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Conjectura: Filosofia e Educação

versão impressa ISSN 0103-1457versão On-line ISSN 2178-4612

Resumo

GUSMAO, Luka Carvalho; JESUS, Alan Willian  e  PINTO, Tarcísio Jorge Santos. Ensaio sobre o tempo em Paulo Freire e Edgar Morin: caminhantes em diálogo com a educação. Conjectura: filos. e Educ. [online]. 2022, vol.27, e022048.  Epub 20-Abr-2024. ISSN 2178-4612.  https://doi.org/10.18226/21784612.v27.e022048.

O que da importância de uma obra filosófica para o pensamento planetário? Cremos que pelo valor que ela agrega a cada novo presente, possibilitando outras formas de sentir, pensar e habitar as diversas experiências da vida, entre elas a da Educação. Neste artigo, nosso objetivo é trazer à tona as potencialidades das obras de Paulo Freire e Edgar Morin no tocante à relação entre temporalidades e Educação. Nossa abordagem metodológica é a pesquisa bibliográfica, utilizada para mapearmos a concepção de tempo nas obras de Freire e Morin. O pensamento do patrono da Educação brasileira dá ênfase ao devir das temporalidades vividas pelos sujeitos e ao tempo da História, ambos entendidos enquanto inacabamentos que possibilitam o engendramento de inéditos viáveis. Por sua vez, o pensamento do filósofo francês busca, a partir da crítica do pensamento cartesiano, propor a complexidade enquanto aquilo que é tecido junto, entrelaçando, assim, vida e conhecimento. O excesso da vivência do tempo cronológico nas relações sociais vem se materializando na busca insaciável do ter e na exploração de si, as quais levam a Educação a se inclinar apenas para a repetição de um currículo atento às demandas mercadológicas. Chegamos à conclusão de que existe um elo filosófico entre as concepções de tempo construídas nas obras de Paulo Freire e Edgar Morin que nos dão a pensar que outras formas de experienciar a temporalidade são urgentes na e para a Educação atual. Inspirando-nos nas ideias de Freire (1982, 2007, 2014, 2015, 2016, 2019) e Morin (2003, 2008, 2010, 2014), sinalizamos possibilidades de ressignificação do tempo na contemporaneidade, pensando-o não como futuro esvaziado de presente que se coloca a serviço da produção, mas como atenção ao presente enquanto potência que permite esperançar na Educação.

Palavras-chave : Paulo Freire; Edgar Morin; Tempo; Educação.

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