Servicios Personalizados
Revista
Articulo
Compartir
ETD Educação Temática Digital
versión On-line ISSN 1676-2592
Resumen
ROLANDI, Verônica de Freitas y VITORINO, Artur José Renda. Ideologia e reconhecimento: reflexões sobre a obrigatoriedade da temática história e cultura afro-brasileira. ETD [online]. 2015, vol.17, n.1, pp.157-175. ISSN 1676-2592. https://doi.org/10.2592/EDT17N1A20150175.
Este artigo tem como objetivo apresentar problematizações a respeito do cumprimento da Lei n.º 11.645, de 2008, que trata da obrigatoriedade da temática história e cultura afro-brasileira e indígena1 em todas as disciplinas do currículo. Serão analisadas duas sequências didáticas cujas temáticas África, africanos e negros estão presentes no livro de espanhol Cercanía sétimo ano, aprovado no PNLD-2014 anos finais do Ensino Fundamental. As bases teóricas dessas análises serão a Teoria da Luta por Reconhecimento, de Axel Honneth (2009) e o conceito de Ocultação Ideológica, de Michel Debrun (1959; 1989; 1990). A primeira por permitir construir argumentos a partir da educação contra formas de desrespeito. A segunda porque explica os mecanismos que atuam no sentido de obliterar o estudante e impedi-lo de ver-se como "sujeito" e "agir como cidadão" (BRASIL, 2006). A partir da primeira análise, observamos que o material apresenta subsídios ao professor mediador que permitem o reconhecimento intersubjetivo ao aluno (HONNETH, 2009). Já na segunda, vemos que a Ocultação Ideológica oblitera o leitor e não lhe permite ver que o convívio harmônico entre as raças indígena, negra africana e europeia é um referencial ideológico gerador do analogon que oculta a dissimetria entre o ápice e a base da pirâmide social brasileira (DEBRUN, 1959; 1989).
Palabras clave : Afro-brasileiros; Programa Nacional do Livro Didático; Reconhecimento; Ideologia.