Introdução
Não basta às instituições de ensino superior o desenvolvimento de competências capazes de atender às demandas e necessidades profissionais e de mercado, mas também assegurar que este mesmo processo ocorra de maneira dialogada entre as especificidades e singularidades sociais e as diretrizes curriculares nacionais vigentes, estas últimas compreendidas enquanto conhecimentos, habilidades e atitudes que os futuros profissionais deverão apresentar quando ao final de sua trajetória (Cunha et al., 2021).
Nesta perspectiva, egressos atuam enquanto indicador analítico estratégico a processos avaliativos, visto que pesquisas neste sentido permitem identificar não apenas as dinâmicas de mercado, sobretudo, em função de aspectos relacionados a estabilidade/instabilidade profissional, aumento de demanda e qualificação, crises econômicas e globalização - refletidos na forma de maior insegurança profissional quanto à capacidade de atendimento às crescentes demandas, mas também aspectos relacionados à transição entre a instituição de ensino superior e o mercado de trabalho, por sua vez influenciadas por questões relacionadas à dificuldades em atuar na área de formação, percepção acerca de lacunas entre aquilo que fora ensinado e aquilo que é exigido, ausência de planejamento de carreira, abandono do exercício profissional e a não busca pela satisfação profissional (Almeida; Socci, 2017).
Contudo, apesar de representar indicador de contexto estratégico estipulado pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - Sinaes - (Brasil, 2004), atuais críticas relacionam-se ao seu viés excessivamente normativo-regulatório, desconsiderando as responsabilidades sociais na forma de compromissos que devem ser adotados na forma de atitudes e atos voltados ao atendimento às demandas e necessidades profissionais, sociais, mercadológicas e acadêmicas das instituições de ensino superior que, por se encontrarem conjuntamente imersas a outros ambientes institucionais - composto por elementos ambientais, culturais, políticos, educativos, comportamentais e econômicos -, encontram-se indissociáveis dos mesmos, perfazendo contextos singulares em que discursos, opiniões, atitudes, comportamentos, projetos e questionamentos conflitantes e contraditórios resultarão em noções de identidade distintas (Spatti; Serafim; Dias, 2016).
Neste sentido, abordagens investigativas relacionadas ao acompanhamento, identificação e resolubilidade de ações em âmbito gestor e ou operacional de um curso e ou instituição deve, inicialmente, ter por enfoque não apenas o acompanhamento de seus egressos, mas também buscar determinar, especificamente, os seus respectivos perfis sociodemográfico e de efetividade profissional, visto que ao ensino superior compete assegurar a formação de indivíduos aptos, não apenas a inserirem-se nos seus respectivos setores profissionais, mas também que estes possam atuar de maneira proativa e corresponsável no desenvolvimento da sociedade (Lima; Andriola, 2018).
Assim, e considerando a relevância de um modelo avaliativo descritivo-analítico enquanto elemento fundamental e constitutivo de discussões acerca dos rumos de um curso e ou instituição em termos de gestão de seus respectivos processos (Gaba; Marinho, 2012), buscou-se a determinação dos perfis sociodemográfico e profissional de egressos de um curso de Farmácia da Universidade Federal do Vale do São Francisco.
Material e métodos
Trata-se de um estudo transversal, de natureza quantitativa com amostragem por conveniência e uso de questionário eletrônico, tendo como público-alvo egressos do curso de Farmácia da Universidade Federal do Vale do São Francisco - Univasf -, campus Petrolina/PE. O curso de Farmácia funciona desde o segundo semestre de 2009, com oferta de 80 vagas anuais, sendo o ingresso realizado pelo Sistema de Seleção Unificada do Ministério da Educação (Univasf, 2012). A pesquisa considerou o universo de 307 indivíduos que haviam obtido a titulação de bacharelado em Farmácia. Após o acesso aos dados cadastrais referentes aos endereços eletrônicos, buscou-se o contato por mensagens em grupos de WhatsApp® e do e-mail do pesquisador principal.
As mensagens informavam acerca da pesquisa e suas finalidades, contendo ainda um link para acesso do ambiente virtual Google Formulários, sendo a primeira página referente ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Reforços por e-mail pelo WhatsApp® foram realizados a fim de assegurar maior taxa de adesão à pesquisa. Após aceite pelo respondente, foram coletados dados referentes ao perfil sociodemográfico - sexo, etnia, idade, estado civil, Município de origem e de residência atual, nível máximo de escolaridade dos pais, categoria administrativa do Ensino Médio, e se fez ou não uso de cotas para ingresso no Ensino Superior - e ao perfil profissional - semestre de graduação, nível de escolaridade atual, área ou áreas de atuação, tempo para inserção no mercado, quantitativo de vínculos empregatícios e renda -, tomando por base as diretrizes propostas pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE, 2018b) e recente publicação do Conselho Federal de Farmácia acerca da formação profissional no país (CFF, 2019). Os dados foram analisados e compilados utilizando-se planilhas eletrônicas do aplicativo Microsoft Office Excel® com emprego de estatística descritiva.
Resultados e discussão
Dentre as 307 correspondências eletrônicas encaminhadas, seis compreenderam endereços não localizados. Responderam integralmente ao questionário 56 egressos -grau de confiança de 95%, 11,9% para margem de erro - semestre de graduação compreendido entre 2014 e 2020) Um dos respondentes apresentou informações imprecisas acerca da própria idade - o ano informado para data de nascimento fora o de 2021 - e o outro acerca da procura pela pós-graduação, motivo pelo qual a estatística considera, nestes indicadores, um tamanho amostral de 55 egressos
Dentre os respondentes, houve prevalência para egressos do sexo feminino (71,43%), com mediana para idade igual a 28,66 anos e solteiros (51,79%). Estes dados parecem estar em sintonia ao que fora recentemente publicado pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF, 2019), o qual sinalizou um perfil profissional majoritariamente feminino (76,0%), estando o valor para idade identificado por nós situado entre o segundo maior estrato dos dados nacionais - em que 22,9% dos respondentes apresentou valor entre 25 e 29 anos.
Em termos de etnia, e possivelmente refletindo uma tendência local/regional, houve prevalência para indivíduos autodeclarados pardos (57,14%), destoando do cenário nacional - 54,1% de etnia branca (CFF, 2019).
Em relação à renda dos entrevistados - considerando um valor base de R$ 1.100,00 para o salário mínimo e ainda considerando os maiores percentuais identificados -, 26,79% declararam receber entre dois e três salários mínimos, 25,00% entre três e quatro salários mínimos e 23,21% declararam receber mais de quatro salários mínimos, resultados semelhantes ao perfil nacional, em que os estratos compreenderam montantes superiores a 1,5 a 6 salários mínimos (CFF, 2019).
Em relação à categoria administrativa da instituição de ensino frequentada antes do ingresso na Universidade Federal do Vale do São Francisco, 41,07% declararam ter estudado apenas em instituições públicas e 30,37% na modalidade mista, parte em instituições públicas e parte em instituições de natureza privada - quaisquer que tenham sido estas proporções.
Cabe destacar que parcela expressiva dos egressos (71,43%), declarou residir em municípios que integram o Vale do São Francisco, com destaque para Petrolina/PE (57,14%) onde se localiza o campus sede do curso, e Juazeiro/BA (10,71%), municípios sede que integram a Rede Interestadual de Saúde do Vale do Médio São Francisco - Rede Peba.
O indicador nível máximo de escolaridade dos pais apresentou frequências relativas, em ordem decrescente, iguais a 44,64% para aqueles com ensino superior completo, 35,71% para aqueles com ensino fundamental e médio completo, 12,50% para aqueles com ensino básico incompleto e 7,14% para aqueles com ensino superior incompleto, resultados que evidenciam uma tendência esperada em que uma maior acessibilidade ao ensino superior permita aos filhos alcançar níveis educacionais superior aos de seus próprios pais (OCDE, 2015).
Em relação ao ingresso pelo sistema de cotas, 23 respondentes declararam ter optado por esta forma de seleção e 32 declararam não ter feito uso e um dos respondentes optou por não declarar esta informação. Estes resultados, ainda, devem considerar o fato de que a referida instituição passou a reservar 50% de suas vagas para cotistas desde o seu processo seletivo para ingresso em 2013 e que já fazia uso de políticas afirmativas para discentes oriundos de escolas públicas desde o ano de 2010 (Andifes, 2012).
Na tabela 1 apresenta-se os resultados - frequência absoluta e relativa - envolvendo as variáveis de natureza sociodemográfica coletados.
Município | Integra o Vale do São Francisco | Não integra o Vale do São Francisco | |||||
Naturalidade | 35 (62,50%) | 21 (37,50%) | |||||
Residência atual | 40 (71,43) | 16 (28,57%) | |||||
Escolaridade dos pais4 | EB incompleta | EB completa | ES incompleto | ES completo5 | |||
7 (12,50%) | 20 (35,71%) | 4 (7,14%) | 25 (44,64%) | ||||
Ingresso via políticas afirmativas? | Não | Sim | Não informado | ||||
32 (57,14%)6 | 23 (41,07%) | 1 (1,79%) | |||||
Categoria administrativa do ensino médio | Misto (privado e público)7 | Privado | Público | ||||
17 (30,36%) | 16 (28,57%) | 23 (41,07%) | |||||
Estado civil | Casado | Divorciado | Solteiro | União estável | Viúvo | ||
20 (35,71%) | 2 (3,57%) | 29 (51,79%) | 5 (8,93%) | - | |||
Sexo | Feminino | Masculino | |||||
40 (71,43%) | 16 (28,57%) | ||||||
Etnia | Branco | Indígena | Negro | Oriental | Pardo/Moreno | Quilombola | Não declarado |
18 (32,14%) | 1 (1,79%) | 4 (7,14%) | - | 32 (57,14%) | - | 1 (1,79%) | |
Idade8 | Limite inferior | Mediana | Limite Superior | ||||
22,66 | 28,66 | 40,68 |
Fonte: autores (2021).
Em relação às variáveis envolvendo o perfil profissional dos respondentes, houve prevalência para egressos concluintes após o ano de 2017 (58,93%); com nível de pós-graduação (55,36%) e que buscaram o cenário da pós-graduação em função da necessidade percebida de aprimorar conhecimentos (64,29%).
Em relação às variáveis campo de atuação desejado após a graduação; primeiro campo em que atuou e atual campo de atuação, houve prevalência para a área de Farmácia - 55,36%, 67,86% e 64,29% respectivamente - em todas. Considerando que as variáveis motivos para buscar a pós-graduação, campo de atuação desejado após a graduação e atual campo de atuação admitiam mais de uma resposta, verifica-se uma aparente tendência para a predileção/atuação envolvendo a linha de atuação relacionada à Farmácia, incluindo farmácias comunitárias e farmácias magistrais, (CFF, 2013), apesar de um perfil desejado de egresso pautado em formação de natureza generalista.
Esses resultados sinalizam, quando comparados aos indicadores primeiro campo de atuação e atual campo de atuação, processos de formação direcionados para este campo de atuação - sinalizando insucessos relacionados à implantação das diretrizes curriculares nacionais (CFF, 2019) -, simultaneamente à demandas de mercado local/regional por este perfil específico de profissional que, ainda, trouxe necessidades sociais e profissionais - na perspectiva de 48,21% dos respondentes - que, finalmente, os levaram a buscar o contexto da pós-graduação.
Esta formação complementar expressa-se na forma do quantitativo de vínculos empregatícios, quando 17 dos respondentes possuíam ao menos dois vínculos, apesar da prevalência para 30 egressos com apenas um único vínculo, e renda atual, cujos valores prevalentes envolveram o estrato compreendido entre dois e três salários mínimos (26,79%), bem como faixas salariais entre três e quatro salários (25,00%) e acima de quatro salários (23,21%). Ou seja, estes resultados parecem ratificar a lógica de que níveis elevados em termos de formação resultam em maiores níveis de empregabilidade, resultando em maiores remunerações ao longo do tempo, assegurando uma maior mobilidade social (OCDE, 2021; Lemos; Dubeux; Pinto, 2009).
A tabela 2 sumariza os resultados referentes ao perfil profissional obtido nesta pesquisa, ao passo que as tabelas 3 e 4 apresentam o perfil de respondentes em situação de pós-graduação completa e incompleta respectivamente. Dentre os respondentes cuja pós-graduação encontrava-se completa, tabela 3, os resultados apontaram egresso com uma especialização (33,93%), cujas instituições possuem categoria administrativa de natureza privada e modalidade de ensino a distância (14,29%); com um Mestrado, sendo as instituições frequentadas de natureza pública e modalidade de ensino presencial (17,86%) e com um Doutorado (1,79%), sendo a instituição de natureza pública e modalidade presencial (1,79%).
Em relação ao perfil de respondentes em situação de pós-graduação incompleta, tabela 4, por sua vez, resultados indicaram egressos com uma especialização em andamento (28,57%), sendo a categoria das instituições do tipo privada e modalidade de ensino à distância (25,00%); com um Mestrado incompleto (12,50%), cursado em instituição de natureza pública e privada, cuja modalidade de ensino compreende os formatos presencial (7,14%) e semipresencial (1,79%) para as instituições públicas e
iguais frequências relativas para formatos presencial e semipresencial (1,79%) nas instituições privadas e com um Doutorado (3,57%), cursado em instituição de natureza pública e modalidade de ensino presencial.
Todos estes resultados compõem um dos aspectos constitutivos da identidade, imagem e cultura do curso e da instituição, o qual poderá nortear futuras métricas avaliativas de natureza prognóstica e ou diagnóstica envolvendo os processos de ensino-aprendizagem que deverão considerar, ainda, os compromissos e responsabilidades institucionais e sociais, bem como demandas de mercado, acadêmicas e profissionais, que deverão vislumbrar processos que se encontrem em sintonia a uma lógica de avaliação do tipo formativo-emancipatória, ressignificando lacunas, gargalos e contradições envolvendo as atuais métricas estipuladas pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior, de natureza normativo-regulatória (Brasil, 2004; Gaba; Marinho, 2012; OCDE, 2018a).
Semestre de graduação | 2014.2 - 2016.2 | 2017.1 - 2020.39 | |||
23 (41,07%) | 33 (58,93%) | ||||
Escolaridade atual | Bacharelado | Pós-Graduação10 | |||
25 (44,64%) | 31 (55,36%) | ||||
Motivos para buscar a pós-graduação* | Não se aplica | Aprimorar conhecimentos | Melhora curricular | Necessidade de mercado | |
14 (25%) | 36 (64,29%) | 33 (58,93%) | 27 (48,21%) | ||
Atuação | |||||
Área | Campo de atuação desejado11 | 1º campo de atuação | Atual campo de atuação6 | ||
Alimentos | 1 (1,79%) | - | 1 (1,79%) | ||
Análises clínico-laboratoriais | 8 (14,29%) | 1 (1,79%) | 1 (1,79%) | ||
Educação | 15 (26,79%) | 2 (3,57%) | 7 (12,50%) | ||
Farmácia | 31 (55,36%) | 38 (67,86%) | 36 (64,29%) | ||
Farmácia hospitalar e clínica | 28 (50,00%) | 5 (8,93%) | 9 (16,07%) | ||
Farmácia industrial | 5 (8,93%) | - | - | ||
Gestão | 11 (19,64%) | - | 4 (7,14%) | ||
Não se aplica | - | 3 (5,36%) | 7 (12,50%) | ||
Práticas integrativas e complementares | 6 (10,71%) | - | 2 (3,57%) | ||
Saúde pública | 24 (42,81%) | 7 (12,50%) | 14 (25,00%) | ||
Toxicologia | 3 (5,36%) | - | - | ||
Número de vínculos | |||||
Sem vínculo | 1 | 2 | 3 | ||
9 (16,07%) | 30 (53,37%) | 12 (21,43%) | 3 (5,36%) | ||
Renda atual12 | |||||
Não desempenha | 1 SM | 1-2 SM | 2-3 SM | 3-4 SM | 4 ou mais SM |
6 (10,71%) | - | 8 (14,29%) | 15 (26,79%) | 14 (25,00%) | 13 (23,21%) |
Fonte: autores (2021).
Especialização | |||||
Não se aplica | 1 | 2 | ≥ 3 | ||
35 (62,50%) | 19 (33,93%) | 1 (1,79%) | 1 (1,79%) | ||
Perfil institucional e modalidade de ensino | |||||
Não se aplica | Pública e presencial | Pública à distância | Privada e presencial | Privada e semipresencial | Privada à distância |
35 (62,50%) | 6 (10,71%) | 1 (1,79%) | 5 (8,93%) | 1 (1,79%) | 8 (14,29%) |
Mestrado13 | |||||
Não se aplica | 1 | 2 | ≥ 3 | ||
45 (80,36%) | 10 (17,86%) | - | - | ||
Perfil institucional e modalidade de ensino | |||||
Não se aplica | Pública e presencial | Pública à distância | Privada e presencial | Privada e semipresencial | Privada à distância |
45 (80,36%) | 10 (17,86%) | - | - | - | - |
Doutorado | |||||
Não se aplica | 1 | 2 | ≥ 3 | ||
55 (98,21%) | 1 (1,79%) | - | - | ||
Perfil institucional e modalidade de ensino | |||||
Não se aplica | Pública e presencial | Pública à distância | Privada e presencial | Privada e semipresencial | Privada à distância |
55 (98,21%) | 1 (1,79%) | - | - | - | - |
Fonte: autores (2021).
Especialização | |||||
Não se aplica | 1 | 2 | ≥ 3 | ||
31 (55,36%) | 16 (28,57%) | 7 (12,50%) | 2 (3,57%) | ||
Perfil institucional e modalidade de ensino | |||||
Não se aplica | Pública e presencial | Pública à distância | Privada e presencial | Privada e semipresencial | Privada à distância |
31 (55,36%) | 4 (7,14%) | 1 (1,79%) | 4 (7,14%) | 2 (3,57%) | 14,25%) |
Mestrado | |||||
Não se aplica | 1 | 2 | ≥ 3 | ||
49 (87,50%) | 7 (12,50%) | - | - | ||
Perfil institucional e modalidade de ensino | |||||
Não se aplica | Pública e presencial | Pública à distância | Privada e presencial | Privada e semipresencial | Privada à distância |
49 (87,50%) | 4 (7,14%) | 1 (1,79%) | 1 (1,79%) | 1 (1,79%) | - |
Doutorado | |||||
Não se aplica | 1 | 2 | ≥ 3 | ||
54 (96,43%) | 2 (3,57%) | - | - | ||
Perfil institucional e modalidade de ensino | |||||
Não se aplica | Pública e presencial | Pública à distância | Privada e presencial | Privada e semipresencial | Privada à distância |
54 (96,43%) | 2 (3,57%) | - | - | - | - |
Fonte: autores (2021).
Considerações finais
O acompanhamento de egressos assegura maiores compreensões acerca do processo de formação e atuação profissional, visto permitir a identificação de vicissitudes intrínsecas e ou específicas diretamente associadas, acompanhamento este que deve considerar aspectos de natureza idiossincrática em relação não apenas ao curso e às diretrizes curriculares vigentes, mas também aos perfis sociodemográficos e profissional envolvidos.
Os indicadores recomendados pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE, 2018b), complementados por parâmetros determinados por recente publicação do Conselho Federal de Farmácia (CFF, 2019), permitiram uma leitura com maior acurácia acerca do cenário envolvendo 56 egressos do curso de Farmácia da Universidade Federal do Vale do São Francisco, fornecendo elementos estratégicos ao fomento de discussões acerca dos rumos não apenas do curso, mas também da própria instituição, em sintonia a processos avaliativos estruturados sob os princípios da diversidade e diferença.