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Educação em Revista

versão impressa ISSN 0102-4698versão On-line ISSN 1982-6621

Resumo

FARIAS, MAGNO NUNES  e  FALEIRO, WENDER. EDUCAÇÃO DOS POVOS DO CAMPO NO BRASIL: COLONIALIDADE/MODERNIDADE E URBANOCENTRISMO. Educ. rev. [online]. 2020, vol.36, e216229.  Epub 26-Maio-2020. ISSN 1982-6621.  https://doi.org/10.1590/0102-4698216229.

As forças da colonialidade e modernidade se constituem a partir da colonização da América, suas bases são intrínsecas ao urbanocentrismo, que se constrói sob a égide da civilidade, pautado nas dicotomias entre o urbano-superior e o rural-inferior. Nesse processo histórico os povos do campo sofreram e sofrem a ferida colonial pela colonialidade do poder, do saber, do ser e da Natureza. Estruturam-se formas de subalternização dos sujeitos camponeses, os deslegitimando de enunciação epistêmica, econômica, cultural e social na constituição do Brasil. Isso reflete na construção da educação escolar brasileira, que ao longo da história esteve sob o critério urbanocêntrico/colonial/moderno, (re) produzindo relações de inferiorização das mulheres e homens do campo, tendo suas marcas desde a constituição da educação colonial até a república atual - o que se denominou aqui de Colonialidade da educação. Nesses percursos existiram e existem movimentos de resistência, como o Movimento de Educação do Campo, caracterizado como fenômeno decolonial insurgente protagonizado pelos povos e movimentos sociais camponeses, e que tem enunciado epistemologias alternativas no enfrentamento e resistência à violência colonial. Coloca-se como emergente o fortalecimento de práticas, conhecimentos e experiências desse projeto decolonial de educação, que tem o potencial de desenvolver novas epistemologias, ontologias e formas de educação institucional e não-institucional.

Palavras-chave : colonialidade; urbancentrismo; educação rural; educação do campo; decolonialidade.

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