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Educação e Filosofia
versión impresa ISSN 0102-6801versión On-line ISSN 1982-596X
Resumen
DONATELLI, Marisa C. de O. F.. MEDICINA E O “GRANDE SÉCULO”: A CRÍTICA CARTESIANA. Educação e Filosofia [online]. 2011, vol.25, n.spe, pp.239-266. Epub 31-Ene-2024. ISSN 1982-596X. https://doi.org/10.14393/revedfil.issn.0102-6801.v25nespeciala2011-11.
A literatura nos mostra que a medicina é um dos alvos preferidos das críticas feitas no teatro por Molière na segunda metade do século XVII. Essa situação não é gratuita, pois a medicina fornece material inesgotável às sátiras das quais é vítima, seja pelas práticas terapêuticas usuais, seja pela verborragia característica dos médicos que abusam do latim e da tradição grega à qual se apegam de modo ferrenho. Na filosofia, a crítica a essa ciência também está presente já na primeira metade desse século: justamente pelo fato de a medicina de sua época conter pouca coisa da qual se possa vangloriar, Descartes deposita grandes esperanças nessa área, no sentido de não só promover um conhecimento que leve à redução ou mesmo à eliminação das doenças que afligem o corpo e o espírito, como também de prolongar a vida, livrando-se do enfraquecimento da velhice (AT VI, 63).2 Desde que se instala na Holanda, o filósofo desenvolve estudos com a intenção de construir uma medicina que se destaque daquela que é praticada em sua época, mostrando-se eficaz em seus objetivos. Projeto esse que sofre uma série de alterações à medida que o filósofo prossegue em seus estudos. Este trabalho pretende, a partir de uma breve apresentação do quadro histórico da medicina na primeira metade do século XVII, mostrar a inserção de Descartes na discussão médica de seu tempo.
Palabras clave : Mecanicismo cartesiano; Medicina cartesiana; Patologia; Terapêutica.