Servicios Personalizados
Revista
Articulo
Compartir
Childhood & Philosophy
versión impresa ISSN 2525-5061versión On-line ISSN 1984-5987
Resumen
SILVA, Carla Patrícia. Partir da infância ou a arché do pensamento. child.philo [online]. 2019, vol.15, e36721. Epub 02-Ene-2019. ISSN 1984-5987. https://doi.org/10.12957/childphilo.2019.36721.
Desde o lugar de nascimento da infância, este texto busca, através de Giorgio Agamben (2005), Heráclito (fragmento B52) e Paulo Freire (1982; 1986; 2001; 2015), elucidar a coexistência entre infância e tempo. Esses autores contribuem em pensar que a infância, seja ela cronológica ou não, é uma inspiração sem a qual impossibilita-nos a inventividade seja em relação à historia, à filosofia e à educação. Desse modo, trabalha com a hipótese de que infância e tempo são indefiníveis conceitualmente e diluidoras da ideia de estabilidade, a qual escapa à compreensão de continuidade, uma vez que ela não é um acontecimento absoluto. É nesse sentido que o presente texto parte da leitura de que a infância é, fundamentalmente, condição de existência da história da humanidade, o que torna possível a passagem da língua ao pensamento e, com isso, provoca inventividade para todo estado de coisas. Para pensar a infância que está em questão neste texto, consideramos uma certa experiência do tempo diferente da experiência tradicional, fruto de uma compreensão concebida como cronologia e acabamento, presente nas diversas leituras feitas da infância. Ao colocarmos esses apontamentos, algumas perguntas impõem-se: existe algo como uma infância do pensamento? A insistência com a infância é uma forma de não renunciar a um novo conceito de experiência infantil com o tempo?
Palabras clave : infância; tempo; história; início..