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Educação & Formação

versión On-line ISSN 2448-3583

Educ. Form. vol.8  Fortaleza  2023  Epub 18-Jul-2023

https://doi.org/10.25053/redufor.v8.e10014 

Artigos

Altas capacidades e as lives do YouTube® no período da pandemia: uma revisão sistemática

Altas capacidades y transmisiones en directo en YouTube® en el periodo pandémico: una revisión sistemática

Amanda Rodrigues de Souzai  , Redação - rascunho original
http://orcid.org/0000-0003-3788-4084; lattes: 8358553161048690

Ana Paula Santos de Oliveiraii  , Redação - rascunho original
http://orcid.org/0000-0001-5881-2595; lattes: 5187089424203603

Rosemeire de Araújo Rangniiii  , Revisão
http://orcid.org/0000-0002-8752-9745; lattes: 6399149504309769

iUniversidad Internacional de La Rioja, La Rioja, Madri, Espanha. E-mail: arodrigs@ull.edu.es

iiUniversidade Federal de São Carlos, São Carlos, São Paulo, Brasil. E-mail: anapaulasantosoliveira@estudante.ufscar.br

iiiUniversidade Federal de São Carlos, São Carlos, São Paulo, Brasil. E-mail: rose.rangni@ufscar.br


Resumo

As lives tornaram-se muito populares no período pandêmico, com numerosos convites para transmissões sobre os mais diversos temas, inclusive, sobre as altas capacidades, fazendo com que o interesse acadêmico se voltasse para esse novo formato de evento. Desse modo, este artigo se propõe a apresentar o que foi transmitido em lives sobre as altas capacidades durante o período da pandemia (2020-2022), no YouTube®, por meio de pesquisa sistemática. Os resultados encontrados foram 22 vídeos relacionados a temas mais introdutórios às altas capacidades e outras abordagens, como a parentalidade; a aceleração; a matemática; as altas capacidades e o autismo; e a sobre-excitabilidade. Conclui-se que, apesar de temas mais introdutórios às altas capacidades terem sido mais incidentes, as lives cumpriram importante papel de informação para docentes e profissionais conhecerem a temática, mesmo que previamente.

Palavras-chave: live; altas capacidades; formação docente; lives no YouTube

Resumen

Las transmisiones en directo se popularizaron durante el período pandémico, con numerosas invitaciones para transmisiones sobre los más diversos temas, incluyendo las altas capacidades, despertando así el interés académico por este nuevo formato de evento. De esta manera, el presente artículo propone presentar lo que fue transmitido en las transmisiones en directo sobre las altas capacidades durante el período pandémico (2020-2022), en YouTube®, mediante una investigación sistemática. Los resultados encontrados fueron 22 videos relacionados con temas más introductorios a las altas capacidades y otros abordajes, como la parentalidad; la aceleración; las matemáticas; las altas capacidades y el autismo; y la sobreexcitabilidad. Se concluye que, aunque los temas introductorios a las altas capacidades hayan sido más incidentes, las transmisiones en directo tuvieron un importante rol de información para que profesores y profesionales conocieran al tema, aunque previamente.

Palabras clave: transmisiones en directo; altas capacidades; formación de profesores; transmisiones en directo en YouTube

Abstract

The livestreams became very popular during the pandemic period, with numerous invitations to broadcast on a wide variety of topics, including giftedness, leading academic interest in this new event format. Thus, this article aims to present what was broadcast in livestreams about giftedness during the pandemic period (2020-2022), on YouTube®, through a systematic review search. The results found were 22 videos related to more introductory themes to giftedness and other approaches, such as parenting, acceleration, mathematics, giftedness and autism, and over-excitability. To conclude, although the introductory themes to giftedness were more frequent, the livestreams played an important role of information for teachers and professionals to know the theme, even if previously.

Keywords: live stream; giftedness; teacher training; YouTube livestreams

1 Introdução

Com a chegada do vírus da Covid-19, em 11 de março de 2020 foi decretada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma pandemia global, impactando o mundo inteiro. No Brasil, por meio do Parecer nº 9/2020, foi declarada emergência em saúde pública devido à alta infecção do vírus, que apresentava um quadro clínico com infecções assintomáticas, ou quadros graves, exigindo distanciamento social, higienização e uso de máscaras. Devido à gravidade do cenário, houve a interrupção das aulas e o trabalho passou a ser em casa no modelo de home office.

No dia 17 de março do mesmo ano, a Portaria de nº 343, do Ministério da Educação (MEC), proclamou a substituição das aulas de presenciais para remotas (on-line). De acordo com a linguagem da internet, a expressão live passou a caracterizar/significar transmissões ao vivo, realizadas em redes sociais ou outras plataformas de streaming, como, por exemplo, o YouTube®. As lives se realizavam de forma simples e ágil, normalmente sem limite de duração ou número de espectadores, tendo se tornado uma opção cômoda e vantajosa para emitir conteúdos, os quais poderiam, inclusive, ser armazenados em canais criados no próprio YouTube®.

O YouTube® é uma plataforma de streaming de compartilhamento de conteúdo, vídeos, mediante a transferência contínua de dados pela internet. Ela foi criada em 2005 e, gradativamente, foi angariando adeptos e conquistando seu espaço, tornando-se o site de vídeos mais utilizado mundialmente e o segundo com mais acesso e pesquisa, atrás somente do Google (DOLCEMÁSCOLO, 2022). Além disso, ele conta com um total de dois bilhões de usuários e está presente em 91 países e disponível em 80 idiomas. A plataforma vem sendo muito utilizada para trabalho, por exemplo, pelos produtores de conteúdo digital (DOLCEMÁSCOLO, 2022).

As lives tornaram-se muito populares no período pandêmico, com numerosos convites que logo despertaram o interesse acadêmico para esse novo formato de evento, a exemplo de Falandes e Renó (2022), que investigaram sobre produções pandêmicas de vídeos 360 graus no YouTube® e, como resultado, constataram que o Brasil foi o país com o maior número de trabalhos publicados, evidenciando um protagonismo de empresas e profissionais especializados na criação de conteúdo, enquanto os veículos de imprensa apareceram timidamente.

Demartini e Lara (2022) também investigaram algumas transformações sociais advindas do contexto pandêmico, buscando saber quais foram os recursos e/ou ferramentas que os professores do Ensino Fundamental utilizaram no ensino remoto da Matemática, constatando que os recursos e/ou ferramentas mais utilizados pelos professores foram: o Geogebra (software utilizado para o ensino de geometria e equações), sites para jogos, exercícios e simulados, o YouTube®, o Jamboard (uma espécie de quadro virtual) e plataformas de videoconferência para a comunicação com os estudantes. Constataram, no entanto, que alguns professores não estavam habituados às tecnologias, os quais aprenderam a manipulá-las de forma rápida e urgente. De acordo com Falandes e Renó (2022), a pandemia impulsionou o contato com as tecnologias, mas nem todos estavam preparados para essa mudança brusca. Tardin e Romero (2022, p. 14) assinalam: “[...] a pandemia expôs inúmeras deficiências da área da Educação no Brasil, tanto em sua formação de novos professores quanto na própria atuação na educação básica”.

No que concerne às lives relacionadas às altas capacidades1, cabe mencionar que há diversidade de terminologias para se referir às pessoas que apresentam potenciais acima da média (RANGNI; COSTA, 2011), contudo, independentemente do termo adotado, as pessoas com altas capacidades são definidas como aquelas que demonstram um potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade, criatividade e artes (BRASIL, 2008).

Pérez (2003) discursa sobre a existência do desinteresse de professores e diretores pelo tema e seus estudantes com altas capacidades, subnotificando-os, que pode ser causado pelo desconhecimento da temática, de ideias ou entendimentos do senso comum, advindos de mitos e estereótipos. A Rede de Informação sobre a Educação na Europa (EURYDICE, 2008) declara a importância da formação dos professores para o trabalho com esses estudantes desde a formação inicial e destaca que se deve examinar como se dá essa formação, uma vez que os futuros docentes poderão ou não favorecer o desenvolvimento dos discentes. Sobre isso, Soares (2020) argumenta que a responsabilidade da formação não pode ser individual, e sim coletiva, agregando-se às instituições formadoras.

Assim, formulou-se o problema de pesquisa, a saber: o que os professores ou profissionais estavam buscando sobre altas capacidades nas lives difundidas na plataforma do YouTube® durante o período de isolamento social e se elas se configuravam como formação docente contínua para esses profissionais. O presente artigo tem como objetivo apresentar o que foi transmitido em lives do YouTube® sobre as altas capacidades durante o período da pandemia (2020-2022).

2 Metodologia

A pesquisa desenha-se em revisão sistemática, contando com uma análise qualitativa e descritiva dos resultados obtidos. As revisões sistemáticas são uma forma de pesquisa que utiliza a literatura sobre um determinado tópico como fonte de dados, fornecendo um resumo das evidências relacionadas a uma estratégia de intervenção específica por meio da aplicação de métodos explícitos e sistematizados de busca, avaliação crítica e síntese das informações selecionadas, cujos critérios essenciais é que ao menos dois pesquisadores devem estar envolvidos no processo de triagem e extração de dados (DONATO, H.; DONATO, M., 2019; SAMPAIO; MANCINI, 2007).

Para tanto, foram realizadas buscas de lives relacionadas ao tema das altas capacidades no YouTube®. A escolha dessa plataforma é justificada pelo fato de ser gratuita e de grande popularidade nas diferentes faixas etárias (FALAVINA, 2021).

Os critérios de seleção foram estabelecidos em sete, inicialmente: I) a transmissão deveria ser ao vivo; II) ser relacionada às altas capacidades; III) estar em língua portuguesa e em contexto brasileiro; IV) ter pelo menos duas pessoas como discursistas (mediador e orador); V) ter sido realizada no período da pandemia (março/2020 a junho/2022); VI) os vídeos deveriam apresentar uma ou mais das palavras-chave no título e/ou na descrição, sendo elas: live; altas habilidades; superdotação; altas habilidades/superdotação; altas habilidades ou superdotação; dotação; talento; dotação e talento, altas capacidades; e, por último, VII) caso os vídeos não apresentassem no título ou na descrição algumas informações importantes, como tema e nome dos discursistas, seria necessário assistir a apenas alguns minutos iniciais da live para poder capturar essas informações. Entretanto, durante as buscas, identificamos a necessidade de adicionar dois novos critérios: VIII) as lives deveriam ser encontradas pelas duas pesquisadoras encarregadas das buscas, devido à diferença de países onde se encontravam, Brasil e Espanha2; devido às diferentes localidades e aos diferentes “Internet Protocols” (IP), sendo que os resultados são influenciados ou direcionados (baseados em algoritmos). O algoritmo tem dois objetivos principais: auxiliar os usuários a encontrarem os conteúdos relevantes segundo seus interesses e fazer com que passem o maior tempo possível na plataforma, engajando-se em maior número de vídeos com conteúdos semelhantes (LANIUS, 2022), ou seja, a partir das visualizações anteriores, ele te indica novos conteúdos similares.

Nas pesquisas de revisões sistemáticas, indica-se a busca exaustiva na literatura relevante da área investigada (DONATO, H.; DONATO, M., 2019), no entanto, no caso de busca em uma plataforma como o YouTube®, onde os resultados são inúmeros, estabelecemos o nono critério: IX) a exploração dos vídeos se daria até o quinquagésimo vídeo.

Em razão da diversidade terminológica existente na área de altas capacidades, as seguintes strings3 foram utilizadas nas buscas: live altas habilidades; live superdotação; live altas habilidades/superdotação; live altas habilidades ou superdotação; live dotação; live talento; live dotação e talento; e live altas capacidades. Para esse processo, empreendeu-se o modelo de fluxo de informação Prisma, de Moher et al. (2015), ferramenta que auxilia a apresentação dos dados de revisões sistemáticas e meta-análises.

O tratamento dos dados valeu-se da abordagem qualitativa, pois é a mais adequada para pesquisas com grupos ou segmentos delimitados, histórias sociais a partir da perspectiva dos atores, relações e análise de documentos e discursos (MINAYO, 2010). Os caminhos seguidos para a seleção final dos vídeos estão ilustrados na Figura 1.

Fonte: Elaboração própria (2022).

Figura 1 Resultados das lives encontradas no YouTube® 

Houve uma quantidade considerável de vídeos (400). Pelos critérios de inclusão, elegeram-se 22, sendo que, para essa elegibilidade, todas as lives foram revisadas e expostas no tópico dos resultados e discussão.

3 Resultados e discussão

As buscas de lives sobre as altas capacidades na plataforma do YouTube® resultaram em 22 achados, expostos no Quadro 1.

Quadro 1 Vídeos encontrados na plataforma YouTube® 

Título Participantes Canal Visualizações
Live com Susana Pérez sobre altas habilidades/superdotação Susana Perez e Simone Simone neuropsicopedagoga 770
Live: Superdotação e altas habilidades Dayse Serra e Cristiane Feital CCEDUC Workshop Educacional 27
CASIES/NAAHS - Live: Altas habilidades/superdotação com a Dra. Angela Virgolim Virgolim e Secretária Casies Mato Grosso 1.231
Live-Altas habilidades/superdotação Aline Bernadino, João Junior e Rodrigo da Rosa Todos Aprendem - Por Prof. Aline Bernardino 56
Live 17H - Altas habilidades/superdotação com Cristina Delou Cristina Delou e Fabiane Pinto Ismart 5.207
Live com o tema “Altas habilidades/superdotação” Tarciéli Martins e Ronise Venturini Medeiros Grupo Algo Mais & Clínica Algo Mais 127
Live | Palestra: Altas habilidades/ superdotação - Prof. Dêvia Maria Dêvia Maria e mediador APAE Parnaíba-PI 443
Live - Mãe de uma criança com altas habilidades/superdotação Cristiane Tada Café Inclusão 40
Live Altas habilidades/superdotação - Thamille Pereira dos Santos Thamille Pereira dos Santos e mediadora WebTV IF Farroupilha 1.124
Live Altas habilidades ) superdotacao Cezar Sena e mediadores Cezar Sena 209
Live - Meu filho tem altas habilidades? Olzeni Ribeiro e Gisele Padovan Espichei Oficial 960
Live: Vamos falar sobre altas habilidades? Fabiane Favarelli Navarra e mediadores AEE Inclusivo 296
Educação matemática e altas habilidades/ superdotação - Live 20/09/2021 Carla Magna Santos e mediadoras Licenciatura em Matemática (CALMA) 16
Aceleração escolar para alunos com indicadores de altas habilidades/superdotação Sandra e Mariana FCEE 1.036
Live Dia Internacional da Superdotação Ivana Lucena, Veronica Gomes e mediadores EETI Monsenhor Honório 380
Live: Altas habilidades e autismo Vicente Falcão, Ana Pravato e Diêge Muniz Congresso Brincar 6.088
IX Live Comentada Superdotação e altas habilidades no contexto mix potencial 04/11/2020 Ana Maria Linhares e mediadora MixPotencial 73
Live com Sandreliza Moura sobre altas habilidades ou superdotação Sandreliza Moura e mediadora ABPp Núcleo Maranhão 31
Live de quarentena #3 - Altas habilidades/superdotação Bartira Santos Trancoso e mediadora Seec SC 84
Live: VI Seminário Temático sobre altas habilidades/ superdotação Vera Borges de Sá, Denise Arantes Brero e mediadoras Unicap 718
Live Altas habilidades - Convidada Aline Russo Aline Russo e mediador NeuroDesenvolver 25
A sobre-excitabilidade nas altas habilidades/superdotação Carina Rondini, Patrícia Neumann Rede de Atendimento Integral Ao Superdotado 630

Fonte: Elaboração própria (2022).

Notas: 1. Os títulos dos vídeos e os nomes dos canais do YouTube® foram mantidos originalmente; 2. Alguns nomes de apresentadores e/ou mediadores não estavam completos ou não estavam devidamente identificados no vídeo/descrição do vídeo.

Pontua-se que a maior parte dos vídeos encontrados estava relacionada a evidenciar o que são as altas capacidades. Os outros temas explorados foram: parentalidade; aceleração; matemática; altas capacidades e autismo; e sobre-excitabilidade. Tal resultado sugere que o público consumidor seria composto por profissionais não especialistas por abordar aspectos mais globais e/ou introdutórios.

Quanto aos resultados encontrados, das oito strings buscadas, apenas três resultaram em vídeos nos critérios estipulados, assim como foi possível perceber que as strings Live altas habilidades e Live altas habilidades/superdotação trouxeram a mesma quantidade de vídeos (oito) cada uma, seguidas da string Live altas habilidades ou superdotação, com um número menor de vídeos encontrados (sete).

Outro resultado é em relação ao ano de maior incidência de lives, sendo 2021 o de maior incidência (16); seguido por 2020, início da pandemia, com cinco produções - vale comentar que esse ano foi marcado pela maior crise sanitária de ordem global, depois da gripe espanhola de 1918 (MAINIERI et al., 2022); e, finalmente, o ano de 2022, com uma live, em que se vivenciou o retorno presencial das atividades, ainda com presença da pandemia.

Por meio da plataforma YouTube®, também é possível identificar o alcance do vídeo, através da opção “visualização”, o que demonstra a abrangência das lives e do público atingido, conforme exibido no Gráfico 1.

Fonte: Elaboração própria (2022).

Gráfico 1 Total de visualizações das lives 

No tocante à formação docente inicial e continuada, o professor pode ser um importante aliado na identificação e trabalho das altas capacidades, desde que tenha formação suficiente (EURYDICE, 2008) e não somente interesse pelo tema (PÉREZ, 2003). Segundo um documento oficial de Brasil (2000), é na formação inicial que o professor precisa se apropriar de determinados conhecimentos e pode experimentar em seu próprio processo de aprendizagem o desenvolvimento de competências necessárias para sua atuação. Ainda de acordo com esse dispositivo legal, a formação do docente o estimula a aprender o tempo todo, a pesquisar, a investir na própria formação e a usar sua inteligência, criatividade, sensibilidade e capacidade de interagir com outras pessoas para lecionar. Para além da formação inicial, Marcelo Garcia (1995) complementa que a formação deve ser considerada como um continuum, ou seja, como um processo a ser associado ao desenvolvimento profissional docente, como perspectiva de continuidade e evolução.

Nesse sentido, Soares (2020) pontua que a formação direcionada aos professores não vem contemplando as reais necessidades da escola e destaca que as ações formativas oferecidas pelas instituições visam a suprir as carências da formação inicial e costumam ser atividades mais esporádicas, com o formato de treinamento ou reciclagem, ou ainda como aperfeiçoamento, por meio de cursos, seminários, palestras ou oficinas mais curtas ou com caráter mais tradicional, mais profundas, dinâmicas e atuais, dentro do contexto real escolar.

No tocante à formação docente para a atuação para as altas capacidades, Rech e Negrini (2019) e Souza (2017) salientam que há limitação formativa desses profissionais, especialmente na inicial. Rech e Negrini (2019) pontuam que os docentes investigados demonstraram fragilidades na compreensão a respeito do que seriam práticas pedagógicas inclusivas voltadas para estudantes com altas capacidades e que os docentes participantes necessitavam de formação continuada para essa área específica.

Na investigação de Souza (2017), especificamente sobre a formação inicial de pedagogos para a atuação com as altas capacidades, os estudantes universitários participantes foram questionados se haviam recebido formação sobre a referida temática, e 71% responderam que sim. Quando questionados se consideravam que os conhecimentos adquiridos os ajudariam na prática, apenas 50% disseram que sim, porém, quando perguntados se se sentiam preparados para a atuação com esse público, 78% responderam que não, apesar de que uma parte substancial dos participantes haviam recebido formação para a temática e, mesmo assim, não se sentiam preparados para atuarem com tal público. Em virtude de dados como esses, infere-se a possibilidade do interesse do público (profissionais não especialistas) por vídeos/lives no YouTube® como forma alternativa de formação complementar em meio ao isolamento da pandemia.

As lives são vistas como “palestras” de curta duração, direcionadas a formar ou informar sobre algum tema em específico. Como já mencionado por Soares (2020), as instituições formadoras podem ofertar formações rápidas para suprir uma necessidade ou uma falha obtida na formação inicial.

Coutinho e Alves (2010) destacam que a influência da internet é visível nos modelos de formação presencial e muito mais no modelo on-line, modelo no qual o estudante pode ter ensino individualizado ou colaborativo, em grupo ou em rede, já que propicia busca de conhecimentos e transforma estudantes em autores do próprio conhecimento. Nesse sentido, há de se mencionar a plataforma YouTube® como fonte de dados para diferentes investigações acadêmicas ou científicas, tais quais: ciências sociais, ciências humanas, da saúde, entre outras, e há impactos positivos dessa ferramenta para melhorar a aprendizagem (QUIROZ, 2022). Dessa forma, é perceptível como a internet se transformou em uma ferramenta de educação, assim levanta-se a hipótese de que as lives sejam propícias à formação contínua.

A discussão sobre a terminologia utilizada nas lives torna-se imprescindível porque na área das altas capacidades há diversidade para definir esse público, sendo a mais recente empreendida em documento oficial brasileiro, alterada em 2013, “altas habilidades ou superdotação” (BRASIL, 1996, 2013).

Rangni e Costa (2011) sugerem a problematização sobre a nomenclatura para definir esse público, pois o uso de um “e” ou “/” modifica a interpretação de quem são esses estudantes, já que “e” tanto é uma conjunção aditiva assim como pode ser adversativa, já o termo “ou” denota ser adversativo, dando a entender que o estudante pode ter altas habilidades e superdotação ou altas habilidades ou superdotação. Quanto a isso, os termos com uso da “/” e do “ou” foram os mais utilizados, já que são presentes na legislação brasileira (BRASIL, 2008, 2013). Cabe ressaltar que a especificidade (altas capacidades) abordada neste trabalho não é uma coisa nem outra, e sim um conjunto de características que os indivíduos possuem que os define como acima da média.

A respeito do número de visualizações das lives, o YouTube® utiliza métricas de interação: o número de vezes que os visitantes interagem com o vídeo ou canal do YouTube®; as marcações presentes na plataforma como “gostei” e “não gostei”; e as inscrições nos canais. Assim, essas métricas podem ser medidas significativas da “popularidade” do vídeo ou canal (YOUTUBE AJUDA, s/d). Entretanto, Bärtl (2018) afirma que o próprio algoritmo da plataforma traz problemas para a visualização, como a sugestão de vídeos, por exemplo, pois faz com que nem todos os vídeos do YouTube® tenham as mesmas possibilidades de serem visualizados. Cerca de 85% das sugestões se concentram em uma minoria de 3% dos canais da plataforma, trazendo dificuldades aos mais recentes, dado que talvez não tenham a mesma visualização que canais mais antigos.

Nessa esteira, foi possível perceber, de acordo com as quantidades de visualizações dos vídeos encontrados, a popularidade do tema das altas capacidades, uma vez que alguns conteúdos foram visualizados quase 2.000 vezes. Diante disso, questionamo-nos se outros vídeos não poderiam ser encontrados levando em consideração o próprio algoritmo e as sugestões da plataforma.

4 Considerações finais

A presente investigação teve como objetivo apresentar o que foi transmitido em lives do YouTube® sobre as altas capacidades durante o período da pandemia de Covid-19 (2020-2022). De maneira geral, consideramos que nosso objetivo foi atingido, apesar de temas mais introdutórios ao tema terem sido mais incidentes. Vale mencionar que eles cumprem um importante papel, principalmente para educadores e profissionais sem conhecimento prévio da temática.

A busca em uma plataforma como o YouTube® trouxe desafios e adaptações durante o processo de busca das lives, já que os algoritmos inteligentes direcionam as buscas segundo os gostos/interesses de cada usuário. Isso qualificou o processo de busca um pouco mais demorado, no entanto trouxe resultados interessantes que demonstram que tipo de conteúdo os docentes/profissionais absorveram sobre as altas capacidades durante o período de isolamento ocasionado pela pandemia.

Adicionalmente, levanta-se a questão sobre a qualidade do conteúdo transmitido nessas lives, já que, diferentemente de uma revista científica, por exemplo, o YouTube® não tem nenhum critério de qualidade, porque os vídeos não passam por um processo de avaliação.

A presente pesquisa apresenta limites, tendo em vista que não foi proposto analisar a qualidade dos conteúdos das lives. Assim, sugere-se que mais pesquisas sejam realizadas sobre as lives na plataforma do YouTube®, tendo como escopo principal avaliar com profundidade os conteúdos tratados nas transmissões.

Espera-se que a pesquisa possa auxiliar os docentes e profissionais a perceberem o processo de in(formação) recebido por meio da internet, no sentido de os levarem a refletir sobre como são os estudantes com altas capacidades, suas principais características e particularidades; para além de tudo isso, espera-se que este estudo os enriqueça na atuação profissional, desenvolvendo uma prática mais qualificada e equitativa.

5 Agradecimentos

Agradecemos em especial à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) pela concessão de financiamento de estudos, configurando-se como um fator primordial para o incentivo e desenvolvimento científico em nosso país. Processo: 23038.006212/2019-97. Número do Auxílio: 0542/2019.

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1Termo empreendido no texto de acordo com Benito (2009), Perales, González e Martínez (2019) e Sierra et al. (2013). A legislação brasileira adota a terminológa “altas habilidades ou superdotação” (BRASIL, 1996).

2No entanto, cabe explicitar que as pesquisas ocorreram no mesmo período, compreendendo os meses de maio, junho e julho de 2022

3Terminologia de Costa e Zoltowski (2014).

Recebido: 11 de Março de 2023; Aceito: 16 de Maio de 2023; Publicado: 05 de Julho de 2023

Amanda Rodrigues de Souza, Universidad Internacional de La Rioja (UNIR)

https://orcid.org/0000-0003-3788-4084

Docente na UNIR. Pós-Doutora em Psicologia pela Universidad de La Laguna (ULL) e doutora em Psicologia pela ULL e em Educação Especial pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Contribuição de autoria: Redação - rascunho original.

Lattes: http://lattes.cnpq.br/8358553161048690

E-mail: arodrigs@ull.edu.es

Ana Paula Santos de Oliveira, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Programa de Pós-Graduação em Educação Especial (PPGEEs)

https://orcid.org/0000-0001-5881-2595

Doutoranda no PPGEEs da UFSCar e mestra pelo mesmo programa. Graduada em Psicologia, bacharel e licenciatura pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).

Contribuição de autoria: Redação - rascunho original.

Lattes: https://lattes.cnpq.br/5187089424203603

E-mail: anapaulasantosoliveira@estudante.ufscar.br

Rosemeire de Araújo Rangni, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Departamento de Psicologia

https://orcid.org/0000-0002-8752-9745

Professora associada 1 no Departamento de Psicologia da UFSCar. Doutora em Educação Especial pela mesma universidade. Atua nos cursos de licenciatura em Educação Especial e no Programa de Educação Especial (PPGEES).

Contribuição de autoria: Revisão.

Lattes: http://lattes.cnpq.br/6399149504309769

E-mail: rose.rangni@ufscar.br

Editora responsável:

Lia Machado Fiuza Fialho

Pareceristas ad hoc:

Angélica Silva e Karla Silva

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