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Revista da FAEEBA: Educação e Contemporaneidade
versão impressa ISSN 0104-7043versão On-line ISSN 2358-0194
Resumo
CAPUTO, Stela Guedes. ENTREVISTA COM O FÍSICO MARCELO GLEISER. Revista da FAEEBA: Educação e Contemporaneidade [online]. 2021, vol.30, n.61, pp.365-373. Epub 18-Out-2021. ISSN 2358-0194. https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2020.v30.n61.p365-373.
O governo do presidente brasileiro Jair Bolsonaro aprofunda cada vez mais o desprezo pelo conhecimento, que ele já manifestava desde a campanha eleitoral. Em plena pandemia da Covid-19, enquanto o mundo aposta nas pesquisas científicas, na esperança da descoberta de vacinas (o que já aconteceu), Bolsonaro intensifica sua cruzada contra as universidades e a ciência, rejeitando dados analisados com métodos e protocolos, ignorando pesquisas e orientações médicas mundiais, ou seja, sendo negacionista. Interesses financeiros de grandes grupos econômicos, obscurantismo religioso, imensa desigualdade social, um profundo descaso pela vida e o negacionismo, já mencionado, são algumas características do bolsonarismo que faz o Brasil agonizar nesse momento. Para conversar sobre esse ataque à ciência e aos cientistas, entrevistamos o físico e astrônomo brasileiro Marcelo Gleiser, professor titular de filosofia natural e de física e astronomia na Dartmouth College, em Hanover, Estados Unidos, vencedor do Prêmio Templeton de 2019. Na entrevista, Gleiser fala sobre a importância do diálogo entre fé e ciência; sobre o papel das associações de pesquisas nesse momento; sustenta que o modelo cultural científico precisa mudar e se tornar menos eurocêntrico e mais pluralista; diz que o Brasil vive uma tragédia provocada pelo obscurantismo religioso e afirma que as novas gerações vão rir muito da nossa, em que muita gente ainda acredita que a Terra é plana.
Palavras-chave : Covid-19; Fé e ciência; Obscurantismo religioso; Pandemia; Bolsonarismo.