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Educação e Pesquisa
versão impressa ISSN 1517-9702versão On-line ISSN 1678-4634
Resumo
FERREIRA, Flávia Martinelli e WIGGERS, Ingrid Dittrich. Infância e urbanidade nos parques infantis de São Paulo. Educ. Pesqui. [online]. 2019, vol.45, e194024. Epub 07-Ago-2019. ISSN 1678-4634. https://doi.org/10.1590/s1678-4634201945194024.
Os parques infantis foram instituições implantadas na década de 1930, na cidade de São Paulo, que pretendiam promover a socialização de crianças em seu tempo livre, oferecendo especialmente atividades recreativas, artísticas e culturais. Esses parques estavam circunscritos nas mudanças de pensamento a respeito da vida na cidade, provocada por novos ideários educacionais e higiênicos daquele período. Para contribuir com o entendimento da temática, este trabalho teve como objetivo buscar compreender as noções de urbanidade e infância que nortearam esse projeto político-educacional, por meio de uma pesquisa bibliográfica sistemática de teses, dissertações e trabalhos de conclusão de curso desenvolvidos na USP e na Unicamp. Os parques infantis foram entendidos nas fontes analisadas como um espaço e um tempo de sociabilidades entre as crianças, bem como de encontros e desencontros entre as culturas produzidas no universo infantil e as culturas do mundo adulto. Esse caráter ambíguo é assinalado nas pesquisas que abrangeram tanto seu viés disciplinador quanto sua forma de expressão da cidadania e de difusão cultural. Sobretudo, é possível afirmar que os parques infantis se configuravam como importantes na construção da experiência corporal das crianças, considerando a ênfase em práticas educativas relacionadas ao corpo.
Palavras-chave : Infância; Cidade; Urbanidade; Parques infantis.