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Revista Educação e Cultura Contemporânea
versão impressa ISSN 1807-2194versão On-line ISSN 2238-1279
Resumo
SCHERER, Renata Porcher. Formação de professoras, tradicionalismo e a feminização do magistério no Brasil: um estudo da obra de Aparecida Joly Gouveia. Rev. Educ. e Cult. Contemp. [online]. 2018, vol.15, n.41, pp.316-342. Epub 15-Out-2018. ISSN 2238-1279. https://doi.org/10.5935/2238-1279.20180079.
O presente artigo, ao investigar as temáticas da formação de professoras e da feminização do magistério na literatura pedagógica brasileira da década de 1960, identifica que a questão do tradicionalismo se constituía como uma importante variável para a escolha do magistério pelas moças daquele período. A partir da análise documental da produção acadêmica da pesquisadora Aparecida Joly Gouveia é possível identificar que, na época analisada, uma das críticas das normalistas a sua formação era pautada pela falta de um caráter prático nos cursos de magistério, que estariam aquém do desejado para o futuro exercício profissional. Assim, pode-se afirmar que o debate entre uma formação baseada nos conteúdos, ou teórica, e uma formação baseada nos saberes didáticos, ou prática, constituiu-se como uma questão importante no período analisado em que a educação brasileira passava por um amplo processo de democratização. Outro destaque refere-se a investigação pioneira da pesquisadora acerca das decisões vocacionais da mulher em um Brasil que vivenciava um processo de rápida industrialização, inaugurando o debate sobre a feminização do magistério e o papel da mulher nessa sociedade. Sob tal perspectiva, entende-se que uma retomada dos escritos de Gouveia poderá contribuir para reenquadrar o debate acerca da história da formação de professores no Brasil.
Palavras-chave : Formação de professores; História da educação; Feminização do magistério; Brasil.