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Revista da Faculdade de Educação

versión impresa ISSN 0102-2555

Resumen

VILHENA, Cynthia Pereira de Sousa. Práticas eugênicas, medicina social e família no Brasil republicano. Rev. Fac. Educ. [online]. 1993, vol.19, n.1, pp.79-96. ISSN 0102-2555.

Nos inícios do século XX, o desenvolvimento urbano-industrial e a chegada de grandes levas de imigrantes transformaram a vida dos habitantes de cidades como Rio de Janeiro e São Paulo. Para sanitaristas e eugenistas era preciso lutar contra os chamados “venenos sociais” trazidos com a desorganização do espaço urbano e, para tanto, iniciaram um verdadeira “cruzada eugênica”. Inscritas nos quadros da medicina social, essa campanha ganha amplitude a partir de 1930 e seu sentido deve ser compreendido no âmbito da elaboração de uma política familiar pelo governo de Getúlio Vargas. Uma das medidas de  “eugenização” da sociedade brasileira seria o estabelecimento do exame pré-nupcial obrigatório, para garantir a formação da família com prole sadia. A Igreja Católica opunha-se a estas e outras medidas, como o controle dos nascimentos, por entenderem que se constituíam em impedimentos à evolução natural das  famílias. Para os eugenistas, as escolas seriam espaços essenciais para o desenvolvimento de uma “mentalidade eugênica”. O exército, outra instância do poder, se auto-considerava fator preponderante ma “eugenização” do organismo social, porque tratava da saúde, da forma física e incutia bons hábitos de higiene nos seus soldados.

Palabras clave : Eugenização; Política Social; Política Familiar; Medicina Social; Escola-Lar Eugênica; Exame Pré-Nupcial; Patrimônio Hereditário; Controle dos Nascimentos; Constituição Da Nacionalidade.

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