1 Rizoma transmetódico. Desafios da pesquisa, transparadigma e método de transmissão
Legados complexos e libertários da história foram erroneamente ligados à pesquisa tradicional modernista-pós-modernista-colonial; por exemplo, indagando com Paulo Freire sobre questões opressivas, ou com Edgar Morin sobre questões reducionistas. Nesses casos, prevalece o tipo de pesquisa colonial e atenuam-se as ideias liberatórias, decoloniais e complexas, enraizando-as em sua própria opressão.
É por isso que a pesquisa decolonial é o tipo certo de pesquisa, pois tira a diminuição e desvio do método, desconstruindo-o a fim de analisar adequadamente ideias liberais, decoloniais e complexas em todo seu esplendor. Nesse sentido, dar a abertura decolonial planetária como apodítica da complexidade (RODRÍGUEZ, 2022b) para além dos paradigmas, no transparadigma complexo, é “[...] o desmantelamento do exercício do poder da pesquisa modernista” (RODRÍGUEZ, 2020, p. 705), enredando complexificando e reconhecendo a insuficiência do que sabemos. Como colonialismo, o sistema mundial funcionava como “[...] uma poderosa máquina de subalternização do conhecimento [...], estabelecendo simultaneamente um modelo epistemológico planetário” (MIGNOLO, 2003, p. 122).
No mesmo sentido libertador, em vez de pensar em metodologias coloniais, estamos decolonizando, complexificando e tecendo em “[...] transmetodologia, que consiste em pensar além dos métodos tradicionais de pesquisa e escrita acadêmica” (FORTUNATO, 2022, p. 46), leva a métodos transmodernos que são desconstruções e reconstruções, desligando e religando os métodos tradicionais, herdando a conotação e prefixo trans, que significa além, da transmodernidade; sendo a decolonialidade planetária o projeto dela, que nos leva à libertação de qualquer colonialidade global, sendo esta a continuação da colonização, que começou neste lado em 1492.
Especialmente com o legado freireano nas linhas de exploração, que têm vários resultados publicados: Paulo Freire: o vagabundo da utopia nas trans-metodologias; as trans-metodologias transepistemológicas do conhecimento e transcomplexas; e as trans--metodologias da decolonalidade-complexidade planetária em re-ligação, vamos com o objetivo complexo de sustentar alguns desafios teórico-trans-metodológicos da pesquisa no legado freireano, explicitando algumas re-ligações do professor e sua formação. Tudo isso é feito com o método transmetódico da desconstrução rizomática. Por que rizomas na pesquisa transmetódica? Como precisamos quebrar, para abrir, sua essência é a inclusão; os rizomas são conceitos filosóficos apresentados no primeiro capítulo de Mil planaltos (1980), desenvolvido por Gilles Deleuze e Félix Guattari em seu projeto Capitalismo e esquizofrenia (1972). “O rizoma como um caso de sistema complexo” (INGALA GÓMEZ, 2008, p. 258).
O rizoma é designado por três significados enredados emaranhados:
Pensar não é representar (não se busca uma adaptação a uma suposta realidade objetiva, mas sim um efeito real que relança a vida e o pensamento, desloca seus desafios, os leva mais longe e para outro lugar); 2) não há começo real senão no meio. Onde a palavra 'gênese' recupera plenamente seu valor etimológico de 'devir', sem relação com uma origem; 3) se todo encontro é 'possível' no sentido de que não há razão para desqualificar a priori alguns caminhos mais do que outros, nem por isso todo encontro é selecionado pela experiência (algumas montagens, alguns acoplamentos não produzem ou mudam nada). (ZOURABICHVILI, 2007, p. 95).
Nesse sentido, a desconstrução rizomática como método transmoderno traz consigo uma reinvenção e reformulação (RODRÍGUEZ, 2019a), em que a desvinculação dos velhos vícios da pesquisa modernista-pós-modernista-colonial nos leva a ir além das classificações: introdução, metodologia, resultados e conclusões e nos religamos (RODRÍGUEZ, 2019b) às estruturas rizomáticas na pesquisa freireana, que são, sem dúvida, decoloniais.
Após analisar a crise através da decolonização, vamos para a reconstrução, isto é, um conhecimento inacabado, complexificante e transdisciplinar (RODRÍGUEZ, 2019a), que deriva do reconhecimento do conhecimento em igual importância ao conhecimento, que deve ser decolonizado a fim de reconhecer os reconhecedores e estes estão entrelaçados com os conhecimentos.
Vale ressaltar que transmétodos como a desconstrução rizomática resgatam o pesquisador na primeira pessoa, contribuindo com seus sentimentos, com suas ações de vida profissional. A autora, como neste caso, participa de sua experiência nos estudos freireanos e usa suas palavras para se fazer entender. O mesmo fez Paulo Freire, com palavras notáveis, tais como: palavra oca de verbalismos alienantes. Aqui a autora fala da tigela do mendigo, para falar do vazio da crise, mas também fala da halterofilia do pensamento, para nos incitar a pensar profundamente e nos decantar da velha moda colonial global.
Os transmétodos são essências desconstrutivas dos métodos modernistas; rompem com o status imposto. Por exemplo, o pesquisador permanece objetivamente sobre o objeto de estudo; seus sentimentos e subjetividades em geral não intervêm na investigação. Em homenagem à criadora dos transmétodos decoloniais planetários-complexos, em um de seus artigos Andrés Velásquez pergunta à pesquisadora em entrevista: “O que são os transmétodos?”, e ela responde que são caminhos a partir de:
[...] pensamento disjuntivo e redutivo ao pensamento complexo em pesquisa decolonial, complexa e transdisciplinar. É uma alternativa para complicar métodos enraizados na tarefa de construir conhecimento e que precisam corrigir enunciados sobre seus alcances e possibilidades. (VELÁSQUEZ, 2022, p. 18).
É importante compreender que não é fácil para as mentes colonizadas compreender as indagações decoloniais trans-metódicas e planetárias complexas, que não são um exercício de bricolagem científica, nem de misturas. Afirmamos claramente que estamos decolonizando além da opressão, com a libertação de Paulo Freire.
Os trabalhos de Freire não são receitas, mas desafios; são uma contraface às consequências da barbárie que se repete como uma tara embutida nos genes, agora nas mãos de uma colonialidade global, que inclui nossos próprios irmãos que dirigem governos disfarçados de decoloniais. Portanto, não podemos compreender o significado libertador e o amor com fé pelos oprimidos do legado freireano se investigarmos sob os métodos coloniais opressores, que escondem o grande ser humano de Paulo Freire. Esse é o desafio a ser enfrentado com mentes desvinculadas das velhas mentes opressoras, que visitam o legado de Paulo Freire como um domingo no cemitério para garantir que ele esteja bem morto; ou usá-lo nos currículos para se vangloriar de ter leis libertadoras.
2 Crise do rizoma. O legado freireano na pesquisa tradicional
Legar Paulo Freire das indagações tradicionais é encobrir sua essência libertadora, de amor e fé; é acomodá-lo ao colonial, no qual é muito difícil pensar, por exemplo, que educar é libertar os oprimidos do próprio centro de suas comunidades: educar para conhecer criticamente a realidade e capacitar-se para transformá-la refere- -se à alfabetização política (FREIRE, 1970b). Os inquéritos coloniais imprimem educação por passividade e repetição; apenas a luta que Paulo Freire liderou contra o livro é sua insurreição, que não será possível com panos de água quente na imensa febre opressiva que devora as instituições educacionais que levam, no século das tecnologias, a educação opressiva com outros instrumentos.
A pesquisa metódica não incentiva a educação transformadora, educando como prática da liberdade (FREIRE, 1970a). Nessa educação, o aluno é investigado apenas com métodos quantitativos, ele continua pensando em sua inteligência mal definida alojada na mente, ignorando sua alma e espírito; continua a falta de fé no aluno e naquilo que as massas de pobreza, fatos aberrantes onde abundam recursos e são extraídos em acordos de governos que nos vendem, não poderão aprender. E ali para se libertar.
A pedagogia da indignação claramente freireana (FREIRE, 2012) não é possível de ser revelada sob leitura passiva, com a voz inativa dos atores no processo educacional, enquanto eles continuam obedecendo em uma repetição e cópia; a indignação que leva à libertação não pode ser provocada sob as pedagogias coloniais que servem ao opressor que marca a história da obediência como a melhor, supostamente superior que impõe como ser educado. Parece que estamos escrevendo nos tempos de Paulo Freire, mas hoje, como ontem, são seus tempos, em que é urgente ensinar a investigar e a olhar o não dito, e, sob o reducionismo, isto não é possível; “[...] confronta o educado como sua antinomia necessária” (FREIRE, 1970b, p. 79).
Devemos desmistificar a forma de investigar e ler Paulo Freire em passividade repetitiva, libertando-nos de nossa própria forma de objetividade fora do sentipensar, porque “[...] a libertação é um nascimento. Um parto doloroso” (FREIRE, 1970b, p. 47). Se esta libertação exige uma mudança na forma em que ele vai dar à luz, exige uma respiração correta, uma vontade firme e um grito de dor e, ao mesmo tempo, de amor por aquele que ele conhece, seu filho, que o iluminará e dará sentido à sua vida. Como a liberdade que ainda devemos desejar em nossos países, onde não investigar a decolonização, sob outras mentes, leva a sérios problemas de pensamento, onde a halterofilia dela não tem sua chance, pois hoje, como fez ontem Paulo Freire, é necessário um despertar; ensinar a reavivar suas cartas na vida de cada um, de cada ser que vive o opprobrium e o uso de suas forças para servir ao Estado, que se digna a ser decolonial, mas se enche de riquezas, enquanto distribui presentes, às vezes declarando igualdade.
Por que não entendemos o que está fermentando no pote da opressão, sob o tear da dominação? Porque as lutas são travadas em mentes que acreditam em si mesmas com fé, despertando da letargia, “[...] compreendendo criticamente a realidade de tal forma que situações limitantes e opressivas são confrontadas e transcendidas no processo de falar nossa palavra e reescrever - aqui está a ação transformadora - a história e o destino de nosso mundo” (FREIRE, 1970b, p. 68). Sim. Essas necessidades devem ser provocadas na conscientização de nossa visão, de nosso coração e de todo o nosso ser; e devemos desmistificar e erradicar o conformismo que bate em cada um de nós, aceitando a amarga realidade da ignomínia.
Pesquisa modernista, cheia de reducionismo, de pensamento sentimental, cheia de uma objetividade aberrante que descarta tudo o que é humano e injeta tudo o que é conveniente; onde mesmo nos cursos de pós-graduação há uma repetição firme do que deve ser dito ou não, mesmo naquele lugar onde as letras devem brilhar com suas melhores dimensões, há uma falta de pensamento crítico, distante do complexo, que se entrelaça, interage, alimenta e dialoga para revelar o oculto, para desvincular mesmo nas lutas supostamente decoloniais do subdesenvolvimento da colonialidade global; “Para que os oprimidos se unam entre si, é necessário que cortem o cordão umbilical mágico ou mítico através do qual estão ligados ao mundo da opressão” (FREIRE, 1970b, p. 229).
Este questionamento, e os transmetódicos, além do método que tentam complexificar, transdisciplinarizar e transversalizar, procurando os buracos negros da evasão, são os desejáveis, onde a verdadeira ação participativa do autor é dolorosa e padece do problema, onde o etnógrafo se torna um autoetnógrafo, religado que a investigação não pode ser realizada no modernismo-pós-modernista reducionista- -colonial, paradigma que “[...] oculta Paulo Freire como a possibilidade de que em cada lugar onde ocorre a opressão, o legado do pedagogo possa existir ardendo nas mentes, pulsando nos corações e acionando a libertação no mesmo campo da ação” (RODRÍGUEZ; LEMUS, 2022, p. 138).
O que aconteceu com uma das categorias freireanas essenciais: diálogo? Temos certeza de que provocamos o diálogo dialético-diálogo? Em nossa pesquisa, vamos à profundidade dos fatos, das categorias que estamos investigando, complementando-as com uma lógica sentimental da outra? A falta de diálogo com a subjetividade dos seres humanos, a negação do ser em toda sua complexidade é subvertida com a concepção freireana; não esqueçamos: quem é Paulo Freire? “O ser sensível que sofreu as ruas da fome, da prisão e do exílio; deixando um imenso legado que devemos herdar e fazer nosso como práxis do amor” (RODRÍGUEZ, 2021a, p. 199); aqui ouço, releio e me avalio com Paulo Freire e Jesus Cristo como meu maior exemplo de libertação; o amor é um ato de ilusionistas românticos que não se materializa em uma ação libertadora? Não. Pelo contrário, o amor é o motor da libertação.
Queremos esclarecer: o que é o amor para Paulo Freire? “O amor é um ato de coragem, não de medo, o amor é um compromisso com os outros. Não importa onde estejam os oprimidos, o ato de amor é o compromisso com sua causa, a causa da libertação” (FREIRE, 1970b, p. 70). O amor ao próximo pode ser educado, provocado, identificando-nos com toda a nossa complexidade, com belos slogans de nosso passado: como somos natureza na terra como pátria; são as excelências que nos levam a reconhecer a necessária re-civilização da humanidade. Você que me lê: percebe essas necessidades na pesquisa provocada? Sob que lente olha para as necessidades urgentes da humanidade, sob a mesma que as esconde e o rei paradigma que as provoca, na cegueira do conhecimento, sob a mesma janela reducionista; será que você tem medo de olhar pela varanda da excelência, medo de provocar mentes pensantes?
Portanto, para orientar a sinceridade e a libertação, o pedagogo da favela diz que “[...] é necessário que este amor seja na realidade um ‘amor armado’, um amor combativo de quem afirma o direito ou o dever de quem tem o direito de lutar, de denunciar, de anunciar [...] e que é necessário que todos nós aprendamos e vivamos” (FREIRE, 1994, p. 62-63). Essa alfabetização política do amor na desumanidade que insurge na propagação da falta de amor e compaixão pelos semelhantes no planeta Terra é de especial importância.
Nesse sentido, as ações do professor, docente, professor em qualquer nível, devem ser revistas à luz da verdadeira compreensão freireana do que significa educar, treinar para a vida, para a bondade, para o amor ao próximo, fora da realidade opressiva imposta nos currículos, nas falsas políticas do Estado. Uma desvinculação à qual nem todos estão dispostos, pois, na cegueira de seu pensamento, eles servem à colonialidade global e se encarregam de repetir a maneira colonial na qual foram educados.
Por outro lado, sob os mecanismos que provocam o breve teórico, o método elusivo e os passos imutáveis, a etnografia é feita olhando de longe, provoca-se uma ação participativa em que não se participa, mas em um auditório longe do lugar onde se vive e coexiste com a dor; uma teoria é imposta como uma atração onde falta concretude; além disso, é conhecida como topoi: teoria-prática, global-local, negro-branco, qualitativo-quantitativo, quantitativo-sócio-crítico, entre outros; esquecendo convenientemente a natureza da vida, a realidade dos problemas e a complexidade de tudo na face da Terra.
A assunção da vida dialógica “[...] implica um deslocamento do contexto concreto, que fornece os fatos, para o contexto teórico, no qual estes fatos são analisados em profundidade, para retornar ao contexto concreto, onde os homens experimentam novas formas de práxis” (FREIRE, 1970a, p. 56). Que palavras adequadas e que realidade distante quando o homem já foi à Lua e nós escrevemos ordenando uma palavra verbo no computador. Somos indignos quando promovemos o conhecimento parcelado, a pesquisa disfarçada e o conhecimento distante do conhecimento; continuamos a provocar a colonialidade global, o ressecamento de nossos povos, a ruína da alma.
A pesquisa qualiquantitativa continua sendo um disfarce, porque continua a separar o qualitativo do quantitativo; não dialogam nos fatos, nem nas categorias; vale-se a pena quebrar esse rizoma para pensar em categorias freireanas de alto nível: libertação, condição humana, ser humano, diálogo, educação libertadora, indignação, fé, amor, educação, pensamento subversivo; entre tantas outras; agora vamos perguntar: sob a lente da pesquisa colonial, as complexidades dessas categorias são provocadas? Normalmente respondemos nos desculpando em supostos programas, currículos, diretrizes a cumprir. Obrigado Paulo Freire por não parar diante do opprobrium; pelo contrário, você nos mostra que é possível lutar contra isso!
Freire (1995, p. 101) toca em categorias muito valiosas que devemos investigar em seus sapatos, calçando seus sapatos: reflexividade, ação, utopia:
Dialogar antes do silêncio; à práxis em vez da ‘lei e ordem’; aos homens que se organizam reflexivamente para a ação, e não aos que se organizam para a passividade; linguagem criativa e comunicativa em vez de sinais prescritivos; a desafios ponderados em vez de slogans domesticados; e aos valores que se vivem perante os mitos que se impõem.
Sabemos que estamos inacabados diante das enormes críticas e dos buracos que fizemos quando pesquisamos Paulo Freire, quando colocamos seu exemplo libertador nas lentes das universidades, dos cursos de pós-graduação e das comunidades. No próximo rizoma, continuaremos com a construção e, ao mesmo tempo, reconstruiremos com olhares decoloniais e complexos.
3 Reconstrução do rizoma. Aterrorizar-se com Paulo Freire, libertando os oprimidos em transmetodologias
A transmetodologia é complexa e transdisciplinar, ou seja, transcomplexa, entrelaça uma responsabilidade ética de conhecimento não redutor e inclusivo; através da “[...] compreensão dos múltiplos níveis de realidade, designa a conjunção dos simples e disciplinares, que os cruza e os transcende” (RODRÍGUEZ, 2021a, p. 200). Essa forma de pensar em pesquisa precisa complexificar e transdisciplinarizar, concretizar, desvendar, incorrer, e isso foi erroneamente concebido sob a óptica da modernidade, isto é, a pós-modernidade. Em nossa concepção, concebemos a transmetodologia, antes de tudo, como sendo decolonial, o que provoca apoditicamente a compreensão da complexidade e transdisciplinaridade. O pensamento transmetódico em múltiplos conhecimentos, fontes críticas e configurações transformadoras (MALDONADO, 2019) é de especial consideração no pensamento complexo como uma concepção da crise opressiva em todos os sentidos.
O pensamento complexo e transdisciplinar leva o professor, o educador, a romper os limites da disciplina que impõe a opressão e a educação bancária sobre a vida do aluno que não percebe o ensino expirado. Portanto, é desejável saltar a disciplina como insurreição e ir para outras complexidades que nos ajudam a compreender o mar de incerteza nos arquipélagos de certeza; para isso, retornar a Paulo Freire é uma necessidade mais de um século após seu nascimento.
Uma das essências freireanas é a conectividade, o entrelaçamento, a relacionalidade; a pesquisa rizomática que defendemos no legado freireano é profundamente relacional (ANDRADE; RIVERA, 2019). A profunda transdisciplinaridade na pesquisa transmetódica resulta:
[...] intermediária e conectora do diálogo articulado entre os múltiplos campos do saber [...] nesse sentido a complexidade social dos fenômenos estudados pode ser nutrida por todos os campos do saber, dadas as condições multidimensionais que possibilitam. (ANDRADE; RIVERA, 2019, p. 85).
A transdisciplinaridade impede o mutismo das disciplinas, leva-as a coexistir, a romper o exercício do poder, à libertação acima de todas as coisas:
Não há disciplina na imobilidade, na autoridade indiferente e distante, que entrega seus próprios destinos à liberdade. Na autoridade que renuncia em nome do respeito à liberdade. Mas também não há liberdade na imobilidade da liberdade à qual a autoridade impõe sua liberdade, suas preferências, como o melhor para a liberdade. Imobilidade que se submete à liberdade, à intimidade ou ao movimento da pura revolta. (FREIRE, 1994, p. 129).
Na pesquisa decolonial, complexa, transdisciplinar, rizomática e geralmente transmetódica, voamos com Paulo Freire ao respeito pela existência e a provocamos em sua plena compreensão, como uma expressividade da liberdade responsável na ecologia da ação de seus atos; “[...] como humano, não pode ser mudo, silencioso, nem nutrido por palavras falsas, mas por palavras verdadeiras com as quais os homens transformam o mundo” (FREIRE, 1970a, p. 71). Mas então lembremos o que é ser, ser e sentir-se humanamente com o legatário freireano: “[...] existir, humanamente, é pronunciar o mundo, transformá-lo. O mundo pronunciado, por sua vez, retorna problematizado aos sujeitos que se pronunciam, exigindo deles um novo pronunciamento” (FREIRE, 1970a, p. 71).
É claro que pensar em transmetodologias não é simples em termos de exploração com legados como os de Paulo Freire; é um processo sem fim, um esforço para aprofundar o conhecimento em tais pesquisas. Um processo que, como já mencionamos, o princípio da reintrodução do tema encadeia a incerteza na produção do conhecimento, destacando o fato de que todo conhecimento é uma reconstrução da mente; que vai da concreção à abstração que permeia a alma e o espírito.
Portanto, a relevância no conhecimento, no estudo e na busca de soluções para nossos problemas vitais é essencial; na educação, “[...] as contribuições dos professores para o compromisso dos alunos são realizadas através de propostas ativas de aprendizagem, experiências significativas e uma relação de confiança e segurança entre professor e alunos” (ROSSI; BITTENCOURT; MARQUEZAN, 2021, p. 1). Deve-se notar que a relevância e a motivação na educação e na pesquisa são temas de conscientização no legado, nas obras freireanas.
Assim como a pesquisa decolonial planetária com a propriedade de atribuir ruptura, o rizoma “[...] não cessa de se reconstituir” (DELEUZE; GUATTARI, 1980, p. 15) em uma contínua dialética de desterritorialização e reterritorialização; para isso, é necessário pensar Paulo Freire; seu legado é urgentemente necessário para compreender os processos de abertura em que o que importa é a inclusão, respeitando a complexidade dos processos de libertação. É urgente considerar que “[...] a decolonização epistêmica envolve várias formas de transdisciplinaridade, mas nem todas as formas de transdisciplinaridade são decoloniais” (MALDONADO-TORRES, 2015, p. 1).
Investigar as diferentes formas coloniais às quais nós, professores, estamos sujeitos é uma forma expedita de nos desvincularmos e reconhecer como uma autoavaliação nossa prática estreita à luz das novas necessidades nas comunidades e no planeta; pensar globalmente, agir localmente. Provocar a libertação em nossos alunos; a leitura freireana à luz das necessidades de hoje. Ir com Paulo Freire além de uma leitura ou pesquisa para seu aniversário.
Propomos investigar e interpretar Paulo Freire além dos métodos, em profunda crítica; além da complacência das elites que ditam a forma de investigar, releituras freireanas à luz dos oprimidos, em profunda decolonização das mentes, compreendendo sua práxis altamente complexa, práxis como ação, utopia como caminhada, o processo de luta que não para. É buscar a arte de habitar o planeta, a ecosofia, de conjugar diatopicamente os topoi, as separações que nos tornaram lugares inabitáveis, incomunicáveis e que nos reconciliamos com as profundezas transepistêmicas do conhecimento além do repetitivo e definitivo.
Como Paulo Freire fez sua pesquisa? Nas favelas, atolado pela dor dos oprimidos, ele as fez suas, arriscando sua vida em condições desumanas. Sua fé e amor pelos oprimidos são marcas que poucos podem se dignar a suportar ao erguer grandes legados, fortalecendo os oprimidos, incitando-os a se libertarem e, assim, o próprio opressor. Por esta razão, não podem nos pedir que nos alienemos de metodologias verbalistas alienantes que ocultam o poder do opressor que se oprime, porque não é conveniente que ele se levante e levante sua voz, porque o projeto do opressor corre o risco de ser derrubado.
Repensar Paulo Freire à luz da ecosofia como a arte de habitar o planeta, como um processo de libertação das mentes; “[...] a ecosofia vai muito além da visão da Terra como um ser vivo; ela revela a matéria como um fator do real tão essencial como a consciência ou o que normalmente chamamos de divino” (PANIKKAR, 2005, p. 202). Mas também compreender plenamente Paulo Freire é vislumbrar a conscientização proporcionada pelo aprendizado em torno das perspectivas de significado (FREIRE, 1974b).
Nesse sentido, provocar a díade consciência-conscientização é permear pesquisas que nos ensinem a ensinar mente-social-espírito em sala de aula; isto está além do lugar físico das instituições educacionais onde o ser humano aprende em cada lugar e tempo com a razão alojada não apenas na mente, mas também na alma e no espírito, assumindo que o ser humano é: natureza-corpo-mente-espírito-Deus; como a educação freireana se conecta com a sala de aula mente-espírito-Deus? Naturalmente, a educação em comunidade é aquela que permite “[...] aprender em qualquer lugar, espaço e tempo, e esta sala de aula mental-espiritual é permeada pela dialética comunitária, pela consciência de libertação da sobreposição, cultura, vida cotidiana e, por ser subjetiva, aprende a todo momento” (RODRÍGUEZ, 2022a, p. 107).
A conscientização a ser provocada deve ter sempre um impacto em um processo de alfabetização que exige a libertação, a decolonização, por exemplo, o processo de formação desses professores exige a ampliação dos espaços coletivos de trabalho e a compreensão da especificidade da alfabetização (MONOSSO; ESCO, 2021), o que nos leva à libertação e à forma contínua de desmistificar a necessidade de oprimir na educação em nossas ações.
Qual é o papel da consciência-conscientização na educação freireana com a sala de aula do espírito da mente? “A conscientização implica que, quando as pessoas percebem que estão sendo oprimidas, elas também percebem que podem se libertar na medida em que conseguem modificar a situação concreta no meio da qual se percebem oprimidas” (FREIRE, 1974a, p. 25); mas, para isso, é necessária a formação como formação contínua do corpo docente. É o que mostra um estudo inspirado por Paulo Freire com professores dos anos iniciais do ensino fundamental (SOARES, 2019), que indica que “[...] princípios como a escuta, o diálogo, a participação e o movimento devem ser materializados ação-reflexão-ação” (SOARES, 2019, p. 151).
Da pesquisa planetária decolonial, os professores universitários devem retornar às comunidades de onde vêm nossos estudantes, devolvê-los às suas lutas em suas regiões, dar-lhes ferramentas para soluções e poder com ações relevantes. Prático, do abstrato ao concreto, do concreto ao abstrato, o professor que vai às comunidades em busca do centro menos contaminado da luta pela libertação.
É preciso pensar como provocar a pesquisa nos processos de ensino, onde o aluno discerne em um ensino não com obediência, mas com dissenso, mas como investigar quando sua práxis é libertadora; quando você quer se livrar de seus próprios males coloniais que você traz para a educação? Primeiro de tudo, ser formado fora das políticas antieducacionais que são impostas nos currículos disfarçados de libertadores e entender que “[...] educar é conhecer criticamente a realidade no sentido de que a educação é plena da relevância dos atores no processo educacional” (RODRÍGUEZ, 2021b).
Com Paulo Freire devemos ter aprendido que a educação deve permitir a criticidade da crise na qual o aprendiz está imerso; “[...] a educação é considerada como um ato de conhecimento, uma consciência da realidade, uma leitura do mundo que precede a leitura da palavra” (FREIRE, 1983, p. 51). Se isto não aconteceu, nós lemos, mas não entendemos o trabalho de Freire; além disso, educar não é repetir, mas provocar o parto.
O que pensamos sobre o doloroso nascimento de educar em Paulo Freire? Sem dúvida, o professor deve saber que, assim como a educação não é nossa, também a pesquisa não é uma forma de educar, assim o político está a serviço da humanização e da identidade das comunidades como uma missão para desmistificar a opressão, o colonialismo e a exploração de seus recursos; retornar a Paulo Freire é capacitar o estudante com suas colheitas, tecelagens, tramas, canções e tudo o que o cultivo de seu intelecto tem origem em suas regiões, projetando-os no planeta Terra.
Mais uma vez, nas linhas de pesquisa acima mencionadas, retornamos a Paulo Freire e nos perguntamos: o que Paulo Freire quer dizer com educar? Educar é formar sujeitos problemáticos como o vagabundo da utopia (RODRÍGUEZ, 2021c). Voltamos ao legado freireano nos lugares como pensadores que nos levam ao nosso ser mais íntimo como uma avaliação de nossa práxis; “[...] na perspectiva libertadora, o professor tem o direito, mas também o dever de questionar o status quo, especialmente com relação a questões de gênero, raça e domínio de classe” (FREIRE; SHOR, 1986, p. 265).
Isso é uma re-ligação do professor, do professor que primeiro se desvincula de suas práticas opressivas e decoloniza seu pensamento em direção às etapas libertadoras das essências mais valiosas do ser humano; educando em: amor, fé, compaixão, e tudo isso à luz da re-civilização não apenas do planeta, mas começando com sua prática. Portanto, começamos com nosso próprio dever ético para com a humanidade.
Portanto, somos movidos pela educação da fé para nossos alunos e como vamos transcender neles, não como repetição, mas como movimentos em suas vidas, a libertação onto-epistemológica de seu saber; “[...] o educador dialógico não tem o direito de impor sua posição aos outros, mas ele nunca pode permanecer em silêncio diante das questões sociais; ele não pode lavar as mãos desses problemas” (FREIRE; SHOR, 1986, p. 265). Nisso sabemos que devemos fazer uma ação participativa que se torne transformadora.
Recomendamos pesquisar Paulo Freire a partir de uma re-ligação da pesquisa de ação participativa em direção à pesquisa de ação participativa complexa (PAPC) (RODRÍGUEZ, 2020); com o diálogo na estratégia complexa da PAPC, nós “[...] assumiremos racionalmente a inseparabilidade de noções contraditórias para conceber o mesmo fenômeno complexo” (MORIN, 2002, p. 126). Aqui os centenários da história contribuem com as complexidades libertadoras e revitalizadoras; sabe-se que a reincidência de Morin tem sua contribuição freireana como a existência do “[...] diálogo autêntico, reconhecimento do outro e autorreconhecimento no outro, é decisão e compromisso de colaborar na construção do mundo comum” (FREIRE, 1970a, p. 16).
A partir da convivência em comunidades, a PAPC construirá uma sociabilidade de:
[...] convivialidade baseada em uma virtuosa hibridização entre as concepções mais abrangentes e emancipatórias da dignidade humana subscritas tanto pela tradição dos direitos humanos quanto pelas demais tradições de dignidade humana presentes na zona de contato. (SANTOS, 2012, p. 114).
Portanto, o Sul, como metáfora para os oprimidos da Terra, precisa ser tocado pelo amor, uma ação que os transforma e os reconhece como seres humanos com o direito de viver humanamente.
Os oprimidos estão cheios de paliativos, mas estas zonas que se acompanharam, mas não se abraçaram, que não se reconheceram ou se legitimaram, quebraram sua inteligibilidade e compreenderam que, no mundo criado por Deus, todos nós temos o direito de viver bem, vivendo bem, com nossos direitos legitimados em sua convivência, sem necessidade de exclusão (RODRÍGUEZ, 2022a). Para que essa realidade seja possível, “[...] a conscientização não pode existir fora da prática, ou seja, sem o ato de ação-reflexão. Esta unidade dialética constitui, de forma permanente, o modo de ser ou de transformar o mundo que caracteriza o homem” (FREIRE, 1970a, p. 30).
Na PAPC, a convergência necessária é provocada pelo atolamento das comunidades com os conhecimentos-saberes, os grupos de pesquisa transdisciplinares que lhe dão um sentido complexo e transversal que complexifica a realidade das comunidades; assim “[...] o PAPC é delimitado da contribuição reducionista das disciplinas para ir à conformação de grupos de pesquisa transdisciplinares que transversalmente cruzam o conhecimento das comunidades” (RODRÍGUEZ, 2022a, p. 19).
Da mesma forma da práxis como ação, a utopia freireana implica a PAPC para a consciência da ação, no empoderamento das comunidades de sua cultura, “[...] a elevação de sua autoestima; todas estas atividades anteriores pertencem à pesquisa; não têm receitas ou passos definidos, mas podemos tomar como premissa que a PAPC é mais que pesquisa, ação e participação” (RODRÍGUEZ, 2022a, p. 19), se soubermos que ficar atolado com os oprimidos, sofrendo com isso, é uma receita para fazer a PAPC sem receitas definitivas.
Pesquisar e ensinar a partir do legado freireano é ir decolonialmente e complexamente além da “[...] palavra oca dos verbalismos alienantes” (FREIRE, 1970a, p. 20). É certamente para provocar a emancipação coletiva ou grupal; os cenários políticos em lutas além dos individualismos (RODRÍGUEZ; LEMUS, 2022). Mas não como visitas às comunidades como um panteão num domingo para garantir que nossos libertadores estejam bem e verdadeiramente mortos; Jesus Cristo ressuscitou e vive em nós; é para ficar e habitar neles e provocar a libertação. Despojar as universidades de sua ética e levá-las às comunidades para se encontrarem com elas em sua sala de aula de pensamento mental-social-espiritual em seu pensamento-sentimental.
Finalmente, no meio da dor, da profunda complexidade dos oprimidos, a cultura é o centro de libertação menos contaminado e aqui aparece um conceito digno de estudo transmetódico com as subjetividades dos autores dos pesquisadores; uma questão impossível sob pesquisa metódica; aqui nos voltamos para um conceito freireano muito especial: ação cultural (FREIRE, 1975), em que nos voltamos para a ética-liberação em sua filosofia política, que é para o legado freireano a própria decolonização planetária nos povos do mundo. Este é o exemplo de vida do pedagogo, em que voltamos a ressignificar, como ontem com o lendário Paulo Freire da decolonização, que é “[...] a liberdade de produzir, criticar e mudar e trocar cultura e sociedade. É parte, finalmente, do processo de libertação social do poder organizado como desigualdade, como discriminação, como exploração, como dominação” (QUIJANO, 1992, p. 20).
No rizoma que se segue, concluímos com o efeito de cumprir o complexo objetivo da pesquisa, mas a luta de ontem como de hoje deve queimar em toda ação investigativa, porque a ferida colonial está viva, dói, é desarmada pelo desinteresse; é imposta como pesquisa uma breve realidade, que não é a vivida pelos oprimidos da Terra.
5 Conclusão do rizoma. O legado freireano continua a pulsar com as transmetodologias
Em particular com o legado freireano nas linhas de exploração que têm vários resultados publicados: Paulo Freire: o vagabundo da utopia nas transmetodologias; transepistemologias de conhecimentos-saberes e transmetodologias transcomplexas e decolonalidade-complexidade planetária na re-ligação, cumprimos o complexo objetivo de sustentar alguns desafios teórico-transmetódicos da pesquisa no legado freireano. Fizemos tudo isso com o transmétodo da desconstrução rizomática e podemos continuar rompendo com ele para complexificar a jornada do pedagogo da terra, onde os oprimidos da terra sempre foram as favelas de seu amado Brasil.
Queremos enfatizar que ler, investigar, discernir freireanamente é transformar mentes, é ver o proibido do colonialismo, é descobrir exercícios de poder por trás de cada ato, por trás de cada palavra; ler exige “[...] que o leitor se comprometa com o texto, numa atitude capaz de desvendar significados, verdades ocultas, intenções e propósitos, para os quais o pensamento crítico é necessário para lhe permitir alcançar as profundezas” (FREIRE, 2004, p. 14). Tais excelências podem ser realizadas sob as mentes fechadas?
Portanto, devemos buscar a salvação da humanidade em Jesus Cristo, o único libertador da Terra e, sem compará-lo, devemos buscar a reforma do pensamento nas palavras de Michel de Montaigne e Edgar Morin, a conscientização-conscienciação em Paulo Freire, a halterofilia do pensamento alojada na mente-alma-espírito de Milagros Elena Rodríguez, a intuição cosmoteándrica de Raimón Panikkar, esta última digna de ser estudada nos processos freireanos nas linhas de pesquisa acima mencionadas.
Vemos, então, que os métodos coloniais devem ser desvinculados, des-elitizados da opressão, complexificados e decolonizados a fim de investigar além deles, com os métodos transmetódicos que renovam nossas mentes, para re-ligar-nos à complexidade da pesquisa; processos nos quais o legado de Paulo Freire é provocador de sua práxis, da possibilidade de concretização de tais ações na pesquisa, e aproveitar o esplendor e a fonte de ensino que o pedagogo das favelas nos deixou; da coragem de suas ações, de seu amor pelos oprimidos e de sua profunda fé neles.
Deve-se notar que os rizomas que já completamos parecem se romper para continuar a incluir categorias liberadas no profundo discurso freireano, e este é o caso. Esta é a diferença com a pesquisa que acredita que dita a verdade última e definitiva do paradigma que se pensava ser rei: o simplificador. Aquele contra o qual Paulo Freire lutou na educação, estando no campo de ação, alfabetizando para valorizar a vida, o amor e a dignidade. Por isso, por ora estamos culminando e, apesar disso, em qualquer ponto da indagação, podemos retomar uma investigação semelhante com linhas de alta complexidade no discurso, que dão continuação às linhas de investigação.
Com a promessa de interromper as investigações, de ver o legado cristão como um amor maravilhoso e único, imitado por libertadores da história como Paulo Freire, com fé no mundo, a autora, cristã, liberta da opressão objetiva das investigações desmistificadoras de os súditos, agradece a Deus, provedor de sabedoria que sempre dá para sua glória eterna nesta Terra; “[...] e Deus me enviou diante de vós para preservar- -vos um remanescente na Terra, e para dar-vos vida por uma grande libertação” (GÊNESIS 45:7). Sempre tendo em mente que “Tu és meu refúgio; tu me impedirás de problemas; tu me cercarás com canções de libertação. Selah” (SALMOS 32:7). E, portanto, “[...] pois sei que, através de vossa oração e do fornecimento do espírito de Jesus Cristo, isto resultará em minha libertação” (FILIPENSES 1:19). Amém.