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Revista Brasileira de Educação Médica
versión impresa ISSN 0100-5502versión On-line ISSN 1981-5271
Resumen
CADETE FILHO, Anizio de Almeida; PEIXOTO, José Maria y MOURA, Eliane Perlatto. Motivação acadêmica de estudantes de Medicina: uma análise na perspectiva da Teoria da Autodeterminação. Rev. Bras. Educ. Med. [online]. 2021, vol.45, n.2, e086. Epub 02-Jun-2021. ISSN 1981-5271. https://doi.org/10.1590/1981-5271v45.2-20200129.ing.
Introdução:
Os princípios da Teoria da Autodeterminação são pertinentes para a educação profissional, na medida em que a diferenciação e expressão dos tipos primários de motivação têm implicações para os múltiplos desfechos da aprendizagem.
Objetivo:
Este estudo teve como objetivos avaliar a motivação acadêmica em estudantes do quarto ano de Medicina em duas instituições de ensino e discutir os resultados na perspectiva da Teoria da Autodeterminação.
Método:
Trata-se de estudo transversal e quantitativo conduzido por questionário autorrespondido contendo 18 questões sociodemográficas e a Escala de Motivação Acadêmica (EMA). A amostra foi constituída por 147 estudantes do quarto ano de Medicina de escolas com metodologias de ensino distintas: 73 estudantes da instituição A (aprendizagem baseada em problemas - ABP) e 74 estudantes da instituição B (tradicional). Conduziu-se uma análise univariada em que se utilizaram os testes t de Student, a Análise de Variância (ANOVA), o teste qui-quadrado e a correlação de Pearson. Posteriormente, fez-se uma análise de regressão linear múltipla.
Resultados:
Observou-se um perfil moderado de motivação intrínseca (MI) e extrínseca (ME) na amostra de estudantes, com médias de MI superiores às da ME. Níveis elevados de MI foram observados nos domínios de motivação para realização e para o saber, sendo o prazer de ampliar conhecimentos e o aumento da competência profissional os fatores que mais impactaram positivamente a motivação. Na MI, o fator com menor pontuação foi a universidade como local de prazer. A ME foi relacionada ao desejo de ter uma boa vida no futuro, incluindo remuneração. Observou-se que as variáveis sexo feminino, idade menor que 23 anos, morar sozinho, ter feito o curso todo na mesma instituição e a escola com metodologia ABP influenciaram de forma positiva na motivação.
Conclusão:
Os estudantes demonstraram níveis de MI superiores à da ME, com menor pontuação atribuída à universidade como local de prazer. Esse fato apresenta uma oportunidade para estudos futuros, que poderão verificar os fatores do ambiente escolar que se relacionam à motivação em aprender dos estudantes. A ME foi associada às expectativas futuras de vida. Conhecer as variáveis que caracterizam a autorregulação da aprendizagem é fundamental para embasar estratégias de ensino que contribuam para a melhoria do processo de ensino-aprendizagem.
Palabras clave : Motivação; Aprendizagem; Educação Médica; Estudantes de Medicina.