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Conjectura: Filosofia e Educação
versión impresa ISSN 0103-1457versión On-line ISSN 2178-4612
Resumen
CALISI, Astro. Superinteligências digitais. Conjectura: filos. e Educ. [online]. 2020, vol.25, e020007. ISSN 2178-4612. https://doi.org/10.18226/21784612.v25.e020007.
O desenvolvimento de tecnologias ligadas à inteligência artificial trouxe grandes mudanças na nossa vida e prospecta muitos mais nos próximos anos. Há, entretanto, um aspecto sobre o qual alguns estudiosos começaram há algum tempo a nos alertar. Refere-se à possibilidade que os sistemas baseados na inteligência artificial se tornem, um dia, mais inteligentes do que nós, adquirindo também uma autonomia de escolha e de decisão. A partir daquele momento eles poderiam fugir do nosso controle e agir de modo a nos prejudicar. Neste texto são analisadas as teses de Nick Bostrom, considerado por diversos uma das maiores autoridades neste campo específico. Os argumentos apresentados por Bostrom são numerosos e bem detalhados; todavia, no seu interior se buscaria em vão autênticos fundamentos teóricos e empíricos para as fantásticas capacidades das superinteligências que são prospectadas, como também para os perigos que elas poderiam representar para o homem. Diria-se, entretanto, que tais teses foram construídas simplesmente transpondo as características cognitivas dos seres humanos para o campo da inteligência artificial, dando por certo que não existam diferenças relevantes entre os dois domínios. A concepção que se cultiva da inteligência artificial tem consideráveis retornos sobre como nos representamos os vários aspectos da sociedade futura: ela se refere sobretudo às mudanças que interessarão ao mundo do trabalho, ao lugar ocupado pelas máquinas inteligentes na nossa vida, mas também ao tipo de instrução a dar às jovens gerações. Por isso é necessário refletir profundamente e atenciosamente antes de difundir ideias que poderiam se revelar profundamente erradas.
Palabras clave : Nick Bostrom; inteligência artificial; motivação nas máquinas; superinteligências.