Servicios Personalizados
Revista
Articulo
Compartir
Educação e Filosofia
versión impresa ISSN 0102-6801versión On-line ISSN 1982-596X
Resumen
ROCHA, Ethel Menezes da. NOTAS SOBRE O ARGUMENTO DA LOUCURA NA PRIMEIRA MEDITAÇÃO. Educação e Filosofia [online]. 2011, vol.25, n.spe, pp.103-116. Epub 31-Ene-2024. ISSN 1982-596X. https://doi.org/10.14393/revedfil.issn.0102-6801.v25nespeciala2011-05.
O objetivo desse artigo é argumentar em favor da tese interpretativa segundo a qual nas Meditações Metafísicas Descartes, na Primeira Meditação, não recusa o argumento da loucura mas, ao contrário, utiliza-o em uma forma mais radical. Mais ainda, segundo a leitura a ser aqui defendida, o argumento da loucura em sua forma mais radical é absolutamente necessário para a eficácia da dúvida cartesiana. Através das hipóteses do sonho e do Deus Enganador, Descartes anula o aspecto individual, particular do argumento da loucura radicalizando-o. Ao admitir com essas hipóteses a possibilidade de todo homem fabricar seus próprios “dados sensíveis” e exercer a razão de modo incoerente, como o que ocorre com o louco, Descartes pode, ao final da Primeira Meditação, pôr em questão todo e qualquer critério de evidência.
Palabras clave : Argumento da loucura; Hipótese do sonho; Hipótese do Deus Enganador.