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Revista Brasileira de Educação Médica
versão impressa ISSN 0100-5502versão On-line ISSN 1981-5271
Resumo
CHINELATO, Marlene Moraes Rosa; MARTINEZ, Jose Eduardo e AZEVEDO, Gisele Regina de. Teste de Progresso: a percepção do discente de Medicina. Rev. Bras. Educ. Med. [online]. 2022, vol.46, suppl.1, e154. Epub 17-Nov-2022. ISSN 1981-5271. https://doi.org/10.1590/1981-5271v46.supl.1-20220296.
Introdução:
O Teste de Progresso (TP) como instrumento de avaliação na educação médica constitui-se em relevante subsídio para avaliar a eficiência do programa. Contudo, a percepção do aluno quanto ao seu desempenho e o impacto do TP na aprendizagem podem variar de acordo com contextos pessoais, educacionais, sociais e culturais.
Objetivo:
Esta pesquisa descritiva de abordagem qualitativa objetivou analisar a percepção dos estudantes do curso de graduação em Medicina de um centro universitário do noroeste paulista sobre o seu desempenho no TP, bem como o impacto dessa percepção em curto prazo sobre suas estratégias de estudo.
Método:
A amostra de conveniência foi constituída por 20 participantes após aprovação da pesquisa no Comitê de Ética em Pesquisa. Utilizou-se a técnica de grupos focais em dois momentos distintos para a coleta de dados: um grupo foi constituído por dez estudantes do quinto período, e o outro, por dez estudantes do oitavo período. A análise de dados fundamentou-se na análise de conteúdo temática descrita por Bardin et al.
Resultado:
Identificou-se que os estudantes entrevistados consideram: 1. as condições de realização do TP inadequadas; 2. o TP uma ferramenta pedagógica relevante que permite a autoavaliação e a correção das lacunas de aprendizagem, mas sugerem que seja aprimorado; 3. a participação no TP determinou sentimentos contraditórios para os estudantes, conforme o período que estão cursando.
Conclusão:
O TP é considerado pelos estudantes uma “ferramenta pedagógica” relevante. Entretanto, o impacto dos resultados de desempenho obtidos e o feedback recebidos não promoveram em curto prazo mudanças no plano de estudo dos estudantes entrevistados. A prática da autoavaliação ainda não se constitui cultura na vida acadêmica. É preciso considerar novas estratégias para a entrega do feedback formativo que permita a discussão das questões e dos resultados do curso/das turmas de forma reflexiva, de modo a potencializar o processo ensino-aprendizagem.
Palavras-chave : Educação Médica; Aprendizagem; Avaliação Educacional; Estudantes de Medicina; Percepção.