SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.24 número4PROJETO DE UMA COLÔNIA AGRÍCOLA DE SURDOS: UMA SURDOTOPIA NO SÉCULO XIX FRANCÊS?UMA RECONSTRUÇÃO HISTÓRICA DA IMPLEMENTAÇÃO DE UM MODELO BILÍNGÜE NAS ESCOLAS PARA SURDOS NA VENEZUELA ENTRE 1985 E 1996 índice de autoresíndice de assuntospesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Compartilhar


ETD Educação Temática Digital

versão On-line ISSN 1676-2592

Resumo

GOMES, João Carlos  e  VILHALVA, Shirley. EPISTEMOLOGIAS AZUIS DAS LÍNGUAS DE SINAIS INDÍGENAS. ETD - Educ. Temat. Digit. [online]. 2022, vol.24, n.4, pp.811-825. ISSN 1676-2592.  https://doi.org/10.20396/etd.v24i4.8669296.

As epistemologias azuis das línguas de sinais indígenas emergentes em contextos interculturais buscam refletir sobre os pressupostos teóricos dos Estudos Surdos em contextos indígenas. Trata-se de reflexões epistemológicas realizadas pelos pesquisadores João Carlos Gomes, da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) e Shirley Vilhalva, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). O objetivo do presente estudo é apresentar as epistemologias azuis enquanto perspectiva metodológica em pesquisas das línguas de sinais indígenas que envolvem práticas pedagógicas. Nesta perspectiva, a pesquisa busca refletir sobre os sinais emergentes utilizados por indígenas surdos nos processos de comunicação e expressão em contexto indígena. O estudo tem como base epistemológica os pressupostos pós-críticos efetuados por teóricos das línguas de sinais emergentes. A partir disso, os pesquisadores analisaram as estratégias de comunicação e expressão utilizadas por meio de sinais naturais que se tornam sinais emergentes em uma língua de sinais indígenas com base na cultura e identidade dos indígenas surdos. O estudo demonstra que os sinais familiares apresentam configurações iconográficas interculturais que podem ser utilizadas como processos próprios de ensino- aprendizagem no contexto das escolas indígenas. Nesta perspectiva, os pesquisadores reconhecem que a maioria das línguas emergentes tem um tempo de duração estabelecido conforme a necessidade das formas de comunicação e expressão no contexto educacional dos territórios indígenas. São línguas institucionalizadas por pequenos grupos de indígenas surdos que se utilizam de suas raízes culturais para produzir sinais emergentes e que passam por uma evolução mais rápida do que as línguas institucionalizadas de sinais. Essas línguas emergentes são difíceis de ser mapeadas e podem não se mostrar uniformes em sua estrutura linguística, considerando-se o léxico, a morfologia, a sintaxe e a pragmática.

Palavras-chave : Línguas de sinais; Sinais Emergentes; Indígenas surdos.

        · resumo em Inglês | Espanhol     · texto em Português     · Português ( pdf )