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Revista Brasileira de Educação Médica
versão impressa ISSN 0100-5502versão On-line ISSN 1981-5271
Resumo
ARAUJO, Mayonara Fabíola Silva et al. Qualidade do sono e sonolência diurna em estudantes universitários: prevalência e associação com determinantes sociais. Rev. Bras. Educ. Med. [online]. 2021, vol.45, n.2, e093. Epub 10-Jun-2021. ISSN 1981-5271. https://doi.org/10.1590/1981-5271v45.2-20200182.ing.
Introdução:
As alterações no ciclo sono/vigília (CSV) dos jovens universitários podem acarretar consequências na saúde física, psíquica e social. Além disso, alguns comportamentos adotados nessa fase podem estar associados a comprometimento do CSV.
Objetivo:
Portanto, este estudo tem por objetivo identificar quais fatores dos determinantes sociais da saúde (DSS) estão associados à má qualidade do sono e à sonolência diurna excessiva (SDE) de universitários.
Método:
Trata-se de um estudo transversal que incluiu 298 universitários, com idade entre 18 e 35 anos, 73,2% dos estudantes do sexo feminino do interior do Rio Grande do Norte, Brasil. Os dados foram coletados a partir dos seguintes questionários: A Saúde e o Sono, Questionário de Cronotipo de Munique, Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh e Escala de Sonolência de Epworth. Para avaliar a associação dos DSS com a má qualidade de sono e a SDE, realizou-se a regressão de Poisson com variância robusta.
Resultado:
A prevalência da má qualidade do sono e de SDE nos universitários foi de 79,2% e 51,3%, respectivamente. Entre os determinantes intermediários da saúde, observou-se maior razão de prevalência de má qualidade de sono nos estudantes que apresentaram problema de saúde no último mês (18,4%), fumavam (23,5%) e faziam uso de bebidas estimulantes próximo ao horário de dormir (25,8%), e naqueles que usavam eletrônicos antes do horário de dormir durante a semana (18,4%), quando comparados aos que não adotam esses comportamentos. Com relação à SDE, os estudantes que justificaram o horário de dormir na semana e de acordar no fim de semana por causa da demanda acadêmica apresentaram 27% e 34%, respectivamente, de menor prevalência de SDE do que o grupo que não adota esses comportamentos.
Conclusão:
As altas prevalências de má qualidade do sono e de SDE observadas nos universitários foram decorrentes de fatores biológicos e, em sua maioria, de fatores comportamentais.
Palavras-chave : Sono; Determinantes Sociais da Saúde; Estudantes; Sonolência.