Prezada Leitora, Prezado Leitor,

O ano que finda é 2022. O calendário virou, a tão aguardada chegada do Ano Novo foi comemorada, acontecimentos de ordem vária ocorrendo e pondo em foco e à prova posicionamentos individuais, institucionais, populacionais, abarcando esferas multifacetadas que, sabemos, estão em constante interrelação em seus avanços e em suas mazelas.

De ordem educacional, tivemos a volta aos espaços de trabalho, assim também nas instituições educacionais e o que delas advém, escolas reabrindo, estudantes e professores e professoras se movimentando em espaços dantes conhecidos sem serem os mesmos; da ordem social, como argumentado em estatísticas, o distanciamento aumentado em nível econômico entre camadas da população, afetando principalmente as condições de vida da população mais pobre, que se compõe de pessoas pobres e se tornaram mais pobres; da ordem mundial, mais uma guerra – Rússia e Ucrânia – entre outras que se perdem, se tornam menos visíveis na dita ordem mundial, afetando condições humanas, arrefecendo relações de poder pondo em cheque ideologias arrefecidas pelos princípios que lhe dão norte; da ordem política, galgando patamares de visibilidade, posições arraigadas, exaltadas, destrutivas, esperançosas, nem sempre argumentadas com responsabilidade, empatia e solidariedade; a ordem humana, seguindo a inversão da lente de Palomar (Calvino, 1983) com foco em questões da própria existência, de ser, de viver e de morrer, no âmbito do Brasil há que se focar, entre outras, o desgoverno que marcou a morte de aproximadamente 600 mil pessoas pela epidemia causada pelo coronavírus SARS-CoV-2¹, e cada uma delas. Mais recentemente vindo à tona a devastadora condição do Povo Yanomami (com indícios de que podem vir outras...).

Mas nem tudo são cinzas...

No contexto do periódico Educação: Teoria e Prática, seguiu-se a labuta da movimentação de artigos que chegam à avaliação, às leituras que se cruzam rumo ao que se entende pertinente, enquanto contribuição que alcança o escopo da revista qual seja, constituir-se em um importante instrumento para o diálogo crítico e discussão entre professores, pesquisadores, especialistas em educação e alunos. Em 2022, tivemos a grata satisfação de ter alcançado o score de A2 na avaliação CAPES.

Assim fechamos o referido periódico pelo terceiro ano no modo fluxo contínuo, iniciado em 2020, seguindo 2021. Neste ano 2022 que se encerra, um ano potente em produção de pensamento, materializa-se o volume 32 sob número 65 composto por 31 artigos submetidos em fluxo contínuo, 13 artigos que compõem o DOSSIÊ intitulado “Professores(as) iniciantes: processos e perspectivas de formação” como apresentado pelas organizadoras Professoras Doutoras Carla Andréa Brande, Emília Freitas de Lima, Laura Noemi Chaluh, Marisol Barenco de Mello e Silmara de Oliveira Gomes Papi. O corpo de autores e autoras está composto por pesquisadores e pesquisadoras alocados em instituições educacionais diversas brasileiras e não-brasileiras; informa-se ainda que 8 artigos estão apresentados em português e traduzidos para a língua inglesa sob responsabilidade de suas autoras.

E ainda duas Resenhas que divulgam temas atuais, sendo um livro “A salvação do belo” de autoria de Byung-Chul Han (2019) e uma Tese de doutorado "Educação Matemática crítica direcionando currículos: constituição de sujeitos e de uma tecnologia de governo”, de autoria de Júlio César Gomes de Oliveira (2020).

Que sua leitura seja profícua e prazerosa, é o que lhe desejamos.