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Revista e-Curriculum

versão On-line ISSN 1809-3876

e-Curriculum vol.19 no.1 São Paulo jan./mar 2021  Epub 10-Maio-2021

https://doi.org/10.23925/1809-3876.2021v19i1p153-173 

Artigos

PSICOLOGIA ESCOLAR E ETNOGRAFIA VIRTUAL: CONSTRUINDO ESPAÇOS DE FORMAÇÃO

SCHOOL PSYCHOLOGY AND VIRTUAL ETNOGRAPHY: BUILDING TRAINING SPACES

PSICOLOGÍA ESCOLAR Y ETNOGRAFÍA VIRTUAL: CREACIÓN DE ESPACIOS DE ENTRENAMIENTO

Ligia Rocha Cavalcante FEITOSAi 
http://orcid.org/0000-0002-0091-932X

Claisy Maria MARINHO-ARAUJOii 
http://orcid.org/0000-0001-5411-8627

i Doutorado em Psicologia pela Universidade de Brasília. Professora do curso de Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina. E-mail: ligia.cavalcante.feitosa@gmail.com - ORCID iD: http://orcid.org/0000-0002-0091-932X.

ii Doutorado em Psicologia pela Universidade de Brasília. Professora do curso de Psicologia da Universidade de Brasília e do Programa de Pós-Graduação em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde da Universidade de Brasília. E-mail: claisy@oi.com.br - ORCID iD: http://orcid.org/0000-0001-5411-8627.


RESUMO

Este estudo1 discute a atuação de psicólogos escolares dos Institutos Federais, a partir da proposição de espaços virtuais, com vistas a contribuir para o aperfeiçoamento desses profissionais. Fundamentada na psicologia escolar crítica e na etnografia virtual, a construção dos fóruns virtuais evidenciou reflexões de psicólogos sobre práticas nos Institutos Federais. A pesquisa contou com 93 participantes. Os resultados apontam que o investimento institucional para atuação do psicólogo escolar ainda está em processo de construção. Relatos indicam que as intervenções se caracterizam pela ênfase exclusiva no atendimento de estudantes com problemas de rendimento acadêmico ou se limitam à promoção de oportunidades profissionais para alunos. Os espaços virtuais contribuíram para o aperfeiçoamento continuado desses psicólogos.

PALAVRAS-CHAVE: Psicologia escolar; Etnografia virtual; Ensino profissionalizante; Formação continuada

ABSTRACT

This study discusses the role of school psychologists at Federal Institutes, based on the proposition of virtual spaces, with a view to contributing to the improvement of these professionals. Based on critical school psychology and virtual ethnography, the construction of virtual forums showed reflections by psychologists on practices at Federal Institutes. The survey included 93 participants. The results show that the institutional investment for the performance of the school psychologist is still under construction. Reports indicate that the interventions are characterized by the exclusive emphasis on serving students with academic performance problems or are limited to promoting professional opportunities for students. The virtual spaces contributed to the continuous improvement of these psychologists.

KEYWORDS: School psychology; Virtual ethnography; Vocational education; Continuing education

RESUMEN

Este estudio discute el papel de los psicólogos escolares en los Institutos Federales, a partir de la propuesta de espacios virtuales, con el fin de contribuir a la mejora de estos profesionales. A partir de la psicología escolar crítica y la etnografía virtual, la construcción de foros virtuales mostró reflexiones de psicólogos sobre las prácticas en los Institutos Federales. La encuesta incluyó a 93 participantes. Los resultados muestran que la inversión institucional para el desempeño del psicólogo escolar aún está en construcción. Los informes indican que las intervenciones se caracterizan por el énfasis exclusivo en atender a los estudiantes con problemas de desempeño académico o se limitan a promover oportunidades profesionales para los estudiantes. Los espacios virtuales contribuyeron a la mejora continua de estos psicólogos.

PALABRAS CLAVE: Psicología escolar; Etnografía virtual; Educación vocacional; Educación continua

1 INTRODUÇÃO

A psicologia escolar é uma área de produção do conhecimento, de atuação e de pesquisa que se consolidou como um campo de intervenção para psicólogos no cenário educacional (MARINHO-ARAUJO, 2010). Os estudos internacionais e nacionais têm compartilhado preocupações e novas perspectivas teórico-metodológicas para fundamentar as práticas dos psicólogos escolares em diferentes contextos educativos. Em observância a esses estudos, entende-se que o psicólogo escolar pode atuar na promoção de atividades coletivas em favor do desenvolvimento psicológico complexo de todos aqueles que integram o espaço educativo. Nessa perspectiva, a intervenção desse profissional poderá favorecer mudanças no cotidiano institucional, referentes às políticas de democratização do acesso, da permanência e da inclusão, e na formação qualificada e cidadã dos atores educativos (MARINHO-ARAUJO, 2016).

Ainda que essas produções acadêmicas destaquem os avanços das contribuições da psicologia escolar em novos cenários educativos, existem modalidades de ensino que ainda não foram amplamente estudadas pela área ao longo dos anos. O contexto da educação profissional e tecnológica configura-se como umas dessas lacunas de investigação. Mais recentemente, pesquisas e estudos teóricos têm apontado o quanto o ensino profissionalizante tem sido favorável à intervenção do psicólogo escolar (FEITOSA, 2017; FEITOSA; MARINHO-ARAUJO, 2016; PREDIGER; SILVA, 2014).

No sistema público federal de ensino, nas instituições de caráter profissionalizante, a oferta da educação básica ocorre por meio do ensino médio integrado ao técnico e a oferta da educação superior por meio da graduação e pós-graduação. Os cursos coexistem nessa estrutura de ensino, de forma integrada e concomitante. Em 2008, com a criação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFETs), o ensino superior foi reorganizado para promover novas oportunidades de formação acadêmica qualificada e contribuir para o desenvolvimento econômico e social em diferentes regiões do país, principalmente nas zonas com menor crescimento e quantidade de instituições universitárias. Diante dessa realidade, acredita-se que as contribuições da psicologia escolar possam apoiar esses espaços educativos no processo de desenvolvimento humano da comunidade acadêmica. Para tanto, cabe ao psicólogo escolar intervir, de forma planejada, para mediar a mobilização de recursos cognitivos, técnicos, éticos e estéticos, junto com atores educativos, a fim de construir e reconstruir as competências teórico-metodológicas necessárias ao planejamento e à concepção das atividades acadêmicas (MARINHO-ARAUJO, 2014).

Diante desse cenário, pode-se identificar, também, a potência da cultura de trocas de experiências entre os psicólogos dos IFETs por meio das tecnologias de comunicação e informação (TICs). Desde 2010, a comunicação virtual constituiu-se como uma forte ferramenta dessa categoria para problematizar e dialogar sobre a realidade profissional de cada psicólogo nos Institutos Federais. Neste estudo, a construção de espaços virtuais foi compreendida como uma importante estratégia para ampliar a discussão acerca da atuação de psicólogos escolares nos Institutos Federais e, por conseguinte, estimular o aperfeiçoamento continuado desses profissionais no âmbito da educação profissional e tecnológica.

Para favorecer a recolha das informações em cenário nacional, optou-se pela adaptação da metodologia da etnografia virtual. Essa proposta metodológica reconhece e potencializa a capacidade de novos processos relacionais serem estabelecidos entre indivíduos pertencentes a uma comunidade presencial (categoria profissional de psicólogos dos Institutos Federais) reunidas em um espaço virtual (integrantes dos fóruns virtuais dessa pesquisa). A seguir, serão apresentados os diálogos possíveis entre a psicologia e os fundamentos da etnografia virtual, com o intuito de justificar os processos referentes ao delineamento da pesquisa. Na sequência, o contexto do estudo e os eixos de análise acerca da atuação de psicólogos escolares nos Institutos Federais, trazendo as contribuições para o aperfeiçoamento desses profissionais.

2 PSICOLOGIA HISTÓRICO-CULTURAL E ETNOGRAFIA VIRTUAL: REFLEXÕES INICIAIS SOBRE O MÉTODO

Na perspectiva histórico-cultural, o processo investigativo é concebido por meio do método construtivo (VYGOTSKY,1930/1991). Esse método está fundamentado em três importantes princípios, a saber: (a) a relevância e a necessidade em se analisar os processos, diferindo esses processos da mera análise de objetos, produtos ou fenômenos separados do seu contexto; (b) a importância de se investigar a origem e as dinâmicas que permeiam os fenômenos; e (c) a necessidade de considerar o desenvolvimento histórico que perpassa os processos psicológicos, e não exclusivamente os comportamentos observáveis e recorrentes. Tais princípios norteiam o papel ativo, interativo e permeado de intencionalidades do pesquisador ao longo da produção do conhecimento.

O caráter interativo entre pesquisador e participantes é fruto da instrumentalização metodológica, alinhada teórica e epistemologicamente à perspectiva histórico-cultural. Dessa maneira, os espaços de diálogos interdependentes entre os participantes com o fenômeno estudado são privilegiados, permitindo ao pesquisador a adoção de uma postura participativa no processo de construção do conhecimento. É a partir dessas reflexões iniciais que esta pesquisa dialogará com a proposta metodológica da etnografia virtual.

Com o advento das tecnologias de informação e comunicação (TICs), novas possibilidades e novos delineamentos de pesquisa surgiram para compreender as relações e as interações dos sujeitos com outros indivíduos, grupos ou comunidades. Na pesquisa qualitativa, as TICs também contribuíram para a condução de estudos voltados para o processo dialético de formação das comunidades, da compreensão das relações construídas e mantidas entre os sujeitos em espaços mediados por computadores ou pela web. No cenário das novas possibilidades metodológicas associadas ao uso da tecnologia, a etnografia virtual surgiu como proposta inovadora para conduzir investigações acerca das práticas e das interações construídas por comunidades constituídas em ambiente virtual, mediadas por seus respectivos integrantes (HINE, 2000).

A etnografia virtual adota técnicas de observação participante, mediadas por tecnologias, que podem ser delineadas por um conjunto de procedimentos e protocolos distintos (KOZINETS, 2014). Essas técnicas podem ser utilizadas tanto para a condução de estudos de comunidades virtuais quanto para comunidades e culturas que estabeleçam interações sociais importantes em um ciberespaço.

Nas comunidades virtuais, os processos de sociabilidade revelam o caráter privilegiado da comunicação na constituição identitária dos sujeitos por meio da manifestação dos seus interesses, consensos e contradições (BRAGA, 2008). A utilização da etnografia virtual justifica a pertinência de se ter um método para atender às demandas de estudos sobre o cotidiano das práticas sociais em contexto da web. Permite, ainda, o acesso a detalhes ricos de observação das construções interacionais dos atores sociais no ambiente virtual, abrangendo consideráveis números de participantes que podem estar geograficamente distribuídos em diversos territórios (BRAGA, 2008; HINE, 2000).

Em linhas gerais, a etnografia virtual revela-se como um desenho metodológico afiliado às escolhas da pesquisadora que, em observância ao contexto pesquisado, constituiu-se por um delineamento de etapas flexíveis e interdependentes. A adoção dessa metodologia favoreceu a conjugação de técnicas específicas em diferentes proporções de interação, informações e análises produzidas no decorrer do estudo. Dentre o conjunto de técnicas possíveis à concepção da etnografia virtual, tais como entrevistas e formação de grupos focais mediadas por tecnologias, optou-se pela construção dos fóruns como principal canal de comunicação entre os participantes. Os fóruns virtuais são promissores para o desenvolvimento dos espaços coletivos de fala e pelas facilidades de as interações serem conduzidas pelos próprios sujeitos dessa comunidade.

Nessa direção, as escolhas metodológicas, de caráter qualitativo, fundamentadas pelas contribuições da psicologia histórico-cultural e pela etnografia virtual foram a base para a condução desse estudo. A seguir, apresentam-se os processos de adaptação da etnografia virtual por meio da construção dos fóruns virtuais e, por conseguinte, o acompanhamento das trocas de experiências estabelecidas entre psicólogos escolares em torno das atuações profissionais nos Institutos Federais.

2.1 A construção do site para psicólogos escolares dos Institutos Federais

O Site “psicologiaescolarnarede.com”, espaço virtual organizado para receber os psicólogos escolares, foi utilizado para reunir em um espaço virtual organizado e criativo os relatos acerca da atuação desses profissionais nos Institutos Federais. A estrutura gráfica do website privilegiou uma interface que comportasse os fóruns virtuais como um ambiente convidativo para que os membros pudessem acompanhar as novidades e as produções envolvendo a Psicologia Escolar.

De acordo com Mann e Stewart (2000), a comunicação mediada por computadores/meios digitais precisa considerar cinco importantes fatores: (a) objetivo da interação; (b) estrutura temporal da pesquisa; (c) possibilidades e limitações do recurso digital; (d) características do pesquisador e dos participantes; e (e) contexto externo ao produzido pela investigação. Ainda sobre os cuidados metodológicos, Langer e Beckman (2005) destacam a relevância em se construir espaços virtuais que sejam capazes de garantir processos seguros de comunicação e análise. O uso de métodos ativos e participativos no processo de investigação, a exemplo do site dessa pesquisa, pode expor temáticas e questões que sejam familiares a todos os membros e evidenciar a potencialidade da comunicação (GEBERA, 2008).

Nesse sentido, o site foi planejado com estrutura e linguagens acessíveis e disponibilizado no seguinte endereço eletrônico: www.psicologiaescolarnarede.com.br. Com a página em funcionamento, optou-se, primeiramente, pela condução de um estudo-piloto, ainda com os pesquisadores da área da psicologia escolar. O objetivo, com essa etapa, foi testar e refinar alguns aspectos relacionados aos procedimentos para a construção das informações, acesso aos ambientes dos fóruns virtuais e questões de interface entre participantes e o ambiente virtual (YIN, 2016).

Diante desses procedimentos, o site foi identificado como o espaço mais adequado para garantir a realização da etnografia virtual. Entende-se que, a partir desse ambiente virtual, os psicólogos escolares teriam mais estrutura e melhor acompanhamento das interações construídas entre pares. Esse delineamento metodológico também foi justificado pois, no caso do contexto de pesquisa em questão, pode-se ampliar a condução de um estudo no ciberespaço com integrantes oriundos de uma comunidade presencial e virtual, simultaneamente (KOZINETS, 1998). No caso desta pesquisa, os psicólogos escolares dos Institutos Federais integram, além da representação de um robusto quantitativo de profissionais, um grupo virtual para trocas de experiências voltado para o fortalecimento da atuação no contexto da educação profissional e tecnológica. A primeira versão dessa comunidade, de âmbito nacional, ocorreu no contexto da web, mediada pelo correio eletrônico (PREDIGER, 2010).

Até os dias atuais esse canal de comunicação ainda é reconhecido por psicólogos dos IFETs e encontra-se em pleno funcionamento. A partir dessa configuração inicial, esses profissionais também organizaram encontros presenciais para relatar experiências no trabalho e anseios profissionais. Em observância a essa funcionalidade e adesão pré-existente do grupo em questão, a construção do referido website surge como uma alternativa para privilegiar, de forma organizada e cotidiana, o amplo acesso e o aprofundamento de conexões partilhadas referentes à psicologia escolar nos mais diferentes campi dos Institutos Federais.

Por meio do site, a pesquisadora pode registrar, acompanhar e mediar processos de comunicações estabelecidos pelos participantes nos fóruns virtuais. De acordo com Kozinets (2014), as elaborações e ressignificações produzidas pelos integrantes de uma comunidade sobre determinadas temáticas podem ser acompanhadas regularmente em ambientes virtuais. Para que isso ocorra, a familiarização dos participantes com a plataforma e os assuntos de relevância para o estudo tornam-se imprescindíveis. A partir da adaptação do método da etnografia virtual, a Figura 1 apresenta o layout utilizado como o instrumento principal dessa pesquisa.

Figura 1 Layout da página da pesquisa 

Conforme assinala a Figura 1, a página “Psicologia Escolar nos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia” é composta por seis amplas categorias: (a) sobre, (b) blog, (c) biblioteca, (d) fóruns, (e) agenda, (f) contato. Além dessas categorias, dispõe de um espaço para enquete com o intuito de registrar consultas rápidas de opiniões dos participantes sobre dimensões do trabalho em Institutos Federais.

Na seção intitulada “Sobre” são divulgadas as informações pertinentes à pesquisa, apresentação da pesquisadora e uma síntese a respeito do laboratório da área. O objetivo foi mostrar, aos participantes, os interesses da pesquisa e a motivação da pesquisadora em desenvolver um estudo sobre a temática, de modo a tornar o canal de comunicação mais transparente e convidativo. A Figura 2 dispõe um exemplo de uma das seções dessa estrutura.

Figura 2 Acesso ao conteúdo da seção “Sobre”. 

Na seção “Blog”, os informes diversos a respeito do andamento da pesquisa e da divulgação de etapas futuras foram disponibilizados. Além disso, foram apresentados temas emergentes da área e as discussões institucionais relevantes. Essa aba integrou uma das páginas de conteúdo dinâmico, dispondo de publicações eletrônicas voltadas, predominantemente, para notícias, dicas e comentários referentes às discussões centrais e aproximadas com o estudo (PRIMO; SMANIOTTO, 2006). A Figura 3 traz um exemplo de comunicação estabelecida nesse espaço.

Figura 3 Conteúdo da seção “Blog” 

A “Biblioteca” foi um espaço concebido para dispor textos relevantes para a formação e para as discussões atuais em psicologia escolar. Com essa seção, pretendeu-se introduzir e/ou enriquecer o debate sobre a atuação dos psicólogos escolares em contextos diferenciados, incluindo os Institutos Federais. Além disso, com a exposição de artigos temáticos, o intuito foi sensibilizar os participantes para as futuras discussões mediadas no espaço dos “Fóruns”.

De acordo com Levacov (2008), a biblioteca virtual é um serviço de informação, sem infraestrutura física, disposta a direcionar os usuários para relevantes fontes de dados, com vistas ao aprofundamento teórico, prático e empírico acerca de determinado tema. Nesse sentido, delimitou-se a função da “Biblioteca” para a oferta de produções acadêmicas, na categoria de artigos, voltadas para o papel do psicólogo escolar, psicologia escolar na educação superior e psicologia nos Institutos Federais. A Figura 4 apresenta amostras de textos escolhidos para compor essa seção.

Figura 4 Conteúdo da seção “Biblioteca” 

A seção “Fóruns” foi o principal espaço destinado a recolha das informações da pesquisa. Por meio desse recurso, foram viabilizadas as mais importantes trocas e os mais frequentes processos de comunicação entre a pesquisadora e os participantes. A construção dos tópicos foi sistematicamente planejada em consonância com os objetivos da pesquisa. Os tópicos foram estruturados em quatro grandes eixos: (a) apresentação dos membros; (b) discussão sobre a formação e a atuação; (c) relatos de experiência na educação superior e (e) informes de interesse da categoria profissional e divulgação de eventos. Com esse canal de comunicação, pode-se promover a formação intersubjetiva do conhecimento entre os participantes ao longo dos processos interacionais (PALLOF; PRATT, 2002). A Figura 5 assinala os conteúdos disponibilizados para o debate com os profissionais dos Institutos Federais.

Figura 5 Conteúdo da seção “Fóruns” 

É importante destacar a organização do acesso às informações dos fóruns, prevista para proporcionar interlocuções entre os participantes em um ambiente seguro e privado. Embora a página eletrônica tivesse acesso público, a visualização dos tópicos e dos comentários somente se fez possível a partir do registro do psicólogo escolar no website. Esse cadastro foi solicitado tão logo o interessado na pesquisa acessou a seção “Fóruns” (ver Figura 5).

Nesse processo, inicialmente, apresentou-se o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ao psicólogo. Em caso de concordância com a participação, solicitou-se um nome de usuário e e-mail para que esse participante pudesse receber um link com a mensagem de autorização de registro. Ao acessar o link confirmando sua solicitação de interesse nesse cadastro, o psicólogo escolar recebeu uma senha automática para fazer o “login” e entrar nos fóruns. O profissional pode alterar essa senha por outra de sua preferência no primeiro acesso a esse canal de comunicação. Feito isso, os tópicos e as discussões foram abertos para esse participante.

Ainda que sejam muitos comandos para viabilizar a entrada de psicólogos escolares nesses espaços, tecnicamente foi o recomendado para essa proposta visto que são discutidos assuntos profissionais e opiniões acerca da atuação de psicólogos escolares nos IFETs. O bloqueio de spams nos tópicos e a garantia da privacidade entre os membros foram os benefícios promovidos com essa medida, a fim de tornar seguro o ambiente da informação mediado em contexto virtual.

Após a apresentação gráfica da ferramenta, na seção seguinte foram descritas as características do contexto de atuação dos participantes da pesquisa. Vale ressaltar que o site, ainda que tenha sido utilizado para a construção de pesquisa, permaneceu ativo por mais dois anos. O propósito foi manter mais uma oportunidade de canal de comunicação e consulta às atualizações profissionais para os psicólogos escolares dos Institutos Federais. O mesmo protocolo de acesso aos fóruns também foi mantido, a fim de preservar a privacidade das possíveis interações, após o período da recolha das informações deste estudo.

2.2 Contexto de atuação de psicólogos escolares nos Institutos Federais

O quantitativo de psicólogos escolares e os diferentes setores de atuação desses profissionais nos Institutos Federais foram considerados como elementos de relevância para subsidiar a descrição do contexto e dos participantes na pesquisa. Nesse espaço virtual, 103 psicólogos escolares efetuaram o registro no site. Desse quantitativo, consideraram-se 93 como participantes da pesquisa, pois cumpriram o requisito de responder um breve questionário sobre o perfil sociodemográfico e acompanhar, por meio do login, as discussões nos fóruns virtuais. O estudo, embora não represente um percentual significativo em relação aos 453 profissionais desta categoria nos IFETs, obteve a representação de, no mínimo, 1 profissional de cada estado e Distrito Federal.

A construção das informações ocorreu em um período de quatro meses, entre abril e julho de 2016. Foram considerados desde o período de divulgação da chamada da pesquisa, em diferentes canais de comunicação nos IFETs (e-mails institucionais e redes sociais), até os momentos de planejamento e de mediação do debate nos fóruns.

A partir dos espaços virtuais, constituídos em formato de fóruns, foram abertas três salas virtuais para os psicólogos escolares. Esse acesso foi garantido a partir do cadastro desses profissionais no site “psicologiaescolarnarede.com.br”. O intuito foi dar oportunidade para que esses psicólogos discutissem acerca de suas trajetórias acadêmicas e profissionais e suas principais ações desenvolvidas nos Institutos Federais.

Para divulgar a existência e o funcionamento dos fóruns, foram enviados amplos convites aos psicólogos escolares dos Institutos Federais, incentivando a divulgação e a participação desses profissionais na página eletrônica. Os flyers informativos, acerca dessa etapa da pesquisa, foram enviados por correio eletrônico. Os endereços para correspondência virtual foram obtidos por meio de consultas aos órgãos desses psicólogos.

A outra maneira de comunicação, por e-mail, foi direcionada para o grupo nacional de psicólogos dos Institutos Federais, sendo de acesso comum à maioria dos integrantes desta categoria profissional. Adicionalmente, foram utilizadas as redes sociais dos grupos de psicólogos dos IFETs (facebook) e a página pessoal da pesquisadora (facebook) para lançar este convite ao maior número possível de psicólogos escolares dessas instituições.

Para cada abertura de sala virtual foi estimado um intervalo de 15 dias para a construção de um novo tópico. Ao longo dos quatro meses da pesquisa, esses espaços foram mantidos abertos para a participação do profissional a qualquer tempo. Com auxílio dos fóruns, buscou-se apresentar os temas de forma dinâmica, com o conteúdo aproximado à realidade de trabalho dos participantes, a fim de propiciar o diálogo e proporcionar um ambiente favorável à exposição de opiniões, percepções e experiências desses participantes acerca dos temas em questão.

Com esse procedimento, foi possível acompanhar as interações de psicólogos escolares e construir mediações em torno das participações e/ou demandas trazidas por esses profissionais ao longo dos fóruns. Nesses espaços virtuais, os relatos dos participantes foram construídos por meio de sentidos e significados acerca das possibilidades e críticas em torno das suas práticas nos Institutos Federais. A seguir, é descrito o funcionamento dos três tópicos que constituíram os fóruns virtuais quanto ao planejamento, ao tema central, à metodologia empregada para nortear as discussões acerca da atuação desses profissionais.

2.3 Os fóruns virtuais e a atuação de psicólogos escolares

Primeiramente, planejou-se uma estrutura de sala virtual para apresentações iniciais de cada participante. Nesse espaço, os psicólogos escolares foram convidados a falar sobre si e sobre sua chegada no campus de lotação. Com esse tópico, os participantes tiveram a oportunidade de se ambientar com a ferramenta de comunicação e, principalmente, conhecer a trajetória acadêmica, profissional e até pessoal de cada membro.

De acordo com Kozinets (2014), os fóruns são uma das ferramentas mais antigas e ricas de uma comunidade online. Por meio deles, os participantes postam seus relatos com base em orientações do moderador ou de interesses em comum. Além disso, esse canal permite que outros respondentes, em qualquer tempo, compareçam e realizem postagens para continuar o sistema conversacional.

Nesse primeiro tópico, para iniciar a discussão acerca da atuação de psicólogos escolares nos Institutos Federais, abordou-se quais foram os principais aspectos da formação de base e continuada dos participantes que, por conseguinte, referendam as atuações desses profissionais. Em observância às recomendações da etnografia virtual, optou-se por desempenhar o papel de pesquisadora como membro do grupo. Dessa maneira, para realizar o primeiro contato nesse espaço e identificar o percurso formativo e escolha profissional dos membros dessa comunidade, a pesquisadora iniciou as apresentações mencionando em qual instituição se formou, em que ano, em quais áreas se especializou e quando começou a atuar em seu campus. Além disso, mencionou o interesse em partilhar experiências e boas expectativas em torno da possibilidade de conhecer outras realidades por meio do canal de comunicação.

Após a postagem da pesquisadora, os participantes foram se apresentando e relatando aspectos relevantes da sua trajetória enquanto psicólogos até a chegada em um Instituto Federal. As falas assumiram um caráter mais pessoal e aberto para apresentações entre os membros da comunidade. A proposta da sala virtual permitiu uma aproximação desses profissionais com a plataforma e, principalmente, oportunidades de se conhecerem.

O segundo tópico dos fóruns virtuais, para aprofundar os desdobramentos da atuação desses profissionais, abordou as ações práticas desses profissionais no contexto da educação profissional e tecnológica. Nesse sentido, considerou-se importante começar o debate envolvendo a atuação do psicólogo em todas as modalidades de ensino, quando estas são oferecidas em seus respectivos campi de lotação.

Adicionalmente, reconhecendo o desdobramento da atuação profissional na educação profissional e tecnológica, neste fórum foi planejado: (a) mapear e analisar a atuação dos psicólogos escolares nos diferentes níveis de ensino dos Institutos Federais, (b) mapear e analisar a atuação dos psicólogos escolares na educação superior dos Institutos Federais, e (c) identificar os aspectos caracterizadores do perfil de psicólogos escolares nos Institutos Federais. Inicialmente, pensou-se em proporcionar, por meio de grandes questões abertas, espaços de fala para esses profissionais descreverem as ações práticas que desenvolvem em seus campi; informarem quem são os atores educativos que integram suas atividades; relatarem as experiências de intervenção na educação superior e apontarem os desafios e as potencialidades do seu trabalho.

A partir dessas temáticas, construíram-se, ao longo dos fóruns, consignas voltadas para o tema da atuação dos psicólogos escolares nos IFETs, a fim de dar fluidez ao debate e estimular as participações dos profissionais. Foi a partir da primeira chamada no tópico, acompanhada dos relatos iniciais dos participantes, que se pode vislumbrar quais seriam os próximos e os mais adequados recursos para estimular as trocas de experiências entre os membros da comunidade.

À medida que os psicólogos escolares foram relatando as atividades desenvolvidas e quais eram os atores que participavam desses trabalhos, perceberam-se similaridades nas práticas e, também, dificuldades na rotina da atuação. No acompanhamento desse tópico, definiu-se que, a cada conjunto de participações que se repetia em conteúdo, a pesquisadora elaboraria sínteses acerca dos pontos em comum das práticas relatadas e reforçaria o pedido para continuarem relatando o que fazem nos Institutos Federais.

Ao longo das participações, a intervenção da pesquisadora foi fundamental para mediar a construção de sínteses textuais. Essas sínteses foram utilizadas como estratégia para estimular a participação dos demais psicólogos escolares registrados nos fóruns e facilitar o acompanhamento dos participantes a cada interação. Nesse sentido, fruto de resumos e análises das participações, a postagem de comentários é vista como potencial forma de mediação das relações estabelecidas entre os membros de determinadas comunidades virtuais (KOZINETS, 2014).

Na metodologia da etnografia virtual, é importante exercer uma participação ativa e acompanhar os interesses dos integrantes de uma comunidade. Nesse sentido, observou-se que nos fóruns virtuais novos significados e sentidos acerca da atuação dos psicólogos escolares surgiram nas trocas entre os membros. O resultado dessas novas elaborações mostrou que, para além de descrever sobre suas práticas, alguns dos relatos apontavam a preocupação de psicólogos em, também, discutir a atuação profissional no âmbito da assistência estudantil. Por ser um eixo de trabalho que, por um lado, garantiu a ampla inserção do psicólogo no ensino profissionalizante e, de outro, também se estendeu ao contexto da educação superior, é que se acatou a sugestão de construir um tópico exclusivo para essa troca de experiências entre os participantes.

Após o encerramento do período de participação nos fóruns virtuais, todas as mensagens dos participantes, obtidas em cada tópico, foram reunidas em um único arquivo, sendo subdivididas somente pelo autor da fala e do título de cada sala virtual. Na sequência, retomaram-se os objetivos da pesquisa, o conteúdo analisado na etapa do mapeamento institucional e as sínteses construídas para nortear a leitura, em profundidade, dessa nova configuração das informações.

Iniciou-se, portanto, o processo de análise das falas para identificar os sentidos produzidos nos contextos de interlocução. Esse procedimento se coaduna à explicação de Vygotsky (1991, p. 334): “a palavra ganha sentido no contexto da frase, mas a frase ganha sentido, por sua vez, no contexto do parágrafo, o parágrafo o deve ao contexto do livro e o livro o adquire no contexto de toda criação do autor”. Diante desse argumento, compreender os aspectos históricos, singulares e intersubjetivos que constituem as produções de sentido desses psicólogos escolares pode esclarecer as inúmeras possibilidades reveladas ou omitidas nas entrelinhas dos modos de expressão dos membros desse grupo.

Em atenção ao processo de promover o aperfeiçoamento continuado dos participantes a partir da discussão sobre a atuação nos Institutos Federais, foram construídas grandes categorias temáticas para ajudar na leitura e nos recortes das falas dos psicólogos escolares. A partir desse processo, pode-se traçar um percurso para a observação dos excertos das participações e, assim, favorecer a captação dos indicadores.

Nesta pesquisa, os indicadores não se referem a uma medida de aferição do efeito ou do benefício das ações desenvolvidas pelos psicólogos escolares nos Institutos Federais. Na perspectiva histórico-cultural, esse conceito pode ser compreendido como um conjunto de palavras/trechos carregado de significados que, por serem reiterativos, manifestam o que pensam os sujeitos. Nesse sentido, para evidenciar os principais significados atribuídos pelos participantes acerca da sua atuação nos Institutos Federais foram elencadas as zonas mais aprofundadas dos relatos desses profissionais, fruto da apreensão dos sentidos que os participantes atribuem acerca de suas práticas nesses espaços educativos. Entende-se que durante o processo de construção das informações, a emergência dos indicadores foi constituída, por um lado, pela manifestação das falas dos respondentes e, de outro, pela articulação dialética entre a origem do que fazem e os aspectos históricos, sociais e culturais que os conduzem para a manutenção de uma determinada atuação profissional.

Desse modo, a zona de sentido “atuação com o foco no ensino médio integrado ao técnico” foi definida por meio dos relatos de práticas de psicólogos escolares diante dessa modalidade de ensino, complementados pelas percepções desses profissionais acerca do desenvolvimento de suas atividades nos Institutos Federais. A segunda categoria de análise foi intitulada como zona de sentido “atuação do psicólogo escolar na assistência estudantil”. Esta zona referiu-se aos relatos de psicólogos escolares acerca dos desafios e, em alguns momentos, das impossibilidades em se construir ações práticas voltadas para o rompimento de intervenções burocráticas e assistencialistas.

Em atenção a esses indicadores, pode-se identificar que já havia uma cultura de trocas de experiências entre os psicólogos dos IFETs com auxílio das tecnologias de comunicação e informação (TICs). Partindo da compreensão de que a comunicação virtual entre a categoria integrava sua realidade profissional, buscou-se ampliar o canal de comunicação e de circulação de sentidos entre os pares para favorecer a recolha das informações em cenário nacional.

3 CONCLUSÃO

Por meio da construção do site “psicologiaescolarnarede.com.br”, pode-se registrar, eletronicamente, informações pessoais e profissionais dos participantes da página, complementar o mapeamento institucional acerca da atuação e conhecer os aspectos da trajetória acadêmica, pessoal e profissional dos psicólogos cadastrados no fórum do referido ambiente virtual. As construções das informações permitiram iniciar a investigação e a análise da atuação de psicólogos escolares nos Institutos Federais. Adicionalmente, pode-se identificar um conjunto mais alargado de ações práticas desenvolvidas por esses profissionais nas áreas do apoio ao ensino e da assistência estudantil.

Neste estudo, optou-se pela adaptação da metodologia da etnografia virtual, visto que, para além do fator de aumentar as chances de interlocuções entre os participantes, essa alternativa também foi um recurso para garantir uma mediação mais efetiva e dinâmica da pesquisadora ao longo desse processo. Dentre as inúmeras funcionalidades desse método, destaca-se o caráter potencializador dos processos relacionais entre indivíduos pertencentes a uma comunidade presencial (categoria de psicólogos dos Institutos Federais) reunidas em um espaço virtual (integrantes dos fóruns virtuais do site “psicologiaescolarnarede.com.br”, especialmente criado para essa pesquisa).

REFERÊNCIAS

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NOTA:

1 As reflexões e os resultados apresentados integram o trabalho de pesquisa de doutorado da primeira autora.

Recebido: 30 de Março de 2020; Aceito: 25 de Maio de 2020

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