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Educação e Pesquisa

versión impresa ISSN 1517-9702versión On-line ISSN 1678-4634

Resumen

SILVA, Rafael Guimarães Tavares da. Espartanos e atenienses na escola: da filologia clássica à educação nacional nos Estados modernos europeus. Educ. Pesqui. [online]. 2019, vol.45, e210642.  Epub 11-Nov-2019. ISSN 1678-4634.  https://doi.org/10.1590/s1678-4634201945210672.

No período de consolidação dos Estados Nacionais europeus industrializados, principalmente no fim do século XIX e início do século XX, os estudos clássicos foram incorporados ao modelo educacional responsável pela formação patriótica de seus futuros cidadãos. Refletindo acerca dessa dimensão educativa e política, vários classicistas do período voltaram suas pesquisas para uma compreensão dos modelos pedagógicos aplicados pelas bem-sucedidas civilizações antigas (como a Atenas ou a Esparta do período clássico) a fim de propor novos caminhos para os desafios do presente: dessa forma se dão a ler algumas das reflexões de Girard (1889), Wilamowitz-Moellendorf (1901; 1914-5), Freeman (1907) e Jaeger (2013). Esse impulso pedagógico esteve intimamente ligado às conjunturas sócio-políticas da época – responsáveis, inclusive, pelo movimento que culminou nas duas Guerras Mundiais, entre 1914 e 1945. Cumpre lembrar que formas violentas de controle estatal, manifestadas principalmente enquanto prerrogativas policiais e carcerárias, unidas a formas mais sutis de poder – por meio da educação obrigatória, por exemplo –, estão entre os fatores que contribuíram para um acirramento das tensões entre os Estados Nacionais na época. Tal como sugerido pelos estudos de Luciano Canfora, François Hartog e Suzanne Marchand, a filologia clássica acabou se revelando um front entre os muitos outros que entraram em disputa nesse complicado período histórico. O objetivo deste artigo é compreender esse processo e suas consequências para o desenvolvimento do campo dos estudos clássicos.

Palabras clave : Recepção clássica; Educação; História dos estudos clássicos.

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