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Revista Estudos Feministas

versión impresa ISSN 0104-026Xversión On-line ISSN 1806-9584

Resumen

STOLL, Daniela Schrickte. A flânerie de uma andarilha urbana. Rev. Estud. Fem. [online]. 2020, vol.28, n.1, e57230.  Epub 01-Ene-2020. ISSN 1806-9584.  https://doi.org/10.1590/1806-9584-2020v28n157230.

Neste artigo analisa-se a relação entre a personagem Alice, de Quarenta dias - romance de Maria Valéria Rezende (2014b) -, e a cidade de Porto Alegre, pela qual ela deambula como uma flâneuse contemporânea. A personagem, na realidade, se autodenomina andarilha urbana, já que ela passa a ser uma habitante das ruas. A possibilidade da existência de uma flâneuse mulher é debatida com base nos escritos de Janet Wolff (1985), Griselda Pollock (1988) e Lauren Elkin (2016). Segundo Elkin (2016), a invisibilidade é uma característica fundamental para que alguém desempenhe a flânerie, o que seria inviável para uma mulher, que é sempre objeto do olhar masculino nas ruas. A personagem Alice, no entanto, percebe-se invisibilizada em função de sua idade, de sua origem nordestina e por se tornar uma pessoa em situação de rua ao longo desses quarenta dias. A narrativa também possibilita uma série de reflexões sobre as cidades contemporâneas e as formas de apropriação dos espaços urbanos pelas minorias.

Palabras clave : crítica literária feminista; flâneuse; invisibilidade; literatura brasileira contemporânea; Maria Valéria Rezende.

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