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Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior (Campinas)
versão impressa ISSN 1414-4077
Resumo
WACHOWICZ, Lílian Anna e ROMANOWSKI, Joana Paulin. Avaliação: que realidade é essa?. Avaliação (Campinas) [online]. 2002, vol.07, n.02, pp.81-100. ISSN 1414-4077.
A fragmentação e a burocratização dos procedimentos de avaliação, praticados nas instituições de ensino, provocam a alienação e a perda da dinamicidade do processo de aprendizagem, em função da capacidade diretiva atribuída à avaliação, nesse processo. A alienação vem da não participação no "mundo da vida" (expressão cunhada por Habermas em sua teoria da ação comunicativa), que entendemos ser nas escolas a aprendizagem. Esse mundo da vida já vem interpretado, ou recodificado pelo sistema: o conteúdo da aprendizagem já vem prescrito. A prescrição impede a descrição isenta de pré - julgamentos. A isenção indica a necessidade de analisar a aprendizagem e não julgá-la. Chamamos arrogância a essa característica do sistema educacional e entendemos que ela é um empecilho do aperfeiçoamento do processo, tanto de ensino como de aprendizagem. Na segunda parte do trabalho, apresentamos uma experiência de ensino com avaliação participativa. A técnica é de assembléia, com papéis determinados, numa turma de 60 alunos, na Disciplina de Filosofia da Educação, no segundo ano do Curso de Pedagogia. Os depoimentos dos alunos revelam sua aprovação quanto à técnica que permite a participação no processo de ensino e aprendizagem, tomados como um só processo, mas não quanto à avaliação, tomada ainda como um processo à parte. A descrição não é um procedimento usual, sendo que a prescrição, ainda que alienante, pareça dar mais segurança aos alunos na avaliação.
Palavras-chave : Avaliação Participativa; Descrição da Aprendizagem; Prescrição de Conteúdos; Alienação.