INTRODUÇÃO
Quando se questiona a qualquer criança ou adolescente porque está praticando esporte é corriqueiro escutar: “Porque quero ser jogador rico e famoso”; “Porque meus pais querem que pratique esporte”; ou “Porque gosto de brincar com meus amigos”. Obviamente existem outros motivos, entretanto, todos certificam que o esporte é um dos fenômenos mais evidentes da sociedade moderna. Inserido em uma vertente extracurricular, o esporte escolar permite motivar os alunos no contexto acadêmico, auxiliando na aquisição de hábitos de estudo, visando um estilo de vida saudável e uma estruturação harmoniosa da vida de escolar e de atleta (LUCAS; PEREIRA; MONTEIRO, 2012).
O termo atleta estudante ou escolar pode ser caracterizado pelas duas atribuições sociais vinculadas ao próprio indivíduo. Conforme Conceição (2015) essas atribuições envolvem dois campos: a escola e o esporte. Ambas demandam atitudes e comportamentos reconhecidos por cada uma das instituições que representam (escolas e clubes). A união desses campos resulta na intersecção de dois cenários que possuem um objetivo em comum: possibilidades de um futuro promissor, pois o desenvolvimento do jovem como cidadão e futuro profissional está diretamente associado ao amparo realizado por esses dois cenários.
Em suma, o atleta escolar é primordialmente inserido em uma atividade de formação esportiva, projetando uma possível profissionalização ou apenas o desenvolvimento da própria saúde; concomitantemente, ele desenvolve sua escolarização. Nesse contexto, a escola possui um papel relevante quanto ao projeto pedagógico de compensação do atleta escolar, ou seja, uma flexibilização adequada. Essa flexibilização faz referência às práticas adotadas que facilitam a permanência do jovem na escola (CONCEIÇÃO, 2015).
Nessa perspectiva, destaca-se um contingente de 67,3% de jovens brasileiros que praticam esporte ou declaram-se praticantes de atividade física (DISPORTE, 2015). Entretanto, alguns levantamentos internacionais têm apontado que apenas uma parcela da população infantil e juvenil pratica esporte com alguma regularidade, e dentre aqueles que iniciam a prática esportiva, há um elevado índice de casos de abandono (CAPRANICA; MILLARD-STAFFORD, 2011; DELORME; CHALABAEV; RASPAUD, 2011; JÕESAAR; HEIN, 2011).
Uma problemática de grande importância para os profissionais que trabalham com a questão da participação esportiva em idades jovens é a compreensão dos motivos que fazem as crianças e adolescentes participarem de modalidades de esporte. No cenário da psicologia do esporte, o direcionamento mais aceito por especialistas é o modelo interacional da motivação para a prática esportiva. De acordo com essa visão, o motivo para a prática esportiva é subordinado à interação entre a personalidade (fatores pessoais) e a fatores do meio ambiente (fatores situacionais). Conforme Weinberg e Gould (2008) a importância dos fatores pessoas e situacionais pode ser alterada no decorrer da vida de acordo com as necessidades e oportunidades atuais.
Entretanto, ainda há duas teorias de motivação consideradas referenciais teóricos para o estudo dos fatores motivacionais para a prática esportiva: a Teoria das Metas de Realização (NICHOLLS, 1984) e a Teoria da Autodeterminação (RYAN; DECI, 2000). Ambas as teorias têm sido utilizadas para uma compreensão mais detalhada dos fatores motivacionais no contexto da educação física e do esporte. Nesse sentindo, especialistas apontam que esses motivos poderiam ser considerados como aspectos relevantes para iniciar a prática de esporte, explicar a sua permanência e reduzir os casos de abandono, uma vez que é determinada como a chave do controle do comportamento humano (DELORME; CHALABAEV; RASPAUD, 2011).
Conforme destaca Smith (2007) identificar e dimensionar os motivos para a prática de esporte em idades jovens pode oferecer o melhor ambiente possível para que os atletas escolares possam aprimorar suas experiências, ou seja, um clima motivacional favorável. Assim, o objetivo desse estudo foi identificar os motivos que levam os jovens a praticarem as modalidades de basquetebol e handebol, além das variáveis: sexo, idade e tempo de treino.
METODOLOGIA
Foram selecionados, aleatoriamente, 365 atletas jovens, sendo 216 meninas e 149 meninos com idades entre 10 e 16 anos pertencentes a equipes integrantes da etapa final dos Jogos Escolares do Paraná 2017. Essa amostra pertenceu a um grupo de coleta piloto de um projeto de pesquisa de maior abrangência intitulado “Capacidades físicas de jovens praticantes de diferentes modalidades esportivas: relação entre dimensões psicossociais e maturação somática”. Esse projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Londrina de acordo com as normas da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde sobre pesquisa envolvendo seres humanos parecer nº CEP/UEL 007/2014. Os responsáveis foram informados quanto à natureza, os objetivos e procedimentos do estudo e assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido permitindo que os atletas escolares participem da pesquisa.
Os dados relativos aos motivos para a prática de esporte foram obtidos mediante a aplicação do instrumento PMQ (Participation Motivation Questionnaire). Originalmente idealizado em língua inglesa (GILL; GROSS; HUDDLESTON, 1983), validado, traduzido e adaptado para a utilização em jovens atletas brasileiros (GUEDES; SILVÉRIO NETTO, 2013b), o PMQ pode ser caracterizado como o instrumento de maior predomínio quanto ao uso na área da psicologia do esporte (BERNARDES; YAMAJI; GUEDES, 2015) e é composto por 30 questões equivalentes ao elenco de possíveis motivos que possam levar atletas escolares a praticarem esportes, agrupadas em oito motivos para a prática de esporte: (a) reconhecimento social; (b) atividade em grupo; (c) aptidão física; (d) emoção; (e) competição; (f) competência técnica; (g) afiliação; e (h) diversão. Em seu delineamento, o respondente indica o grau de importância que mais se aplica para a sua prática de esporte, mediante escala de medida tipo Likert de cinco pontos (1= “nada importante” a 5= “muito importante”).
O instrumento foi aplicado individualmente para cada atleta escolar por uma equipe de pesquisadores no centro de convivência do atleta, com o intuito de evitar situações de estresse pré ou pós-competição. Cada pesquisador entregou o questionário para cada atleta escolar fornecendo instruções para o preenchimento correto do mesmo. Os avaliados que manifestaram alguma dúvida referente ao instrumento foram atendidos pelo pesquisador responsável pela entrega do questionário que explicou novamente, de maneira que não houvesse mais dúvidas perante o preenchimento.
Os dados foram analisados utilizando o pacote estatístico SPSS versão 23.0. Inicialmente aplicou-se o teste de Kolmogorov-Smirnov para verificar a hipótese de distribuição normal. Considerando que os dados mostraram distribuição de frequência normal, recorreram-se aos recursos da estatística paramétrica, descritiva (média e desvio padrão) e comparativa (teste t independente). Os resultados obedeceram a um nível de significância de P<0,05.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
As informações referentes aos motivos para a prática de esporte dos jovens atletas estão descritas no gráfico A. Destaca-se maior importância imputada à dimensão Competência Técnica (4,40 ± 0,70). Em seguida, a dimensão Competição (4,26 ± 0,88). A dimensão Aptidão Física da sequência aos motivos para a prática de esporte em que os atletas escolares imputaram maior grau de importância (4,05 ± 0,92).
A associação dos motivos para a prática de esporte entre meninos e meninas é apresentada no gráfico B. A dimensão Relacionamento Social apresenta diferença significativa para os meninos quando associado às meninas, pois apresentaram maior grau de importância (3,61 ± 0,91). Outra dimensão que apresentou diferença significativa para os meninos quando associada às meninas foi a dimensão Afiliação (3,91 ± 0,90).
Primeiramente, é importante salientar que nenhum dos estudos analisados e utilizados para a discussão deste trabalho menciona o termo estudante ou atleta escolar, ou seja, grande parte das pesquisas realizadas com o intuito de conhecer os motivos para a prática esportiva é realizada com jovens já inseridos na prática sistematizada do treinamento. No Brasil, apesar da pouca literatura com essa temática, o jovem que é destaque no esporte começa sua carreira esportiva na escola, em jogos ou campeonatos escolares (FERRAZ, 2009).
Ao analisar os resultados do presente estudo, com atletas escolares, nota-se que os motivos para a prática de esporte de atletas jovens, de maneira geral, são semelhantes em alguns outros estudos (GUEDES; SILVERIO NETTO, 2013a; ZAMBRIN, 2015; KOPCAKOVA et al.; 2015). Pois obtiveram como resultado as dimensões Competição e/ou Competência Técnica como as mais importantes para a prática de esporte.
De acordo com Guedes e Silverio Netto (2013a) esse achado não deve ser encarado como inusitado, uma vez que é totalmente coerente que essa população tenha preferência por motivos que estejam associados ao sucesso no contexto esportivo. Essa busca intensificada pelo sucesso no esporte pode dar sentido à vida de crianças e adolescentes como alunos e como atletas, pois há um índice significativo de atletas escolares que se tornam socialmente conhecidos pelas suas potencialidades no esporte e acabam despertando interesse de empresários situados no âmbito esportivo.
Assim, é possível que muitos atletas escolares ascendam economicamente via esporte de competição. Para os próprios atletas escolares e seus responsáveis esse desfecho possui uma relação diretamente proporcional ao sistema escolar esportivo (SIMÕES, 2009).
Da mesma maneira, Kopcakova et al. (2015) evidenciam que os aspectos relacionados a percepção para o sucesso, vencer, ser bom em uma modalidade esportiva ou apenas a aprovação dos pais, é um importante fator motivador para os adolescentes aderirem a prática de esporte. Visto que o estudo associa os motivos para a prática de esporte e atividade física, os autores acreditam que a partir do fator motivador supracitado é possível direcionar projetos de intervenções visando um aumento em larga escala do nível de atividade física dos adolescentes.
Pelo fato de também desconsiderar o resultado dos motivos mais importantes para a prática de esporte ser relacionado à busca de aprimoramento e manutenção das habilidades técnicas, Zambrin (2015) destaca uma atenção para as dimensões que foram apontadas com menor valor de importância em seu estudo: Afiliação e Emoção. Pois existem hipóteses que essas dimensões associadas à motivação intrínseca podem ser responsáveis pela tomada de decisão ao praticar uma modalidade esportiva.
Por exemplo, uma das razões que podem explicar o resultado do presente estudo é a possível ambição dos atletas escolares em tornarem-se, no futuro, atletas profissionais, possibilitando que a prática sistematizada do treinamento seja uma oportunidade importante para os escolares que visam ascensão social e financeira. Este fato pode converter o ambiente escolar esportivo relacionado à motivação intrínseca (orientada à aprendizagem) em um ambiente ligado a uma visão de que o esporte tem como única finalidade a elevação do status social dos vitoriosos e a busca por reconhecimento social e prêmios (recompensas extrínsecas).
Alguns autores defendem que a motivação intrínseca para a prática de esporte está fortemente associada às questões ligadas à qualidade de vida e saúde, ratificando um relevante fator para a realização de atividades (PAIM; PEREIRA, 2004; WILLIANS, 2013). E ainda, afirmam que a propagação da prática de esporte como agente beneficiador da saúde, otimizando a qualidade de vida, contribui para maior valorização da dimensão Aptidão Física. Segundo Paim e Pereira (2004) os jovens normalmente preocupam-se com a saúde e buscam um hábito de vida saudável para adquirir ou manter a saúde, força e desenvolver um melhor condicionamento físico, além da preocupação com a questão estética.
Em relação à comparação dos motivos para a prática de esporte entre moças e rapazes, foi identificado um resultado contraditório no que diz respeito à literatura científica. No presente estudo, os rapazes valorizaram em um grau significativamente maior as dimensões Relacionamento Social e Afiliação em relação às moças, resultado antagônico às outras pesquisas (BALBINOTTI et al., 2012; DAWES; VEST; SIMPKINS, 2014). Ou seja, diante deste resultado é possível que haja uma mudança de paradigmas no que se refere aos motivos para a prática de esporte entre moças e rapazes, mesmo que essa tendência seja analisada empiricamente. Visto que os rapazes se interessaram em maior grau pelos motivos equivalentes à aprovação social, busca de prestígio e ao reconhecimento de parentes e amigos a partir da valorização dos elogios, ignorando medalhas e troféus.
Outro contraponto observado nesse estudo perante a literatura foi a quantidade de moças e rapazes participantes de atividades esportivas. Pois a quantidade de moças participantes deste estudo (n=216) foi maior do que a quantidade de rapazes (n=149). Conforme Dawes, Vest e Simpkins (2014) os rapazes têm maior probabilidade de possuir fatores motivacionais mais consistentes do que as moças. Porém, os autores apontam que as teorias existentes fornecem perspectivas divergentes sobre a possibilidade de variação dos motivos para prática de esporte baseado no sexo dos participantes.
Por exemplo, a análise dos motivos para a prática de esporte entre os sexos deste estudo identificou uma diferença significativamente maior nas dimensões Afiliação e Relacionamento Social para os meninos. Esse desfecho pode ser considerado contraditório perante outras evidências científicas, visto que Zambrin (2015) apontou valores maiores para os motivos equivalentes a estar com amigos, fazer novas amizades e ao reconhecimento e relacionamento social para as meninas. Da mesma maneira Bernardes, Yamaji e Guedes (2015) verificaram uma prevalência maior nos mesmos motivos supracitados, também para as meninas.
Para alguns profissionais da área, a diferença dos motivos para a prática de esporte relativa ao sexo é resultante da predominância de motivos extrínsecos (definidos como conjunto variado de comportamentos que são realizados com propósito de receber algum benefício ou recompensa) para os rapazes e intrínsecos (definidos pelo interesse, divertimento, satisfação e prazer que se experimentam ao realizar-se a tarefa ou a atividade, sem receber uma gratificação externa por isso) para as meninas (BALBINOTTI et al., 2012).
De acordo com Martínez et al. (2008) os jovens atletas com idades mais jovens valorizam em um grau consideravelmente maior os motivos para a prática de esporte relacionada à diversão, recreação e ludicidade, e posteriormente esses motivos darão lugar aos fatores relacionados à competição e aquisição de habilidades técnicas. Esse dado pode ser resultado do impacto da socialização mediante à faixa etária. Normalmente, as crianças e adolescentes que estão situados no período de amadurecimento, compõem a etapa final da educação básica: o ensino médio. É provável que esse impacto da socialização se manifeste nos motivos para a prática de esporte das moças e rapazes.
Ainda em relação à idade, a literatura destaca esse fator como sendo inversamente proporcional ao nível de atividade física, ou seja, o nível de atividade física tende a diminuir com o aumento da idade, principalmente no período da adolescência (KANN et al., 2016; RIDDOCH, 2004). Apesar das dimensões Competição e Competência Técnica, de maneira geral, serem as mais valorizadas nesse estudo, o fato dos atletas escolares iniciarem a prática de esporte por diferentes motivos e permanecerem com o hábito dessa prática quando mais velhos é justificado pela participação em treinos e competições elaborados de maneira organizada e sistematizada (WAGNSSON; LINDWALL; GUSTAFSSON, 2014).
Considerando a relação entre tempo de treino e faixa etária, foi possível contrapor alguns dados sobre os motivos para a prática de esporte e faixa etária. Segundo Erdogdu et al. (2014) os atletas inseridos em faixas etárias menores tendem à demonstrar mais interesse pelos aspectos recreativos do esporte, valorizando a ludicidade, e esse comportamento tende a diminuir nos jovens atletas com idades mais avançadas. Todavia, esse comportamento não se reproduziu no presente estudo, visto que os atletas escolares com mais de dois anos de treino identificaram-se em maior intensidade com motivos sociais e de trabalho em equipe, espírito de equipe. Esse achado aponta o reconhecimento da importância da convivência em grupo pelos jovens atletas com idade mais avançada, além da identificação com seus pares e ênfase no relacionamento pessoal no grupo o qual compõem.
Ainda sobre a variável tempo de treino, Zambrin (2015) destaca que à medida que os atletas avançam no tempo de prática na modalidade, passam a valorizar os motivos relacionados à aprovação social, à busca de prestígio, à autorrealização, à superação pessoal e aos componentes potencialmente associados ao impulso da própria vontade. Essa experiência alcançada com o maior tempo de treino na modalidade corrobora no amadurecimento dos atributos pessoais, relações interpessoais, os papéis e as atividades nas quais os jovens atletas estão engajados. E tais características podem resultar em alterações nos motivos relativos à prática de esporte.
Essas informações de cunho escolar e esportivo são consideradas significativas em razão deste estudo ser, até então, um dos poucos que envolve questões da psicologia e do esporte em um público que possui uma terminologia específica: o atleta escolar. Além disso, ocorre a possibilidade das atribuições sociais vinculadas aos dois campos associados a esse público, esporte e escola, serem potentes influenciadores dos motivos para a prática de atividade física.
Apesar da presente pesquisa apresentar um objeto de estudo diferente, motivos da prática do esporte por atletas jovens escolares, cabe salientar a existência de algumas limitações que devem ser consideradas para a análise dos resultados: mesmo que o número de atletas escolares avaliados seja consideravelmente maior que a maioria dos estudos referentes a esse assunto (BENTO et al., 2017), a generalização dos resultados ainda é limitada. Isso restringe a representatividade dos resultados perante outros atletas escolares, de outros estados ou países.
CONCLUSÃO
Os resultados demonstram que os jovens atletas participantes desta pesquisa, atribuíram maior importância para aspectos equivalentes às razões relacionadas ao aprimoramento das habilidades técnicas, ao enfrentamento de desafios e exposição de riscos, aprender novas habilidades e seguir para um alto nível. A hipótese sustentada para este desfecho é o afunilamento das competições escolares, visando uma organização de etapas cada vez mais competitivas dos jogos escolares pelo país. Visto que somente os atletas escolares mais destacados de cada estado alcançarão uma etapa de nível nacional.
Algumas divergências perante a literatura foram observadas no que diz respeito aos motivos para a prática de esporte entre moças e rapazes. O fato de os rapazes imputarem maior importância significativa para os motivos relacionados aos aspectos de aprovação social quando associados às moças, indica uma possível diferença de padrão cultural esportivo. Esse resultado pode auxiliar na reformulação de teorias já existentes sobre essa temática, pois não era o resultado esperado.
O tempo de treino dos atletas escolares está diretamente vinculado à faixa etária dos mesmos. Também foram identificadas algumas contradições referentes a essa variável, porém, não necessariamente o atleta escolar que possui maior tempo de treino possui idade mais avançada. O dado relevante dessa variável é indicado pela possibilidade do atleta escolar que possui maior experiência em tempo de treino possuir o nível de atividade física elevado mantendo uma regularidade, e consequentemente, adquirir os benefícios para a saúde desses parâmetros de atividade física.
Outro resultado que ratificou as expectativas desse estudo foi a dimensão Aptidão Física (de ordem fisiológica, equivalente a desenvolver-se fisicamente e estar em forma) ser o terceiro motivo mais apontado como para a prática de esporte, indicando que os jovens atletas reconhecem a relevância da prática de esporte para a saúde física de uma maneira geral.
O fato desse estudo se tratar de uma população específica, o jovem atleta, intensifica o valor do universo do esporte escolar. Visto que pode tornar-se um padrão de realidade social na vida esportiva desses jovens e muitos fatores psicossociais e institucionais podem estar evidentes. O desfecho deste estudo torna-se importante para que as lideranças adultas realizem intervenções junto ao público alvo, elaborando atividades mais adequadas às demandas e preferências dessa população, a fim de implementar projetos de formação educacional e desenvolvimento da personalidade esportiva.