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Reflexão e Ação

On-line version ISSN 1982-9949

Rev. Reflex vol.29 no.3 Santa Cruz do Sul Sept./Dec 2021  Epub Sep 04, 2023

https://doi.org/10.17058/rea.v29i3.14784 

Artigos do Fluxo

Ensino tecnológico da sistematização da assistência de enfermagem relacionando a teoria e prática

Techonological teaching of the sistematization of nursing assistance relating theory and practice

Enseñanza tecnológica de la sistematización de la asistencia de enfermería relacionando la teoría y la práctica

Luís Felipe Pissaia1 
http://orcid.org/0000-0002-4903-0775

Márcia Jussara Hepp Rehfeldt2 
http://orcid.org/0000-0002-0007-8639

Arlete Eli Kunz da Costa3 
http://orcid.org/0000-0002-5655-3646

1 Universidade do Vale do Taquari - UNIVATES - Lajeado - Rio Grande do Sul - Brasil.

2 Universidade do Vale do Taquari - UNIVATES - Lajeado - Rio Grande do Sul - Brasil.

3 Universidade do Vale do Taquari - UNIVATES - Lajeado - Rio Grande do Sul - Brasil.


RESUMO

Neste estudo buscou-se avaliar as implicações promovidas pelo conjunto de atividades utilizadas para estabelecer a relação entre teoria e prática nas disciplinas de Enfermagem na Saúde do Adulto e Idoso I e II de um curso de Enfermagem. Para estabelecer tal objetivo, realizou-se uma pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória. Evidenciou-se, que os participantes compreendem a importância de realizar a Sistematização da Assistência de Enfermagem e o Processo de Enfermagem como apoio à qualificação da assistência. Dentre os resultados, destacam-se as inferências sobre a potencialidade do software Tasy para a realização da relação entre teoria e prática sobre os conteúdos apresentados.

Palavras-chave: Ensino em Enfermagem; Estratégias de Ensino; Teoria e Prática; Tasy; Sistematização da Assistência de Enfermagem; Processo de Enfermagem

ABSTRACT

This study aims to evaluate the implications promoted by a set of activities used to establish the relationship between theory and practice in Nursing in Adult and Elderly Health I and II of a Nursing career. To establish this objective, a qualitative, descriptive, and exploratory research was carried out. It was evidenced that the participants understood the importance of carrying out the Systematization of Nursing Assistance and the Nursing Process to support the assistance qualification. Among the results, the inferences about the Tasy Software uses for the relationship between theory and Practice on contents presented.

Keywords: Nursing Teaching; Teaching Strategies; Theory and practice; Tasy; Systematization of Nursing Assistance; Nursing Process

RESUMEN

En este estudio se buscó evaluar las implicaciones promovidas por el conjunto de actividades utilizadas para establecer la relación entre la teoría y la práctica en la disciplina de Enfermería en la Salud del Adulto y Anciano I y II de un curso de Enfermería. Para establecer tal objetivo, se realizó una investigación cualitativa, descriptiva y exploratoria. Se evidenció, que los participantes comprender la importancia de realizar la Sistematización de la Asistencia de Enfermería y el Proceso de Enfermería como apoyo a la cualificación de la asistencia. Dentro de los resultados, se destacan las inferencias sobre la potencialidad del Software Tasy para la realización de la relación entre teoría y Práctica sobre los contenidos presentados.

Palabras clave: Enseñanza de Enfermería; Estrategias de Enseñanza; Teoría y Práctica; Tasy; Sistematización de la Asistencia de Enfermería; Proceso de Enfermería

INTRODUÇÃO

De que maneira podemos ensinar a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE)? Não há modelos e sim desafios! A construção da SAE em um processo de ensino em saúde exige aperfeiçoamento, pois quando unimos os termos ensino e saúde, muitas demandas surgem e poucas certezas são verificadas, já que se trata de modelos a serem construídos, testados e reconstruídos para validação na área. Em outras palavras o ensino da SAE, conforme Pissaia et al. (2018), instiga a buscar pela essência de seu significado. Assim, trata-se de uma metodologia de trabalho própria do enfermeiro que proporciona além da qualificação da assistência prestada ao cliente o gerenciamento integral e efetivo do serviço de saúde.

Além disso, a área da enfermagem sofreu muitas modificações nos últimos anos. Conforme Tannure e Pinheiro (2014), as demandas do cenário econômico e as alterações da política mundial, fizeram ser necessária a reorganização de suas práticas, bem como a adaptação a metodologias de trabalho que explicitassem maior visibilidade e autonomia para a profissão. De fato, essa adaptação a novos modelos incluem a organização efetiva das informações geradas pela assistência prestada ao cliente. Em consonância a isso Pissaia et al. (2018) evidenciam o apoio de softwares que auxiliam no controle e disseminação dos dados coletados pelas equipes de saúde com a finalidade de qualificar a relação entre a teoria e a prática.

Utilizando-se da mesma argumentação, Tannure e Pinheiro (2014) reforçam a necessidade de modelos baseados em preceitos teóricos e científicos que aplicados à assistência incitam a incorporação de práticas efetivas e resolutivas aos clientes. Em síntese, a SAE trata-se de um conceito organizacional de planejamento e execução de intervenções sistematizadas e interrelacionadas. Segundo Pissaia et al. (2017) constitui-se como um modelo de gestão operacional das atividades desenvolvidas pela equipe de enfermagem e que faz parte dos currículos dos cursos de graduação da área.

Acrescenta-se a isso também, o ensino, a implantação e a utilização da SAE dispostos pela Resolução 358/2009 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), inserindo-a nos serviços de saúde públicos ou privados onde ocorram cuidados de enfermagem, prevendo ainda o suporte teórico necessário à implementação da sistematização (COFEN, 2009). Em adição à normativa, o COFEN (2009) preconiza ainda as observações quanto a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986 e o Decreto nº 94.406, de 08 de junho de 1987 que dispõem sobre as atividades privativas do profissional de enfermagem, incluindo a liderança, gestão e organização das equipes e serviços de saúde, realização da avaliação e intervenções dos clientes por meio da consulta de enfermagem, a qual se utiliza do Processo de Enfermagem (PE) como instrumento.

Para Leopardi (2006), a fundamentação prática da enfermagem não possui data definida, sendo propositada pelas primeiras ações de cuidadoras religiosas no continente europeu perpassando os séculos por meio da transmissão do conhecimento entre as paredes de mosteiros e gerações de mulheres parteiras e curandeiras que com sua sabedoria construíram os alicerces para a profissão. De fato, a enfermagem moderna é fruto de uma longa trajetória, tendo como precursora a figura de Florence Nightingale, que conforme Guimarães e Santo (2014) foi uma pessoa a frente de seu tempo, capaz de identificar os primeiros preceitos da área, introduzindo os controles de gestão e boas práticas no cuidado durante a Guerra da Criméia, ensinando seus pressupostos aos primeiros profissionais da área.

Para tanto, Pissaia et al. (2018) reforçam que a SAE trata-se de um processo ou ação de implementar uma metodologia de trabalho, metodologia esta no Brasil indicada como PE, o qual ainda vem sendo compreendido e discutido nas instituições de saúde. Acrescenta-se também outro estudo de Pissaia et al. (2017) por meio do qual evidencia-se a dificuldade dos estudantes e futuros profissionais em compreender o uso da SAE bem como sua finalidade e importância no contexto assistencial em que desempenham suas atividades.

Dessa forma, Tannure e Pinheiro (2014) argumentam sobre a SAE implantada com auxílio de tecnologias da informática, demonstrando as facilidades na compreensão dos processos de trabalho envolvidos principalmente pela melhoria na comunicação entre os profissionais e por desempenhar um papel fundamental na gestão do serviço e inter-relação entre a teoria e a prática. Em consonância a isso, Yamamoto, Bandiera-Paiva e Ito (2015) consideram que a SAE quando utilizada juntamente com um software de gestão, no caso o Tasy, oferece um padrão de organização das informações. Em outro pressuposto apresentado por Pissaia et al. (2018), o Tasy possui a capacidade de fomentar o controle da assistência e a melhoria contínua dos parâmetros de conhecimento da equipe por meio da realização efetiva do PE, sendo este, o embasamento assistencial da profissão e desenvolvendo as habilidades e competências aos estudantes com o auxílio da relação entre teoria e prática.

Neste sentido, este artigo possui como objetivo avaliar as implicações promovidas pelo conjunto de atividades utilizadas para estabelecer a relação entre teoria e prática no ensino da SAE, por meio do software Tasy, nas disciplinas de “Enfermagem na Saúde do Adulto e Idoso” I e II de um curso de Enfermagem.

MATERIAIS E MÉTODOS

Esta pesquisa é de caráter qualitativo e do tipo descritivo e exploratório seguindo-se aproximações com Moreira (2011), Lakatos e Marconi (2011) e Gil (2008). Assim, a exploração dos fatos expõe as potencialidades e fragilidades dos objetos pesquisados, bem como o esclarecimento das diferentes cenas de investigação.

A pesquisa utilizou-se de trinta e um participantes, sendo estudantes do curso de Enfermagem da Universidade do Vale do Taquari. Os participantes em suma, apresentaram a idade média de 24 anos, estando matriculados nas disciplinas de Enfermagem na Saúde do Adulto e Idoso I e II, durante o período de coleta de dados, o primeiro semestre de 2018.

A coleta de dados ocorreu nas dependências da Universidade do Vale do Taquari, em suas salas de aula e no Centro Clínico Univates, serviço escola que atua como campo de estágio aos estudantes da instituição. As atividades desta pesquisa foram realizadas em 20 horas de aula aos trinta e um participantes, sendo que neste estudo utilizou-se como instrumento de coleta de dados a realização de entrevistas individuais com dez estudantes do grupo total utilizando-se das oito horas finais do total de carga horária. As entrevistas foram norteadas por questões chaves que buscaram responder ao objetivo proposto e, de maneira sucinta, instigar a reflexão dos participantes conforme salienta Bardin (2016). Aos achados, também se acrescentou pequenos excertos do diário de campo do pesquisador, sendo pontualidades registradas durante a coleta das informações.

As atividades do presente que totalizaram 20 horas/aula de docência e acompanhamento de estudantes foram divididas entre cinco momentos, os três iniciais de quatro horas cada um foram realizados na disciplina teórica, no turno noturno. Já as demais oito horas foram realizadas na disciplina prática, sendo dois momentos distintos em período diurno.

As atividades tiveram um objetivo específico, o qual era de demonstrar aos participantes a relação entre teoria e prática no ensino da SAE, com o auxílio do software Tasy. Tal conteúdo está presente na ementa das disciplinas e constitui-se como foco de ambas, onde as atividades são realizadas concomitantemente.

A primeira atividade foi uma apresentação de boas vindas ao professor e aos participantes, onde se delimitou o objetivo das atividades e foram explicados os preceitos éticos que norteiam o processo, sendo coletada a assinatura do TCLE neste momento inicial. Após, os estudantes foram convidados a responder um questionário, o qual continha questões norteadoras abertas e descritivas e que buscavam saber o nível de conhecimento sobre a SAE e o PE, bem como as compreensões sobre a relação entre teoria e prática.

No segundo dia, utilizou-se de uma apresentação em PowerPoint para demonstrar alguns conceitos de tecnologia, SAE, Tasy e PE, sendo discutidos os temas com os participantes. Após a delimitação dos temas, realizou-se a confecção de mapas mentais em pequenos grupos, nos quais os participantes foram desafiados a refletirem sobre os conteúdos abordados e o contexto acadêmico e profissional, as criações foram apresentadas para a turma e discutidas.

O terceiro momento foi para discussão das dúvidas que restaram das aulas anteriores e realização de um estudo de caso individual. O estudo de caso visava a realização do PE e em consonante a SAE em todas as suas etapas. Tratava-se de um caso fictício, mas que condizia com o nível de conhecimento dos participantes. Para a realização da atividade, os participantes fizeram uso de taxonomias como a NANDA, NIC e NOC.

As demais quatro horas delimitadas para acompanhamento na disciplina prática foram utilizadas para supervisão dos participantes durante a realização de acolhimentos a clientes, consultas de enfermagem, realização da SAE no software Tasy. Nas ocasiões também foram discutidos alguns assuntos com os participantes, bem como orientado sobre a realização de atividades em geral que compreendem a prática e realizadas cinco entrevistas individuais com o auxílio de um instrumento norteador.

Dessa forma, as entrevistas ocorreram de forma individual, em espaço que ofereceu sigilo aos participantes. Os diálogos tiveram seus áudios gravados e posteriormente transcritos. A análise dos achados iniciou-se pela delimitação de pontos focais compatíveis dentre as transcrições, sendo que após os mesmos deram origem às categorias temáticas. O processo de análise dos achados seguiu as aproximações necessárias a Análise de Conteúdo de Bardin (BARDIN, 2016).

Para a realização desta pesquisa obteve-se a liberação por parte da Universidade do Vale do Taquari e do Centro Clínico Univates por meio de Carta de Anuência iniciando-se os trabalhos após seu recebimento. Também foram respeitados os preceitos éticos para pesquisas com seres humanos preconizados pela Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (BRASIL, 2012). E sob este limiar, utilizaram-se codinomes para nominar os participantes, sendo o prefixo “E” seguido de números ordinais sorteados aleatoriamente. Aos critérios éticos também importa ressaltar que foi aplicado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) no início da pesquisa, onde o pesquisador principal apresentou os objetivos do projeto e realizou a leitura do documento, sendo este assinado pelo mesmo e pelos participantes em duas vias de igual teor.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Tendo-se como base a análise dos resultados, desenvolveu-se esta seção a qual contém as categorias temáticas que dissertam sobre os achados utilizando-se de diversos argumentos científicos. As categorias temáticas foram delimitadas por pontos focais compatíveis dentre as transcrições. Desta forma, iniciam-se as discussões com a descrição da compreensão dos participantes sobre a SAE e o PE na categoria denominada “O contexto de compreensão acadêmica sobre o Processo de Enfermagem e a Sistematização da Assistência de Enfermagem”. A seguir, é apresentada a segunda categoria intitulada “Teoria e prática: Os espaços de aprendizagem do Processo de Enfermagem e da Sistematização da Assistência de Enfermagem”, evidenciando os diferentes espaços de compreensão do conteúdo explicitado.

O CONTEXTO DE COMPREENSÃO ACADÊMICA SOBRE O PROCESSO DE ENFERMAGEM E A SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

A compreensão dos participantes sobre os significados do PE e SAE, bem como sua interrelação torna-se importante quando se busca a qualificação do ensino e o estabelecimento da relação entre teoria e prática no curso de enfermagem. A importância de verificar a compreensão destes participantes vai ao encontro com o incentivo em promover uma formação profissional, de maneira integral, resolutiva e condizente com a realidade de atuação. A busca constante pela qualificação do ensino em enfermagem é preconizada pelas Diretrizes Curriculares dos Cursos de Graduação em Enfermagem, na qual é previsto a utilização de ferramentas de incentivo aos cenários de teorização e práticas (CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 2001).

Inicialmente os participantes da pesquisa foram incentivados a problematizar o PE e a SAE e relatar suas percepções sobre os dois processos, de maneira livre e formato objetivo. As percepções iniciais dos participantes direcionaram a existência do PE a um modo de qualificar a assistência oferecida à população. Neste sentido, E07 foi questionado sobre isso após a realização de um acolhimento no campo de estágio, o participante estava feliz por conseguir redigir as informações no software Tasy sem a necessidade de auxílio da tutora ou colegas e relatou: “Fico feliz em fazer isso, tanto o Processo de Enfermagem, quanto a SAE são feitos por nós, isso é bom porque consigo olhar diferente para a pessoa”. Instigado a relatar um pouco mais sobre a experiência, E07 complementa: “O Processo de Enfermagem por exemplo, faz que a gente olhe para todos os problemas da pessoa, e assim coloque as intervenções que são necessárias e isso é a SAE, dá para perceber a ligação, tudo o que é feito na sala”. Neste último trecho, percebe-se que o participante correlaciona o uso da SAE e do PE como processos complementares, trazendo à tona a aprendizagem obtida durante as aulas teóricas e aplicada na prática com o auxílio do software.

Para Pissaia et al. (2018), a utilização de sistemas informatizados acrescentam a validação necessária para as práticas de enfermagem. Tal validação é obtida por meio dos registros da assistência oferecida aos clientes, cujos documentos de fácil acesso pelo modelo digital, fornecem um banco de dados ampliado e passível de embasamento científico. A busca pela validação dos resultados é descrita por Tannure e Pinheiro (2014) como uma construção saudável e necessária para a profissão. Tal atividade torna-se importante por conferir a qualificação da assistência, o bem estar da população e presença profissional na área da saúde.

De maneira informal, durante a realização do lanche da manhã, E06 foi abordado e quando questionado, respondeu segurando meio pão de queijo com a mão esquerda e na direita um copo de café preto que exalava aroma pela pequena sala. Com resquícios de pão de queijo na boca, E06 relata: “Tô quase no final do curso, já estou vendo sobre a formatura e agora que eu entendi a SAE, nas outras disciplinas acho que XX a Profe ensinou o Processo de Enfermagem, mas nada completo”. A conversa fluiu e o mesmo continuou relatando: “É importante esses momentos sabe, as vezes na sala é complicado de aprender, tem barulho, muita gente e aqui com o computador fica mais fácil e rápido de conversar com o paciente e ir completando”. No contexto, compreendeu-se que o “computador” ao qual o participante se refere, é o software Tasy. Para Paurosi et al. (2018), a criticidade do estudante sobre a própria trajetória acadêmica o estimula a buscar a diferença, estar mais presente em sua própria qualificação e refletir sobre ela.

Quando instigado para argumentar mais sobre a rapidez e facilidade do sistema, E06 relembra: “Já fiz alguns estágios sabe, no hospital também, os colegas sempre falaram que era difícil fazer a SAE, demora, que o sistema não ajuda, mas tô vendo o contrário”. E colocando o restante do pão de queijo na boca relata: “Deve ser difícil onde não tem esse Tasy, fazer tudo na mão com caneta e papel deve demorar mais, mas se pensar na profissão, quando vamos sair do chão se não melhorar aquilo que fizemos?”. Identifica-se que o participante está refletindo sobre o auxílio do software na prática profissional, bem como na qualificação da formação que ele espera partindo-se da trajetória acadêmica.

A disponibilidade de softwares de gestão em saúde ainda não é uma realidade no Brasil. Conforme Pissaia et al. (2018), tais sistemas possuem um alto valor financeiro atrelado a sua aquisição, sendo inviável em alguns serviços de saúde, pois comprometeriam sua sustentabilidade. Para Pissaia e Beschorner (2016), a construção de um espaço de ensino e saúde com o apoio do software Tasy traz ganhos para a comunidade acadêmica que realiza as práticas de ensino e aprendizagem em sua plataforma, mas também oferece uma saúde de qualidade para a população.

As etapas do PE foram tomando forma sob o olhar dos três participantes, cada título foi destacado com uma cor diferenciada e as intervenções, diagnósticos de enfermagem e prescrição foram precedidos por asteriscos que as apresentavam em itens. Ao finalizarem visualizei em suas faces um semblante de dever cumprido, foi quando questionei o porquê o PE não foi feito com o apoio do software e E02 respondeu: “É melhor montar no papel e depois passar no sistema, são informações importantes da pessoa e se for feito bobagem isso vai ficar no prontuário dela, então temos que cuidar”. Complementando, E07 lembra: “Fazer a SAE não é tão fácil, então não dá pra fazer direto, tem que entender e ver se está certo” e ainda E05 remete: “O bom é que estamos em três aqui fazendo, o que um esquece o outro fala e assim fica certo, pois sozinho seria mais difícil de buscar todas as informações na hora”. Conforme Magalhães et al. (2017), as práticas curriculares são momentos de reflexão, observação e ação, em que o estudante verifica o que pode ser realizado e realiza a tomada de decisões importantes sobre o caso que acompanham.

No relato acima, evidencia-se a compreensão dos participantes sobre a realização da SAE, e a delicadeza com que o PE foi conduzido, nos esquemas manuais, demonstrou a seriedade com que o tema é tratado no meio acadêmico. Os participantes conhecem suas próprias dificuldades na composição do PE e da SAE, mas buscaram alternativas de desenvolvimento desta ferramenta, seja com o apoio de materiais, com uma construção coletiva do processo e ainda defendendo as informações que serão disponibilizadas no prontuário do cliente atendido. Para Pissaia et al. (2018) acrescentam a importância dos estudantes estarem cientes do seu papel enquanto profissionais da saúde, principalmente no conhecimento satisfatório sobre os processos de trabalho da área.

No mesmo sentido, quando E06 foi abordado para conversar sobre o tema, o mesmo estava de saída do campo de estágio. Apressado em guardar cadernos na bolsa e verificar mensagens no celular pessoal, respondeu: “Pra mim o Processo de Enfermagem e a SAE são coisas legais que temos que levar para o nosso dia a dia, para cuidar com mais qualidade e principalmente fazer a gestão de onde trabalhamos”. Instigado a relatar mais sobre, o mesmo apoia a mochila sobre uma mesa e fala: “Na verdade a SAE ainda tem preconceito porque dizem que demora demais e ninguém olha, mas aqui, tu tá vendo é diferente, funciona legal, não tudo, mas boa parte do que aprendemos né, e isso já vale a pena”. O participante considera relevante o “preconceito” com a realização da SAE. No entanto, o mesmo o desfaz trazendo a experiência acadêmica, indicando o contrário e incentivando ainda mais a realização dos processos de cuidado pautados nessa dinâmica.

Em seu estudo, Pissaia et al. (2018) evidenciaram que os profissionais de enfermagem possuem muito respeito e valorização sobre a realização da SAE, principalmente pelo modelo resolutivo de problemas atrelado a sua prática. Outro fator verificado no mesmo estudo é a autonomia conferida ao enfermeiro para realizar a SAE, sendo uma metodologia considerada “ privativa”. Assim, conforme os achados ainda existem o preconceito. E para Pissaia et al. (2017), o preconceito na utilização da SAE vem por diversos motivos, incluindo falta de compreensão teórica e prática sobre o assunto, dificuldade em manusear os sistemas envolvidos ou simplesmente uma relutância pessoal sobre o novo processo.

Por fim, os participantes citaram as principais características do PE e da SAE em seus contextos de compreensão acadêmica. E03 ao ser questionado sobre a compreensão do tema estava servindo chá em um copo de plástico transparente. O mesmo iniciou sua fala enquanto sentia a mão esquentar ao apertar a superfície que pareceu amolecida e em movimento abrupto encaixou outro copo abaixo protegendo sua pele. Após estes movimentos, o mesmo repousou o corpo junto ao batente da porta e falou: “Pois é o Processo de Enfermagem é muito mais um método de trabalho né, seguindo as etapas você considera que o atendimento foi integral, pois avaliou a pessoa toda”. O mesmo segue comentando, agora sobre a SAE: “A SAE é um pouco difícil de entender no início, mas basicamente é usar o Processo de maneira sistematizada, interligar as coisas para que funcione, entendi que é isso!”. Neste contexto, identifica-se que o participante sabe diferenciar o PE da SAE, bem como suas atribuições e necessidades práticas, refletindo sobre o trabalho em conjunto de ambos os processos de trabalho em enfermagem.

A construção acadêmica do profissional de enfermagem exige a criticidade sobre os processos assistenciais, de gestão ou ensino. Nesse sentido, Tannure e Pinheiro (2014) enfatizam o papel do próprio estudante na responsabilidade em buscar o conhecimento teórico e prático disponível no meio acadêmico com a finalidade qualifica-lo. Ainda para Pissaia e Beschorner (2016), a construção de um modelo de ensino baseado nas premissas de teoria e prática exige a destreza não somente dos docentes, mas também dos estudantes estarem abertos e sensíveis a perceber a correlação.

A realização da SAE nos serviços de saúde presume a pró-atividade do enfermeiro em implantá-la ou por uma exigência legal. Nesse sentido, verificou-se, no estudo de Pissaia et al. (2018), que os profissionais não recebem a formação adequada para realizar a metodologia de trabalho de forma efetiva na realidade de atuação. Deste modo podem ocorrer observações errôneas de sua realização. Ainda para Tannure e Pinheiro (2014), a realização da SAE é antecedida pela motivação dos profissionais que a implantam e pretendem utilizar nos serviços prestados aos clientes.

TEORIA E PRÁTICA: OS ESPAÇOS DE APRENDIZAGEM DO PROCESSO DE ENFERMAGEM E DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

A disciplina de “Enfermagem na Saúde do Adulto e Idoso I e II” constitui-se como um campo de aprendizagem rico e múltiplo por contemplar as vivências teóricas e práticas em diferentes espaços de ensino, sendo sala de aula, laboratórios e serviços de saúde. Neste sentido, torna-se importante verificar a percepção dos estudantes sobre as atividades realizadas durante as aulas delimitadas que contemplam o fortalecimento da relação entre teoria e prática, no ensino da SAE.

A oferta de modelos de ensino teóricos e práticos é descrita pelas Diretrizes Curriculares dos Cursos de Graduação em Enfermagem. A descrição contempla a necessidade de instigar o estudante a estar em constante reflexão sobre o meio onde está atuando academicamente e o que espera do futuro profissional. Tal ligação deve ser desenvolvida por meio da construção teórica e prática na Instituição de Ensino Superior (IES) (CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 2001; TEIXEIRA, 2017).

Neste contexto alguns participantes relataram já terem contato com o tema SAE no decorrer da disciplina, visto ser uma das temáticas centrais do plano de ensino. E09 coçando levemente o antebraço direito e acomodando-se na cadeira de um dos consultórios, responde: “A Profe fala sobre SAE desde o início do semestre até antes do estágio acontecer, no início eu tinha dificuldade em entender bem como era feito, por nunca ter feito isso sabe, mas depois fui pegando, conforme passou o tempo”. Para Andrade e Silva (2017), a construção do conhecimento em enfermagem ocorre por meio da assimilação do conteúdo, observação e ação, ou seja, trata-se de um processo de experimentação.

A compreensão do conteúdo vai sendo construída com o passar do tempo, haja vista a necessidade dos participantes realizarem práticas sobre a SAE. Ainda assim, E09 complementa: “ Fui aprendendo, na verdade ainda não sei tudo, os trabalhos feitos em sala de aula são ótimos, aprendemos a buscar e anotar as etapas a mão e depois colocar no sistema aqui no estágio, isso é ótimo!”. A mesma participante foi questionada sobre o conjunto de atividades realizadas em sala de aula. Sorriu e expressou felicidade na fala: “Gostei muito, na verdade consegui separar a SAE do Processo de Enfermagem, era uma dificuldade só, mas com a apresentação e depois o estudo de caso foi bom, porque aprendi e coloquei no papel essa diferença”. Nesta última fala identifica-se que o participante lembrou-se de alguns recursos utilizados em sala de aula, como citado, a apresentação em PowerPoint e o estudo de caso, demonstrando que chamou a atenção para a sua aprendizagem. Para Paurosi et al. (2018), o ensino da enfermagem sofreu inúmeras modificações nas últimas décadas, incentivado pela Revolução Tecnológica e necessidade de formar uma mão de obra capacitada e condizente com a realidade de atuação.

A identificação destes recursos esteve presente em várias falas realizadas. A de E08, por exemplo, que realizava uma tarefa de outra disciplina no momento da conversa, relatou: “Gostei muito das aulas, a Profe não tinha falado sobre o Tasy, agora eu sei de várias características que não tinham sido faladas em sala de aula e nem aqui que temos ele para trabalhar, foi muito bom”. O mesmo participante relembra alguns trechos da aula teórica sobre a SAE, na seguinte fala: “ Lembra quando foi dito que o Processo não é SAE? Haha, eu ri alto pensando, que nem você sabia o que falava, mas depois entendi que é diferente mesmo e cada um tem sua função”. A diferenciação entre ambos os processos é um indicativo de abstração eficaz do conhecimento, haja vista a dificuldade dos estudantes em compreender tal fato. O mesmo participante ainda relata: “ Depois da tua aula, que teve o estudo de caso, consegui fazer de forma diferente, eu pensava em cada etapa sem ligação e depois entendi que a SAE é trabalhar com o conjunto”. Nesta última fala percebe-se a construção do conhecimento por meio das atividades, tirando as dúvidas e manifestando por meio dos exercícios sua compreensão.

Magalhães et al. (2017) inferem sobre a necessidade de sensibilizarmos os estudantes para o conteúdo que será trabalhado no espaço de ensino. A sensibilização fortalece o compromisso do estudante, fazendo-o atentar para a construção de símbolos. Ainda para Paurosi et al. (2018), a evolução do ensino em enfermagem permite a correlação entre diversos conteúdos, utilizando-se de exemplos práticos, modelos realísticos ou relatos de experiência. Ambos os modelos, dentre outros, sintetizam aquilo que espera o estudante em seu futuro profissional.

Houve alguns indicativos que os participantes compreenderam a relação entre teoria e prática que fundamentava a realização das atividades, conforme pode ser verificado na fala de E04: “Eu achei muito legal, pois todo o conteúdo foi mostrado de forma clara, adorei os esquemas, sabe os círculos com o conteúdo interligado, isso acabou me fazer entender”. Após alguns segundos de pausa continua: “Na verdade, dava para ver que tudo estava ligado, quando começou pelo Processo de Enfermagem e depois continuou para a SAE, isso deixou claro a relação entre as duas coisas”. E seguindo o diálogo, comenta: “Ao final disso ainda tinha o sistema né, o Tasy, que favorecia que tudo fosse feito, é legal isso, mostrou uma visão de tudo, não é a sala sozinha, mas também tem o estágio para ajudar”. Durante a fala de E04 percebe-se a identificação dos pontos focais trabalhados com o auxílio dos recursos, e de maneira individual foi capaz de relacionar o conteúdo estudado como um grande plano de ensino que contempla a teoria e a prática. Vale ressaltar, que E04 buscou conversar inúmeras vezes com o pesquisador tirando dúvidas sobre o assunto, solicitando materiais de estudo e como poderia ser aprofundado o tema até o final da graduação. O perfil do participante demonstra a capacidade de ser proativo frente a novas demandas. Tal evidência intui claramente para inserção do estudante enquanto sujeito ativo de suas próprias necessidades no campo de conhecimento, conforme é preconizado pelas Diretrizes Curriculares (CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 2001; TEIXEIRA, 2017).

Seguindo a mesma linha de pensamento, E03 desenhando um esquema em seu caderno sobre a perna direita, relata: “Gostei muito das aulas, na verdade tudo que foi usado teve um motivo e mostrou a diferença dos conteúdos, consegui definir muitos conceitos no mapa mental e no estudo de caso”. Quando questionada a falar mais, relata: “Adorei apresentar os mapas mentais, na verdade todos colocaram alguma coisa diferente sabe, que também é importante e as vezes esquecemos, e esse momento de mostrar e comentar o que cada um fez foi muito legal”. Nas falas de E03 percebeu-se a presença marcante dos recursos enquanto potencializadores das metodologias de ensino, fomentando neste caso, a troca de conhecimento e crescimento coletivo da turma. Para Valente (2007), a utilização de recursos em sala de aula instrumentaliza a aprendizagem por meio da experiência individual e entre os pares. Novos modelos de ensino desacomodam a mente e o corpo dos estudantes, fazendo-os exercitar a criatividade e argumentação frente às situações.

A qualificação do trabalho em enfermagem também recebeu destaque nas respostas dos participantes. Inicialmente E01 não queria comentar sobre a aula, mas após uma sensibilização sobre a importância da pesquisa, o mesmo conversou e expôs o seguinte: “Todas as aulas deveriam ser assim, levar um material interessante, fazer entender como é o conteúdo na prática, no estudo de caso, tinha alguns sinais que nunca tinha ouvido falar isso fez eu ir buscar e pesquisando achei”. Tirando a agenda da mochila abre em uma página com algumas anotações e mostrando relata: “Essas foram as coisas que não entendi e fui pesquisar, é assim que dá pra aprender, na verdade temos que ir atrás e ver o que dá pra fazer, ainda mais na saúde, tudo tem que ser certo”. Para Pissaia e Beschorner (2016), a consciência acadêmica é propulsora da solução de diversos desafios que marcam a construção profissional. Os serviços de ensino e saúde trazem à mão do estudante a vivência nua e crua, e partindo de suas próprias acepções de conhecimento, realizam a atuação acadêmica/profissional.

O participante E10 pontua a necessidade de serem utilizadas metodologias diferenciadas de ensino que apresentem maior dinâmica entre o conteúdo e sua aplicação em campo, seja no estágio ou profissionalmente, enfatizando a busca constante pelo próprio conhecimento. No seguinte relato: “Era legal pegar o Tasy lá do ambulatório e levar pra sala, tipo revisar tudo o que atendemos com a Prof”. O participante consegue fazer a relação entre teoria e prática, demonstrando a correlação e importância de estudar determinados atendimentos ou conteúdos nos dois espaços de ensino. Tal achado condiz com o que é preconizado pelas Diretrizes Curriculares dos Cursos de Graduação em Enfermagem (CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 2001; TEIXEIRA, 2017). As afirmações dos participantes qualificam ainda mais a realização das práticas, sendo verificado que se traduziu em experiências positivas de compreensão do conteúdo e de visão profissional que os estudantes geraram a partir do momento.

CONCLUSÃO

Ao avaliar as implicações promovidas pelo conjunto de atividades na disciplina de Enfermagem na Saúde do Adulto e Idoso I e II verificou-se que houve a sensibilização dos participantes para com o conteúdo abordado. Nos relatos verificou-se que a maioria dos participantes visualiza a SAE enquanto processo de trabalho íntegro e necessário para a atuação do enfermeiro, bem como o PE e seu uso para a realização da sistematização de todos os cuidados.

A qualificação da assistência oferecida aos clientes esteve presente nos relatos, por meio da preocupação em aprender os conteúdos para posteriormente aplicá-los visando um bem comum. Observou-se que os estudantes demonstram preocupação com a própria formação, em inovar nas práticas e desenvolver conhecimento científico, com base naquilo que vivenciam durante a academia.

Os participantes trouxeram, ainda, a importância das atividades para compreenderem não somente o conteúdo, mas relacionarem a teoria com a prática, desenvolvendo um olhar sobre o todo, enfatizando as noções sobre o software Tasy. Ainda sobre o Tasy, tornou-se evidente o apego ao sistema enquanto ferramenta de apoio e gerenciamento do serviço, estando à frente da comunicação horizontal das ideias entre a equipe.

Evidenciou-se que o perfil dos participantes demonstra a preocupação com a aprendizagem, estando criticamente posicionados sobre a utilização ou não de tecnologias e dos processos de trabalho que fundamentam a SAE e o PE. As reflexões realizadas estão condizentes com o que é preconizado pelas Diretrizes Curriculares dos Cursos de Graduação em Enfermagem, destacando também a formação integral na área e desenvolvendo as capacidades e competências profissionais.

Em suma, evidenciou-se que os participantes relataram com frequência os benefícios das atividades ministradas, seja pela construção de conceitos ou pela relação entre teoria e prática. Presume-se que os achados condizem com o objetivo deste estudo. As atividades foram pontuais, nesse sentido apresentam um campo temporal restrito para evidências de compreensão integral dos conteúdos, mas a sensibilização dos estudantes ocorreu e tal fato merece destaque.

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Recebido: 17 de Fevereiro de 2021; Aceito: 04 de Maio de 2021

Luís Felipe Pissaia Mestre e Doutorando em Ensino. Docente da Universidade do Vale do Taquari - Univates

Márcia Jussara Hepp Rehfeldt Doutora em Informática na Educação. Docente da Universidade do Vale do Taquari - Univates

Arlete Eli Kunz da Costa Doutora em Ambiente e Desenvolvimento. Docente da Universidade do Vale do Taquari - Univates

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