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Revista Brasileira de Educação Médica
versión impresa ISSN 0100-5502versión On-line ISSN 1981-5271
Resumen
PEREIRA, Erika Aguiar Lara; RANGEL, Adriana Belle y GIFFONI, Julia Calixto Guimarães. Identificação do Nível de Conhecimento em Cuidados Paliativos na Formação Médica em uma Escola de Medicina de Goiás. Rev. Bras. Educ. Med. [online]. 2019, vol.43, n.4, pp.65-71. Epub 12-Sep-2019. ISSN 1981-5271. https://doi.org/10.1590/1981-52712015v43n4rb20180116.
Introdução
O atual panorama mundial e, mais recentemente, brasileiro, nos permite afirmar que os cursos de Medicina carecem de disciplinas que abordem os temas de morte, luto e comunicação de más notícias, geralmente inseridos no contexto dos Cuidados Paliativos, embora não somente em disciplinas que conduzam os futuros profissionais médicos para além do conhecimento técnico-científico, tendo em vista a necessidade dos pacientes e familiares de serem cuidados também nos âmbitos psicossocial e espiritual1. Sabemos que existem barreiras para a aplicação de técnicas de cuidados paliativos no Brasil. Entre elas, podemos destacar a falta de formação em Cuidados Paliativos da equipe de saúde, especificamente, neste estudo, dos profissionais médicos.
Objetivos
Identificar o nível de conhecimento em Cuidados Paliativos (CP) na formação médica dos acadêmicos de Medicina do sexto ano de uma escola de Medicina do Estado de Goiás, compreender a percepção dos acadêmicos quanto à aprendizagem referente aos CP durante a sua formação médica e discutir a inclusão de CP na formação médica da instituição do estudo e no Brasil.
Método
Um questionário com nove questões foi aplicado para avaliar o nível de conhecimento em Cuidados Paliativos dos acadêmicos do sexto ano de Medicina de uma escola médica do Estado de Goiás. A população do estudo foi constituída de 81 indivíduos, de ambos os sexos, maiores de 18 anos.
Resultados
Foi observado que 73,84% dos entrevistados souberam definir ortotanásia, 43,07% acertaram a definição de distanásia e 58,73% assinalaram corretamente sobre eutanásia. Temos ainda que 36,92% dos alunos não se consideram preparados para lidar com a terminalidade, e a maioria dos acadêmicos (74,3%) referiu déficit quanto à abordagem do tema na graduação.
Conclusão
Embora os acadêmicos avaliados conheçam alguns princípios dos CP, estes não são suficientes. Os alunos alegam carência na abordagem do tema, enfatizando a necessidade de implementação dos Cuidados Paliativos como disciplina obrigatória na grade curricular brasileira.
Palabras clave : Formação Médica; Cuidados Paliativos; Nível de Conhecimento Acadêmico.