INTRODUÇÃO
A sociedade contemporânea passou por uma importante transformação com relação aos avanços tecnológicos, modificando de forma considerável o modo como os indivíduos se interagem e relacionam. A tecnologia, definida por Chagas, Brito e Ribas (2008) como um conjunto de conhecimentos produzidos na relação dos indivíduos consigo mesmos, com a natureza e com os seus pares, e o valor da tecnologia não está nela em si mesma, mas no uso que se faz dela, está cada vez mais presente no cotidiano das pessoas e muitas utilizam para diversos fins, seja pessoal ou profissional.
Assim, é possível perceber que as pessoas possuem mais acesso às informações por meio de algum aparato tecnológico. No entanto, esse acesso torna-se possível por diferentes meios, sendo a internet o mais comum. Dessa maneira, a internet é uma mídia interativa que se tornou comercial desde 1995. Nela a pessoa é espectadora e participadora. É por meio desse mecanismo que o sujeito se comunica mundialmente em redes sociais, realiza pesquisas e exerce atividades profissionais (ABREU, 2009; PORTO, 2012).
Portanto, percebe-se que na sociedade atual há uma necessidade das pessoas em utilizar as tecnologias e principalmente a internet para estabelecer o acesso às informações e a busca do conhecimento, além de fazer o seu uso tanto para as questões profissionais, quanto pessoais (SILVEIRA; PIRES, 2017). Na educação, segundo Brasil (2017), algumas pesquisas têm fundamentado sua importância, como é o caso da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que destaca as tecnologias como um meio para a promoção da aprendizagem em todas as áreas do saber.
Dessa forma, o uso delas nas escolas, em especial da plataforma Educopédia nas aulas de educação física, tem criado possibilidade de adoção de novas ferramentas didáticas para o ensino. O Rio de Janeiro, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME), inovou ao criar uma plataforma online em 2010, intitulada Educopédia, na qual professores da rede podem buscar auxílio na elaboração de aulas e instrumentos pedagógicos.
A Plataforma dispõe de recursos como vídeos, conteúdos teóricos e jogos. Segundo Moura e Sousa (2014), em uma pesquisa realizada numa escola do município do Rio de Janeiro, constatou que os jogos eram o recurso mais atrativo, no entanto, pouco explorado pelos professores durante as aulas. Ressalta-se que a metodologia adotada para o estudo do autor foi o levantamento de opiniões do tipo Survey de natureza quantitativa, que foi utilizada a técnica Delphi. A pesquisa ainda contou com a participação de 50 alunos, sendo 25 do sexo masculino e 25 do sexo feminino. Com relação aos jogos serem um recurso mais atrativo, há uma explicação para o fato dos professores não enfatizarem o jogo, e sim todos os conteúdos que a Plataforma dispõe. Moura e Sousa (2014) dizem que o desafio seria “privilegiar a linguagem do gosto sem cair na armadilha de ensinar somente o que os alunos gostam”.
Apesar dessas funcionalidades, um estudo realizado na Escola Municipal Independência (umas das primeiras a receber a Educopédia), apontou que poucos professores acessavam a plataforma. A educação física foi a disciplina com menos acessos (92,7% não utilizavam a Educopédia). Os alunos entrevistados salientaram que o acesso à Educopédia não era necessário, pois a educação física era uma disciplina de cunho prático (MOURA; SOUSA, 2014).
Moura e Sousa (2014) reforçam que “a construção de recursos apoiados nas novas tecnologias como a Educopédia é o exemplo de uma sensibilização para a implementação de novas tecnologias no campo da educação”. Pesquisas também têm sido desenvolvidas na educação física, que constatam que a educação e a escola não podem ser pensadas alheias às tecnologias, “uma vez que acabam sendo atravessadas pelas mesmas no âmbito da cultura digital” (SILVEIRA; PIRES, 2017). Os autores enfatizam que as mídias possuem um papel importante na formação dos jovens, uma vez que os mesmos crescem em contato com as tecnologias. Dessa maneira, é necessário repensar a educação escolar e o papel dos docentes frente as suas práticas pedagógicas, pois os alunos atuais são diferentes de antigamente, ou seja, são mais tecnológicos.
Indalécio e Campos (2017) reforçam a necessidade de aproximar as novas tecnologias da informação à educação física escolar ao revisitar a literatura científica e assinalar que tais recursos apresentam um grande potencial durante o processo de ensino e aprendizagem. É possível, por meio das mídias e com a mediação do professor, trazer para salas de aulas, conteúdos e assuntos que gerem curiosidade e interesse por parte dos alunos, promovendo discussões e o pensamento crítico. Além disso, é preciso apresentar junto aos alunos os recursos com grande potencial de utilização como é o caso da internet, que os alunos poderão acessar as informações e realizar pesquisas, por exemplo.
Estudos anteriores evidenciaram que os professores formados a partir dos anos 2000 tendem a usar mais os recursos tecnológicos (ABREU, 2009). Dessa forma, de acordo com Souza (2017) a sociedade contemporânea é marcada pela presença das tecnologias no cotidiano das pessoas, isto é, uma revolução nas atividades diárias. Portanto, pressupõe-se que os professores da contemporaneidade, por fazem uso das tecnologias de maneira natural no cotidiano, podem transpor seu uso para a prática pedagógica na escola, ou seja, quanto maior a familiaridade com as tecnologias maior a possibilidade do seu uso pedagógico. Portanto, questiona-se: qual a familiaridade dos professores e a frequência que usam as tecnologias? Destarte, o objetivo do trabalho foi verificar os recursos tecnológicos que os professores de educação física do município do Rio de Janeiro possuem, a familiaridade deles junto as mídias, a frequência que utilizam a internet, local que acessam e tempo que permanecem conectados.
MATERIAL E MÉTODO
Conduzimos uma pesquisa do tipo quantitativa, cujo principal instrumento de coleta de dados foi um questionário online com 159 docentes de educação física da SME-RJ de quatro Coordenadorias Regionais de Educação (CRE), ou seja, o questionário foi enviado apenas para os professores que trabalham no município do Rio de Janeiro, nessas quatro CREs.
O questionário foi realizado por meio de um programa chamado SurveyMonkey, que é uma ferramenta para pesquisas online, sendo encaminhados aos docentes da 3ª, 4ª, 10ª, 11ª CRE por meio de um link, através de e-mail ou pelas redes sociais. As demais CREs não participaram do estudo, pois não haveria tempo hábil para a coleta de dados. Desta forma, a orientação realizada pela SME-RJ foi que fossem escolhidas quatro Coordenadorias. Ao clicar neste link, o professor era direcionado ao questionário.. É importante destacar que os participantes da pesquisa, em hipóteses alguma, foram identificados, sendo suas participações de forma anônima. Tivemos um total de 159 professores que participaram da pesquisa com média de idade de 34,25.
No que se refere aos procedimentos éticos, cabe ressaltar que o projeto de pesquisa foi avaliado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), da Universidade do Grande Rio - UNIGRANRIO, nº 53141215.5.0000.5283 e pela equipe técnica da E/SUBE/CED/CT - Educação Física, da E/SUBE/CED - Educopédia/ Rioeduca da SME-RJ, sob processo nº 07/007.125/2015.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Percebe-se o aumento das pessoas que navegam na internet utilizando notebook, smartphone e tablet. Segundo Sobrinho, Nascimento e Marchessou (2016), o uso da internet faz-se necessário pelo fato da sociedade estar mais globalizada e também devido aos avanços tecnológicos. Ressalta-se que por meio da internet, as pessoas podem se comunicar umas com as outras, independentemente da localidade ou distância.
Segundo Sobrinho, Nascimento e Marchessou (2016) com a internet surge a expressão ciberespaço, que significa o espaço virtual e sem fronteiras, no qual circulam os milhares de informações veiculadas na rede. A internet torna-se um mecanismo que os docentes pesquisam, trabalham, utilizam para o lazer, entre outros. O seu acesso pode ser realizado por diversos recursos tecnológicos conforme ilustrado na tabela 1.
Recursos Tecnológicos | Professores |
---|---|
Computador de mesa | 56% |
Laptop | 85,8% |
Smartphone | 78,7% |
Tablet | 51,1% |
Televisão Digital | 78,7% |
Video Game (Xbox, Nitendo, PlayStation) | 44,7% |
Fonte: dados da pesquisa
Como apresenta a tabela acima, constata-se que os professores de educação física da SME-RJ também possuem vários dispositivos eletrônicos. Nessa questão tivemos 141 respondentes e 19 professores que não responderam ou não quiseram opinar. O professor nessa opção poderia marcar mais de um item. Os dados mostram que 85,8% possuem laptop, 78,7% possuem smartphones e televisão digital, 56% possuem computador de mesa, 51,1% possuem tablet e 44,7% tem vídeo game em casa.
Observa-se que os professores possuem diversos aparatos tecnológicos. O seu uso pode ser, tanto para uso pessoal como profissional. Quanto ao uso profissional, as tecnologias móveis podem proporcionar uma inovação dentro do processo pedagógico, ampliando os espaços/tempos de aprendizagem para além das salas de aula e corroborando as já instauradas dinâmicas de colaboração e interatividade, características da cultura digital vigente (FERREIRA, 2012). No entanto, apesar de haver interesses em utilizar as TICs nas salas de aulas com intuito de promover um ensino por meio das mídias, os professores esbaram em algumas dificuldades como: a questão da infraestrutura e o pouco incentivo à qualificação continuada dos formadores de professores na perspectiva das TICs, ficando o ensino muitas vezes centrado mais numa perspectiva tradicional (BIANCHI; PIRES, 2015). Comparado a um estudo realizado por Torres et al. (2016) na cidade de Fortaleza com trinta e dois professores da rede municipal, cujo objetivo era verificar o uso das tecnologias, em especial o computador, constatou-se também os mesmos problemas existentes nesse estudo, como a falta de profissionais e laboratórios de informática, além da estrutura física não ser adequada para aplicar as atividades.
Na busca de conhecer o nível de familiaridade e intensidade em que os professores usam os as tecnologias, foi questionada a frequência em que faziam uso da internet no seu cotidiano, conforme expresso no Gráfico 1.
Já no Gráfico 1, 140 professores responderam essa questão e 20 não responderam ou não quiseram opinar. Em nossa amostra, constata-se que 85,7% dos docentes utilizavam a internet todos os dias, segundo as informações do Gráfico 1. Segundo Kenski (2010), viver sem a tecnologia atualmente é difícil, pois como visto, ela faz parte do dia a dia. Na era contemporânea, a tecnologia é mais notória graças aos avanços científicos da humanidade.
Percebe-se no gráfico que embora ainda exista professores que utilizam pouco ou não usem a internet, devido ao seu crescimento e sua presença natural no cotidiano dos sujeitos sociais a transposição das tecnologias de uso pessoal para o profissional pode proporcionar um interesse maior para os alunos, visto que estão imersos num mundo altamente tecnológico. Nesse sentido, pensar as tecnologias na escola não significa somente pensar na ferramenta, mas o processo e práticas pedagógicas que ele pode propiciar com a mediação dos professores (PORTO 2012).
Já que o uso da internet é comum no cotidiano, é cabível utilizar esse recurso para preparar melhor sua aula por meio de mídias interativas, em que o indivíduo é concomitantemente espectador e participador, estabelecendo assim uma relação mais próxima entre as práticas sociais vivenciadas pelos alunos fora da escola com as experiências pedagógicas dentro dela (SILVA, 2009).
Na pesquisa também foi perguntado o local em que os professores costumavam utilizar a internet, com o objetivo de saber se havia possibilidade de utilização na escola, pois se é viável, também, é possível utilizar como recurso pedagógico.
Ao analisar o Gráfico 2, é possível perceber um total de 140 respondentes e 20 não responderam ou quiseram opinar. Nessa opção, o docente poderia marcar mais de uma resposta. Percebe-se ainda que 24% dos professores respondentes também costumam acessar das escolas onde trabalham, quando há internet.
Nota-se que os docentes que responderam a pesquisa possuem alta conectividade, pois estão sempre acessando a internet. Segundo Gadotti (2000) a conectividade é a principal característica da internet. Essa conectividade que é ofertada pela internet proporciona ainda às pessoas a interação social por meio das redes sociais como facebook, instagran e twitter (SILVA FILHO, 2010).
Fonte: dados da pesquisa.
Com relação ao acesso a internet em dispositivos móveis (Gráfico 3), obteve nessa questão 140 respondentes e percebe-se que 93.6% acessam pelo celular, 27,1% pelo tablet, 20,7% por internet móvel de banda larga, 4,3% não utilizam. Nessa opção, o professor também poderia marcar mais de uma resposta. Dados revelam que docentes de educação física conectam-se com frequência à internet pelo aparelho celular. Como apresentado, são poucos os professores que não utilizam dispositivos móveis para conectarem a internet.
Segundo Ferreira (2012) a cultura da mobilidade caracteriza o atual estágio da cibercultura, quando os dispositivos móveis e ubíquos fazem parte das ações cotidianas, principalmente dos moradores das grandes cidades. Destaca-se ainda que as tecnologias móveis não surgiram recentemente. Segundo Bottentuit Junior (2012) é um conceito antigo, mas vem evoluindo constantemente, devido ao enorme leque de possibilidades que estão sendo adicionados aos dispositivos. Segundo o autor, o aperfeiçoamento dos dispositivos móveis foi um fator bastante positivo, já que é possível realizar certas tarefas com mais facilidade por meio dos aparelhos como pagar uma conta ou realizar uma pesquisa, por exemplo.
Percebe ainda que os dispositivos móveis são bem úteis tanto nas questões acadêmicas, quanto pessoal. O exemplo disso são os celulares smartphones que são aparatos tecnológicos cada vez mais presentes nos espaços culturais das sociedades contemporâneas (PANUCI et al., 2016)
Os smartphones são frequentemente atualizados, e é possível baixar alguns aplicativos úteis como (whatsapp, facebook, etc). Os smartphones são comparados a computadores portáteis, pois muitos estão interligados à web, sendo possível filmar, tirar fotos, realizar montagens, gravar o áudio que o seu usuário desejar, bem como possibilitam novas formas de interações sociais e virtuais (PANUCI et al., 2016).
No que se refere ao smartphones, uma pesquisa desenvolvida por Tahara, Cagliari e Darido (2017) com nove professores de educação física escolar com faixa etária de 22 a 52 anos, cujo objetivo era elaborar e avaliar o material didático para o ensino de corrida de orientação, aponta que é um recurso com grande potencial e que pode auxiliar o docente durante sua prática pedagógica. Além disso, o uso dos celulares pode enriquecer e diversificar as aulas escolares com inovações pedagógicas que favoreçam outros modos de ensinar e novos formatos de aprendizagem dos conteúdos curriculares da área da educação física (TAHARA; CAGLIARI; DARIDO, 2017).
Dessa maneira, percebe-se que os dispositivos móveis são bem aceitos pelos professores que participaram da pesquisa, uma vez que muitos possuem, pois é possível aprender por meio deles, já que muitos celulares e tablets atualmente navegam na internet e são utilizados como computadores portáteis (BOTTENTUIT JUNIOR, 2012).
Quanto à frequência de acesso a internet por dia (Gráfico 4), tivemos nessa questão 140 respostas e vimos que 69% dos respondentes acessam mais de 5 vezes por dia. É um dado que chama atenção, pois observa que estes profissionais estão mais conectados, seja em casa, no trabalho, na rua, por redes wifi ou por meio dos dispositivos móveis.
Antigamente, para uma pessoa realizar uma pesquisa, por exemplo, utilizava com maior frequência as bibliotecas. Já os noticiários eram acompanhadas pelas Tvs e rádios. Assim, com o aumento do fluxo de informação, esse mesmo noticiário pode ser acompanhado na internet em tempo real, ou seja, havendo mais acesso por parte da sociedade. Assim, acontece com relação à realização de pesquisas que as pessoas podem fazer, nas buscas por meio de sites específicos ou mesmo pelo Google, por exemplo. Há aqueles professores que acessam todos os dias a internet conforme abordado no trabalho, tanto profissionalmente, quanto para o lazer. No entanto, alguns acessam com menor frequência. Segundo Schons (2007), tornou-se perceptível o crescimento exponencial da internet, pela expansão de sua massa de informações, juntamente com o número de usuários que dela participam no processo de inteligência coletiva.
Costa (2008) ainda afirma que “as práticas colaborativas têm-se mostrado eficientes no processo de incorporação das TIC no contexto do trabalho docente. Juntos, os professores podem administrar o imenso fluxo de informações que chegam à escola via internet e por outras mídias”. Dessa maneira, a internet torna-se hoje uma ferramenta valiosa dentro do processo ensino aprendizagem, devido a esse fluxo de informação. Isso perfaz com que os docentes permaneçam mais conectados na busca de novos conteúdos conforme o gráfico 4.
Segundo o gráfico, 5, 42% dos docentes ficam conectados à internet de 1 a 3 horas por dia. Tivemos 140 respondentes nesta questão e 20 que não responderam ou quiseram opinar. Verifica-se que os professores costumam ficar conectados na internet pelo menos de uma a três horas por dia.
Comparado a uma pesquisa realizada pelo Portal Brasil (2014), percebe-se que metade dos brasileiros usa a internet de forma regular, ficando conectados em média 4h59 nos dias de semana e 4h24 nos finais de semana, segundo a Pesquisa Brasileira de Mídia (PBM). Os usuários utilizam a internet, principalmente, para se informar (67%) - sejam notícias ou informações de modo geral, para diversão (67%), para passar o tempo livre (38%) e para estudar (24%).
Assim, verifica-se que os professores estão conectados na internet com maior frequência pelo celular Smartphones, com intuito de buscar assuntos relativos à profissão, como materiais pedagógicos, já que segundo Barros, Puggian e Triani (2017), a mídia digital é uma ferramenta pedagógica valiosa dentro do processo educacional, a qual o professor pode explorá-la. Os autores ainda destacam em seu estudo que os aparelhos de som, Datashow e computadores, são utilizados com maior frequência nas aulas pelos professores que participaram da pesquisa. É importante mencionar que o estudo contou com a participação de 160 professores de educação física da rede municipal, no entanto apenas 139 responderam as perguntas do questionário online.
CONCLUSÃO
Diante do que foi apresentado, percebe-se que os professores de educação física da rede municipal de educação do Rio de Janeiro, que participaram desse estudo, são usuários ativos das tecnologias, já que a maioria possui recursos tecnológicos como smartphones, a maioria acessam a internet todos os dias de diferentes lugares, pelo menos cinco vezes ao dia, de 1 a 3 horas. Há também aqueles professores que ficam mais 3 horas na internet. No entanto, no campo educacional este acesso ainda é restrito.
É cabível apontar a necessidade de projetos pedagógicos que tenham como temas transversais a tecnologia na escola, pois foi identificado que o segundo lugar em que os docentes mais acessam a internet é no local de trabalho. Portanto, se há possibilidade de utilizar tecnologias na escola, também torna-se possível transpor esse uso do âmago pessoal para o pedagógica, a fim de aproximar as ações da educação física às práticas sociais vivenciadas pelos alunos foram do ambiente escolar.
Nessa investigação, é notável que as tecnologias fazem parte do cotidiano desses professores. Logo, é importante frisar que esse estudo limitou-se, pois apenas alguns docentes responderam o questionário, sendo necessário que haja estudos também em outras regiões. No entanto, foi possível perceber que apesar das dificuldades que há nas escolas das redes municipais, como a falta de estrutura física para acessarem a internet e a falta de materiais, os professores são mais tecnológicos, pois acessam a internet todos os dias, seja para lazer, seja para trabalho ou estudos.