Servicios Personalizados
Revista
Articulo
Compartir
Revista Brasileira de Educação Médica
versión impresa ISSN 0100-5502versión On-line ISSN 1981-5271
Resumen
SOUZA, João Pedro Nunes de; ANTONIO, Gabriela Martins de y D’ELIA, Lucas Gomes de Melo. Museus na educação médica: uma revisão narrativa. Rev. Bras. Educ. Med. [online]. 2022, vol.46, n.4, e128. Epub 21-Sep-2022. ISSN 1981-5271. https://doi.org/10.1590/1981-5271v46.4-20210505.
Introdução:
A educação não formal é realizada fora do ambiente tradicional de ensino, com objetivos educacionais estruturados e a promoção da autonomia do educando para exploração do espaço, como em bibliotecas e museus. Assim, os museus possuem grande diversidade de temáticas e podem englobar diferentes determinantes do processo de saúde e doença.
Objetivo:
Este estudo teve como objetivo delimitar o panorama acerca dos museus como forma de curricularização da extensão nas escolas médicas brasileiras.
Método:
Trata-se de uma revisão narrativa realizada de fevereiro a julho de 2021. O estudo foi desenvolvido a partir da análise, além da literatura pertinente, de três principais documentos: Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de Medicina de 2014, Política Nacional de Educação Museal (Pnem) de 2017 e Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira de 2018. Os descritores “educação médica” e “museus” e seus equivalentes em inglês foram utilizados na busca de trabalhos publicados nas bases de dados.
Resultado:
Os museus proporcionam uma ressignificação do conhecimento especializado próprio do acervo, com potencial para o desenvolvimento de habilidades clínicas relacionados à percepção, à investigação e ao pensamento criativo, contribuem para o acadêmico de Medicina se perceber como agente de suas práticas e posturas, além de oferecerem um espaço para dar voz aos usuários do serviço de saúde. Segundo a Pnem, a educação museal deve promover uma interação direta entre museu e sociedade, de modo a buscar a transformação social e se alinhar com o conceito das atividades de extensão, as quais comporão no mínimo 10% da carga horária da graduação em Medicina. Portanto, o museu é um meio para que as atividades extensionistas sejam desenvolvidas por meio da articulação entre ensino e pesquisa, e inserção e envolvimento da comunidade acadêmica na comunidade externa. Foram encontrados cerca de 26 museus concentrados principalmente no eixo Sul-Sudeste, cujas temáticas principais são história da medicina, biografias e anatomia humana, além de saúde e vida.
Conclusão:
A educação museal na medicina, por meio da extensão, pode impactar a ressignificação progressista de conceitos sobre o processo de saúde e doença, com consequente transformação do exercício vocacional para o cuidado, seja em termos de promoção, prevenção, recuperação ou reabilitação.
Palabras clave : Política de Educação Superior; Educação Médica; Museus; Currículo; Relações Comunidade-Instituição.