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Perspectiva

versão impressa ISSN 0102-5473

Resumo

MERCON, Juliana. Parte de la naturaleza: sobre el cuerpo como potencia compositiva. Perspectiva [online]. 2012, vol.30, n.02, pp.473-496. ISSN 0102-5473.

Em meio à constelação de mitos que têm contribuído para a atual crise socioecológica, encontra-se a crença de que somos indivíduos substanciais, atomizados ou separados do meio o qual tentamos “dominar”. A ignorância com respeito à nossa interdependência ontológica está na base de muitas das nossas posturas (auto)destrutivas e tem sido reforçada por diversos sistemas teóricos ao longo da história ocidental. À margem de dualismos platônicos, de transcendências judaico-cristãs e do cogito cartesiano, a filosofia de Benedictus de Spinoza (1632-1677) nos convida a repensar os fundamentos da realidade complexa na qual estamos imersos. Meu propósito neste artigo é tecer relações produtivas entre algumas dimensões da filosofia de Spinoza, o pensamento ambiental e a educação. Nosso ponto de partida será a concepção spinozista de corpo. Este será definido como potência que se expressa ao mesmo tempo como produtividade (força causal) e sensibilidade (força receptiva). O carácter essencialmente relacional e afetivo do corpo humano nos permitirá pensá-lo também como potência compositiva. Desconstruindo a dicotomia entre Natureza e Cultura, proporei que reflexionemos sobre as composições humano-tecnológicas com respeito a seus efeitos sobre nossa potência de pensar e atuar. Em conclusão, apresentarei alguns comentários sobre o papel da educação como espaço relacional no qual podem se integrar de forma potenciadora as dimensões epistêmica, ética, política e ambiental da nossa existência como partes interdependentes da Natureza.

Palavras-chave : Filosofia; Meio Ambiente e Educação; Tecnologia.

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