SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.22 número1Ação pedagógica, ação comunicativa e didáticaEducação, trabalho e saúde: as práticas sociais e as controvérsias do desejo índice de autoresíndice de assuntospesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Compartilhar


Conjectura: Filosofia e Educação

versão impressa ISSN 0103-1457versão On-line ISSN 2178-4612

Resumo

MURARO, Darcísio Natal. Os refugiados sob o olhar da filosofia e da educação. Conjectura: filos. e Educ. [online]. 2017, vol.22, n.1, pp.82-98. ISSN 2178-4612.  https://doi.org/10.18226/21784612.v22.n1.06.

O objetivo deste trabalho é abordar o caso dos refugiados como atividade filosófica e educacional. A questão colocada para debate é a seguinte: A filosofia tem algo a dizer acerca dos refugiados? Em que base uma educação pode evitar a repetição da experiência de refugiado? O procedimento de análise adotado consiste na metodologia de caráter bibliográfico. Para resgatar aspectos da experiência dos refugiados utilizamos, de início, uma poesia que alavanca a possibilidade de tratar o próprio conceito refugiado a partir de uma experiência empática com o seu grito no contexto da experiência da barbárie. Para nos aproximarmos do conceito de refugiado e identificar a dimensão e gravidade do problema, usamos dados organizados pelas Nações Unidas e estudos sobre o tema. Em seguida, optamos pela análise do conceito, referenciados no pensamento de Adorno como forma de penetrar, compreender e buscar alternativas diante dos problemas colocados. Nesse sentido, exploramos o conceito de Auschwitz como razão bárbara, experiência anticivilizatória e desumana e a alternativa proposta pelo autor na forma de educação para a emancipação pessoal e social por meio de reflexão e esclarecimento como base para o processo democrático e desbarbarizador. Na perspectiva de Adorno, uma pedagogia democrática se funda na reflexão crítica, no processo e na elaboração do passado e dos acontecimentos de nossa história. Ela é caminho para esclarecimento, para autonomia e emancipação. É a resistência a Auschwitz, à redução, à barbárie, ao totalitarismo, ao caráter manipulador, ao fetiche da técnica, à consciência coisificada, reificada. Educação como emancipação permanente requer a realização de experiências em que a autoridade se conjuga com liberdade, esclarecimento e práxis democrática.

Palavras-chave : Refugiados; Filosofia; Ensino; Experiência; Emancipação..

        · resumo em Inglês | Espanhol     · texto em Português     · Português ( pdf )