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Educação e Filosofia

versão impressa ISSN 0102-6801versão On-line ISSN 1982-596X

Resumo

MARQUES, Lúcio Álvaro. Corpus Paraensis. Educação e Filosofia [online]. 2021, vol.35, n.74, pp.1079-1101.  Epub 15-Jan-2024. ISSN 1982-596X.  https://doi.org/10.14393/revedfil.v35n74a2021-63280.

A condição de possibilidade primária para a existência de uma filosofia é que os seres humanos pensem e, pensando, transmitam suas memórias e reflexões em escritos, ou seja, que exista uma traditio philosophica - uma herança e uma transmissão - desse pensar. O que identifica, grosso modo, a experiência do pensamento é seu registro na palavra-texto (escrita) e não apenas na palavra-oral (discurso). A condição secundária, portanto, é a existência de textos ou escritos filosóficos e, neste caso, a hipótese a se levantar refere-se aos escritos filosóficos coloniais do Pará, que nomeamos Corpus Paraensis. Provar a existência de uma filosofia colonial brasileira depende, por um lado, de reconhecermos o que resta daquela traditio philosophica colonial e, por outro, da análise desses escritos enquanto exercícios de pensar consignados em textos. Por isso, este artigo não só identificará alguns escritos filosóficos coloniais paraenses quanto exemplificaremos essa herança com a edição de dois inéditos: um texto de caso de consciência (ou filosofia moral) e um de filosofia transnatural ou teodiceia (metafísica teológica). Com isso, convencemo-nos de que existiu uma traditio philosophica colonial brasileira?

Palavras-chave : Corpus Paraensis; Segunda Escolástica; Filosofia Moral; Filosofia Transnatural.

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