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Revista Brasileira de Educação Médica
versión impresa ISSN 0100-5502versión On-line ISSN 1981-5271
Resumen
SOUZA, Ruy Guilherme Silveira de y BICUDO, Angélica Maria. Onze anos de Teste de Progresso na Unicamp: um estudo sobre a validade do teste. Rev. Bras. Educ. Med. [online]. 2022, vol.46, suppl.1, e156. Epub 11-Nov-2022. ISSN 1981-5271. https://doi.org/10.1590/1981-5271v46.supl.1-20220302.
Introdução:
O curso de Medicina da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) vem pondo à prova o aquisição cumulativa cognitiva de seus alunos por meio do Teste de Progresso (TP) há mais de uma década, de modo a possibilitar a análise da utilidade do exame como estratégia de apoio a decisões pedagógicas e apontar principais ameaças à validade dele.
Objetivo:
Este estudo teve como objetivos oferecer a análise de validade do TP e explicitar as oportunidades de utilização do teste especialmente para a determinação de padrões de suficiência cognitiva para a progressão no curso e ao final deste, e a identificação de estudantes em risco.
Método:
Trata-se de estudo observacional retrospectivo de uma série histórica de sucessivos testes escritos realizados para analisar o acúmulo cognitivo no período de 2006 a 2016, totalizando 11 anos e seis turmas consecutivas. Em cada momento de medida (aplicação do teste), o estudo utilizou um modelo misto, em que a exposição (realização do teste) e o desfecho (escore do teste) foram avaliados no mesmo ponto de tempo, o que caracteriza um estudo transversal (cross-sectional) cujos resultados sucessivos originarão as curvas de crescimento cognitivo
Resultado:
Observou-se um acúmulo cognitivo em torno de 6 pontos percentuais a cada nova testagem. Os estudantes ao completarem o sexto ano obtiveram um acerto de cerca de 65,7% (± 9,1). A cada testagem, determinou-se um “efeito piso” para identificar alunos com rendimento abaixo da média, que em geral se situou em cerca de 1,5 DP abaixo da média da respectiva turma.
Conclusão:
O TP-Unicamp oferece dados confiáveis para apoiar importantes decisões pedagógicas, tais como identificação de alunos em risco acadêmico por baixa performance, critérios para progressão e desempenho cognitivo ao final do curso. Como confiabilidade sofre influência da amostragem, e o aumento do número de itens de cada teste e o aumento da frequência de testagem podem ser estratégias a serem tomadas para superar essas limitações.
Palabras clave : Educação Médica; Avaliação de Aprendizagem; Validade; Teste de Progresso.