Scielo RSS <![CDATA[Conjectura: Filosofia e Educação]]> http://educa.fcc.org.br/rss.php?pid=2178-461220200001&lang=en vol. 25 num. lang. en <![CDATA[SciELO Logo]]> http://educa.fcc.org.br/img/en/fbpelogp.gif http://educa.fcc.org.br <![CDATA[Michel Foucault’s archaeological thinking on materiality and referential]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-46122020000100100&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo Este texto reflete sobre o modo como Foucault aborda as noções de materialidade e referencial em seu livro A arqueologia do Saber (FOUCAULT, 2012). De modo mais específico, procuram-se identificar séries de signos, isto é, frases ou palavras escritas e registradas na referida obra sobre materialidade e referencial, a fim de conhecer o entendimento de Foucault sobre elas. Do ponto de vista teórico-metodológico, opera-se em uma perspectiva analíticoargumentativa que objetiva percorrer, no terreno da linguagem, o conjunto de coisas ditas por Michel Foucault sobre as noções de materialidade e referencial à luz da abordagem arqueológica do discurso, proposta pelo próprio autor em A arqueologia do saber. Vale salientar que a busca pela identificação das séries de signos não visa a explorar o sistema de significação dos significantes, mas em compreender como elas podem assumir, no discurso, a condição de enunciado. Assim, um procedimento preliminar, amparado na abordagem arqueológica, consiste em percorrer a diversidade documental (fonte de investigação), haja vista identificar as séries de signos que funcionam, no discurso investigado, em um modo particular de existência, isto é, na condição de enunciados. Orientando-se por esses pressupostos, fez-se o mapeamento dos conceitos de materialidade e referencial no livro A arqueologia do saber; em seguida, a explicitação e análise do modo como Foucault os compreende. Do estudo realizado, conclui-se que a análise discursiva, na perspectiva arqueológica, não está sujeita ao mesmo regime sígnico, materializado na relação entre os pares significante-significado, frase-sentido, proposição-referente; antes, liga-se a um referencial constituído pelo conjunto de relações enunciativas, tecidas a partir das condições de possibilidade e de regras próprias de utilização: relações entre enunciados, temas, posições de sujeito e materialidades distintas. Tais relações estão sujeitas a um regime de materialidade repetível, que permite reiterar-se em sua identidade, apesar das diferenças de enunciação, ou se distinguir, mesmo que sob a existência de expressões semânticas, gramaticais ou formais idênticas.<hr/>Abstract This text reflects on the way Foucault approaches the notions of materiality and referential in his book The Archeology of Knowledge (FOUCAULT, 2012). More specifically, we seek to identify series of signs, that is, sentences or words written and recorded in the referred work on materiality and referential, in order to know Foucault´s understanding of them. From the theoretical-methodological point of view, it operates in an analyticalargumentative perspective that aims to walk, in the field of language, the set of things said by Michael Foucault about the notions of materiality and referential in light of archaeological approach to discourse proposed by the author himself in the Archeology of Knowledge. It is noteworthy that the search for the identification of series of signs is not intended to explore the system of signification of signifiers, but to understand how they can assume, in discourse, the condition of utterance. Thus, a preliminary procedure supported by the archaeological approach is to go through the documentary diversity (source investigation), in order to identify the series of signs that work, in the investigated discourse, in a particular mode of existence, that is, in the condition of utterances. Guiding by these assumptions, the concepts of materiality and referential were mapped in the book The archeology of knowledge; then the explanation and analysis of the way Foucault understands them. From the study, it is concluded that, discursive analysis in the archaeological perspective, is not subject to the same sign regime, materialized in the relationship between the signifier-meaning, phrase-sense, proposition-referent pairs; Rather, it is linked to a framework constituted by the set of enunciative relations, woven from the conditions of possibility and proper rules of use: relations between utterances, themes, subject positions and distinct materialities. Such relations are subject to a regime of repeatable materiality, which allows one to reiterate one´s identity, despite differences in enunciation, or to distinguish oneself, even under the existence of identical semantic, grammatical or formal expressions. <![CDATA[Between two nihilisms: an acrobatic art to repotinalize the invention in research on childhood]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-46122020000100101&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo As muitas verdades sobre a infância de nosso tempo, das mais catedráticas às mais inovadoras, encontram-se compiladas em livros e artigos dentro e fora de nossas bibliotecas. Grosso modo, elas constroem dois tipos de niilismo: um niilismo de tipo universalista, que suga a criança para fora da imanência da vida e da histórica e a torna refém de estereótipos universais. Outro niilismo de tipo relativista, que esquece a criança e apenas acusa os estudos da infância como mera invenção. Evitar esses extremos requer uma espécie de arte acrobática de se equilibrar na possibilidade de um entre. Essa via busca retomar a imanência histórica da criança (“ida aos porões”, “suspensão das certezas”, “pesquisar com...”, “verdade-acontecimento”, “objetivação e subjetivação”, “atitude crítica”). Trata-se de uma pesquisa em busca da (re)potencialização da ideia de invenção (da infância) cuja atitude crítica implique não a pergunta pelo governo certo ou pela ausência de governo da infância, mas como não a governar assim, por essas pessoas, em nome desses princípios, em vista de tais objetivos e por meio de tais procedimentos.<hr/>Abstract The many truths about childhood in our time, from the most academic to the most “innovative”, are compiled in books and articles inside and outside our libraries. Broadly, they construct two types of nihilism. A nihilism, of a universalist type, which sucks the child out of the immanence of life and history and makes it hostage to universal stereotypes. Another nihilism, of the relativistic type, which forgets the child and only accuses the studies of childhood as a mere invention. Avoiding these extremes requires a kind of acrobatic art of to be in balance on the possibility of a “between”. This kind of art seeks to retake the historical immanence of the child (“going down to the basements”, “suspension of certainties”, “research with…”, “truth-happening”, “ojectification and subjectivation”, “critical attitude”). This is about a research looking for (re)potentialization of the idea of invention (of childhood) whose critical attitude implied not the question by the right government or the absence of childhood government, but how not to govern thus, by these people, in the name of these principles, in view of such objectives and by means of such procedures. <![CDATA[Os usos da biopolítica em Esposito e Agamben: tensionando a (agro)ecopedagogia]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-46122020000100102&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo O presente trabalho trata dos usos que destacados filósofos italianos têm dado à noção de biopolítica. O estudo é a continuação do diálogo transdisciplinar entre a Filosofia da Educação e a Agroecologia. Parte da pesquisa de doutorado na área de Educação, em que se analisaram as práticas pedagógicas da agroecologia, que denominamos como agroecopedagogia. Utilizando a ferramenta arqueogenealógica, a pesquisa indagou as relações de poder veiculadas em ditas práticas. Aqui apresentamos parte dessa discussão, incorporando, também, a chamada ecopedagogia. Como se sabe, a biopolítica é uma noção antiga atualizada pelos trabalhos do pensador francês Michel Foucault, a qual abriu uma série de importantes debates no pensamento crítico, especialmente, em questões relacionadas a um suposto progresso da humanidade atrelado à relação saber-poder. Neste artigo, descrevemos como dois de seus comentadores mais importantes interpelaram a releitura da biopolítica por parte do filósofo do poder; assim, criamos tensões às pedagogias que têm como fundamento o saber ecológico. Inicialmente, abordamos a duplicidade da biopolítica, presente no livro Bíos, Biopolítica y filosofia, de Roberto Esposito, articulada como a política da vida e a política sobre a vida; dessa abordagem por parte do professor italiano surgem duas noções-chave para tensionar a (agro)ecopedagogia: comunitas/immunitas. Seguidamente, introduzimos a discussão apresentada pelo também italiano, Giorgio Agamben, a partir de duas de suas obras mais comentadas no campo da Filosofia da Educação: Estado de exceção e Homo Sacer: o poder soberano e a vida nua. A nosso ver, os comentários de Agamben oferecem uma radical discussão em torno da diferença e da democracia, que nos parece levar a um nível de tensão insuspeitado o discurso agroecológico e a Educação Ambiental em seu princípio crítico vinculado a um desejo de emancipação, libertação e transformação, de tal forma que essa radical discussão se torna de importância vital não só à própria coerência das práticas supracitadas, mas de forma geral, para um mundo por vir delimitado cada vez mais pelo biopoder.<hr/>Resumen El presente trabajo trata de los usos que destacados filósofos italianos han dado a la noción de biopolítica. El estudio es a continuación del diálogo transdisciplinar entre la Filosofía de la Educación y la agroecología. Es parte de la investigación de doctorado en la área de educación, donde analizamos las prácticas pedagógicas de la agroecología, las cuales denominamos como agroecopedagogía. Utilizando la herramienta arqueogenalógica, la investigación indagó por las relaciones de poder vehiculadas en dichas prácticas. Aquí presentamos parte de esa discusión, incorporando también la llamada ecopedagogía. Como se sabe, la biopolítica es una noción antigua actualizada por los trabajos del pensador francés Michel Foucault el cual abrió una serie de importantes debates en el pensamiento crítico, especialmente, en cuestiones relacionadas a un supuesto progreso de la humanidad ligado a la relación saberpoder. En este artículo describimos cómo dos de sus comentaristas más importantes interpelaron la relectura de la biopolítica por parte del filósofo del poder, así creamos tensiones para las pedagogías que tienen como fundamento el saber ecológico. Inicialmente, abordamos la duplicidad de la biopolítica, presente en el libro Bíos, Biopolítica y Filosofía, de Roberto Esposito, articulada como la política de la vida y la política sobre la vida; de este enfoque por parte del profesor italiano surgen dos nociones clave para tensar la (agro)ecopedagogía: comunitas/inmunitarias. Posteriormente, introducimos la discusión presentada por el también italiano Giorgio Agamben a partir de dos de sus obras más comentadas en el campo de la Filosofía de la Educación: Estado de excepción y Homo Sacer: el poder soberano y la vida desnuda. En nuestra opinión, los comentarios de Agamben ofrecen una radical discusión en torno a la diferencia y la democracia, lo que nos parece llevar a un nivel de tensión insospechado el discurso agroecológico y la Educación Ambiental en su principio crítico vinculado a un deseo de emancipación, liberación y transformación; de tal forma que esta radical discusión se torna de una importancia vital no solo para la propia coherencia de las prácticas citadas, sino de forma general, para un mundo por-venir delimitado cada vez más por el biopoder. <![CDATA[About a possible discovery context of heuristics intuition: an interpretation of The Structure of Scientific Revolutions by Thomas Kuhn]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-46122020000100103&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo Na análise do desenvolvimento da história e filosofia das ciências, deparamo-nos com uma questão: Haveria um contexto favorável à possível emergência de uma intuição ou a mesma seria completamente desprovida de qualquer espaço que pudesse fomentá-la? Deixando de lado antigas teorias que defendiam a intuição ser proveniente dos deuses, ou outras que não exploravam espaços pelos quais ela pudesse ser favorecida, defendemos, com Kuhn (2009), uma possível vinculação a ela favorecedora. Trata-se de uma conjuntura de fatores apresentados como elementos centrais da passagem da ciência normal para a ciência revolucionária. A problematização, a criticidade, o experimento mental e o pensar filosófico são alguns fatores que não garantem um caminho rigorosamente lógico ao alcance da intuição. Embora não hajam passos predeterminados para o alcance duma intuição, não podemos ignorar aquelas vias indiretas que possam fomentá-la a partir de um possível contexto filosófico de descoberta.<hr/>Abstract In the development analysis of history and philosophy of science, we are faced with a question: would there be a favorable context for the possible emergence of intuition or would it be completely devoid of chances of being promoted? Leaving aside old theories which defended intuition came from gods, or others that did not leave room to favor it, we join Kuhn (2009) in the defense of a possible link to it. It is a conjuncture of factors presented as central elements in the transition from normal to revolutionary science. The problematics, criticality, the thought experiment and philosophical thinking are some factors that do not guarantee a strictly logical way to reach intuition. Although there are no pre-determined steps for reaching intuition, we cannot ignore indirect ways that can foster it. <![CDATA[The concept of substance in Metaphysics and Categories of Aristotle]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-46122020000100104&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo Procurar analisar um conceito como o de substância é, por si mesmo, entrar no coração da metafísica. Quando esse conceito se situa no Corpus aristotelicum, a tarefa ganha outra dimensão, pois implica uma leitura conjunta de suas obras principais, a saber: Categorias e Metafísica. Tal leitura conjunta levanta, desde logo, vários problemas: a autenticidade, a articulação entre seus próprios livros e, sobretudo, a questão fundamental: se é possível fazer uma tal leitura. O propósito do nosso ensaio é executar tal tarefa, levando-nos a efetuar uma desmontagem necessária e decisiva do conceito. A terminar, perceberemos como partir dessa análise e o significado de substância abriria para um modelo que persistiria durante séculos.<hr/>Abstract Analyzea concept like Substance is, by it self, get into the heart of metaphysics.When this conceptliesin the corpus aristotelicum, the taskgains another dimensionbecause it impliesa combined readingofhis major works, namely: Categories and Metaphysics. This combined readingraises immediately many problems: the authenticity of the works, the articulation between oftheir own books, and above all, the fundamental question: if it is possible to makesuch areading. The purpose ofthis study is todo it, leading us toa necessaryand decisivedisassembly of the concept in such problematic contexts. Finally, as we realize from this analysisit can be seen that the meaning ofsubstancewould open for a model that would persist for centuries. <![CDATA[Genesis of the art complex: a study based on lukacsian aesthetics]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-46122020000100105&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo Este artigo tem como objetivo apresentar como se estabelecem os estudos do filósofo húngaro Georg Lukács sobre a origem do complexo da arte a partir das formas abstratas do reflexo estético da realidade, a saber: ritmo, simetria e proporção e ornamentística. Tais categorias configuram-se, conforme os estudos de Lukács, em princípios; em elementos estruturais da produção artística, os quais são diversos, orientados por funções as mais variadas e já bastante evoluídas e que, de forma excepcional, no caso da ornamentística, mantiveram sua independência, ainda que não tenham garantido o mesmo grau de importância de tempos remotos. Trata-se de um estudo teóricobibliográfico, apoiado em uma base onto-histórica. O filósofo húngaro considera a dificuldade de revelar a procedência do complexo da arte. Atentamos ao método, considerando que devemos partir do já esteticamente formado, procedendo a tempos remotos, numa relação dialética. Podemos, então, nos aproximar da origem quando entendemos o mais desenvolvido. Nossas considerações vão ao encontro da compreensão de que qualquer nível de atividade humana deve implicar o trabalho como categoria fundante, na relação de transformação da natureza e do próprio homem. A arte, portanto, tem sua gênese no trabalho e, como complexo tardio no mundo dos homens, tem seu desprendimento do solo cotidiano, alcançando um processo de autoconsciência humana. Nesse sentido, a relevância do estudo consiste em contribuir com o projeto coletivo para o entendimento do papel da atividade criadora-receptora no aprimoramento dos sentidos, abrindo possibilidades de elevadas expressões no processo de humanização, com vistas à superação da sociabilidade regida pelo capital.<hr/>Abstract This article aims to present how had been established the studies of the Hungarian philosopher Georg Lukács about the origin of the art complex from the abstract forms of the aesthetic reflection of reality, namely: rhythm, symmetry and proportion and ornamentation. These categories, according to Lukacs’ studies, are based on principles; in structural elements of artistic production, which are diverse, guided by functions that are the most varied and already quite developed, and which, in an exceptional way, in the case of ornamentation, have maintained their independence, even if they have not guaranteed the same degree of importance of remote times. This is a theoreticalbibliographic study, supported on an onto-historical basis. The Hungarian philosopher considers the difficulty of revealing the provenance of the art complex. We take into account the method, considering that we must start from the already aesthetically formed, proceeding to remote times, in a dialectical relation. We can, then, get close to the origin when we understand the most developed. Our considerations reach the understanding that any level of human activity must imply labor as founding category, in the relation of transformation of nature and of man himself. Art, therefore, has its genesis at labor and, as a late complex in the world of men, has its detachment from the everyday soil, reaching a process of human self-consciousness. In this sense, the relevance of the study is to contribute to the collective project towards the understanding of the role of creative-receptor activity in the improvement of the senses, opening possibilities for high expressions in the process of humanization, seeking to overcome the sociability maneged by capital. <![CDATA[Superintelligenze digitali]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-46122020000100106&lng=en&nrm=iso&tlng=en Sommario Lo sviluppo di tecnologie legate all’intelligenza artificiale ha portato grandi cambiamenti nella nostra vita, e ancora più ne prospetta nei prossimi anni. C’è tuttavia un aspetto su cui alcuni studiosi hanno cominciato a metterci in guardia da qualche tempo, e riguarda la possibilità che i sistemi basati sull’intelligenza artificiale divengano un giorno più intelligenti di noi, acquisendo anche una loro autonomia di scelta e di decisione. Da quel momento in poi essi potrebbero sfuggire al nostro controllo e agire in modo da danneggiarci. In questo scritto vengono prese in esame le tesi di Nick Bostrom, considerato da più parti una delle massime autorità in questo specifico campo. Le argomentazioni presentate da Bostrom sono numerose e ben dettagliate; tuttavia, al loro interno si cercherebbero invano autentici fondamenti teorici ed empirici per le fantastiche capacità delle superintelligenze che vengono prospettate, come pure per i pericoli che esse potrebbero rappresentare per l’uomo. Si direbbe piuttosto che tali tesi siano state costruite semplicemente trasponendo le caratteristiche cognitive degli esseri umani al campo dell’intelligenza artificiale, dando per scontato che non esistano differenze di rilievo tra i due domini. La concezione che si coltiva dell’intelligenza artificiale ha delle notevoli ricadute su come ci rappresentiamo i vari aspetti della società futura: essa riguarda soprattutto i cambiamenti che interesseranno il mondo del lavoro, il posto occupato dalle macchine intelligenti nella nostra vita, ma anche il tipo di istruzione da impartire alle giovani generazioni. Per questo è necessario riflettere a lungo e con attenzione prima di diffondere idee che potrebbero rivelarsi profondamente errate.<hr/>Resumo O desenvolvimento de tecnologias ligadas à inteligência artificial trouxe grandes mudanças na nossa vida e prospecta muitos mais nos próximos anos. Há, entretanto, um aspecto sobre o qual alguns estudiosos começaram há algum tempo a nos alertar. Refere-se à possibilidade que os sistemas baseados na inteligência artificial se tornem, um dia, mais inteligentes do que nós, adquirindo também uma autonomia de escolha e de decisão. A partir daquele momento eles poderiam fugir do nosso controle e agir de modo a nos prejudicar. Neste texto são analisadas as teses de Nick Bostrom, considerado por diversos uma das maiores autoridades neste campo específico. Os argumentos apresentados por Bostrom são numerosos e bem detalhados; todavia, no seu interior se buscaria em vão autênticos fundamentos teóricos e empíricos para as fantásticas capacidades das superinteligências que são prospectadas, como também para os perigos que elas poderiam representar para o homem. Diria-se, entretanto, que tais teses foram construídas simplesmente transpondo as características cognitivas dos seres humanos para o campo da inteligência artificial, dando por certo que não existam diferenças relevantes entre os dois domínios. A concepção que se cultiva da inteligência artificial tem consideráveis retornos sobre como nos representamos os vários aspectos da sociedade futura: ela se refere sobretudo às mudanças que interessarão ao mundo do trabalho, ao lugar ocupado pelas máquinas inteligentes na nossa vida, mas também ao tipo de instrução a dar às jovens gerações. Por isso é necessário refletir profundamente e atenciosamente antes de difundir ideias que poderiam se revelar profundamente erradas.<hr/>Abstract The development of technologies related to artificial intelligence has brought about great changes in our lives, and it promises even more in the coming years. There is, however, one aspect on which some scientists and philosophers have begun to warn us for some time now. It concerns the possibility that one day the systems based on artificial intelligence will become more intelligent than us, also acquiring their own autonomy of choice and decision. From then on, they may escape our control and act in a way to damage us. This paper examines the theses of Nick Bostrom, considered one of the highest authorities in this field. Bostrom’s arguments are numerous and well detailed; however, within them one would search in vain for authentic theoretical and empirical foundations for the fantastic abilities of a superintelligences that he proposes us, as well as for the dangers that they could represent for men. It would seem that these theses are constructed simply by transposing the cognitive characteristics of human beings to the field of artificial intelligence, assuming that there are no differences between the two domains. The conception we cultive of artificial intelligence has considerable repercussions on the way we represent the various aspects of the future society: The cultivated conception of artificial intelligence has considerable repercussions on how we represent the various aspects of the future society: it concerns above all the changes that will affect the world of work, the place occupied by intelligent machines in our lives, but also the type of education to be given to the younger generations. For this reason it is necessary to think long and carefully before spreading ideas that could be profoundly wrong. <![CDATA[Disciplinary and control devices in teacher training]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-46122020000100107&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo A formação docente pode ser analisada sob várias perspectivas. Neste artigo procura-se enfocar a formação docente como um instrumento político de manipulação e de controle das racionalidades e subjetividades dos sujeitos em formação. Procura-se entender essa dominação sobre os alunos. Trata-se de um exercício estratégico de biopoder exercido por uma governamentalidade dominante. Esse papel da formação parece ser um dos principais elementos motivadores das licenciaturas e da formação continuada de docentes no Brasil. A mobilização das racionalidades e subjetividades esperada pela governamentalidade gera estratificações nas relações entre os atores envolvidos com Educação, criando grupos definidos de cooperação e rompimentos entre os sujeitos. A formação, como um espaço de manifestação dos dispositivos disciplinares e de poder é identificada nas ações de formação docente e corresponde à estratificação e à manutenção do biopoder de controle das racionalidades e das subjetividades do indivíduo. O objetivo deste trabalho é analisar as condições de existência do poder exercido sobre a formação docente. Busca-se reconhecer três formas estratégicas através das quais esses dispositivos de disciplinamento são exercidos. A primeira se dá em relação ao posicionamento dos formadores e formandos em questões étnicas, sociais e religiosas que estabelecem padrões éticos e morais aceitáveis pela governamentalidade. A segunda, pelas formas de dominação exercidas na formação docente que tendem a separar os indivíduos de seus produtos intelectuais e subjetividades. A terceira, pelas formas de sujeição praticadas em relação ao indivíduo mobilizadas externamente pelas instituições ou internamente pelo próprio indivíduo, submetido a processo formativo, assegurando sua submissão ao biopoder dominante.<hr/>Abstract Teacher formation can be analyzed from various perspectives. In this article we aim to focus teacher formation as a political instrument of manipulation and control of the rationalities and subjectivities of the subjects in formation. It seeks to understand this domination over its students. It is a strategic exercise of biopower exerted by a dominant government. This training role seems to be one of the main motivating factors for graduation and continuing teacher training in Brazil. The mobilization of the rationalities and subjectivities expected by governmentality generates stratifications in the relations between the actors involved with education, creating definite groups of cooperation and disruptions between the subjects. Training as a space for manifestation of disciplinary devices and power are identified in teacher training actions and correspond to the stratification and maintenance of biopower to control the individual’s rationalities and subjectivities. The goal of this study is to analyze the conditions of the existence of the power exerted over the teacher training. It seeks to recognize three strategic ways through which these disciplines devices are exerted. The first happens in relation to the positioning of trainers and trainees in ethnic, social and religious issues that establish ethical and moral standards acceptable to governmentality. The second, by the forms of domination exerted in the teaching formations that tend to separate individuals from their intellectual products and subjectivities. The third, by the forms of subjection practiced in relation to the individual mobilized externally by the institutions or internally by the individual himself submitted to the training process, ensuring his submission to the dominant biopower. <![CDATA[We are all philosophers: problematizing the preconcept and the conception of philosophy]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-46122020000100108&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo O objetivo desse texto é apresentar uma reflexão sobre a filosofia enquanto práxis humana, na perspectiva da superação do preconceito de que a filosofia é uma atividade do pensamento, deslocada da vida e de suas relações com o contexto social, partindo do pressuposto de que a filosofia é uma reflexão, um conhecimento crítico da realidade. O foco de nossa reflexão destaca a pergunta filosófica como instrumento mobilizador da formação da consciência crítica do sujeito, como processo de criação e superação do preconceito de que a filosofia é uma atividade para alguns iluminados.<hr/>Abstract The main purpose of this text is to present some reflections about philosophy as human praxis with the perspective of overcoming the prejudice that philosophy is an activity of the separete thought of life and from its relations with the social context. Starting from the assumption that philosophy is a reflection, a critical knowledge of reality. The focus of our reflection highlights the philosophical question as a mobilizing instrument for the formation of critical awareness of the subject as a process of creation and overcoming the prejudice that philosophy is an activity only for some enlightened. <![CDATA[Experience as phenomenon: the need for a new language in education in Jorge Larrosa]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-46122020000100109&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo O estudo consiste na discussão da perspectiva larrosiana do conceito de experiência, a partir do livro Tremores. Partiu da pergunta: O conceito de experiência como acontecimento fundamenta a necessidade de uma nova língua educacional? O método tratou de pesquisa bibliográfica que teve o início na revisão de literatura sobre o tema, análise sistemática do livro Tremores, da mesma forma que problematização em torno do conceito de acontecimento em Martin Heidegger e de experiência em Walter Benjamin. Como resultado, o conceito de experiência se expressa como raridade e deve ser pensado como acontecimento capaz de trazer novos sentidos. Para Larrosa, pensar novos sentidos é pensar novas realidades, tendo como base os sentidos gerados pelos mecanismos de subjetivação que existem em cada indivíduo. Sendo o sentido individual e subjetivo, é responsável por mostrar a cada indivíduo uma forma de experiência. Assim, a aposta diz respeito à necessidade de se repensar as linguagens, das quais emergem o mundo de cada indivíduo, e, além disso, de pensar a pedagogia como transformadora do que já existe por meio da linguagem. A linguagem possibilita a compreensão de si e do outro, em uma realidade abstrata que se perdeu das palavras e se distanciou da verdadeira experiência e do mundo real, enquanto acontecimento. Por derradeiro, o estudo demonstrou a necessidade de uma nova língua para a educação em Jorge Larrosa, como necessidade de fortalecimento da potência que habita entre aqueles que escutam e aqueles que falam, dos que não desejam colocar fim à identidade do sujeito, destruí-la, mas dar possibilidades para que a identidade se abra a novas significações, a fim de construir o acontecimento, a abertura e o conhecimento.<hr/>Abstract The study consisted in a discussion of the concept of experience from the Larrosian perspective, based on the book Tremores. It originated from the question: Does the concept of experience as phenomenon provide grounds to the need for a new educational language? The method consisted of a bibliographic research initiated from the review of the literature on the topic, systematic analysis of the book Tremores, and study of the concepts of phenomenon in Martin Heidegger and experience in Walter Benjamin. As result, the concept of experience is expressed as a rarity and should be pondered as a phenomenon capable of creating new meaning. For Larrosa, pondering on new senses is the same as pondering on new realities, having as base the senses generated by mechanisms of subjectivation existing in each individual. Being the senses individual and subjective, they are responsible for showing a form of experience to each individual. Therefore, the matter refers to the need to rethink the languages from which emerge the world of each individual, and beyond that, to ponder pedagogy as transforming what already exists through language. Language makes possible understanding oneself and others in an abstract reality that has departed from words and has distanced itself from true experiences and in a real world understood as phenomenon. Lastly, the study has evidenced the need of a new language for education in Jorge Larrosa’s work as a need to strengthen the potency existing within those who listen and those who speak, those who do not wish to put an end to the subject’s identity, to destroy it, but wish to provide other possibilities so this identity be open to new meanings as to build the phenomenon, the opening itself and the knowledge. <![CDATA[Die to survive: the virus that we are]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-46122020000100110&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo Este artigo, de caráter ensaístico, não se furta a pensar o fenômeno de maior proeminência no momento em que fora escrito, a pandemia desencadeada pelo Covid-19. Partindo literalmente da premissa foucaultiana, segundo a qual a filosofia deve ter como alvo o tempo presente, e abalizado por reflexões recentes de filósofos contemporâneos influenciados por Foucault, como Paul B. Preciado e Roberto Esposito, defendo a hipótese de que o vírus carrega em si, como um espelho, tudo o que ainda não conseguimos deixar de ser. Com efeito, a abordagem aqui adotada lança mão da estratégia, já recorrente na filosofia contemporânea, de ampliar a noção de “vírus” como metáfora pertinente para os mais diversos fenômenos societários. Após introduzir o que está em jogo neste contingente virótico e global, decomponho a reflexão em quatro partes: (1) enquadramento – de uma atmosfera previamente carregada de certos hábitos de exceção e anticorpos fronteiriços; (2) estranhamento – como princípio da imunização e da redistribuição da vulnerabilidade; (3) confinamento – como disciplina assimétrica de sobrevivência e autossacrifício; (4) desaparecimento – como horizonte ontológico de uma existência inerte que nos espelha. O que me interessa aqui é, mais do que delinear uma interpretação filosófica da pandemia, indiciar a lógica insuspeita e virulenta que há décadas nos cerceia enquanto corpos e anticorpos descartáveis. Concluo, à guisa do diagnóstico de Paul B. Preciado, segundo o qual o vírus atua “à nossa imagem e semelhança”, que o fenômeno pandêmico implica o recrudescimento do paradoxo neoliberal segundo o qual, para “sobrevivermos”, devemos sacrificar a nós mesmos.<hr/>Abstract This paper, with an essayistic approach, does not shy away from thinking about the most prominent phenomenon at the time it was written, the pandemic triggered by Covid-19. Literally based on the Foucaultian premise that philosophy should target the present time, and supported by recent reflections by contemporary philosophers influenced by Foucault, such as Paul B. Preciado and Roberto Esposito, I defend the hypothesis that the virus carries itself, like a mirror, many things that we still are. Therefore, the adopted approach makes use of the strategy, already recurrent in contemporary philosophy, that expands the notion of “virus” as a relevant metaphor for the most diverse societal phenomena. After introducing what is at stake in this viral and global contingent, I divide the argument into four parts: (1) the framing – of an atmosphere previously charged with certain exceptional habits and borderline antibodies; (2) the estrangement – as a principle of immunization and the redistribution of vulnerability; (3) the confinement – as an asymmetric discipline of survival and self-sacrifice; (4) the disappearance – as an ontological horizon of an inert existence that mirrors us. What interests me here is, more than proposing another philosophical interpretation of the pandemic, to underline the unsuspected and virulent logic that for decades has restricted us as disposable bodies and antibodies. In conclusion, increasing the diagnosis of Paul B. Preciado that the virus acts “in our image and likeness”, I affirm that the pandemic phenomenon implies the intensification of the neoliberal paradox according to which, in order to “survive”, we must sacrifice ourselves. <![CDATA[Supervised stage in Children Education: challenges and contributions to initial teacher training]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-46122020000100111&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo O artigo objetiva refletir acerca dos embates vivenciados pelos acadêmicos do curso de Pedagogia, durante o momento de Estágio Supervisionado na Educação Infantil, buscando identificar a contribuição desta disciplina no curso de Pedagogia para a formação dos futuros profissionais. Para isso, partimos da importância do estágio supervisionado na formação inicial de professores e sustentamos a reflexão a partir da análise documental do plano de ensino da disciplina e de dezenove relatórios de estágio, no contexto de uma instituição pública de Ensino Superior. As análises estão respaldadas em autores como Kishimoto (2001, 2011), Pimenta (2002; 2006), dentre outros que contribuem para pensarmos a relevância do estágio, como elemento formador. Dadas as necessidades e o franco desenvolvimento vivido pelas crianças na faixa etária da Educação Infantil, torna-se necessária uma formação inicial consistente em que os futuros docentes sejam capacitados a trabalhar fomentando nas crianças habilidades sociais, intelectuais, físicas e afetivas. Os dados evidenciaram um distanciamento entre o contexto estudado na universidade e o cotidiano nas instituições de Educação Infantil, condição que torna menos qualificada a experiência do estágio supervisionado, mas não reduz sua importância como momento de reflexão e aproximação com o campo de trabalho. Embora exista uma relação entre o plano de ensino da disciplina e os relatórios analisados, ainda persiste uma grande distância entre a formação oferecida no âmbito acadêmico e a prática das instituições. Isso, ao contrário de oferecer um descrédito à formação, demonstra uma necessidade de melhor preparo e espaço para as discussões acerca da Educação Infantil, nos cursos de formação de docentes.<hr/>Abstract The article aims to reflect on the struggles experienced by the Pedagogy students during the Supervised Internship in Early Childhood Education, seeking to identify the contribution of this discipline in the course of Pedagogy for the training of future professionals. In order to do this, we start from the importance of the supervised internship in the initial formation of teachers and we sustain the reflection from the documentary analysis of the teaching plan of the discipline and of nineteen internship reports, in the context of a public institution of higher education. The analysis is supported by authors such as Kishimoto (2001; 2011), Pimenta (2002; 2006), among others that contribute to the relevance of the stage as a formative element. Given the needs and the frank development of children in the Early Childhood age group, it is necessary to have an initial formation in which future teachers are trained to work by fostering children’s social, intellectual, physical and affective skills. The data showed a distancing between the context studied in the university and the daily life in the institutions of Early Childhood Education, a condition that makes the experience of the supervised stage less qualified, but does not reduce its importance as a moment of reflection and approximation with the field of work. Although there is a relation between the teaching plan of the discipline and the analyzed reports, a great distance still exists between the offered training in the academic scope and the practice of the institutions. This, in contrast to providing a discredit to training, demonstrates a need for better preparation and space for discussions about Early Childhood Education in teacher training courses. <![CDATA[Other spaces in the schools – heterotopias]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-46122020000100112&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo Este ensaio tem por objetivo pensar a escola como espaço vivo, produtor de heterotopias, conceito abordado por Foucault (2000, 2001, 2013). As heterotopias, na perspectiva de Foucault (2013), são espaços outros que convivem no espaço instituído, nos espaços de invenção que não podem ser controlados, justamente por não estarem previstos. Foram primeiramente pensadas como um efeito de linguagem, conforme encontramos no prefácio de As palavras e as coisas, obra publicada em 1966. O conceito é retomado em suas conferências radiofônicas (1966 e 1967), publicadas em 1984 com o título Des espaces autres, e ainda postumamente, em 2009, no livro O corpo utópico, heterotopias. A partir dessa noção, a escrita que aqui se apresenta é um convite a pensar a escola como um lugar heterotópico. Um espaço do fora no espaço do dentro. Um entrelugares, povoado de encontros e potências ativados, capazes de inventar espaços outros no próprio espaço do instituído pela força do que nos leva a pensar e a perceber o mundo de outros modos, com outras lentes. Trata-se, assim, de viver de outros modos nos espaços que já existem. Criar no espaço da escola, da universidade, espaços outros, heterotopias que possibilitem movimentos, espaços livres de pensamento. Isso envolve um deslocamento de olhar para o espaço, para as coisas, para a vida: criar um espaço de resistência dentro de um espaço instituído. Portanto, não se trata de criar utopicamente outra escola, nem qualquer outro espaço educativo, nem mesmo um espaço de existência, mas talvez de fazer outra escola na própria escola.<hr/>Abstract This essay aims to reflect on school as a living space that produces heterotopias, a concept addressed by Michel Foucault (2000, 2001, 2013). Heterotopias, from Foucault’s perspective (2013), are other spaces found together in the real space; they are invention spaces that cannot be controlled, precisely because they are not foreseen. At first, they were regarded as a language effect, as we can find in the preface of The order of things, published in 1966; later, they were resumed in Foucault’s radiophonic conferences (1966 and 1967), which were published in 1984 under the title Des spaces autres, and posthumously, in 2009, in the book Utopian body. Considering this notion, this writing is an invitation to think of the school as a heterotopic site. An outside space in an inside space. An in-between place, full of activated encounters and potencies, able to invent other spaces in the real space itself, by means of the force that makes us think and perceive the world in different ways, through other lenses. Hence, it has to do with living in other ways in existing places. It involves designing other spaces, heterotopias that enable movements, and spaces with no thoughts, neither at school nor at the university. This requires looking at the space, at the things, at life: designing a resistance space inside a real space. Therefore, it does not mean utopically to create another school, or any other educational space, or even an existence space, but rather create another school in the school itself. <![CDATA[Reflections on experience and art teaching: the Benjamin concept of “loss of aura” as a parameter for analysis]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-46122020000100113&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo Com a análise conceitual da arte e da expressão artística, este artigo situa a discussão do ensino de arte em síntese aos pressupostos críticos de Walter Benjamin. Busca-se, primeiramente, o sentido da arte no contexto de seu surgimento, sua valorização cultural e sua função social, para, posteriormente, mediante pressupostos da Teoria Crítica da Sociedade, verificar-se as contradições com sua desintegração na atualidade, apropriada pela indústria cultural como valor de mercadoria. Nesse trajeto, a reprodução técnica da obra de arte tornase o fundamento categórico para a crítica e o desnudamento das formas decadentes sob as quais a arte é “visualizada” na modernidade. A redução das formas estéticas de percepção da arte expressa-se no desaparecimento da experiência, na incapacidade de narrar, na crise da transmissão, enfim, no ensino de arte.<hr/>Abstract From the conceptual analysis of art and artistic expression, this article aims to situate the discussion of art teaching in synthesis to the critical assumptions of Walter Benjamin. Firstly, the meaning of the birth of art, itscultural valorization and its social function are rescued, so that, later, with the assumptions of the Critical Theory, it is possible to verify the contradictions with its disintegration today, appropriated by the Cultural Industry as a commodity value. In this way, the technical reproduction of the work of art becomes the categorical foundation for the critique and denudation of the decaying forms that art is “visualized” in modernity. The reduction of aesthetic forms of perception of art is expressed in the decay of experience, the ability to narrate, in the transmission crisis, in short, in art teaching. <![CDATA[From revolution to constitutionalism: an analysis of the proposals for schooling adults in Portugal (1974-1986)]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-46122020000100114&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo O presente artigo pretende analisar as propostas de escolarização de adultos em Portugal, no período demarcado entre os anos de 1974 a 1986. As lutas sociais impulsionadas pela revolução de 25 de abril de 1974 potencializaram propostas de escolarização de adultos orientadas pelas concepções de mundo, pelos valores políticos e pelas tradições socioculturais da classe trabalhadora. Destaca-se a crítica à concepção reducionista, supletiva e aligeirada da escolarização de adultos, bem como a permanência de um ensino voltado para a adaptação dos sujeitos às exigências da produção capitalista. A intenção era de promover a dimensão educativa das práticas sociais, permitindo a elevação da consciência dos trabalhadores a um novo patamar de compreensão e de enfrentamento dos desafios e das perspectivas colocadas em termos da superação das desigualdades. Desse modo, o artigo se orienta pela seguinte questão: Como o processo revolucionário português marcou as propostas de escolarização de adultos, na recente história política da sociedade portuguesa? Especificamente, abordou-se a proposta de criação de um Subsistema de Educação de Adultos, que se constituiu no período da restauração constitucionalista, que se consolidou com a aprovação da Lei de Bases do Sistema de Ensino n. 46/1986. A análise foi desenvolvida com base na produção teórica e crítica do campo da educação de adultos em Portugal, tendo por referência suas formulações históricas e sociológicas. Trata-se de reconhecer que a educação de adultos não pode ser reduzida, aligeirada e negligenciada nos e pelos processos de escolarização. Ao contrário, suas reivindicações históricas, suas especificidades sociais e suas características políticas constituem-se em referência para a continuidade das lutas e proposições de escolarização de adultos.<hr/>Summary This article intends to analyze the proposals of adult schooling in Portugal in the period between 1974 and 1986. The social struggles promoted by the Revolution of April 25, 1974 have strengthened proposals for adult education oriented by world conceptions, values political and socio-cultural traditions of the working class. The critique of the reductionist, supplementary and lightening conception of adult schooling, as well as the permanence of a teaching aimed at the adaptation of the subjects to the demands of capitalist production stand out. The intention was to promote the educational dimension of social practices, allowing the workers’ awareness to be raised to a new level of understanding and facing the challenges and perspectives of overcoming inequalities. In this way, the article is guided by the following question: How did the Portuguese revolutionary process mark the proposals of adult schooling in the recent political history of Portuguese society? Specifically, we approached the proposal to create an Adult Education Subsystem, which was constituted in the period of constitutionalist restoration, which was consolidated with the approval of the Basic Education System Law No. 46/1986. The analysis was developed based on the theoretical and critical production of the field of adult education in Portugal, with reference to its historical and sociological formulations. It is necessary to recognize that adult education can not be reduced, lightened and neglected in and through schooling processes. On the contrary, its historical claims, its social specificities and its political characteristics constitute a reference for the continuity of the struggles and propositions of adult schooling. <![CDATA[Emergent pedagogical thinking of educational practices as humanization and difference]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-46122020000100115&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo Este trabalho apresenta uma proposta para pensar nas práticas educativas como humanização e diferença. Diante disso, põe em questão que muitos dos conhecimentos sobre educação advêm de processos de elaboração que têm pouca ou quase nenhuma relação com práticas educativas. Por isso, posiciona-se pela crítica à postura que submete a educação aos diversos discursos que circulam nas ciências da educação, superando os fundamentos humanistas modernos e o entendimento de educação como lugar de produção de determinadas subjetividades e/ou identidades. Ao contrário disso, assumindo uma atitude propositiva, as práticas educativas serão abordadas como lugar de formação humana, entendendo a humanização como um conceito aberto, cuja definição não pode ser descrita antes e fora das práticas educativas. Além disso, esta proposta argumenta em favor da diferença e/ou da pluralidade do ser humano, ou seja, deve ser aceito que a educação ainda é um processo pelo qual os indivíduos são formados de acordo com suas potencialidades, e que essas são construídas durante o processo educativo.<hr/>Abstract This work outlines a proposal for thinking of educational practices as humanization and difference. With this in mind, it puts in question that much knowledge about education come from elaboration processes that have little or no relation to educational practices. Therefore, in a critical task it should oppose to approaches that recognize ducation as an object of discourse from other sciences, and hence it should seek to overcome modern humanist conceptions to recognize education as a subject of research and production of certain subjectivity and identity. On the other hand, in a propositional task it will take educational practices as a subject of human formation, understanding humanization as an open concept whose definition cannot be described prior and outside of educational practices. As well as, it will support the human being condition of difference and or plurality, that is, it should be accepted that education is still a process to form individuals according to their potentialities and that their potentials are still being constructed during the educational process.<hr/>Resumen Este artículo presenta una propuesta para pensar prácticas educativas como la humanización y la diferencia. Ante esto, cuestiona que gran parte del conocimiento sobre educación proviene de procesos de elaboración que tienen poca o ninguna relación con las prácticas educativas. Por lo tanto, está posicionado por la crítica de la postura que somete la educación a los diversos discursos que circulan en las ciencias educativas, superando los fundamentos humanistas modernos y la comprensión de la educación como un lugar de producción de ciertas subjetividades y/o identidades. Por el contrario, asumiendo una actitud intencional, las prácticas educativas se abordarán como un lugar de formación humana, entendiendo la humanización como un concepto abierto cuya definición no puede describirse antes y fuera de las prácticas educativas. Además, esta propuesta defiende la diferencia y/o la plura lidad del ser humano, es decir, debe aceptarse que la educación sigue siendo un proceso por el cual los individuos se forman de acuerdo con sus potencialidades y que se construyen durante el proceso educativo. <![CDATA[Poetic of Schizographic Notation: bodies, thinking and language at play]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-46122020000100116&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo Este texto se propõe perspectivar a agência humana no entorno do ato de grafar, ou seja, trata das relações e suas tensões entre as percepções do real e de sua inscrição no tempo-espaço, com ênfase à escrita. Dimensiona essa questão circunscrevendo certa noção de um corpo em jogo no mundo, no qual nota e anota o que percebe, via uma Poética da Notação Esquizográfica. Passa, por conseguinte, a perspectivar tal noção de corpo a partir da ideia de um indivíduo que, em Deleuze, é colocada em questão nos termos de um eu passível, ou um ante-eu, como condição para determinações diferenciais dos e nos encontros: sob esse ante-eu, todavia, se impõe um Eu pessoal. Um corpo é, então, considerado como composto por singularidades em movimentos contínuos, variações nas quais irrompem individuações – individualidades dotadas de forças pré-individuais inerentes aos corpos. O problema é colocado a partir da ideia, presente em Barthes, de que uma logosfera nos envolve, e que precisamos, portanto, sacudi-la, pois se trata de um dado do nosso sujeito centrado: pôr em jogo, assim, o que, em nossa individualidade, constitui o Eu pessoal, que condiciona os movimentos da representação, via recognição. Com efeito, é um jogo com a linguagem, tomando-a, com Deleuze e Guattari, como incorpóreos que se expressam dos corpos. Trata-se de ponderar que o mundo, após pensado, só pode ser perspectivado nesses termos, com o pensamento e a linguagem. Destarte, o jogo que propomos – e seus efeitos sobre a educação –é condicionado, com Baudrillard, por uma impostura radical, que passa a lidar com o real, via certa Poética da Notação Esquizográfica.<hr/>Abstract This text proposes to envision human agency around the act of graffiti, that is, it deals with the relations and their tensions between the perceptions of the real and its inscription in time-space, with emphasis on writing. It dimensions this issue by circumscribing a certain notion of a body at stake in the world, in which it notes and writes down what it perceives, via a Poetics of Notation. Consequently, we begin to envision such a notion of body from the idea of an individual who, in Deleuze, is questioned in terms of a passable self, or an ante-self, as a condition for differential determinations of and in encounters: under this ante-self, however, a personal self is imposed. A body is then considered as composed of singularities in continuous movements, variations in which individuations erupt – individuals endowed with pre-individual forces inherent in the bodies. The problem arises from the idea, present in Barthes, that a logosphere surrounds us, and that we need, therefore, to shake it up, because it is a fact of our centered subject: putting into play, thus, what in our individuality it constitutes the personal self, which conditions the movements of representation, via recognition. In effect, it is a game with language, taking it, with Deleuze and Guattari, as incorporeal that express themselves in bodies. It is a matter of considering that the world, after thought, can only be viewed in these terms, with thought and language. Thus, the game we propose – and its effects on Education – is conditioned, with Baudrillard, by a radical imposture, which starts to deal with the real, via a certain Poetics of Schizographic Notation.<hr/>Resumen Este texto propone poner en perspectiva la agencia humana en torno al acto de la escritura, su grafía, es decir, de las relaciones y sus tensiones entre las percepciones de lo real y de su inscripción en el tiempo-espacio – con énfasis a la escritura. La dimensión a circunscribiendo una noción de cuerpo en juego en el mundo, en el que anota y toma nota de lo que percibe, a través de una Poética de la Notación. Se comienza, por lo tanto, a poner en perspectiva esta noción de cuerpo a partir de la idea de un individuo que, en Deleuze, es puesto en cuestión en términos de un yo pasivo o un anti-Yo, como condición para determinaciones diferenciales de y en los encuentros: bajo este anti-Yo, aun, se impone un yo personal. Un cuerpo considerado como compuesto por singularidades en movimientos continuos, variaciones en las cuales irrumpen individuaciones – a su vez, estas individualidades mantienen en si fuerzas preindividuales. El problema es colocado a partir de la idea barthesiana de que una logosfera nos envuelve, y que necesitamos, por ello, sacudirla, pues se trata de un dado de nuestro sujeto centrado: poner en juego, así, lo que en nuestra individualidad constituye el Yo personal, que condiciona los movimientos de la representación, vía recognición. En efecto, es un juego con el lenguaje, tomándolo, con Deleuze y Guattari, como incorpóreos que se expresan de los cuerpos. Se trata de ponderar que el mundo, después de pensado, solo puede ser perspectivado en estos términos, con el pensamiento y el lenguaje. De ese modo, el juego que proponemos – y sus efectos en la Educación – es condicionado, con Baudrillard, en una impostura radical, que pasa a lidiar con lo real por medio de una Poética de la Notación Esquizográfica. <![CDATA[Literature and teaching: an aesthetic justification of existence]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-46122020000100117&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo Em tempos de aceleração, de competição consigo mesmo e de uma linguagem instrumental e pragmática para se falar da educação, qual seria o valor de uma justificativa estética da existência em se tratando da formação de professores? Tendo tal problemática como motivadora, objetivamos, com este estudo, levantar a discussão acerca da relação entre literatura e docência, procurando aproximá-las de modo não utilitário, mas com vistas à estética da existência. Como um modo de resistência, optamos por perguntar pela formação de professores pautada pelo exer cício do pensamento, pela problematização dos valores e pelo cuidado consigo e com os demais. A partir disso, utilizamo-nos da pesquisa com inspiração arquegenealógica em Foucault, nos debruçando sobre autores que abordam ou a literatura ou a docência como possibilidades de entendimentos outros que não os conteudistas. Assim, tomamos a literatura, com inspiração nos estudos foucaultianos para problematizar a constituição docente. Mais especificamente, buscamos, nos estudos sobre a genealogia da subjetivação, a leitura, e a escrita tomadas como práticas possíveis do cuidado de si, quando da investigação de Foucault na Antiguidade greco-romana, especialmente nos primeiros séculos da nossa era. Todavia, não se trata de uma aplicação conceitual anacrônica, mas de tomarmos esse ferramental para pensar o que estamos nos tornando no presente, quais são os modos contemporâneos de dominação e quais são as possibilidades, em brechas, de criação de uma estilística da existência. Sendo um ensaio teórico, operamos com a literatura como possibilidade de dobra na linguagem tida como verdade, que poderia funcionar não fora da linguagem, mas fora da ordem do discurso. Seguindo essa perspectiva, entendemos que ela pode não ter apenas a função de revelar outra verdade, ser um passatempo, informar ou transmitir um saber, mas pode funcionar como uma prática de si num exercício de pensamento que problematiza o que estamos fazendo com nossa vida e com a vida dos demais no presente.<hr/>Abstract In times of acceleration, competition against oneself, and pragmatic and instrumental language to refer to education, which would be the value of aesthetic justification of existence in teaching training? We aim at highlighting the relation between literature and teaching based on the concept of aesthetic of existence. We have chosen to deal with teacher training highlighted by the exercise of thought, by the problematization of values, and by the care of the self and others as a mode of resistance. We adopted an arch genealogical inspiration based on Foucault in order to read authors that work with literature and teaching beyond the pragmatic perspective. Based on such perspective, this article takes literature from Foucauldian studies to problematize teaching constitution. More specifically, we searched the genealogy of subjectivation studies for writing and reading as possible practices of the care of the self-regarding Foucault’s investigation on Greek-Roman Antiquity, especially during the first centuries of our era. However, rather than using an anachronic conceptual application, we took these tools to think about what we have become in the present, what the contemporary modes of domination are, and what possibilities to create the stylistics of existence we have. As a theoretical essay, this article operates with literature as a fold in language taken as truth, as a bent force over itself, which could work not out of language, but out of the order of discourse. Under this perspective, lite rature would not have the function to reveal the truth, to be a pastime, to inform or to deliver knowledge; but it could function as a practice of the self in an exercise of thought to problematize what we are doing with our lives and the others in the present. <![CDATA[Teacher’s lifelong learning: emerging dialogies from Gert Biesta’s philosophical views]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-46122020000100118&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo A Educação Continuada de professores é reconhecida como indispensável e fundamental para a qualificação dos processos de ensino e aprendizagem. Para tanto, neste estudo, levaremos em consideração alguns aspectos dessa temática. Em primeiro lugar, precisamos ter conhecimento das diretrizes que tratam da Educação Continuada de professores, ou seja, compreender de onde viemos e qual é a proposta das legislações nacional e internacional. Em segundo lugar, explanaremos e discutiremos conceitos teóricos que tratam da temática, em especial a visão de Gert Biesta, o importante filósofo da educação. Finalmente, com base nos dois itens citados, entrelaçaremos considerações e indagações para uma Educação Continuada que possa fazer diferença no cotidiano dos professores. Portanto, o principal foco desta pesquisa é analisar, criticamente, essa educação dos professores, à luz das concepções propostas por Gert Biesta.<hr/>Abstract It is recognized that the teacher’s lifelong education is something essential and fundamental for the improvement of teaching and learning processes in education. Following this, this article considers some aspects related to this subject. Firstly, we discuss official documents dealing with the teacher’s lifelong education; that is, we aim to understand the historical development of this topic and what has been proposed by national and international laws. Secondly, we explain and discuss some theoretical views related to the theme of teacher’s lifelong learning, especially those put forward by Gert Biesta, the important philosopher of education. Finally, following from what we discussed before, we put forward some suggestions for a teacher’s lifelong education that makes a difference in their day-to-day activities. Therefore, the main focus of this article is to analyse critically the topic of teacher’s lifelong education in the light of Gert Biesta’s philosophical views.<hr/>Resumen La Educación Permanente de los maestros es reconocida como un elemento esencial y fundamental para la cualificación de los procesos de enseñanza y aprendizaje. Por lo tanto, en este estudio vamos a considerar algunos aspectos de este tema. En primer lugar, tenemos que ser conscientes de las directrices acerca de la Educación Permanente de los profesores, o entender de dónde venimos y lo que la propuesta de la legislación nacional y internacional. En segundo lugar, explanaremos y analizaremos los conceptos teóricos que tratan el tema, sobre todo a partir del punto de vista de Gert Biesta, el filósofo importante de la educación. Por último, sobre la base de los dos elementos mencionados que puede hacer una diferencia en la vida cotidiana de los maestros. Por lo tanto, el objetivo principal de esta investigación es examinar criticamente la Formación Permanente de los profesores a la luz de los propuestos por Gert Biesta. <![CDATA[Information and Communication Technologies in education and the hermeneutic rationality]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-46122020000100119&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo O presente artigo procura refletir como elementos das tecnologias da informação e comunicação na educação se localizam na epistemologia hermenêutica. Essa realidade acaba gerando um enorme desafio à educação no sentido de encontrar “razões” que justifiquem, não só metodologias, mas o seu sentido de ser no mundo conectado. Partindo da “compreensão” como modo de ser do indivíduo humano (Heidegger) e, consequentemente, lócus apropriado para a reflexão e o fazer pedagógico (Gadamer) pretende-se apresentar uma abordagem viável da TIC no processo educativo a partir da epistemologia hermenêutica. O trabalho pretende apresentar a racionalidade hermenêutica como uma epistemologia totalmente viável para promover a compreensão teórica-conceitual da utilização das novas tecnologias da comunicação e informação no âmbito dos processos educativos contemporâneos, para tanto se ancora nas noções de compreensão (Heidegger) e de linguagem (Gadamer), bem como nas noções de ciberespaço e hipertexto (Levy). Resultado de uma pesquisa bibliográfica nos autores já mencionados, bem como seus comentadores, na primeira parte procura apresentar a hermenêutica como alternativa epistemológica em face da crise da razão metafísica e científica, e na segunda parte, busca-se apresentar a relação entre as novas tecnologias da informação e comunicação e a racionalidade hermenêutica. Ao romper com a racionalidade técnico-científica da modernidade, compreende a hermenêutica como um paradigma epistemológico viável com vista à compreensão das tecnologias da informação e comunicação na educação, uma vez que, em função de tais tecnologias, a capacidade do homem contemporâneo de refletir e dizer a realidade requer bases teóricas e metodológicas que preservem as dimensões históricas e culturais nas quais o homem contemporâneo está inserido.<hr/>Abstract This article’s aim is to reflect on how elements of information and communication technologies (ICT) in education are placed within hermeneutic epistemology. Such reality ends up generating a huge challenge to education, as to find reasons to justify, not only methodologies, but its sense of being in the connected world, as well. Starting from the “understanding” as a way of being of the human beings (Heidegger) and, consequently, as an appropriate locus for reflection and pedagogical practice (Gadamer), we intend to introduce a viable approach of ICT in the educational process, from the hermeneutic epistemology viewpoint. We also intend to introduce hermeneutic rationality as a totally viable epistemology in order to promote the theoretical-conceptual understanding of the use of new technologies of communication and information in the realm of contemporary educational processes. With this view, it is based on the notions of understanding (Heidegger), as well as of language (Gadamer), in addition to the notions of cyberspace and hypertext (Levy). It is the result of bibliographic research on the authors already mentioned, as well as their commentators; in the first part, we present hermeneutics as an epistemological alternative, due to the crisis in the scientific and metaphysic reason; in the second part, we try to present the relationship between the new Technologies of information and communication, and hermeneutic rationality. By breaking with modern technical-scientific rationality, we understand hermeneutics as a viable epistemological paradigm, towards the understanding of ICTs in education as, due to such technologies, contemporary man’s capacity to reflect and say the truth, requires both theoretical and methodological bases that preserve historical and cultural dimensions in which he is inserted. <![CDATA[Processes of constitution of ludic impulses through aesthetic education of pedagogues in the university: a schillerian look]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-46122020000100120&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo Este texto reflete sobre possibilidades de educação estética na universidade como necessidade premente à formação inicial de docentes, mais especificamente de pedagogos, no sentido da ampliação e do aperfeiçoamento de sua percepção estética, aliadas ao desenvolvimento de uma postura atenta aos contextos sócio-históricos vivenciados. Nessa direção, problematiza sobre quais dispositivos pedagógicos podem ser acionadores de impulsos lúdicos na formação de docentes, sob a luz das concepções de Schiller (2009, 2011). Dentre outras contribuições teóricas, o texto cita ainda Freire (1996), que tece importantes considerações sobre as relações entre estética e ética na formação de professores, e que, a nosso ver, o aproxima das ideias de Schiller; Snyders (1995), que trata do espaço universitário como locus privilegiado para se gerar a alegria cultural, energia necessária à aprendizagem diversificada e enriquecedora do repertório científico-cultural dos estudantes; Moraes e Therrien (2018) que refletem sobre a necessidade de ampliação do repertório cultural dos docentes; e Moura (2012) que aponta à maleabilidade pedagógica do professor como exigência de um perfil flexível e complexo. O trabalho constitui um estudo bibliográfico imerso no campo da filosofia da educação, guiado, entretanto, por reflexões amparadas em experimentações estético-pedagógicas vivenciadas, em processos de formação inicial docente, no âmbito de uma universidade pública estadual brasileira. Com o estudo, infere-se que à universidade cabe o papel decisivo de garantir e estimular o acesso a experiências estéticas que tanto ampliem o repertório artístico-cultural de estudantes como também neles favoreça a criação de impulsos lúdicos, tornando-os mais perceptivos e criativos, sendo que isso se materializará por meio de proposições curriculares de cada curso, aliadas às condições estruturais concretas dessa universidade.<hr/>Abstract This text reflects on possibilities of aesthetic education in the university as a pressing need for the initial formation of teachers, more specifically of pedagogues, in the sense of expanding and perfecting their aesthetic perception, combined with the development of a posture attentive to the socio-historical contexts experienced. In this direction, it discusses what pedagogical devices can be playful impulses in teacher training, in the light of Schiller’s conceptions (2009, 2011). Among other theoretical contributions, the text also mentions Freire (1996), who makes important considerations about the relationship between aesthetics and ethics in teacher training and, in our view, approaches Schiller’s ideas; Snyders (1995) who treats the university space as a privileged locus for generating cultural joy, a necessary energy for the diversified and enriching learning of students’ scientific and cultural repertoire; Moraes &amp; Therrien (2018) who reflect on the need to expand the cultural repertoire of teachers; and Moura (2012) who points out the teacher’s pedagogical malleability as a requirement for a flexible and complex profile. The work is a bibliographic study immersed in the field of philosophy of education, guided, however, by reflections based on aesthetic-pedagogical experiments experienced in initial teacher training processes, within the scope of a Brazilian state public university. With the study, it is inferred that the university plays the decisive role of guaranteeing and stimulating access to aesthetic experiences that both enlarge the artistic-cultural repertoire of students, as well as favor in them the creation of playful impulses, making them more perceptive and creative. Being that this will materialize through the curricular propositions of each course allied to the concrete structural conditions of that university. <![CDATA[Consequences of formative models: between modern and post-modern]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-46122020000100121&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo O presente artigo pode ser justificado como um breve panorama do debate entre modernidade e pós-modernidade em suas implicações ao campo da educação e formação humana, diante da emergência de nova humanidade, fruto do capitalismo tardio, com suas promessas não cumpridas, diante da colonização de todas as esferas, inclusive da própria educação. Assim, este trabalho visa a traçar alguns contornos do complexo liame entre modernidade e pós-modernidade, bem como a concepção de homem decadente, por um lado, e de homem emergente, de outro, ante essa nova condição geracional. Para tal, o trabalho se constitui de uma pesquisa de metodologia teórico-conceitual, propondo-se como uma contribuição ao recorrente questionamento sobre a relevância das metanarrativas na formação humana, tomando como autores “estelares” Kant e Nietzsche, justificando, inclusive, uma espécie de pré-história do debate entre os metarrelatos. Daí, portanto, as escolhas conceituais deste artigo, que se deu por agenciamentos que possibilitassem a defesa de uma concepção vitalista, inerentemente criativa, como uma disciplina do pensamento indispensável a uma humanidade que se queira para além da mera reprodução erudita, do cinismo mercadológico ou, ainda, dos desígnios tecnocientíficos e rudeza materialista-determinista que rondam o tempo presente. Portanto, o artigo sugere que o novo paradigma em construção, ao se pautar por uma nova lógica, nos possibilita, considerando as críticas à modernidade, dar vazão a novo horizonte ético, que considere o homem em sua integridade. Ou seja, compreendido como “sujeito peninsular” (que habita entre o biológico e o cultural), e não, como sonhava a modernidade, como homem “insular”, tido como sobrenatural, desenraizado do corpo e da natureza.<hr/>Abstract This article can be justified as a brief overview of the debate between modernity and postmodernity in its implications for the field of human education, in the face of the emergence of a new humanity, as the result of late capitalism with its unfulfilled promises, before the colonization of all spheres, including education itself. Thus, the work seeks to trace some contours of the complex link between modernity and postmodernity, as well as the conception of a decadent man, on the one hand, and an emergent man, on the other, in face of this new generational condition. For this, the work consists of a research of conceptual theoretical methodology proposing as a contribution to the recurrent questioning about the relevance of the metanarratives in human formation, taking as “stellar” authors Kant and Nietzsche, justifying even a kind of prehistory of the debate between metanarratives. Hence, therefore, the conceptual choices of this article, which was based on assemblages that enabled the defense of an inherently creative, vitalist conception as a discipline of thought indispensable to humanity that wants beyond mere erudite reproduction, marketing cynicism or, still, of the techno-scientific designs and materialistic-deterministic rudeness that surround the present time. Therefore, the article suggests that the new paradigm under construction, when based on a new logic, allows us, considering the criticisms of modernity, to open possibilities to a new ethical horizon that considers man in its integrity. That is, a “peninsular subject” (which lives between the biological and the cultural areas) and not as modernity dreamed as an “insular” man, considered as a supernatural being, uprooted from the body and nature. <![CDATA[Performativity: crossings of a control device in the constitution of a school subjects]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-46122020000100122&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo Este artigo é o recorte de uma pesquisa maior que se caracteriza como sendo pós-crítica. O texto busca, por meio de uma análise das falas de estudantes do 3º ano do “Programa Ensino Médio Inovador”, de uma escola pública estadual do Município de Blumenau – SC, evidenciar os discursos de performatividade aí presentes. A cultura de performatividade, emergente do setor econômico-empresarial e espraiada para setores públicos/estatais, é entendida como um dispositivo que atua na regulação e no controle dos corpos, produzindo os sujeitos desejáveis para a atual sociedade neoliberal. Ao estimular a excelência, a competitividade, o julgamento, a qualidade e o resultado, essa cultura contribui para que a escola se torne um grande negócio de seleção e meritocracia. Por meio de uma pesquisa cartográfica e com registros em diário de campo, este artigo objetiva problematizar quais subjetividades estão sendo produzidas pela escola contemporânea a partir de um dado currículo, e, então, desafiar o pensamento na construção de subjetividades outras, possibilidades de re-existência, para além dos números, cifras e estatísticas. O artigo divide-se em uma seção introdutória ao tema da governamentalidade, uma seção em que se contextualiza a sociedade contemporânea e a função da escola e do currículo; outra que apresenta a análise de falas de estudantes; e, por fim, alguns questionamentos que consideram a escola uma maquinaria que produz muito e produz tudo. Pode produzir aquilo que se espera para esta sociedade, o sujeito performático, consumidor da racionalidade neoliberal, assim, como pode produzir linhas de fuga, resistências, imposturas éticas contra condutas ao que está posto.<hr/>Abstract This article is part of a larger research that is characterized as being post-critical. The text seeks through an analysis of the speeches of students from the 3rd year of Innovative High School Program in a state public school in the city of Blumenau – SC to evidence the speeches of performance present there. The culture of performativity, emerging from the economic-business sector and spreading to public / state sectors is understood as a device that acts in the regulation and control of bodies, producing the desirable subjects for this current neoliberal society. By stimulating excellence, competitiveness, judgment, quality and results, this culture contributes to the school becoming a great business of selection and meritocracy. Through cartographic research and with records in a field diary, this article aims to problematize which subjectivities are being produced by the contemporary school from a given curriculum, and, then, to challenge thinking in the construction of other subjectivities, possibilities of re-existence, in addition to numbers, figures and statistics. The article is divided into an introductory section on the theme of governmentality, a section in which contemporary society and the role of the school and curriculum are contextualized; another that presents the analysis of student speeches; and finally, some questions that consider the school a piece of machinery that produces a lot and produces everything. It can produce what is expected for this society, the performative subject, consumer of neoliberal rationality, as well as it can produce escape lines, resistances, ethical impostures, against conducts to what is set.<hr/>Resumen Este artículo es parte de una investigación más amplia que se caracteriza por ser poscrítica. El texto busca a través de un análisis de los discursos de los estudiantes del tercer año del Programa Innovador de Preparatoria en una escuela pública estatal en la ciudad de Blumenau – SC evidenciar los discursos de desempeño presentes allí. La cultura de la performatividad, que emerge del sector económico-empresarial y se extiende a los sectores público/estatal, se entiende como un dispositivo que actúa en la regulación y el control de los organismos, produciendo los temas deseables para esta sociedad neoliberal actual. Al estimular la excelencia, competitividad, juicio, calidad y resultados, esta cultura contribuye a que la escuela se convierta en un gran negocio de selección y meritocracia. A través de una investigación cartográfica y con registros en un diario de campo, este artículo tiene como objetivo problematizar qué subjetividades está produciendo la escuela contemporánea a partir de un plan de estudios dado y, luego, desafiar el pensamiento en la construcción de otras subjetividades, posibilidades de recuperación existencia, además de números, cifras y estadísticas. El artículo se divide en una sección introductoria sobre el tema de la gubernamentalidad, una sección en la que se contextualiza la sociedad contemporánea y el papel de la escuela y el plan de estudios; otro que presenta el análisis de los discursos de los estudiantes; y finalmente, algunas preguntas que consideran a la escuela una maquinaria que produce mucho y produce todo. Puede producir lo que se espera para esta sociedad, el sujeto performativo, consumidor de racionalidad neoliberal, así como puede producir líneas de escape, resistencias, imposiciones éticas, contra conductas a lo que se establece. <![CDATA[Education and emancipation in the production of knowledge beyond abystal thought]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-46122020000100123&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo O presente ensaio tem como objetivo fazer uma reflexão acerca da educação e os desafios da ciência eda produção de conhecimento na busca de emancipação. Como trama de fundo, trazemos uma breve discussão sobre a produção de conhecimento na atualidade para além daquilo que Santos (2007) chama de “pensamento abissal”. Assim, num primeiro momento, pretende-se pensar a condição da educação na atualidade, isto é, discutir seus rumos em tempos de regressões políticas e econômicas. Em seguida, objetiva-se indicar a necessidade de superação do pensamento abissal, refletindo até que ponto a educação funciona como recurso fundamental para a emancipação e até onde vão seus limites. As aproximações com as temáticas problematizadas ocorrem por meio da perspectiva teórico-metodológico-dialética do fenômeno analisado. Espera-se, com essas aproximações, contribuir com uma proposta inclusiva e emancipatória de valorização dos saberes das experiências, dando visibilidade aos valores e às representaçõesestéticasdosdiversosgrupos,cujasvozes,muitasvezes,são excluídas e/ou silenciadas nos sistemas educativos, colocando em diálogo com a ciência e reconhecendo as culturas que foram excluídas ao longo dos séculos. Além disso, é preciso contrapor-se ao poder cego de todos os coletivos, fortalecendo a resistência diante dos mesmos por meio do esclarecimento do problema. A busca por uma racionalidade crítica, na produção de conhecimento, passa por tensões e fraturas da própria condição humana no capitalismo contemporâneo, mas isso não quer dizer, necessariamente, que se tenha que abandonar a própria razão, para dispor de uma condição adequada da vida humana para além do pensamento abissal.<hr/>Abstract This essay aims to reflect on education and the challenges of science and the production of knowledge in the search for emancipation. As a background plot, we bring a brief discussion about the production of knowledge today, beyond what Santos (2007) calls “abyssal thinking”. Thus, at first, it is intended to think about the condition of education today, that is, to discuss its directions in times of political and economic regressions. Then, the objective is to indicate the need to overcome abyssal thinking, reflecting on the extent to which education functions as a fundamental resource for emancipation and to what extent its limits go. The approximations with the problematized themes occur through the dialectical theoretical-methodological perspective of the analyzed phenomenon. These approaches are expected to contribute to an inclusive and emancipatory proposal for valuing the knowledge of experiences, giving visibility to the values and aesthetic representations of the various groups, whose voices are often excluded and / or silenced in educational systems. Putting in dialogue with science (re) knowing the cultures that have been excluded over the centuries. In addition, it is necessary to oppose the blind power of all collectives, strengthening resistance to them by clarifying the problem. The search for critical rationality in the production of knowledge goes through the tensions and fractures of the human condition in contemporary capitalism, but this does not necessarily mean that one has to abandon one’s own reason, in order to have an adequate condition of human life beyond abyssal thinking.<hr/>Resumen Este ensayo tiene como objetivo reflexionar sobre la educación y los desafíos de la ciencia y la producción de conocimiento en la búsqueda de la emancipación. Como antecedentes, traemos un breve debate sobre la producción de conocimiento hoy en día más allá de lo que Santos (2007) llama “pensamiento abisal”. Así, en un primer momento, pretendemos pensar en la condición de la educación hoy en día, es decir, discutir sus caminos en tiempos de regresiones políticas y económicas. A continuación, pretende indicar la necesidad de superar el pensamiento abisal, reflejando hasta qué punto la educación funciona como un recurso fundamental para la emancipación y hasta dónde llegan sus límites. Los planteamientos de las cuestiones problemáticas se realizan desde la perspectiva dialéctica teórico-metodológica del fenómeno analizado. Se espera que estos enfoques contribuyan a una propuesta inclusiva y emancipadora de valorización del conocimiento de las experiencias, dando visibilidad a los valores y representaciones estéticas de los diferentes grupos, cuyas voces suelen ser excluidas y/o silenciadas en los sistemas educativos. Poner en diálogo con la ciencia (re)conocer las culturas que han sido excluidas a lo largo de los siglos. Además, es necesario oponerse al poder ciego de todos los colectivos, reforzando la resistencia a los mismos mediante la aclaración del problema. La búsqueda de una racionalidad crítica en la producción de conocimiento pasa por las tensiones y fracturas de la propia condición humana en el capitalismo contemporáneo, pero esto no significa necesariamente que haya que abandonar la propia razón para tener una condición adecuada de la vida humana más allá del pensamiento abisal. <![CDATA[Dream classroom Propositions for the Education of Difference]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-46122020000100124&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo Tão aberto como um sonho, este artigo de teor ensaístico aborda alguns estudos em filosofia e psicologia que tratam sobre a interpretação e a função social do sonho, aproximando escrita e educação. Essa educação sensível torna-se crítica e artística ao lidar com evocações de imagens e sensações do inconsciente individual e do coletivo. Pelo diapasão da Filosofia da Diferença, traçamos proposições a pensar pelo ritmo do sonho, sentir suas ressonâncias sociais e para a elaboração da escrita em educação. Aulas-sonho, sonhografias e não lugares emergem do inconsciente em imagens a-traduzir, isto é, do que está para ser traduzido diante da linguagem. Nesse revezamento entre o corpo, o real e o sonho, dimensionamos alguns apontamentos acerca do feminino e do trauma como disparadores sociais para problematizarmos esses afetos ao corpo do docente que pensa e sonha empiricamente, diante do real da educação. Nesse arquivo de uma educação latente, e, a partir dessa abordagem em labor de sonho, uma poética é traduzida. Assim como os quadros oníricos alimentam a realidade, a realidade alimenta nossos pensamentos, sonhos, valorações e interpretações da vida. A proposta da escrita que sonha é maneira de uma prática de si transindividual, por isso educativa e filosófica. Operacionalizando o pensar pela interpretação de sonhos, mas dela perspectivando um método de sonhar a escrita, apresentamos propostas de exercícios sonhográficos para este jogo de pensamento, que não é apenas da memória descritiva, mas da evocação de signos pré-linguagem. Tais signos traduzem a sonhografia como prática de si. O desejo docente não é uma falta, mas vontade de poesia didática que opera nos currículos ao afirmar a aula-sonho como potência de pensamento.<hr/>Abstract This essay aims to reflect on education and the challenges of science and the production of knowledge in the search for emancipation. As a background plot, we bring a brief discussion about the production of knowledge today, beyond what Santos (2007) calls “abyssal thinking”. Thus, at first, it is intended to think about the condition of education today, that is, to discuss its directions in times of political and economic regressions. Then, the objective is to indicate the need to overcome abyssal thinking, reflecting on the extent to which education functions as a fundamental resource for emancipation and to what extent its limits go. The approximations with the problematized themes occur through the dialectical theoretical-methodological perspective of the analyzed phenomenon. These approaches are expected to contribute to an inclusive and emancipatory proposal for valuing the knowledge of experiences, giving visibility to the values and aesthetic representations of the various groups, whose voices are often excluded and / or silenced in educational systems. Putting in dialogue with science (re) knowing the cultures that have been excluded over the centuries. In addition, it is necessary to oppose the blind power of all collectives, strengthening resistance to them by clarifying the problem. The search for critical rationality in the production of knowledge goes through the tensions and fractures of the human condition in contemporary capitalism, but this does not necessarily mean that one has to abandon one’s own reason, in order to have an adequate condition of human life beyond abyssal thinking.<hr/>Resumen tan abierto como un sueño, este artículo, dotado de un contenido de ensayo, aborda algunos estudios en filosofía y psicología que tratan sobre la interpretación y la función social del sueño, acercando la escritura y la educación. Esa educación sensible se vuelve critica y artística al tratar con evocaciones de imágenes y sensaciones del inconsciente individual y colectivo. Por el diapasón de la Filosofía de la Diferencia, trazamos proposiciones a pensar por el ritmo del sueño, sentir sus resonancias sociales y para la elaboración de la escritura en educación. Clases-sueño, sueñografias y no-lugares emergen del inconsciente en imágenes de traductor, es decir, de lo a-ser-traducido frente al lenguaje. En essa troca, o sea, de el tipo que reveza entre el cuerpo, lo real y el sueño, dimensionamos algunas notas sobre lo femenino y el trauma como activadores sociales para problematizar estos afectos al cuerpo del profesor que piensa y sueña, empíricamente, ante la realidad de la educación. En ese Archivo de una educación latente, y a partir de ese trabajo de sueño, una poética es traducida. Así como los cuadros oníricos alimentan la realidad, y así como la realidad alimenta nuestros pensamientos, sueños, valoraciones e interpretaciones de la vida, proponemos la escritura como una manera de práctica de sí mismo, pero transindividual y por eso educativa y filosófica. Operando a través de la interpretación de los sueños, pero usando para la perspectiva um método de soñar la escritura, presentamos propuestas de ejercicios de sueño para este juego de pensamiento, que no es solo de memoria descriptiva, sino de evocación de signos pre-lingüísticos. Tales signos traducen l sueñografia como auto ,pratica. El deseo de enseñar no es una falta, sino uma voluntad de poesía didáctica que opera em los currículos al afirmar la Clase-sueño como potencia de lo pensamiento. <![CDATA[Initial training as a space for the unique experience: the construction of the scientific spirit of the professional pedagogue]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-46122020000100125&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo Partindo do pressuposto de que os obstáculos epistemológicos, propostos por Gaston Bachelard, provocam situações de imobilidade frente ao conhecimento, impossibilitando, na maioria das vezes, o desen volvimento científico e bloqueando as capacidades dos sujeitos para uma atuação crítica e questionadora, característica da nova ciência, este artigo tem a finalidade de refletir sobre as contribuições da formação inicial do pedagogo para a desconstrução da experiência primeira. Para tanto, optou-se por uma pesquisa bibliográfica e documental pautada nos estudos de Bachelard que trata dos obstáculos epistemológicos à formação do espírito científico, nas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Pedagogia e dados de Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu de 08 (oito) Instituições Públicas e Privadas de Ensino Superior dos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, no recorte temporal de 2018. Tal relação, entre o que descreve as Diretrizes e o que Bachelard pontua na formação do espírito científico, apresenta-se como possibilidade de compreensão e abertura de discussões a respeito do distanciamento de profissionais pedagogos dos espaços de pesquisa e experiências científicas em educação. A partir do contato com as obras pesquisadas e as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia, Licenciatura (BRASIL, 2006), percebeu-se entendimentos sobre a formação do pedagogo pesquisador, assim como pretextos para a necessidade de se continuar insistindo nessa dimensão formativa. Ainda, constatou-se que a formação inicial pode colaborar para a constituição do espírito científico do pedagogo, ampliando suas atuações enquanto cientista da educação. Para isso, torna-se necessário que os cursos de formação inicial tenham como fundamento a existência de obstáculos que podem, de modo negativo, contribuir para a inércia de seus estudantes.<hr/>Abstract Based on the assumption that the epistemological obstacles, proposed by Gaston Bachelard, cause situations of immobility in the face of knowledge, making scientific development impossible in most cases, and blocking the subjects’ capacities for critical and questioning action, characteristic of the new science, this article aims to reflect on the contributions of the pedagogue’s initial formation to the deconstruction of the first experience. For this purpose, bibliographic and documentary research based on Bachelard’s studies was chosen, which deals with the epistemological obstacles to the formation of the scientific spirit, in the National Curricular Guidelines of the Pedagogy Course and data from Stricto Sensu Post-Graduation Programs of 08 (eight) Public and Private Institutions of Higher Education of the States of Rio Grande do Sul and Santa Catarina, in the 2018 time cut. This relationship, between what describes the Guidelines and what Bachelard points out in the formation of the scientific spirit, presents itself as a possibility of understanding and opening discussions about the distance of educational professionals from the spaces of research and scientific experiences in education. From the contact with the researched works and the National Curricular Guidelines for the Pedagogy Course, Degree (BRASIL, 2006), understandings about the formation of the research pedagogue were perceived, as well as pretexts for the need to continue insisting on this formative dimension. Furthermore, it was observed that initial formation can collaborate with the constitution of the scientific spirit of the pedagogue, extending his actions as a scientist of education. For this, it is necessary that the courses of initial formation be based on the existence of obstacles that can, in a negative way, contribute to the inertia of their students. <![CDATA[A brief reflection on the right to laziness]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-46122020000100126&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo Tendo por base os pensamentos de dois importantes intelectuais franceses do século XX, este trabalho pretende perguntar pelo lugar da preguiça em tempos em que todos são cobrados por sua alta performance. Foucault mostra, em diferentes momentos, que tanto do ponto de vista moral como em relação aos processos econômicos, a preguiça foi reprovada, vigiada, controlada. Vemos isso, por exemplo, em seu curso “A sociedade Punitiva” (1972-1973), que a preguiça clássica dos séculos XVII e XVIII, vista como vício indolente e antiprodutivo e combatida com força policial, passa, a partir do século XIX, para um tipo complexo de ilegalismo, que compromete a maximização da produção e do lucro e é contida com trabalho intenso e contínuo e com a vigilância moral sobre o trabalhador. Como se vê em Vigiar e punir (1975), é a sociedade disciplinar e vigilante, que, atuando sobre os corpos, deve eliminar todo tipo de preguiça, a fim de que se possa extrair deles a maior utilidade possível. Já no curso “Nascimento da biopolítica” (1978-1979), ele nos ajuda a perceber que o modelo neoliberal deve banir a preguiça, na medida em que o que se busca, na economia de mercado, é a máxima eficiência. Concomitantemente aos cursos de Foucault, dedicados a questões do liberalismo e do neoliberalismo, Roland Barthes, numa entrevista intitulada “Ousemos ser preguiçosos”, de 16 de dezembro de 1979 ao jornal Le Monde, nos provoca a pensar que houve, no Ocidente, a perda da “instituição preguiça” em vista, principalmente, de certa obrigação de diversificação do tempo. Por isso mesmo, para nós, torna-se intolerável o “não fazer nada”; é preciso, a todo momento, inserir algo à vida.<hr/>Abstract Based on the thoughts of two critical French intellectuals of the twentieth century, in this article, we intend to ask about the place of laziness, when everyone has been charged for their high performance. Foucault shows us at different moments of his thinking that from both, a moral point of view and concerning economic processes, laziness was disapproved, watched, controlled. We see this, for example, in his course The Punitive Society (1972-1973), in which the 17th and 18th centuries classic laziness, seen as indolent and unproductive addiction and fought by the police force, changes from the 19th century to a sophisticated type of illegalism, which compromises the maximization of production and profit and is contained with intense and continuous work and with moral vigilance over the worker. As seen in Discipline and Punish (1975), it is the disciplinary and vigilant society that, acting on bodies, must eliminate all kinds of laziness to extract the highest possible use from them. In the course entitled The Birth of Biopolitics (1978-1979), he helps us realize that the neoliberal model should ban laziness, since what is sought in the market economy is maximum efficiency. Concomitant to Foucault’s courses, dedicated to the issues of liberalism and neoliberalism, Roland Barthes, in an interview entitled Let us dare to be lazy, from December 16, 1979, to Le Monde, makes us think that there was in the Western society a loss of the “institution laziness” due mainly to a specific obligation to diversify time. For us, “doing nothing” is intolerable. Thus, it is always necessary to insert something into life. <![CDATA[Reflections on Active Methodologies as a pedagogical approach in the Brazilian context]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-46122020000100127&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo Este trabalho analisa reflexões sobre a abordagem pedagógica denominada “Metodologias Ativas”, que estão sendo apresentadas como alternativa para melhorar os resultados de ensino e aprendizagem no Brasil. Por meio de uma revisão bibliográfica, são apresentados alguns dos principais elementos das Metodologias Ativas, principalmente suas características mais evidentes. Busca, também, trazer à discussão alguns questionamentos sobre essa abordagem pedagógica, indicando a existência de possíveis dificuldades que possam comprometer a aplicação das Metodologias Ativas. A partir deste estudo, registra-se que são necessários novos estudos sobre as potencialidades e dificuldades de implantação de Metodologias Ativas, analisando resultados efetivos de aprendizagem ativa.<hr/>Abstract This work presents reflections on the pedagogical approach called Active Methodologies, which are being presented as an alternative to improving teaching-learning results in Brazil. Through a bibliographic review, some of the main elements of Active Methodologies are presented, mainly their most evident characteristics. We also sought to bring into the discussion some questions about this pedagogical approach, indicating the existence of possible difficulties that could compromise the application of Active Methodologies. Based on the reflections exposed in this article, it is highlighted that further studies are needed on the potential and difficulties of implementing Active Methodologies, analyzing effective results of active learning. <![CDATA[Cisnormativity, violence and school institution]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-46122020000100128&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo Este artigo tem como objetivo elucidar as diversas formas de violência vivenciadas pela população transgênera no Brasil, centrando-se nos desafios e nas dificuldades que encontram no âmbito educacional. Estudos comprovam reiterados processos de discriminação, ódio, preconceito e abandono familiar e social envolvendo esse grupo, o que o expõe a situações degradantes de vida e viola a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), construída sob a premissa de que a sociedade deve ser capaz de garantir justiça, vida e liberdade. Contudo, na contramão desse tratado, a violência contra a população trans tem se manifestado em todos os espaços da sociedade brasileira de modo implícito e/ou explícito, reproduzindo-se nas instituições educacionais. Em que pese a natureza dessa instituição – locus por excelência do estímulo à pluralidade de ideias, culturas, jeitos de ser e fazer, portanto, lugar de encontro, acolhimento e formação humana – a escola tem reproduzido a cisnormatividade, ou seja, validando normas, regras e valores considerados adequados e normais pela sociedade burguesa, infringindo, dessa forma, o respeito à diversidade sexual e de gênero, à transgeneridade. Esse cenário requer esforços contínuos dos movimentos sociais, das instituições e da sociedade civil para garantir os direitos sociais e o respeito à população transgênera, além de nos provocar a seguir questionando as hipocrisias, criando transgressões e filosofando, como sugere Noel Rosa em sua composição “Filosofia”.<hr/>Abstract This article aims to elucidate how various forms of violence experienced by the transgender population in Brazil, focusing on the challenges and difficulties they encounter in the educational sphere. Studies have demonstrated repeated processes of discrimination, hatred, prejudice and family and social abandonment involving this group, which exposes it to degrading situations of life and violates The Universal Declaration of Human Rights (1948), built on the premise that the Society must be able to guarantee justice, life and freedom. However, contrary to this treatise, violence with the “trans” population has manifested itself in all the spaces of the Brazilian society in an implicit and/or explicit way, reproducing itself in educational institutions. In spite of the nature of this institution – locus per excellence of the stimulus to the plurality of ideas, cultures, ways of being and making, therefore, a place of encounter, welcoming and human formation-the school has reproduced the “cisnormativity”, that is, validation of norms, rules and values considered adequate and “normal” by the bourgeois society, thus infringing respect for sexual, gender and transgender diversity. This scenario requires continued efforts of social movements, institutions and civil society to ensure social rights and respect for the transgender population, as well as provoking us to continue questioning the hypocrisies, creating transgressions and philosophizing, as Noel Rosa suggests in his composition “Philosophy”. <![CDATA[Is the sense-giving intuition the last term of phenomenology?]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-46122020000100129&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo O objetivo deste artigo é analisar quais são os pressupostos teóricos contidos na intuição doadora de sentido husserliana e na ontologia fundamental heideggeriana que possibilitaram a Marion pensar na fenomenologia da doação. Para tanto, retomamos a teoria da intuição de Husserl conforme a sua obra Investigações lógicas (1901); refletimos a partir dos Prolegômenos (1925) de Heidegger sobre uma possível crítica ao projeto de redução do ser à intuição categorial e de sua transposição à esfera da existência; e, em Marion, recorremos às obras Redução e doação (1989) e Sendo dado (1998) para discorrer criticamente sobre a tese de que Heidegger, ao mesmo tempo que volta ao estudo do ser, indica a possibilidade de pensar a doação como horizonte de pertencimento do próprio ser.<hr/>Abstract The objective of this paper is to analyze what are the theoretical assumptions contained in the Husserlian donor intuition of meaning and in the Heideggerian fundamental ontology that enabled Marion to think about the phenomenology of donation. To do this, we returned to Husserl’s theory of intuition according to his work Logical investigations (1901); we reflected from Heidegger’s Prolegomena (1925) on a possible criticism of the project of reducing the being to categorical intuition and its transposition to the sphere of existence; and, in Marion, we used the works Réduction et Donation (1989) and Étant Donné (1998) to critically discuss the thesis that Heidegger, while returning to the study of being, would indicate the possibility of thinking of donation as a horizon of belonging to being itself.<hr/>L’objectif central de cet article est d’analyser quelles sont les hypothèses théoriques contenues dans l’intuition donatrice husserlienne et dans l’ontologie fondamentale heideggérienne qui a permis à Marion de proposer la phénoménologie de la donation. Afin de développer cett analyse, nous considérons la théorie de l’intuition dans les Recherches Logiques (1901) de Husserl ; dans les Prolégomènes à l’histoire du concept de temps (1925) de Heidegger nous avons réfléchi sur une éventuelle critique du projet de réduire l’être à l’intuition catégorique et sur la transposition de l’être à la sphère d’existence ; déjà avec Marion dans les œuvres Réduction et Donation (1989) et Étant Donné (1998), nous avons analysé la thèse, selon laquelle Heidegger en même temps qu’il revient à l’étude de l’être, il indiquerait la possibilité de penser la donation comme l’horizon d’appartenance de l’être lui-même. <![CDATA[Piltdown man and organized skepticism in science]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-46122020000100130&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo Em 1912, um conjunto de fragmentos de crânio, mandíbula e dentes foi apresentado na Inglaterra como pertencente a um ancestral do Homo sapiens. A nova espécie, batizada de Eoanthropus dawsoni – o “Homem de Piltdown” –, foi tratada como uma das descobertas mais extraordinárias da antropologia até então: finalmente, um hominídeo havia sido encontrado em solo inglês, e seu status era ainda maior por ser uma espécie da qual a nossa teria supostamente se originado. Quatro décadas depois, no entanto, a fraude foi exposta: os vestígios do Homem de Piltdown haviam sido montados a partir de um crânio humano com mandíbula e dentes de orangotangos. As razões para a aceitação imediata da espécie entre os ingleses foram, provavelmente, as expectativas e os desejos de cientistas em ter o seu país como o berço da humanidade, e também o fato de que o espécime de Piltdown corroborava ideias aceitas na época a respeito da evolução humana. Apesar disso, como, então, sabemos hoje que o Homem de Piltdown é uma fraude? Argumentamos que a resposta a essa questão está no conceito de ceticismo organizado. O ceticismo organizado é um dos componentes do ethos científico propostos pelo sociólogo Robert Merton, um elemento institucional que envolve procedimentos de avaliação e revisão da prática e das ideias científicas feitas a partir de uma comunidade de investigação. No presente artigo, examinamos como o trabalho de uma comunidade de investigação foi fundamental para o desnudamento da farsa do Homem de Piltdown e, em um segundo momento, discutimos o que o ceticismo organizado pode nos ensinar a respeito da natureza da ciência e de nossos próprios processos de raciocínio cotidianos.<hr/>Abstract In 1912, a set of fragments of a skull, a mandible, and teeth was presented in England as parts of an ancestor species of Homo sapiens. The new species, named Eoanthropus dawsoni – the “Piltdown Man” –, was regarded as one of the most extraordinary discoveries in anthropology so far: a hominid had been finally found on English soil, and its status was even greater because it was a species from which our own species supposedly originates. Four decades later, however, the hoax was exposed: the rests of the Piltdown Man had been assembled with the use of a human skull with mandible and teeth from orangutans. The reasons for the rapid acceptance of the species by English scientists were probably their expectations and desire in having their own country as the cradle of humanity, and also the fact that the Piltdown specimen corroborated ideas about human evolution that were accepted at that time. In spite of that, how do we know now that the Piltdown Man is a hoax? We argue that the answer relies on the concept of organized skepticism. Organized skepticism is a component of the scientific ethos proposed by sociologist Robert Merton, an institutional aspect of science that involves procedures of evaluation and revision of scientific practices and ideas made by a community of inquiry. In the present paper, we examine how the work of a community of inquiry was essential for the debunking of the Piltdown Man hoax, and later we discuss what the idea of organized skepticism may teach us about the nature of science and our own daily reasoning processes. <![CDATA[Exertion of formation (Bildung) of consciousness in Hegel]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-46122020000100131&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo A partir da leitura da Fenomenologia do espírito [Phänomenologie des Geistes] (1807), de Hegel (1992), em particular, da Introdução, busca-se elaborar os pressupostos da formação da consciência, mostrando os momentos em que essa passa pelo seu formar, diferentemente do que ocorria no período moderno. Percebe-se o surgimento de novo critério de formação, cujo fundamento é assinalado pela crítica que Hegel faz à formação representativa, que sustenta a educação mediante a interiorização do pensamento e a representa a partir de conceitos que não passaram pela experiência com o objeto e nem realizaram a negação de seu saber com o intuito de formar outro. Já na formação dialética, a partir dos pressupostos hegelianos, a consciência sai do seu estado natural e percorre o movimento do círculo espiral e, em cada momento desse percurso circular, realiza a experiência entre o saber da consciência com a verdade do objeto. Nesse sentido, cada etapa dessa experiência é o aprofundar no saber da consciência e na verdade do objeto, causando dúvida e desespero em seu formar, pois vê desaparecerem o conhecer e a verdade que tinha do objeto. Com isso, têm-se os momentos de negação, de conservação e de superação tanto na consciência quanto no objeto, constituindo a suprassunção [Aufhebung] até alcançar o saber conceitual em que há a identificação entre o saber e a verdade. Com esse princípio de formação, Hegel faz a crítica da crítica e efetiva a experiência entre o saber do sujeito e a verdade do objeto. Nesse itinerário, a consciência, paulatinamente, entra no processo do trabalho de formação, cujo fundamento é o concrecere – crescer juntos; ou seja, o saber da consciência com a verdade do objeto. Isso se realiza no momento em que a consciência é tocada pelo fenômeno do objeto. Há, então, novo procedimento pedagógico que leva em consideração a negação, o ceticismo amadurecido e a experiência para alcançar o saber real de sua formação [Bildung].<hr/>Abstract From the prism of Hegel’s (1992) Phenomenology of spirit [Phänomenologie des Geistes] (1807), in special, the Introduction, the purpose of this paper is to develop the assumptions of the formation of consciousness. This path shows the moments in which consciousness passes through its formation differently from what occurred in the modern period. Therefore, we can see the emergence of a new criterion of formation whose foundation is indicated by Hegel’s criticism against the representative formation, which sustains education through the internalization of thought and represents it from concepts that did not pass through the experience with the object and not made the denial of their knowledge in order to form another. In dialectical formation, by Hegelian presuppositions, consciousness leaves its natural state and goes through the movement of the spiral circle in which each moment of this circle realizes the experience between the knowledge of consciousness with the truth of the object. In this sense, each stage of this experience is the deepening of the knowledge of the conscience and the truth of the object, thus causing doubt and despair in its formation, as it sees the knowledge and truth that it had of the object disappear. Thus, there are moments of denial, conservation, and overcoming in consciousness and in the object, constituting the supersumption (Aufhebung) until reaching the conceptual knowledge in which there is the identification between knowledge and truth. With this principle of formation, Hegel critiques the critique and makes the experience between the knowledge of the subject and the truth of the object. In this itinerary, the consciousness enters into the process of formation whose foundation is concrecere, growing together; that is, the knowledge of consciousness with the truth of the object. This occurs when the conscience is touched by the phenomenon of the object. There is thus a new pedagogical procedure that takes into account the denial, the matured scepticism and the experience to achieve the real knowledge of your formation (Bildung). <![CDATA[Paulo Freire, a treasure of Brazil: interview with Professor Dr. Carlos Alberto Torres]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-46122020000100200&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo A partir da leitura da Fenomenologia do espírito [Phänomenologie des Geistes] (1807), de Hegel (1992), em particular, da Introdução, busca-se elaborar os pressupostos da formação da consciência, mostrando os momentos em que essa passa pelo seu formar, diferentemente do que ocorria no período moderno. Percebe-se o surgimento de novo critério de formação, cujo fundamento é assinalado pela crítica que Hegel faz à formação representativa, que sustenta a educação mediante a interiorização do pensamento e a representa a partir de conceitos que não passaram pela experiência com o objeto e nem realizaram a negação de seu saber com o intuito de formar outro. Já na formação dialética, a partir dos pressupostos hegelianos, a consciência sai do seu estado natural e percorre o movimento do círculo espiral e, em cada momento desse percurso circular, realiza a experiência entre o saber da consciência com a verdade do objeto. Nesse sentido, cada etapa dessa experiência é o aprofundar no saber da consciência e na verdade do objeto, causando dúvida e desespero em seu formar, pois vê desaparecerem o conhecer e a verdade que tinha do objeto. Com isso, têm-se os momentos de negação, de conservação e de superação tanto na consciência quanto no objeto, constituindo a suprassunção [Aufhebung] até alcançar o saber conceitual em que há a identificação entre o saber e a verdade. Com esse princípio de formação, Hegel faz a crítica da crítica e efetiva a experiência entre o saber do sujeito e a verdade do objeto. Nesse itinerário, a consciência, paulatinamente, entra no processo do trabalho de formação, cujo fundamento é o concrecere – crescer juntos; ou seja, o saber da consciência com a verdade do objeto. Isso se realiza no momento em que a consciência é tocada pelo fenômeno do objeto. Há, então, novo procedimento pedagógico que leva em consideração a negação, o ceticismo amadurecido e a experiência para alcançar o saber real de sua formação [Bildung].<hr/>Abstract From the prism of Hegel’s (1992) Phenomenology of spirit [Phänomenologie des Geistes] (1807), in special, the Introduction, the purpose of this paper is to develop the assumptions of the formation of consciousness. This path shows the moments in which consciousness passes through its formation differently from what occurred in the modern period. Therefore, we can see the emergence of a new criterion of formation whose foundation is indicated by Hegel’s criticism against the representative formation, which sustains education through the internalization of thought and represents it from concepts that did not pass through the experience with the object and not made the denial of their knowledge in order to form another. In dialectical formation, by Hegelian presuppositions, consciousness leaves its natural state and goes through the movement of the spiral circle in which each moment of this circle realizes the experience between the knowledge of consciousness with the truth of the object. In this sense, each stage of this experience is the deepening of the knowledge of the conscience and the truth of the object, thus causing doubt and despair in its formation, as it sees the knowledge and truth that it had of the object disappear. Thus, there are moments of denial, conservation, and overcoming in consciousness and in the object, constituting the supersumption (Aufhebung) until reaching the conceptual knowledge in which there is the identification between knowledge and truth. With this principle of formation, Hegel critiques the critique and makes the experience between the knowledge of the subject and the truth of the object. In this itinerary, the consciousness enters into the process of formation whose foundation is concrecere, growing together; that is, the knowledge of consciousness with the truth of the object. This occurs when the conscience is touched by the phenomenon of the object. There is thus a new pedagogical procedure that takes into account the denial, the matured scepticism and the experience to achieve the real knowledge of your formation (Bildung). <![CDATA[Pedagogia radical e inclusiva: possíveis horizontes em tempos de covid-19 e de pós-pandemia]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-46122020000100201&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo A partir da leitura da Fenomenologia do espírito [Phänomenologie des Geistes] (1807), de Hegel (1992), em particular, da Introdução, busca-se elaborar os pressupostos da formação da consciência, mostrando os momentos em que essa passa pelo seu formar, diferentemente do que ocorria no período moderno. Percebe-se o surgimento de novo critério de formação, cujo fundamento é assinalado pela crítica que Hegel faz à formação representativa, que sustenta a educação mediante a interiorização do pensamento e a representa a partir de conceitos que não passaram pela experiência com o objeto e nem realizaram a negação de seu saber com o intuito de formar outro. Já na formação dialética, a partir dos pressupostos hegelianos, a consciência sai do seu estado natural e percorre o movimento do círculo espiral e, em cada momento desse percurso circular, realiza a experiência entre o saber da consciência com a verdade do objeto. Nesse sentido, cada etapa dessa experiência é o aprofundar no saber da consciência e na verdade do objeto, causando dúvida e desespero em seu formar, pois vê desaparecerem o conhecer e a verdade que tinha do objeto. Com isso, têm-se os momentos de negação, de conservação e de superação tanto na consciência quanto no objeto, constituindo a suprassunção [Aufhebung] até alcançar o saber conceitual em que há a identificação entre o saber e a verdade. Com esse princípio de formação, Hegel faz a crítica da crítica e efetiva a experiência entre o saber do sujeito e a verdade do objeto. Nesse itinerário, a consciência, paulatinamente, entra no processo do trabalho de formação, cujo fundamento é o concrecere – crescer juntos; ou seja, o saber da consciência com a verdade do objeto. Isso se realiza no momento em que a consciência é tocada pelo fenômeno do objeto. Há, então, novo procedimento pedagógico que leva em consideração a negação, o ceticismo amadurecido e a experiência para alcançar o saber real de sua formação [Bildung].<hr/>Abstract From the prism of Hegel’s (1992) Phenomenology of spirit [Phänomenologie des Geistes] (1807), in special, the Introduction, the purpose of this paper is to develop the assumptions of the formation of consciousness. This path shows the moments in which consciousness passes through its formation differently from what occurred in the modern period. Therefore, we can see the emergence of a new criterion of formation whose foundation is indicated by Hegel’s criticism against the representative formation, which sustains education through the internalization of thought and represents it from concepts that did not pass through the experience with the object and not made the denial of their knowledge in order to form another. In dialectical formation, by Hegelian presuppositions, consciousness leaves its natural state and goes through the movement of the spiral circle in which each moment of this circle realizes the experience between the knowledge of consciousness with the truth of the object. In this sense, each stage of this experience is the deepening of the knowledge of the conscience and the truth of the object, thus causing doubt and despair in its formation, as it sees the knowledge and truth that it had of the object disappear. Thus, there are moments of denial, conservation, and overcoming in consciousness and in the object, constituting the supersumption (Aufhebung) until reaching the conceptual knowledge in which there is the identification between knowledge and truth. With this principle of formation, Hegel critiques the critique and makes the experience between the knowledge of the subject and the truth of the object. In this itinerary, the consciousness enters into the process of formation whose foundation is concrecere, growing together; that is, the knowledge of consciousness with the truth of the object. This occurs when the conscience is touched by the phenomenon of the object. There is thus a new pedagogical procedure that takes into account the denial, the matured scepticism and the experience to achieve the real knowledge of your formation (Bildung). <![CDATA[PONDÉ, Luiz Felipe. Espiritualidade para corajosos: a busca de sentido no mundo de hoje. São Paulo: Planeta do Brasil, 2018.]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-46122020000100300&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo A partir da leitura da Fenomenologia do espírito [Phänomenologie des Geistes] (1807), de Hegel (1992), em particular, da Introdução, busca-se elaborar os pressupostos da formação da consciência, mostrando os momentos em que essa passa pelo seu formar, diferentemente do que ocorria no período moderno. Percebe-se o surgimento de novo critério de formação, cujo fundamento é assinalado pela crítica que Hegel faz à formação representativa, que sustenta a educação mediante a interiorização do pensamento e a representa a partir de conceitos que não passaram pela experiência com o objeto e nem realizaram a negação de seu saber com o intuito de formar outro. Já na formação dialética, a partir dos pressupostos hegelianos, a consciência sai do seu estado natural e percorre o movimento do círculo espiral e, em cada momento desse percurso circular, realiza a experiência entre o saber da consciência com a verdade do objeto. Nesse sentido, cada etapa dessa experiência é o aprofundar no saber da consciência e na verdade do objeto, causando dúvida e desespero em seu formar, pois vê desaparecerem o conhecer e a verdade que tinha do objeto. Com isso, têm-se os momentos de negação, de conservação e de superação tanto na consciência quanto no objeto, constituindo a suprassunção [Aufhebung] até alcançar o saber conceitual em que há a identificação entre o saber e a verdade. Com esse princípio de formação, Hegel faz a crítica da crítica e efetiva a experiência entre o saber do sujeito e a verdade do objeto. Nesse itinerário, a consciência, paulatinamente, entra no processo do trabalho de formação, cujo fundamento é o concrecere – crescer juntos; ou seja, o saber da consciência com a verdade do objeto. Isso se realiza no momento em que a consciência é tocada pelo fenômeno do objeto. Há, então, novo procedimento pedagógico que leva em consideração a negação, o ceticismo amadurecido e a experiência para alcançar o saber real de sua formação [Bildung].<hr/>Abstract From the prism of Hegel’s (1992) Phenomenology of spirit [Phänomenologie des Geistes] (1807), in special, the Introduction, the purpose of this paper is to develop the assumptions of the formation of consciousness. This path shows the moments in which consciousness passes through its formation differently from what occurred in the modern period. Therefore, we can see the emergence of a new criterion of formation whose foundation is indicated by Hegel’s criticism against the representative formation, which sustains education through the internalization of thought and represents it from concepts that did not pass through the experience with the object and not made the denial of their knowledge in order to form another. In dialectical formation, by Hegelian presuppositions, consciousness leaves its natural state and goes through the movement of the spiral circle in which each moment of this circle realizes the experience between the knowledge of consciousness with the truth of the object. In this sense, each stage of this experience is the deepening of the knowledge of the conscience and the truth of the object, thus causing doubt and despair in its formation, as it sees the knowledge and truth that it had of the object disappear. Thus, there are moments of denial, conservation, and overcoming in consciousness and in the object, constituting the supersumption (Aufhebung) until reaching the conceptual knowledge in which there is the identification between knowledge and truth. With this principle of formation, Hegel critiques the critique and makes the experience between the knowledge of the subject and the truth of the object. In this itinerary, the consciousness enters into the process of formation whose foundation is concrecere, growing together; that is, the knowledge of consciousness with the truth of the object. This occurs when the conscience is touched by the phenomenon of the object. There is thus a new pedagogical procedure that takes into account the denial, the matured scepticism and the experience to achieve the real knowledge of your formation (Bildung). <![CDATA[OLIVEIRA-FORMOSINHO, Júlia. Documentação Pedagógica e avaliação na educação infantil: um caminho para a transformação Tradução de: Alexandre Salvaterra; revisão técnica: Júlia Oliveira-Formosinho, Mônica Appezzato Pinazza, Paulo Fochi – Porto Alegre: Penso, 2019.]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-46122020000100301&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo A partir da leitura da Fenomenologia do espírito [Phänomenologie des Geistes] (1807), de Hegel (1992), em particular, da Introdução, busca-se elaborar os pressupostos da formação da consciência, mostrando os momentos em que essa passa pelo seu formar, diferentemente do que ocorria no período moderno. Percebe-se o surgimento de novo critério de formação, cujo fundamento é assinalado pela crítica que Hegel faz à formação representativa, que sustenta a educação mediante a interiorização do pensamento e a representa a partir de conceitos que não passaram pela experiência com o objeto e nem realizaram a negação de seu saber com o intuito de formar outro. Já na formação dialética, a partir dos pressupostos hegelianos, a consciência sai do seu estado natural e percorre o movimento do círculo espiral e, em cada momento desse percurso circular, realiza a experiência entre o saber da consciência com a verdade do objeto. Nesse sentido, cada etapa dessa experiência é o aprofundar no saber da consciência e na verdade do objeto, causando dúvida e desespero em seu formar, pois vê desaparecerem o conhecer e a verdade que tinha do objeto. Com isso, têm-se os momentos de negação, de conservação e de superação tanto na consciência quanto no objeto, constituindo a suprassunção [Aufhebung] até alcançar o saber conceitual em que há a identificação entre o saber e a verdade. Com esse princípio de formação, Hegel faz a crítica da crítica e efetiva a experiência entre o saber do sujeito e a verdade do objeto. Nesse itinerário, a consciência, paulatinamente, entra no processo do trabalho de formação, cujo fundamento é o concrecere – crescer juntos; ou seja, o saber da consciência com a verdade do objeto. Isso se realiza no momento em que a consciência é tocada pelo fenômeno do objeto. Há, então, novo procedimento pedagógico que leva em consideração a negação, o ceticismo amadurecido e a experiência para alcançar o saber real de sua formação [Bildung].<hr/>Abstract From the prism of Hegel’s (1992) Phenomenology of spirit [Phänomenologie des Geistes] (1807), in special, the Introduction, the purpose of this paper is to develop the assumptions of the formation of consciousness. This path shows the moments in which consciousness passes through its formation differently from what occurred in the modern period. Therefore, we can see the emergence of a new criterion of formation whose foundation is indicated by Hegel’s criticism against the representative formation, which sustains education through the internalization of thought and represents it from concepts that did not pass through the experience with the object and not made the denial of their knowledge in order to form another. In dialectical formation, by Hegelian presuppositions, consciousness leaves its natural state and goes through the movement of the spiral circle in which each moment of this circle realizes the experience between the knowledge of consciousness with the truth of the object. In this sense, each stage of this experience is the deepening of the knowledge of the conscience and the truth of the object, thus causing doubt and despair in its formation, as it sees the knowledge and truth that it had of the object disappear. Thus, there are moments of denial, conservation, and overcoming in consciousness and in the object, constituting the supersumption (Aufhebung) until reaching the conceptual knowledge in which there is the identification between knowledge and truth. With this principle of formation, Hegel critiques the critique and makes the experience between the knowledge of the subject and the truth of the object. In this itinerary, the consciousness enters into the process of formation whose foundation is concrecere, growing together; that is, the knowledge of consciousness with the truth of the object. This occurs when the conscience is touched by the phenomenon of the object. There is thus a new pedagogical procedure that takes into account the denial, the matured scepticism and the experience to achieve the real knowledge of your formation (Bildung). <![CDATA[L’ECUYER, C. Educar na realidade. São Paulo: Fons Sapientiae, 2019.]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-46122020000100302&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo A partir da leitura da Fenomenologia do espírito [Phänomenologie des Geistes] (1807), de Hegel (1992), em particular, da Introdução, busca-se elaborar os pressupostos da formação da consciência, mostrando os momentos em que essa passa pelo seu formar, diferentemente do que ocorria no período moderno. Percebe-se o surgimento de novo critério de formação, cujo fundamento é assinalado pela crítica que Hegel faz à formação representativa, que sustenta a educação mediante a interiorização do pensamento e a representa a partir de conceitos que não passaram pela experiência com o objeto e nem realizaram a negação de seu saber com o intuito de formar outro. Já na formação dialética, a partir dos pressupostos hegelianos, a consciência sai do seu estado natural e percorre o movimento do círculo espiral e, em cada momento desse percurso circular, realiza a experiência entre o saber da consciência com a verdade do objeto. Nesse sentido, cada etapa dessa experiência é o aprofundar no saber da consciência e na verdade do objeto, causando dúvida e desespero em seu formar, pois vê desaparecerem o conhecer e a verdade que tinha do objeto. Com isso, têm-se os momentos de negação, de conservação e de superação tanto na consciência quanto no objeto, constituindo a suprassunção [Aufhebung] até alcançar o saber conceitual em que há a identificação entre o saber e a verdade. Com esse princípio de formação, Hegel faz a crítica da crítica e efetiva a experiência entre o saber do sujeito e a verdade do objeto. Nesse itinerário, a consciência, paulatinamente, entra no processo do trabalho de formação, cujo fundamento é o concrecere – crescer juntos; ou seja, o saber da consciência com a verdade do objeto. Isso se realiza no momento em que a consciência é tocada pelo fenômeno do objeto. Há, então, novo procedimento pedagógico que leva em consideração a negação, o ceticismo amadurecido e a experiência para alcançar o saber real de sua formação [Bildung].<hr/>Abstract From the prism of Hegel’s (1992) Phenomenology of spirit [Phänomenologie des Geistes] (1807), in special, the Introduction, the purpose of this paper is to develop the assumptions of the formation of consciousness. This path shows the moments in which consciousness passes through its formation differently from what occurred in the modern period. Therefore, we can see the emergence of a new criterion of formation whose foundation is indicated by Hegel’s criticism against the representative formation, which sustains education through the internalization of thought and represents it from concepts that did not pass through the experience with the object and not made the denial of their knowledge in order to form another. In dialectical formation, by Hegelian presuppositions, consciousness leaves its natural state and goes through the movement of the spiral circle in which each moment of this circle realizes the experience between the knowledge of consciousness with the truth of the object. In this sense, each stage of this experience is the deepening of the knowledge of the conscience and the truth of the object, thus causing doubt and despair in its formation, as it sees the knowledge and truth that it had of the object disappear. Thus, there are moments of denial, conservation, and overcoming in consciousness and in the object, constituting the supersumption (Aufhebung) until reaching the conceptual knowledge in which there is the identification between knowledge and truth. With this principle of formation, Hegel critiques the critique and makes the experience between the knowledge of the subject and the truth of the object. In this itinerary, the consciousness enters into the process of formation whose foundation is concrecere, growing together; that is, the knowledge of consciousness with the truth of the object. This occurs when the conscience is touched by the phenomenon of the object. There is thus a new pedagogical procedure that takes into account the denial, the matured scepticism and the experience to achieve the real knowledge of your formation (Bildung). <![CDATA[DOMINGUES, Ivan. O continente e a ilha: duas vias da filosofia contemporânea. 2. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2017. 159 p.]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-46122020000100303&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo A partir da leitura da Fenomenologia do espírito [Phänomenologie des Geistes] (1807), de Hegel (1992), em particular, da Introdução, busca-se elaborar os pressupostos da formação da consciência, mostrando os momentos em que essa passa pelo seu formar, diferentemente do que ocorria no período moderno. Percebe-se o surgimento de novo critério de formação, cujo fundamento é assinalado pela crítica que Hegel faz à formação representativa, que sustenta a educação mediante a interiorização do pensamento e a representa a partir de conceitos que não passaram pela experiência com o objeto e nem realizaram a negação de seu saber com o intuito de formar outro. Já na formação dialética, a partir dos pressupostos hegelianos, a consciência sai do seu estado natural e percorre o movimento do círculo espiral e, em cada momento desse percurso circular, realiza a experiência entre o saber da consciência com a verdade do objeto. Nesse sentido, cada etapa dessa experiência é o aprofundar no saber da consciência e na verdade do objeto, causando dúvida e desespero em seu formar, pois vê desaparecerem o conhecer e a verdade que tinha do objeto. Com isso, têm-se os momentos de negação, de conservação e de superação tanto na consciência quanto no objeto, constituindo a suprassunção [Aufhebung] até alcançar o saber conceitual em que há a identificação entre o saber e a verdade. Com esse princípio de formação, Hegel faz a crítica da crítica e efetiva a experiência entre o saber do sujeito e a verdade do objeto. Nesse itinerário, a consciência, paulatinamente, entra no processo do trabalho de formação, cujo fundamento é o concrecere – crescer juntos; ou seja, o saber da consciência com a verdade do objeto. Isso se realiza no momento em que a consciência é tocada pelo fenômeno do objeto. Há, então, novo procedimento pedagógico que leva em consideração a negação, o ceticismo amadurecido e a experiência para alcançar o saber real de sua formação [Bildung].<hr/>Abstract From the prism of Hegel’s (1992) Phenomenology of spirit [Phänomenologie des Geistes] (1807), in special, the Introduction, the purpose of this paper is to develop the assumptions of the formation of consciousness. This path shows the moments in which consciousness passes through its formation differently from what occurred in the modern period. Therefore, we can see the emergence of a new criterion of formation whose foundation is indicated by Hegel’s criticism against the representative formation, which sustains education through the internalization of thought and represents it from concepts that did not pass through the experience with the object and not made the denial of their knowledge in order to form another. In dialectical formation, by Hegelian presuppositions, consciousness leaves its natural state and goes through the movement of the spiral circle in which each moment of this circle realizes the experience between the knowledge of consciousness with the truth of the object. In this sense, each stage of this experience is the deepening of the knowledge of the conscience and the truth of the object, thus causing doubt and despair in its formation, as it sees the knowledge and truth that it had of the object disappear. Thus, there are moments of denial, conservation, and overcoming in consciousness and in the object, constituting the supersumption (Aufhebung) until reaching the conceptual knowledge in which there is the identification between knowledge and truth. With this principle of formation, Hegel critiques the critique and makes the experience between the knowledge of the subject and the truth of the object. In this itinerary, the consciousness enters into the process of formation whose foundation is concrecere, growing together; that is, the knowledge of consciousness with the truth of the object. This occurs when the conscience is touched by the phenomenon of the object. There is thus a new pedagogical procedure that takes into account the denial, the matured scepticism and the experience to achieve the real knowledge of your formation (Bildung). <![CDATA[ARROYO, Miguel G. Vidas Ameaçadas: Exigências-respostas éticas da Educação e da Docência. Petr[opoles: Vozes, 2019.]]> http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-46122020000100304&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumo A partir da leitura da Fenomenologia do espírito [Phänomenologie des Geistes] (1807), de Hegel (1992), em particular, da Introdução, busca-se elaborar os pressupostos da formação da consciência, mostrando os momentos em que essa passa pelo seu formar, diferentemente do que ocorria no período moderno. Percebe-se o surgimento de novo critério de formação, cujo fundamento é assinalado pela crítica que Hegel faz à formação representativa, que sustenta a educação mediante a interiorização do pensamento e a representa a partir de conceitos que não passaram pela experiência com o objeto e nem realizaram a negação de seu saber com o intuito de formar outro. Já na formação dialética, a partir dos pressupostos hegelianos, a consciência sai do seu estado natural e percorre o movimento do círculo espiral e, em cada momento desse percurso circular, realiza a experiência entre o saber da consciência com a verdade do objeto. Nesse sentido, cada etapa dessa experiência é o aprofundar no saber da consciência e na verdade do objeto, causando dúvida e desespero em seu formar, pois vê desaparecerem o conhecer e a verdade que tinha do objeto. Com isso, têm-se os momentos de negação, de conservação e de superação tanto na consciência quanto no objeto, constituindo a suprassunção [Aufhebung] até alcançar o saber conceitual em que há a identificação entre o saber e a verdade. Com esse princípio de formação, Hegel faz a crítica da crítica e efetiva a experiência entre o saber do sujeito e a verdade do objeto. Nesse itinerário, a consciência, paulatinamente, entra no processo do trabalho de formação, cujo fundamento é o concrecere – crescer juntos; ou seja, o saber da consciência com a verdade do objeto. Isso se realiza no momento em que a consciência é tocada pelo fenômeno do objeto. Há, então, novo procedimento pedagógico que leva em consideração a negação, o ceticismo amadurecido e a experiência para alcançar o saber real de sua formação [Bildung].<hr/>Abstract From the prism of Hegel’s (1992) Phenomenology of spirit [Phänomenologie des Geistes] (1807), in special, the Introduction, the purpose of this paper is to develop the assumptions of the formation of consciousness. This path shows the moments in which consciousness passes through its formation differently from what occurred in the modern period. Therefore, we can see the emergence of a new criterion of formation whose foundation is indicated by Hegel’s criticism against the representative formation, which sustains education through the internalization of thought and represents it from concepts that did not pass through the experience with the object and not made the denial of their knowledge in order to form another. In dialectical formation, by Hegelian presuppositions, consciousness leaves its natural state and goes through the movement of the spiral circle in which each moment of this circle realizes the experience between the knowledge of consciousness with the truth of the object. In this sense, each stage of this experience is the deepening of the knowledge of the conscience and the truth of the object, thus causing doubt and despair in its formation, as it sees the knowledge and truth that it had of the object disappear. Thus, there are moments of denial, conservation, and overcoming in consciousness and in the object, constituting the supersumption (Aufhebung) until reaching the conceptual knowledge in which there is the identification between knowledge and truth. With this principle of formation, Hegel critiques the critique and makes the experience between the knowledge of the subject and the truth of the object. In this itinerary, the consciousness enters into the process of formation whose foundation is concrecere, growing together; that is, the knowledge of consciousness with the truth of the object. This occurs when the conscience is touched by the phenomenon of the object. There is thus a new pedagogical procedure that takes into account the denial, the matured scepticism and the experience to achieve the real knowledge of your formation (Bildung).