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Revista Brasileira de Educação Médica
versão impressa ISSN 0100-5502versão On-line ISSN 1981-5271
Resumo
SIEBRA, Sabrina Mércia dos Santos et al. Prevalência do consumo de substâncias psicoativas entre estudantes de medicina no interior do Nordeste brasileiro. Rev. Bras. Educ. Med. [online]. 2021, vol.45, n.4, e222. Epub 28-Out-2021. ISSN 1981-5271. https://doi.org/10.1590/1981-5271v45.4-20210362.
Introdução:
No contexto da formação em Medicina, muitos estudantes buscam alívio e equilíbrio emocional por meio do uso de substâncias psicoativas.
Objetivo:
Este estudo teve como objetivo avaliar o consumo de substâncias psicoativas entre os acadêmicos de Medicina da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) com o intuito de contribuir para a formulação de atividades de prevenção.
Método:
A pesquisa possui corte transversal e abordagem quantitativa e descritiva. Aplicaram-se questionários padronizados entre outubro e dezembro de 2020 para discentes do primeiro ano e do internato. Analisaram-se variáveis de natureza categórica por meio de frequências e percentuais, e a relação entre essas variáveis foi realizada pelo teste qui-quadrado ou exato de Fisher. As associações e comparações, em relação aos períodos, foram consideradas significativas no caso de p-valor < 0,05.
Resultado:
A prevalência do uso de substâncias psicoativas na vida foi de 81,7% (n = 107). O consumo de tabaco e Cannabis foi significativamente maior em mulheres em relação aos homens: p = 0,019 e p = 0,05, respectivamente. Além disso, 48,4% dos discentes que têm insônia, 85,7% dos que relataram possuir dependência e 39% dos que acreditam que cursar Medicina é fator precipitante de consumo fazem uso de ansiolíticos, sedativos e hipnóticos: p = 0,025, p = 0,004 e p = 0,01, respectivamente.
Conclusão:
Observaram-se um elevado uso de substâncias psicoativas entre os estudantes de Medicina da UERN e a manutenção do perfil de uso ao longo dos períodos do curso com a presença de achados atípicos que divergiram de outros trabalhos, evidenciando a heterogeneidade das populações estudantis médicas, o que aponta para a necessidade de mais estudos para ampliação e análise dos resultados encontrados.
Palavras-chave : Abuso Oral de Substâncias; Estudantes de Medicina; Qualidade de Vida.