INTRODUÇÃO
No Brasil, o primeiro caso confirmado do novo coronavírus ocorreu em São Paulo, no dia 26 de fevereiro de 20201. Na Amazônia brasileira, a doença causada pelo novo coronavírus (Covid-19) se alastrou rapidamente, indo do primeiro caso em Manaus, no Amazonas, no dia 13 de março, a mais de 400 mil casos confirmados na região, em julho de 20202. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará, a região da Transamazônica (Altamira, Anapu, Brasil Novo, Medicilândia, Pacajá, Porto de Moz, Senador José Porfírio, Uruará e Vitória do Xingu) (Figura 1) foi de 300 casos confirmados em maio a mais de seis mil casos em junho de 20203.
A região do Médio Xingu, mais especialmente Altamira, recebeu, entre 2010 e 2016, um enorme quantitativo de pessoas para trabalhar na construção da Usina Hidrelétrica (UHE) de Belo Monte, no rio Xingu. Entre os principais debates acerca dos impactos negativos vinculados à obra, estão o inchaço populacional e as consequentes problemáticas nas áreas da saúde, educação, criminalidade e construção de moradias em áreas de risco que colocam a cidade e a população em vulnerabilidade social4. Além disso, povos indígenas, ribeirinhos e moradores da zona rural de Altamira sofreram especial impacto com o advento da UHE Belo Monte. Essas mudanças ambientais e sociais consistem em redução dos níveis da água do rio Xingu no trecho abaixo da barragem principal, problemáticas para a navegação e os efeitos sobre a floresta aluvial em toda a área afetada pelo rebaixamento do lençol freático, extinção de espécies locais, escassez da pesca, aumento dos conflitos fundiários e do desmatamento, migração de não índios, ocupação desordenada do território, proliferação de epidemias e diminuição da qualidade da água5.
Outrossim, Altamira, como cidade referência na região, apresenta estrutura de serviços de saúde subdimensionada para uma população de aproximadamente 400 mil habitantes quando se consideram os nove municípios da região. A cidade, conhecida como a capital da Transamazônica, que já enfrentava antes da pandemia uma sobrecarga dos serviços de saúde6, está sujeita a uma saturação ainda maior de seus serviços médico-hospitalares, uma vez que, com o aumento dos casos de Covid-19, há aumento expressivo da necessidade de internação hospitalar e demanda por profissionais de saúde.
A necessidade de atuação na comunidade para promover informações sobre o combate à pandemia da Covid-19 é ainda mais urgente em regiões em desenvolvimento, uma vez que o cumprimento de tais contramedidas é deficitário nesses locais por causa de recursos insuficientes, supervisão governamental limitada, pobreza geral e dificuldade de acesso à informação7. E, apesar de todo o conhecimento científico desenvolvido ao longo dos últimos meses sobre a Covid-19, as medidas preventivas são ainda a melhor estratégia para limitar a progressão da pandemia e o colapso dos sistemas de saúde8),(9.
Dessa forma, quando se considera a realidade local da Transamazônica e do Xingu, é essencial a diminuição da expansão do número de casos, a qual depende da adesão da população às medidas preventivas, tornando necessária a aplicação de ações de educação em saúde. Nesse contexto, surgiu o projeto de extensão “e-COVID Xingu: Mídias Sociais e Informação no Combate à COVID-19 em Altamira, Pará”. Alunos e professores da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Pará - câmpus Altamira - desenvolveram diversos materiais para levar informações de saúde à população, com especial atenção às mais vulneráveis. Postagens em redes sociais, lives com especialistas, programação na rádio com alcance nas mais longínquas localidades, distribuição de cartilha impressa e podcasts abordaram os principais temas sobre a Covid-19.
Este trabalho tem como objetivo descrever as experiências dos integrantes do projeto de extensão “e-COVID Xingu: Mídias Sociais e Informação no Combate à COVID-19 em Altamira, Pará” nos três primeiros meses de sua atuação durante a pandemia na região.
RELATO DE EXPERIÊNCIA
O projeto extensionista concentrou-se na educação em saúde acerca de medidas de prevenção à Covid-19 durante o período da pandemia do coronavírus no município de Altamira, no interior do Pará. O projeto teve como público-alvo a população de Altamira e cidades da região do Médio rio Xingu e enfoque em populações vulneráveis como indígenas e moradores de comunidades rurais. Dadas as limitações impostas pela necessidade de distanciamento social, todo o projeto teve como palco as diversas redes sociais e o rádio, por meio dos quais o público local pôde ser atingido pelas campanhas. As campanhas on-line estiveram atreladas à divulgação de imagens, vídeos e transmissões ao vivo nas redes sociais Instagram, Facebook e WhatsApp. Além disso, as campanhas foram adaptadas para inserções durante programas de rádio.
Para a realização do projeto, foi reunida uma equipe com discentes e docentes da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Pará - câmpus Altamira, os quais estiveram envolvidos na produção de campanhas, cartilhas informativas, vídeos, textos para o rádio e transmissões ao vivo. No início do projeto, definiu-se a realização de reuniões on-line quinzenais para a discussão de estratégias de abordagem de temas, produção de campanhas, orientações sobre temas relativos à Covid-19, além do acompanhamento sobre o alcance das postagens e o público atingido. Dessa forma, as reuniões definiram os temas das campanhas de acordo com o avanço do vírus e as demandas espontâneas de grupos da comunidade. Ressalta-se que, para a aferição de impacto das diversas campanhas, foram utilizados os recursos de análise presentes em cada uma das plataformas sociais utilizadas.
Após a seleção de tema e análise dos dados de impacto das campanhas, ocorreu a produção de banners digitais (Figura 2) para veiculação simultânea via Instagram, Facebook e WhatsApp, e para a produção de textos para inserções diárias em programas de parceiros do projeto.
Para levar essas informações de maneira inclusiva a quem não tem acesso à internet, seja na cidade ou nas remotas áreas rurais do maior município brasileiro em extensão territorial, Altamira, a transmissão pela rádio se fez eficiente. Levou-se em conta também o grande sucateamento do sistema educacional na região da transamazônica, que desde o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) possuía um considerável quantitativo de não alfabetizados10. Como os materiais para as mídias sociais são escritos, a rádio é, desse modo, muito eficaz para que o conteúdo informativo alcance os mais variados públicos. A produção do texto é feita pelos próprios participantes do projeto e enviada semanalmente para a rádio local. O material é lido pelo locutor durante os intervalos dos programas diariamente, desde a madrugada até a última programação da noite.
Com o avanço do coronavírus pelas aldeias da Amazônia, os participantes do projeto, com a colaboração de alunos indígenas da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Pará, desenvolveram uma cartilha informativa voltada àquelas que podem ser as mais vulneráveis da pandemia: as comunidades indígenas (Figura 3). A cartilha lançada em 29 de junho trouxe temas como a importância do isolamento social, grupos de riscos, como fazer a lavagem correta das mãos, medidas de prevenção, uso de máscaras, sinais e sintomas da Covid-19 e quando procurar ajuda médica (Figura 4). Com versões em português e kayapó, linguagem simples e acessível, e elementos que identificam culturalmente as comunidades indígenas da região, a cartilha foi distribuída na versão impressa, PDF e em podcast para as aldeias do Xingu por meio de uma parceria com o Instituto Socioambiental (ISA).
Ainda havia a seleção de temas para a produção de vídeos, os quais eram produzidos por docentes ou discentes da Faculdade de Medicina de Altamira. Além disso, eram selecionados temas para a realização de transmissões ao vivo na plataforma YouTube com profissionais da saúde locais. Para o engajamento do público, sempre era realizada a divulgação das transmissões por meio das redes sociais com ao menos dois dias de antecedência, e, durante cada transmissão, o público era incentivado a participar das discussões por meio de comentários e envio de perguntas sobre o tema tratado.
DISCUSSÃO
A limitação imposta pela pandemia da Covid-19 à realização de atividades de educação em saúde presenciais levou à necessidade da adaptação destas ao ambiente virtual. Segundo Cuello-Garcia, Gaxiola-Pérez et al.11, o uso de redes sociais como foco de disseminação de conhecimento em saúde pode diminuir as lacunas da transmissão de conhecimentos em saúde do meio acadêmico para a sociedade civil e, assim, tornar-se uma ferramenta de fomentação de medidas e práticas benéficas à saúde pública como no caso da pandemia da Covid-19. Seguindo tal tendência, ao longo de três meses o projeto levou informações sobre prevenção e práticas contra a Covid-19 por meio das redes sociais para o município de Altamira (Pará) e cidades circunvizinhas da região do Médio e Baixo Xingu.
A definição da realização de reuniões quinzenais para o planejamento de ações e avaliação das atividades realizadas mostrou-se essencial para o bom andamento do projeto e alcance de objetivos propostos. Enquanto surgiam novas fases do avanço do vírus na região, as campanhas adaptaram-se à realidade local ao buscarem atender às demandas de grupos vulneráveis e alertarem a população sobre boas práticas e os riscos existentes. Além disso, as reuniões permitiram a discussão ativa de temas e do panorama da pandemia na região entre docentes e discentes da Faculdade de Medicina, o que fomentou a voz ativa de discentes na discussão sobre a saúde pública local.
Uma importante frente de disseminação de informações para a população em geral da região foi por meio da produção de banners informativos para as redes sociais Instagram, Facebook e WhatsApp. As postagens tiveram sua veiculação realizada com frequência nas redes sociais mencionadas e abordaram temas por meio de banners digitais com ilustrações, textos claros e indicação de contato para eventuais dúvidas. Os temas incluíram o estímulo à adesão de práticas como etiqueta respiratória, distanciamento social, uso e fabricação de máscaras de tecido, como agir em caso de suspeita de Covid-19; informações sobre sobre o lockdown na cidade de Altamira, diferenciação de coronavírus, Sars-CoV-2 e Covid-19, sintomas e sinais de alerta da Covid-19, pré-natal e amamentação durante a pandemia e recomendações para a população indígenas. Essas postagens com banners temáticos tiveram um alcance total, nas redes sociais Instagram e Facebook, de 15.735 pessoas, ou seja, considerando a realização de 20 campanhas em forma de banner, a média de alcance por campanha foi de 786 pessoas.
Além disso, com a pulverização de comunidades rurais pelo território do Xingu, o acesso à serviços básicos de saúde por essa população se torna difícil. Como agravante, podem-se adicionar o pequeno número de equipe de saúde da família por toda a Amazônia, o longo tempo de espera para atendimentos, muitas vezes realizados apenas nas cidades, e a ausência da oferta de atendimento domiciliar a essas regiões remotas12),(13. Tais dificuldades geográficas e logísticas colocam os moradores da zona rural da Transamazônica em situação vulnerável. Outrossim, apesar do isolamento geográfico, na América Latina como um todo, e em especial no Brasil, ocorreu a interiorização da Covid-19. As comunidades rurais foram impactadas pela pandemia e sofrem consequências desproporcionais por conta da carência de recursos de saúde e infraestrutura14.
Levando tais pontos em consideração, como estratégia adjuvante para que a informação chegue àqueles que não possuem acesso à internet, seja na cidade ou nas áreas rurais do Xingu e, também, aos que não sabem ler ou possuam deficiência visual, a transmissão via rádio foi efetivada. Altamira é o maior município brasileiro em extensão territorial, sendo maior que países como Portugal e Grécia15. Com tamanha dimensão, é notória a presença de comunidades rurais nas mais afastadas áreas do município. A informação chega facilmente a essas localidades por meio da rádio. Assim, em parceria com a Rede de Rádio e TV Vale do Xingu, semanalmente várias orientações sobre prevenção e cuidados na pandemia foram veiculadas pela transmissora de rádio (93.1 FM).
Com textos diariamente veiculados pela rádio, o projeto de extensão, por meio da divulgação de informação em saúde a áreas onde há ausência de serviços da atenção básica, conseguiu uma boa aderência do público das zonas rural e urbana. Como os programas de rádio permitem que o ouvinte ligue e interaja com o locutor ao vivo, houve muitos comentários sobre os informativos, demonstrando a eficácia da chegada do conteúdo às localidades remotas do Xingu, sem deixar de alcançar o público não usuário da internet na cidade, os deficientes visuais e também os não alfabetizados que, sem a rádio, não teriam acesso ao conteúdo das postagens escritas.
O enfoque nas populações vulneráveis fomentado pelas discussões entre os membros do projeto é de extrema importância quando se considera que o público pertencente às comunidades indígenas e rurais está sujeito à falta de serviços de saúde por causa das disparidades socioeconômicas e da ausência de informações. No início de maio, projeções referentes à população indígena na Amazônia legal já sinalizavam que o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) de Altamira estava entre as regiões com risco imediato de epidemia pelo novo coronavírus, já com casos registrados e risco de transmissão comunitária16. Além disso, para o combate à disseminação da Covid-19, desafios como a descrença nas equipes de saúde e autoridades, além boatos e informações falsas, buscaram ser superados por esse projeto com a disseminação, nas comunidades indígenas e rurais, de informações com embasamento científico e abordagens culturalmente adequadas17.
Com isso, a produção de uma cartilha informativa voltada para as comunidades indígenas do Médio Xingu mostrou-se relevante. Desde a implementação da UHE Belo Monte, os impactos socioeconômicos e ambientais deixaram grande parcela desses habitantes da Transamazônica em vulnerabilidade. Com a construção da barragem, territórios indígenas foram inundados, forçando o deslocamento em massa dessa população para outras áreas. O empreendimento impactou a qualidade da água, provocou a extinção de algumas espécies de peixes e alterou rotas de pesca. Com a inundação desses territórios, houve um deslocamento de parte dessa população para a cidade de Altamira, gerando agora um impacto identitário-cultural18. Além desses fatores, podem-se citar as pequenas moradias indígenas com múltiplos moradores, as dificuldades de acesso a medidas preventivas, como água limpa, sabão e álcool em gel, além da grande distância dessas comunidades dos serviços de saúde, o que contribui para o efeito devastador desproporcional da Covid-19 nos indígenas19.
De forma a incluir o máximo de público com tais informações, foram disponibilizadas versões em português e kayapó, língua falada por parte da comunidade indígena do Xingu20. Além disso, segundo a Teoria do Aprendizado Multimídia, a capacidade de aprendizado é maior em conteúdos de áudio do que por leitura21. Levando esse aspecto em consideração e visando a uma melhor aplicação dos conhecimentos preventivos, uma versão da cartilha em formato de podcast foi distribuída para o ISA, o qual possui membros e colaboradores presentes diariamente nas aldeias. Assim, esses profissionais puderam disponibilizar o conteúdo em áudio, a fim de dinamizar e facilitar o acesso à informação preventiva. O ISA também patrocinou a versão impressa distribuída para os indígenas.
Desse modo, com as mais diversas ferramentas foi possível aplicar educação em saúde a uma população historicamente prejudicada e que sofre na atualidade as mazelas causadas pelos grandes empreendimentos. Com temas que elucidam e explicam de forma acessível sobre grupos riscos, quando procurar ajuda médica, como lavar as mãos e a importância do isolamento social, foi possível se contrapor à onda de desinformação e notícias falsas que circulam no país, mesmo em época de pandemia, uma vez que sem a disseminação de informação verdadeira e científica os esforços para o enfrentamento da Covid-19 podem acabar mitigados22.
Outra linha de ação do projeto foram as transmissões ao vivo, as quais ocorreram por meio das plataformas do YouTube e Facebook e objetivaram atingir públicos diversos. Ao longo de três meses, foram realizadas oito transmissões ao vivo, sete via YouTube e uma via Facebook. Cada transmissão teve sua divulgação prévia por meio das redes sociais Instagram, Facebook e WhatsApp. Os temas das transmissões incluíram: “Panorama Atual e Análise Epidemiológica da COVID-19 em Altamira e no Xingu”; “COVID-19: Testes Diagnósticos x Diagnóstico Clínico”; “Perguntas & Respostas - COVID-19 em Foco”; “Cuidados com a Saúde Mental dos Idosos na Pandemia da COVID-19”; “Gestação e a COVID-19”; “Crianças e a COVID-19: Impactos, Vida Escolar e Perspectivas”; “Autocuidado na Pandemia: Alimentação e Atividade Física”; e “Quarentena e Saúde Mental: Como a psicologia pode ajudar?”. Para a apresentação dos temas, houve a participação de um membro fixo do projeto com os convidados que incluíram epidemiologistas, pediatras, dentistas, médicos ginecologistas, enfermeiros, educadores físicos, psicólogos, biomédicos e farmacêuticos. Cada transmissão contou com a discussão do tema, apresentação de novas informações e participação do público por meio do envio de dúvidas e comentários acerca da discussão. A análise de dados das transmissões mostrou um total de 4.360 visualizações, com uma média de 545,1 visualizações a cada transmissão.
Outro enfoque do projeto foi a produção de vídeos curtos e objetivos sobre temas importantes para a prevenção da Covid-19. O formato adotado incluiu vídeos de no máximo cinco minutos produzidos por docentes e discentes, objetivando o fácil compartilhamento via aplicativos de mensagem e rápida visualização para adesão às práticas propostas e ao combate à desinformação. Os vídeos foram veiculados no Instagram, Facebook e YouTube e trataram de temas seguindo os títulos “Isolamento Domiciliar: Como e Quando Fazer?”, “Alerta COVID-19”, “COVID-19: Cuidados e Medidas de Prevenção” e “Medidas de Prevenção & Cuidado Individual”. Os vídeos tiveram um total de 722 visualizações ou uma média de 180 visualizações a cada vídeo.
Ao longo dos três meses, o projeto alcançou ao menos 39.048 pessoas (Gráfico 1), considerando o impacto aferido nas redes sociais Instagram, Facebook e YouTube de todo o conteúdo produzido, incluindo banners digitais, vídeos e transmissões ao vivo. Além disso, na rede social Instagram as campanhas tiveram maior repercussão em Altamira e Belém e predominância de audiência do público feminino.
CONCLUSÃO
A pandemia da Covid-19 evidenciou a necessidade de combate à desinformação, promoção de boas práticas, assistência à população local e enfrentamento dos desafios por comunidades em vulnerabilidade da região de Altamira e do Xingu. Dessa forma, a atuação do projeto de forma remota foi bem-sucedida ao atingir uma parcela da população e envolvê-la na discussão por meio das estratégias implementadas. Ainda, provaram-se extremamente proveitosas as estratégias de atuação em comunidades sem acesso à internet, como por meio dos programas de rádio e entrega de cartilhas informativas impressas.
Por meio desses métodos, foi possível incluir coletivamente desde os usuários urbanos da internet até as comunidades indígenas vulneráveis do Médio Xingu, levando também material educativo de prevenção à zona rural da Transamazônica. O conteúdo beneficiou, em conjunto, a população não alfabetizada e os deficientes visuais, que, por meio dos programas na rádio, tiveram acesso às mesmas informações. Todo esse cerne de atuação possibilitou ainda uma aproximação entre a comunidade local e a comunidade acadêmica da universidade, o que gerou reconhecimento e valorização do trabalho desenvolvido pela universidade pública. Destarte, a atividade de extensão universitária promove a todos os atores sociais da região a possibilidade de desenvolver autonomamente práticas de prevenção contra a Covid-19 e, assim, auxiliar no enfrentamento do vírus.