, it has been related to the cynic, subjugation to appearance. For this reason, German literature differentiates between Kynismus and Zynismus. The kynysmós with "k" refers to the wise dogs of the agora and the Zynismus to the toothless Papillon. Under the keys of modernity, philosophy is camouflaged in moderation, good saying and salon etiquette, thereby abandoning the stridency, sarcasm and challenge that the school of Diogenes practiced; but what was that insolence? What was his speech? What were his gestures? These are some of the questions addressed in this article; therefore, the reflection on the figure of the cynic, by the hand of the author of Critique of Cynical Reason, has been central to elucidate some of these questions and, why not, obscure them, after all, the interstices of the words are deeper. For methodological reasons, the text is divided into three sections: first, Resonances of a supplanted concept, in which the link between insolence and the cynical is investigated; second, Philosophical gestures, where the grimaces of an impertinent thought are drawn and third, Conclusions.<hr/>resumo A filosofia entregue ao saber sagrado de Atena sofreu uma inegável castração na modernidade, pois, seguindo Sloterdijk, passou a se relacionar com o cínico, subjugando-se à aparência. Por esta razão, a literatura alemã diferencia entre Kynismus e Zynismus. O kynismós com “k” refere-se aos cães sábios da ágora e o Zynismus ao papillon desdentado. Sob as chaves da modernidade, a filosofia camufla-se na moderação, no bom discurso e na etiqueta de salão, abandonando assim a estridência, o sarcasmo e o desafio que a escola de Diógenes praticava; mas o que foi essa insolência? Qual foi o seu discurso? Quais foram seus gestos? Estas são algumas das questões abordadas neste artigo; por isso, a reflexão sobre a figura do cínico, do autor da Crítica da Razão Cínica, tem sido central para elucidar algumas dessas questões e, por que não, obscurecê-las, afinal, os interstícios das palavras são mais profundos Por razões metodológicas, o texto está dividido em três seções: primeiro, Ressonâncias de um conceito suplantado, em que se investiga a ligação entre a insolência e o cínico; segundo, Gestos filosóficos, onde se traçam as caretas de um pensamento impertinente e terceiro, Conclusões. <![CDATA[pedagogical immediacy, listening, and silent meaning: essayistic exercises in philosophy and literature for early childhood educators]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872022000100013&lng=en&nrm=iso&tlng=en abstract This essay concentrates on philosophizing that happens outside and in addition to planned philosophical discussions, philosophizing that comes alive in practice, that is intensified in children’s encounters with the world, with others, with language, in play. It contemplates how adults, educators and parents encounter children and are affected by children’s philosophical explorations. What is the role of the adult in children’s philosophical questioning? How can we respond to children’s philosophizing? What does it mean to do so? The essay explores philosophical exercises for early childhood educators in a range of examples from literature - memoirs, autobiographies, fiction and works that play in between those. By thinking through these literary examples, it investigates how educators can prepare for philosophical encounters with children through exercises of reading and thinking. In doing so the essay experiments with a form of writing that itself becomes a philosophical exercise. Through the examples and exercises the essay suggests how early childhood educators can train for a pedagogical immediacy that involves listening to the philosophical and existential questioning in children’s play, tantrums, and silences. The investigations and readings of the examples are not meant to lead to conclusions that can be directly applied in pedagogical practices; neither do they work as arguments for listening or listening in a particular way to children. What we get, and what I am looking for, is rather the experience of working and thinking through these examples.<hr/>resumo Este ensaio se concentra no filosofar que acontece fora e além das discussões filosóficas planejadas, filosofar que ganha vida na prática, que se intensifica nos encontros das crianças com o mundo, com os outros, com a linguagem, em jogo. Ele contempla como adultos, educadores e pais encontram as crianças e são afetados pelas explorações filosóficas das crianças. Qual é o papel do adulto no questionamento filosófico das crianças? Como podemos responder ao questionamento filosófico das crianças? O que significa fazer isso? O ensaio explora exercícios filosóficos para educadores da primeira infância em uma série de exemplos da literatura - memórias, autobiografias, ficção e obras que brincam entre elas. Ao pensar através desses exemplos literários, ele investiga na forma como os educadores podem se preparar para encontros filosóficos com crianças através de exercícios de leitura e pensamento. Ao fazer isso, o ensaio experimenta uma forma de escrita que por si só se torna um exercício filosófico. Através dos exemplos e exercícios, o ensaio sugere como os educadores da primeira infância podem se preparar para uma imediatez pedagógica que envolve a escuta do questionamento filosófico e existencial nas brincadeiras, birras e silêncios das crianças. As investigações e leituras dos exemplos não pretendem levar a conclusões que possam ser aplicadas diretamente nas práticas pedagógicas; nem funcionam como argumentos para ouvir ou escutar de uma forma particular as crianças. O que obtemos, e o que estou procurando, é antes a experiência de trabalhar e pensar através destes exemplos.<hr/>resumen Este ensayo se concentra en el filosofar que ocurre fuera y más allá de las discusiones filosóficas planificadas, el filosofar que cobra vida en la práctica, que se intensifica en los encuentros de las/os niñas/os con el mundo, con los demás, con el lenguaje, en el juego. Contempla cómo adultos, educadores y madres/padres se encuentran con niñas/os y se ven afectados por sus exploraciones filosóficas. ¿Cuál es el papel del adulto en el cuestionamiento filosófico de niñas/os? ¿Cómo podemos responder al filosofar de niñas/os? ¿Qué significa hacerlo? El ensayo explora ejercicios filosóficos para educadores de la primera infancia en una serie de ejemplos de la literatura: memorias, autobiografías, ficción y obras que se encuentran entre ellas. Al reflexionar sobre estos ejemplos literarios, se investiga cómo educadores pueden prepararse para encuentros filosóficos con niñas/os mediante ejercicios de lectura y pensamiento. Al hacerlo, el ensayo experimenta con una forma de escritura que se convierte en un ejercicio filosófico. A través de los ejemplos y ejercicios, el ensayo sugiere cómo educadores de la primera infancia pueden formarse para una inmediatez pedagógica que implique escuchar el cuestionamiento filosófico y existencial en el juego, las rabietas y los silencios de niñas/os. Las investigaciones y lecturas de los ejemplos no pretenden llevar a conclusiones que puedan aplicarse directamente en las prácticas pedagógicas; tampoco funcionan como argumentos para escuchar o atender de una manera determinada a niñas/os. Lo que obtenemos, y lo que busco, es más bien la experiencia de trabajar y pensar a través de estos ejemplos. <![CDATA[philosophical camp: playful experience of thinking with childhood]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872022000100014&lng=en&nrm=iso&tlng=en resumen El artículo presenta algunos de los resultados del proyecto de investigación Lúdica y juego en la educación infantil: construcción conceptual, financiado por la Vicerrectoría de Investigaciones de la Universidad Pedagógica y Tecnológica de Colombia, Tunja, Boyacá, Colombia. Se busca identificar y explorar las concepciones acerca de lo que representa para sus participantes el Campamento Filosófico en el marco del proyecto Filosofía e infancia. Este estudio tiene un enfoque cualitativo, para el cual se realizaron entrevistas semiestructuradas como instrumento de recolección de la información. Asimismo, se usó el software Atlas.ti 8® para el análisis de los datos. Se hizo una codificación abierta, axial y selectiva, en la cual las categorías emergentes del análisis fueron experiencia, encuentro, aprendizaje, cuidado de sí y cuerpo. Como resultado de la conceptualización, se encontró que los campamentos filosóficos son escenarios que permiten una relación entre los ambientes de aprendizaje universitarios y la educación primaria, básica y media. También son una experiencia para el encuentro dialógico entre diferentes perspectivas de un mismo tema. A través del Campamento Filosófico, se ha logrado llevar la filosofía a la escuela, con lo cual el encuentro con la infancia ―como estado, actitud y posibilidad― fomenta espacios para el pensamiento, la amistad y las interacciones.<hr/>abstract The article presents some of the results of the research project Lúdica y juego en la educación infantil: construcción conceptual-Play and Games in Early Childhood Education: A Conceptual Construct-financed by the Vicerrectoría de Investigaciones of the Universidad Pedagógica y Tecnológica de Colombia, Tunja, Boyacá, Colombia. The aim was to identify and explore the conceptions of what the Campamento Filosófico (Philosophy Camp) represents for its participants within the framework of the project Filosofía e infancia (Philosophy and Childhood). This study takes a qualitative approach, for which semi-structured interviews were used as an instrument for data collection. Also, Atlas.ti 8® software was used for data analysis. An open, axial and selective coding was carried out, in which the emerging categories of the analysis were “experience,” “encounter,” “learning,” “self-care” and “body”. As a result of this conceptualization, it was found that philosophy camps are scenarios that make possible a relationship between university learning environments and primary, elementary and middle school educational contexts. They also enable an experience of the dialogic encounter between different perspectives on the same philosophical topic. Through the Philosophy Camp, philosophy is brought to the school, and the encounter with childhood - as a state, attitude and possibility - fosters spaces for thought, friendship and interaction.<hr/>resumo Este artigo apresenta alguns dos resultados do projeto de pesquisa Lúdica y juego en la educación infantil: construcción conceptual, financiado pela Vice-reitoria de Investigaciones da Universidad Pedagógica y Tecnológica de Colombia, Tunja, Boyacá, Colombia. O objetivo é identificar e explorar as concepções do que o Acampamento de Filosofia representa para seus participantes dentro da estrutura do projeto Filosofia e infância. Este estudo tem uma abordagem qualitativa, para a qual foram utilizadas entrevistas semi-estruturadas como instrumento de coleta de dados. O software Atlas.ti 8® também foi usado para analisar os dados. Foi realizada uma codificação aberta, axial e seletiva, na qual as categorias emergentes da análise foram experiência, encontro, aprendizado, autocuidado e corpo. Como resultado da conceitualização, descobriu-se que os campos de filosofia são cenários que permitem uma relação entre os ambientes de aprendizagem universitária e a educação primária, básica e secundária. Eles são também uma experiência para um encontro dialógico entre diferentes perspectivas sobre o mesmo assunto. Através do Acampamento Filosófico, a filosofia foi levada à escola, e o encontro com a infância - como estado, atitude e possibilidade - fomenta espaços de pensamento, amizade e interações. <![CDATA[an invitation to children to experiment with their visualities in the pandemic context]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872022000100015&lng=en&nrm=iso&tlng=en resumo Este estudo tece reflexões sobre as formas como as crianças, em tempos pandêmicos, se expressaram e entraram em contato com seus professores e colegas de turma por meio de Cartas-Imagem, formas de dizer e se dizer para o mundo através de mídias audiovisuais infantis. Partilhas sensíveis de seus cotidianos foram reveladas por estas mídias e nos deram a pensar sobre as infâncias deste tempo. O referencial teórico que subsidiou este trabalho contou com o aporte de Certeau no que tange aos estudos sobre cotidiano, Walter Benjamin com seus escritos sobre a experiência infantil, Sandra Corazza e Walter Kohan com suas contribuições para os estudos sobre as infâncias contemporâneas e Virgínia Kastrup que nos embasou no que diz respeito ao método da cartografia, abordagem metodológica que nos permitiu acompanhar o processo da pesquisa. O objetivo deste trabalho foi observar as formas como crianças se comunicam por meio de mídias verbo-visuais e que tipo de conteúdo e recortes do cotidiano elas elencaram para dividirem com a instituição escolar suas experiências durante o período da pandemia. É importante destacar que a divulgação das imagens foi autorizada pelas crianças e seus responsáveis através de termo de livre consentimento, atendendo aos princípios éticos de pesquisa com imagens de crianças. Outrossim, as imagens estão disponíveis através de QRcode e podem ser acessadas através da câmera de um smarthfone.<hr/>resumen Este estudio teje reflexiones acerca de las formas en que los niños y niñas, en tiempos de pandemia, se expresaron y se pusieron en contacto con sus profesores y compañeros de clase a través de Cartas-Imagen, formas de decir y decirse al mundo a través de los medios audiovisuales infantiles. Al compartir, pedazos sensibles de sus cotidianos fueron revelados por estos medios de comunicación y nos hicieron pensar sobre las infancias de esta época. Las referencias teóricas que subsidiaron este trabajo contaron con el aporte de Certeau, en lo que atañe a los estudios sobre lo cotidiano, Walter Benjamin con sus escritos sobre la experiencia infantil, Sandra Corazza y Walter Kohan con sus contribuciones a los estudios sobre las infancias contemporáneas y Virgínia Kastrup que nos dio apoyo respecto al método de la cartografía, enfoque metodológico que nos permitió seguir el proceso de la investigación. El objetivo de este trabajo fue observar las formas en que los niños y niñas se comunican a través de medios verbo-visuales y qué tipo de contenidos y recortes de lo cotidiano eligieron para compartir con la institución escolar sus experiencias durante el período de la pandemia. Es importante destacar que la divulgación de las imágenes fue autorizada por los niños y niñas y sus tutores responsables mediante un término de libre consentimiento, cumpliendo con los principios éticos de la investigación con imágenes de niños y niñas. Asimismo, las imágenes están disponibles mediante un código QR y se puede acceder a ellas a través de la cámara de un smartphone.<hr/>abstract This study reflects on the ways in which children, during pandemic times, expressed themselves and came into contact with their teachers and classmates through Image-Letters, ways of saying and saying themselves to the world through audiovisual media. Sensible sharing of their daily lives were revealed by these media and made us think about the diverse childhood of this time. The theoretical framework that supported this work had the contribution of De Certeau regarding studies on everyday life, Walter Benjamin with his writings on childhood experience, Sandra Corazza and Walter Kohan with their contributions to studies on contemporary childhoods and Virgínia Kastrup who supported us on to the cartography method, a methodological approach that allowed us to follow the research process. The objective of this work was to observe the ways in which children communicate through verbal-visual media and what type of content and everyday fragments they choose to share their experiences during the pandemic period.with the school institution. It is important to highlight that the dissemination of the images was authorized by the children and their guardians through a free and informed consent term, in compliance with the ethical principles of research with images of children. Furthermore, the images are available through QRcode and can be accessed through a smartphone camera. <![CDATA[creating the senses of the earth: the <em>natural</em> breath of the community of inquiry]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872022000100016&lng=en&nrm=iso&tlng=en abstract La terra è l'immagine archetipica dell'origine dell'umanità, ma nel corso della storia della cultura occidentale ha lasciato spazio ad altre allegorie più celesti. L’illuminazione come paradigma della conoscenza si è consolidata nel pensiero filosofico occidentale in modo molto convincente, per la produzione di significati. Attraverso questa rilettura della prima metafisica greca, il pensiero si è allontanato gradualmente dalla sua materialità, dalla sua umanità, dalla possibilità di ammirare il mondo concreto, avvicinandosi sempre più alla necessità di creare oggetti astratti, che, come limiti etici, politici, estetici ed epistemologici, ritroviamo nelle nostre vite. La visibilità sembra essere alla base di un habitus mentale occidentale: il riconoscimento, l'ufficialità, la legittimità o la certezza sono segni visibili con cui confrontare e convalidare le proprie esperienze. La terra, in quanto elemento meno trasparente, con maggiore capacità di nascondere, nascondere, crittografare, rappresenta però un'immagine che meglio si adatta al piano di discussione proposto in questo testo. Il rapporto con la realtà, in termini di visibilità e invisibilità, richiede una nuova percezione del mondo: la struttura che lo sottende non assume più un livello trascendente, ma viene intesa come un piano di immanenza, in cui il significato è interiore, prodotto da composizioni; un amalgama di reti che si intrecciano in un impercettibile, invisibile, piano sotterraneo. Questa che qui si propone non è una prospettiva verticale, ma orizzontale come il suolo. È a partire da questo pensiero terreno che si vuole riflettere su ciò che accade all'interno della filosofia e nell'infanzia; nella filosofia con l'infanzia e nell'infanzia della filosofia. Nel presente tentativo di eco-sofia dell'educazione, il piano di discussione richiede di allontanarsi dalle immagini guida con le quali solitamente si impara a direzionare la ricerca. L’intento della seguente indagine è cercare un altro tipo di mappa: una sorta di cartografia sotterranea, che presta attenzione non a ciò che ci è dato di vedere, che ha nomi e categorie ben definite, ma a ciò che è nascosto e risiede su di un piano terreno, fangoso, indistinguibile e assolutamente vivo. Si prenderanno in esame, secondo il modello lipmaniano della Philosophy for Children, i processi sotterranei e rizomatici della comunità d’indagine, comparandoli ad altri movimenti collettivi che caratterizzano le comunità vegetali delle piante che abitano il mondo naturale. Infine verranno illustrati tre concetti che si ritengono rilevanti per sfuggire ai limiti rintracciati in alcune posture pedagogiche contemporanee, suggerendo altre strade nel rapporto tra filosofia, infanzia ed educazione: reciprocità, passività ed invisibilità.<hr/>abstract The earth is the archetypal image of the origin of humanity, but throughout the history of Western culture it has given way to other, more heavenly allegories. Enlightenment as a paradigm of knowledge consolidated itself in Western philosophical thought in a very convincing way as a production of meanings. Through this rereading of the first Greek metaphysics, thought gradually distanced itself from its materiality, from its humanity, from the possibility of admiring the concrete world, getting closer and closer to the need to create abstract objects, which, as ethical limits, political, aesthetic and epistemological, we end up meeting again in our lives. Visibility seems to be the basis of a Western mental habitus: recognition, officiality, legitimacy and certainty become visible signs with which we compare and validate our own experiences. The earth, as a less transparent element, with greater ability to hide, occult, encrypt represents, however, an image that is better suited to the discussion plan proposed in this text. The relationship with reality, in terms of visibility and invisibility, requires a new perception of the world: the underlying structure no longer assumes a transcendent level, but is understood as a plane of immanence, in which meaning is interior, produced by compositions; an amalgam of networks that intertwine in an imperceptible, invisible underground plane. What we propose here is not a vertical perspective, but a horizontal one like the ground. It is from this earthly thought that we want to reflect on what happens in philosophy and childhood; in philosophy with childhood and in the childhood of philosophy. In the present attempt of an ecophilosophy of education, the discussion plan requires a deviation from the guiding images with which we learn to do research. The intention of the following investigation is to look for another type of map: a kind of subterranean cartography, which pays attention not to what we can see, which has well-defined names and categories, but to what is hidden and inhabits a plane that is muddy, earthly, indistinguishable and absolutely alive. According to the Lipmanian model of Philosophy for Children, the subterranean and rhizomatic processes of the research community will be examined, comparing them to other collective movements that characterize the vegetable communities of plants that inhabit the natural world. Finally, three concepts considered relevant to escape the limits found in some contemporary pedagogical postures will be illustrated, suggesting other paths in the relationship between philosophy, childhood and education: reciprocity, passivity and invisibility.<hr/>resumo A terra é a imagem arquetípica da origem da humanidade, mas ao longo da história da cultura ocidental deu lugar a outras alegorias mais celestiais. A Iluminação como paradigma do conhecimento se consolidou no pensamento filosófico ocidental de forma bastante convincente como produção de sentidos. Por meio dessa releitura da primeira metafísica grega, o pensamento foi se distanciando gradativamente de sua materialidade, de sua humanidade, da possibilidade de admirar o mundo concreto, aproximando-se cada vez mais da necessidade de criar objetos abstratos, que, como limites éticos, políticos, estéticos e epistemológicos, acabamos reencontrando em nossas vidas. A visibilidade parece ser a base de um habitus mental ocidental: reconhecimento, oficialidade, legitimidade e certeza tornam-se sinais visíveis com os quais comparar e validar as próprias experiências. A terra, como elemento menos transparente, com maior capacidade de ocultar, ocultar, criptografar, representa entretanto uma imagem mais adequada ao plano de discussão que se propõe neste texto. A relação com a realidade, em termos de visibilidade e invisibilidade, exige uma nova percepção do mundo: a estrutura subjacente já não assume um nível transcendente, mas é entendida como um plano de imanência, em que o sentido é interior, produzido por composições; um amálgama de redes que se entrelaçam em um plano subterrâneo imperceptível, invisível. O que propomos aqui não é uma perspectiva vertical, mas horizontal como o solo. É a partir desse pensamento terreno que queremos refletir sobre o que acontece na filosofia e na infância; na filosofia com a infância e na infância da filosofia. Na presente tentativa de uma ecofilosofia da educação, o plano de discussão exige um afastamento das imagens norteadoras com as quais aprendemos a orientar a pesquisa. A intenção da seguinte investigação é procurar outro tipo de mapa: uma espécie de cartografia subterrânea, que presta atenção não ao que nos é dado ver, que tem nomes e categorias bem definidas, mas ao que está oculto e habita um plano terreno, lamacento, indistinguível e absolutamente vivo. De acordo com o modelo lipmaniano de Filosofia para Crianças, serão examinados os processos subterrâneos e rizomáticos da comunidade de pesquisa, comparando-os a outros movimentos coletivos que caracterizam as comunidades vegetais das plantas que habitam o mundo natural. Por fim, serão ilustrados três conceitos considerados relevantes para escapar dos limites encontrados em algumas posturas pedagógicas contemporâneas, sugerindo outros caminhos na relação entre filosofia, infância e educação: reciprocidade, passividade e invisibilidade. <![CDATA[philosophy for children as a form of spiritual education]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872022000100017&lng=en&nrm=iso&tlng=en resumo Nas últimas duas décadas, alguns autores do movimento de filosofia para crianças têm teorizado que a comunidade de aprendizagem filosófica pode ser uma forma de prática espiritual, de cuidado de si, ou uma prática de sabedoria (De Marzio, 2009;Gregory, 2009, 2013, 2014; Gregory y Laverty, 2009). No entanto, não está claro se a filosofia para crianças é, em si mesma, uma forma de educação espiritual, ou se requer algum tipo de modificação para sê-lo. E, se é ou pode ser uma forma de educação espiritual, podemos nos interrogar de que maneira e em que medida. São estas perguntas as que este texto pretende explorar. Para isso, primeiro esclarecemos o significado de educação espiritual através da apresentação de dois autores que escreveram explicitamente sobre este tema. O primeiro é Parker J. Palmer, quem desenvolveu uma perspectiva sobre o que significa recuperar as raízes espirituais da educação, derivadas de seu estudo e prática da espiritualidade Quaker. O segundo é Pierre Hadot, que explorou como a prática da filosofia na antigüidade ocidental foi uma forma de exercício espiritual. De nossa apresentação destes autores surgirá uma perspectiva particular do que significa a educação espiritual. Na última seção do texto, usaremos esta apresentação para examinar de que maneira a filosofia para crianças pode ser uma forma de educação espiritual e se requer adaptações para sê-lo.<hr/>In the last two decades, some authors in the philosophy for children movement have theorized that the community of philosophical inquiry can be a form of spiritual practice, of the care of the self, or a wisdom practice (De Marzio, 2009; Gregory, 2009, 2013, 2014; Gregory &amp; Laverty, 2009). Yet, it is unclear if philosophy for children is, by itself, a form of spiritual education, or if it requires some sorts of modification to be one. And, if it is or can be a form of spiritual education, we can interrogate in what ways and to what extent is it one. It is these questions that this text aims to explore. To do so, we will first clarify the meaning of spiritual education through the presentation of two authors who have explicitly written on that topic. The first is Parker J. Palmer, who has developed a perspective on what it means to reclaim the spiritual roots of education, derived from his study and practice of Quaker spirituality. The second is Pierre Hadot, who has explored how the practice of philosophy in Western antiquity was a form of spiritual exercise. From our presentation of these two authors will emerge a particular perspective of what spiritual education means. In the last section of the text we will use this presentation to examine in what ways philosophy for children can be a form of spiritual education and if requires adaptations to be one.<hr/>resumen En las últimas dos décadas, algunos autores del movimiento de filosofía para niños han teorizado que la comunidad de indagación filosófica puede ser una forma de práctica espiritual, de cuidado de sí, o una práctica de sabiduría (De Marzio, 2009; Gregory, 2009, 2013, 2014; Gregory y Laverty, 2009). Sin embargo, no está claro si la filosofía para niños es, en sí misma, una forma de educación espiritual, o si requiere algún tipo de modificación para serlo. Y, si es o puede ser una forma de educación espiritual, podemos interrogarnos de qué manera y en qué medida lo es. Son estas preguntas las que este texto pretende explorar. Para eso, primero aclararemos el significado de educación espiritual a través de la presentación de dos autores que han escrito explícitamente sobre ese tema. El primero es Parker J. Palmer, quien ha desarrollado una perspectiva sobre lo que significa recuperar las raíces espirituales de la educación, derivada de su estudio y práctica de la espiritualidad cuáquera. El segundo es Pierre Hadot, quien ha explorado cómo la práctica de la filosofía en la antigüedad occidental era una forma de ejercicio espiritual. De nuestra presentación de estos dos autores surgirá una perspectiva particular de lo que significa la educación espiritual. En la última sección del texto usaremos esta presentación para examinar de qué manera la filosofía para niños puede ser una forma de educación espiritual y si requiere adaptaciones para serlo. <![CDATA[for a public horizon in the education of children: a dialogue with Hannah Arendt]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872022000100018&lng=en&nrm=iso&tlng=en resumo Este artigo propõe discorrer sobre algumas questões que tratam da educação das crianças tangenciadas por Hannah Arendt em seu ensaio “A crise na educação”. O questionamento sobre “a obrigação que a existência de crianças impõe a toda a sociedade” é a chave de leitura para uma aposta ético-política na formação das novas gerações em um mundo desencantado pela estranheza do humano e pela flagrante negação de critérios que o passado - como autoridade - nos legou como apoio para a ação e julgamento sobre o mundo. Se à educação não deve recair toda a responsabilidade pelo mundo, ao menos deve ser capaz de inserir as crianças em uma cultura pública que as possibilitem voltar para o aspecto público do mundo para dele se apropriarem. As questões tematizadas por Arendt, ainda que eivadas de críticas e paradoxos, nos mobilizam a pensar que somente uma educação fundada em um horizonte público é capaz de formar as crianças de modo que tenham a oportunidade de agir no mundo e serem capazes de discernir a civilização da barbárie, o justo do injusto, a verdade da mentira, o bem do mal. Se suas reflexões revelam a utopia de seu pensamento, revelam também a esperança e a responsabilidade coletiva que a chegada das crianças em um mundo preexistente impõe a toda sociedade humana.<hr/>abstract This paper documents an encounter with some issues that deal with the education of children as mentioned by Hannah Arendt in her essay "The crisis in education." Arendt’s invocation of "the obligation that the existence of children imposes on the whole society" is a key element of an ethical and political commitment to the education of new generations-especially in a world disillusioned by the estrangement of the human, and in which the undeniable criteria that the past - as authority - bequeathed to us as support for action and judgment on the world has faltered. If education should not be entirely responsible for the world, at least it should be able to insert children into a public culture that allows them, in turn, to appropriate it. The issues addressed by Arendt, although full of criticism and redolent with paradoxes, move us to think that only an education founded on a public horizon is able to educate children in a way that allows them the opportunity to act in the world, and to be able to discern civilization from barbarism, the fair from the unfair, truth from lies, and good from evil. On the one hand, her reflections reveal the utopian aspect of her thought, while on the other they make clear the collective responsibility that the arrival of children in a pre-existing world imposes on every human society.<hr/>resumen Este artículo propone debatir algunas cuestiones relativas a la educación de los niños y niñas abordadas por Hannah Arendt en su ensayo "La crisis de la educación". El cuestionamiento sobre "la obligación que la existencia de niños y niñas impone a toda la sociedad" es la clave de lectura para una apuesta ético-política en la formación de las nuevas generaciones en un mundo desencantado por la extrañeza de lo humano y por la flagrante negación de criterios que el pasado -como autoridad- nos legó como soporte para la acción y juicio sobre el mundo. Si en la educación no debe recaer toda la responsabilidad por el mundo, al menos debe ser capaz de insertar a los niños y niñas en una cultura pública que les permita volver al aspecto público del mundo para apropiárselo. Las cuestiones planteadas por Arendt, aunque plagadas de críticas y paradojas, nos movilizan a pensar que sólo una educación fundada en un horizonte público es capaz de formar a niños y niñas para que tengan la oportunidad de actuar en el mundo y sean capaces de discernir la civilización de la barbarie, lo justo de lo injusto, la verdad de la mentira, el bien del mal. Si sus reflexiones revelan la utopía de su pensamiento, también revelan la esperanza y la responsabilidad colectiva que la llegada de niños y niñas a un mundo preexistente impone a toda sociedad humana. <![CDATA[childhood times: language and experience]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872022000100019&lng=en&nrm=iso&tlng=en resumo Abordamos no ensaio os tempos de infância, tomando como horizonte a linguagem e a experiência. Walter Benjamin e Giorgio Agamben são os principais pensadores que nos ajudam a abordar sobre a frágil experiência na contemporaneidade, no sentido de que os modos de vida atuais estão repletos de vivências que não são transformados em experiência. Para restaurar a experiência é necessário compreender a infância enquanto condição de existência que acompanha toda a vida; é um sujeito que está exposto à historicidade e que faz história, história descontínua e de acontecimento singular. Para tanto, reacendemos pela potência poética de Manuel de Barros a relação entre tempos de infância, linguagem e experiência, pois apresenta-se aí a intensidade de um vivido que é destituído de um tempo sucessivo e cronológico. A potência criativa dessa linguagem possui no devir-criança o artífice para a criação de outra perspectiva na busca da fonte inaugural das palavras: avançar para o começo e chegar ao criançamento das palavras. A partir dessas abordagens construídas, compreendemos que juntos, Walter Benjamin, Giorgio Agamben e Manuel de Barros nos convidam para retomar a infância, na busca do sentido primeiro das palavras, que só o encontramos com a presença da infância. Trata-se, aqui, de não firmar uma verdade absoluta sobre as infâncias e seus tempos, mas de encontrar trilhas para pensar como constituir outras relações com e no tempo.<hr/>resumen Abordamos en este ensayo los tiempos de infancia, tomando como horizonte el lenguaje y la experiencia. Walter Benjamin y Giorgio Agamben son los principales pensadores que nos ayudan a abordar la frágil experiencia en la contemporaneidad, en el sentido de que los modos de vida actuales están repletos de vivencias que no son transformados en experiencia. Para restaurar la experiencia es necesario entender la infancia como una condición de existencia que acompaña toda la vida; es un sujeto que está expuesto a la historicidad y que hace historia, historia discontinua y acontecimiento singular. Para ello, reavivamos a través de la potencia poética de Manuel de Barros la relación entre tiempos de infancia, lenguaje y experiencia, porque allí se presenta la intensidad de un vivido que está destituido de un tiempo sucesivo y cronológico. La potencia creativa de este lenguaje tiene en el devenir-niño el artífice para la creación de otra perspectiva en la búsqueda de la fuente inaugural de las palabras: avanzar hacia el comienzo y llegar a la niñación de las palabras. A partir de estos planteamientos construidos, entendemos que juntos, Walter Benjamin, Giorgio Agamben y Manuel de Barros nos invitan a retomar la infancia, en la búsqueda del sentido primero de las palabras, que sólo encontramos con la presencia de la infancia. Se trata aquí de no afirmar una verdad absoluta sobre las infancias y sus tiempos, sino de encontrar senderos para pensar cómo constituir otras relaciones con y en el tiempo.<hr/>abstract We approach in the essay the temporality of childhood, taking as horizon the language and experience. Walter Benjamin and Giorgio Agamben are the main thinkers who help us to address the fragile experience in contemporaneity, in the sense that the current ways of life are full of everyday practices that are not transformed into experience. To restore experience it is necessary to understand childhood as a condition of existence that accompanies all life; it is a subject who is exposed to historicity and who makes history, discontinuous history and singular event. With this in mind, through Manuel de Barros' poetic power we rekindle the relationship between childhood temporalities, language and experience, because ins this relation present itself the intensity of a lived that is devoid of a successive and chronological time. The creative power of this language has in the becoming-child the artisan for the creation of another perspective in the search for the inaugural source of words: to advance to the beginning and reach the childing of words. From these constructed approaches, we understand that together, Walter Benjamin, Giorgio Agamben and Manuel de Barros invite us to resume our childhood, in the search for the first meaning of words, which we only find with the presence of childhood. Here, it is not about establishing an absolute truth about childhoods and their times, but of finding ways to think about how to constitute other relationships with and in time. <![CDATA[It’s so strange feel that we exist: childhood and cinema in the short film alma]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872022000100020&lng=en&nrm=iso&tlng=en resumo Esse artigo tem por objetivo apresentar uma discussão sobre infância a partir das questões suscitadas pelo curta-metragem intitulado Alma, dirigido, produzido e roteirizado pelo cineasta paraibano André Morais. Na obra, experienciamos um dia na vida de uma menina que vive com sua avó e que, ao longo de toda a trama, tece questionamentos sobre sua própria existência, os sentidos da vida e as dimensões das relações que vamos estabelecendo uns com os outros. Discute-se nesse texto, portanto, a potência do cinema e da infância como dimensões que convidam a um diálogo capaz de fazer convergir arte e vida, fertilizando também o campo da ciência, a partir das reflexões que são caras à dinâmica da experiência humana. Que concepções de infância são apresentadas na produção? De que formas a abordagem escolhida amplia a discussão sobre a infância e o cinema como potências? Em que medida as questões levantadas pela criança conectam sua experiência de infância às experiências de quem a assiste em tela? A fim de mobilizar a discussão, o texto é organizado a partir de cenas, que caracterizam a sequência dos acontecimentos que dão sentido ao que o filme quer expressar. Na primeira delas, apresenta-se a temática central; na segunda, as questões para as quais o curta nos desperta ao longo da narrativa; e na terceira, busca-se ampliar as possibilidades de leitura, no lugar de encerrá-las. Dão embasamento às discussões aqui levantadas Walter Benjamin, Mikhail Bakhtin, Antoine de Saint-Exupéry, Aristóteles e Hannah Arendt.<hr/>abstract This article aims to present a discussion about childhood from the issues raised by the short film entitled Alma, directed, produced and scripted by the filmmaker André Morais. In the work, we experience a day in the life of a girl who lives with her grandmother and who, throughout the plot, weaves questions about her own existence, the senses of life and the dimensions of the relationships we establish with each other. It is discussed in this article, therefore, the power of cinema and childhood as dimensions that invite a dialogue capable of converging art and life, also revitalizing the field of science, from the reflections that are dear to the dynamics of human experience. What conceptions of childhood are presented in the production? In what ways does the chosen approach broaden the discussion about childhood and cinema as potencies? To what extent do the questions raised by the child connect their childhood experience to the experiences of those who watch it on screen? In order to mobilize the discussion, the text is organized from scenes, which characterize the sequence of events that give meaning to what the film wants to express. In the first, the central theme is presented; in the second, the questions for which the short awakens us throughout the narrative; and in the third, it seeks to expand the possibilities of reading, rather than closing them. These scenes support the discussions brought here through Walter Benjamin, Mikhail Bakhtin, Antoine de Saint-Exupéry, Aristotle and Hannah Arendt.<hr/>resumen Este artículo pretende presentar un debate sobre la infancia a partir de las cuestiones suscitadas por el cortometraje Alma, dirigido, producido y guionado por el cineasta paraibano André Morais. En la película, vivimos un día en la vida de una niña que vive con su abuela y que, a lo largo de la trama, se plantea preguntas sobre su propia existencia, los significados de la vida y las dimensiones de las relaciones que establecemos unos con los demás. Este texto, por lo tanto, discute la potencia del cine y de la infancia como dimensiones que invitan a un diálogo capaz de hacer converger arte y vida, fertilizando también el campo de la ciencia, a partir de las reflexiones que resultan caras a la dinámica de la experiencia humana. ¿Qué concepciones de infancia se presentan en la producción? ¿De qué manera el enfoque elegido amplía el debate sobre la infancia y el cine como potencias? ¿En qué medida las preguntas planteadas por la niña conectan su experiencia de infancia con las experiencias de quienes la observan en la pantalla? Para movilizar el debate, el texto se organiza a partir de escenas, que caracterizan la secuencia de los acontecimientos que dan sentido a lo que la película quiere expresar. En la primera de ellas, se presenta la temática central; en la segunda, las preguntas que nos despierta el cortometraje a lo largo de la narración; y en la tercera, se busca ampliar las posibilidades de lectura, en lugar de cerrarlas. Walter Benjamin, Mijail Bajtin, Antoine de Saint-Exupéry, Aristóteles y Hannah Arendt sientan las bases de los debates aquí planteados. <![CDATA[Kohan, W. O. and Weber, B. (eds.) (2020). <em>Thinking, Childhood, and Time</em>. <em>Contemporary Perspectives on the Politics of Education</em>. Lexington Books.]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872022000100101&lng=en&nrm=iso&tlng=en resumo Esse artigo tem por objetivo apresentar uma discussão sobre infância a partir das questões suscitadas pelo curta-metragem intitulado Alma, dirigido, produzido e roteirizado pelo cineasta paraibano André Morais. Na obra, experienciamos um dia na vida de uma menina que vive com sua avó e que, ao longo de toda a trama, tece questionamentos sobre sua própria existência, os sentidos da vida e as dimensões das relações que vamos estabelecendo uns com os outros. Discute-se nesse texto, portanto, a potência do cinema e da infância como dimensões que convidam a um diálogo capaz de fazer convergir arte e vida, fertilizando também o campo da ciência, a partir das reflexões que são caras à dinâmica da experiência humana. Que concepções de infância são apresentadas na produção? De que formas a abordagem escolhida amplia a discussão sobre a infância e o cinema como potências? Em que medida as questões levantadas pela criança conectam sua experiência de infância às experiências de quem a assiste em tela? A fim de mobilizar a discussão, o texto é organizado a partir de cenas, que caracterizam a sequência dos acontecimentos que dão sentido ao que o filme quer expressar. Na primeira delas, apresenta-se a temática central; na segunda, as questões para as quais o curta nos desperta ao longo da narrativa; e na terceira, busca-se ampliar as possibilidades de leitura, no lugar de encerrá-las. Dão embasamento às discussões aqui levantadas Walter Benjamin, Mikhail Bakhtin, Antoine de Saint-Exupéry, Aristóteles e Hannah Arendt.<hr/>abstract This article aims to present a discussion about childhood from the issues raised by the short film entitled Alma, directed, produced and scripted by the filmmaker André Morais. In the work, we experience a day in the life of a girl who lives with her grandmother and who, throughout the plot, weaves questions about her own existence, the senses of life and the dimensions of the relationships we establish with each other. It is discussed in this article, therefore, the power of cinema and childhood as dimensions that invite a dialogue capable of converging art and life, also revitalizing the field of science, from the reflections that are dear to the dynamics of human experience. What conceptions of childhood are presented in the production? In what ways does the chosen approach broaden the discussion about childhood and cinema as potencies? To what extent do the questions raised by the child connect their childhood experience to the experiences of those who watch it on screen? In order to mobilize the discussion, the text is organized from scenes, which characterize the sequence of events that give meaning to what the film wants to express. In the first, the central theme is presented; in the second, the questions for which the short awakens us throughout the narrative; and in the third, it seeks to expand the possibilities of reading, rather than closing them. These scenes support the discussions brought here through Walter Benjamin, Mikhail Bakhtin, Antoine de Saint-Exupéry, Aristotle and Hannah Arendt.<hr/>resumen Este artículo pretende presentar un debate sobre la infancia a partir de las cuestiones suscitadas por el cortometraje Alma, dirigido, producido y guionado por el cineasta paraibano André Morais. En la película, vivimos un día en la vida de una niña que vive con su abuela y que, a lo largo de la trama, se plantea preguntas sobre su propia existencia, los significados de la vida y las dimensiones de las relaciones que establecemos unos con los demás. Este texto, por lo tanto, discute la potencia del cine y de la infancia como dimensiones que invitan a un diálogo capaz de hacer converger arte y vida, fertilizando también el campo de la ciencia, a partir de las reflexiones que resultan caras a la dinámica de la experiencia humana. ¿Qué concepciones de infancia se presentan en la producción? ¿De qué manera el enfoque elegido amplía el debate sobre la infancia y el cine como potencias? ¿En qué medida las preguntas planteadas por la niña conectan su experiencia de infancia con las experiencias de quienes la observan en la pantalla? Para movilizar el debate, el texto se organiza a partir de escenas, que caracterizan la secuencia de los acontecimientos que dan sentido a lo que la película quiere expresar. En la primera de ellas, se presenta la temática central; en la segunda, las preguntas que nos despierta el cortometraje a lo largo de la narración; y en la tercera, se busca ampliar las posibilidades de lectura, en lugar de cerrarlas. Walter Benjamin, Mijail Bajtin, Antoine de Saint-Exupéry, Aristóteles y Hannah Arendt sientan las bases de los debates aquí planteados. <![CDATA[El artista como educador de la moral y moralista de la educación. una reseña del libro <em>la educación moral, una obra de arte</em>]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872022000100102&lng=en&nrm=iso&tlng=en resumo Esse artigo tem por objetivo apresentar uma discussão sobre infância a partir das questões suscitadas pelo curta-metragem intitulado Alma, dirigido, produzido e roteirizado pelo cineasta paraibano André Morais. Na obra, experienciamos um dia na vida de uma menina que vive com sua avó e que, ao longo de toda a trama, tece questionamentos sobre sua própria existência, os sentidos da vida e as dimensões das relações que vamos estabelecendo uns com os outros. Discute-se nesse texto, portanto, a potência do cinema e da infância como dimensões que convidam a um diálogo capaz de fazer convergir arte e vida, fertilizando também o campo da ciência, a partir das reflexões que são caras à dinâmica da experiência humana. Que concepções de infância são apresentadas na produção? De que formas a abordagem escolhida amplia a discussão sobre a infância e o cinema como potências? Em que medida as questões levantadas pela criança conectam sua experiência de infância às experiências de quem a assiste em tela? A fim de mobilizar a discussão, o texto é organizado a partir de cenas, que caracterizam a sequência dos acontecimentos que dão sentido ao que o filme quer expressar. Na primeira delas, apresenta-se a temática central; na segunda, as questões para as quais o curta nos desperta ao longo da narrativa; e na terceira, busca-se ampliar as possibilidades de leitura, no lugar de encerrá-las. Dão embasamento às discussões aqui levantadas Walter Benjamin, Mikhail Bakhtin, Antoine de Saint-Exupéry, Aristóteles e Hannah Arendt.<hr/>abstract This article aims to present a discussion about childhood from the issues raised by the short film entitled Alma, directed, produced and scripted by the filmmaker André Morais. In the work, we experience a day in the life of a girl who lives with her grandmother and who, throughout the plot, weaves questions about her own existence, the senses of life and the dimensions of the relationships we establish with each other. It is discussed in this article, therefore, the power of cinema and childhood as dimensions that invite a dialogue capable of converging art and life, also revitalizing the field of science, from the reflections that are dear to the dynamics of human experience. What conceptions of childhood are presented in the production? In what ways does the chosen approach broaden the discussion about childhood and cinema as potencies? To what extent do the questions raised by the child connect their childhood experience to the experiences of those who watch it on screen? In order to mobilize the discussion, the text is organized from scenes, which characterize the sequence of events that give meaning to what the film wants to express. In the first, the central theme is presented; in the second, the questions for which the short awakens us throughout the narrative; and in the third, it seeks to expand the possibilities of reading, rather than closing them. These scenes support the discussions brought here through Walter Benjamin, Mikhail Bakhtin, Antoine de Saint-Exupéry, Aristotle and Hannah Arendt.<hr/>resumen Este artículo pretende presentar un debate sobre la infancia a partir de las cuestiones suscitadas por el cortometraje Alma, dirigido, producido y guionado por el cineasta paraibano André Morais. En la película, vivimos un día en la vida de una niña que vive con su abuela y que, a lo largo de la trama, se plantea preguntas sobre su propia existencia, los significados de la vida y las dimensiones de las relaciones que establecemos unos con los demás. Este texto, por lo tanto, discute la potencia del cine y de la infancia como dimensiones que invitan a un diálogo capaz de hacer converger arte y vida, fertilizando también el campo de la ciencia, a partir de las reflexiones que resultan caras a la dinámica de la experiencia humana. ¿Qué concepciones de infancia se presentan en la producción? ¿De qué manera el enfoque elegido amplía el debate sobre la infancia y el cine como potencias? ¿En qué medida las preguntas planteadas por la niña conectan su experiencia de infancia con las experiencias de quienes la observan en la pantalla? Para movilizar el debate, el texto se organiza a partir de escenas, que caracterizan la secuencia de los acontecimientos que dan sentido a lo que la película quiere expresar. En la primera de ellas, se presenta la temática central; en la segunda, las preguntas que nos despierta el cortometraje a lo largo de la narración; y en la tercera, se busca ampliar las posibilidades de lectura, en lugar de cerrarlas. Walter Benjamin, Mijail Bajtin, Antoine de Saint-Exupéry, Aristóteles y Hannah Arendt sientan las bases de los debates aquí planteados. <![CDATA[Lone, J.M. (2021). <em>Seen and not heard</em>: why children voices matter. London: Rowman & Littlefield.]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872022000100103&lng=en&nrm=iso&tlng=en resumo Esse artigo tem por objetivo apresentar uma discussão sobre infância a partir das questões suscitadas pelo curta-metragem intitulado Alma, dirigido, produzido e roteirizado pelo cineasta paraibano André Morais. Na obra, experienciamos um dia na vida de uma menina que vive com sua avó e que, ao longo de toda a trama, tece questionamentos sobre sua própria existência, os sentidos da vida e as dimensões das relações que vamos estabelecendo uns com os outros. Discute-se nesse texto, portanto, a potência do cinema e da infância como dimensões que convidam a um diálogo capaz de fazer convergir arte e vida, fertilizando também o campo da ciência, a partir das reflexões que são caras à dinâmica da experiência humana. Que concepções de infância são apresentadas na produção? De que formas a abordagem escolhida amplia a discussão sobre a infância e o cinema como potências? Em que medida as questões levantadas pela criança conectam sua experiência de infância às experiências de quem a assiste em tela? A fim de mobilizar a discussão, o texto é organizado a partir de cenas, que caracterizam a sequência dos acontecimentos que dão sentido ao que o filme quer expressar. Na primeira delas, apresenta-se a temática central; na segunda, as questões para as quais o curta nos desperta ao longo da narrativa; e na terceira, busca-se ampliar as possibilidades de leitura, no lugar de encerrá-las. Dão embasamento às discussões aqui levantadas Walter Benjamin, Mikhail Bakhtin, Antoine de Saint-Exupéry, Aristóteles e Hannah Arendt.<hr/>abstract This article aims to present a discussion about childhood from the issues raised by the short film entitled Alma, directed, produced and scripted by the filmmaker André Morais. In the work, we experience a day in the life of a girl who lives with her grandmother and who, throughout the plot, weaves questions about her own existence, the senses of life and the dimensions of the relationships we establish with each other. It is discussed in this article, therefore, the power of cinema and childhood as dimensions that invite a dialogue capable of converging art and life, also revitalizing the field of science, from the reflections that are dear to the dynamics of human experience. What conceptions of childhood are presented in the production? In what ways does the chosen approach broaden the discussion about childhood and cinema as potencies? To what extent do the questions raised by the child connect their childhood experience to the experiences of those who watch it on screen? In order to mobilize the discussion, the text is organized from scenes, which characterize the sequence of events that give meaning to what the film wants to express. In the first, the central theme is presented; in the second, the questions for which the short awakens us throughout the narrative; and in the third, it seeks to expand the possibilities of reading, rather than closing them. These scenes support the discussions brought here through Walter Benjamin, Mikhail Bakhtin, Antoine de Saint-Exupéry, Aristotle and Hannah Arendt.<hr/>resumen Este artículo pretende presentar un debate sobre la infancia a partir de las cuestiones suscitadas por el cortometraje Alma, dirigido, producido y guionado por el cineasta paraibano André Morais. En la película, vivimos un día en la vida de una niña que vive con su abuela y que, a lo largo de la trama, se plantea preguntas sobre su propia existencia, los significados de la vida y las dimensiones de las relaciones que establecemos unos con los demás. Este texto, por lo tanto, discute la potencia del cine y de la infancia como dimensiones que invitan a un diálogo capaz de hacer converger arte y vida, fertilizando también el campo de la ciencia, a partir de las reflexiones que resultan caras a la dinámica de la experiencia humana. ¿Qué concepciones de infancia se presentan en la producción? ¿De qué manera el enfoque elegido amplía el debate sobre la infancia y el cine como potencias? ¿En qué medida las preguntas planteadas por la niña conectan su experiencia de infancia con las experiencias de quienes la observan en la pantalla? Para movilizar el debate, el texto se organiza a partir de escenas, que caracterizan la secuencia de los acontecimientos que dan sentido a lo que la película quiere expresar. En la primera de ellas, se presenta la temática central; en la segunda, las preguntas que nos despierta el cortometraje a lo largo de la narración; y en la tercera, se busca ampliar las posibilidades de lectura, en lugar de cerrarlas. Walter Benjamin, Mijail Bajtin, Antoine de Saint-Exupéry, Aristóteles y Hannah Arendt sientan las bases de los debates aquí planteados. <![CDATA[childhood and children: between movements, thresholds, and borders]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872022000100200&lng=en&nrm=iso&tlng=en resumo Apresentamos o dossiê “Estudos da infância: movimentos, limiares e fronteiras”, temática abordada no III Congresso de Estudos da Infância (CEI) organizado por integrantes do Departamento de Estudos da Infância (DEDI) e do Programa de Pós-graduação em Educação (ProPEd) da Faculdade de Educação na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Os artigos que compõem o dossiê resgatam os debates que ocorreram nos dias do evento fundamentados nos campos da educação, relações internacionais e questões étnico-raciais. Nesta apresentação, inspiradas pelo poema “A ponte” de Mario Benedetti, exploramos a potência de três palavras para pensar a infância e a relação que estabelecemos com ela: fronteiras, estrangeridade e movimentos. Quantas fronteiras a infância e as crianças atravessam na ordem da vida política, cultural, social e biológica? Que movimentos ou mudanças elas produzem, reproduzem e difundem? Como desestrangeirizar a infância, no sentido de tensionar as ações e produções discursivas que fomentam exclusões de diversas ordens? Que movimentos - no campo da pesquisa e na sociedade de forma geral - são instituídos de modo a potencializar a agência da infância? Partindo da ideia de que tanto nossa cultura quanto nossa subjetividade se constituem na relação entre um dentro e um fora que se colocam em tensão, recorremos à filosofia, à literatura, à psicanálise e aos estudos culturais para percorrer essas questões. Neste dossiê, os textos compõem um arranjo que dialoga com a filosofia da infância e se encaminha para além das fronteiras conceituais e metodológicas, no sentido de fazer movimentos para compreender as crianças e a infância por suas perspectivas, suas ações, suas linguagens e posições, em uma ordem tanto objetiva quanto subjetiva.<hr/>abstract We present the dossier “Studies of Childhood: movements, limits and frontiers”, a theme discussed in the III Brazilian Congress Childhood Studies (CEI). The Congress was organized by members of the Department of Childhood Studies (DEDI) and the Graduate Program in Education (ProPEd) of the State University of Rio de Janeiro. The articles that compose the dossier review the debates that took place during the event in the fields of education, international relations, and ethno-racial issues. In this presentation, inspired by Mario Benedetti's poem “The Bridge”, we explore the power of three words to think about childhood and the relationship we establish with children: borders, strangeness and movements. How many borders do childhood and children cross into the political, cultural, social, and biological order of life? Which movements or changes do they produce, reproduce, and spread? How to destrange childhood, in the sense of challenging the actions and discursive productions that promote exclusions of various forms? Which movements - in the field of research and in society in general - are instituted to encourage the agency of childhood? Starting from the idea that both our culture and our subjectivity are constituted in the relationship between an interior and an exterior that are placed in tension, we draw on philosophy, literature, psychoanalysis, and cultural studies to explore these questions. In this dossier, the texts compose a set that dialogues with the philosophy of childhood and goes beyond conceptual and methodological limits, in the sense of making moves to understand children and childhood through their perspectives, actions, languages and positions, in an objective and subjective form.<hr/>resumen Presentamos el dossier “Estudios de la infancia: movimientos, umbrales y fronteras”, temática abordada em el III Congreso de Estudios de la Infancia (CEI) organizado por integrantes del Departamento de Estudios de la Infancia (DEDI) y del Programa de Posgrado en Educación (ProPEd) de la Facultad de Educación de la Universidad del Estado de Río de Janeiro. Los artículos que componen el dossier, fundamentados en los campos de la educación, las relaciones internacionales y las cuestiones étnico-raciales, rescatan los debates que acontecieron durante el evento. En esta presentación, inspiradas por el poema “El puente” de Mario Benedetti, exploramos la potencia de tres palabras para pensar la infancia y la relación que establecemos con ella: fronteras, extranjeridad y movimientos. ¿Cuántas fronteras la infancia y los niños atraviesan en el orden de la vida política, cultural, social y biológica? ¿Qué movimientos o mudanzas ellos producen, reproducen y difunden? ¿Cómo desestranjerizar la infancia, en el sentido de tensionar las acciones y producciones discursivas que fomentan exclusiones de diversos órdenes? ¿Qué movimientos - en el campo de la investigación y en la sociedad de modo general - son instituidos a fin de potenciar la agencia de la infancia? Partiendo de la idea de que tanto nuestra cultura como nuestra subjetividad se constituyen en la relación entre un adentro y un afuera que se colocan en tensión, recurrimos a la filosofía, la literatura, el psicoanálisis y los estudios culturales para transitar esas cuestiones. Los textos que componen este dossier conforman una configuración que dialoga con la filosofía de la infancia y va más allá de las fronteras conceptuales y metodológicas, en ellos se realizan movimientos para comprender a los niños y a la infancia desde sus propias perspectivas, acciones, lenguajes y posiciones en un orden tanto objetivo como subjetivo. <![CDATA[childhood protagonism in latin american scenarios: threshold dialogues with childhood studies]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872022000100201&lng=en&nrm=iso&tlng=en resumo Estudar a infância na América Latina demanda considerar o contexto de desigualdade social em que está imersa, assim como a complexidade de pensar a pluralização da infância bem como a multiplicidade de modos e experiências de vida das crianças dessa região. As crianças cruzam com cenários de discriminação, subordinação e segregação social dentre outras situações que configuram ação das crianças na sociedade que se distanciam da compreensão universal e ideal de infância associada à escolarização e as brincadeiras, nem sempre sendo protegidas em espaços institucionais que garantam seu desenvolvimento integral. Nesse sentido, pensar o protagonismo e a participação infantil latino-americana requer compreensões acerca das distintas realidades sociais que não promovem tipos e estilos dados, prontos e acabados, mas que são construídos na dinamicidade das relações, espaços, lugares e tempos para que ocorra a participação. Para tanto, o presente estudo pretende abordar reflexões acerca do protagonismo infantil na América Latina a partir de um estudo exploratório sobre as publicações científicas sobre a temática nos países hispano-falantes do continente, nos últimos anos, a fim de identificar como o conceito vem sendo compreendido e discutido no meio acadêmico. As produções, além de elucidar as ações e contribuições sociais desta categoria geracional, que historicamente esteve à margem social e científica, também possibilitam compreender as diversas experiências de vivenciar a infância nesses países e dialogar com as questões e problemáticas que perpassam suas vidas e que demandam por olhares atentos às iniciativas e espaços de participação, a fim de ampliar a visibilidade social das crianças.<hr/>abstract Studying childhood in Latin America requires considering the context of social inequality in which so many children are immersed, as well as the complexity of thinking about the pluralization of childhood and the multiplicity of life experiences of children in this region. Children encounter scenarios of discrimination, subordination and social segregation, among other situations that configure their action in a society that distances them from the universal, ideal understanding of childhood that is associated with schooling and play; nor are they always protected in those institutional spaces that should guarantee their full development. In this respect, thinking about Latin American children's protagonism and participation in their own lifeworlds requires an understanding of the different social realities that do not promote given, ready-made types and styles, but which are built on the dynamics of relationships, spaces, places and times so that the participation occurs. The present study aims to address reflections on child protagonism in Latin America through an exploratory study of the scientific publications on the subject in the Spanish-speaking countries of the continent in recent years, in order to identify how the concept has been understood and discussed in the academic environment. This literature, which has historically occupied the social and scientific margins, will make it possible to understand the different experiences of living childhood in these countries, and to dialogue with the issues and problems that permeate children’s lives. These problems demand attention, and call for initiatives and spaces for participation that will act to increase the social visibility of children.<hr/>resumen Estudiar la infancia en América Latina requiere considerar el contexto de desigualdad social en el cual se encuentran inmersos, así como la complejidad de pensar la pluralización de la infancia y la multiplicidad de formas y experiencias de vida de los niños y niñas de esta región. Los niños y niñas se encuentran con escenarios de discriminación, subordinación y segregación social, entre otras situaciones que configuran su actuación en la sociedad, que los aleja de la comprensión universal e ideal de la infancia asociada a la escolarización y al juego, no siempre protegida en espacios institucionales que garanticen su lleno desarrollo. En este sentido, pensar el protagonismo y la participación de los niños y niñas latinoamericanos requiere comprender las diferentes realidades sociales que no promueven tipos y estilos dados, listos y acabados, sino que se construyen sobre dinámicas de relaciones, espacios, lugares y tiempos para que la participación. Para tanto, el presente estudio se propone abordar reflexiones acerca del protagonismo infantil en América Latina a partir de un estudio exploratorio sobre las publicaciones científicas sobre el tema en los países de hispano-hablantes del continente, en los últimos años, con el fin de identificar cómo se ha venido interpretando y discutiendo el concepto en el ambiente académico. Las producciones, además de aclarar las acciones y aportes sociales de esta categoría generacional, que históricamente ha estado en los márgenes social y científico, también permiten comprender las diferentes experiencias de vivir la infancia en estos países y dialogar con los problemas y problemáticas que permean sus vidas y que demandan atención a iniciativas y espacios de participación, con el fin de incrementar la visibilidad social de los niños y niñas. <![CDATA[migrant children from african countries in são paulo’s early education system: between sheltering and exclusion]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872022000100202&lng=en&nrm=iso&tlng=en resumo Os migrantes dos países africanos e as migrantes dos países africanos no Brasil sofrem os efeitos perversos ligados à xenofobia e vivenciam práticas racistas. Esse processo também reverbera dentro do contexto das creches e pré-escolas, e influencia diretamente o fazer pedagógico e as percepções e concepções acerca do seja ser um negro africano ou uma negra africana. Nesse contexto, este artigo vai apresentar a percepção do processo de racialização no acolhimento e inserção de crianças negras africanas entre 0 e 5 anos de idade, por professoras da rede de Educação Infantil da cidade de São Paulo. A fim de responder o objetivo dessa pesquisa, foram realizadas entrevistas com docentes da Educação Infantil, da rede direta e indireta, de modo a procurar compreender como esses atores e atrizes percebem o acolhimento e a inserção das crianças negras africanas migrantes. As análises foram realizadas com base nos referenciais teóricos da sociologia da infância, dos estudos a respeito das migrações e das relações raciais. O trabalho visa ampliar o campo dos estudos acerca da infância e migrações, bem como dos estudos a respeito do processo de racialização das crianças menores de 7 anos migrantes africanas.<hr/>abstract African migrants in Brazil suffer the perverse effects of xenophobia, in addition to experiencing racist behaviors. These processes also manifest themselves within the context of kindergarten centers and pre-schools, directly influencing the pedagogical approach, as well as the perceptions and conceptions surrounding being a black African person. In this context, this article aims to present the perception of early education teachers in the city of São Paulo about racialization processes in the sheltering and insertion of black African children of ages between 0 and 5. In order to achieve the aim of this research, interviews were held with early education professionals from both the direct and indirect educational systems, so as to try and comprehend how these agents perceive the sheltering/insertion of migrant black African children. The analysis was made based on theoretical frameworks regarding childhood sociology, studies on migration and race relations. This work intends to enlarge the childhood and migration research fields, as well as research on the processes of racialization of African migrant children aged less than seven.<hr/>resumen Los migrantes de países africanos y las migrantes de países africanos en Brasil sufren los efectos perversos asociados a la xenofobia, además de vivenciar prácticas racistas, proceso que también repercute en el contexto de las guarderías y los centros de educación infantil pre-escolar, influyendo directamente en la práctica pedagógica y en las percepciones y concepciones acerca de ser un africano negro o una africana negra. En este contexto, el presente artículo presentará la percepción del proceso de racialización en la acogida e inserción de niños y niñas negros africanos de 0 a 5 años de edad por parte de docentes de la red de Educación Infantil de la ciudad de São Paulo. Para responder al objetivo de esta investigación, se realizaron entrevistas con docentes de la educación infantil - de las redes directa e indirecta - para tratar de comprender cómo estos actores y actrices perciben la acogida y la inserción de los niños y niñas negros africanos migrantes. Los análisis se realizaron a partir de las referencias teóricas de la sociología de la infancia, de los estudios acerca de la migración y de las relaciones raciales. El trabajo pretende ampliar el campo de los estudios sobre infancia y migración, así como el de los estudios acerca del proceso de racialización de los niños y niñas africanos migrantes con menos de siete años. <![CDATA[martin buber and donald wood winnicott: thresholds and conceptual shifts as a ethos for research with babies]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872022000100203&lng=en&nrm=iso&tlng=en resumo Este artigo tem como objetivo articular as teorias de Martin Buber (Antropologia Filosófica) e Donald Wood Winnicott (Psicanálise), tendo os bebês - suas expressões e movimentos - como centralidade. Em cotejo e diálogo com os referidos autores, compreende-se que o princípio ontológico do ser humano é a relação como marca do existir. A partir desse princípio, são cunhados os conceitos relação, sutileza, reciprocidade e vínculo, que possibilitam a construção de um olhar sensível para a dimensão relacional entre bebês e adultos, em contextos educativos e de pesquisas. O texto desenvolve esses conceitos, revelando que no encontro entre adultos e bebês há um esforço para se reconhecerem como pessoas. Aos primeiros, impõem-se a generosidade da partilha. Aos últimos, faz-se o convite ao mundo. Convite ao qual os bebês se lançam com a tenacidade e o ímpeto dos movimentos inaugurais. O encontro entre a Psicanálise de Winnicott e Antropologia Filosófica de Buber revelou-se promissor na confirmação de que os bebês são pessoas de relação, contribuindo com estudos sobre bebês na Educação, de modo particular, e nas Ciências Humanas, de modo geral.<hr/>abstract This paper aims to articulate the theories of Martin Buber (Philosophical Anthropology) and Donald Wood Winnicott (Psychoanalysis) as they help us understand the world of infancy. In dialogue with these two authors, we come to understand that the ontological principle of the human being is the relationship as a mark of existence. Based on this principle, the concepts “relationship,” “subtlety,” “reciprocity” and “bond” are introduced in order to explore the relational dimension of the interactions between infants and adults in both educational and research contexts. Our text develops these four concepts and explores the part they play in the encounter between adults and infants, on the understanding that the latter is based on the effort to recognize each other as persons. We argue that for adults, the fundamental impulse toward infancy is to share the world through inviting their participation-an invitation in response to which babies launch themselves with the tenacity and impetus of an inaugural movement. The theoretical confluence of Winnicott's psychoanalysis and Buber's philosophical anthropology results in confirming that infants are intrinsically relational persons, and as such, these two thinkers’ relational ontology has much to contribute to studies in infant education in particular and in the Human Sciences in general.<hr/>resumen Este artículo tiene como objetivo articular las teorías de Martin Buber (Antropología Filosófica) y Donald Wood Winnicott (Psicoanálisis), teniendo a los bebés -sus expresiones y movimientos- como eje central. En cotejo y diálogo con estos autores, se entiende que el principio ontológico del ser humano es la relación como marca del existir. A partir de este principio, se acuñan los conceptos de relación, sutileza, reciprocidad y vínculo, que posibilitan construir una mirada sensible a la dimensión relacional entre bebés y adultos, en contextos educativos y de investigación. El texto desarrolla estos conceptos, revelando que en el encuentro entre adultos y bebés hay un esfuerzo por reconocerse como personas. A los primeros se les impone la generosidad de compartir. A los últimos, se les hace una invitación al mundo. Una invitación a la que los bebés se lanzan con la tenacidad y el ímpetu de los movimientos inaugurales. El encuentro entre el Psicoanálisis de Winnicott y la Antropología Filosófica de Buber resultó prometedor al confirmar que los bebés son personas relacionales, contribuyendo a los estudios sobre bebés en la Educación, en particular, y en las Ciencias Humanas, en general. <![CDATA[the movement of poor young people towards renowned institutions of higher education: motivations and contradictions.]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872022000100204&lng=en&nrm=iso&tlng=en resumo Crianças e jovens são posicionados como sujeitos em aprendizagem. Quando se fala em crianças e jovens de classe popular, se faz comum a crença de que o deslocamento às instituições escolares se transladará em um deslocamento social. Isto é, crianças e jovens desse segmento econômico que investem no estudo poderiam ascender economicamente. É nesse contexto que podem ser entendidas políticas públicas recentes que visam à manutenção e à extensão da presença de crianças e jovens em instituições educacionais. Algumas dessas políticas visam garantir o acesso de negros e pobres, historicamente excluídos do ensino superior, a esse nível de ensino. O presente artigo realiza uma investigação de cunho qualitativo abordando as motivações que fazem com que jovens de classes populares se sintam chamados a se deslocar a centros de ensino superior de excelência e quais as consequências subjetivas desse movimento. Foi realizada uma pesquisa qualitativa com 23 estudantes universitários, beneficiários da Lei de Cotas ou do Programa Universidade para Todos, de duas instituições de ensino superior, de reconhecida qualidade, localizadas no Rio de Janeiro. Os resultados demonstram que o apoio da família e de figuras próximas; o gosto pelo estudo; a identificação com o curso e a expectativa de mobilidade social ascendente foram fatores que contribuíram para motivar os jovens em seu movimento ao ensino superior. No que compete à universidade, vimos que ela enseja práticas contraditórias aos jovens de camada popular. Assim, verificamos que a entrada em uma instituição historicamente destinada a outra classe social pode fazer com que os jovens não se sintam pertencentes à universidade, e que o jovem pobre tem incertezas sobre o futuro. Frente a esses desafios, o que se coloca para os jovens pobres é a aposta em si mesmo como forma de vencer as agruras do presente. Entretanto, também foi observado que os jovens almejam usar de seu conhecimento e seu status universitário para ensejar transformações na realidade. Conclui-se que a universidade no contexto neoliberal pode reforçar um modelo de subjetivação individualista, mas que, em contrapartida, também pode operar linhas de fuga a esse modelo, instrumentalizando o jovem pobre para a ação em direção ao outro.<hr/>resumen Niños, niñas y jóvenes son posicionados como sujetos en aprendizaje. Cuando se habla de niños, niñas y jóvenes de clase social baja, es común creer que el desplazamiento a las instituciones escolares se traducirá en un desplazamiento social. Esto es, niños, niñas y jóvenes de ese segmento económico que invierten en el estudio podrían ascender económicamente. Es en este contexto que se pueden entender las políticas públicas recientes destinadas a mantener y ampliar la presencia de niños, niñas y jóvenes en instituciones educativas. Algunas de esas políticas pretenden garantizar el acceso de personas negras y pobres, históricamente excluidas de la enseñanza superior, a ese nivel educativo. El presente artículo realiza una investigación de tipo cualitativo, abordando las motivaciones que hacen que los jóvenes de clases bajas se sientan llamados a trasladarse a los centros de educación superior de excelencia y cuáles son las consecuencias subjetivas de este movimiento. Se realizó una investigación cualitativa con 23 estudiantes universitarios, beneficiarios de la Ley de Cupos o del Programa Universidad para Todos, de dos instituciones de educación superior, de reconocida calidad, ubicadas en Río de Janeiro. Los resultados muestran que el apoyo de la familia y de figuras cercanas; el gusto por el estudio; la identificación con el curso y la expectativa de movilidad social ascendente fueron factores que contribuyeron a motivar a los jóvenes en su movimiento hacia la educación superior. En cuanto a la universidad, hemos visto que ofrece prácticas contradictorias para los jóvenes de los estratos sociales más bajos. Así, comprobamos que el ingreso en una institución históricamente destinada a otra clase social puede hacer que los jóvenes no sientan que pertenecen a la universidad, y que el joven pobre tenga incertidumbres sobre el futuro. Ante estos desafíos, lo que se les presenta a los jóvenes pobres es apostar por sí mismos como forma de superar las dificultades del presente. Sin embargo, también se observó que los jóvenes quieren utilizar sus conocimientos y su condición de universitarios para provocar cambios en la realidad. Concluimos que la universidad en el contexto neoliberal puede reforzar un modelo de subjetivación individualista, pero que, como contrapartida, también puede operar líneas de fuga de este modelo, instrumentalizando a los jóvenes pobres para la acción en dirección al otro.<hr/>abstract Children and youth are typically positioned as passive subjects in learning, and when talking about working class children in particular, the common belief is that attendance at school institutions will translate into social displacement; that is, that children and young people from this economic segment who invest in the study will be able rise economically. It is in this context that recent public policies aimed at maintaining and extending the presence of children and young people in educational institutions can be understood. Some of these policies aim to guarantee access by blacks and the poor to higher education, from which they have been historically excluded. This paper reports on a qualitative study that addresses the motivations that make young people from lower classes feel called to seek participation in higher education, and what are the subjective consequences of this movement. The study focused on 23 university students, beneficiaries of the Quota Law or the University for All Program, from two recognized quality higher education institutions located in Rio de Janeiro. The results demonstrate that the support of family and peers, a passion for studying per se, identification with the university as a life path, and the expectation of upward social mobility were factors that contributed to motivating young people toward higher education. As far as the university is concerned, we found that it delivers contradictory messages to young people from the lower classes. For one, entering an institution historically destined for another social class can make young people feel that they don’t belong there, which promotes uncertainties about the future. Faced with these challenges, poor young people are driven to “bet on themselves” as a way of overcoming the hardships of the present. However, it was also observed that many of these young people want to use their knowledge and university status to bring about changes in reality. It is concluded that the university in the neoliberal context can reinforce a model of individualistic subjectivation, but that, on the other hand, it can also operate to open lines of escape from this model, in instrumentalizing the poor young person for action towards the other. <![CDATA[walter benjamin: “childhood, a devastating experience”]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872022000100205&lng=en&nrm=iso&tlng=en resumo Construído no diálogo entre os processos de institucionalização da infância e as práticas educativas este artigo sistematiza dados de uma pesquisa que teve como objetivo conhecer a experiência de infância na Educação infantil. O campo empírico são cadernos de campo de observações realizadas em vinte e uma instituições públicas que atendem à Educação Infantil na cidade do Rio de Janeiro. Para compreender como infância e experiência se dão nesse contexto, o referencial teórico tem como suporte os estudos da filosofia de Walter Benjamin, a Sociologia e a Antropologia da Infância, e a análise do contexto político que envolve as práticas de institucionalização das crianças. O recorte adotado neste texto apresenta um exercício de aproximação entre as interações e as falas das crianças das escolas participantes da pesquisa e os fragmentos de Obras Escolhidas I e II de Walter Benjamin. A proposta é, a partir dos conceitos de infância e experiência presente na obra do filósofo, compor uma coleção composta de elementos que indiquem como as crianças vivem suas experiências de infância dentro do ambiente escolar. Ao pensar a infância pelo viés da experiência concordamos com o legado atribuído por Benjamin ao trabalho de Kant sobre o tema da experiência. Experiência - algo que experimentamos, mas também algo que nos une/aproxima pelo viés da geração, da história, da narrativa. Independentemente do formato da institucionalização das crianças, ou seja, se elas frequentam creches, escolas exclusivas de Educação Infantil ou escolas de Ensino Fundamental que têm turmas de pré-escola, com base na leitura dos cadernos de campo, podemos concluir que, a experiência de infância se dá na relação com os outros, com os objetos, com a cultura, com a sociedade e com a natureza. A pesquisa evidenciou que, assim como a criança presente na obra de Walter Benjamin, as crianças das nossas creches e escolas também são atraídas pelos detritos e pelo que eles lhes apresentam como possibilidade de atuação. Não reproduzem diretamente o mundo dos adultos, estabelecem uma nova e incoerente relação com o que o mundo lhes apresenta. O que as crianças produzem em suas interações é fruto de um refinado processo em que experiência coletiva e experiência individual se cruzam, tendo a cultura como ponto de encontro.<hr/>abstract Built on the dialogue between the processes of institutionalization of childhood and educational practices, this article considers data from a research project that aimed to gather knowledge of the experience of childhood in early childhood education (ECE) settings. The empirical basis of our study is a collection of observational fieldnotes gathered in 21 public ECE institutions that serve the city of Rio de Janeiro. In order to understand children’s experience in these settings, our theoretical framework is supported by a reading of Walter Benjamin's philosophy of childhood, by sources in the sociology and anthropology of childhood, and through an analysis of the political contexts that influence the practices of institutionalizing young children. The quote adopted in this text represents the results of a comparison between the speech and interactions of the children in the schools participating in the research and textual fragments from Benjamin’s “Obras Escolhidas I e II.” We drew on the concept of childhood experience present in the work of this philosopher in order to explore how children experience their childhood within the context of the school environment. When thinking about childhood through the lens of children’s experience, we draw on the legacy attributed by Benjamin to Kant's work on the concept of experience itself. Here, the latter is understood, not just as an event, but as something that unites/brings us together through the intersection of generation, history, and narrative. Regardless of the format of children's institutionalization-that is, whether they attend daycare centers, exclusive early ECE settings, schools or elementary schools that have preschool classes-based on our reading the fieldnotes we conclude that the experience of childhood takes place in the context of relationships with others, with objects, with culture, with society and with nature. Our research showed that, like the child as characterized in the work of Benjamin, the children of our day care centers and schools are attracted by what he calls “debris”and what the latter present to them as possibilities for action. They do not directly reproduce the world of adults; rather, they establish a new relationship with what the world offers them, which is not exactly coherent with that world. What children produce in their interactions is the result of a refined process in which collective and individual experience intersect, with culture as a meeting point.<hr/>resumen Construido en diálogo entre los procesos de institucionalización de la infancia y las prácticas educativas este artículo sistematiza los datos de una investigación que tuvo como objetivo conocer la experiencia de la infancia en la educación infantil. El campo empírico son cuadernos de campo de observaciones realizadas en veintiuna instituciones públicas que tienen a cargo la Educación Infantil en la ciudad de Río de Janeiro. Para entender cómo la infancia y la experiencia tienen lugar en este contexto, el marco teórico se apoya en los estudios de la filosofía de Walter Benjamin, la Sociología y la Antropología de la Infancia, y el análisis del contexto político que hace a las prácticas de institucionalización de las y los niños. El recorte adoptado en este texto presenta un ejercicio de aproximación entre las interacciones y los discursos de los niños de las escuelas participantes en la investigación y los fragmentos de las Obras Escolhidas I y II de Walter Benjamin. La propuesta es, a partir de los conceptos de infancia y experiencia presentes en la obra del filósofo, componer una colección integrada por elementos que indiquen cómo viven los niños sus experiencias de infancia dentro del ámbito escolar. Al pensar en la infancia desde el punto de vista de la experiencia, coincidimos con el legado atribuido por Benjamin a la obra de Kant sobre el tema de la experiencia. Experiencia - algo que experimentamos, pero también algo que nos une/acerca a través de la generación, la historia, la narrativa. Independientemente del formato de la institucionalización de las y los niños, es decir, si asisten a guarderías, a escuelas preescolares exclusivas o a escuelas primarias que tienen clases de preescolar, a partir de la lectura de los cuadernos de campo, podemos concluir que la experiencia de la infancia se da en la relación con los otros, con los objetos, con la cultura, con la sociedad y con la naturaleza. La investigación evidenció que, al igual que el niño o niña presente en la obra de Walter Benjamin, los niños y niñas de nuestras guarderías y escuelas también se sienten atraídos por los escombros y por lo que éstos les presentan como posibilidad de acción. No reproducen directamente el mundo de los adultos, establecen una relación nueva e incoherente con lo que el mundo les presenta. Lo que los niños y niñas producen en sus interacciones es fruto de un refinado proceso en el que experiencia colectiva y exeriencia individual se cruzan, teniendo a la cultura como punto de encuentro. <![CDATA[meeting buriti: the tree of life and the warao children in nova iguaçu]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872022000100206&lng=en&nrm=iso&tlng=en resumo “Só existe a beleza se existir interlocutor. A beleza da lagoa é sempre alguém” (Mãe, 2017, p. 40). Valter Hugo Mãe expressa nosso desejo na feitura desse artigo: partilhar o encontro com as crianças refugiadas. Esse encontro faz parte do processo de pesquisa que busca mapear as crianças em condição de refúgio na Baixada Fluminense e desvelar a experiência de deslocamento de seu país de origem. Na dinâmica em mapear os sujeitos da pesquisa, fomos surpreendidas com um grupo de crianças, que fazem parte do grupo étnico Warao e que foram acolhidas pelo município de Nova Iguaçu - Baixada Fluminense. Os Warao são indígenas do norte da Venezuela e seu nome significa povo da canoa, dada sua relação profunda com as águas. Pelas águas turbulentas da vida, um grupo de crianças e suas famílias chegaram a Nova Iguaçu. Antes de serem lá acolhidas, as famílias “acamparam” no entorno do Terminal Rodoviário Novo Rio por algumas semanas. Inicialmente foram encaminhadas para um abrigo público, mas o mar agitado refratava diferenças de perfil entre eles e os integrantes que já faziam parte do abrigo. Por uma iniciativa religiosa, as famílias foram acolhidas pelo município de Japeri num sítio. Permaneceram por seis meses, porém, mais uma vez, foram navegar em outras águas, pois sofriam a iminência de um despejo. Na busca de águas mais tranquilas, os Warao foram acolhidos pelo município de Nova Iguaçu. As famílias (cinco núcleos interligados) tinham o desejo de permanecerem juntas, a Secretaria de Assistência Social (SEMAS) cedeu e adaptou, então, à moradia dos indígenas, uma escola desativada. Dentro de águas agitadas, em plena pandemia, o Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Linguagens, Infâncias e Diferenças (GEPELID), entrou em cena, acompanhando a rotina dessas crianças na escola de abrigo e no Centro de Ação Social de Marambaia. Nos encontros com os Warao fomos impactadas com a árvore Buriti, árvore da vida! Ah, o Buriti, palavra que causou afeto e aprendizagem, pois possui raízes profundas e uma ligação afetiva para os Warao. Durante o caminho do estudo comprovamos que a pesquisa em Ciências Humanas sempre é um encontro com o outro, assim como o sistema ideológico é de suma importância na formação de signos. A palavra Buriti também carrega um sentido ideológico e vivencial para o povo Warao. Cabe destacar que o aporte teórico dessa escrita possui arquitetônica em Bakhtin e na relação entre o pesquisador e os sujeitos do campo.<hr/>abstract “There`s only beauty if there is an interlocutor. The beauty of the lagoon is always someone” (Mãe, 2017, p.40). Valter Hugo Mãe expresses our desire in the making of this paper to share our experience of meeting refugee children, as part of an ongoing research project dedicated to exploring the conditions in which they live in Baixada Fluminense, Rio de Janeiro, Brazil, and the influences they bring with them from their birth countries. In the process of conducting this research, we were surprised by a group of children who belong to the Warao ethnic group, and who have been welcomed by the municipality of Nova Iguaçu, which is part of Baixada Fluminense. The Warao are indigenous peoples from the North of Venezuela and their name means “canoe,” given their close relationship with water. A group of displaced Warao children and their families arrived in Nova Iguaçu after having “camped” out in the surroundings of Novo Rio bus station for a few weeks, followed by a sojourn in a public shelter, where the differences between them and the existing members of the institution led to conflict. Through a religious institution’s initiative, the families then found shelter in a small farm in the city of Japeri. They stayed there for six months, but once again were threatened by the prospect of eviction, after which they were finally welcomed in the city of Nova Iguaçu. The families-five interconnected units-expressed the wish to remain together and a social service institution found them a closed school building, which was modified to accommodate the group. When the Covid pandemic struck, the research and study group GEPELID began following the daily routine of these children at the shelter school and at the Marambaia welfare center. In their meetings with the Warao, the researchers were struck by their references to the Buriti tree as the “tree of life,” and the depths of its implications for their identity. In exploring this concept, the research group’s experience of radical cultural difference revealed the extent to which research in the human sciences is always a meeting with the other, and the relation between researcher and subjects an occasion for dialogue.<hr/>resumen "La belleza sólo existe si hay un interlocutor. La belleza de la laguna es siempre alguien" (Mãe, 2017, p. 40). Valter Hugo Mãe expresa nuestro deseo en la realización de este artículo: compartir el encuentro con los niños y niñas refugiados. Este encuentro forma parte del proceso de investigación que busca mapear a los niños y niñas en condición de refugiados en la Baixada Fluminense y desvelar la experiencia de desplazamiento desde su país de origen. Durante el proceso de mapeo de los sujetos de la investigación, nos sorprendió un grupo de niños pertenecientes a la etnia Warao que fueron acogidos por el municipio de Nova Iguaçu - Baixada Fluminense. Los Warao son indígenas del norte de Venezuela y su nombre significa pueblo de la canoa, dada su profunda relación con el agua. A través de las aguas turbulentas de la vida, un grupo de niños y sus familias llegaron a Nova Iguaçu. Antes de ser acogidos allí, las familias "acamparon" en los alrededores de la Terminal de Autobuses de Novo Rio durante alunas semanas. Inicialmente se les remitió a un refugio público, pero el mar embravecido refractaba diferencias de perfil entre ellos y quienes ya estaban en el refugio. Por una iniciativa religiosa, las familias fueron acogidas por el municipio de Japeri en un sitio. Permanecieron allí durante seis meses, pero, una vez más, se fueron a navegar a otras aguas, ya que sufrían la inminencia de un desalojo. En busca de aguas más tranquilas, los Warao fueron acogidos por el municipio de Nova Iguaçu. Las familias (cinco núcleos interconectados) deseaban permanecer juntas, por lo que la Secretaría de Asistencia Social (SEMAS) cedió y adaptó una escuela en desuso para albergar a los indígenas. En aguas turbulentas, en medio de la pandemia, el Grupo de Estudio e Investigación sobre Lenguajes, Infancias y Diferencias (GEPELID) entró en escena, acompñanado la rutina de estos niños en la escuela de acogida y en el Centro de Acción Social de Marambaia. En los encuentros con los Warao nos impactó el árbol Buriti, ¡árbol de la vida! Ah, el Buriti, palabra que causó afecto y aprendizaje, porque tiene raíces profundas y un vínculo afectivo para los Warao. Durante el recorrido del estudio comprobamos que la investigación en Ciencias Humanas es siempre un encuentro con el otro, así como que el sistema ideológico es de suma importancia en la formación de los signos. La palabra Buriti también carga un sentido ideológico y vivencial para el pueblo Warao. Cabe mencionar que la base teórica de este escrito tiene su arquitectura en Bajtín y en la relación entre el investigador y los sujetos del campo. <![CDATA[walter, georg and dora: childhood under the watchful eye of the benjamin siblings]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872022000100208&lng=en&nrm=iso&tlng=en resumo Este texto tem por objetivo apresentar uma história dos irmãos Walter, Georg e Dora Benjamin, três irmãos que tomaram a infância como tema de interesse, formação, atuação e produção teórica. Walter mira a infância como perspectiva filosófica para uma crítica da cultura, sensível ao agir e à linguagem das crianças; Georg, como pediatra, médico escolar e deputado, toma a infância como urgência sanitária para a formulação de políticas públicas; Dora, por sua vez, tece contundente análise sociológica do binômio mulheres e crianças atravessado pelas relações de trabalho que a indústria têxtil transferia para o ambiente doméstico. Estas são apenas algumas nuances da multifacetada relação dos irmãos Benjamin com a temática da infância. Nascidos na virada do Século XIX para o Século XX, viveram o oscilar da política e da economia alemãs, as agruras da Primeira Guerra Mundial, e a ascensão e a consolidação do nazismo, que os obrigou, pela condição judaica e intelectual, a deslocamentos forçados, prisão, adoecimento e morte. Parte significativa da produção de Walter salvou-se na medida em que ele depositava seus escritos em bibliotecas ou os enviava em cópia para alguns amigos. Georg e Dora, mais intensamente ligados ao partido comunista, não lograram o mesmo êxito e a maior parte de sua vasta produção fora destruída nas fogueiras de livros que anunciaram o nazismo. Resulta disso um silenciamento sobre a história dos irmãos e da sua vasta produção intelectual, hoje considerada visionária, silêncio que denuncia a gravidade das políticas de exceção dedicadas ao apagamento da história.<hr/>abstract The following text introduces the story of the siblings Walter, Georg and Dora Benjamin, who understood childhood as a topic of interest, training, performance and theoretical production. Walter sees childhood as a philosophical perspective for a critique of culture, sensitive to children's actions and language; Georg, as a pediatrician, school doctor and deputy, takes childhood as a health emergency for the formulation of public policies; and Dora weaves a strong sociological analysis of the binomial women/children crossed by the work relations transferred from the textile industry to the domestic environment. These are just a few nuances of the Benjamin siblings' multifaceted relationship with the theme of childhood. Born at the end of 19th and the beginning of the 20th centuries, they lived through the oscillation of German politics and economy, the hardships of the First World War, the rise and consolidation of Nazism which forced them, due to their Jewish origins and intellectual condition, to undergo displacement, imprisonment, illness and death. A significant part of Walter's production was saved when he deposited his writings in libraries or sent copies to friends. Georg and Dora, who were more closely linked to the communist party, did not achieve the same success, and most of their vast production was destroyed in the book bonfires perpetrated by the Nazis. This has resulted in a silencing of their history and their vast intellectual production, which is now considered visionary-a silence that denounces the policies of exception dedicated to history's erasure.<hr/>resumen Este texto tiene como objetivo presentar una historia de los hermanos Walter, Georg y Dora Benjamin, tres hermanos que tomaron la infancia como tema de interés, formación, actuación y producción teórica. Walter mira a la infancia como perspectiva filosófica para una crítica de la cultura, sensible al accionar y al lenguaje de los niños; Georg, como médico pediatra, médico escolar y diputado, toma a la infancia como una emergencia sanitaria para la formulación de políticas públicas; Dora, a su vez, hace un fuerte análisis sociológico del binomio mujeres y niños atravesado por las relaciones laborales que la industria textil transfería al ámbito doméstico. Estos son solo algunos matices de la multifacetada relación de los hermanos Benjamin con el tema de la infancia. Nacidos en el cambio del siglo XIX al siglo XX, vivieron el oscilar de la política y la economía alemanas, las penurias de la Primera Guerra Mundial y el ascenso y consolidación del nazismo, que los obligó, por su condición intelectual y judía, a desplazamientos forzados, encarcelamiento, enfermedad y muerte. Una parte significativa de la producción de Walter se salvó en la medida en él dejaba sus escritos en bibliotecas o los enviaba en copia a algunos amigos. Georg y Dora, más intensamente ligados al Partido Comunista, no alcanzaron el mismo éxito y la mayor parte de su vasta producción fue destruida en los incendios de libros que anunciaba el nazismo. Esto resulta en un silencio sobre la historia de los hermanos y de su vasta producción intelectual, ahora considerada visionaria, silencio que denuncia la gravedad de las políticas de excepción dedicadas al borrado de la historia. <![CDATA[manifest in movement: on foot, by motorcycle, the children in the Republic Square in São Paulo]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872022000100209&lng=en&nrm=iso&tlng=en resumo este artigo tem como ponto de partida a existência de um projeto pedagógico que se faz cotidianamente com crianças na Praça da República, situada na cidade de São Paulo. Empreendeu-se como metodologia o uso de duas redes sociais, sendo elas, Instagram e WhatsApp, com as quais foi possível consultar imagens e realizar entrevistas e diálogos breves. Tem como objetivos responder a algumas questões: Que cidade se encontra dentro das experiências de crianças a circular com as motocas na Praça? O que podemos depreender dessa prática? O que ocorre e é possível ocorrer com o espaço público ao considerarmos a presença das crianças, e de modo concreto, como no projeto Motoca na Praça, quando elas ocupam os espaços? Há uma produção de espaço, ainda que efêmera, com a presença das crianças? Uma questão, talvez mais simples, é onde está localizada a infância nesta Praça? Historicamente é possível vê-la produzida, presente ou ausente, nas transformações do espaço concebido, mas sobretudo, vivido e percebido, numa acepção do filósofo Henri Lefebvre que será recuperada adiante? Levanta-se como hipótese que com a presença das crianças, desde as/os bebês, de todas elas sem exclusões, teremos uma produção plena dos espaços urbanos.<hr/>abstract This paper had as its starting point the existence of a pedagogical project that is still carried out daily with children riding their bicycles in Praça da República, located in the city of São Paulo. The method employs two internet social networks, Instagram and WhatsApp, with which it is possible to generate images and conduct interviews and brief dialogues. It aims to answer some questions: What city within a city is manifested in the experiences of children riding their bikes in the Republic Square? What can we deduce from this practice what occurs or is possible to occur within a public space when we consider the presence of children, as, for example, in the Motoca na Praça project, when children actually officially occupy the square? Is there a production of space, even if ephemeral, that results from the presence of children? Perhaps a simpler question is, where is childhood located in this square? Historically is it possible to see it produced, present or absent, in the transformations of any given space by the presence of children? We rely on the philosopher Henri Lefebvre’s notion of the production of social space to hypothesize what would follow from the production of urban spaces that were transformed by the presence of children of all ages, from infancy on.<hr/>resumen Este artículo tiene como punto de partida la existencia de un proyecto pedagógico que se realiza cotidianamente con niños en la Praça da República, situada en la ciudad de São Paulo. Se emprendió como metodología el uso de dos redes sociales, siendo ellas, Instagram y WhatsApp, con las que fue posible consultar imágenes y realizar entrevistas y breves diálogos. Su objetivo es responder a algunas preguntas: ¿Qué ciudad se encuentra en las experiencias de los niños que circulan con triciclos en la Plaza? ¿Qué podemos deducir de esta práctica? ¿Qué ocurre y qué es posible que ocurra con el espacio público cuando consideramos la presencia de los niños y niñas, y de manera concreta, como en el proyecto Motoca na Praça [Triciclos en la Plaza], cuando ellos ocupan los espacios? ¿Hay una producción de espacio, aunque sea efímera, con la presencia de niñas y niños? Una pregunta quizás más sencilla sea ¿dónde está localizada la infancia en esta plaza? Históricamente, ¿es posible verla producida, presente o ausente, en las transformaciones del espacio concebido, pero sobre todo, vivido y percibido, en la acepción del filósofo Henri Lefebvre que se recuperará más adelante? La hipótesis es que con la presencia de los niños y niñas, desde los bebés, todos ellos sin exclusión, tendremos una producción plena de los espacios urbanos. <![CDATA[childhood and alterity: experience and creation in the relationship between children and adults]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872022000100210&lng=en&nrm=iso&tlng=en resumo o objetivo desse trabalho é dar visibilidade e refletir sobre as manifestações das crianças na perspectiva da alteridade, confrontando um olhar que, na concepção moderna, tem afirmado a infância na perspectiva da falta e negatividade. Desse modo, as experiências empíricas são destacadas, especialmente, nas relações das autoras com as crianças como pesquisadoras (em uma pesquisa de doutoramento) e como docentes na educação infantil. A pesquisa de doutorado se deu com dois grupos de crianças entre quatro a seis anos de idade, em espaços de educação infantil em dois contextos distintos e desiguais socialmente: um grupo de crianças moradoras em uma favela e outro de classe média/alta. Os registros foram produzidos a partir da interação com as crianças em situações de brincadeira, entrevistas individuais e coletivas, fotografias e trocas de fotografias. Na interlocução com a Filosofia, a Sociologia da Infância e a Geografia da Infância, buscamos refletir sobre como as crianças significam suas experiências e como anunciam novas possibilidades de se relacionar com a cultura escolar. A brincadeira é trazida como experiência que as une como grupo social, independente das condições desiguais que os contextos oferecem, pela qual é possível criar rotas de fuga, transver os limites institucionais, exercer a alteridade e produzir alegria. As expressões de alteridade das crianças ainda podem ser percebidas nas formas genuínas com que exercem suas relações com os espaços e tempos. Assim, os espaços se convertem em lugares e territórios de infância, a partir dos sentidos atribuídos que interrogam os convencionalmente instituídos pelos adultos; o tempo é vivido pelas crianças na perspectiva da experiência e da reiteração, o que confronta o tempo cronológico, linear, das rotinas rígidas e padronizadas. Enfim, olhar a infância a partir da perspectiva da alteridade, nos provoca a pensar e produzir outros modos de relação entre adultos-crianças, para além de uma perspectiva colonizadora e tutelar, mas como abertura e reinvenção.<hr/>abstract The objective of this paper is to make visible and reflect upon the lives and experience of children from the perspective of alterity, Contesting a traditional gaze that understands childhood from the perspective of lack and negativity. The researchers-a doctoral researcher and an early childhood educator- conducted the study with two groups of children aged between four and six years old, in early childhood educational spaces in two distinct and socially unequal contexts: a group of children living in a favela and a middle/upper class group. Data was produced from observing the interactions of children in play situations, and from individual and collective interviews, photographs and photo exchanges. The researchers sought, through the theoretical lenses of philosophy, sociology, and geography of childhood, to reflect on how children signify their experiences and how they announce new possibilities of relating to school culture. Play is identified as an experience that unites them as a social group, regardless of the unequal conditions in which they live, and through which it is possible to create escape routes, transcend institutional limits, exercise otherness, and produce joyful interaction. Through the ways in which they exercise their relationships with with the world through play, spaces become places and territories of childhood, expressing assigned meanings that interrogate those conventionally instituted by adults; and time is lived by children from the perspective of experience and reiteration, which confronts the chronological, linear time of rigid and standardized routines. Finally, looking at childhood from the perspective of alterity provokes us to think and produce other modes of relationship between adults and children, beyond a colonizing and tutelary perspective, as an opening and reinvention.<hr/>resumen El objetivo de este trabajo es dar visibilidad y reflexionar sobre las manifestaciones de niños y niñas desde la perspectiva de la alteridad, enfrentándose a una visión que, en la concepción moderna, ha afirmado la infancia desde la perspectiva de la carencia y la negatividad. De este modo, se destacan, especialmente, las experiencias empíricas en las relaciones de las autoras con los niños y niñas como investigadores (en una investigación doctoral) y como docentes en la educación infantil. La investigación del doctorado se llevó a cabo con dos grupos de niños y niñas de entre cuatro y seis años, en espacios de educación infantil en dos contextos distintos y socialmente desiguales: un grupo de niños y niñas viviendo en una favela y otro de clase media/alta. Los registros se produjeron a partir de la interacción con las niñas y niños en situaciones de juego, entrevistas individuales y colectivas, fotografías e intercambios de fotografías. En la interlocución con la Filosofía, la Sociología de la Infancia y la Geografía de la Infancia, intentamos reflexionar sobre cómo niños y niñas significan sus experiencias y cómo anuncian nuevas posibilidades de relacionarse con la cultura escolar. El juego es traído como experiencia que los une como grupo social, independiente de las condiciones desiguales que ofrecen los contextos, a través de la cual es posible crear rutas de fuga, cruzar los límites institucionales, ejercer la alteridad y producir alegría. Las expresiones de alteridad de niñas y niños además pueden percibirse en las formas genuinas en que ejercen sus relaciones con los espacios y los tiempos. Así, los espacios se convierten en lugares y territorios de infancia, a partir de los significados asignados que cuestionan los convencionalmente establecidos por las y los adultos; el tiempo es vivido por niños y niñas desde la perspectiva de la experiencia y la reiteración, lo que confronta al tiempo cronológico, lineal, de las rutinas rígidas y estandarizadas. Finalmente, mirar la infancia desde la perspectiva de la alteridad, nos provoca a pensar y producir otras formas de relación entre adultos-niños, más allá de una perspectiva colonizadora y tutelar, sino como apertura y reinvención. <![CDATA[the adultocentric practices in public policies aimed at childhood in brazil: clues to approaches to a becoming-erê]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872022000100211&lng=en&nrm=iso&tlng=en resumo Este artigo problematiza práticas de trabalho com crianças, colocando em análise especialmente práticas adultocêntricas e os modos como atravessam as políticas públicas que são destinadas às infâncias no Brasil. Nesse sentido, este estudo se constituiu a partir da realização de uma pesquisa-intervenção baseada no método da cartografia, que possibilitou o acompanhamento das paisagens psicossociais incertas provocadas pela pandemia de Covid-19. Utilizou conceitos-ferramenta da Análise Institucional e da Sociologia da Infância, e teve como intercessores noções e forças da Filosofia Afroperspectivista, como os Ibeji e os Erês. A ferramenta metodológica adotada é a Roda de Conversa, realizada de modo online, que operou como dispositivo grupal de acolhimento e partilha, onde foi possível colocar em análise as práticas adultocêntricas com trabalhadoras de diferentes políticas públicas da saúde, assistência social e educação, direcionadas às infâncias no estado do Espírito Santo. Também foram produzidos diários de campo, retomados no processo de análise. O texto aponta a construção de pistas, que apresentam gestos criançáveis como: complexificar, encruzilhar, vadiar e estranhar. Tais pistas produzem intervenções nos saberes e práticas instituídas no complexo adulto-criança-entorno e caminham na direção de um devir-erê, possível de ser exercitado em qualquer fase da vida, produzindo deslocamentos nos lugares previamente pensados para adultos e crianças.<hr/>resumen Este artículo problematiza prácticas de trabajo con niñas y niños, sometiendo al análisis especialmente las prácticas adultocéntricas y las formas en que atraviesan las políticas públicas dirigidas a las infancias en Brasil. En este sentido, este estudio se constituyó a partir de la realización de una investigación-intervención basada en el método de la cartografía, que posibilitó el seguimiento de los paisajes psicosociales inciertos provocados por la pandemia del Covid-19. Utilizó conceptos-herramienta del Análisis Institucional y de la Sociología de la Infancia, y tuvo como intercesores nociones y fuerzas de la Filosofía Afroperspectivista, como el Ibejí y el Erês. La herramienta metodológica adoptada es la Ronda de Conversación, realizada online, que funcionó como un dispositivo grupal de acogida e intercambio, donde fue posible somenter al análisis las prácticas adultocéntricas con trabajadoras de diferentes políticas públicas de la salud, asistencia social y educación, dirigidas a las infancias en el estado de Espírito Santo. También se elaboraron diarios de campo, que se retomaron en el proceso de análisis. El texto señala la construcción de pistas que presentan gestos infanciales como: complejizar, entrecruzar, vagar y extrañar. Estas pistas producen intervenciones en los saberes y prácticas instituídas en el complejo adulto-niño-entorno y avanzan en la dirección hacia un devenir-Erê, posible de ser ejercido en cualquier etapa de la vida, produciendo desplazamientos en los lugares antes pensados para adultos, adultas, niñas y niños.<hr/>abstract This article problematizes work practices with children, analyzing especially adult-centric practices and the ways in which they characterize public policies aimed at childhood in Brazil. Our study was based on the cartography method, which made it possible to monitor the uncertain psychosocial landscapes caused by the Covid-19 pandemic. It used methodological concepts from Institutional Analysis and the Sociology of Childhood, which intersected with elements of Afroperspectivist philosophy, such as represented among the Ibeji and the Erês. The methodological tool adopted was the Conversation Circle, carried out online, which operated as a group apparatus characterized by welcoming and sharing, where it was possible to gather and analyze data on adult-centric practices among workers from different public agencies in health, social assistance and education, aimed at children in the state of Espírito Santo. Research diaries were also produced, which were referred to in the analytic process. The text identifies several aspects of Erean adult’s views of childhood, and offers insight into the knowledge and practices that contribute to the process of becoming-Erê, a possibility that can be exercised at any stage of life. <![CDATA[tchinguilile: childhoods of ganda. children “from there]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872022000100212&lng=en&nrm=iso&tlng=en resumo Em diferentes lugares do mundo, pesquisadores vêm fortalecendo outra perspectiva de estudar infâncias a partir de um olhar que evidencie as crianças consideradas “periféricas” - distantes do modelo ideal associado aos países da Europa e Estados Unidos. Com a intenção de conhecer as crianças africanas de Angola e por acreditar que a preservação das línguas se mostra importante para manter conhecimentos e tradições das sociedades, esse texto conta sobre um estudo preliminar realizado em um local rico culturalmente e com fortes tradições, apesar de marcado por processos de negação e desvalorização. Segundo Ndombele e Timbane (2020), grande parte das crianças angolanas aprende português aos sete anos, quando ingressa na escola, especialmente nas zonas rurais. Este fato dificulta o processo de alfabetização na língua portuguesa e ainda potencializa o risco de desaparecimento de algumas línguas nativas já que muitas escolas alfabetizam as crianças somente na língua portuguesa. Ao visitarmos uma escola da Ganda, zona rural de Benguela, encontramos um grupo de crianças que, através de suas brincadeiras, mantêm viva a língua umbundu e, com isso, a identidade e cultura de seus antepassados. Assim foi criado, junto com os professores, um jogo de associação de sílabas a partir da música cantada na brincadeira. O jogo teve duas modalidades - na língua umbundu e na língua portuguesa - caracterizadas por ser um instrumento pedagógico bilingue. No momento inicial de oferecimento do jogo para testagem junto as crianças, foi identificado que, ao cantar a cantiga da brincadeira e discutirem sozinhas as possíveis soluções, conseguiram fazer associações corretas das silabas em umbundu, apesar da insegurança inicial dos adultos em relação ao desafio. E, em seguida, fizeram a tradução para a língua portuguesa. Assim, foi criado um recurso junto com os professores que, além de valorizar a língua originária da população, permitiu a utilização de um conhecimento das crianças para a criação de um recurso didático. Além disso, foi possível abranger o conceito de infância e ser criança no mundo atual, descontruindo a ideia de um modelo único e ideal. Falamos de crianças, que trazem hábitos de casa e que nem sempre comungam com o que há no cotidiano escolar. Vale ressaltar que a maioria das escolas no ocidente segue um modelo euro/ocidental, pautado na separação etária das classes estudantis como requisito principal para a garantia da aprendizagem, desvalorizando outras trocas, que ajudam as crianças a aprender.<hr/>abstract Recently, an increasing number of researchers in different parts of the world have been studying childhood from a point of view that highlights children who are considered “peripheral” - far from the ideal model associated with Western countries. We began with the intention of getting to know African children in Angola, informed by the belief that the preservation of languages is important in maintaining social knowledge and traditions. This text describes a preliminary study carried out in a culturally rich location with strong traditions, but which is also marked by processes of cultural denial and devaluation. According to Ndombele and Timbane (2020), most Angolan children learn Portuguese at age seven, when they start school, especially in rural areas. This fact hinders the literacy learning process, and presents the risk of the disappearance of some native languages. Many schools teach children only in Portuguese. When visiting a school in Ganda, a rural area of Benguela, we found a group of children who, primarily through the games they played, keep the Umbundu language alive, and with that the identity and culture of their ancestors. Building on this, these children and their teachers created a syllable association game based on the music sung as they played. The game had two modalities - in the Umbundu language and in the Portuguese language - and functioned as a bilingual pedagogical tool. In the initial moment of offering the game for testing with the children, it was discovered that by singing the song of the game and discussing the possible solutions by themselves, they were able to make correct associations of the syllables in Umbundu, which they then translated into Portuguese. Thus, a resource was created together with the teachers, which, in addition to valuing the native language of the population, allowed the use of children's knowledge to create a didactic resource. In addition, it was possible to encounter the concept of childhood in the current world, deconstructing the idea of a single and ideal model, especially in light of those children who bring habits from home that do not always harmonize with the school routine, and often clash with Euro/Western model, which is based on age separation of classes as a requirement to guarantee learning, and tend to devalue other exchanges that help children learn.<hr/>resumen En diferentes partes del mundo, investigadores e investigadora vienen fortaleciendo otra perspectiva para estudiar las infancias desde una perspectiva que destaca a niños y niñas considerados "periféricos" - alejados del modelo ideal asociado a los países de Europa y Estados Unidos. Con la intención de conocer a los niños y niñas africanos de Angola y con la convicción de que la preservación de las lenguas es importante para mantener los conocimientos y las tradiciones de las sociedades, este texto relata un estudio preliminar realizado en un lugar culturalmente rico y con fuertes tradiciones, pero también marcado por procesos de negación y desvalorización. Según Ndombele y Timbane (2020), gran parte de los niños y niñas angoleños aprenden el portugués a los siete años, cuando ingresan a la escuela, especialmente en las zonas rurales. Este hecho dificulta el proceso de alfabetización en portugués e incluso potencia el riesgo de que desaparezcan algunas lenguas nativas, ya que muchas escuelas enseñan a los niños sólo en portugués. Al visitar una escuela en Ganda, zona rural de Benguela, encontramos un grupo de niños y niñas que, a través de sus juegos, mantienen viva la lengua umbundu, y con ello la identidad y la cultura de sus antepasados. Así fue creado, junto con los profesores, un juego de asociación de sílabas a partir de la música que se canta en el juego. El juego tenía dos modalidades - en la lengua umbundu y en la lengua portuguesa - caracterizándose por ser una herramienta pedagógica bilingüe. En el momento inicial de ofrecer el juego para probarlo con las niñas y niños, se identificó que al cantar la canción del juego y discutir las posibles soluciones por ellos mismos, fueron capaces de hacer asociaciones correctas de las sílabas en umbundu, a pesar de la inseguridad inicial de los adultos en relación al desafío. Y en seguido hicieron la traducción a la lengua portuguesa. De esta manera, se creó un recurso junto con los profesores, recurso que, además de valorar la lengua originaria de la población, permitió utilizar los conocimientos de niños y niñas para crear un recurso didáctico. Además, fue posible abarcar el concepto de infancia y de ser niño en el mundo actual, deconstruyendo la idea de un modelo único e ideal. Hablamos de niños y niñas que traen hábitos desde casa que no siempre coinciden con los de la vida cotidiana en la escuela. Cabe resaltar que la mayoría de las escuelas en Occidente se basa en un modelo euro/occidental, basado en la separación de los alumnos según sus edades como requisito principal para garantizar el aprendizaje, desvalorizando otros intercambios que ayudan a los niños a aprender. <![CDATA[Watching children play: toward the earth in bliss]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-59872022000100301&lng=en&nrm=iso&tlng=en abstract Watching children play is a favorite pastime for many elderlies. However, due to the growing safety concerns, parents have become increasingly resistant to the idea of having strangers watch their children at parks and playgrounds. This creates an intergenerational gap in communication with potentially detrimental consequences for all social groups. Oral interviews were conducted and written surveys distributed that validated the hesitance of seniors, especially in the United States, to spend time at children’s playgrounds despite their finding the vicinity of children stimulating. Behavioral observations were conducted at playgrounds in Irvine, California, to quantify the positive and the negative effects of supervisors’ ages on children’s play and thus indirectly assess whether there could be mutual benefits of making the presence of older people at playgrounds, which is customary in many countries, more culturally acceptable. Observations focused on the behavior of a pair of siblings showed that there was an increased probability of both conflicts and joyful expressions when the children were in the presence of a middle-aged person than when they were watched over by the elderlies. This has suggested that freer expressions stimulated in the presence of parent-like figures simultaneously induce the undesired and the desired behavioral patterns in the form of propensities for conflict and propensities for expressions of joy, respectively. This has confirmed that the observational stance has a critical effect on the observational outcome and that the age of the watchers has an effect on the behavior of children at play, with the age correlating directly with the calmness of the play, but also with a lower degree of exhilaration. To give a genuine account of a scientific study on children’s play, the paper adopts an innovative form, combining rigorous analytics with a poetic triptych that places real-life children characters onto the central stage of the discourse.<hr/>resumen Ver a los niños jugar es el pasatiempo favorito de muchas personas mayores. Sin embargo, debido a la creciente preocupación por la seguridad, los padres se han vuelto cada vez más reticentes a la idea de que extraños observen a sus hijos en los parques y zonas de juego. Esto crea una brecha intergeneracional en la comunicación con consecuencias potencialmente perjudiciales para todos los grupos sociales. Entrevistas orales realizadas y encuestas escritas distribuidas verificaron el titubeo que sienten las personas mayores, especialmente en los Estados Unidos, respecto de pasar tiempo en los parques infantiles a pesar de que encuentran estimulante la proximidad de los niños. Se llevaron a cabo observaciones de comportamiento en parques infantiles de Irvine, California, para cuantificar los efectos positivos y negativos de la edad de los supervisores en el juego de los niños y, de este modo, evaluar indirectamente si podría haber un beneficio mutuo en hacer que la presencia de personas mayores en los parques infantiles, habitual en muchos países, fuera más aceptable culturalmente. Las observaciones centradas en el comportamiento de una pareja de hermanos mostraron que cuando los niños estaban en presencia de una persona de mediana edad hubo una mayor probabilidad tanto de conflictos como de expresiones de alegría que cuando eran vigilados por personas mayores. Esto ha sugerido que las expresiones más libres estimuladas en presencia de figuras semejantes a los padres inducen simultáneamente los patrones de comportamiento no deseados y los deseados en forma de propensión al conflicto y propensión a las expresiones de alegría, respectivamente. Esto ha confirmado que la posición desde la que se observa tiene un efecto crítico sobre el resultado de la observación y que la edad de los observadores tiene un efecto sobre el comportamiento de los niños que juegan, correlacionándose directamente la edad con la tranquilidad del juego, pero también con un menor grado de euforia. Para dar cuenta genuinamente de un estudio científico sobre el jugar de los niños, el artículo adopta una forma innovadora, combinando una analítica rigurosa con un tríptico poético que sitúa a personajes infantiles de la vida real en el escenario central del discurso.<hr/>resumo Ver a los niños jugar es el pasatiempo favorito de muchos personas mayores. Sin embargo, debido a la creciente preocupación por la seguridad, los padres se han vuelto cada vez más reticentes a la idea de que extraños observen a sus hijos en los parques y zonas de juego. Esto crea una brecha intergeneracional en la comunicación con consecuencias potencialmente perjudiciales para todos los grupos sociales. Entrevistas orales realizadas y encuestas escritas distribuidas verificaron el titubeo que sienten las personas mayores, especialmente en los Estados Unidos, respecto de pasar tiempo en los parques infantiles a pesar de que encuentran estimulante la proximidad de los niños. Se llevaron a cabo observaciones de comportamiento en parques infantiles de Irvine, California, para cuantificar los efectos positivos y negativos de la edad de los supervisores en el juego de los niños y, de este modo, evaluar indirectamente si podría haber un beneficio mutuo en hacer que la presencia de personas mayores en los parques infantiles, habitual en muchos países, fuera más aceptable culturalmente. Las observaciones centradas en el comportamiento de una pareja de hermanos mostraron que cuando los niños estaban en presencia de una persona de mediana edad hubo una mayor probabilidad tanto de conflictos como de expresiones de alegría que cuando eran vigilados por personas mayores. Esto ha sugerido que las expresiones más libres estimuladas en presencia de figuras semejantes a los padres inducen simultáneamente los patrones de comportamiento no deseados y los deseados en forma de propensión al conflicto y propensión a las expresiones de alegría, respectivamente. Esto ha confirmado que la posición desde la que se observa tiene un efecto crítico sobre el resultado de la observación y que la edad de los observadores tiene un efecto sobre el comportamiento de los niños que juegan, correlacionándose directamente la edad con la tranquilidad del juego, pero también con un menor grado de euforia. Para dar cuenta genuinamente de un estudio científico sobre el jugar de los niños, el artículo adopta una forma innovadora, combinando una analítica rigurosa con un tríptico poético que sitúa a personajes infantiles de la vida real en el escenario central del discurso.