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Educação e Realidade

versão impressa ISSN 0100-3143versão On-line ISSN 2175-6236

Resumo

MAUTONE, Guilherme. O Trabalho sobre si Mesmo: reflexões sobre o legado de Wittgenstein para a filosofia da arte e a educação artística. Educ. Real. [online]. 2020, vol.45, n.3, e106079.  Epub 21-Out-2020. ISSN 2175-6236.  https://doi.org/10.1590/2175-6236106079.

O presente texto discute a filosofia tardia de Wittgenstein. Tentaremos estabelecer os seguintes pontos: (A) A filosofia tardia de Wittgenstein é vista por Morris Weitz como uma oportunidade de desenvolvimento de novas ideias na estética e na filosofia da arte, embora Wittgenstein não tenha feito esses desenvolvimentos. (B) A interpretação de Weitz sobre Wittgenstein dispara um debate sobre os aspectos definicionais concernentes aos campos mencionados. (C) Esse debate é, ainda hoje, vivo e continuado e um de seus protagonistas mais recentes é Noël Carroll. (D) A proposta metodológica de identificação de arte sem definições essenciais de Carroll é, em certo sentido, uma resposta relevante a outras abordagens no campo, especial a weitziana. (E) Porque a abordagem de Carroll evoca a identificação de arte como algo orientado pela linguagem, pela crítica e pela construção de narrativas, pelo contato com outros, etc., sua abordagem parece representar um retorno às ideias originais de Wittgenstein; especialmente à de crítica de arte como algo dependente da apreciação artística e de um “trabalho sobre si mesmo” - no sentido de que a apreciação artística requer um trabalho sobre nossa própria percepção e crença. Por fim, nossa hipótese é que esse retorno a Wittgenstein feito por Carroll evoca também a ideia de que a educação em arte é, consequentemente, um processo de revisitação das próprias percepções e crenças por meio de um encontro com a história da arte, da cultura, dos contextos concretos de uso da linguagem, etc.; coisas que representam uma instância de radical alteridade.

Palavras-chave : Wittgenstein; Filosofia da Arte; Carroll; Weitz; Cavell.

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